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T E R A P I A P U L PA R E M

DENTES DECÍDUOS Prof. Dr. Arnoldo Filho


I M P O RT Â N C I A D O
DENTE DECÍDUO

Perda do espaço;
Desenvolvimento da oclusão;
Mastigação;
Fonação;
Estética;
C I C L O V I TA L D O S D E N T E S
DECÍDUOS
C I C L O V I TA L

Crescimento pulpar
Maturação pulpar
Regressão pulpar
Camada de esmalte e dentina mais fina e dentina menos
A N AT O M I A D O S mineralizada e mais porosa;
DENTES
Câmara pulpar proporcionalmente mais ampla;
DECÍDUOS
Cornos pulpares mais proeminentes.
EXAME CLÍNICO

• Sintomatologia dolorosa: dor


espontânea, dor provocada;
• Extensão do processo carioso;
• Mobilidade;
• Presença de abscesso e/ou fístula;
RADIOGRAFIA

• Reabsorção da raiz, se o processo se encontra em


rizólise (até 1/3 da raiz);
• Presença de lesão periapical ou fístula: necrose pulpar;
• Grau de desenvolvimento e comprometimento do
germe do permanente.
DIAGNÓSTICO
Polpa

Pulpite
Pulpite Reversível Irreversível Necrose Pulpar
Hiperemia
Dor Provocada Dor espontânea Sem sangramento
Sem dor
Sem sinal radiográfico de Sangramento escuro / Fístula/Abscesso
Sem sinais Rariográficos
lesão periapical intenso Reabsorção
Sem hemostasia

Sem Exposição Com Exposição Sem Exposição Com Exposição Pulpectomia Pulpectomia

Capeamaneto Capeamento Capeamento


Pulpotomia
Pulpar Indireto Pulpar Direto Pulpar Indireto
T E R A P I A P U L PA R C O N S E RVA D O R A
Proteção do complexo dentina-polpa

Capeamento Pulpar Indireto


CLASSIFICAÇÃO
Capeamento Pulpar Direto

Pulpotomia
C A P E A M E N T O P U L PA R
INDIRETO

 Remoção do esmalte sem sustentação


 Remoção da dentina cariada das paredes circundantes com
curetas ou baixa rotação
 Remoção da dentina cariada amolecida da parede pulpar com
cureta
 Limpeza da cavidade
 Forramento com cimento de hidróxido de cálcio
 Selamento da cavidade
CAPEAMENTO INDIRETO
Pequenas exposições acidentais;

Área isenta de dentina cariada;

CAPEAMENTO Ausência de inflamação pulpar;


P U L PA R D I R E T O

Molares de crianças com menos de 4 anos de idade;

Antes do início da reabsorção radicular.


C A P E A M E N T O P U L PA R D I R E T O

Pasta Hidróxido de cálcio + Cimento


hidróxido de cálcio + Cimento
 Anestesia local, isolamento absoluto, remoção tecido
CAPEAMENTO cariado,lavar com soro fisiológico, secar com penso de
P U L PA R D I R E T O algodão estéril e colocar o agente capeador.
PULPOTOMIA: consiste na técnica de remoção da polpa coronária do
elemento dentário aplicando medicamentos na entrada dos canais e
preservação da porção da polpa radicular;
TERAPIA
P U L PA R PULPECTOMIA: consiste na remoção da polpa coronária e também sua
porção radicular através do uso de limas e preenchimento do canal
radicular com material obturador.
PULPOTOMIA

 INDICAÇÃO:
 Dentes decíduos diagnosticado por critérios clínicos e radiográficos;
 Sem presença de fístula ou abscesso;
 Sem lesão de furca;

 Observar ao realizar a técnica a consistência, resistência ao corte e


coloração da polpa;
PULPOTOMIA

Isolamento
Anestesia; Abertura coronária; Remoção do teto
absoluto;

Hemostasia com
Remoção da polpa Aplicação da
pelota de algodão Observação dos
coronária com medicação a ser
estéril e soro canais radiculares;
curetas; escolhida;
fisiológico

Forramento; Restauração.
M AT E R I A I S U S A D O S N A
PULPOTOMIA

• Formocresol;
• Hidróxido de Cálcio;
• Sulfato Férrico;
• MTA.
FORMOCRESOL

• Precipita proteínas;
• Fixa a polpa subjacente;
• Ação bactericida;
• Antisséptico.
FORMOCRESOL

• Composição: 19% formaldeído, 35% cresol, 15%


glicerina e agua destilada.
• Diluído a 1/5 (Original bastante irritante): 1 parte do
formocresol original, 3 partes de glicerina e 1 parte de
água destilada.
FORMOCRESOL
TÉCNICA

 Técnica por 5 minutos: procede-se a


colocação do penso de algodão por 5
minutos, ao observar hemostasia e
fixação do tecido, realiza-se o
selamento e a restauração na mesma
sessão;
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

Biocompatível: promove o reparo tecidual localizado;


Provoca necrose da coagulação superficial
Não é difundido sistemicamente
O insucesso relatado pela literatura é por erros
metodológicos e de diagnóstico.
S U L FAT O F É R R I C O

 Agente hemostático
 Fixação superficial do tecido pulpar, sem atingir as
camadas mais profundas
 Baixa toxicidade

Duas revisões sistemáticas confirmaram não haver diferença para o sulfato


férrico e o formocresol por sua baixa toxicidade
Peng L et al 2007

Ng, Messer 2008


MINERAL TRIOXIDE
A G G R E G AT E ( M TA
M TA

 Biocompatibilidade
 Atividade antimicrobiana
 Baixa toxicidade

Estudos tem apontado os efeitos do MTA na inducão da proliferação e


sobrevivência celular. Isso ocorre por regular a expressão de genes
importantes para a diferenciação das celulas pulpares em celulas
odontoblásticas.
Paranjpe, Zhang e johnson 2010
PULPECTOMIA

Indicação:

• Tratamento de primeira escolha para dentes necrosados;


• Rizólise até 1/3 de raiz;
• Sem comprometimento do germe permanente;
• Dente sem mobilidade;
• Estado geral do paciente.
PULPECTOMIA

 Procede-se os primeiros passos da pulpotomia;


• Irrigação e aspiração;
• Odontometria pela radiografia;
• Instrumentação dos condutos de acordo com o caso, usando limas
K – 3 limas;
• Irrigação e aspiração;
• Secagem com cones absorventes estéreis;
• Obturação dos condutos dependendo da pasta a ser utilizada.
PA S TA S O B T U R A D O R A S

Devem seguir os fatores ideais para um bom material


obturador, principalmente serem reabsorvíveis.
PULPECTOMIA

• À base de hidróxido de cálcio: Callen,


• À base de hidróxido de cálcio e iodofórmio: Vitapex;
• À base de iodofórmio: Pasta de Guedes-Pinto;
• Pasta de Holland: cloranfenicol, hidróxido de cálcio e
zoe.
T E R A P I A P U L PA R
COM CTZ
CTZ

Indicação: dentes necrosados ou com fístula;

Vantagens: técnica simples e de baixo custo, não é


necessário instrumentação dos canais, em crianças
não colaboradoras.

Desvantagens: manchamento da coroa;

Contra-indicação: uso em dentes anteriores pelo


possível escurecimento da coroa.
CTZ

Composição:
Cloranfenicol 250mg ou 500mg;
Tetraciclina 250 ou 500mg;
Óxido de Zinco e Eugenol 500 ou 1000mg;
Anestesia;
Remoção dos restos necróticos da polpa coronária com cureta;
Isolamento relativo;

TÉCNICA Irrigação com hipoclorito de sódio a 1%;


Manipulação da pasta CTZ;
Introdução da pasta na câmara coronária;
Base de ZOE + Restauração.
CONCLUSÃO
REFERENCIAS

Bonecker, M.;Guedes-Pinto, A.C.; Rodrigues, C.R. Odontopediatria. São Paulo, Ed. Santos. 2010.
Guedes-Pinto, A.C. Odontopediatria. São Paulo, Ed. Santos. 2006.
Assed, A. Bases Científicas para a Prática Clínica. São Paulo, Ed. Artes Médicas, 2005.
Ng fk, Messer LB. Mineral trióxide aggregate as a pulpotomy medicament: an evidence-based assessment.
Eur Arch Paediatr Dent. 2008 jun;9(2);58-73.
Peng lL, Ye L, Guo X, Tan H, Zhou X, Wang C, et al. Evaluantion of formocresol versus ferric sulphate
primary molar pulpotomy: a systematic review and metanaysis. Int Endod J 2007 Oct; 40 (10) : 751-7.

Paranjpe A, Zhang H, Johnson JD. Effects of mineral trioxide aggregate on human dental pulp clls after
pulp-capping procedures. J Endod Jun;36(6):1042-7 2010.
Toledo OA, Massara, MLA. Terapia pulpar em dentes decíduos. In: Odontopediatria: Fundamentos para
a prática clínica. Rio de Janeiro, MedBook, 2012. Cap 12: 237-270.
OBRIGADO

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Instagram: @arnoldofilho

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