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Educação Infantil
E-book 2
E-book Fundamentos da
2 Educação Infantil
Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 3
A etapa da educação infantil����������������������������������4
Ensinar na educação infantil�����������������������������������8
2
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
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A etapa da educação infantil
4
paração com as das outras etapas educati-
vas. Apesar das diversidades entre meninos
e meninas de diferentes idades, é necessário
que essa etapa tenha uma identidade própria
que a diferencie das outras (BASSEDAS; SOLÉ,
2008, p. 53).
5
no entanto, suas experiências, vivências, oportuni-
dades são bastante diversas e podem ser positivas
ou negativas para seus alunos. Esta vivência pode
ser determinante no sucesso de toda a sua escola-
rização posterior.
6
2 Compensação das desigualdades
sociais e culturais.
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Infantil deve atuar: “considerando educativas todas
as situações escolares; enfatizando o trabalho e os
jogos em pequenos grupos, apresentando relação
mais próxima à família” (BASSEDAS; SOLÉ, 2008,
p. 55). Essas práticas são observadas nas creches
(Instituições Escolares destinadas ao atendimento
de crianças de 0 a 3 anos), porém, pouco comuns
na pré-escola (Instituições Escolares destinadas ao
atendimento de crianças de 4 a 6 anos). Percebe-se
a necessidade de a escola poder atender os alunos
em todos os seus aspectos, favorecendo: seu de-
senvolvimento cultural, tendo acesso a sistemas de
representação; por exemplo, a escrita; bem como as
demais linguagens, tendo como ênfase a linguagem
artística (pintura, escultura, desenhos, teatro, repre-
sentação, mímica, música, dentre outros meios de
comunicação artística), tendo sua especificidade
em si própria.
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e EDUCAR? Pois bem, esses saberes fazem parte do
EDUCAR, dentro da proposta estabelecida pelo RCNEI
– Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil.
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2. Noções de determinadas estruturas, tais como:
tempo, escrita, dentre outras.
3. Descoberta de si mesma, do seu meio social e
natural.
4. Comunicação e linguagem.
Sabemos que a compreensão de conteúdos englo-
ba um amplo sentido que compreende: conteúdos
conceituais, conteúdos procedimentais e conteúdos
atitudinais.
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Primeiras informações, contatos
com objetos;
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quero que meu aluno aprenda, por meio da realização
desta atividade?
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SAIBA MAIS
Conceito de INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA
refere-se à: qual é a intenção educativa ou edu-
cacional do professor no momento em que foi
proposta determinada atividade.
Fonte: http://www.tempodecreche.com.br/postu-
ra-do-pofessor-e-rotina/o-que-dizer-sobre-a-inten-
cao-pedagogica. Acesso em: 30 jan. 019.
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PIAGET E A
EDUCAÇÃO INFANTIL
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Piaget e juntamente com a prática, chegue às suas
próprias conclusões. Vamos lá?
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De acordo com os estudos de Piaget, é somente por
meio do aparecimento da linguagem (fala) que o
comportamento humano é modificado: estas mod-
ificações acontecem na conduta e, principalmente,
na socialização da criança, em seu pensamento e,
consequentemente, nas relações afetivas.
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Por exemplo: com bebês pequenos que já estão co-
meçando a se alimentar de papinhas e sucos, nós
cantamos na hora do almoço ou jantar, músicas espe-
cíficas que remetem a este momento. Cantamos na
hora de trocar a criança para que este momento não
se torne desconfortável ou traumático. Cantamos na
hora do banho, brincamos, interagimos, tocamos a
pele do bebê. Como foi dito anteriormente, quando
a criança não fala, o adulto precisa adivinhar o que
ela precisa. Se está com febre por exemplo, como o
professor conseguirá descobrir se não tiver o contato
pele a pele? Na Educação Infantil, principalmente na
fase dos 0 a 3 anos, entramos em contato direto com
os fluídos corporais. Temos de lidar com questões
como alimentação e higiene, porém, hoje em dia, já
sabemos como fazer isso, buscando sempre uma
intencionalidade pedagógica.
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“essas intercomunicações desempenham igualmente
papel decisivo para o progresso da ação”.
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tamento dos meios empregados formam o
aspecto cognitivo (senso-motor ou racional).
(FOLTRAN; ROSIN, 2015, p. 9)
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VYGOTSKY E A
EDUCAÇÃO INFANTIL
Vygotsky tem um livro fundamental para a carreira de
todo Pedagogo: A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE,
indicado nas referências bibliográficas deste módulo.
Você precisará deste livro para entender áreas como:
educação e psicologia; psicologia da aprendizagem;
educação infantil e alfabetização.
REFLITA
Vygotsky trata da evolução da aprendizagem no livro
citado acima. É fundamental a leitura completa da
obra, no entanto, o capítulo: A Pré-História da Lingua-
gem Escrita é fundamental para o entendimento do
pensamento de Vygotsky. Nele, o autor explica o sur-
gimento da noção de escrita na mente das crianças,
desde os primeiros meses de vida quando a criança
aponta ou demonstra por meio de gestos o que quer,
seus desejos e necessidades. Após a leitura, reflita:
você concorda que existe uma Pré-história do apren-
dizado da escrita? Ou a escrita só acontece quando
começamos aprender o alfabeto e a divisão silábica?
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escrita, teoria fundamentada pelo autor. Aqui, cabe
um parêntese, quando Vygotsky fala em brinquedo,
entendemos a situação de BRINCAR e também o
brinquedo propriamente dito. Dito isso, vamos juntos,
compreender sua teoria. De acordo com Vygotsky:
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contato. Segundo Foltran e Rosin (2015): “Essa pers-
pectiva visa à brincadeira como formação do sujeito,
atribuindo-lhe um espaço significante no desenvol-
vimento das estruturas psicológicas, destacando-o
pela sua plasticidade, capaz de novas articulações
em função das alterações que ocorrem no meio e das
transformações histórico-culturais”. Portanto, segun-
do Vygotsky, podemos considerar a brincadeira um
elemento fundamental estruturante das atividades
na Educação Infantil, correto?
Vejamos:
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E agora que você já sabe da importância do brinque-
do na teoria de Vygotsky, como será que poderíamos
estruturar esta teoria na prática da Educação Infantil?
Podcast 1
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rastejar ou andar, é alcançar determinado objeto ou
até mesmo uma pessoa que esteja um pouco distan-
te, por exemplo, seus pais e professores. Percebeu as
possibilidades que temos de brincar com a criança
nessa etapa? Fantástico, não é mesmo?
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vivência e sociabilidade. Assim, a criança aprende
que existe uma ordem que deve ser obedecida na
fila, que um não pode atropelar o outro, que temos
de esperar. Essas brincadeiras são fundamentais na
socialização dos pequenos, e podemos realizá-las
até mesmo com as crianças maiores da Educação
Infantil. De acordo com Foltran e Rosin:
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versões tem implicações importantes como
motor do desenvolvimento. No plano emo-
cional, brincar permite à criança libertar as
tensões originadas pelas restrições impostas
pelo meio ambiente; brincar fornece a opor-
tunidade de resolver as frustrações, e é por
isso altamente terapêutico. Ao brincar com
os outros, a criança aprende a partilhar, a dar,
a tomar, a cooperar pela reversibilidade das
relações sociais. (KISHIMOTO, 1995, p.13)
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Agora, para ficar mais claro, vamos esquematizar
os benefícios observados no BRINCAR:
Regras Internas e
Externas
Relações Resolver
Sociais Brincar Frustrações
Desenvolvimento
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convencido sobre a importância do BRINCAR? Agora,
é fundamental que você saiba: o Pedagogo pode
ensinar a criança a brincar; este pensamento remete
à questão da intencionalidade pedagógica que já
trabalharmos aqui, lembra?
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Gabriel Limaverde. Esses materiais vão desde botões
e materiais recicláveis até galhos, flores e pedrinhas.
“Um galho seco pode virar uma colher, uma varinha
de condão ou ainda uma espada. Basta serem apre-
sentados ao universo criado pelas crianças”. De acor-
do com o coordenador do Instituto Alana, o ideal é
reunir materiais diversos que possam proporcionar
uma diversidade sensorial e uma experiência rica. “É
importante que a criança experimente a temperatura
e peso de uma peça de ferro para compará-la a uma
de plástico. A brincadeira se torna uma descoberta”,
diz Gabriel. Um material muito versátil são os teci-
dos. “Com eles, as crianças criam mil coisas: tendas,
roupas, fantasias.”, diz Franciele.
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por meio da articulação entre a imaginação e a
imitação da realidade. Toda brincadeira é uma
imitação transformada, no plano das emoções
e das ideias, de uma realidade anteriormente
vivenciada (RCNEI, 1998, p. 27).
Podcast 2
30
MARIA MONTESSORI E
A EDUCAÇÃO INFANTIL
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É importante ressaltar que Montessori de-
fendeu, enfaticamente, a infância como um
período fértil no qual as potencialidades se
desenvolvem rapidamente. Para tanto, ressal-
tou a livre expressão e um ambiente adequado
e motivador como fatores fundamentais para
despertar a inteligência das crianças, de modo
a prepará-las para a vida adulta. Ao considerar
que a criança é um pequeno explorador do
mundo ao seu redor, ressaltou a liberdade de
ação nessa interação, para a qual propôs a
educação dos sentidos como elemento impor-
tante no trabalho do professor. Sua proposta
de trabalho teve grande aceitação no Brasil, já
que priorizou um ambiente rico em estimula-
ções que atendesse as necessidades infantis
(DELGADO et al., 2013, p. 257).
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e aflorar do livre desenvolvimento da atividade no
ser humano em sua infância” (ANGOTTI, 2007, p.
105). É importante ressaltarmos que a formação
em medicina de Montessori foi fundamental para o
estabelecimento de sua teoria:
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SAIBA MAIS
Material Dourado: trata-se de um recurso didático-
-pedagógico composto por peças de formato geo-
métrico (basicamente cubos, de diversos tamanhos).
Recebeu o nome de material dourado, pois era elabo-
rado com aspecto de pequenos cubos de ouro; conta-
-se que as crianças engoliam muito essas peças por
as considerarem atraentes. Com o passar do tem-
po, a cor dourada ficou de lado e, hoje em dia, este
material é fabricado à base de madeira com ou sem
tingimento.
Fonte: http://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7322_4312.
pdf. Acesso em: 31 jan. 2019.
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Se pararmos para analisar sua teoria com o olhar de
educadores, analisaremos que a base fundamental
está veiculada à liberdade da criança, não é mes-
mo? É importante que a criança tenha um ambiente
adaptado para suas necessidades, é fundamental
que tenha materiais adequados para o seu autoes-
tudo ou autoaprendizado e, por fim, Montessori fala
sobre a importância do professor acompanhando, e
não determinando, como a criança aprende. Vamos
observar estas ideias estruturadas no esquema a
seguir:
Materiais
Ambiente Professor
Liberdade
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Aparecem aspectos aqui, na teoria Montessoriana,
que não foram mencionados em Piaget e Vygotsky
anteriormente, certo? O principal deles é a Liberdade,
conforme esquematizado acima, e os demais ele-
mentos devem ser estruturados para a garantia dessa
liberdade por parte da criança. Com isso, o ambiente
deve ser organizado para o aprendizado da criança,
bem como os materiais devem ser disponibilizados
para a realização de tarefas na Educação Infantil, a
partir do desenvolvimento individual de cada criança.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Síntese
E-book 2
Aconteceu a partir da
entrada da mulher no
mercado de trabalho
CUIDAR,
EDUCAR e
BRINCAR
5 Sentidos
Auto-
Ambiente educação
Maria
Montessori
Professor
Liberdade
Observador
Referências
ANGOTTI, Maristela. Maria Montessori: uma mulher
que ousou viver transgressões. In: FORMOSINHO;
KISHIMOTO; PINAZZA (Orgs). Pedagogia(s) da In-
fância: dialogando com o passado, construindo o
futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007.