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Medicina Veterinária
VET 854 – Patologia Suína e aviária
Circovirose
Gastroenterite Transmissível
Pasteurelose
Circovirose
2
24/10/2023
Etiologia
⬢ Circovírus
⬡ Circovírus suíno tipo 1 ou PCV1 habita as células renais de suínos, sem
causar sinais clínicos
⬡ Circovírus suíno tipo 2 ou PCV2 circovirose suína
⬡ Doença multifatorial
⬢ Família Circoviridae
⬢ Vírus pequenos, não envelopados
⬡ Considerado um dos menores entre vírus animais
⬢ DNA circular de fita simples
⬢ Bastante resistentes às condições ambientais e aos desinfetantes
Transmissão
⬢ Horizontal via oronasal
⬡ Contato com suínos infectados, instalações, equipamentos, pessoal
contaminado e fômites
⬡ PCV2 é também excretado pelas fezes, por até 13 dias, após a
infecção
⬡ Pode ser eliminado também via secreção ocular, saliva, urina, leite
(colostro) e sêmen
⬢ Vertical morte embrionária, mumificação e natimortos
depende do momento da gestação em que a infecção ocorreu
⬡ PCV2 infecta predominantemente no miocárdio e o sistema linfoide
dos fetos
24/10/2023
Patogenia
Desequilíbrio das
Infecta células do Replicação em PCV2 infecta
substâncias
PCV2 acomete sistema imune, vários tipos Debilidade do células
Viremia e mediadoras da
suínos entre 5 e como celulares – animal – não permissivas em
disseminação imunidade, morte
16 semanas de macrófagos, principalmente consegue montar órgãos-alvo, Imunodeficiência
pelo organismo celular de
idade por via linfócitos e em células em uma resposta causando lesões
do suíno linfócitos e falhas
oronasal células divisão celular imune satisfatória e agravando o
na reposição de
dendríticas ativa quadro clínico
células linfoides
Patogenia
⬢ Animais com infecção subclínica menor carga viral e maior
quantidade de AC neutralizantes
⬢ 3 fatores básicos que podem explicar a grande variabilidade no
número de animais afetado por lote:
⬡ Efeito individual genética, herança imunitária ou capacidade de responder
adequadamente às infecções
⬡ Leitegada papel da porca como possível reservatório e/ou transferência de
proteção passiva ao leitões
⬡ Manejo (fatores de risco) densidade elevada, ambiente inadequado, baixa
qualidade do ar, da água e da ração, mistura de leitões com procedências e
idades diferentes, falhas na limpeza/desinfecção e a não realização do vazio
sanitário SMDS
24/10/2023
Sinais clínicos
Síndrome multissistêmica do
definhamento dos suínos
⬢ Epidemiologia:
⬡ Diagnosticada inicialmente em rebanhos de elevado padrão sanitário
na Canadá
⬡ Suínos afetados 5 a 16 semanas de idade
⬡ Período de transmissão 5 a 16 semanas
⬡ Mortalidade e morbidade variam de acordo com a fase em que o
surto se inicia e o manejo empregado na criação
⬡ Aumento de 3X na creche e no crescimento-terminação
⬡ 50% dos suínos afetados morrem em menos de 8 dias
⬡ Sobreviventes evoluem para definhamento extremo, sem
possibilidade de recuperação
● Desempenho produtivo insuficiente
Síndrome multissistêmica do
definhamento dos suínos
⬢ Sinais clínicos:
⬡ Cofatores infecciosos e fatores de risco causadores de estresse
podem exacerbar os sinais e a gravidade da doença
⬡ Densidade elevada
⬡ Variações térmicas acentuadas
⬡ Frio
⬡ Ar seco
⬡ Baixa qualidade do ar
⬡ Mistura de lotes de leitões com idades diferentes
24/10/2023
Síndrome multissistêmica do
definhamento dos suínos
⬢ Sinais clínicos:
⬡ Emagrecimento progressivo
⬡ Anorexia
⬡ Linfadenopatia
⬡ Diarreia crônica
⬡ Dispneia
⬡ Palidez
⬡ Icterícia
⬡ Úlcera gástrica
⬢ Não regridem com tratamentos antimicrobianos convencionais
Síndrome multissistêmica do
definhamento dos suínos
⬢ Lesões macroscópicas:
⬡ Aumento no tamanho dos linfonodos (inguinais, submandibulares,
mesentéricos e mediastínicos) nos estágios precoces da infecção
posteriormente regridem e podem aparecer de tamanho normal ou diminuído,
em razão da proliferação de tecido fibroso em substituição ao tecido linfoide
⬡ Redução no tamanho do timo
⬡ Ausência de colabamento pulmonar
⬡ Animais ictéricos redução de tamanho e áreas descoloridas
⬡ Rins pontos multifocais esbranquiçados na superfície e no parênquima
⬡ Lesões de pele manchas avermelhadas
⬡ Animais com sinais de definhamento úlceras gástricas hemorragias
internas e palidez da pele
24/10/2023
24/10/2023
24/10/2023
Síndrome da dermatite e
nefropatia suína
⬢ Doença epidêmica
⬢ Geralmente é a primeira manifestação observada da
infecção de um rebanho pelo PCV2 seguida da SMDS
⬢ Acomete suínos com mais de 3 meses de idades
⬢ Sinais clínicos: falta de apetite, edema subcutâneo
ventrocaudal e lesões cutâneas, como placas
eritematosas na pele dos membros pélvicos e na região
perianal
24/10/2023
Síndrome da dermatite e
nefropatia suína
⬢ Patogenia: não está clara
⬢ Lesões macroscópicas:
⬡ Lesões necróticas da pele
PCV2
Pneumonia intersticial
24/10/2023
Fetos mumificados
Diagnóstico
Diagnóstico
⬢ Isolamento viral
Tratamento
⬢ SMDS
⬡ Não há tratamento específico
⬡ Antibióticos para combater as infecções secundárias
selecionados com base nas doenças bacterianas mais frequentes
em associação com a SMDS
⬡ Suínos afetados separar em baias hospitais no início dos
sinais clínicos
⬡ Aplicação de antibiótico
⬡ Fornecer água e alimento de fácil acesso
⬡ Terapia de suporte soluções hidreletrolíticas, polivitamínicos,
aminoácidos e energéticos
24/10/2023
Profilaxia e Controle
⬢ Vacinação
⬡ Brasil 5 vacinas comerciais
⬡ Vacinação das porcas e leitoas de reposição aumenta o título de
anticorpos no colostro e protege os leitões até o fim da fase de creche
⬡ Vacinação dos leitões para proteger nas fases de crescimento/terminação
⬡ 3 semanas de idade
⬡ Rebanhos com problemas de falhas reprodutivas vacinação das porcas e
dos machos
⬢ Correção de fatores de risco
⬡ Limpeza e desinfecção com vazio sanitário prioritário
⬡ Desinfetantes mais eficazes: a base de mistura de peroximonossulfato de potássio
e cloreto de sódio, seguidos dos desinfetantes à base de hidróxido de sódio, de
amônia quaternária, de hipoclorito de sódio e das derivados fenólicos
⬢ Redução de fatores de estresse
Gastroenterite
Transmissível
32
24/10/2023
A Gastroenterite Transmissível
é uma doença altamente
contagiosa, de grande
importância, pois geram alta
taxa de mortalidade em leitões
lactentes e grande perda
econômica. Devido ao prejuízo
que causa à indústria de
suínos é uma das doenças de
notificação obrigatória da OIE
Os vírus atingem os
enterócitos, causando atrofia
das vilosidades; os animais
afetados apresentam diarreia
aquosa, vômito, hiporexia e
desidratação
Etiologia
Coronavírus
⬢ Constante evolução genética por meio de mutações pontuais e
recombinações homólogas entre membros do mesmo gênero
novos hospedeiros
Epidemiologia
⬢ Fontes de infecção:
⬡ Animais sintomáticos excretando partículas virais
⬡ Animais adultos podem ser portadores
⬢ Vias de eliminação:
⬡ Fezes
⬢ Vias de transmissão:
⬡ Contágio direto aerossóis
⬡ Contágio indireto fômites, vetores mecânicos (moscas),
alimentos e água (lâmina de água)
24/10/2023
Epidemiologia
⬢ Porta de entrada:
⬡ Trato digestório
⬢ Animais susceptíveis:
⬡ Animais neonatos e jovens mais severo e maior letalidade em
leitões com menos de duas semanas
⬡ Animais adultos
Patogenia
Vírus chega ao
Redução na área
A infecção Vírus passa pelo intestino delgado,
anatômica de
ocorre, estômago, onde onde infecta e
absorção e Má absorção e
essencialmente, resiste ao baixo replica nos
redução da diarreia
por contato fecal- pH e a ação da enterócitos,
atividade
oral tripsina causando atrofia
enzimática
das vilosidades
24/10/2023
Sinais clínicos
⬢ Período de incubação: 18 horas – 3 dias
⬢ Diarreia aquosa abundante e amarelada, vômito,
desidratação, anorexia, perda de peso, febre e morte
⬢ Leitões:
⬡ Diarreia grave sob a forma epidêmica se dissemina
rapidamente em rebanhos previamente livre do vírus
⬡ Sobreviventes desenvolvimento retardado e diminuição da
resistência a outras doenças
Sinais clínicos
⬢ Adultos:
⬡ Sinais mais brandos
⬡ Diarreia menos grave
⬢ Matrizes:
⬡ Agalaxia
Lesões macroscópicas
⬢ Leitões com até 3 semanas de idade:
⬡ Desidratação intensa
⬡ Inflamação da região perineal
⬡ Presença de gás e leite coagulado no estômago
⬡ Aparência translúcida da parede do intestino delgado
⬡ Distensão do intestino delgado com conteúdo amarelo pastoso e
leite coagulado
⬡ Jejuno e início do íleo: redução da altura ou atrofia das
vilosidades, com metaplasia do epitélio, hiperplasia das criptas,
congestão, edema e infiltração inflamatória do córion
24/10/2023
Encurtamento e
fusão dos vilos
IHC ISH-RNA
24/10/2023
Diagnóstico
⬢ Epidemiológico
⬡ Ocorrência de surto de diarreia
⬢ Clínico
⬢ Anatomopatológico
⬢ Histopatológico
⬡ Atrofia de vilosidades intestinais, infiltração linfocitária, necrose e
proliferação de fibroblastos nos tecidos infectados
Diagnóstico
⬢ Laboratorial
⬡ Cultivo incerto
⬡ Métodos que permitem evidenciar a presença de coronavírus no material
clínico ou a pesquisa de anticorpos específicos
⬡ Fezes coletadas direto do reto, swabs ou conteúdo entérico coletado na
necropsia
⬡ Imunofluorescência ou imuno-histoquímica
⬡ ELISA indireto principalmente em casos de surtos
⬡ PCR
⬡ Material fecal, tecidos, órgãos e soro de animais em fase de viremia
24/10/2023
Tratamento
⬢ Tratamento de suporte
Profilaxia
⬢ IMPORTANTE Exótica
⬢ Medidas gerais:
⬡ Medidas profiláticas de ordem inespecíficas bom programa de
biosseguridade mais importante
⬡ Separação de animais em grupos por idades
⬡ Administração adequada de colostro nas primeiras 24 horas pós-
nascimento
⬡ Desinfecção rigorosa
⬢ Medidas específicas:
⬡ Vacinação não confere proteção total
24/10/2023
Pasteurelose
53
Pasteurella multocida
⬢ Família Pasteurellaceae
⬢ Cocobacilo pequeno
⬢ Gram negativa
⬢ Extracelular
⬢ Não apresenta motilidade e nem capacidade de esporulação
⬢ 16 sorotipos somáticos
⬢ Habitante comensal da cavidade nasal do suínos
⬢ Classificada em 5 grupos sorológicos com base nos antígenos capsulares
⬡ A, B, D, E e F
⬡ A relacionado com pneumonia
⬡ D relacionado com rinite atrófica em suínos
24/10/2023
Transmissão
Patogenia
Bactérias multiplicam-se e
Bactérias aderem
produzem a toxina capaz
fortemente às células da
de causar perda parcial dos
mucosa nasal
ossos das conchas nasais
24/10/2023