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Protocolo farmacológico em

endodontia
CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO CLÍNICA E
UTILIZÃÇÃO ADEQUADA DE FÁRMACOS
Endodontia

! Princípios básicos:

- Limpeza e desinfecção do sistema de


canais radiculares (por meios
mecânicos ou químicos)

- Tecido pulpar em decomposição leva a


livre acesso ao interior do canal
Endodontia

- Preenchimento com material obturador

- Dor pós-instrumentação de maior


importância quando há dor anterior ao
procedimento
Endodontia
- A maioria das infecções endodônticas é mista
e polimicrobiana, com predomínio de
anaeróbios estritos.

- No entanto, tem-se verificado a presença do


Enterococcus faecalis, um facultativo, com
certa freqüência em canaisinfectados,
causando infecções de difícil tratamento

Sensível a beta-lactâmicos e geralmente povoa


genitália feminina
Endodontia
- Utilização de soluções
irritantes hidróxido de
cálcio, fenóis, bactérias e
seus produtos, tecido
necrosado podem permear
região além do ápice

- Permeando tecidos
periapicais
Lesões inflamatórias nos
tecidos que circundam o
ápice dentário
MAIOR DOR!
Flare up
PROTOCOLO CLÍNICO – Baixa
complexidade
- Dentes permanentes com polpa viva ou necrosada sem
comprometimento do sistema de canais radiculares

Pouca dor, raramente pode ser necessário o uso de medicamentos,


caso exista:

Dipirona sódica 500 a 800mg


Paracetamol 500 a 750 mg
Ácido Acetilsalicílico 500 a 650 mg (desuso)
Uma dose antes de cessar o efeito analgésico local e dose de
manutenção com intervalo de 4 em 4 horas, num período máximo
de 24 H.

No caso de solução, 20 gotas de dipirona = 500 mg


PROTOCOLO CLÍNICO – maior
complexidade
- Dentes permanentes, dificuldade de instrumentação do sistema
de canais: problemas anatômicos, curvaturas, presença de
nódulos, calcificações e retratamento endodontico:

- Utilização de analgesia preemptica (analgésico antes do


estímulo nóxico)
Prevenção de hiperalgesia, amplificação da dor e flare-up

Dexametasona ou betametasona 4 mg 30 minutos antes do


antendimento

Caso sejam molares mandibulares (anestesico local com maior


efeito e duração – articaína 4% com epinefrina 1:200.000
PROTOCOLO CLÍNICO – maior
complexidade
- Dentes permanentes, dificuldade de instrumentação do sistema
de canais: problemas anatômicos, curvaturas, presença de
nódulos, calcificações e retratamento endodontico:

- Muitas vezes é impossível prever as lesões pós


instrumentação, e há um problema quando a analgesia
preemptiva não foi realizada

- Nestes casos pode-se optar por:

- Aplicação subcutânea de 0,5 a 1,0 ml (2 a 4mg) de solução


injetável de betametasona na região apical do dente envolvido
com auxílio de seringa de 1mL agulha 13x4,5.
PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
- Indicada quando não se consegue eliminar o agente
etiológico da inflamação através da endodontia.

- Fator etiológico mais comum é o biológico

- Granulomas periapicais

- Pericementite apical aguda

- Cistos periapicais
PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
- Planejamento pré-cirúrgico para deve considerar

- Comportamento emocional do paciente (ansiedade)

- Anestesia local perfeita (articaína + epinefrina)

- Possibilidade de resposta inflamatória intensa (trauma)

- Prevenção de infecção da ferida cirúrgica


PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
- Medidas de assepsia e anti-sepsia rigorosas

- Geralmente não demanda terapia antimicrobiana preventiva,


mas, com exceção dos casos de infecção dos canais radiculares
ou região periapical
Pré-operatório
1 – sedação consciente (ex: diazepam 5 a 10mg)
2 – Dexametasona ou betametasona 4 mg
3 – Amoxicilina 1 a 2 g via oral, dose única, ou azitromicina 500 mg.
Obs: administrá-los 30 min antes da anti-sepsia bucal

Anti-sepsia: clorexidina 0,12% ou 0,2% bochecho por 1 min.


PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
Pós-operatório

Dipirona 500 a 800 mg ou paracetamol 750 mg

Primeira dose após o efeito da anestesia local, repetir


procedimentos em intervalo de 4 em 4 horas (dipirona) e 6 em
6 horas paracetamol.

Período de 24 horas.

Fazer bochecho com 15 mL de clorexidina 0,12% por 1 min a


cada 12 horas no período de 5 a 7 dias.
PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
Quando utilizar os antibióticos?

- Na maioria dos processos infecciosos apicais basta realizar


descontaminação local com drenagem cirúrgica.

- Imunossuprimidos, diabéticos, portadores de doença renal,


doença auto-imune

- Abcessos apicais com: linfadenite, dor severa, trismo


(contratura dolorosa da musculatura da mandíbula), febre,
taquicardia, falta de apetite, mal estar)
PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
Quando utilizar os antibióticos?

- Protocolo:
Quando necessário:

-abscessos apicais (dose de ataque)


Amoxicilina 1g
Alérgicos a penicilâmicos: eritromicina 1g ou azitromicina 500mg

-abscessos apicais mais graves


Amoxicilina 1 g + metronidazol 250 mg
Alérgicos á penicilâmicos: clindamicina 600 mg
PROTOCOLO CLÍNICO – Cirurgias
parendodônticas
Quando utilizar os antibióticos?

- Após o uso da dose de ataque e a drenagem: tratamento de manutenção

Dirpirona 500 mg a 800 mg ou paracetamol 750 mg


Primeira dose antes do final do efeito da anestesia local e depois posologia padrão
até 24 horas.

- Se necessário uso dos antibióticos (recomenda-se inicialmente 3 dias): período


com maior sucesso 5 dias.

- Avaliação da terapia
Doses e antibióticos: amoxicilina 800 mg 8/8 horas ou eritromicina 500 mg 6/6 horas
ou azitromicina 500 mg 24/24 horas.
Maior gravidade: amoxicilina 800 mg + metronidazol 250 mg 8/8 horas
Ou clindamicina 300 mg 8/8 horas.

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