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Emergências Cardiorrespiratórias

Profa. Dra. Cláudia Forjaz


cforjaz@usp.br
Leituras para esta aula

Livro: Salva Corações


Itens – asfixia, ataque cardíaco, AVE
Diretrizes de Afogamento
Condições levam a Emergências Cardiorrespiratórias
e à Necessidade de Aplicação do SBV

Parada Cardíaca Parada Respiratória


Condições levam a Emergências Cardiorrespiratórias
e à Necessidade de Aplicação do SBV

Parada Cardíaca Parada Respiratória


PARADA CARDÍACA – ATAQUE CARDÍACO

Coração deixou de contrair


Pode ou não haver sinal elétrico cardíaco
Não há impulsão do sangue para a circulação
Tecidos não recebem oxigênio – 4 min dano cerebral
10 min morte cerebral
Leva à morte
Condições levam a Emergências Cardiorrespiratórias
e à Necessidade de Aplicação do SBV

Parada Cardíaca
Isquemia
Infarto
Parada Respiratória
Arritmia
AVC/AVE
ISQUEMIA E INFARTO - DAC

Causa de óbito
por doenças 75%
cardiovasculares
no Exercício

Maiores de 35 anos
DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA

Obstrução

Placa de Ateroma
ISQUEMIA
• Esforço - falta sangue - Dor
(isquemia) (angina)

70%
ISQUEMIA

Modifica a Arritmias
Condução Elétrica

Fibrilação
=

Parada Cardíaca
=

Morte
INFARTO
• Falta sangue - INFARTO - Dor
(isquemia total) Muito forte
100 %

Morte
ARRITMIAS
Distúrbios na condução elétrica cardíaca que causam modificações no
ritmo de contração do miocárdio e na sua efetividade.

Arritmias complexas

MORTE
FIBRILAÇÃO
Causa de óbito
por doenças
cardiovasculares
no Exercício

Menores de 35 anos
SINAIS E SINTOMAS
INFARTO, ISQUEMIA, ARRITMIAS

 ANGINA - Pressão incomoda, sensação de aperto ou dor no tórax


 Irradiação da dor para braços, ombros, mandíbula e/ou pescoço
 Tontura, sensação de desmaio, sudorese, nausea
 Cansaço súbito inexplicado
 Falta de ar
Mulheres, obesos e diabéticos - sensação de azia muito forte.

VÍTIMA TENDE A IGNORAR OU SUBESTIMAR SINTOMAS


Isquemia/Infarto/Arritmia
CONDUTAS:

Ataque Cardíaco
FILME – 32:50 a 36:40 min
Isquemia/Infarto/Arritmia
CONDUTAS:

Reconheça os sintomas;
Faça a vítima interromper a atividade;
Acalme-o e coloque imediatamente em repouso;
Se é cardiopata e tem recomendação do médico administre nitroglicerina
sublingual
1 comprimido a cada 5 min até 3 comprimidos ou até passarem os sintomas;
Ligue para o SME (SAMU) e peça um DEA;
Se não for alérgica à aspirina, não tiver hemorragia grave nem sinais de
AVE/AVC dê uma aspirina;
Verifique continuamente a consciência e a respiração da vítima;
Se a vítima perder a consciência, realize a RCP.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Doença cerebrovascular caracteriza-se pela diminuição ou interrupção do fluxo
sanguíneo para regiões do encéfalo, causando danos ao tecido encefálico.

75% 25%
Dos casos Dos casos
AVE pode gerar morte e/ou sequelas específicas.

Tratamento é mais eficaz quanto mais rápido for iniciado.

IMPORTANTE: Detectar o AVE e encaminhar para tratamento


SINAIS E SINTOMAS
AVE/AVC

 Fraqueza (perda de força) ou dormência súbita de face,


braços e/ou pernas, principalmente, em um dos lados do
corpo.
 Confusão súbita, dificuldade de fala e/ou entendimento
 Dificuldade visual súbita com um ou os dois olhos
 Dificuldade súbita para andar, perda de equilíbrio e/ou
coordenação
 Tontura
 Dor de cabeça intensa sem causa conhecida.
AVE
AVALIAÇÃO:
Escala de CINCCINATI

O R-R-R-ATO…R-R-R-O-O-OEU…
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

FILME – 40:40 a 42:48 min


AVE
CONDUTAS:

Reconheça os sintomas;
Ligue para o SME (SAMU) e peça um DEA;
 Anote a hora que os sintomas começaram;
Verifique continuamente a consciência e a respiração da
vítima;
Se a vítima perder a consciência, realize a RCP.
Condições levam a Emergências Cardiorrespiratórias
e à Necessidade de Aplicação do SBV

Parada Cardíaca Parada Respiratória


PARADA RESPIRATÓRIA

Movimentos respiratórios cessam ou são ineficientes


Pulmão não oxigena o sangue
Leva à morte
Condições levam a Emergências Cardiorrespiratórias
e à Necessidade de Aplicação do SBV

Parada Respiratória
AVC/AVE
Asfixia/ Engasgo
Parada Cardíaca Afogamento
Outras – alergias e choques
Broncoespasmo (próxima aula)
ASFIXIA/ENGASGO

Introdução acidental de corpos estranhos nas vias respiratórias levando


a sufocação. Pode apresentar diferentes graus de severidade.
SINAIS E SINTOMAS
ENGASGO/ASFIXIA

 TOSSE
 Falta de ar (dispneia)
 Rouquidão e dificuldade de falar
 Cianose
GRAUS DE ASFIXIA
GRAVE
LEVE

 Não consegue respirar


 Tosse sem som
 Chiado na inalação
 Não consegue emitir som
 Consegue emitir sons
 Não consegue caminhar
 Consegue tossir alto
 Faz o sinal universal
SINALIZAÇÃO UNIVERSAL
ASFIXIA
ASFIXIA LEVE
CONDUTAS:

Deve
 Ficar ao lado da vítima
 Estimulá-la a TOSSIR
Não deve
 Se respiração for preocupante
acionar resgate  Bater nas costas
ASFIXIA GRAVE CONSCIENTE
CONDUTAS:

Deve
 Agir rapidamente
 Manobra da Heimlich
 Se respiração for preocupante Não deve
acionar resgate  Bater nas costas
 Introduzir o dedo na garganta
Filme Reimlich
25:10 a 28:10 min
MANOBRA DE HEIMLICH
COMPRESSÕES ABDOMINAIS
 Fique atrás da vítima e a abrace, fazendo com que seus
braços fiquem na região subdiafragmática e suas mãos
na frente do corpo dela.
 Feche uma das mãos e a apoie no tronco da pessoa
com o lado do polegar virado para o tronco e tocando
um pouco acima do umbigo e bem abaixo do esterno.
 Agarre a mão fechada com a outra mão e faça
compressões rápidas para cima no abdômen da pessoa.
 Mantenha as compressões até que: 1) o corpo estranho
saia e a pessoa possa respirar, tossir ou falar, 2) a
pessoa pare de responder

TODA PESSOA QUE RECEBER COMPRESSÕES TORÁCICAS DEVE INFORMAR AO SEU MÉDICO
MANOBRA DE HEIMLICH
CONDIÇÕES ESPECIAIS

Sozinho
Grávidas e Obesos
Compressões no Tórax
COMPRESSÕES EM CRIANÇAS

Sem tirá-la do chão


ASFIXIA GRAVE INCONSCIENTE:
CONDUTAS:
Deve
 Chame resgate;
 Abra as vias aéreas;
 Verifique visualmente se há objetos obstruindo as vias, se
houver e for visível e fácil de pegar, retire-o firmemente
 Se não consegue retirar facilmente, mas sabe que há
obstrução, faça a manobra de Heimlich
 Verifique se precisa de RCP
Não deve
 A cada 30 compressões veja se encontra objetos na boca
Introduzir o dedo
na garganta
 Continue RCP ate: 1) ela falar, se mexer ou respirar,
2) o resgate chegar
Broncoscopias - UNICAMP
ASFIXIA - AFOGAMENTO

Morte por asfixia consequente à aspiração pela submersão ou imersão em


meio líquido. Refere-se a entrada de líquido na via aérea.
ESTATÍSTICAS

Mundo
 Óbitos por afogamento - mais de 490 mil/ano (8,4 óbitos/100 mil habitantes)

Brasil
 2007 – 7009 brasileiros (3,7 óbitos/100 mil habitantes) morreram afogados
Importância do Afogamento como Causa de Morte
em função da Faixa Etária no Brasil
AFOGAMENTO

Fatores predisponentes:
• Incapacidade de nadar, fadiga, exaustão
• Supervisão inadequada (crianças)
• Intoxicação álcool/medicamento (40-50%)
• Doenças agudas (crise convulsiva, infarto do miocárdio)
• Traumatismo Craniano, Trauma Raqui-medular
• Acidentes (esportes aquáticos)
AFOGAMENTO
Pânico e luta para manter-se
Etapas na superfície
Apneia voluntária

Aspiração Inicial de líquido

Outras mortes em meio líquido


Hipotermia
Espasmo glótico variável Síndrome de Imersão

2% Laringo Espasmo 98% Aspiração de líquido pulmonar


AFOGAMENTO AFOGAMENTO CLÁSSICO
SECO ÚMIDO

Ambos aspiram pouco líquido, ASFIXIA, inconsciência (PCO2>55 mmHg), Morte


(D Szpilman, 1998)
AFOGAMENTO

Afogamento Primário
morte por asfixia no meio líquido

Quase afogamento
sobrevida inicial após submersão no meio líquido

Afogamento Secundário
morte nas 24 a 72h após o submersão – complicações
• Insuficiência Respiratória (SARA)
• Encefalopatia Anóxica
• Broncopneumonia
AFOGAMENTO
CONDUTAS

1. Retirada da água

2. Avaliar grau do afogamento

3. Tome medidas apropriadas


Retirada da água
• Abordar a vítima - Rápida aproximação
Cautela para minimizar risco para o socorrista
• Se água rasa
manter a vítima em posição horizontal
abrir as vias aéreas

 Se água funda
Equipamento de proteção (barco, boia, corda)
Face fora da água
Abra vias aéreas
Leve para local seco

• Remoção – Cabeça acima do tronco ou no mesmo nível, se possível


Avaliar grau
Vítima Respondeu
G SINAL E SINTOMA CONDUTA
0 Sem tosse, sem espuma na boca ou nariz, nem Avalie e libere
dificuldade de respirar
1 Tosse sem espuma na boca e nariz Repouso, aquecimento
Não precisa O2 nem hospital
2 Pouca espuma na boca e nariz O2 nasal (5l/min).
Aquecimento, repouso
Hospital 6 a 48h
3 Muita espuma na boca ou nariz com pulso radial O2 nasal (15l/min) no local do acidente.
palpável Posição lateral sob o lado direito e cabeça
elevada acima do tronco
Hospital e CTI

4 Muita espuma na boca ou nariz sem pulso radial O2 nasal (15l/min) no local do acidente.
palpável Observe parada respiratória
Posição lateral de segurança
Ambulância urgente - Hospital e CTI
Avaliar grau
Vítima Não Respondeu

GRAU SINAL E SINTOMA CONDUTA


5 Parada respiratória com pulso Ventilação 12 a 20/min
Após voltar a consciência tratar como 4.
6A Parada cardiorrespiratória (PCR) RCP com ventilação e compressões
15 x 2 em 2 socorristas
30 x 2 em 1 socorrista
6B Submersão > 1h ou rigidez cadavérica ou decomposição Sem RCP
Acione IML
Filme
Afogamento
OUTRAS CONDIÇÕES
Alergias e Choques Mecânicos
INCHAÇO
Choque anafilático - asfixia

 Reação alérgica que causa EDEMA (inchaço) em garganta, lábios, língua.

SINAIS E SINTOMAS AÇÕES


 Opressão no peito  Se vítima tiver medicação antialérgica
 Dificuldade de respirar (epinefrina) ajude a aplicar;
 Tontura  Acione resgate
 Chiado  Monitore FILME
 Edema  RCP, se necessário
28:28 a 32:30
COLAPSO PULMONAR

 Colapso do pulmão por golpe, ruptura espontânea


ou perfuração por objeto ou costela.

SINAIS E SINTOMAS AÇÕES


 Falta de ar  Acione resgate
 Dor no peito  Posição semirreclinada
 Dificuldade de respirar  Cubra ferimento com material não
 Hematoma ou ferimento no peito poroso (folha de alumínio ou
 Ruído de sucção proveniente de múltiplas camadas de gaze)
ferimento aberto no peito  Monitore e realiza RCP, se necessário
ESPASMO DO PLEXO SOLAR

 Golpe abaixo da caixa torácica afeta plexo solar


que é o nervo que estimula diafragma.

AÇÕES
SINAIS E SINTOMAS
 Tranquilize a vítima
 Incapacidade de respirar
 Coloque sentado ou semirreclinado
 Dor abaixo do esterno
 Instrua-a a fazer uma respiração rápida
 Inconsciência
seguida de uma lenta e profunda
 Respiração difícil ou
 Se não recuperar, acione resgate
hiperventilação
 Monitore e realiza RCP, se necessário
CONTUSÃO NA GARGANTA

 Golpe direto na garganta.

SINAIS E SINTOMAS
 Dor na garganta
AÇÕES
 Dor ao engolir
 Falta de ar  Tranquilize a vítima
 Edema, deformidade,  Coloque sentado ou semirreclinado
hematoma na garganta  Gelo na garganta (reduz inchaço)
 Sons, tosse  Se não recuperar, acione resgate
 Expectoração com sangue  Monitore e realiza RCP, se necessário
Emergências Cardiorrespiratórias

Parada Cardiorrespiratória
Morte

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