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Pulpotomia em dentes decíduos.

SELEÇÃO DO TRATAMENTO

Diagnóstico da condição pulpar:

ANAMNESE: histórico, queixa, comportamento, alergias etc

EXAME CLÍNICO: extra e intra bucal, ver sintomas se é lesão reversível ou irreversível, se há
presença de fístulas, edemas etc.

EXAME RADIOGRÁFICO: lesão de furca, reabsorção etc.

Todas as lesões que afetam a integridade da polpa

A cárie é a principal razão da terapia pulpar infantil, mesmo havendo uma diminuição, ainda é
bem alta. POLARIZAÇÃO

A pulpotomia está cada vez menos em uso, pq o nosso tratamento agora é conservador. A
remoção de dentina cariada é seletiva.

Mas lembrando, eu nunca faço pulpo em dor espontânea, é só em lesão reversível.

Hoje nosso modelo de promoção de saúde é para evitar q chegue a situações extremas q pode
ocorrer pulpo, e pior uma pulpecto.

Capeamento indireto hoje é chamado de remoção seletivo e selamento de cavidade.

A Pulpotomia é a remoção da polpa coronária inflamada e manutenção da polpa radicular


sadia. Na pulpo em decíduos, não há formação de ponte de dentina, o objetivo é so manter ate
a esfoliação.

Capeamento direto é quando eu tenho uma exposição MINIMA, sem meio de contaminação e
criança nova.

Na pulpo não posso ter dor espontânea, pq eh sintoma de lesão irreversível, ou seja não tem
sentido fazer nessa situação.

OU seja a pulpo sera feita em caso de exposição seja por carie, mecânica ou trauma em dente
reversível.

Dependendo do tipo de comprometimento sistêmico, uma criança q tem já teve, as vezes é


melhor ser um pouco mais “agressivo” e fazer um pulpecto do que uma polpo, pois pode ser
um fator de foco de infecção, pra aquela criança q já tem uma complicação sistêmica.
Tudo que me da indícios que a polpa radicular tb esta comprometida, não é indicação para
fazer uma pulpotomia.

Além das indicações é preciso estar atento a alguns requisitos parar fazer a pulpo ou pulpecto,
como:

Criança ser colaboradora, ou com potencial de colaboração.

Possibilidade de restauração: não adianta fazer pulpo, se não tenho coroa para restaurar
depois.

Possibilidade de isolamento absoluto: em hipótese alguma deve ser feito sem isolamento, pq
eh risco da criança engolir etc.

A capacidade de resposta pulpar dependera de 4 fatores:

Estado geral do paciente : crianças c comprometimento sistêmico maior, as vezes é melhor ate
uma exo.

Grau de injuria: leve, moderada, ou severa.

Grau de inflamação: reversível ou irreversível

Preciso antes tb avaliar a a anmnese, exames radiográficos e exame direto do tc pulpar, que é
oq eu vejo quando vejo.

Se eu faço uma pulpo, porem o sangue não estanca, sangue escuro, sangrando demais, então
é sinal para seguir parar uma pulpecto, pq ali tem mais inflamação do que o previsto.

Se eu anestesio e a criança n para de sentir dor é pulpecto e dou intrapulpar.

INDICAÇÕES PARA PULPOTOMIA:

1- Exposição pulpar durante a remoção do tecido


2- cariado ou trauma;
3- Dor provocada;
4- Estrutura dental remanescente que permita o isolamento absoluto/restauração;
5- Após a abertura da câmara: sangramento vermelho vivo, tecido firme ao ser amputado
e capacidade de hemostasia espontânea.
CONTRAINDICAÇÕES PARA PULPOTOMIA:

1- Paciente com risco de endocardite infecciosa;


2- transplantados; imunocomprometidos;
3- Dor espontânea;
4- Edema; supuração; necrose;
5- Sangramento persistente;
6- Espessamento do ligamento periodontal;
7- Reabsorção radicular patológica ou fisiológica comprometendo mais de 1/3; lesão
perirradicular.

Tecnica da pulpotomia:

Hidróxido de cálcio não usa para decíduo, mas em adulto sim. Nos decíduos, estudos mostram
reabsorção óssea.

Existe medicamentos q fazem uma desvitalização ou preservação:

Aqui usamos o formocresol:

1- Organização do material
2- Anestesia
3- Isolamento
4- Acesso a câmara pulpar ate a visualização dos canais.
5- Remoção da polpa coronária c colher de dentina
6- Irrigação com soro e aspiração
7- Hemostasia com bolinha de algodão estéril e soro.
8- Pego a bolinha de algodão embebida de formocresol, retiro o excesso de formocresol
e acomodo para ficar em contato com a camada superficial da câmara pulpar por 5
minutos.
9- Retirar a bolinha de algodão e observo uma camada de sangue mais escura, pq esta
desvitalizando aquele pedacinho supercial.
10- Preencho a câmara com OZE, pois ele possui ação analgésica e antibacteriana.
11- * NÃO POSSO BOTAR RESINA NEM CIV MODIFICADO POR RESINA, PQ OZE NÃO ADERE
C RESINA, então boto civ convencional, como provisório, e ai na próxima consulta,
rebaixa um pouquinho e bota a resina e esculpe direitinho .
12- Restauração final com resina composta ou coroa de aço;
13- Acabamento e polimento;
14- Acompanhamento clínico e radiográfico: imediato e em 1, 3 e 6 meses, e
semestralmente até a esfoliação do dente tratado e erupção do sucessor permanente.

Se eu estou fazendo a pulpo e não há hemostasia é pq não eh pulpo.

BOTAR E SABER SMPRE O TEMPO DA TECNICA


Pulpectomia em dentes decíduos:

Na pediatria eu falo Pulpectomia. Remoção total do tc pulpar.

Pulpectomia = tratamento endodôntico no adulto

Vou fazer quando :

1-Dor espontânea

2-Tenho q ter estrutura dental para fazer isolamento e restauração

3-Fistula

4-Alteração de cor na coroa ( geralmente necrose por trauma, mas não é um fator isolado que
indique endo, tem que avaliar um todo).

5-Alterações interradiculares e perirradiculares.

6-o dente pode ter ATE 1/3 DE REABSORÇÃO SÓ

Se eu tenho grande reabsorção óssea eu não tenho estrutura para gerar um reparo, eh um
processo complexo celular q exige tecido.

Quando não for possível fazer pulepecto, faço exo, em casos como:

1- Perfuração do assoalho pulpar.


2- Reabsorção óssea envolvendo a cripta do permanente.
3- Reabsorção radicular acima de 1/3
4- Paciente com comprometimento sistêmico.

Tecnica Pulpectomia:
Eu preciso usar um material que vai reabsorver junto com o dente decíduo.

A primeira que usava era a pasta OZE diluída, para ficar mais fácil de entrar no canal, que a raiz
é mais fininha de um permanente .

Agora se usa a pasta guedes.

Aqui não faz técnicas não instrumentais

CTZ
Sequencia clínica:

1- Anestesia e isolamento absoluto, mesmo q esteja necro, sempre anestesio pq pode ter
alguma raiz vital, e eh mais cofortavel ne, e tb os tecidos moles.
2- Acesso à câmara pulpar. – Remover todo o tecido cariado com broca carbide em baixa
rotação e/ou escavadores de dentina de tamanho compatível com a cavidade.
3- Posteriormente, promover a forma de conveniência com uma endo z.
4- Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%, pq ele é antimicrobiano e dissolve . Tem que
ser essa porcentagem pq aumenta o potencial antimicrobiano.
5- Instrumentação, aqui fazemos a manual, lima endobaby.
6- Limas tipo keer, 3 limas, geralmente posterior de 10 a 15 e anterior 40. (Se for um
canal mto atresico eu uso mais 2 limas

Em endo de decíduos não usa gates e largo.


Não faz radiografia de patencia pq precisamos diminuir ao máximo as radiografias na
criança, pelo comportamento

Para saber o meu comprimento de trabalho, meço a radiográfica inicial e trabalho com a
lima 1mm aquém do ápice.

7- Hipoclorito de sódio entre as limas


8- Ai eu faço uma medicação entre consultas aqui * mas também se for um canal com
fistula, secreção purulenta, abcesso eu boto medicação e termino na próxima consulta*
, se for um canal bio: uso hidróxido de calcio, se for necro uso o PMCC. (aplico a
medicação com a lentulo, sempre girando para a direita para inserir o medicamento
corretamente no canal). * se eu boto a medicação e não tem regressão da fistula
abcesso etc eu refaço a medicação, se não regredir eu extraio.*
9- Depois na próxima consulta, ou nao, remove smear layer com acido cítrico 6%- 10ml,
(pq ele é menos toxico (EDTA no adulto).
10- Hipoclorito de sódio
11- Depois joga soro fisiológico * sempre irrigando e aspirando em soro, acido cítrico 6% ou
hipoclorito de sódio.*
12- Seca com cone de papel
13- Faço a obturação com a pasta GUEDES-PINTO
*A pasta Guedes-Pinto é composta por iodofórmio, paramonoclorofenol canforado e
rifocort. Iodofórmio: antisséptico e antimicrobiano e da opacidade à radiografia
Paramonoclorofenol canforado: antimicrobiano, possui ação bacteriostática e
bactericida e alta citotoxicidade.
Rifocort (rifamicina): anti-inflamatório, com associação corticosteróide-antibiótica*

Modo de aplicação: mistura-se 1 medida de iodofórmio, 2 gotas de paramonoclorofenol


canforado e 1 cm de riforcort. E aplica sobre o tecido pulpar remanescente

14- Aplicação da gutapersha em bastão na entrada no canal, aquecida. (Usa esse bastão
para fazer uma tampinha entre o material dentro do canal e a restauração q será feita.)
Aquece ela, fica igual um chiclete e bota ele ali. Pode usar esse condensador de
amalgama, essa guta percha so vai ficar ali na entrada. Ter cuidado com fogo, não
mostrar nem falar pra criança. Tira com uma espátula e acomoda com outra embebida
em álcool, para não grudar.
15- Restauração com resina, ou coroa de aço. (posso botar civ sobre a guta persha).

Iodoform altera opacidade na radiografia.

Acompanhamento: Vejo a radiografia dai uns meses

Em decíduos quase nunca faz retratamento de canal.

Desempenho da terapia pulpar: correto diagnostico da condição pulpar, usar técnica correta e
a integridade da coroa.

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