Você está na página 1de 116

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA CIRÚRGICA DE PEQUENOS


ANIMAIS

AFECÇOES CLÍNICO-CIRÚRGICAS
OFTAMOLÓGICAS

Prof. Dr. Ivan F. Charas dos Santos


M.V., M.M.V.Cir., Ph.D.Cir., PósDoc. Cir.Peq.Animais

Julho de 2022
RESUMO DA AULA

TEMAS DA AULA

@ Afecções clínico - cirúrgicas das pálpebras

@Afecções clínico - cirúrgicas da conjuntiva

@ Afecções clínico - cirúrgicas da glândula lacrimal

@ Afecções clínico - cirúrgicas da terceira pálpebra

@ Afecções clínico – cirúrgicas do globo ocular


CONSIDERAÇÕES GERAIS DOS
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS DE OLHO
E ANEXOS

PREPARAÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO

Tricotomia – Lâmina de bisturi (22)


Pomada oftálmica ATB para proteção da córnea

Antissepsia – Clorexidina aquosa


ou
PVPI diluido em solução salina (1:25)
1º Campo cirúrgico – campo simples (3 ou 4)
Pinça Jones – evitar Backhaus (trauma)

2º Campo cirúrgico – fenestrado oftálmico

Material cirúrgico especial – Oftálmico

ATB + Analgesia pós-operatória + Colar elisabetano


Remoção suturas (10 - 14 dias)
Tudury e Potier. Tratado de Técnica Cirúrgica Veterinária. 2009.
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

ANATOMIA

Pálpebra superior – 2 a 4 fileiras de cílios


Pálpebra inferior – ausência de cílios (vestígios)

Gatos – Ausência de cílios em ambas as pálpebras


MILLER`S ANATOMY OF THE DOG. 2012
Bojrab, Current Techniques In Small Animal Surgery. 2014
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

ENTRÓPIO
Inversão (parcial/total) da margem das pálpebras superior
e/ou inferior

SLATTER, 1997
CLASSIFICAÇÃO DO ENTRÓPIO

Entrópio de desenvolvimento

Origem genética ou conformacional


Chow-Chow, SharPei, São Bernardo, Cocker
Poodle, Bulldog Inglês, Rottweillers, etc

Entrópio espático

Secundário a outras alterações oculares


↑ do tônus reflexo + espasmo do m. orbicular
CLASSIFICAÇÃO DO ENTRÓPIO

Entrópio Cicatricial

Fibrose ou contração palpebral


Pós-operatório, trauma, processos
crônicos inflamatórios

Entrópio por perda de tônus muscular

Cocker Spaniels idosos


FISIOPATOLOGIA E SINAIS CLÍNICOS

SLATTER, 1997
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DIAGNÓSTICO DO ENTRÓPIO

Sinais clínicos

Blefaroespasmo
Úlcera de córnea
Ceratite
Ipífora
Fotofobia
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

TRATAMENTO DO ENTRÓPIO

Cuidados na correção do entrópio

Tamanho a excisar X retração cicatricial

Cura espontânea em filhotes – Tratamento clínico


Sutura de sustentação palpebral – (2-3 semanas)
Pregueamento Temporário

SLATTER, 1997
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS
TRATAMENTO DO ENTRÓPIO

Procedimentos Excisionais

Casos severos + animais adultos

Ressecção de pele palpebral

Padrão e fio de sutura

ATB + Corticoide + colar elisabetano

Remoção de pontos de sutura (10 a 15 dias)


Técnica Modificada
Técnica em Seta
Hotz-Celsus
(casos de inversão de canto lateral)

Fossum, 2009.
Técnica Do Trépano

Fossum, 2009.
Técnica Y-V – Entrópio Cicatricial

Fossum, 2009.
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS
ENTRÓPIO MEDIAL – PREGAS FACIAIS

Raças braquicefálicos
Pequinês, Pug, Bulldog inglês, Boston terrier

Pele em excesso em região nasal


Entrópio medial - pêlos irritando a córnea

SINAIS CLÍNICOS
Epífora
Úlcera de córnea
CORREÇÃO DE ENTRÓPIO MEDIAL

Fossum, 2009.
Ritidectomia
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

COMPLICAÇÕES DO ENTRÓPIO

Ectrópio
Deiscência de suturas
Contração cicatricial

PROGNÓSTICO DO ENTRÓPIO

Favorável caso não haja complicações


AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

ECTRÓPIO
Eversão da margem palpebral inferior com exposição das
conjuntivas palpebral e bulbar e da córnea

SLATTER, 1997
CLASSIFICAÇÃO DO ECTRÓPIO

Entrópio de desenvolvimento

Origem genética ou conformacional


São Bernardo, Bloodhound, Mastiff,Cocker
Spaniel, Dogue Alemão, etc

Comprometimento do m. retrato lateral


Flacidez palpebral
CLASSIFICAÇÃO DO ECTRÓPIO

Ectrópio Adquirido

Senil
Diminuição do tônus do m. orbicular

Cicatricial
Pós-cirúrgico, traumas, inflamação crônica,
queimaduras

Racial
Basset hound
FISIOPATOLOGIA E SINAIS CLÍNICOS

SLATTER, 1997
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DIAGNÓSTICO DO ECTRÓPIO

Sinais clínicos

Blefaroespasmo
Ceratiteconjuntivite seca
Ipífora
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

TRATAMENTO DO ECTRÓPIO

Cuidados na correção do entrópio

Tamanho a excisar X retração cicatricial

Cura espontânea em filhotes – Tratamento clínico


Sutura de sustentação palpebral – (2-3 semanas)
TRATAMENTO
Ressecção com Trépano

Fossum, 2009.
Ressecção Conjuntival

Fossum, 2009.
Wharton-Jones (Ectrópio) - VY

Slatter, 2007
KUHNT-SZYMANOWSKI MODIFICADA
(Ectrópio atônico)

Slatter, 2007
COMPLICAÇÕES DO ECTRÓPIO

Deiscência de suturas
Contração cicatricial

PROGNÓSTICO DO ENTRÓPIO

Favorável caso não haja complicações


AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

LACERAÇÕES PALPEBRAIS

@ Associada à ferimentos por mordedura e


atropelamento

@ Deve ser corrigida rapidamente para manter a


proteção da córnea
Reaproximação Direta de Laceração Palpebral

Fossum, 2009
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

MASSAS PALPEBRAIS

@ Inflamatórias ou neoplásicas

@ Cães → benignas. Ex.: adenomas


Gatos → raro, porém maligna. Ex. CCE
Ressecção de Massa Palpebral

Fossum, 2009
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DISTIQUÍASE
Os cílios emergem nos ductos das glândulas de meibômio

Slatter, 2011
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DISTIQUÍASE

Múltiplos + Finos + Hipopigmentados

Cães jovens de todas a raças


Bilateral

Provavelmente hereditário
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DISTIQUÍASE – SINAIS CLÍNICOS

Epífora

Ulceração corneal

Ceratite – casos crônicos


AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DISTIQUÍASE – DIAGNÓSTICO

Sinais Clínicos

Teste de Fluoresceína
Úlcera de córnea
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DISTIQUÍASE – TRATAMENTO

Epilação manual com pinça


Tratamento temporário

Crioepilação/Eletroepilação/Ressecção Cirúrgica
Tratamento definitivo – destruição folículos pilosos
CRIOEPILAÇÃO

Fonte: GELATT; GELATT, 2011.


RESSECÇÃO CIRÚRGICA

Fonte: GELATT; GELATT, 2011.


AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

DISTIQUÍASE – COMPLICAÇÕES E PROGNÓSTICO

Raras

Bom, se o tratamento for definitivo


AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

TRIQUÍASE
Cílios que crescem em direção anômala

Slatter, 2011
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

TRIQUÍASE – SINAIS CLÍNICOS

Epífora

Blefarospasmo

Hiperemia conjuntival crônica

Secreção mucopurulenta
AFECÇÕES DAS PÁLPEBRAS

TRIQUÍASE – DIAGNÓSTICO

Similar da distiquíase

TRIQUÍASE – TRATAMENTO

Crioepilação
AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

ANATOMIA

1 - Conjuntiva palpebral

2 – Fórnix

3,4 - Superfícies interna e


externa da 3ª pálpebra

5 - Conjuntiva bulbar
Slatter, 2011
AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

RESOLUÇÃO DE FERIDAS

Feridas simples – cicatrização rápida (24 e 48 horas)


Deslizamento epitelial

Fase inflamatória rápida + Mínimo tecido de


granulação
AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

RESPOSTA ÀS AFECÇÕES

Aguda
Quemose/ Hiperemia/ Exudação

Crônica
Pigmentação/ Formação folicular/KCS
AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

SINAIS CLÍNICOS

Secreção mucopurulenta
Associado a processos infecciosos ou KCS

Epífora + eritema

Blefaroespasmo
AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

SINAIS CLÍNICOS

Edema de conjuntiva

Hiperemia conjuntival + dor

Prurido
AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

DIAGNÓSTICO + TRATAMENTO

Anamnese e sinais clínicos

Tratamento com objetivo da remoção causa primária


AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

NEOPLASIAS

Melanomas, CCE, Hemangiomas/hemangiossarcomas

Papilomas, Linfossarcomas, Histiocitomas


AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

NEOPLASIAS – DIAGNÓSTICO + TRATAMENTO

Citopatologia/Histopatologia (biopsia incisional)

Excisão cirúrgica

Terapia oncológica de suporte - malignicidade


AFECÇÕES DA CONJUNTIVA

NEOPLASIAS – COMPLICAÇÕES + PROGNÓSTICO

Raras, eventuais hemorragias

Benigno X Maligno
AFECÇÕES DA GLÂNDULA LACRIMAL
ANATOMIA

SLATTER, 1997
AFECÇÕES DA GLÂNDULA LACRIMAL

DACRIOCISTITE
Inflamação do saco lacrimal e ducto nasolacrimal

SINAIS CLÍNICOS

Secreção mucopurulenta, epífora


Conjuntivite unilateral, Alopecia em canto medial

DIAGNÓSTICO

Sinais clínicos
Mancha lacrimal - Dacriocistocromatorréia
AFECÇÕES DA GLÂNDULA LACRIMAL

DACRIOCISTITE

TRATAMENTO

Cateterização
2 a 3 semanas
Tendência a recidivar

Lavagem diária com sol. salina (0,9%) - desobstrução


Colírio antibiótico tópico
AFECÇÕES DA GLÂNDULA LACRIMAL

DACRIOCISTITE

COMPLICAÇÕES E PROGNÓSTICO

Recidiva

Reservado - Recidivas
AFECÇÕES DA TERCEIRA PÁLPEBRA

ANATOMIA

SLATTER, 1997
AFECÇÕES DA TERCEIRA PÁLPEBRA

PROTRUSÃO DA GLÂNDULA DA TERCEIRA PÁLPEBRA


OU
PROLAPSO DA GLÃNDULA DA TERCEIRA PÁLPEBRA

Exteriorização da glândula presente na terceira pálpebra


“Cherry eye”
AFECÇÕES DA GLÂNDULA LACRIMAL

PROTRUSÃO DA GLÂNDULA DA TERCEIRA


PÁLPEBRA

Defeito no retináculo + ligamento à periórbita

Bilateral
Animais jovens

Cocker, Pequinês, Shih Tzu, Bulldog,


Sharpei, Lhasa Apso, etc
AFECÇÕES DA GLÂNDULA LACRIMAL

PROTRUSÃO DA GLÂNDULA DA TERCEIRA


PÁLPEBRA

SINAIS CLÍNICOS

Epífora

Irritação corneal – úlcera de córnea

KCS
PROTRUSÃO DA GLÂNDULA DA TERCEIRA
PÁLPEBRA

TRATAMENTO

A. Reposicionamento Cirúrgico - Morgan pocket


(Envelope)
Reposicionamento Cirúrgico - Técnica da ancoragem ao
periósteo

Fossum, 2009
AFECÇÕES DE CÓRNEA

TESTE DA FLUORESCEÍNA
Colírio à base de água - Coloração amarelo e fluorescente

Epitélio da córnea integro


Impede que o colírio adentre a camada do estroma
Ausência de coloração

Epitélio da córnea com lesão


Colírio penetra na camada do estroma
Coloração de verde/laranja fluorescente
LÂMPADA DE WOOD – SALA ESCURA

FMVZ- UNESP, BOTUCATU


TESTE DE SCHIRMER

Papel filtro mm
Produção normal após 1 minuto > 15 mm/min

CSS discreta/leve: 11-14 mm/min

CSS moderada: 6 - 10 mm/min

CSS grave: < 5 mm/min


AFECÇÕES DE CÓRNEA

CERATITE ULCERATIVA/ÚLCERA DE CÓRNEA

PRINCIPAIS ETIOLOGIAS

CCS (ceratoconjuntive seca) - deficiência de lágrima

Afecções dos cílios e pálpebras

Infecções e traumas
AFECÇÕES DE CÓRNEA

CERATITE ULCERATIVA/ÚLCERA DE CÓRNEA

CLASSIFICAÇÃO CONFORME LOCALIZAÇÃO/


PROFUNDIDADE

Úlcera Superficial

Coloração fluoresceína bem verde


Acomete epitélio e inicio do estroma
FMVZ- UNESP, BOTUCATU
AFECÇÕES DE CÓRNEA

Úlcera Profunda

Coloração de verde mais escuro


Acomete 2/3 da córnea
Grande parte do estroma
Perda da transparência da córnea
Presença de vascularização + Edema de conjuntiva
FMVZ- UNESP, BOTUCATU
AFECÇÕES DE CÓRNEA

Úlcera Descemetocele

Próximo a membrana de Descemet


Tendência dessa região se exteriorizar

Não se cora com fluoresceína


Probabilidade de romper e perfurar
https://zh-cn.facebook.com/clinicaguilhermesavassi/posts/2538131952951951/
AFECÇÕES DE CÓRNEA

Úlcera colagenolítica

Bomba do endotélio perde essa função


Líquido abundante dentro do estroma

Aspecto de derretimento da região corneal

Abaulamento no centro da córnea


AFECÇÕES DE CÓRNEA

Úlcera colagenolítica

Bactérias com efeito colagenolítico


Pseudomonas, S. beta-hemolítico

Emergência cirúrgica - Risco de perfuração


Inicialmente - tratamento com colírio ATB
10 a 10 minutos, após de hora em hora
FMVZ- UNESP, BOTUCATU
CERATITE ULCERATIVA/ÚLCERA DE CÓRNEA

SINAIS CLÍNICOS GERAIS

Úlcera - lesão propriamente dita da córnea

Blefarospasmos

Fotofobia – principalmente nas úlceras profundas

Hiperemia conjuntival + Prurido + Epífora


Secreção mucopurulenta
TRATAMENTO

CLÍNICO

Tratar a causa base

ATB tópico: Tobramicina, Ciprofloxacino


Cloranfenicol → mínimo a cada 6 horas

Controle da dor
Cicloplégicos (ex. atropina, tropicamida)
Agente anticolagenolítico (ex. EDTA, N-
acetilcisteina, soro equino)
USO DE CORTICOIDE

MUITO CUIDADO

Potencializa em 10x as enzimas colagenolíticas


Evoluindo rapidamente para descemetocele ou
perfuração de córnea

NÃO USAR CORTICOIDE EM CERATITE ULCERATIVA


TRATAMENTO

CIRÚRGICO

Indicação: úlcera estromal profunda, descemetocele e


Úlcera de Melting (colagenolitica)

Retalho ou flap da terceira pálpebra

Enxerto conjuntival
Pediculado
360º
Retalho ou flap da terceira pálpebra

Não é transparente - perde visão por 10-15 dias


Menos vascularização

Não consegue avaliar o procedimento cirúrgico após


2-3 dias - reavaliação clínica após 10-15

Teste da fluoresceína pra ver se foi efetivo


Enxerto conjuntival - Pediculado

Maior vascularização + Remoção do retalho após 21 dias


A região reepitelizada não adere com a conjuntiva
Enxerto conjuntival – 360º

Úlcera Melting - extensas que não consegue só fazer o retalho


Incisão perilimbar + Ponto simples separado ou Wolf
21 dias – remover região com ausência de aderência
GLAUCOMA
Afecção degenerativa e progressiva do n. ótico,
associado ao aumento da pressão intraocular (PIO) que
interfere com a fisiológica normal do olho

↑ PIO associado à deficiência na drenagem do humor


aquoso produzido pelos corpos ciliares na câmera anterior

Produção e drenagem devem ser continuas


para pressão intraocular se manter estável
GLAUCOMA
ETIOLOGIA

Normalmente é associado a fatores genéticos

Neuropatia

Choque cardiogênico e hipovolêmico

Inflamação ocular
Quebra da barreira humor aquoso → uveíte
GLAUCOMA
PREVALÊNCIA

Expressão tardia com animais de 3-4 anos de idade

Bilateral

Cocker spaniel inglês, fox terrie, sharpei,


husky siberianos, chow chow
GLAUCOMA

GLAUCOMA AGUDO

Ligeiro aumento da PIO

Edema corneal leve ou ausente

Midríase responsiva + ↑ dos vasos episclerais

Midríase responsiva + Dor + Blefaroplasmo


FMVZ- UNESP, BOTUCATU
GLAUCOMA
GLAUCOMA CRÔNICO

Aumento acentuado da PIO (> 30 – 50 mmHg)


PIO normal (cão/gato) → 15 a 25 mmHg

Olhos cegos e buftámicos + Córnea opaca

Midríase não responsiva + Congestão intensa dos


vasos episclerais

Dor + Cegueira – degeneração da retina e disco


óptico
GLAUCOMA
DIAGNÓSTICO

Sinais clínicos

Tonometria
GLAUCOMA
TRATAMENTO CLÍNICO

Mióticos
Pilocarpina
Em desuso: pouco irritante para córnea

Bloqueadores beta adrenérgico


Timolol/ Betoxolol - ↓ humor aquoso
Inibição dos receptores pós-sinapticos
Cães não possuem receptores
GLAUCOMA
TRATAMENTO CLÍNICO

Simpaticomiméticos
Epinefrina
Vasoconstrição vasos ciliares e diminuição
produção do humor aquoso

Inibidores anidrase carbônica


Dorzolaminda 2%, brinzolamida
Inibição da anidrase, reduzindo a produção
humor aquoso
GLAUCOMA
TRATAMENTO CLÍNICO

Agente osmóticos – Glaucoma agudo


Manitol 20% - 2g/kg 10 a 15 min
Não fornecer água

Neuroproteção
Melatonina
Vitamina C
GLAUCOMA
TRATAMENTO CIRÚRGICO

Gonioimplantes

Enucleação do globo ocular

Ablação farmacológica
Gentamicina – Tóxico para os corpos ciliares
Pós-operatório: Córtico e não-córtico
AFECÇÕES DO GLOBO OCULAR

Normalmente é associado à traumas,


neoplasias, glaucoma crônico e raça
(braquicefálica)

PROPTOSE DO GLOBO OCULAR

Tratamento clínico – Agudo (sem infecção)


Tratamento cirúrgico (enucleação) – Crônico com dano severo
TÉCNICA CIRÚRGICA
ACESSO TRANSCONJUNTIVAL
TÉCNICA CIRÚRGICA
ACESSO TRANSCONJUNTIVAL
TÉCNICA CIRÚRGICA
ACESSO TRANSPALPEBRAL
TÉCNICA CIRÚRGICA
ACESSO TRANSPALPEBRAL
AFECÇÕES DO GLOBO OCULAR

PÓS-OPERATÓRIO

ATB + controle da Dor


Colar elisabetano

Você também pode gostar