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CIRCOVIROSE

Prof. Igor Mansur


Conceito
Doença infectocontagiosa causada por um vírus, que
infecta suínos. É uma doença, que acomete o sistema
imunológico dos suídeos e facilita a entrada de outras
enfermidades e causa significativa mortalidade e alto índice
de refugagem entre leitões.
Agente etiológico
Circovírus suíno PCV tipo 2, da família
Circoviridae, um dos menores organismos
(vírus) . Constituído por DNA circular de fita
simples.

O agente é altamente contagioso e


permanece estável
em fezes e secreções respiratórias.
Resistente a 60ºC por 30 minutos e
praticamente estável à maioria dos
desinfetantes convencionais.
INTRODUÇÃO

• Conjunto de síndromes causada pelo


circovírus porcino tipo-2 ( PCV-2)

• Foi diagnosticada em 1990 no Canadá. No


Brasil, o primeiro diagnóstico foi feito em
2000, pela EMBRAPA/CNPSA, em Santa
Catarina.
INTRODUÇÃO
• Síndromes associadas:
– Síndrome da Nefropatia e Dermatite Porcina
(SNDP)
– Tremor Congênito Suíno (TCS)
– complexo de doença respiratória, problemas
reprodutivos e entéricos
– Síndrome Definhante Multissistêmica de Suínos
Desmamados ( SMDS) -> mais importante.
PROBLEMAS ECONÔMICOS
• Morte, queda no crescimento e piora na conversão alimentar.
• Quadro clínico persiste por muito tempo caso as medidas não
sejam tomadas.
– Taxa de mortalidade 25 - 60%.
Epidemiologia
Não tem época de predileção, embora haja maior incidência na
época do frio, pelo estreito contato entre os suínos para se
aquecerem.

Está difundida pelo país principalmente nos Estados do Sul e


Sudeste, que possuem grande concentração de suínos.
Epidemiologia
A doença não é uma zoonose .

É uma doença imunossupressora, que debilita o sistema


imunológico apenas do suíno. Não existe risco algum para o
ser humano, nem no contato com o suíno e nem consumindo
a sua carne.
TRANSMISSÃO

• Via oronasal, na maior parte dos casos.


• Via digestiva.
• Sêmen de machos infectados também representa potencial fonte
de infecção. O circovírus (PCV2) é extremamente resistente,
ocasionando infecção precoce.
• Transplacentária
Patogenia
Ao entrar no organismo o vírus causa alterações significativas na
maioria dos tecidos linfóides, muitos dos quais apresentam ampla
depleção de linfócitos, especialmente nos folículos e nas zonas
paracorticais dos linfonodos e também no baço.

O vírus infecta células do sistema imunitário, e replica-se em diversos


tipos celulares, de preferência células que estão em divisão ativa.

Após esta replicação, espalha-se pelo organismo do suíno. Como o


animal esta com o sistema imune debilitado, este vírus pode infectar os
órgãos-alvo, causando lesões e, consequente agravamento do quadro
clínico.
Patogenia
Sinais clínicos
Atinge principalmente suínos após o desmame, a partir da 6.ª
semana de vida.
Clinicamente observa-se retardo no crescimento, anemia e
icterícia, podendo evoluir para a morte. É também conhecida
pelo nome de “Síndrome da Refugagem” ou “Síndrome
multisistêmica do definhamento do leitão desmamado”
“PMWS” (postweaning multisystemic wasting syndrome), pelo
fato dos animais acometidos ou morrem ou ficarem pequenos
e fora do padrão de peso para a idade, devido a infecção de
várias bactérias oportunistas, tornando o suíno acometido, um
doente crônico.
Sinais clínicos
O quadro clínico se caracterizar por dermatite e nefropatia,
distúrbios reprodutivos como abortos, e pneumonias, enterites,
doenças do sistema nervoso tais como meningoencefalite e
tremores congênitos.
SINAIS CLÍNICOS
• Os principais sinais da Cirvirose são:
– Falta de apetite
– Sinais respiratórios (dispnéia progressiva)
– Aumento de volume de linfonodos
– Diarréia crônica
– Palidez
– Icterícia
– Úlcera gástrica
– Emagrecimento progressivo
– Lesões cutâneas e renais.
Sinais clínicos
O animal pode morrer dentro de um período variável,
dependendo da doença oportunista que o acometer, embora
não seja uma doença muito letal (entre 6% e 8% dos animais
infectados chegam a morrer) ela provoca verdadeira revolução
na compreensão do funcionamento do sistema imunológico
dos suínos.
FASE DE MAIOR AMPLITUDE DE
OCORRÊNCIA DA CIRCOVIROSE
DIAGNÓSTICO
• Quadro clínico apresentado pelo animal.
• Patologia - Macro e microscópica.
• Detecção de antígenos ou de DNA.
• Exames laboratoriais:
– Imunohistoquímica, Imunofluorescência indireta
– PCR.
• O diagnóstico diferencial deve ser realizado
para outros patógenos
Diagnóstico
Colheita de material
TRATAMENTO

• Não existe tratamento específico.


Terapeuticamente combate-se as infecções
secundárias.
• Terapia de suporte – Animal não desenvolve
mais.
Profilaxia
A vacinação das matrizes confere imunidade aos leitões, via
colostro. As marrãs (porcas primíparas) devem ser imunizadas
antes do acasalamento ou inseminação, com dose de reforço
no primeiro parto e a cada parição, recomendação também
válida para matrizes.
CONTROLE E PREVENÇÃO
• Prevenção da entrada do PCV-2 na granja.
• Medidas internas e externas:
– Devem ser adotadas mudanças no manejo, com
base na correção de fatores de risco.
– Redução de qualquer possível fonte de estresses,
limitando o contato entre animais, com a adoção
de uma boa higiene e também, com fornecimento
de uma dieta adequada.
Controle e prevenção
Limitar o contato suíno a suíno: evitar propagação da doença;
evitar contato nariz/nariz entre baias; não misturar leitegadas
diferentes na maternidade; evitar misturas pós desmame;
remover os animais doentes para baias separadas;

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