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Cinomose

Introdução:
Tem grande incidência na clínica;
Alta infectividade e virulência;
Não faz infecção subclínica;
Animal protegido por vacinas;
Doença exclusiva de cães (de canis, principalmente);
Enfermidade causada por vírus - A princípio, pensou-se que tinha relação com a bactéria
Bordetella bronchiseptica. Apenas 20 anos depois, viram que a doença tinha característica viral;
Vacinas surgiram em 1940 (esta não foi eficaz! não controlou a doença!);
Uma nova vacina foi fabricada. Dessa vez com o vírus vivo atenuado. Houve uma queda
significativa da doenças;
A doença ainda se faz presente, por negligência dos responsáveis com relação às vacinas. ( a não-
vacinação ou atraso no reforço vacinal);
É uma doença multifatorial. Tem partícula infecciosa importante (que mais mata em clínica.
principalmente animais filhotes), que evolui para sistema nervoso central. Essa evolução de
sistema nervoso, é quando trata-se de convulsão em filhotes;
Quanto mais intensa a doença, mais intensa será para o animal.

Etiologia:
Vírus da família Paramyxoviridae, do gênero Morbillivirus. Envelopado, pleomórfico,
relativamente grande, de fácil replicação, com predileção para células de epitélio digestório e
respiratório (células de constante replicação);
Capaz de interagir com muitas células = causa multifatorial;
Mantém-se presente em ambientes frescos (quintais);
A não-reinfecção dá-se pela higienização adequada com água e sabão. O flambado com éter e
fogo é bom também! (formol = 0,5% em 4h / fenol = 0,75% em 10 minutos / desinfetantes = 0,3%
em 10 minutos);
A quarentena em quintal ocorre por 20-26 dias;
Também há a possibilidade de colocar lâmpadas germinicidas = processo não muito eficiente.

Epidemiologia:
Distribuição mundial e endêmica;
Afetam animais da família Canidae - não tendo preileção por sexo, raça ou idade (apesar da
maioria dos animais afetados serem filhotes que estão passando pela amamentação. isso ocorre
quando a mãe não foi vacinada. e sempre entre os 60-90 dias, por conta da baixa imunidade);
Com 7-9 anos, o cão também pode ter a cinomose, devido à queda da imunidade;
OBS.: Foi constado que, animais idosos estão propensos a desenvolver doenças autoimunes. (animais
que foram vacinados ao longo da vida e, chegando a senilidade, o responsável parou de vacinar.
Havendo uma falha na memória imunológica).
As maiores oportunidades de disseminação ocorrem em ambientes onde os cães são mantidos
em grupos. Como em lojas de animais, abrigos, canis, clínicas veterinárias e colônias de
pesquisas.

Patogenia:
Principais vias de ingresso: aeróginas e digestórias;
Primeiro dia = fase de incubação. macrófagos atuantes (ação fagocítica);
Segundo e terceiro dia = ocorrência de viremia no sangue;
Terceiro ao sexto dia = replicação no sistema linfóide. Ocorrendo o pico febril, marcando a fase
podrômica;
Continua a replicação em sistema linfático. (Infecção subclínica em 50% dos casos). Condição
leve.
Replicação em tecidos epiteliais - gastrointestinal - gastroentérico, (no primeiro momento. No
terceiro dia) e SNC (posteriormente. Em 3 dias ou mais);
A partir do 9 dia = ocorre sua disseminação em outros tecidos.

Sinais clínicos:
Em alguns animais serão mais susceptíveis que em outros!
Nariz e coxins hiperqueratosos (vem tardiamente à infecção);
Presença de pústulas cutâneas (associados à questão de SNC) - em região abdominal,
principalmente;
Descarga naso-ocular, serosa à mucopurulenta;
Tosse;
Dispnéia por conta de degradação do epitélio respiratório;
Bronco-pneumonia;
Vômito;
Diarréia;
Lesões oftalmológicas e cegueira;
Alopécia ao redor dos olhos, com formação de crostas hiperqueratosas;
Mioclonia pode-se tornar constantes para o longo da vida do animal. = CARACTERÍSTICA
PATOGNOMÔNICA!
Infecção transplacentária e neonatal (caso a fêmea estiver infectada) no primeiro terço
gestacional. Podendo haver abortos;
Hipoplasia do esmalte dentário;
Lesões cardíacas;
Medalhão dourado = lesão do nervo óptico.

Diagnóstico:
Em cães jovens, com vacinação inadequada e probabilidade de exposição ao vírus;
Neutropenia (queda de neutrófilos) = principal característica presente no hemograma;
Há ação por células linfóides (linfopenia transitória) após o primeiro piro virêmico e febril;
Sorologia não muito útil. Uma vez que altos títulos de anticorpos anti-CDV podem ser resultado
de vacinação prévia, assim como infecção clínica ou subclínica anteriores e os baixos títulos
podem ser decorrentes às propriedades imunossupressoras do CDV.
Tratamento:
Não há medicamento anti-viral ou de fator quimioterápico de valor 100% prático para o
tratamento;
Antibióticos de amplo espectro é direcionado para o tratamento de infecções bacterianas
secundárias;
Fluidoterapia;
Cuidados de enfermagem são importantes. Sempre manter olhos e nariz limpos de descargas,
manter o suporte nutricional e o consumo adequado de líquidos.

Prevenção:
VACINAÇÃO = 3 doses;
Há diversos fatores que podem implicar para a ocorrência da doença no animal, e uma delas é o
nível de imunidade da mãe e do próprio animal;
Aquarta dose da vacina irá depender da conduta médica.

Leticia Maria

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