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1 Defina o conceito: Transfundo das vivências psicopatológicas e sintomas

emergentes.

R: Transfundo das vivências psicopatológicas: Espécie de palco, de contexto mais geral em


que emergem os sintomas. De outro, reconhecem-se os sintomas específicos vivenciados,
denominados sintomas emergentes. Em outras palavras, é o pano de fundo em que aparecem os
sintomas emergentes.

Sintomas emergentes: São vivências pontuais, figura, unidade que emerge no palco, ou seja, são
sintomas específicos, que ocorrem sempre sobre determinado transfundo. O transfundo influencia
o sentido, direção e a qualidade específica do sintoma emergente. Há uma relação dialética entre o
sintoma emergente e o transfundo, entre a figura e o fundo, a parte e o todo, o pontual e o
contextual.

2 Diferencie os dois tipos básicos de transfundo.

R: Transfundo Estável: Pouco mutáveis, são a personalidade e a inteligência. Qualquer vivência


ganha conotação diferente a partir da personalidade específica do indivíduo. Pacientes passivos,
dependentes, astênicos e “largados” tendem a vivenciar os sintomas de modo também passivo; já
indivíduos explosivos, hipersensíveis e muito reativos a diferentes estímulos tendem a responder
aos sintomas de forma mais viva e ampla, e assim por diante. A inteligência determina
essencialmente os contornos, a diferenciação, a profundidade e a riqueza de todos os sintomas.
Pacientes muito inteligentes produzem, por exemplo, delírios ricos e complexos, interpretam
constantemente as suas vivências e desenvolvem as dimensões conceituais das vivências de
forma mais acabada. Sujeitos com inteligência reduzida criam quadros psicopatológicos
indiscriminados, sem detalhes, superficiais e pueris.
Em outras palavras, transfundo estável é a personalidade e a inteligência. Dependendo das
características do indivíduo, será sua produção de sintomas: menos inteligentes / menos brilho,
personalidade depressiva / relatos sem detalhes, pobres.

Transfundo Mutável: Nível de consciência, humor ou estado afetivo. Determinam a qualidade e os


sentidos da vivência psicopatológica.
Explicando de forma mais especifica, eles atuam decisivamente na determinação da qualidade e
no sentido do conjunto das vivências psicopatológicas. O nível de consciência estabelece a clareza
e a precisão dos sintomas. Sob o estado de turvação, uma alucinação auditiva ou visual, uma
recordação, um sentimento específico são experimentados em uma atmosfera mais onírica e
confusa. O humor e o estado afetivovolitivo momentâneo influem decisivamente não apenas no
desencadeamento de sintomas (os chamados sintomas catatímicos), mas também no colorido
específico de sintomas não diretamente deriváveis do estado afetivo. Uma idéia
prevalente, em um contexto ansioso intenso, pode ganhar dimensões muito próprias. Em um
estado depressivo, qualquer dificuldade cognitiva passa a ter uma importância enorme para o
paciente.

3 Diferencie fator patogenético, fator patoplástico e fator psicoplástico.

R: Fator Patogenético: Propriamente dito está mais relacionado à manifestação dos sintomas
diretamente produzidos pelo transtorno mental de base; assim, há o humor triste, o desânimo e a
inapetência relacionados à depressão, ou as alucinações auditivas e a percepção delirante
relacionada à esquizofrenia.

Fator Patoplástico: Inclui as manifestações relacionadas à personalidade pré-mórbida do doente,


à história de vida específica do sujeito que adoece e aos padrões de comportamento relacionados
à cultura de origem do paciente, que lhe eram particulares desde antes de adoecer. São fatores
externos e prévios ao processo patológico de base, mas, nem por isso, menos importantes, pois
intervêm de forma marcante na constituição dos sintomas e na exteriorização do quadro clínico.
Por exemplo: padrões de comportamento ou hábitos culturais (forte tendência ao fumo por forte
influência da família, necessidade de autoafirmação na adolescência, uso ocasional, dependência).

Fator Psicoplástico: Relaciona-se aos eventos e às reações do indivíduo e do meio psicossocial


posteriores ao adoecer. São as reações aos conflitos familiares, à desmoralização, às perdas
sociais e ocupacionais associadas aos episódios e ao curso da doença. Essas reações do meio, o
padrão de interação do indivíduo adoentado e seu meio sociofamiliar contribuem para determinar o
quadro clínico resultante.

4 Defina surto, reação, crise e episódio e dê um exemplo de cada um.

R: Conceito de Surto: É uma ocorrência aguda, que se instala de forma repentina, fazendo
eclodir uma doença de base endógena, não compreensível psicologicamente. O característico do
surto é que ele produz sequelas irreversíveis, danos à personalidade e/ou à esfera cognitiva do
indivíduo. O paciente “entra em surto, está em surto, sai do surto”. Podem dias ou semanas.
Exemplo: Após o primeiro surto de esquizofrenia (com alucinações, delírios, percepção delirante,
etc.), que pode durar de 3 a 4 meses, o indivíduo “sai diferente”, seu contato com os amigos torna-
se mais distanciado, o afeto modula menos, e ele tem dificuldades na vida social, as quais não
consegue explicar ou entender.

Conceito de Reação: Caracteriza-se por ser um fenômeno psicologicamente compreensível,


desencadeado por eventos vitais significativos para o indivíduo que os experimenta. É designada
reação anormal pela intensidade muito marcante e duração prolongada dos sintomas. Ocorre
geralmente em personalidades vulneráveis, predispostas a reagir de forma anormal a certas
ocorrências da vida.
Exemplo: Após a morte de uma pessoa próxima, da perda do emprego ou do divórcio, o indivíduo
reage apresentando um conjunto de sintomas depressivos ou ansiosos, sintomas fóbicos ou
mesmo paranóides. A reação vivencial pode durar semanas ou meses, eventualmente alguns
anos.

Conceito de Crise: Caracteriza-se, em geral, por surgimento e término abruptos, durando


segundos ou minutos, raramente horas.
Exemplo: Utilizam-se os termos crise ou ataque para fenômenos como: crises epilépticas, crises ou
ataques de pânico, crises histéricas, crises de agitação psicomotora, etc.

Conceito de Episódio: Tem geralmente a duração de dias até semanas. Tanto o termo crise
como o termo episódio nada especificam sobre a natureza do fenômeno mórbido. Os termos
episódio e crise são denominações referentes apenas ao aspecto temporal do fenômeno. Na
prática, é comum utilizar-se o termo episódio de forma inespecífica, quando não há condições de
precisar a natureza do fenômeno mórbido. De forma mais simplificada, episódio é praticamente
sinônimo de crise, porém mais duradouro. Refere-se ao aspecto temporal do fenômeno.
Exemplo: Episódio psicótico, Episódio depressivo.

5 Defina o conceito de remissão e dê um exemplo.

R: É o retorno ao estado normal tão logo acaba o episódio agudo. Fala-se em remissão
espontânea quando o paciente se recupera sem o auxílio de intervenção terapêutica.
Exemplo: Quando o individuo consegue sair da depressão sem intervenção terapêutica.
6 Defina o conceito de episódio e dê um exemplo.

R: Tem geralmente a duração de dias até semanas. Tanto o termo crise como o termo episódio
nada especificam sobre a natureza do fenômeno mórbido. Os termos episódio e crise são
denominações referentes apenas ao aspecto temporal do fenômeno. Na prática, é comum utilizar-
se o termo episódio de forma inespecífica, quando não há condições de precisar a natureza do
fenômeno mórbido. De forma mais simplificada, episódio é praticamente sinônimo de crise, porém
mais duradouro. Refere-se ao aspecto temporal do fenômeno.
Exemplo: Episódio psicótico, Episódio depressivo.

7 Defina o conceito de recaída e dê um exemplo.

R: Recaído é o retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma melhora parcial do quadro
clínico ou quando o estado assintomático é ainda recente (não tendo passado um ano do episódio
agudo).
Exemplo: Paciente volta a ter sintomas de depressão após melhora do quadro clinico.

8 Defina o conceito de surto e dê um exemplo.

R: É uma ocorrência aguda, que se instala de forma repentina, fazendo eclodir uma doença de
base endógena, não compreensível psicologicamente. O característico do surto é que ele produz
sequelas irreversíveis, danos à personalidade e/ou à esfera cognitiva do indivíduo. O paciente
“entra em surto, está em surto, sai do surto”. Podem dias ou semanas.
Exemplo: Após o primeiro surto de esquizofrenia (com alucinações, delírios, percepção delirante,
etc.), que pode durar de 3 a 4 meses, o indivíduo “sai diferente”, seu contato com os amigos torna-
se mais distanciado, o afeto modula menos, e ele tem dificuldades na vida social, as quais não
conseguem explicar ou entender.

9 Diferencie a saída psicótica da saída neurótica.

R: Primeiro passo
Saída Neurótica: Tentar mudar a realidade, contrariando o desejo do Id.
Saída psicótica: Rejeição da realidade e negação do exame de realidade.
Segundo passo
Saída neurótica: Restrição do Id e aparição dos sintomas.
Saída psicótica: Criação de uma nova realidade.

10 Conceito de perda da realidade na neurose.

R: No começo do processo da Neurose, o Ego, ao serviço da realidade, reprime o impulso


instintual. Existe um afrouxamento da relação com a realidade que é um momento posterior.
Na Neurose a obediência inicial é seguida por uma tentativa de fuga: sintoma. A Neurose não
repudia a realidade, ignora. O conflito é apenas conciliado e não oferece uma satisfação completa.
O instinto reprimido não consegue um substituto completo. Também na Neurose há tentativas de
substituir uma realidade desagradável através de um mundo de fantasia, separado do mundo real
externo. Tanto na Neurose como na Psicose interessa não só a questão da perda da realidade,
mas também a formação de um substituto dessa realidade desagradável.

11 Explique do ponto de vista da psicanálise a origem da psicose.

R: O mundo externo governa o ego de duas maneiras: através das percepções atuais e presentes
e através do armazenamento de lembranças e percepções anteriores sob a forma de um mundo
interno. O quadro psicótico aparece quando é recusada a aceitação de novas percepções, e
quando o mundo interno perde sua significação. E com isso o ego cria outro mundo interno e
externo. Esse novo mundo é construído com base nos impulsos desejosos do Id e também com
base em alguma frustração que parece intolerável (trauma).

12 Explique com suas palavras a seguinte frase: para Freud, a etiologia


comum para as neuroses e psicoses é o conflito psíquico advindo da
frustração dos desejos. Aponta que o efeito patogênico irá depender de
considerações econômicas, ou seja, da magnitude das forças que estão
lutando entre si.

R: A etiologia comum da neurose e da psicose é a não realização de algum desejo, ou seja, uma
frustração externa. O efeito patogênico depende se o ego permanece fiel à sua dependência do
mundo externo e tenta silenciar o ID, preservando o princípio de realidade e assim gerando a
neurose, ou se o ego for derrotado pelo ID e arrancado da realidade, alterando a realidade e assim
gerando a psicose.
13 Quais os objetivos, segundo o autor, duma psicoterapia de psicóticos?

R: Os objetivos de tratamento de uma psicoterapia para psicóticos dependem da situação do


paciente, potencial de adaptação e limites. Portanto, seus objetivos são: criar um projeto, promover
uma relação satisfatória do paciente com sua família e grupos, auxiliar no desenvolvimento de uma
identidade e auxiliar na resolução de dinâmicas patogênicas.

14 Nomeie e descreva cada uma das 6 características que, segundo o autor,


são esperadas no método proposto.

R: Fase de surto: tratamento contínuo pelo mesmo profissional, material do surto deve se tornar
conhecido, disponibilidade do profissional, tratamento para diminuir o isolamento, acesso ao
material de delírio através dos conteúdos apresentados.
Circularidade: o início do processo deverá ocorrer sempre com a chegada do paciente,
independente se está em pré-surto ou pós-surto.
Que possa ser aplicado em clínica particular ou hospital psiquiátrico: tal proposta de métodos deve
saber reconhecer as diferentes situações.
Que seja adaptado à cultura: esperamos que uma proposta de ação seja coerente com o meio
cultural no qual ela se insere, mesmo porque a patoplastia da doença é culturalmente dependente.
Que não seja finalizado: num campo tão denso e ao mesmo tempo tão impreciso como o de
tratamento de distúrbios mentais, qualquer proposta finalizada tenderia à levar a perda de
contibuições nos mais variados níveis.
Que não afaste outros mecanismos de tratamento: as práticas socioterápicas e
psicofarmacológicas devem ser integradas a prática psicoterápica.

15 Explique como interpreta o item: posturas e atitudes do profissional para


com o mundo exterior.

R: Conhecimento de si próprio, da teoria, estabilidade emocional. Não julgar o paciente, ética no


relacionamento, respeito pelo outro. A postura do técnico determina reação do usuário. Saber lidar
com a falta de preparo de outros profissionais (teoria e prática). Trabalho com psicóticos mobiliza
emoções do técnico, portanto deve-se saber lidar com isso saudavelmente. Trabalhar a família e
para que o paciente possa expressar seu sofrimento e se sinta a vontade é necessário criar um
ambiente favorável, de confiança, no setting terapêutico.
16 Elabore uma lista de quatro tópicos que descrevam cada um dos
seguintes transtornos de personalidade: paranoide, esquizoide, psicopatia e
borderline.

R:

17 Diferencie do ponto de vista do comportamento um sujeito com


transtorno de personalidade borderline de um sujeito com transtorno de
personalidade psicopata.

R:

18 Diferencie sociopatia de psicopatia.

R:

19 Diferencie o transtorno de personalidade esquizoide do transtorno


psicótico de esquizofrenia.

R:

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