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INTRODUÇÃO | 3

FIV - VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA FELINA | 5

SINTOMAS DA FIV | 7

TRANSMISSÃO DA FIV | 8

ESTÁGIOS DA FIV | 9

DIAGNÓSTICO DA FIV | 10

TRATAMENTO DA FIV | 10

FeLV - VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA | 12

SINTOMAS DA FeLV | 14

TRANSMISSÃO DA FeLV | 14

DIAGNÓSTICO DA FeLV | 15

TRATAMENTO DA FeLV | 16

VACINA DA FeLV | 16

CONCLUSÃO | 17
INTRODUÇÃO

Se você é amante dos gatos como nós, já deve ter


escutado falar dessas doenças. A FIV e a FeLV são
duas viroses graves, que preocupam os tutores de
felinos há décadas.

Viroses são as doenças provocadas por vírus. Estes


organismos são muito simples e pequenos. Eles
não possuem células e são formados basicamente
por uma cápsula de proteína que envolve o material
genético (DNA ou RNA).

Para poderem se reproduzir, os vírus precisam invadir


as células de outros seres-vivos, como os humanos
e os gatos. A própria pandemia de COVID-19 foi
provocada por um vírus: o SARS-CoV-2.

No geral, os sintomas das viroses costumam ser


parecidos. São comuns: febre, dores no corpo, dores
nas articulações, dor de cabeça, vômitos e diarreia.
Esses sintomas atingem os gatos, assim como
atingem os humanos. No entanto, há casos em que
as doenças provocadas por vírus vão além de um
mal estar passageiro. Algumas podem ser crônicas e
ter consequências até fatais.

A FIV, também conhecida como a AIDS felina, atinge


o sistema imunológico dos gatos. Com isso, eles
ficam vulneráveis a inúmeras outras doenças, o que
pode agravar o estado de saúde do animal.

03 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Já a FeLV, conhecida como a Síndrome da Leucemia
Viral Felina, é uma das piores doenças que os gatos
podem adquirir e pode ser transmitida para outros
felinos.

Além da depressão do sistema imunológico, a FeLV


provoca o aparecimento de tumores. Apesar do
nome, a Leucemia Felina, por ser uma doença viral, é
extremamente contagiosa. Diferente da doença em
humanos, ela pode ser transmitida para animais da
mesma espécie.

Vale ressaltar que tanto a FIV quanto a FeLV não


atingem diretamente os seres humanos. No entanto,
os sofrimentos que elas podem provocar aos animais
de estimação costumam repercutir em toda a família.

Para que você compreenda os detalhes dessas


doenças e possa proteger o seu gato, os Médicos
Veterinários do Grupo Hospitalar Pet Support
decidiram escrever esse E-book. Abaixo você vai
encontrar orientações sobre FIV e FeLV que poderão
ser decisivas para a qualidade de vida do seu gato.

Lembre-se, no entanto, que as informações aqui


apresentadas não substituem a orientação do seu
Médico Veterinário.

Boa Leitura!

Texto revisado pela Dra. Carolina Casarin e


pelo Diretor Técnico, Dr. Ruben Cavalcanti.

04 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


FIV - VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA
FELINA

05 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


A FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina, em inglês) é
uma doença contagiosa e sem cura. Ela pode atingir os
gatos em qualquer idade e levar o pet à morte. A boa
notícia é que, com alguns cuidados, pode-se reduzir as
chances de contágio.

Além disso, o vírus da imunodeficiência felina está mais


adaptado ao gato. Assim, os gatos com FIV podem ter
uma melhor qualidade de vida e viver por anos, sem
grandes complicações.

Nesse sentido, a principal medida de prevenção contra


a FIV é evitar que gatos doentes tenham contato
com animais sem a doença, mesmo que eles não
manifestem os sintomas.

As vacinas contra a FIV estão sendo desenvolvidas, mas


ainda não demonstraram eficácia satisfatória. Sendo
assim, um gato vacinado contra a FIV pode contrair a
doença e adquirir a conhecida AIDS FELINA.

!
Importante: a FIV, ou AIDS Felina, atinge apenas
os gatos. Os humanos não são atingidos pela
doença e podem conviver com os animais doentes
sem problemas.

06 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Sintomas da FIV

A FIV atinge diretamente o sistema imunológico dos


gatos. E, à medida que o tempo passa, o vírus fica mais
agressivo.

Dessa forma, é muito comum que gatos com FIV sofram


com outras doenças. E isso pode acabar mascarando o
principal problema: a imunodeficiência.

Assim, o tutor deve ficar atento com gatos que


apresentem dificuldades para se recuperar de doenças
simples e com animais que apresentam o mesmo
problema de saúde de forma recorrente.

Os sintomas da FIV variam de acordo com o estágio da


doença, mas costumam envolver:

- Gripes;
- Complicações respiratórias;
- Vômitos;
- Diarreias;
- Feridas na boca e na pele;
- Infecções urinárias;
- Tumores.

07 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Transmissão da FIV

O contato direto, especialmente pela saliva do animal


doente, é a principal forma de transmissão da FIV.
Levando em consideração que os gatos podem ter
uma vida social intensa, com caça, brincadeiras e
brigas, isso pode ser muito perigoso.

As brincadeiras e brigas podem resultar em lambidas


e transmissão de saliva. Por isso, é muito importante
manter os animais dentro de casa.

Dessa forma, os tutores devem ter atenção especial


com gatos de rua ou que compartilham objetos com
outros felinos. A FIV pode ser transmitida ao dividir o
mesmo potinho de ração, por exemplo, principalmente
se houver alguma ferida ou lesão.

08 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Os tutores que desejam que o gato cruze também
precisam de atenção. As relações sexuais entre os
felinos podem envolver mordidas e arranhões. Assim,
é importante realizar exames clínicos prévios nos
animais envolvidos para a identificação da doença.

Usuários de hotéis e lares temporários devem


- Cansaço exagerado;
verificar as medidas preventivas adotadas por esses
Falta de ar;
estabelecimentos. Os animais devem ser testados e
Tosse; de animais com resultados positivos para
separados
Cianose
FIV. (extremidades
É importante arroxeadas);
ressaltar que esse vírus é facilmente
Emagrecimento;
destruído no ambiente e sensível à maioria dos
Fraqueza ou desmaio.
desinfetantes.

Estágios da FIV

A infecção por FIV pode ser dividida em 4 estágios


principais:

Estágio 1: Estágio 2:
Fase assintomática que acontece
Acontece aproximadamente 1
após o estágio 1. Mesmo com o vírus
mês após a infecção e de forma
no organismo, e com possibilidade
aguda. Febre e leucopenia (falta de de contaminar outros felinos, o gato
glóbulos brancos no sangue) são permanece sem sintomas. Esse
comuns nesse período. Diarreia e estágio pode durar por meses e até
outros sintomas também podem anos, aumentando as chances de
surgir nesta fase e deixar sequelas. disseminação da doença.

Estágio 4:
Estágio 3: Nível mais avançado da doença.
Fase caracterizada por perda Os gatos nessa fase apresentam
de peso, febre, falta de apetite e diversos problemas de saúde
mudanças bruscas de humor. Pode simultâneos, como otite, diarreia,
durar de semanas até anos. problemas dermatológicos,
respiratórios, renais e até linfomas.

09 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Diagnóstico da FIV

Quanto antes o tutor identificar os riscos ou a presença


da FIV, maiores as chances de uma boa qualidade de
vida para os gatos.

Dessa forma, é muito importante que os felinos sejam


levados periodicamente ao Médico Veterinário para
consultas de rotina e realização de exames. Esse
profissional poderá diferenciar os sintomas e solicitar
os testes necessários.

O exame para a identificação da FIV é rápido e feito a


partir de algumas gotas de sangue (Snap Test).

Tratamento da FIV

Infelizmente, a FIV não tem cura. E as vacinas contra


ela ainda não apresentam eficácia satisfatória. Dessa
forma, o tratamento tem como objetivo prolongar e
melhorar a qualidade de vida dos animais. O que é
possível de ser feito, dependendo do estágio da doença.

10 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Por isso, é muito importante que os tutores de
gatos estejam atentos aos sintomas. Consultar
periodicamente o Médico Veterinário e procurar o
especialista em caso de suspeita é sempre a melhor
alternativa.

Vale lembrar que, mesmo que o gato diagnosticado


com FIV não tenha sintomas visíveis, ele deve ser
sempre considerado doente. Gatos em tratamento e
com a melhora na qualidade de vida continuam com o
vírus no organismo e podem contaminar outros gatos.

As consultas periódicas com o Médico Veterinário são


ainda mais importantes para os animais infectados
com FIV. Elas devem ser realizadas, pelo menos, a cada
seis meses.

Nossa recomendação é de que “miou, testou”, ou seja,


todos os felinos deveriam ser submetidos ao teste
rápido (Snap Test) de FIV-FeLV uma vez que trata-se de
uma doença extremamente comum e, como já descrito
anteriormente, por muitas vezes assintomática.

Converse com os profissionais do Grupo Hospitalar Pet


Support e tire todas as suas dúvidas sobre a FIV. Isso
pode ser decisivo
para a qualidade
de vida do seu
gato.

11 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


FeLV - VÍRUS DA
LEUCEMIA FELINA

12 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Assim como a FIV, a FeLV (vírus da Leucemia Felina, em
inglês) não tem cura e pode ser transmitida de gato para
gato. No entanto, a FeLV é mais patogênico que a FIV.

A FeLV é causada por um tipo de retrovírus que se instala


no DNA das células do animal. Estes invasores tendem a
se multiplicar nas amígdalas e nos gânglios linfáticos dos
gatos. Em seguida, se espalham pelo sangue, atingindo
a medula óssea e o intestino, por exemplo. Nessas
regiões, os retrovírus se multiplicam e transformam as
células normais em células cancerígenas e malignas.

Leucemia, linfomas, depressão do sistema imunológico


e problemas degenerativos são ocorrências comuns
nessa situação. O vírus da FeLV também impede a
produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea,
levando à anemia. A maior parte dos animais infectados
morre dentro de dois ou três anos.

13 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Sintomas da FeLV

Os sintomas mais comuns desenvolvidos por gatos


com a doença são:

Febre;
Anemia;
Depressão;
Perda de peso;
Problemas nas gengivas e no estômago;
Imunodepressão (facilidade para contrair outras
infecções);
Câncer (Linfoma e Leucemia).

A FeLV é um agente infeccioso responsável por um


grande número de doenças e mortes nos gatos.

Transmissão da FeLV

A transmissão da FeLV pode acontecer através de saliva,


fezes, secreções nasais e leite de gatos infectados. Por
isso, assim como na FIV, é fundamental que gatos
diagnosticados com FeLV sejam mantidos afastados
de gatos saudáveis. Os tutores devem evitar que os
gatos doentes e saudáveis:

Brinquem juntos;
Possam brigar (arranhões e mordidas);
Compartilhem objetos, água e alimentos.

14 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Outro ponto de atenção especial são os filhotes com
até 16 semanas de vida. Eles possuem o sistema
imunológico ainda imaturo e podem contrair FeLV
com maior facilidade.

Diagnóstico da FeLV

O diagnóstico da FeLV é feito de forma conjunta


no mesmo exame de sangue da FIV (Snap Test).
Nele, é identificado a presença do antígeno p27 da
FeLV. O resultado é rápido e bastante confiável, com
sensibilidade superior a 98%.

Todos os gatos devem realizar o exame da FeLV antes


de tomarem a vacina contra a doença. O exame para
detecção da FeLV é especialmente indicado para gatos
que vivem em abrigos ou que frequentam espaços
como hotéis para animais.

15 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Tratamento da FeLV

Infelizmente, a FeLV não tem cura. Após a infecção, o


tratamento tem como objetivo garantir uma melhor
qualidade de vida e aumentar o tempo de vida para o
gato doente.

Assim como na FIV, as medicações prescritas pelos


médicos veterinários poderão provocar melhora no
estado de saúde do gato. No entanto, não se engane: a
FeLV continuará presente no organismo do gato e com
possibilidade de infectar outro felino, caso tenham
contato.

Vacina da FeLV

A melhor forma de se proteger contra a FeLV é vacinar


o seu gato, pois a vacina apresenta um bom grau de
eficiência.

Por isso, sugerimos aos tutores que conversem com o


seu Médico Veterinário a respeito.

A vacina contra a FeLV deve ser aplicada apenas em


animais saudáveis, após resultado negativo no teste
específico para identificar a doença.

A primeira dose da vacina contra a FeLV deve ser


aplicada com o gato ainda filhote, com 8 a 10 semanas
de idade. A segunda dose é aplicada 3 semanas depois.
Os reforços são anuais.

16 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


CONCLUSÃO

17 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


FIV e FeLV são doenças graves, que devem ser tratadas
com responsabilidade. O ideal é que os tutores de
gatos se informem sobre elas antes mesmo de adotar
um animal.

A indicação é que gatos sabidamente positivos para


essas doenças devem conviver apenas com outros
gatos positivos. Eles devem ser castrados e mantidos
dentro de casa para evitar a contaminação de outros
felinos. Uma boa alimentação, minimização do estresse
e visitas periódicas ao Médico Veterinário são medidas
que aumentam a qualidade de vida desses animais.

Gatos negativos devem ser vacinados contra FeLV.

Por tudo isso, recomendamos que você compartilhe


este e-book com os seus amigos e familiares que são e
que desejam ser tutores de gatos. E, claro, as consultas
com os médicos veterinários são de fundamental
importância, especialmente para os filhotes.

18 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Nas consultas, o Médico Veterinário responsável
poderá diferenciar os sintomas, solicitar os exames e
orientar sobre todos os cuidados necessários com a
FIV e a FeLV.

Se você ama os gatos como nós, marque já a sua


consulta. O Grupo Hospitalar Pet Support está
preparado para oferecer o melhor tratamento para a
saúde do seu bichano.

Entre em contato conosco!

Sobre a autora:

M. V. Carolina Casarin (CRMV-


RS 07634), do Cat Support.

19 | FIV e FeLV: tudo o que você precisa saber


Porto Alegre
Pet Support Zona Norte:
(51) 3023.7111

Pet Support Zona Sul:


(51) 3277.2020

Onco Support:
(51) 3030.3419

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