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Viroses
PARVOVIROSE
AGENTE ETIOLÓGICO
Causada pelo parvovírus canino tipo 2 (CPV-2)

Possui 3 cepas: CPV-2a, CPV-2b e CPV-2c. As duas primeiras são as mais


comuns, e as vacinas comerciais protegem para ambas. A CPV-2c, no entanto, é
considerada altamente virulenta e causa morte rápida nos animais acometidos.

CPV-1: ocorrência baixa e considerado pouco patogênico, os animais afetados por


ele são assintomáticos

Pertencente à família Parvoviridae

Vírus pequenos, esféricos, com capsídeo icosaédrico

Não possuem envelope

Vírus de DNA, fita simples

EPIDEMIOLOGIA

Viroses 1
A infecção viral ocorre na maioria das vezes por exposição oronasal por partículas
virais presentes nas fezes, nas fômites e no ambiente contaminado.

A superlotação, má ventilação e condições sanitárias ruins favorecem a


disseminação do vírus.

Filhotes entre 6 semanas e 6 meses são os mais afetados

Nas primeiras semanas de vida, os filhotes são protegidas pelos anticorpos da


mãe. Conforme a meia-vida dessas anticorpos chega ao fim e eles declinam, no
entanto, o filhote se torna suscetível à doença.

Raças com predisposição a desenvolver a doença: Rottweiler, doberman pinscher,


american pit bull terrier, labrador retriever e pastor alemão

PATOGENIA
O vírus precisa de células hospedeiras para sua replicação

Por esse motivo, afeta preferencialmente órgãos que apresentam células em


multiplicação, como o epitélio intestinal (principal afetado), células precursoras da
medula óssea e miocardiócitos

A replicação viral resulta na morte da célula devido a falha no processo de mitose

Após a infecção oronasal do animal, o vírus irá se replicar nos tecidos linfóides
(normalmente na orofaringe). Em seguida, atinge a corrente sanguínea, onde será
disseminado para uma ampla variedade de órgãos, o que resulta em uma infecção
sistêmica.

A replicação viral que atinge os órgãos linfoides acaba por resultar em linfopenia e
neutropenia, caracterizando um quadro de imunossupressão que favorece a
instalação de infecções secundárias.

Filhotes infectados ainda no útero podem ou antes de 6 semanas de idade podem


desenvolver miocardite.

SINAIS CLÍNICOS
Prostração

Anorexia

Vômitos

Viroses 2
Sialorréia

Dor abdominal

Diarreia hemorrágica

Febre

Sinais clínicos iniciais do quadro de choque:

Taquicardia

Pulso normal ou fraco

Mucosas pálidas

Tempo de preenchimento capilar aumentado

Hipotensão

Nível de consciência reduzido

Temperatura corporal baixa

DIAGNÓSTICO
Histórico do animal

Sinais clínicos

Hemograma

Exames físicos

Exames de imagem

Exames específicos:

ELISA (teste imunoenzimático)

PCR (reação em cadeia de polimerase)

HA (reação de hemaglutinação)

PROFILAXIA
Isolar animais doentes

Vacinação

Viroses 3
Limpeza e desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio

PERITONITE INFECCIOSA FELINA


AGENTE ETIOLÓGICO

Causada pelo coronavírus felino em sua forma mutada

O vírus pertence à família Coronaviridae

É um vírus de RNA de cadeia simples

Possui envelope

VPIF: forma mutada do vírus, causador da PIF

FECV: causa o coronavírus entérico felino, que causa infecções gastrointestinais

EPIDEMIOLOGIA

Os animais mais predispostos são felinos entre 2 meses e 2 anos de idade e gatos
idosos

A contaminação ocorre principalmente pela ingestão de fezes, que pode ocorrer


através da autohigienização ou alimentação do felino. No entanto, também pode
ocorrer na gestação (de mãe para filho) e na amamentação, ou até pelas mucosas
da boca e do nariz, principalmente pela mordida e lambedura em feridas abertas.

Raças mais predispostas: Abissínio, Ragdoll, Bengal, Burmês, Devon Rex

Viroses 4

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