Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FMC – 2024.2
Avaliação primária
TRAUMA – ATENDIMENTO INICIAL:
1. Garantir a segurança da cena – no extra-hospitalar
2. Garantir a minha segurança – no intra-hospitalar → com o uso de EPI’s, inicialmente com
paramentação não estéril (apenas para proteção) e quando for realizar procedimentos, faz a
paramentação estéril.
3. ABCDE do trauma → seguindo metodicamente essa ordem, pois dessa forma, abordamos
primeiro o que mais mata o paciente. No extra-hospitalar, há inversão dessa ordem, onde a
equipe paramédica realiza o X-ABCDE (no extra-hospitalar com paciente exsanguinando,
primeiro eu faço a compressão da ferida, para depois iniciar o ABCDE)
A. Coluna cervical + via aérea
B. Respiração
C. Circulação + controle da hemorragia
D. Disfunção neurológica
E. Exposição + controle do ambiente
TIPOS DE VA:
1. Definitiva → protege a VA (tem que ter um balonete insuflado na traqueia, para evitar
broncoaspiração).
1.1. Intubação orotraqueal → É a técnica mais utilizada. Só pegar o tubo, quando
identificar as cordas vocais. Tenho o tempo de 1 apneia para tentar, e caso não
consiga, volto a oxigenar o paciente. Se tenho experiência posso tentar 2 vezes, se
não tenho, posso tentar 3 vezes. Caso não consiga, estou frente a uma VA difícil. Se
conseguir intubar, para confirmar a localização do tubo, faço ausculta de ambos os
hemitórax e epigástrio e posso abrir mão de capnografia e RX de tórax. Se eu não
Página 1 de 4
Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
Página 2 de 4
Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
2.3. Combitubo: A gente acaba fazendo uma intubação, só que esofágica, e insufla o
balonete distal dentro do esôfago e o proximal na orofaringe. Risco de
broncoaspiração
B – RESPIRAÇÃO:
• Oferecer oxigênio (10-12 L/min)
• Exame do aparelho respiratório (inspeção, palpação, percussão e ausculta)
• Oximetria de pulso
Obs.: Lembrando que todos os diagnósticos descobertos nessa letra, tem que ser resolvido antes de
passar para a letra C.
Página 3 de 4
Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
outro lado, em vítimas de TCE moderado e grave, a hipotensão permissiva não pode ser feita,
porque não queremos impedir a perfusão cerebral.
• Transfusão maciça → paciente que recebeu mais de 10UI de concentrado de hemácias em
24h ou mais de 4UI em pelo menos 1h.
✓ O protocolo se baseia em: 1 concentrado de hemácia, 1 plasma e 1 plaqueta, que deve
ser feito em pacientes classe IV, ou classe III que não teve resposta a ressuscitação
volêmica.
• Ácido tranexâmico → antifibrinolítico. Faz para pacientes que tem sangramento volumoso e
não compressível.
✓ A primeira dose (1g) em 3h e reforço (1g) em 8h. Depois disso não tem benefício,
inclusive aumenta a mortalidade.
• Diurese → Importantíssimo sondar o paciente buscando uma diurese de 0,5ml/kg/h em adultos
e 1ml/kg/h em crianças.
✓ Mas a sondagem está contraindicada em caso de suspeita de lesão de uretra (sangue
no meato uretral, retenção urinária, hematoma perineal/escrotal e fratura de pelve).
Nesses casos, faz-se a uretrocistografia retrógrada ou uretrografia retrógrada, para
afastar lesão de uretra e dessa forma, seguir com a conduta adequada. Se no toque
retal, sentir a próstata flutuante ou com deslocamento cefálico, também se pensa em
lesão de uretra.
CONTROLE DA HEMORRAGIA:
• Comprimir feridas sangrantes
• Em extremidades podemos usar torniquete que pode ficar por 6 horas no paciente.
D – DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA:
• Escala de coma de Glasgow
• Pupilas
• Exame físico de extremidades