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Urgência e Emergência

BLENDED

Prof.ª Enf. Esp. Caroline Barbosa.


Emergências Clínicas 1.1
Classificação de Risco

• Surgiu das Guerras


Napoleônicas.

• “Triage”, do
francês.
•“ A triagem de pacientes teve origem com os
militares nos campos de batalha em 1800. O
conceito formal de triagem de pacientes foi
introduzido nos Departamentos de
Emergência dos Estados Unidos, no final da
década de 50, quando ocorreu aumento
significativo do número de pacientes que
procuravam esses serviços.”
•No fim dos anos 1980, surge a primeira
proposta de padronização de um sistema de
triagem de urgência na Austrália.

•No Brasil, o sistema foi recomendado a


primeira vez pela Portaria GM 2048.
•TRIAGEM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

NÃO ENVOLVE DIAGNÓSTICO E SIM PRIORIZAÇÃO


DE ATENDIMENTO!
Então, o que seria classificação
de risco?
•FERRAMENTA QUE PRIORIZA O
ATENDIMENTO.

PRONTO - SOCORRO UPA


IMPORTANTE!

•“O sistema de classificação de risco avalia o


paciente de acordo com a prioridade
clínica, quanto mais grave mais rápido o
atendimento baseado em “ cores e
tempo.”
DE QUEM É ESSA FUNÇÃO?
•O Conselho Federal de Enfermagem
determinou, por meio da Resolução nº.
423/2012, que a classificação de risco é
privativa do enfermeiro e esse deve estar
dotado dos conhecimentos, competências e
habilidades que garantam rigor técnico-
científico ao procedimento.
Protocolo Manchester

“O PROTOCOLO DE
MANCHESTER CABE NA
PALMA DA MÃO”
ATENÇÃO!
•A avaliação inicial começa com a história do
paciente e a queixa principal.

“SAMPLA”
“SAMPLA”
• S: Sinais e Sintomas.
• A: Tem alergias? Problema ou doença atual.
• M: Medicamentos e/ou tratamentos em uso.
• P: Passado médico – Problemas de saúde ou doença
atual?
• L: Ingeriu líquidos e alimentos? Qual foi a última
refeição?
• A: Ambiente do evento?
• “Seguindo, devemos nos atentar ao nível de
consciência (escala de coma de Glasgow), pupilas,
motricidade (escala de cincinnati), permeabilidade
de vias aéreas, respiração (frequência respiratória,
padrão e saturação de oxigênio), circulação (pulso,
ritmo, pressão arterial) e realizaremos a exposição do
paciente para facilitar na avaliação, lembrando que
devemos garantir a manutenção da temperatura
corporal. A verificação da glicemia capilar é um dado
importante também. Com esta avaliação podemos ter
uma noção da gravidade do caso.”
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

• Escala de coma de Glasgow


GLASGOW GL456OW

ABERTURA OCULAR

RESPOSTA VERBAL RESPOSTA MOTORA


CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

LEVE 13-15

MODERADO 9 - 12

GRAVE
3-8
VUNESP – Câmara de São Paulo/SP 2007 – Questão 21
21. R.S., 20 anos de idade, vítima de acidente de carro. Na admissão era capaz de
abrir os olhos após estímulos verbais e táteis, mas incapaz de acompanhar
visualmente o alvo. Retirava os membros superiores e inferiores em resposta à
estimulação, mas não era capaz de movê-los sob comando. Estava alerta, porém
confusa e incapaz de se envolver em uma conversa. Considerando AO abertura
ocular; MRM melhor resposta motora e RV resposta verbal, o nível de
consciência do paciente, usando a Escala de Coma de Glasgow é

(A) AO=1; MRM=2; RV=2 – TOTAL = 05.


(B) AO=4; MRM=6; RV=5 – TOTAL = 15.
(C) AO=3; MRM=4; RV=4 – TOTAL = 11.
(D) AO=2; MRM=3; RV=3 – TOTAL = 08.
AVALIAÇÃO PUPILAR

•As pupilas são normais quando


apresentam formas circulares,
centradas e de diâmetro normais.
• Sua avaliação faz-se através de um estímulo
luminoso no olho e que espera-se obter resposta
pupilar bilateral e simétrica, pela ativação do
nervo oculomotor. O objetivo da avaliação das
pupilas concentra-se em buscar os seguintes
dados: reatividade, simetria, forma e diâmetro.
• Quando há reação pupilar ao feixe de luz
diz-se que houve reação foto motora
(RFM+). O contrário, diz-se reação
fotomotora negativa (RFM -).
Escala de Cincinnati - MOTRICIDADE

• “Escala de Cincinatti é um teste aplicado em menos de 1


minuto, em 3 perguntas, com uma taxa de acerto de
diagnóstico para AVC igual a 72%. Se algum dos testes
apresenta uma resposta anormal, o paciente deve estar
apresentando um Acidente Vascular Cerebral e deve ser
conduzida a um hospital o quanto antes.
Tempo é Cérebro!”
• Queda/Assimetria Facial: Peça para a pessoa para sorrir ou
mostrar os dentes, se algum dos lados não move-se como o outro
ou aparentemente "cai", Isso pode ser sinal de AVC.

• Normal: Os dois lados da face movem-se igualmente


• Anormal: Um dos lados da face não move-se simetricamente
como o outro (ou apenas não se move)!
• Queda do Braço: Peça para a pessoa fechar seus olhos e que
mantenha seus braços levantados por 10 segundos, Se um dos
braços não se move, ou um dos braços fica levantado
assimetricamente em relação ao outro, isso pode ser sinal de
AVC

• Normal: Os dois braços mantém-se elevados igualmente


• Anormal: Um dos braços não se move ou um dos braços
"cai" antes de 10 segundos após o comando de mantê-los
levantados simetricamente.
• Fala: Peça para a pessoa falar "O céu é Azul", ou
qualquer outra frase simples e conhecida pelo
paciente. Se a pessoa fala lentamente ou com
dificuldade ou palavras desconexas, ou ainda, é
incapaz de falar, isso pode ser sinal de AVC
• Normal: Paciente usa as palavras corretamente, sem
lentificação
• Anormal: Lentificação, palavras inapropriadas ou
mudo
29 DE OUTUBRO – DIA MUNDIAL DO AVC
IAM – INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

• As emergências clínicas mais comuns são as cardiológicas,


respiratórias, neurológicas e metabólicas. Sabemos que a
primeira causa de morte no mundo e no Brasil são as
doenças cardiovasculares, dentre elas, o Infarto agudo do
miocárdio (IAM), diante disso, o protocolo de dor
torácica é bem-vindo para padronização do atendimento
com objetivo de diminuir a mortalidade da população.
Muitos pacientes não são diagnosticados adequadamente
com IAM morrendo em suas casas.
MAS O QUE É INFARTO?

• É a obstrução
de uma
artéria.
Quais os mecanismos que fazem o infarto
acontecer?

TROMBO SOBRE A
PLACA DE
ATEROMA
VASOESPASMO –
FLUXO NÃO
SUFICIENTE DE
SANGUE
RUPTURA DA PLACA
DE ATEROMA
• Angina estável geralmente ocorre
em situações de esforço e a dor
desaparece com o repouso.

• Angina instável surge de


repente e não cessa com o repouso,
podendo ser um sinal de ataque
cardíaco (infarto do miocárdio).
Características da angina estável

• É a forma mais comum de angina;


• Normalmente ocorre em situações de esforço físico, como subir
escadas ou durante exercícios;
• Acontece quando o coração recebe menos oxigênio do que
precisa porque o sangue bombeado não é suficiente para
oxigenar o órgão;
• Desaparece com o repouso;
• Também pode ser desencadeada por perturbações emocionais,
exposição a baixas temperaturas, refeições pesadas,
tabagismo.
Características da angina instável

• O desconforto ou a dor no peito não cessam com o repouso;


• Surge de forma súbita, normalmente quando a pessoa está em repouso;
• Ocorre devido a um bloqueio ou diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias que irrigam
o coração;
• Trata-se de uma condição perigosa, pois geralmente antecede um infarto;
• Além do entupimento das artérias cardíacas, a angina instável também pode ser
causada por:
• tabagismo;
• estresse;
• uso de drogas, como cocaína;
• medicamentos que provocam contração das artérias, diminuindo o calibre das
mesmas.
Sinais e Sintomas

• Os sinais e sintomas mais comuns são dor precordial,


irradiada para mandíbula, membros superiores, palidez,
náusea, vômito, sudorese intensa, dispneia, ansiedade.
Geralmente, 80% dos pacientes apresentam alteração do
ECG (supra desnivelamento do segmento ST) e sempre
ocorre o aumento de marcadores de necrose miocárdica.
DOR TORÁCICA
•Dor torácica pode ser
causada por patologias
cardíacas e não cardíacas.
COMO ASSIM?

Síndrome
ISQUÊMICAS coronarianas agudas

PATOLOGIAS
CARDÍACAS

Pericardite,
NÃO ISQUÊMICAS dissecção de aorta e
valvar
VALE À PENA RELEMBRAR...

?? ISQUEMIA ??
é um termo que significa
deficiência ou ausência de
suprimento sanguíneo e,
consequentemente, de oxigênio,
em determinado tecido ou
órgão.
Gastroesofágicas

Pulmonares
NÃO CARDÍACAS
Musculoesqueléticas

Psicogênicas
• O protocolo de dor torácica deve iniciar com a avaliação
clínica dos pacientes devendo obedecer alguns critérios com
uma boa anamnese, exame físico, eletrocardiograma (ECG),
marcadores de necrose miocárdica (troponina, CKMB) e
exames complementares (RX de tórax, tomografia
computadorizada, exames laboratoriais, ecocardiograma).
Marcadores bioquímicos de lesão cardíaca

• Os marcadores de necrose miocárdica devem ser


realizados na admissão e coletados seriamente
(3/ 6 /9 horas, pelo menos, após admissão no
Pronto-Socorro) para termos uma evolução
clínica.
CK – CREATINA QUINASE

• A creatina quinase é enzima composta pela união de duas


subunidades do tipo B e/ou M, em três combinações possíveis, que
correspondem às isoenzimas CK-BB, CK-MB e CK-MM. Cada uma delas
possui atividade preponderante em algum tecido ou órgão
específico.

• A isoenzima MB é uma opção adequada, especialmente se a dosagem


de uma das troponinas não estiver disponível. Esta isoenzima possui
elevadas sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de lesão
do músculo cardíaco.
TROPONINAS

• Troponinas são proteínas estruturais envolvidas no


processo de contração das fibras musculares esqueléticas
e cardíacas.

• As troponinas T (cTnT) e I (cTnI) são consideradas como


os marcadores bioquímicos mais específicos e sensíveis
para o diagnóstico de lesão isquêmica do miocárdio.
• A elevação dos níveis de cTnI no soro ocorre
entre 4 e 6 horas após a dor precordial, atinge
um pico em 12 horas e permanece elevada por 3
a 10 dias após um evento isquêmico único.
Ocorre um segundo pico de menor intensidade,
entre o terceiro e o quarto dia após o infarto.
• Uma diferença significativa entre as troponinas e a
isoenzima CK-MB é que esta só se eleva após lesão
isquêmica irreversível, enquanto as troponinas, por
terem menor peso molecular e por apresentarem uma
fração livre no citoplasma celular, são liberadas
mesmo em situação de isquemia reversível,
caracterizada clinicamente por angina instável.

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