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Prevenção de Lesões no Futebol: Bases Científicas e Aplicabilidade

Article · March 2018


DOI: 10.23911/Vol.9Iss.2Prevencao_lesao

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R.M. Ruivo
University of Lisbon
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Revista Medicina Desportiva informa, 2018; 9(2):16-19. https://doi.org/10.23911/Vol.9Iss.2Prevencao_lesao prevenção, multifatorial a taxa de
lesões no futebol pode ser reduzida.3
Heidt e col. selecionaram de forma
aleatória 42 jogadoras de futebol de
Prevenção de Lesões no
Tema 2
um grupo de 300 jogadoras e apli-
caram no grupo experimental um
Futebol: Bases Científicas e programa de treino antes do início da
época durante sete semanas. O pro-
Aplicabilidade grama combinava exercícios específi-
cos de melhoria da condição cardior-
Prof. Doutor Rodrigo Ruivo1, Prof. Doutor Valter Pinheiro2, Prof. Doutor Jorge A. Ruivo3 respiratória, treino pliométrico, treino
1
Especialista de Exercício físico, Clínica das Conchas; 2Especialista de Exercício físico, Departamento
de Ciências do Desporto do Instituto Superior de Ciências Educativas; Metodologia TOCOF; 3Medicina
de força e flexibilidade. No final da
Desportiva, Clínica das Conchas. Lisboa época desportiva, apenas 14% das
jogadoras se lesionaram, a contrastar
RESUMO / ABSTRACT com os 34% do grupo de controlo.
O futebol tem elevadas taxas de participação não só em Portugal, mas em todo o Mundo. Tendo em consideração que a taxa
Apesar dos inúmeros benefícios associados à sua prática, a prevalência de lesões nos de lesões nos jogadores de futebol
adultos e adolescentes está a aumentar. Deste modo, justifica-se a adoção de estratégias
é elevada e que uma fundamen-
preventivas para que se consiga garantir a segurança e ótima saúde musculoesquelética
de todos os jogadores.
tada intervenção multifatorial pode
Apresentar-se-ão neste artigo, de forma estruturada, um conjunto de estratégias para prevenir a ocorrência de lesões, este
prevenção de lesões no jogador de futebol. Será feita referência à importância do treino do artigo tem por objetivo apresentar
core, do treino de equilíbrio, do treino pliométrico, de técnicas de libertação miofascial e um conjunto de estratégias para
do respeito pelos rácios de força funcionais ideais
prevenção de lesões no jogador de
Football has high participation rates not only in Portugal but throughout the entire world. Despite
futebol. De facto, o papel do médico
the many benefits associated with its practice, the prevalence of injuries in adults and adolescents is de equipa é pivotal no processo pre-
increasing. In this way, it is justified to adopt preventive strategies in order to ensure the safety and ventivo, devendo articular-se com os
optimum musculoskeletal health of all players. outros profissionais (especialistas de
A set of strategies for injury prevention in soccer players will be presented in a structured form.
exercício, fisioterapeutas, treinador)
Reference will be made to the importance of core training, balance training, plyometric training,
myofascial release techniques and respect for ideal functional strength ratios.
e para isso dominar as metodologias
de treino por eles adotadas.
PALAVRAS-CHAVE / KEYWORDS
Futebol, lesões, prevenção
Football, injuries, prevention Revisão da Literatura

A otimização da prevenção de lesões


Introdução de lesão, ou seja, aproximadamente no jogador de futebol exige, para
29% do total dos participantes. A além do domínio da especificidade
O Futebol é o desporto mais popu- maioria das lesões ocorreu no trem da modalidade desportiva e das prin-
lar e praticado em todo o Mundo, e inferior, mais precisamente na cipais lesões associadas, um conhe-
Portugal não é exceção. A prática do coxa (30%), tornozelo (18%) e joelho cimento aprofundado das caracte-
futebol acarreta inúmeros benefícios, (13%).1 Estes dados estão de acordo rísticas individuais de cada jogador
sejam de natureza física, psicológica com os obtidos por Ekstrand, apenas (historial clínico, dados pós avaliação
ou social. No entanto, por ser um des- com a diferença deste último ter musculoesquelética e funcional) e
porto em que pode ocorrer contacto reportado mais lesões no joelho do dos princípios de treino para uma
ou colisão existe risco de lesão. Dadas que no tornozelo, 18 vs. 14% respe- adequada periodização de treino.
as elevadas taxas de participação, a tivamente, enquanto a coxa mais De seguida, apresentar-se-ão algu-
prevalência de lesões nos adultos e uma vez foi o local mais fustigado mas das estratégias a adotar para
nos adolescentes está a aumentar.1 com 23% do total de lesões.2 Rela- se conseguir que se previnam lesões
Deste modo, são necessários esforços tivamente ao tipo de lesão, as mais desportivas e, necessariamente para
para se prevenirem as lesões e garan- comuns são as lesões musculares, a otimizar o rendimento desportivo
tir a segurança e ótima saúde muscu- sobretudo nos músculos posteriores de um futebolista. A saber:
loesquelética de todos os jogadores. da coxa, seguido das lesões ligamen-
Estudos recentes têm avaliado tares, como por exemplo as roturas • Avaliação Funcional
a incidência de lesões em jogado- de ligamento cruzado anterior ou Para eficazmente podermos pres-
res de futebol durante uma época lesões dos ligamentos do tornozelo crever exercícios corretivos ou de
desportiva, e têm classificado essas pós-entorse tibiotársica, e das lesões otimização da performance des-
lesões quanto ao seu tipo, localiza- de contusão/ hematoma. Lesões portiva, complementares ao treino
ção e gravidade.1,2 Por exemplo, num como a lombalgia e a pubalgia tam- técnico-tático de futebol, teremos de
estudo de Brito e col. foram avalia- bém ocorrem com relativa frequên- avaliar o atleta. Uma das avaliações
dos 674 jovens jogadores Portugue- cia e interessa prevenir. que se deverá realizar é a avaliação
ses durante uma época desportiva Alguns estudos têm já demons- postural dinâmica. Um possível teste
e 191 deles registaram um episódio trado que, com uma abordagem de de se realizar é o Overhead Squat

16 março 2018 www.revdesportiva.pt


(Figura 1), em que a análise da quali- uma pontuação total inferior a 14 sividade e adaptação durante o
dade do movimento na vista anterior, pontos.8 período competitivo, com intensi-
lateral e posterior permite recolher O objetivo da avaliação funcio- dade e volume ajustados. Alguns
dados importantes, tais como: varo nal com bateria de testes da FMS, o dos exercícios que poderão ser
ou valgo dos joelhos, manutenção overhead squat ou vários outros testes, realizados são o exercício nórdico
ou não do tronco em posição neutra, tais como o teste de equilíbrio unipo- ou o exercício de leg curl. Os jogado-
elevação ou não do calcanhar, etc.5 dal, destina-se a determinar a exis- res com valores acima dos limites
Outra bateria de testes que se tência de alguma falha na estratégia críticos de força na relação isquio-
pode utilizar é o Functional Move- de estabilização e/ ou movimento do peroniotibiais / quadricípite têm
ment Screening (FMS) (Figura 2). Este jogador para atuação preventiva. menor número de ocorrências e de
conjunto de testes pretende avaliar reincidências de lesões musculares
a qualidade dos padrões de movi- • Respeitar os rácios de força fun- dos músculos isquiotibiais.11 Numa
mento fundamentais para que se cional ideais do corpo perspetiva mais holística de reforço
possa identificar presumíveis limita- No trem inferior deverá existir de musculatura do trem inferior,
ções ou assimetrias do atleta. O FMS uma relação ótima de 100-60/70% o agachamento pode ser conside-
inclui sete testes que são cotados (valores de força concêntrica) entre rado uma ótima opção de treino de
em uma escala ordinal de 0 a 3. Os musculatura posterior e anterior da força, devendo os atletas, sempre
sete testes são: agachamento, trans- coxa. Ou seja, os músculos quadricí- que a situação clínica o permita,
por um obstáculo, afundo, mobili- pites deverão ser capazes de produ- realizar uma grande amplitude de
dade do ombro, flexão coxofemoral zir valores mais elevados de força movimento (agachamento completo)
de modo ativo em decúbito dorsal, dos que os músculos isquioperonio- para maior participação muscular
push-up e estabilidade na rotação.6 tibiais (IPT), mas estes últimos não do grande glúteo.12
A pontuação de 3 indica que o deverão ser bastante mais fracos
movimento foi concluído conforme que os primeiros, o que sucede • Treino de equilíbrio
as instruções e não apresenta qual- muitas das vezes. A alteração desta Os exercícios de equilíbrio, rea-
quer compensação de movimento e relação coloca os músculos posterio- lizados com ou sem superfícies
dor. O score de 2 indica que o atleta res da coxa e o ligamento cruzado instáveis, previnem e auxiliam na
completou o movimento livre de dor, anterior em maior risco de lesão. A recuperação de lesões a nível da
mas com algum nível de compensa- relação ótima
ção, e a pontuação de 1 indica que é de 1:1 na
o atleta não conseguiu completar comparação
o movimento conforme as instru- entre o valor
ções. Um 0 é atribuído se o atleta de força
experimenta dor em qualquer parte excêntrica dos
do movimento. Dos sete testes que músculos IPT
compõem o FMS, cinco deles (trans- e o valor de
por um obstáculo, afundo, mobili- força concên-
dade do ombro, flexão coxofemoral trica do
de modo ativo em decúbito dorsal e quadricípite.10
estabilidade na rotação) são realiza- Na pers-
dos e classificados separadamente petiva de Figura 1 – O Overhead Squat
para os lados direito e esquerdo contrariar a Ref. https://dta0yqvfnusiq.cloudfront.net/thefitnesstraineracademy/2015/10/image04.png

do corpo. Ao atribuir a pontuação fragilidade


para um teste, que incorpora o lado dos músculos
esquerdo e direito, o menor dos dois posteriores da
resultados é utilizado para a pon- coxa dos joga-
tuação final. A pontuação geral FMS dores de fute-
pode variar de 0 a 21.7 bol, sugere-se
Vários estudos têm utilizado o a inclusão de
valor de 14 como limite crítico, sessões de
enquanto preditor de lesão8,9 e treino de força
referem que o risco de lesão é para esta
superior em atletas cuja pontuação musculatura
total é inferior a 14.7,8 Kiesel e col. numa fase
analisaram, retrospectivamente, a preparató-
relação entre a pontuação FMS para ria da época
jogadores de futebol americano e a desportiva e
probabilidade de lesão. As pontua- também pos-
ções FMS foram obtidas na pré-tem- teriormente,
porada em 46 jogadores. Concluiu-se respeitando
que a probabilidade de lesão foi 11,7 os princípios Figura 2 – Os testes do Functional Movement Screening
vezes superior em jogadores com de progres- Ref. https://www.physio-pedia.com/images/6/60/FMS.jpeg

Revista de Medicina Desportiva informa março 2018 · 17


tibiotársica. No estudo de Mchugh energia desde o tronco para as extre- da corrida ou salto). Ou seja, o
foi avaliada a incidência da entorse midades.16 Destaca-se um conjunto ciclo muscular de alongamento-
no tornozelo por trauma indireto, de músculos predominantemente -encurtamento caracteriza-se pela
antes e depois da intervenção, em constituídos por fibras lentas, mais produção de uma ação dinâmica
175 jogadores de futebol.13 A inter- profundos e que têm ação local, tais concêntrica potente que é imedia-
venção teve a duração de três anos e como o transverso do abdómen, o tamente antecedida de uma ação
consistiu num protocolo de treino de multifidus, o pequeno oblíquo, o dinâmica excêntrica do mesmo
equilíbrio e de estabilidade num rolo transverso do abdómen, os mús- músculo e é treinável através de
de espuma. Em cada época despor- culos diafragmáticos e os múscu- exercícios pliométricos. O objetivo
tiva este protocolo foi aplicado por 5 los do pavimento pélvico, e uma do treino de pliometria é diminuir
dias por semana, durante 4 semanas musculatura mais superficial com o tempo entre o final da contração
na pré-temporada e duas vezes por maior proporção de fibras rápidas. muscular excêntrica e o início da
semana durante a temporada. Os Neste último grupo identificamos o contração concêntrica. Este tipo de
resultados obtidos demonstraram grande oblíquo, o reto abdominal, treino visa conferir a capacidade
que existiu redução das ocorrên- o quadrado lombar e os eretores da de treinar padrões de movimento
cias de entorse de tornozelo após a coluna. Incluem-se ainda, enquanto específicos biomecanicamente
intervenção, o que está de acordo constituintes do core, os músculos corretos, fortalecendo o músculo, o
com resultados obtidos por outros da região da anca, nomeadamente o tendão e o ligamento de forma mais
autores.14,15 grande e o médio glúteo. Os múscu- funcional. Deste modo, associada ao
O treino de equilíbrio permite a los identificados, sejam do tronco ou treino de agilidade, a pliometria terá
diversificação dos estímulos senso- da região da anca, terão de ser fortes uma ação importante na prevenção
riais aplicados ao atleta, a melhoria e funcionais para darem estabili- de lesões ligamentares no joelho e
da propriocetividade e do controlo dade ao centro. A preservação desta tornozelo.18 Por outro lado, a plio-
postural.15 Consegue-se, concomi- estabilidade da região central do metria permite melhorar os valores
tantemente, uma transferência tronco será depois essencial para o obtidos no salto vertical, velocidade
positiva para as situações reais de bom funcionamento das extremida- e potência muscular nos jogado-
treino e de competição, nas quais des inferiores. res de futebol.19 Certamente que
existe por vezes alguma irregulari- No futebol, o típico exercício este aumento dos valores de força
dade do terreno de jogo e abordagem muitas vezes prescrito de flexão permitirá melhorar a economia de
e contacto do pé com solo diversa. sucessiva do tronco, vulgo abdomi- esforço e minorar a probabilidade
Resumindo, a inclusão de treino de nal para treinar reto abdominal não de lesão.
equilíbrio e de exercícios que desa- serve as necessidades dos jogadores
fiam o controlo neuromuscular vai e pode aumentar risco de lesão na • Utilização da libertação miofascial
permitir a prevenção de lesões no coluna lombar.17 Já existe atual- antes do treino ou competição
joelho e tornozelo. mente um conjunto de exercícios Para a libertação miofascial auto-
diferenciados que permite um treino -induzida tem-se utilizado os rolos
• Treino do Core eficaz da musculatura do core, como terapêuticos, ou foam rollers, que são
TSE M e at al referem que o Core por exemplo o pallof press, o agacha- de utilização simples e dispensam
engloba o conjunto de músculos da mento, o levantamento terra, o lift, ajuda externa. Este método de treino
pélvis e do tronco (Figura 3), respon- entre outros. de flexibilidade diminui as adesões
sáveis por manter a estabilidade da fasciais, previne e corrige encurta-
coluna vertebral e da bacia, os quais • Treino de mentos musculares, contribui para
são críticos para a transferência de pliometria a correção de alterações posturais
Na maioria dos e permite a melhoria da amplitude
gestos desporti- de movimento e da força.20,21 Fun-
vos, e no futebol damenta-se que a pressão aplicada
não é exceção, pelo rolo terapêutico vai desativar
os músculos não o nódulo através da estimulação
funcionam de dos órgãos tendinosos de Golgi,
forma puramente num processo que se denomina de
concêntrica, inibição autogénica. Deste modo,
excêntrica ou consegue-se restaurar o sistema
isométrica, mas miofascial, eliminando os mecanis-
funcionam num mos propriocetivos desencadeadores
ciclo muscular da dor/disfunção.5
de alongamento- Os jogadores de futebol poderão
-encurtamento. aplicar as técnicas de libertação
Ao alonga- miofascial nos grupos musculares
mento muscular em que existam os nódulos ou ade-
Figura 3 – Músculos do core
sucede-se a sões musculares, na fase de aque-
Ref. https://dicasdemusculacao.org/wp-content/uploads/musculos-do-core.jpg fase de encurta- cimento, antes do trabalho cardior-
mento (exemplo respiratório ou na fase de retorno à

18 março 2018 www.revdesportiva.pt


calma. Neste momento, o objetivo Bibliografia 18. Mario B, Astrid J, Jiri D. FIFA’s Medical Asses-
será o de minimizar a dor muscular sment and Research Centre. The “11+” Manual:
A complete warm-up programme to prevent
pós-esforço22, aconselhando-se a 1. Brito J, Malina RM, Seabra A, Massada
injuries. Zurique: Vogt-Schild/Druck; 2005;
utilização com baixa intensidade. JL, Soares JM, Krustrup P, et al. Injuries in
19. Chelly M, Ghenem M, Abid K, Hermassi S,
Portuguese youth soccer players during training
Tabka Z, Shephard R. Effects of in-season
and match play. J Athl Train [Internet]. 2012;
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short-term plyometric training program on
O aquecimento deverá preceder a leg power, jump and sprint performance of
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parte fundamental e, entre outros artid=3418131&tool=pmcentrez&renderty
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temperatura corporal, a extensibili- dency of massage-like compressive loading on
incidence and injury patterns in professional
dade do tecido conjuntivo e o fluxo football: the UEFA injury study. Br J Sports
recovery of active muscle properties following
sanguíneo ao músculo cardíaco e eccentric exercise: rabbit study with clinical
Med [Internet]. 2011 Jun [cited 2014 Jan
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aos músculos solicitados. Para além 22];45(7):553–8. Available from: http://www.
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miofascial, o aquecimento deverá Strategy? A Literature Review. 2015;14(3).
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incluir uma parte geral que incluirá pist. Am J Sport Med. 1983; (11):116–20.
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exercícios gerais, multiplanares, tais effects of myofascial release with foam rolling
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on performance. J Strength Cond Res. 2013;
como corrida, corrida lateral, por Avoidance of soccer injuries with preseason
28:61–8.
exemplo, e uma parte específica já conditioning. AmJ Sport. 2000; 28:659–62.
5. Clark M, Lucett S. NASM Essentials of correc-
com exercícios orientados para a
tive exercise training. Baltimore: LIppincott
tarefa principal.18 Aqui poder-se-ão Williams&Wilkins; 2011.
incluir exercícios de equilíbrio, de 6. Kiesel K, Hall WG. Can serious injury in pro-
pliometria e de ativação muscular. fessional football be predicted by a preseason
fucntionak movement screen? North Am J
Sport Phys Ther. 2007; 2(3):147–58.
7. Connor FGO, Deuster PA, Davis J, Pappas
Conclusões CG, Knapik JJ. Functional Movement Screening:
Predicting. 2011; 2224–30.
A identificação dos fatores de risco 8. Kiesel K, Plisky P, Voight M. Can serious
e das lesões mais prevalentes nos injury in professional football be predicted by a
preseason functional movement screen? Am J
jogadores de futebol permitirá
Sport Phys Ther. 2007; 2(3):147–50.
ao clínico uma abordagem mais 9. Kiesel K, Plisky P, Butler H. Functional
direcionada para a prevenção de movement test scores improve following a
lesões. Esta deverá ser holística e standardized off-season intervention program
contar com a colaboração de vários in professional football players. Scand J Med
Sci Sport. 2011; 21(2):287–92.
outros profissionais, como o especia-
10. Ruivo R. Manual de Avaliação e Prescrição de
lista de exercício, preparador físico, Exercício. 3.º Ed. Self, editor. Lisboa; 2015.
fisioterapeuta e treinador, tendo em 11. Croisier J. Factors associated with recur-
consideração aspetos tão cruciais rent hamstring injuries. Sport Med. 2004;
quanto a realização inicial de uma 34:662–95.
12. Caterisano A. The effect of back squat depht
avaliação funcional, a qual permi-
on the Emg activity of 4 superficial hip and
tirá a posterior correção de assime- thigh muscles. J Strenght Cond Res. 2002;
trias e de padrões de movimento, a 16(3):428–32.
inclusão suplementar de treino do 13. Mchugh MP, Tyler TF, Mirabella MR, Mulla-
Core, de equilíbrio e pliométrico e a ney MJ, Nicholas SJ. The Effectiveness of a
Balance Training Intervention in Reducing the
utilização de técnicas de libertação
Incidence of Noncontact Ankle Sprains in High
miofascial. Ao clínico competirá School Football Players. Am J Sports Med.
conhecer estes conceitos e coorde- 2007; 35(8):1289–94.
nar o processo preventivo. Aliado 14. Wedderkopp N, Kaltoft M, Lundgaard B,
ao conhecimento dos princípios do Rosendahl M, Froberg K. Prevention of inju-
ries in young female players in European team
treino, a adopção do conjunto de
handball: a prospective intervention study.
estratégias apresentadas permitirá Scand J Med Sci Sport. 1999; 9:41–7.
reduzir o número e a gravidade das 15. Verhagen E, Beek A, Twisk J, Bouter L, Bahr
lesões sofridas por jogadores de R. The Effect of a Proprioceptive Balance Board
futebol. Training Program for the prevention of ankle
sprains – a prospective controlled trial. Am J
Os autores negam qualquer conflito de Sports Med. 2004; 32(6):1385–93.
interesses 16. Tse M, McManus R. Development and valida-
tion of a core endurance intervention program:
Correspondência
implications for performance in college-age
Rodrigo Miguel Arsénio dos Santos Ruivo
rowers. J Strength Res. 2005; 19:547–52.
rodrigoruivo@clinicadasconchas.pt
17. McGill S. Core Training: Evidence Translating
to Better Performance and Injury Prevention.
Strength Cond J. 2010; 32:33–46.

Revista de Medicina Desportiva informa março 2018 · 19

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