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Vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV), muito
importantes em membros da família Felidae e não existem casos comprovados de retrovírus em
caninos.
Epidemiologia
Etiologia
Os retrovírus têm duas moléculas de RNA fita simples. O capsídeo viral, além das
proteínas estruturais e RNA, ainda contém enzimas virais (transcriptase reversa) e outras
moléculas da célula hospedeira (nucleotídeos e enzimas). O capsídeo é envolto pelo envelope.
Patogenia
Os gatos infectados por FeLV formam Ac dentro de 2-3 semanas após o contato inicial.
Os gatos se infectam pelo contato com a saliva de animais infectados; raramente as infecções
podem advir de mordidas e arranhaduras decorrentes de brigas. O vírus inicialmente replica-se
no tecido linfoide e depois se dissemina para outros órgãos por meio de monócitos e linfócitos.
Animais na fase virêmica eliminam partículas virais infectantes pelos fluidos corporais. Uma vez
infectado, o animal não elimina o vírus do organismo, mas isso não significa que o provírus
permaneça ativo para sempre no genoma do hospedeiro.
O curso da infecção pode seguir quatro formas: 1) infecção progressiva: replicação
intensa do vírus, havendo leucose e infecções secundárias em mucosas; a infecção progressiva
decorre de uma resposta imunológica deficiente contra as partículas virais do FeLV e os animais,
em geral, sucumbem em alguns anos. 2) infecção regressiva: resposta imune eficaz contra as
partículas virais; a replicação viral é contida antes de o vírus chegar à medula; os animais
normalmente não apresentam nenhum sinal de infecção e o vírus é eliminado da circulação
sanguínea; os Ac podem ser detectados até 8 semanas ou meses após infecção inicial. 3)
infecção abortiva: Ac são raramente observados. 4) infecção focal: animais apresentam focos de
replicação viral em órgãos como baço, linfonodos, intestinos e glândulas mamárias.
Diagnóstico
Prevenção
Visto que a disseminação, tanto do FIV quanto do FeLV, está associada ao convívio
próximo entre animais infectados e animais sadios, é imprescindível o isolamento dos animais
infectados. O vírus é instável fora dos hospedeiros, de modo que o uso de detergentes garante
a limpeza de gaiolas, abrigos, criadouros e clínicas.
As vacinas para FeLV existem com vírus atenuado e com vírus recombinante, ambas com
alta eficácia. Vacinar animais antes das 8 semanas de vida e fazer dose reforço 2-3 semanas
após, e depois reforço anual. Nos animais infectados, é possível detectar o provírus e o RNA
viral; no entanto, animais vacinados não apresentam viremia nem são passíveis de disseminar o
vírus para animais não vacinados.
Já a vacina para FIV ainda é um desafio. A única disponível utiliza o vírus atenuado com
adjuvantes; apresenta os subtipos A e D, e não há imunidade cruzada entre os subtipos. Vacinar
a partir da 8ª semana de vida e realizar 3 doses em um intervalo de 3 semanas, e depois realizar
reforço anual. Assim como na FeLV, animais vacinados apresentam Ac e o provírus pode ser
detectado por PCR; eles não disseminam partículas virais.