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Sumário

DICAS IMPORTANTES PARA A FAMÍLIA


3 E A ESCOLA SABEREM SOBRE O TOD

20 SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES
4 NO CONTEXTO FAMILIAR PARA O TOD

10 MAIS DICAS

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DICAS IMPORTANTES PARA
A FAMÍLIA E A ESCOLA SABEREM
SOBRE O TOD
É preciso identificar a função do comportamento problemático, para
determinar uma intervenção eficiente. Cada caso possui suas
especificidades, o que pode dar certo para uma criança, pode não ser
correto e eficiente para outra.

A avaliação comportamental é essencial para compreender porque


determinado comportamento ocorre dentro de um contexto, ao mesmo
tempo em que a intervenção será mais adequada e eficaz.

Vários são os procedimentos para identificar os comportamentos


opositores e desafiadores e todos eles envolvem a observação. É preciso
identificar o momento do dia, quais atividades e pessoas relacionadas à
ocorrência. É preciso observar o comportamento antes, durante e depois e
quantas vezes se repete ao dia.

ANÁLISE DESCRITIVA: procedimento que descreve as interações


1 entre o comportamento da criança e os eventos que ocorrem
naturalmente na rotina regular dela.

ANÁLISE ESTRUTURAL: identificar os eventos que antecedem e


2 determinam a ocasião para o comportamento desafiador.

ANÁLISE FUNCIONAL: são testadas as hipóteses relacionadas às


3 consequências (reforçadores) que mantém o comportamento
difícil.

www.rhemaeducacao.com.br 3
20 sugestões de intervenções
no contexto familiar para o TOD
- Transtorno Opositor Desafiador
Os tratamentos mais indicados hoje para o Transtorno Opositor
Desafiador- TOD, são psicoterapias de diferentes abordagens, tanto para a
criança, adolescente como também para a família.

A Terapia Cognitivo Comportamental tem sido a mais eficaz. Nessa terapia,


os pais são orientados e aprendem técnicas para auxiliar na educação e
como gerenciar o comportamento dos filhos. Mesmo assim, existem
algumas intervenções e atividades que podem ser realizadas em casa,
entre os pais e filhos.

Vamos conhecer algumas?

Atenção. Uma criança com Transtorno Opositor Desafiador precisa


1 de atenção. A relação entre pais e filhos necessita de muita calma e
amor. É preciso demonstrar com atitudes, seja pai, mãe, ou quem
convive com a criança.

Harmonia. A família tem o papel de oferecer um ambiente


2 harmonioso, com bons exemplos em que a criança se sinta à
vontade para que o transtorno possa regredir. A criança que cresce
em uma família saudável, unida e com pais presentes tem menos
possibilidades de manifestar comportamento opositor. A família
deve ser o suporte emocional dessa criança, sempre tendo atitudes
positivas e frisando o valor da criança. Sabemos que isso pode não
ser uma tarefa fácil, afinal uma criança com TOD pode exigir muita
atenção, o que nem sempre é fácil de ser dada. Importante que as
tarefas em família sejam divididas para não sobrecarregar ninguém
e causar conflitos.

4
A família precisa viver em harmonia. A criança representa aquilo
3 que ela vive. Se ela convive em um lar onde há desarmonia,
agressividade, entre outros, ela vai seguir esse comportamento.

Calma. Sabe-se que não é nada fácil diante de uma crise de uma
4 criança com TOD. O que não pode acontecer é revidar a agressão
com outra e querer competir com agressões e gritos. Quando
acontecer a crise, tenha calma, deixe a criança expor tudo, deixe ela
se acalmar, mesmo que isso demore 30 uns minutos. Somente
então você irá conversar com ela. Agache, segure suas mãos, olhe

Rotina. Mantenha uma rotina de atividades e deixe em um local


5 acessível e visível para que a criança possa ver e saber de suas
atividades do dia. Para cada final de dia com todas as atividades
cumpridas, pode colocar um símbolo na frente. (um emoji de
felicidade). Importante que ao final do dia, os pais confiram as

Diálogo. É fundamental manter o diálogo com a criança,


6 procurando saber como foi seu dia, o que a deixou triste, o que a
deixou com raiva, se brigou, etc. A família pode utilizar um caderno
de desenho para que no final do dia, após a conferência das
atividades, a criança desenhe sobre seu dia, colocando a data. A
família pode utilizar emojis, diferentes faces com demonstração de
sentimentos, para que a criança escolha um (alegre, triste, raiva,
medo, etc) de acordo de como foi seu dia e coloque na página do
dia. Dialogar com a criança sobre esse sentimento.

5
Regras e Limites. Elaborar as regras e limites para que a criança
7 saiba que é preciso cumprir. Desde coisas simples, como as mais
complexas. O importante é que todos da família cumpram e não
somente a criança. O exemplo é fundamental. No final de uma
semana, a criança pode receber um reforço positivo como brincar
com algo que ela goste, etc se cumpriu todas as regras. Essas regras
devem ficar em lugar acessível, que ela possa ver com facilidade.

Facilitar. Nunca facilite para a criança, para que ela deixe de


8 cumprir alguma tarefa. A criança precisa aprender a gerenciar suas
obrigações diárias, desenvolvendo a responsabilidade. Caso
contrário pode aumentar sua frustração.

Comparação. Evite fazer comparações da criança com outros filhos,


9 primos, vizinhos ou qualquer outra pessoa. Em geral a criança com
TOD já possui baixa autoestima e isso só vai piorar a situação.

Elogie. Elogie quando necessário, mas de forma correta. A criança


10 com TOD costuma utilizar tudo para poder confrontar. Ao invés de
dizer: “Parabéns, você cumpriu todas as tarefas hoje!” Diga: “Olha,
as tarefas foram todas cumpridas!”.

Perfeição. Não espere perfeição de seu filho, mas espere empenho.


11 Ele deve compreender aos poucos que é preciso esforço, empenho
para que tudo isso melhore.

6
Controlando o tempo. Por meio de um relógio despertador ou
12 cronômetro, é possível auxiliar a criança no gerenciamento do
tempo em suas atividades em casa, de modo que ela vá
desenvolvendo o hábito de iniciar e terminar algo no tempo
previsto e no final do dia, cumprir todas as suas tarefas. Isto inclui
todas as tarefas, como tomar banho, brincar, etc.

Atividades físicas. A família deve promover à criança momentos


13 em que ela possa fazer atividades físicas, incluindo atividades que
ela goste, aprecie. As atividades físicas fazem com que a criança
extrapole suas energias e em seguida possa relaxar, o que é
fundamental nesses casos. Atividades de artes marciais como:
caratê e judô, promovem um grande alívio de stress e uma
excelente forma de descontar a raiva, frustração e demais
sentimentos ruins. Ensina a ter mais autocontrole e desenvolve a
autoestima. Já que a pessoa adquire um poder (o de saber se
defender e como usar a força) sobre os outros e se torna mais
responsável por isso. Desenvolve a disciplina. Cada modalidade tem
seu conjunto de regras de conduta que são ensinados e reforçados
pelo professor ou mestre. A disciplina também é reforçada no
sentido de o aluno ser estimulado a não perder o treino, já que ele
fica em desvantagem em comparação aos outros que são mais
assíduos.

Equipe multidisciplinar. Importante que após o diagnóstico


14 realizado pelo neuropediatra ou psiquiatra, a família mantenha um
acompanhamento multidisciplinar com especialistas: psicólogo,
psicopedagogo, equipe escolar e o médico. Um trabalho realizado
em conjunto para que escola e família sigam as mesmas
intervenções e descubram juntas, as causas anteriores das crises e
como intervir da melhor forma. Em geral é aconselhado à família a
Terapia Cognitivo Comportamental, em que tanto a criança quanto
a família participam do tratamento.

7
Medicalização. A medicação é algo diferenciado de paciente para
15 paciente e somente o médico pode prescrever o medicamento e a
dosagem adequada. O apoio medico nessa questão é fundamental,
pois a medicação tende a reduzir a agressividade e o excesso de
raiva que atingem alguns pacientes. A medicação não cura, ela
ameniza os sintomas e auxilia na terapia e na melhoria de qualidade

Educação socioemocional em família. A educação socioemocional


16 é o processo de ensino e aprendizagem das habilidades necessárias
para lidar com os próprios sentimentos e os dos outros, assim como
para compreender e atuar sobre as emoções. Esse processo
educacional também enfoca os modos como a criança se relaciona
com outras crianças e com adultos, entre os quais estão os
membros da família e os professores. As atividades lúdicas
possibilitam às crianças entenderem regras e formas de relações
sociais por meio de processos de simbolização, conhecimentos que
são essenciais para o desenvolvimento do autocontrole e da
capacidade para gerenciar e resolver problemas. Materiais
educativos, como livros e jogos, são uma forma de estimular as
habilidades socioemocionais da criança enquanto ela se diverte.
Essas atividades permitem, por exemplo, que as crianças façam
analogias entre as histórias que são contadas e as situações
vivenciadas no seu cotidiano, de modo a espelharem-se nas ações
positivas dos personagens. É claro que tudo isso precisa ser
intermediado pela família.

8
Engajamento com outras pessoas. O engajamento com os outros
17 refere-se à intencionalidade de construir relações positivas com os
outros e ao interesse por interações sociais. Para facilitar esse
aprendizado, os pais devem trabalhar as funções executivas dos
filhos. As funções executivas são habilidades cognitivas que devem
ser desenvolvidas desde a primeira infância, a fim de ensinar à
criança a controlar seus pensamentos, emoções e ações (controle
inibitório, memória de trabalho, flexibilidade cognitiva). Pode ser
realizada de forma lúdica com jogos e brincadeiras.

Praticar autocontrole e relaxamento. Ensine práticas de


18 autocontrole e relaxamento para o seu filho. Fale da importância de
pensar, respirar fundo e relaxar antes de tomar alguma decisão ou agir
com impulsividade. Ao final do dia ou ao dormir, procure colocar músicas
de relaxamento e faça com ele alguns exercícios de inspirar e expirar.

Elaborar um plano de estudo. Elabore com a criança um plano de


19 estudo para facilitar nas tarefas escolares e dias de avaliação. Isso
vai trazer mais segurança e tranquilidade para estudar de forma
organizada.

Agenda diária. Mantenha uma agenda atualizada diariamente


20 entre escola e família. Nessa agenda, a família coloca como foi o dia
da criança, suas dificuldades e superações. No retorno, a escola faz
da mesma forma. Assim podem caminhar juntas no
desenvolvimento e melhora comportamental da criança com TOD.

9
MAIS
DICAS

Aplicativo Michelzinho. É um aplicativo para celular que


1 promove diversos jogos e que auxiliam a criança a lidar com as
emoções. É possível baixar pelo computador pelo site:
https://michelzinho.pushsistemas.com.br.

Imitação. É uma forma de apresentar à criança com TOD as


2 diferentes emoções sentimentos, com a ajuda do espelho,
mostrando figuras, por meio da contação de histórias. Pode ser
realizada antes de dormir intercalando com o momento de
relaxamento.
OUTRAS SUGESTÕES

COLEÇÃO SENTIMENTO QUE EMOÇÃO


E EMOÇÕES É ESSA

10
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

FACION, J.R. Transtornos do desenvolvimento e do


comportamento. Curitiba: Intersaberes, 2013.

STAINBACK,S. STAINBACK, W. Inclusão: Um guia para


educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

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