Você está na página 1de 16

Protocolos clínicos de uma

cirurgiã dentista
Por iara
Anestesiologia

Inervação maxila
Nervo alveolar posterior superior: inerva o 3º, 2º e 1º molar (exceto a
raiz mesio-vestibular do 1º). Ponto referência da anestesia: prega
mucovestibular do 2º molar superior, agulha em 45º.

Nervo alveolar superior médio: inerva o 1º e 2º pré molar e a raiz mesio-


vestibular do 1º molar. Ponto de referência da anestesia: prega
mucovestibular do 2º pré molar superior.

Nervo alveolar superior anterior: inerva canino, inciso lateral e central,


pré molares, lábio superior, pálpebra superior. Ponto de referência da
agulha: prega mucovestibular do 1º pré molar superior, tendo como alvo
o forame infraorbital.
Nervo nasopalatino: inerva a gengiva palatina de canino a canino.
Ponto de referência da anestesia será a mucosa lateral e papila
incisiva, como alvo o forame incisivo.

Inervação mandíbula
Nervo alveolar inferior: inerva toda arcada. Ponto de referência da
anestesia será a rafe pterigomandibular e a borda anterior da
mandíbula, a carpule deve estar posicionada entre o 1º e 2º pré
molar do lado oposto, dedo apoiado na borda anterior da
mandíbula

Os demais nervos inervam os tecidos moles de suas respectivas


áreas, infiltrativa resolve. Em caso de cirurgia preferência pelo
NAI.

Anestésicos
Gestantes: Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000

Crianças: lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000

Cardiopata: mepvacaina 3% sem vaso, lidocaína 2% com


epinefrina 1:200.000, prilocaina 3% com felipressina

Hipertensos: Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, prilocaina


3% com Felipressina

Diabético: NÃO SE USA EPINEFRINA, PODE CAUSAR


HIPERGLICEMIA DEPENDENDO DO QUADRO DO PACIENTE, o
seguro é prilocaina 2% com Felipressina 1:100.000 e lidocaína 2%
com norepinefrina 1:100.000.

Doença renal crônica: prilocaina 3% com Felipressina ou lidocaína


2% com epinefrina 1:200.000

CONTRA INDICAÇÃO

MEPVACAINA COM EPINEFRINA: paciente que faz uso de


medicamentos inibidores da monoaminooxidase (IMAO),
antidepressivos tricíclicos e fenotiazinas. Pacientes com disfunção
renal e hepática grave.

LIDOCAÍNA COM EPINEFRINA: A epinefrina é contraindicada em


pacientes com hipertiroidismo ou doença cardíaca grave,
particularmente quando a taquicardia está presente.
Dentistica restauradora

Anatomia dental

QUAIS SÃO OS 3 TIPOS DE DENTINA?


Primária: formada durante a formação dos dentes, antes do irrompimento
dental

Secundária: formada durante toda a vida, por estímulos fisiológicos de


baixa
Intensidade, túbulos regulares, túbulos mais estreitos e tortuosos

Terciária: formada quando ocorrem irritações pulpares patológicas


túbulos escassos, tortuosos ou ausentes

Resina composta
Classificada em alguns tipos no mercado, segue abaixo
Macropartículas
Possuíam carga de 08 a 12 micrômeros, devido a grande dimensão dessas partículas, essas resinas
apresentavam grande rugosidade superficial e dificuldade na obtenção do polimento

Micropartículas
Aprimoramento das resinas de macropartículas, com uma quantidade limitada de carga. O diâmetro
dessas partículas variam de 0,01 a 0,04 micrômetros. A vantagem dessas resinas é o alto grau de
polimento, porém devido a grande quantidade de matriz inorgânica possuem baixa resistência mecânica e
alto grau de adsorção de pigmentos que pode resultar em manchamentos.

Híbridas
Os tamanhos médios das partículas variam de 0,6 a 1,0 micrômetros. Possuem maior resistência
mecânica a estresse oclusal, porém com menor grau de polimento e duração deste.

Microhíbridas
Ocorreu uma redução do tamanho das partículas maiores das híbridas em torno de 0,4 micrômetros.
Possuem boas propriedades mecânicas, sendo indicadas em restauração de dentes anteriores e
posteriores. Exemplo: Resina Z100 ou Z250

Nanohíbridas
O tamanho das partículas entre 0,04 e 3,0 micrômetros.
Essa configuração pode aumentar a resistência da resina composta, uma vez que aumentou o número de
carga e devido as partículas nano, favorecem o polimento dessas resinas.
Exemplo: resina opallis

Resina Bulk fill: ótima polimerização, permite que vc utilize


incrementos de até 6 mm. Indicada para dentes posteriores
Protocolo selante:
1- Aplicação de broca esférica no sulcos e fissuras com
alterações cromáticas
2- Profilaxia com pedra pomes e água
3- Aplicação de ácido 37% no esmalte por 30s
4- Aplicação do selante com sonda exploradora em todos
sulcos e fissuras
5- Fotopolimerização

Protocolo de proteção do complexo dentino pulpar


Em caso de exposição, se o meio estiver sem contato com a saliva e
isolado faz se o capeamento pulpar direto com hidróxido de cálcio P.A
seguido do cimento de hidróxido de cálcio, ionomero de vidro e
sistema adesivo para finalização com resina.

Hipersensibilidade dentária tratamento


Pode ser de causas multifatoriais, realizar um bom diagnóstico e
investigar as possíveis causas que podem ser:
➢ exposição da dentina
➢ Lesão cervical não cariosa
➢ Preparação cavitária inadequada
➢ Recessão gengival
➢ Trincas
➢ Outros.

TRATAMENTO:
Dentifrício dessensibilizante
Laserterapia
Sistema adesivo e restauração

Endodontia
Diagnóstico pulpar
Alterações de cor da coroa

Será tratamento de canal em casos de: reabsorção interna,


necrose pulpar e calcificação.

Acesso e anatomia dental


Protocolo de tratamento endodôntico
1. Diagnóstico
2. Anestesia
3. Remoção do tecido cariado para acesso com broca 1014
4. Remoção do teto da câmara pulpar com broca 3082 ou
endo Z, verificação com sonda exploradora
5. Localização do conduto com sonda ou lima 8
6. Isolamento
7. Achar o CAD a partir da radiografia
8. CAT= CAD – 2 | exemplo: cad =20, cat = 18
9. Exploração inicial no comprimento de CAT com lima 10 ou
8
10. Irrigação com hipoclorito

PREPARO DO TERÇO CERVICAL


1. PTC= CAT- 5 | exemplo: PTC= 18-5= 13
2. Lima 15, 20, 25 no comprimento de PTC
3. Irrigação a cada lima
4. Gattes 2 no PTC
5. Irrigação

ODONTOMETRIA

PREPARO APICAL
CT= CRD – 1
1. Patencia foraminal a cada lima, a patencia é feita com lima
10 em CRD+1
2. LIMA ANATÔMICA: a primeira lima q se ajusta no canal
3. LIMA MEMÓRIA: após achar a lima anatomia você
acrescenta +3. Exemplo= lima anatomia foi 20, lima memória
será 30
4. Irrigação

PROVA DO CONE
1. Selecionar o cone do diâmetro da última lima memória
2. Por no álcool e secar antes de levar ao canal
3. Provar o cone e verificar se ele chega ao CT. Se chegar
obtura, caso não realizar novamente a limagem com a lima
memória
OBTURAÇÃO

➢ EDTA 1 min
➢ Hipoclorito
➢ Água destilada ou soro fisiológico
➢ Secar com papel absorvente
➢ Manipular cimento, passar cimento no cone e levar ao
conduto
➢ Cortar cone cm calcador
➢ Limpar o conduto com auxílio de água e broca.

Medicação intracanal
POLPA VIVA:
➢ Canal sem instrumentação completa: otosporin
➢ Canal instrumentado: hidróxido de cálcio PA + soro ou
anestésico

POLPA NECROSADA:
➢ Canal sem instrumentação completa: formocresol
➢ Canal instrumentado: hidróxido de cálcio PA + soro ou
anestésico
Cirurgia

Fórceps

Medicação adulta
PRE OPERATÓRIA
Dexametasona 4 a 8 mg 1 hora antes

Antibiótico:
Amoxilina: 500 mg de 8 em 8 horas
Contra indicações: alérgicos a penicilina, doenças gastrintestinais;
mononucleose infecciosa; disfunção renal; na presença de
gravidez e lactação. O medicamento não deve ser utilizado
durante a gravidez e a lactação.

Alérgicos a penicilina: azitromicina 500 mg de 24 em 24 horas ou


clindamicina 300 mg de 8 em 8 horas
Anti-inflamatórios
IBUPROFENO: 600 mg de 12 em 12 horas
Contra indicações: pacientes portadores de doenças
renais e hepáticas

NIMESULIDA: 100 mg de 12 em 12 horas


Contra indicações: Pacientes com úlcera péptica em
fase ativa, ulcerações recorrentes ou com hemorragia
no trato gastrintestinal; Pacientes com distúrbios de
coagulação graves; Pacientes com insuficiência
cardíaca grave; Pacientes com insuficiência renal e/ou
hepática.

POMADA ANTI INFLAMATÓRIA: omcilon orabase,


aplicar antes de dormir sobre a lesão, após refeições.
Contra indicada em caso de herpes, infecções fúngica
ou bacteriana

Analgésicos
DIPIRONA: 500 mg de 6 em 6 horas
Contra indicações: anemia, gravidez,

PARACETAMOL: 500 mg de 6 em 6 horas, contra


indicado em doenças hepaticas
Antiviral
ACICLOVIR VIA ORAL: 1 cp de 200 mg de 4 em 4
horas por 5 dias

ACICLOVIR CREME: deve ser aplicado sobre a lesão


de 4 em 4 horas por 4 dias.

Antifúngico
NISTATINA SUSPENSÃO ORAL: 1 a 6 ml de 4 em
4 horas, deve fazer bochecho e segurar na boca o
máximo que conseguir e após engolir. Após sumir a
lesão utilizar por mais 2 dias para que não tenha
recidiva

Você também pode gostar