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URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA
ENFA. FERNANDA DE OLIVEIRA
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
É um processo de necrose de parte do músculo cardíaco por falta de
aporte adequado de nutrientes e oxigênio.

É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude


e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas
orgânicas.

A causa habitual é uma isquemia no músculo cardíaco, por oclusão de


uma artéria coronária.

A oclusão se dá em geral pela formação de um coágulo sobre uma área


previamente comprometida por aterosclerose causando
estreitamentos luminais de dimensões igualitárias
É um processo de necrose de parte do músculo cardíaco por falta de
aporte adequado de nutrientes e oxigênio.
OS FATORES DE RISCO PARA INFARTO AGUDO

• Colesterol alto;
• Hipertensão arterial;
• Tabagismo;
• Excesso de peso;
• Sedentarismo;
• Diabetes Mellitus;
• Drogas;
• Apneia do sono - aumenta em até 30% a possibilidade de
desenvolver arritmias e infarto
FATORES DE RISCO

• Risco aumentado para homens acima de 45 anos;


• Risco aumentado para mulheres acima de 55 anos (ou após a
menopausa).
• História familiar ou predisposição genética
• Risco aumentado se pai ou um irmão for diagnosticado com DAC
antes de 55 anos de idade;
• Risco aumentado se mãe ou uma irmã for diagnosticada com DAC
antes de 65 anos de idade
SINAIS E SINTOMAS

• Dor súbita e que irradiar para os membros superiores, mais comum


para o braço esquerdo
• Respiração acelerada irregular;
• Sudorese intensa fria e pegajosa;
• Vertigem/tonturas;
• Náuseas / vômitos;
DIAGNÓSTICO

• Histórico do paciente – questionamento sobre hábitos alimentares,


histórias de fumo e álcool, estilo de vida sedentária;
• Teste de esforço;
• Ecocardiografia; ECG – eletrocardiograma;
• Quadro clínico;
• Exames laboratoriais de enzimas cardíacas CK/ CK-MB
• Confirmação através da Troponina sérica.
FLUXOGRAMA IAM
ECG COM SUPRADESNIVELAMENTO DE ST
TRATAMENTO

• Utiliza-se farmacoterapia (vasodilatadores, anticoagulantes,


analgésicos e oxigenoterapia).
• Terapia medicamentosa;
• Preventivo para possíveis complicações;
• Uso de antitrombolíticos;
• Oxigenoterapia;
• Cirúrgico: Cateterismos; Endarterectomia;
• Trombólise farmacológica;
• Detectar arritmias;
• Aliviar a dor;
TRATAMENTO

• MONABCHE

Morfina - Para Alivio da dor e reduzindo a resistência vascular


periférica;
Oxigenoterapia - Baixo fluxo;
Nitrato - Reduz a dor isquêmica – vasodilatador;
Betabloqueadores - Redução e manter a FC;
ASS - É um antiagregante plaquetário;
Clopidrogel - Semelhante ao AAS, é um antiagregante plaquetário;
Heparina – Anticoagulante;
Estatina - Hipercolesterolemia e na prevenção da aterosclerose
CUIDADO DE ENFERMAGEM

• Período mais crítico nas primeiras 48h pós o ataque.


• Monitorizar o paciente;
• Realizar analgesia conforme prescrito;
• Manter paciente em repouso absoluto;
• Prevenir complicações;
• Observar alterações no padrão de dor;
• Realizar passagem de SV;
• Realizar balanço hídrico rigoroso;
• Realizar acesso venoso;
• Acalmar paciente e familiares;
• Administrar medicamento conforme prescrição médica.
ANGINA PECTORIS

ENFA. FERNANDA DE OLIVEIRA


A angina normalmente é ativada por situação de stress, refeição farta,
esforço físico ou frio intenso.

Dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração


(isquemia).

Geralmente dura entre 1-5 min e é aliviada com repouso ou


medicação.

Dor anginosa, que surgem em repouso e, não aliviam com medicação


e duram mais de 15 min pode ser indicativo de angina instável ou IAM.
SINAIS E SINTOMAS

• Angina ou desconforto é breve;


• Sensação de peso, queimação, pressão ou aperto no peito;
• Sensação de indigestão;
• Dispneia;

• Formigamento ou dor nos ombros, braços e/ou pulsos;


• Dor na mandíbula, pescoço
DIAGNÓSTICO

• Avaliação clínica;
• Avaliação da dor;
• História pregressa;
• Eletrocardiograma;
• Cateterismo cardíaco:
É um exame invasivo que pode ser realizado de forma eletiva, para confirmar
a presença de obstruções das artérias coronárias ou avaliar o funcionamento
das valvas e do músculo cardíaco.

Como realizar um ECG DE 12 DERIVAÇÕES na PRATICA | Eletrocardiograma: https://www.youtube.com/watch?v=UOnYU-

RUIPg&t=4s
TRATAMENTO

Oxigenoterapia;
Terapia medicamentosa:
• Anti-hipertensivo;
• Betabloqueadores;
• Antiplaquetários

Angioplastia - abre artérias bloqueadas ou estreitadas.


Cirurgia de ponte de safena.
Mudança do estilo de vida.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Orientar familiar e paciente a respeito do repouso;


• Realizar balanço hídrico;
• Realizar passagem de Sonda Vesical de Demora;
• Ofertar dieta hipossódica e pobre em gordura;
• Manter o paciente confortável no leito e com cabeceira elevada;
• Realizar medicações conforme prescrito;
• Preparar o paciente para os procedimentos;
• Relatar alterações do padrão de dor;
• Instalar oxigenoterapia;
• Realizar ECG;
• Encaminhar o paciente para o centro cirúrgico.
ARRITMIAS CARDÍACAS

ENFA. FERNANDA DE OLIVEIRA


O estímulo elétrico nasce uma região chamada de nó sinusal localizado
no ápice no átrio direito.

O nodo sinusal produz continuamente e de modo regular impulsos


elétricos que se propagam por todo o coração, induzindo a contração
dos músculos cardíacos.

Portanto, um coração em ritmo sinusal é aquele cujo os estímulos


elétricos estão sendo normalmente gerados pelo nodo sinusal.

A alteração na normalidade destes impulsos gera a arritmia cardíaca.


POSIÇÃO DOS ELETRODOS

Como realizar um ECG DE 12 DERIVAÇÕES na PRATICA | Eletrocardiograma: https://www.youtube.com/watch?v=UOnYU-RUIPg&t=4s


A arritmia cardíaca é um ritmo cardíaco que foge ao ritmo normal.

Ela é causada por uma irregularidade na descarga do nodo sinusal.

A frequência do nodo sinusal aumenta gradualmente com a inspiração


e diminui gradualmente com a expiração.

Frequência ventricular superior a 100bpm/ taquicardia ou inferior a


60bpm/bradicardia
CLASSIFICADA

Taquicardia sinusal: Normal: 60 a 100 bpm


Taquicardia: limites superiores entre 160 e 180bpm

Bradicadia sinusal: Normal 60 a 100bpm


Bradicardia: frequência inferior a 60bpm
TIPOS DE ARRITMIA

• Ritmo sinusal
• Flutter atrial
• Fibrilação atrial ou palpitação
• Fibrilação ventricular
• Bloqueio atrioventricular: BAV1°, BAV 2° E BAV3°
• Assistolia ventricular
• Atividade elétrica sem pulso
• Taquicardia ventricular sem pulso
TIPOS DE ARRITMIA
SINAIS E SINTOMAS

• Na maioria das vezes é assintomática;


• Incômodo, peso ou dor no peito;
• Batimentos acelerados, em caso de taquicardia;
• Batimentos lentos, em caso de bradicardia;
• Falta de ar;
• Palpitações; síncope; Tontura; Desmaio;
• Palidez; Sudorese;
DIAGNÓSTICO

• Avaliação médica;
• Anamnese e exame físico;
• Eletrocardiograma;
• Monitoramento Holter;
• Monitoramento de arritmias esporádicas;
• Ecocardiograma;
• Teste de esforço (ergométrico).
TRATAMENTO

• Desfibrilação ou cardioversão: ritmo chocavel (PCR) ou não chocavel


• Medicações antiarrítmicas: epinefrina, dopamina e adenosina.
• Implantação de marcapasso temporário ou definitivo

Bradicardia - <60 bpm – atropina – marcapasso


Taquicardia - > 150 bpm – adenosina – cardioversã0 (sedação).
PREVENÇÃO

• Seguir uma dieta bem balanceada de baixa gordura


• Praticar exercícios regularmente
• Evitar o uso de cigarros.
DESFIBRILAÇÃO E CARDIOVERSÃO

• Desfibrilação é o uso terapêutico da eletricidade


não sincronizada para despolarizar o miocárdio,
de modo que podem ocorrer contrações
coordenadas.

• Cardioversão é a aplicação de eletricidade de


forma sincronizada para terminar um ritmo ainda
viável para permitir o reinício de um ritmo
sinusal normal.
Choque na prática clínica - Cardioversão/Desfibrilação: https://www.youtube.com/watch?v=YNLBR1OJWmM

USO DO CARDIOVERSOR NA PRÁTICA (DENTRO DE UMA AMBULÂNCIA DO SAMU): https://www.youtube.com/watch?v=cv3XviOKSBc


CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Colher a história : início, qual a atividade que o paciente desenvolvia


no momento;
• Monitorizar o paciente;
• Realizar ECG;
• Verificar SSVV em menor tempo que o normal nas unidades;
• Administrar medicações conforme prescrição;
• Realizar passagem de SVD;
• Realizar BH;
• Instalar oxigenoterapia, sob cateter de o², inicialmente;
• Ficar atenta aos sinais de gravidade: síncope, bradicardia severa,
hipotensão.
EMERGÊNCIA / URGÊNCIA
HIPERTENSIVA
ENFA. FERNANDA DE OLIVEIRA
A hipertensão arterial é considerada como uma doença silenciosa por,
muitas vezes, não manifestar os sintomas e atrasar, assim, o
diagnóstico por parte do médico.
CAUSAS DA HIPERTENSÃO

Sedentarismo;
Obesidade;
Tabagismo;
Etilismo;
Estresse;
Hereditariedade;
Sexo;
Idade;
Maus hábitos alimentares.
PREVENÇÃO

Não fumar
Fazer atividade física com constância
Ter uma dieta saudável
Não beber de forma exagerada
Diminuir sal no cardápio
Diminuir o nível de estresse
Tentar não absorver tanto os problemas

Quando todas as orientações foram dadas e não seguidas, o paciente


pode desenvolver patologias em outros órgão.
TRATAMENTO

Início imediato;
Drogas hipotensoras endovenosas: captopril, enalapril, isordil, niprid,
Nitroprussiato de sódio

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO: é um vasodilatador de ação direta.


Contraindicações por causa do fenômeno de roubo de fluxo que pode
induzir nos casos de insuficiência coronária, além do acúmulo do
metabólito tiocianato nos pacientes com insuficiência renal.
TRATAMENTO

• As urgências hipertensivas podem ser tratadas com medicação oral.


• As emergências hipertensivas necessitam de um tratamento rápido
e eficaz usualmente por via endovenosa.

 O paciente está sob um elevado risco de hemorragia cerebral e


edema pulmonar mortal.
 A redução deve ser feito devagar, para evitar o estado de choque
por hipotensão;
 Importância de medicamentos por via endovenosa, pois permite
regular a velocidade de administração e subsequentemente e
descida progressiva da pressão arterial.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Verificar SSVV, principalmente PA


• Manter o paciente em repouso
• Realizar acesso venoso Administrar medicações conforme prescrito:
Orientar familiares a respeito do repouso
• Ofertar dieta hipossódica
• Realizar BH Estimular ingesta hídrica
• Orientar que ele irá aguardar 1h até a próxima verificação da PA
• Orientar o paciente sobre a importância de não interromper o uso
dos medicamentos dele.
REFERÊNCIAS

American Heart Association. Suporte avançado de vida em


cardiologia: livro do profissional de saúde. São Paulo: Margraf;
2008.

CFTEID- Centro de Formação Técnica em Enfermagem Irmã Dulce.


Apostila de Anatomia e Fisiologia.2022.

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