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Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Grupamento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar


Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Básico - CBMRO

Emergências Cardiovasculares,
Respiratórias e Metabólicas
Seção de Doutrina, Ensino e Instrução - SEDEI/GAEPH

Brasília, 08 de fevereiro de 2023


OBJETIVOS

Ao final da lição, o aluno será capaz de:

1. Descrever os tipos de emergências clínicas mais comuns no APH;


2. Identificar as manifestações clínicas das emergências
cardiovasculares, respiratórias e metabólicas;
3. Descrever as condutas pré-hospitalares para as emergências
cardiovasculares, respiratórias e metabólicas.
DEFINIÇÃO DE APH
Estudo de caso Sua guarnição foi chamada para QTO DE PACIENTE
ETILISTA COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO.

Na residência, você observa o paciente


sexo masculino, negro, cerca de 55 anos
de idade, sentado com a mão no peito,
reclamando de dor.
Estudo de Caso

O que fazer???

O que esse paciente tem???

Qual conduta no pré-hospitalar???


DEFINIÇÃO DE APH
Estudo de caso Sua guarnição foi chamada para QTO DE PACIENTE
ETILISTA COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO.

Impressão geral: Consciente e agitado, taquipneico e pálido, vômito ao lado.


B: Respiração rápida e superficial, em franca dispneia, Sat 91%.
C: 123 bpm no oxímetro, pulso rápido e filiforme. Reenchimento capilar: 3 segundos. Pele:
hipocorado, suor frio intenso.
D: Consciente, agitado, hálito etílico, hemiplegia a esquerda.
E: Refere dor na frente do externo em aperto. Escala da dor 8 (1-10), a dor começou
depois que ele tentou capinar o terreno com um amigo e devido a dor, ele foi para casa.
DEFINIÇÃO DE APH
Estudo de caso
SAMPLA:
-Acompanhante diz que o paciente é etilista crônico, hipertenso e diabético.
-Afirma que só tomou um copinho de café e que ingeriu bebida alcóolica etílica.
- Teve AVC há 3 anos que lhe conferiu fraqueza e paralisia no lado D.
Avaliação física detalhada: Se for perguntada diz que seu braço esquerdo e o pescoço
também está doendo.
Sinais Vitais:
FC 123bpm; FR 23; PA 157 X 98mmHg; Sat 91% Tax: 37ºC Hgt: 85mg/dL.

Qual conduta no pré-hospitalar???

Qual hipótese diagnóstica???


Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
Grupamento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar
Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Básico - CBMRO

Emergências Cardiovasculares

Seção de Doutrina, Ensino e Instrução - SEDEI/GAEPH

Brasília, 02 de fevereiro de 2023


Panorama Epidemiológico

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no


mundo.

No Brasil, a cada 1,5 minuto uma pessoa morre por doença cardiovascular.

- Elas causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos;
- 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência);
- 3 vezes mais que as doenças respiratórias;
- 6,5 vezes mais que todas as infecções incluindo a AIDS.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano (2023) , quase
400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação.
SBC, 2023
Panorama Epidemiológico

SBC, 2023
Emergências Cardiovasculares

Doenças Cardiovasculares com maior prevalência:


1. Síndromes coronarianas
- Angina de peito
- IAM

2. Insuficiência cardíaca congestiva


3. Acidente vascular encefálico
4. Crise Hipertensiva
Síndrome Coronariana Aguda
DEFINIÇÃO: diminuição e/ou interrupção do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias.

Se a artéria está obstruída, o que acontece com o


suprimento de sangue oxigenado para as células
cardíacas?

Ele é reduzido drasticamente ou muitas vezes abolido.

Se a célula não recebe sangue oxigenado ela


consegue produzir energia?

A célula passa de uma respiração aeróbia (com


oxigênio), para uma respiração anaeróbia (sem
oxigênio) -> ácido lático -> DOR TORÁCICA INTENSA.
Síndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana Aguda: Manifestação clínica
DOR TORÁCICA QUEIXA FREQUENTE NO APH

Dor localizada entre a mandíbula e o epigástrio.

Pode ser:
- Isquêmica
- Angina
- IAM
- Não isquêmica
- Dissecção de aorta
- Pericardite
- Não cardíaca
- Causas psicogênicas
Síndrome Coronariana Aguda: Manifestação clínica
Se o coração esta em angústia pela falta de suprimentos, o que ele tenta fazer??

Respirar mais rápido, altera a frequência cardíaca, sudorese, angústia.

Se parte das células do coração morreu, o que acontece pode acontecer com a
função do coração?

BAIXO DÉBITO CARDÍACO

• Dispneia;
• Alterações na pressão arterial;
• Náuseas, vômitos;
• Sinais de choque;
• Sensação de morte evidente.

25% dos IAM Morte súbita


Síndrome Coronariana Aguda
EQUIVALENTE ISQUÊMICO: um ou mais sintomas inespecíficos que ocorrem no paciente com SCA na
ausência de dor torácica.

20% da população

Mulheres Idosos

Diabéticos

Sintomas: “azia”, vômitos, tontura, perda de consciência


transitória (síncope) e dor mandibular
Síndrome Coronariana Aguda: Fatores de risco

FATORES DE RISCO: fortalece a suspeita de origem cardíaca isquêmica.

• Histórico de doença arterial coronariana


• Tabagismo Importância do SAMPLA
• Diabetes
• Hipertensão
• Dislipidemia
• Obesidade
• Abuso de drogas estimulantes
Síndrome Coronariana Aguda: Abordagem

SpO2 <90% inicie a


4l/min Transportar em
Paciente com dor
Fowler
torácica não deve
andar na cena.
Síndrome Coronariana Aguda: Abordagem

TEMPO É MÚSCULO!!!

Máximo de 10 minutos na cena

“Quanto maior for a demora para o tratamento definitivo, maior


será a área de necrose do músculo cardíaco e,
consequentemente, mais graves serão as sequelas”
Síndrome Coronariana Aguda
A dor torácica pode ser GASES???
Síndrome Coronariana Aguda: Abordagem

- A avaliação do nível de consciência deve ser


realizada constantemente.
- A parada cardiorrespiratória é uma possibilidade
iminente.

Equipe preparada!!!
Insuficiência Cardíaca Congestiva

DEFINIÇÃO: quadro fisiopatológico caracterizado pela inadequação do coração em


oferecer perfusão adequada para as demandas do organismo, ou conseguir essa
função, mas às custas de elevadas pressões de enchimento ventricular.

NO APH ICC descompensado


Insuficiência Cardíaca Congestiva: Manifestação clínica

Insuficiência DIREITA Insuficiência ESQUERDA

- Estase Jugular - Baixo Débito


- Edema em MMII - Queda PA
- Perfusão ruim
- Dispneia
- Tosse
- Ortopneia
Insuficiência Cardíaca Congestiva: Abordagem

Transportar em
Fowler
Paciente com dor
torácica não deve
andar na cena.
Crise Hipertensiva
Cerca de 32 % dos adultos tem HAS crônica.

NO APH DESCOMPENSADO???

Elevação rápida, intensa e sintomática da PA

PAS ≥ 180 mmHg e/ou PAD ≥ 120 mmHg

- Cefaleia?
- Tontura?
- Epistaxe?
- Mal estar?
- Zumbido?
- Visão turva?
Crise Hipertensiva: Abordagem
Os sinais e os sintomas apresentados serão norteadores do atendimento

Há lesão de órgão alvo??

Há presença de:
- Dispneia?
- Dor torácica?
- Formigamento nas extremidades?
- Epistaxe?

- AVE
- Hemorragia intracerebral
- Edema Agudo de Pulmão

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Acidente Vascular Encefálico
DEFINIÇÃO: lesão cerebral decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo cerebral.
Acidente Vascular Encefálico: Manifestação Clínica
É possível diferenciar AVC hemorrágico de
Os sinais e sintomas em geral refletem o isquêmico no APH?
déficit neurológico decorrente do AVE:

- Fraqueza súbita
- Confusão Mental 20% dos casos
- Cefaleia intensa
- Paralisia ou hemiplegia unilateral
- Alteração visual
- Distúrbios da fala
- Dispneia
- Convulsões
- Rebaixamento do nível de consciência 80% dos casos
Acidente Vascular Encefálico: Identificação

Como reconhecer???

Escala de CINCINNATI
Acidente Vascular Encefálico: Abordagem

O paciente com rebaixamento do nível de


consciência indica uma extensão maior de
danos. Se ele não for capaz de manter a via
aérea patente, será necessário intervir com
manobra básica.
Acidente Vascular Encefálico: Abordagem

TEMPO É CÉREBRO!!!

Janela para trombólise 4,5 horas

José acordou cedo e às 07h30min avisou a sua esposa que iria comprar pão. E assim foi. O trajeto casa-
padaria e padaria-casa dura em média 30 minutos. Na padaria José ficou cerca de 15 minutos. Chegou
em casa às 08h15 min apresentado sintomas neurológicos. Sua esposa acionou o CBMRO.

O momento em que o paciente foi visto pela última vez sem os sinais e sintomas alterados???
O PROFISSIONAL DE APH

Dúvidas?
O PROFISSIONAL DE APH

Recapitulação
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
Grupamento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar
Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Básico - CBMRO

Emergências Respiratórias

Seção de Doutrina, Ensino e Instrução - SEDEI/GAEPH

Brasília, 08 de fevereiro de 2023


Panorama Epidemiológico

Entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as doenças respiratórias


representa a terceira causa de morte.

Representa 1 em cada 13 mortes – 4,1 milhões de pessoas por ano.

O fumo é responsável por 71% dos casos de câncer de pulmão, 42% dos casos de
doença respiratória crônica.

23% dos brasileiros entre 18 a 45 anos tiveram sintomas de asma no ano de 2019.

DUHACAN, COHR, 2013


OMS, 2022
Panorama Epidemiológico
Emergências respiratórias
Doenças respiratória de maior prevalência:
1. Asma
2. DPOC: - Enfisema Pulmonar
- Bronquite crônica

Absorção de oxigênio é inferior a


demanda metabólica

A eliminação de CO2 é menor


que a sua produção.
Asma
DEFINIÇÃO: uma doença INFLAMATÓRIA com obstrução REVERSÍVEL das vias aéreas
Asma: agente desencadeador
Hiperresponsividade brônquica: um aumento da sensibilidade das vias aéreas inferiores, as
quais apresentam uma capacidade exagerada de reagir a determinadas substâncias.

Poeira doméstica ou mofo


Infecções respiratórias virais
( gripes e resfriados)
Alterações bruscas do clima
Pêlos de animais

Pólen ou cheiros fortes.


Exposição a fumaças
Ingestão de certos tipos
de alimentos
A asma é resultado da interação entre fatores ambientais e genéticos
Asma: agente fisiopatológico

A inflamação causa estreitamento brônquico devido à constrição da musculatura


Asma: manifestação clínica
Hipersecreção de muco e formação de tampões agem na LIMITAÇÃO DO FLUXO DE AR

Episódios de exacerbações com dispneia, tosse,


sibilos (ruídos pulmonares semelhantes a
“chiados”) e sensação de “aperto no tórax” e
expirações mais longas e dificultosas

EVOLUÇÃO: sudorese e taquicardia, além de


cianose e hipóxia.

Parada respiratória

Crises asmáticas ocorrem com maior frequência à


noite e/ou nas primeiras horas do dia.
DPOC
DEFINIÇÃO: uma doença INFLAMATÓRIA CRÔNICA com obstrução IRREVERSÍVEL das vias aéreas

Bronquite obstrutiva crônica


Tosse produtiva com duração de pelo
menos 3 meses em 2 anos consecutivos.

Enfisema Pulmonar
Comprometimento da troca gasosa de O2 e
de CO2, resultando na destruição das
estruturas alveolares.
DPOC : causas e processos envolvidos
Fatores de risco para tal condição clínica estão o tabagismo, a poluição do ar ambiente e a
exposição ocupacional

Progressiva e associada à resposta inflamatória


ao longo do anos

A maioria dos pacientes com DPOC clinicamente


significativa fumou pelo menos 1 maço de
cigarro/dia/20 anos.
DPOC : causas e processos envolvidos
Danos às via aéreas Fibrose, estreitamento e muco

Situação progressiva e associada à resposta inflamatória ao longo do anos

Pulmão vai perdendo a Hipóxia crônica: reduz a


elasticidade: sensibilidade dos
PULMÕES HIPERINSUFLADOS quimioreceptores

- Tosse de forma crônica


- Dispneia aos esforços, que se agravam com o
decorrer do tempo
- Sibilância
- Utilização da musculatura acessória
DPOC : Manifestações clínicas
Fatores que exacerbam:
- Infecções respiratórias;
- Poluição ambiental;
- Exacerbação de outras comorbidades.

Exacerbação Aguda
- Dispneia
- Tosse produtiva, devido à infecção de
estruturas do sistema respiratório
- Intolerância aos esforços
- Sibilância
- Dor ou desconforto torácico
- Sudorese
- Otopneia
DPOC : Manifestações clínicas
Como desconfiar que a pessoa tem DPOC????

Fumante de longa data

Uso de O2 em domicílio Tórax em barril


Emergências Respiratórias: Conduta no APH
Uma emergência respiratória pode ter sido causada por substâncias químicas e ambientais, por isso é
importante que o socorrista avalie e gerencie os riscos.

A dispneia pode ser evidenciada logo na impressão geral:

o Relato de dificuldade de respirar


o Identificação do uso da musculatura acessória
o Cianose

Indica a gravidade do caso


Emergências Respiratórias: Conduta no APH
A via aérea deve ser mantida pérvia, se necessário com uso de manobra de posicionamento

- Avaliação do ritmo ventilatório (rápido/lento) e inspeção do tórax (uso da musculatura


acessória, tórax em barril)

FR > de 30 ou < de 06 ventilações/min indica insuficiência respiratória

- O oxigênio suplementar deve ser utilizado com cautela


Paciente asmático, o O2 deve ser Em pacientes com DPOC, a SpO2 alvo: 88
iniciado quando a SpO2 menor que 95%. a 92% - inicialmente, a oxigenoterapia
não deve passar 1-3 L/min.

Avaliar o estado circulatório, principalmente quando a dificuldade respiratória for de origem


cardiovascular.

Em muitos pacientes a hipóxia pode gerar alteração do estado mental.


Emergências Respiratórias: Conduta no APH
Na avaliação secundária, priorizar o exame de sinais vitais e a anamnese

Utilizar o SAMPLA para identificar histórico de


patologias que possam ter associação com a
emergência respiratória ou circunstâncias que Evitar que o paciente
possam ter desencadeado a situação caminhe ou faça
qualquer esforço físico

Colocar o paciente Oferecer suporte emocional


em Fowler para prevenir agravamento
do quadro clínico
Emergências Respiratórias: Conduta no APH

O que de diferente o socorrista deve fazer


em relação ao covid-19 ???
Emergências Respiratórias: Conduta no APH
O que de diferente o socorrista deve fazer em relação ao covid-19 ???
Doença infectocontagiosa -> Medidas de BIOSSEGURANÇA

Mascara N95: no uso de


oxigenoterapia

Desinfecção terminal da viatura


após o atendimento Capote: no atendimento

Higienização das mãos


O PROFISSIONAL DE APH

Dúvidas?
O PROFISSIONAL DE APH

Recapitulação
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
Grupamento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar
Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Básico - CBMRO

Emergências Endócrinas

Seção de Doutrina, Ensino e Instrução - SEDEI/GAEPH

Brasília, 08 de fevereiro de 2023


Emergências Endócrinas
Hipoglicemia
DEFINIÇÃO: conjunto de sinais e sintomas resultantes da queda da concentração de glicose no sangue.

Hipoglicemia -> TRÍADE DE WHIPPLE

Glicemia baixa:
< 45 mg/dl Sintomas de hipoglicemia:
- Tremor Melhora dos
*Considerar - Taquicardia sintomas com o
valores maiores - Irritabilidade aumento da
pra diabéticos - Sudorese glicemia
<70mg/dl - Sonolência e fadiga
- Alteração do
comportamento:
confusão mental
- Desmaio
- Visão turma
- Respiração superficial
Hipoglicemia
Neurônios são dependente de glicose Comprometimento das Choque insulínico (coma
NÃO tem reserva células do SNC hipoglicêmico)

MORTE
Abaixo de 40 mg/dl
O que leva a hipoglicemia???

Doses excessivas de insulina Consumo de excessivo de


ou de antidiabéticos orais Muito exercício físico sem bebidas alcoólicas
controle
Atraso em se alimentar
Hipoglicemia
Como RECONHECER???
O socorrista deve sempre suspeitar de hipoglicemia em indivíduos que apresentem ANAMNESE
história de diabetes, em especial atenção àqueles usuários de insulina.

Agitação/Agressividade Desmaio/Confusão

Rebaixamento do nível de
consciência
Convulsão
Hipoglicemia
Avaliação PRIMÁRIA

Intervenções necessárias: proteção das VAs e


administração de O2 quando a SpO 2 < 95% ou na
presença de sinais de desconforto respiratório.

Avaliação SECUNDÁRIA

Sinais vitais Glicemia capilar

Anamnese -> SAMPLA.

Verifique o histórico de doenças, principalmente de diabetes e


adesão ao controle glicêmico.

Confirmada a hipoglicemia, administrar glicose oral (20g açúcar/ 1 colher de


sopa rasa em 100 ml de água) ou suco de laranja ou refrigerante (150ml)
*Contra indicado em caso de rebaixamento do nível de consciência
Hiperglicemia
Recorrentes alterações no
DEFINIÇÃO: consiste no aumento das taxas de glicose sanguínea
paciente portador de DM

Cetoacidose Diabética Estado Hiperosmolar hiperglicêmico

- Normalmente em DM tipo I: deficiência total


na produção de insulina; - Normalmente, DM tipo II: deficiência relativa da
- Produção anaeróbica de insulina: lipólise - produção de insulina;
> o excesso de hormônios - Diurese osmótica -> desidratação mais
hiperglicemiantes; acentuada;
- Acidose metabólica; - Frequente de rebaixamento do nível de
- Hálito cetônico; consciência
- Diurese osmótica -> desidratação.
Glicemia > 250mg/dl Glicemia > 600mg/dl

Pode ocasionar o coma diabético (coma


hiperglicêmico – alto nível de açúcar no
sangue e baixo nos tecidos)
Hiperglicemia: Manifestação clínica
No APH, não é relevante a diferenciação entre a CAD e o EHH.

- Náuseas e vômito;
-Dor abdominal;
- Hálito cetônico;
- Poliúria;
- Pele seca e com turgor diminuído
- Hipotensão
Desidratação
- Pulso rápido e fraco;
- Taquicardia;
- Sonolência;
- Astenia/Fraqueza;
- Alteração do nível de consciência;
- Polidipsia.
Hiperglicemia: fator desencadeador

O que leva a EMERGÊNCIA HIPERGLICÊMICA???

Má aderência ou descontinuidade
do tratamento
Quadros abdominais:
Infecções pancreatite
ANAMNESE
Hiperglicemia
Avaliação PRIMÁRIA

Avaliação SECUNDÁRIA
- A broncoaspiração deve ser prevenida em caso de
vômitos;
Sinais vitais Glicemia capilar
- Administrar oxigênio caso a SpO2 < que 95%;
- O nível de consciência deve ser avaliado e
Anamnese -> SAMPLA.
monitorado, uma vez que sua alteração é comum
- Uma boa anamnese auxiliará o socorrista a
diferenciar a crise hiperglicêmica de outras situações.
- Indivíduos que fazem uso excessivo de álcool
costumam apresentar hálito cetônico semelhante ao
ao CAD.
O PROFISSIONAL DE APH

Dúvidas?
O PROFISSIONAL DE APH

Recapitulação
Obrigado!!!
Seção de Doutrina, Ensino e Instrução - SEDEI/GAEPH

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