Disciplina: Fisiologia do Exercício Turma: 3º Período
Componentes: Ábya Camuzzi Reges, Igor Gramelick Alves, Ithalo Sarmento
Guisolfi, Livia Spalenza Giacomin, Luana Bride Alves Schvanz, Luana Pereira Rossmann, Palloma Paulini Costa e Sara Gaede Astori. Resumo do artigo: “Os benefícios do exercício físico em pacientes pós infartados: revisão da literatura” A atividade física regular é importante para a saúde e pode prevenir ataques cardíacos. O estudo em questão analisou os efeitos de diferentes tipos de exercícios em pacientes pós-infartados, por meio de uma revisão da literatura, e descobriu que eles podem ajudar na reabilitação precoce, melhorando a capacidade funcional e reduzindo fatores de risco. Uma das principais causas da mortalidade mundial provém de doenças cardiovasculares, sendo uma das principais o Infarto Agudo do Miocárdio, causado por placas ateromatosas coronariana diminuindo o calibre da artéria coronária, dificultando a passagem de nutrientes e oxigênio para o miocárdio. Portanto haverá a necrose da região atingida do miocárdio e após a recuperação da área permanecendo uma fibrose, logo, perdendo a funcionalidade parcial do miocárdio. Por ser uma doença causadora da grande parte da mortalidade mundial deve-se ressaltar grande importância do tema, pois exercícios aeróbicos podem diminuir 30% a 50% dos casos, também podendo reduzir 18% da hospitalização global, juntamente com a melhora da qualidade de vida. A reabilitação cardiovascular está indicada nas mais diversas condições patológicas que envolvem o coração. É comprovado que a reabilitação precoce reduz fatores de risco do Infarto Agudo do Miocárdio e também reduz período de internação. Porém, para atingir os benefícios necessários, o recomendado é que seja feito pelo menos 30 minutos de exercício de intensidade moderada. Atualmente o exercício aeróbico é o mais recomendado, por ser o mais simples de realizar fora do ambiente hospitalar. Alguns benefícios que esses exercícios trazem são: Melhora no desempenho cardiovascular, que permite maior capacidade de suportar esforços prolongados; Adaptações cardíacas, como ajustes no volume sistólico e diastólico; Redução da frequência cardíaca e pressão arterial; Entre outros. A IC (insuficiência cardíaca) é a principal causa de morbilidade e mortalidade humana que é devido à má funcionalidade do miocárdio e resulta em um débito cardíaco reduzido e pressão intracardíaca elevada no repouso ou estresse. O principal fator de risco é a inatividade física, um problema de pouco incentivo da prevenção primária de saúde pública. O IAM (infarto agudo do miocárdio) é sucedido por um processo de remodelação cardíaca, apresentando aumento da cavidade do ventrículo e também desencadeia várias não funcionalidades como: variação no transporte de cálcio, deficiência energética, estresse oxidativo, entre outros. Isso pode desencadear a longo prazo uma síndrome de insuficiência cardíaca ou morte súbita. Esse processo de remodelação cardíaca está associado a um pior prognóstico do paciente e por isso é importante entender esse processo a fim de tentar modificar o quadro através de técnicas terapêuticas. O exercício físico pode ser definido como um subconjunto de atividades estruturadas, que visam à melhora da aptidão cardiorrespiratória, equilíbrio, flexibilidade, força e/ou potência e até mesmo da função cognitiva. Em que seus efeitos podem ser divididos em agudos e crônicos. O efeito agudo é aquele que se dissipa rapidamente, no que se abrange uma melhora na resposta mediada pelo fluxo, em que aumenta função endotelial. Já no efeito crônico tem como uma das suas importâncias o aumento do Volume de Oxigênio Máximo (VO2 máx.), que é o volume máximo de oxigênio que o nosso corpo consegue absorver e utilizar durante um exercício. Também é chamado de potência aeróbica máxima. Os estudos sobre a reabilitação cardíaca (RC) avançaram e já está comprovado que a reabilitação precoce, em diversas patologias, melhora a capacidade funcional, favorece o bem-estar psicológico do paciente, contribui na redução dos fatores de risco do IAM, além de reduzir o período de internação, e outros benefícios advindos de um programa de treinamento físico controlado podem ser destacados, como: redução do colesterol total, melhora no controle da pressão arterial, dos níveis de glicose (açúcar) do sangue e da função de contração do músculo cardíaco. Reabilitação Cardíaca está indicada aos pacientes com insuficiência cardíaca que foram submetidos às intervenções coronárias percutâneas, cirurgias para valvopatias e cardiopatias congênitas e transplante cardíaco. Recentes estudos demonstraram que o treinamento físico tem efeitos benéficos sobre a reabilitação da capacidade cardiopulmonar e remodelamento do ventrículo esquerdo em pacientes pós-Infarto agudo do miocárdio clinicamente estáveis, sendo que os maiores benefícios são obtidos quando o treinamento físico começa na fase aguda da doença, por volta de uma semana depois do infarto. (Treino aeróbico é o mais recomendado). Estudos demonstram que o exercício físico exerce papel fundamental na redução do risco de mortalidade. Desta forma, o exercício aeróbico aumenta a diferença arteriovenosa de oxigênio que está diretamente relacionada ao aumento de VO2 pico, por apresentar maior oxigênio periférico em função da maior produção de catecolaminas e maior biodisponibilidade de óxido nítrico. Os exercícios combinados (aeróbico e exercícios de força) ajudam na parte neuromuscular, na parte de equilíbrio e na própria força muscular da pessoa. Os exercícios de força ajudam no aumento das fibras musculares que por consequência irá também aumentar o número de mitocôndrias gerando uma elevação na atividade oxidativa do músculo. Como resultado do estudo foi mostrado que os exercícios feitos no primeiro dia de protocolo mais os exercícios respiratórios sendo eles de baixa intensidade e curta duração, são de extrema eficácia para a recuperação de pessoas que sofreram com o infarto agudo do miocárdio. Após o incidente de infarto agudo do miocárdio o desenvolvimento de um treinamento pensado e focado nas necessidades e nos limites do paciente traz para ele benefícios que ajudarão no seu retorno ao dia a dia, reduzindo sua mortalidade e morbidade, melhorando o funcionamento e prevenindo a remodelação do coração. Tornando assim a vida do paciente melhor e mais satisfatória.