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CASO CLINCO 2
Alerta, trauma por mordedura, propotose (prolapsado)* do globo ocular (saida
do globo ocular da orbita), Suspeita de hemorragia. A mordida pode ser multiplas locais.
Nao sabemos se atingiu apenas a cabeca. (3 LUGAR)
CASO CLINICO 3
Trauma por atropelamento, inconsciente, descontinuacao de MPE mostrando a
musculatura proximo da regiao do joelho, grande laceracao da regiao abdominal (nao
possivel visualizar a musculatura abdominal), possivel notar tecidos inviaveis. Fratura
comunicativa* MPD (futuramente possivel amputacao). Por causa de varios focos de
fraturas. SUSPEITA DE HEMORRAGIA. (2 LUGAR)
CASO CLINICO 4
Paciente usa musculo abdominal para respirar, fazendo esforco respiratorio.
Dispneia – falta de oxigenio tecidual causa prejuizo no sistema respiratorio. Importante
fornecer oxigenio para perfundir (espalhar). VERMELHA, PRIORIDADE GERAL (1 LUGAR)
PRIORIDADE – Inconsciente e parada cardiorrespiratória.
- 1° sistema respiratório
- 2° sistema cardíaco
Dica: trauma – deve descartar hemorragia após avaliar se tem ou não a hemorragia, por
isso a prioridade.
INTRODUÇÃO
À triagem deve ser atendimento precoce.
- Emergência: necessita de atenção imediata
- Urgência: situação clínica importante mas que não tem risco de óbito imediato.
Pode descompensar em qualquer momento. Atender o quanto antes (até 1h).
Atendimento sistemático – suporte básico à vida.
Avaliação rápida
- C – Cena (ex.: briga, queda, atropelamento, etc)
- A – Alergias: DAPP (doença alérgica à picada de pulgas), não deve
fornecer medicação que libere histamina (causa vasodilatação). Ex.:
Morfina e Meperidina (ambos opioides). Pois a doença já libera
histamina, se fornecer medicamento que também libera histamina,
potencializa a queda de pressão. Isso ocorre porque a histamina atinge
circulação e vasodilata o sangue, causando queda da PA. Deve fazer
manutenção da pressão.
- P – Passado / Prenhez: geralmente perde filhotes pós trauma e deve
explicar ao tutor que deve priorizar a mãe, por ser difícil salvar os filhotes.
Passado: medicação continua – ex.: diabético, cardiopata, doença renal,
endocronopatia. Porque é importante saber disso? Por causa da
medicação que pode atrapalhar o atendimento emergencial. Diabético
não faz cicatrização adequado e o sangue é mais viscoso. Cardiopata:
inibidor da ECA impede a Angiotestina II seja produzida, não consegue
regular PA. Usualmente uso de TTO com furosemida (diurético, vai perder
o volume com facilidade, manter a pressão fica mais difícil), benazipidica (
forte vasoconstritor periférico – coração, pulmão e cérebro).
- U – última refeição: estômago cheio, pode ter problema de êmese e
aspiração deste conteúdo. Evitar a falsa via.
- M – Medicações em uso.
Nível de consciência
- A – Alerta (responde todos os estímulos ambientais)
- V – Verbal ( verbalmente responsivo)
- D – Dor ( estímulo ao dor, decúbito lateral, não responde ao ambiente):
se prensar o interdigital, pode chorar ou morder ou fugir.
- N – ND. Não responde à nada.
Sistema ABC
A: air way, avaliar vias aéreas (inspecionar – abrir a cavidade oral e ver se
tem obstáculos no orofaringe; livre de passagem de ar; síndrome do
braquicefálico).
B: breathing, respiração
C: circulation, sistema cardiovascular
D: Disability, funcional ou não funcional vital
CASO CLÍNICO
1. Cão, perda de peso progressiva, disfagia, dispneia, odor forte na cavidade
oral (devido ao pus). Tinha um tumor na basal da língua que quando
fechava a boca, o tumor atrapalhava a respiração, causando dispneia.
2. Cão, tumor ao redor da traqueia, como comprime a traqueia, causa
dispneia. Fazer endoscopia traqueia, mas se for difícil, fazer cirurgia de
endoscopia (“buraco" na traqueia externamente).
3. Cão, melanoma oral, produzia muita secreção sanguínea, deve fazer
limpeza da CO antes de fazer endocospia traqueal.
4. Gato, Secreção em vias aéreas, vinda da cavidade nasal, fistula oronasal
causava espirro, produção de secreção nasal.
5. Cão, trauma por atropelamento, lesão na região da cabeça. ABC suspeita
de trauma de cranioencefálico. Urgente! OE perdido, respiração com
boca aberta (geralmente tem quadro dispneico). Mas neste paciente
tinha amplitude e FR normal. Sofreu trauma na mandíbula (não consegue
fechar a boca). Nota-se midríase (suspeita de pressão intracraniana), mas
foi tratado com Tramadol anteriormente (ele causa midríase). TTO:
limpeza das vias aéreas (temporária), pinça e gaze. Cricofaringostomia:
permite respirar através do tubo inserido ao corte no anel traqueal em
até 30 segundos. Traqueostomia (permanente).
CHOQUE
- Produção energética celular insuficiente, oferta de O2 menor que necessário,
menor capacidade energética.
- Múltiplas causas.
- DO2 = CaO2 X DC ; para manter sistema basal, precisa de energia (ATP), para
produzir ATP, precisa de substratos que vem do sangue em forma de O2 e
glicose.
- para que o O2 chegue no sistema: tecidos sanguíneos (hemoglobina,
eritrócitos) carregam O2, coração (bombear o sangue) e pulmão (captar O2) e
colocar no sangue.
- perfusão ( expansão de volume- quantidade de sangue em período de tempo,
volume/tempo/tecido). Necessita de sistema cardiovascular e sistema
respiratório adequado.
- SC: alteração de consciência, quadro hemorrágica, hipóxia, cianose, DOC
respiratório etc.
Quanto mais distante das células sanguíneas dos tecidos afetados ou em necessidade,
mais intenso será para dar tempo de chegar logo.
Classificação do choque
Sólido {
mantêm ou aumenta HT.
PP 4,9 (6 a 8) ↓capacidade oncótica (Não consegue reter liquido como
antes). Se apenas hidratar, o HT vai cair.
a) Em cena podemos assumir trauma apesar do tutor não ter indicado esse histórico.
Incorreta, pois depende do ambiente onde vive, se 100% domiciliar, pode descartar
trauma, mas se semi-domiciliar pode ter ocorrido trauma por conta da fuga.
b) Em alergias assumimos negativo, já que o paciente não apresenta lesões. Incorreta, ter
alergia é crônica mesmo que não apresente lesão, lembrando que DAPP ocorre com a
presença de pulga.
c) Em medicações em uso não é importante incluir o tratamento de ectoparasitos, então
considera-se negativo. Incorreto, pois existe TTO de ectoparasitos que pode intoxicar,
dependendo da raça e sensibilidade
d) Em última refeição pode-se estimar superior a 12 horas, já que o paciente recusou
alimento segundo o tutor. Correta
a) Inicia-se a avaliação pelas vias aéreas, procurando por obstruções das vias. É possível
utilizar oxigênio caso suspeite-se uma obstrução.
b) Como não há hemorragia visível, nem histórico de trauma, assume-se a avaliação de C,
satisfatória, não devendo ser uma preocupação nesse caso clínico. Incorreta, pois, pode
ter hemorragia não visível.
c) Em B (respiração), a taquipneia pode indicar uma compensação da oferta de oxigênio
diminuída.
d) Em D (disability) considera-se a apatia do paciente, ou seja, existe uma diminuição do
status mental do paciente.
a) O uso de vasopressores pode não ser necessário, já que a perda volêmica é a real causa
da hipotensão.
b) Em necessidade de vasopressor sempre se utiliza a dopamina, fármaco que tem o
melhor efeito e capacidade vasopressora. Nem sempre, depende da situação. Por
exemplo, no choque hipovolêmico funciona, mas em caso de sepse, não funciona bem.
c) Quando se faz fluido o paciente não irá melhorar o nível de consciência, já que esta
não é a causa da disfunção do sistema nervoso central. Incorreta, justamente ao contrário,
o fluido melhora a consciência.
d) O uso de solução glicosada a 5% é aconselhada neste caso, já que o paciente precisa
melhorar a chegada de energia ao sistema nervoso central. Incorreta, a solução glicosada
a 5% é muito osmótica, vai desidratar + o tecido. Tem apenas H20 e açúcar, ou seja,
acaba a eletrolisidade do sangue, vai fazer distúrbio ácido-base e vai piorar.
a) Deve-se considerar taxa de 90mL/kg/h (meta alta!) até que se reestabeleça a pressão do
paciente. Após resolução da crise utiliza-se 8% como índice de desidratação para calcular
a reposição.
b) Deve-se considerar bolus de 10 mL/Kg em 20 min, evitando aumentar a pressão acima
de 60 mmHg. Após a resolução da hemorragia deve-se avaliar novamente a hidratação
para calcular o volume necessário ao paciente em 24 horas.
c) Deve-se utilizar bolus de 10 mL/Kg em 6 min de cristaloide associado a 10 mL/Kg em
6 min de solução hipertônica a 7,5%. Incorreta, 1º: 6 minutos é muito rápido ainda mais
com alto volume; 2º: solução hipertônica associada a cristaloide não tem benefício.
d) Após reidratar o paciente deve-se buscar uma diurese aumentada, afim de garantir a
manutenção da hidratação. É recomendado uma produção urinária de 5 a 8 ml/kg/h.
Incorreta, faz o rim trabalhar demais, é pior para o rim. O ideal seria 1 a 2 ml/kg/h.
11. Após estabilização desse quadro clínico o paciente foi para internamento
apresentando 5 % de desidratação, não apresentando outras perdas
Lembrando que o paciente pesa 27 Kg calcule o volume de fluido que o paciente deve
receber em 24 horas:
Volume: 27 x 5/100 = 1,35 L = 1350ml
Manutenção: 70 x (27)0,75 = 829ml
Volume total (VT)= 1350ml + 829ml = 2179ml para 24h (90,79ml/h)
Ou 1350ml / 4h = 337,5 ml/h e 1012,5 ml / 20h = 50,6 ml/h
Módulo 2
PRESSÃO ARTERIAL
Para contratilidade
Adrenalina 0,05 a 1mcg/kg/min +recomendável
o Para a força de contração, também ↑PA (cuidado!)
Dobutamina 5 a 20 mcg/kg/min
o Ela atua diretamente em receptor beta 1 do coração, droga
inotrópico +.
Hipertensão – Vasocosntrição (>180mmHg - PAS)
QUICK SOFA (SEPSE III) Para tentar identificar a sepse bem rápido.
Nivel de consciência alterado
↓PA
↑FR
Se apresentar dois dos três sinais acima com foco de infecção, considera sepse.
SARA
{
Induz à ↑permeabilidade vascular).
Perda de surfactante alveolar (atelectasias) facilita colabamento.
Exsudato alveolar rico em fibrina.
6. Coagulação
↑Fatores pró coagulação
Ativa CID (coagulação
intra disseminada) { ↓Fatores anticoagulantes
Vai produzir microtrombos, ↓perfusão
+ inflamação
+ lesão tecidual
Pode ocorrer isquemia.
TRATAMENTO
Ressuscitação inicial
o Eliminar causa de base
ATB após identificar a sepse na 1ª hora
TTO cirúrgico: ele ↓ a exposição ao foco de infecção. Ex.:
se levou mordida, fazer debridamento local e limpar bem o
local, eliminando o foco de infecção. No caso da cadela
com piometras, tirar o útero. Se tiver abcesso, eliminar-o.
o Hemodinâmica
Fluido isostônico
Solução hipertônico não responsivo a fluido
Vasopressores
Associações antibióticos
Dica: usar 1º o mais comum inicialmente e reserve os potentes no caso do
primeiro não funcionar. Assim, evita resistência bacteriana ou que demore a
chegar na resistência.
Ampicilina + Enrofloxacina
Ampicilina + Gentamicina
Ampicilina + Amicacina
Cefazolina + Gentamicina
Cefazolina + Amicacina
Clindamicina + Gentamicina
Clindamicina + Amicacina
Meropenem
Imipinem
Manutenção ->
RESOLUÇÃO DE EXERCICIOS
1.
Foi atendido uma cadela, de 16 Kg, Australian Cattle Dog, com 3 anos de idade. O
tutor relata que a paciente está apática e recusou alimentação nas últimas 24 horas.
Ainda relata que a paciente apresentou secreção vaginal a cerca de uma semana,
mas que depois não apresentou mais. É perceptível o aumento do volume do
abdômen. Segue a avaliação física inicial:
Dica: lembra que a PA que é medida, não é real na hora, por ser fator tardio.
Parâmetro Valor
FC 172 bpm
FR 60 mrpm
PAS 60 mmHg
Temp. C. 37,2
Temp. P. 29,0
Lactato 4,8
Glicemia 131
TPC 4
Desidratação 8%
Resultados dos exames coletados
Avaliação Valor Referência
Eritrócitos 2,7 x 106 cels/µL 5,5 a 8,5
Hemoglobina 6,66 g/dL 12 a 18
Hematócrito 20 % 37 a 55
VGM 74 fL 60 a 77
CHGM 33,3 % 31 a 36
Metarrubrócitos 1 (em 100)
Proteína plasmática 7,4 g/dL 6a8
Leucócitos totais 59200 µL 6000 a 17000
Neutrófilos Segmentados 50620 µL 3000 a 11000
Neutrófilos Bastonetes 3700 µL 0 a 300
Metamielócitos 148 µL 0
Linfócitos 1924 µL 1000 a 4800
Monócitos 2364 µL 0 a 1350
Eosinófilos 444 µL 100 a 1250
Basófilos 0 µL Raros
Plaquetas 145000 µL 200000 a 500000
Albumina 1,1 g/dL 2,6 a 3,3
ALT 26 10 a 88
Creatinina 0,6 0,5 a 1,5
Fosfatase Alcalina 141 10 a 92
Ureia 15 15 a 40
Mesmo com a PP (proteína plasmática) normal, como o hematócrito está baixo, indica
que a PP está concentrado. É legal reavaliar após hidratação, como está hematócrito e a
PP. Apresenta leucocitose com desvio à esquerda, mas não é desvio degenerativo.
↓Plaqueta (trombocitopenia) se associado com o sepse, indica a CID (sugestão: fornecer
plasma ao paciente). ↓albumina (hipoalbumina) -> se hidratar o paciente, a albumina
tende sofrer queda.
Sobre o controle da pressão arterial desse paciente, assinale a afirmação correta:
a) A fluidoterapia é sempre suficiente para tratar esse tipo de hipotensão, já que a causa
da pressão diminuída é apenas a diminuição volêmica. Incorreto, nem sempre usar apenas
fluido é suficiente pra supri. Sempre depende da situação, pode ser que esteja com sepse e
precisa associar com vasopressores, não apenas usar fluido. Nesta situação, é provável
que ela tenha piometra.
b) Inicia-se o tratamento da pressão com fluido mas é provável que o paciente precise de
vasopressores também já que quadros infecciosos podem produzir vasodilatação. O ideal
é ter que avaliar se necessita de vasopressores, sempre primeiro o fluido.
c) Consideramos a pressão estabilizada ao atingir 120 mmHg, ou seja, valor normal
fisiológico. Incorreto, a meta é 90mmHG.
d) A correção da hipotensão não terá impacto em avaliações perfusionais como o lactato
e o delta T. Incorreto, pois, corrigir hipotensão terá impacto diretamente, a tendência é
que o lactato diminuía e o delta T normal.
2.
Ainda sobre a pressão arterial, assinale a afirmação incorreta
a) Avaliando-se os critérios de SIRS para cães percebe-se que a paciente apresenta todos
os valores alterados. FC, FR, Leucocitose (leucograma), avaliação da TCº central.
b) Não se pode afirmar que esta paciente se encontra em um quadro de SIRS até que seja
realizado uma avaliação de hemogasometria, apenas assim poderemos afirmar que existe
inflamação sistêmica. Incorreto, pode seguir o critério do SIRS é suficiente para DGO
rápida.
c) O critério de SIRS afeta o tratamento, pois pacientes em quadros de inflamações
sistêmicas necessariamente devem receber anti-inflamatórios. Incorreto, não se usa
corticoide nem AINE, pois piora o rim. Se usa fluido!!!
d) Para retirar o paciente do quadro de SIRS deve-se aquecer o paciente e usar fármacos
betabloqueadores para diminuir a frequência cardíaca. Incorreto, não adianta usar
betabloqueadores porque o organismo está tentando compensar.
4.
Sobre a avaliação física da paciente, assinale a afirmação correta:
a) Os valores obtidos de glicemia não podem ser correlacionados ao quadro, já que
animais em sepse apresentam hipoglicemia. A glicemia não está ao critério do SIRS,
então não deve afirmar que sepse sempre tem hipoglicemia.
b) O delta T associado a avaliação de mucosa permite verificar o aumento da resistência
vascular periférica, indicando que o quadro da hipotensão é mais grave ainda.
c) A avaliação do lactato indica a seriedade do quadro clínico, deve-se objetivar reduzir
esse índice pela metade em duas horas. Incorreto, deve reduzir 20% do lactato em duas
horas, já ajuda.
d) Pela avaliação física é possível determinar que o aumento da frequência cardíaca foi
causado pela dor que o paciente deve estar sentindo, sendo necessário o uso de opioides
para controle da dor. Não pode afirmar, mas é possível. Para isso, é necessário fazer
avaliação da dor (nome da escala da dor?)
5.
Sobre a avaliação dos exames laboratoriais do paciente, assinale a afirmação
correta:
a) Como a paciente apresenta hematócrito baixo não se deve utilizar fluido, pois o
hematócrito acabará sendo reduzido por hemodiluição. Incorreto, deve usar fluido mesmo
que o Ht abaixe, pois só precisar usar máscara de O2 para compensar.
b) Na avaliação da série branca é possível perceber lecocitose e desvio a esquerda. Tem
↑células jovens e ↑células de defesa.
c) A hipoalbuminemia da paciente deve ser considerada, pois essa paciente já tem
aumento da permeabilidade vascular pela inflamação e a diminuição da albumina diminui
a força oncótica.
d) A alteração das enzimas hepáticas comprova a hepatopatia secundária a inflamação
sistêmica nesse caso. Não deve afirmar.
6.
Sobre a classificação de sepse nesse caso clínico, assinale a afirmação INCORRETA.
a) Pela avaliação do consenso 2 verificamos que a paciente apresenta pelo menos dois
sinais de SIRS associado a um foco de infecção, comprovando a sepse.
b) Pelo qSOFA, é possível avaliar que a paciente tem todos os 3 sinais, associados a um
foco de infecção, o que a enquadra novamente como séptica. Hipotensão, apática e ↑FR.
c) Para determinar a sepse deve-se realizar cultura e antibiograma do sangue, fato que
também auxiliará na escolha do antibiótico. Incorreta, não precisa, pois só com o foco de
infecção associado a critério do SIRS é suficiente.
d) Além de sepse é possível que a paciente esteja em choque séptico, que é comprovado
caso não seja possível reestabelecer pressão e diminuir o lactato apenas com
fluidoterapia.
7.
Sobre o tratamento hemodinâmico dessa paciente assinale o vasopressor que não
teria indicação de uso:
a) Deve-se iniciar a terapia com antibiótico assim que houver retorno do antibiograma,
assim realiza-se uma terapia mais específica evitando o agravamento por resistência
bacteriana. Incorreta, aplique o ATB de amplo espectro.
b) O tratamento é iniciado na primeira hora após a identificação da SEPSE, sendo
preconizado um antibiótico de amplo espectro.
c) O princípio ativo escolhido deve ser bacteriostático, assim evita-se que as bactérias
eliminem LPS´s em grande quantidade na corrente sanguínea. Incorreta, bactericida é
mais eficiente, pois mata bactérias.
d) A melhor via de administração é a subcutânea, assim evita-se que possíveis
contaminantes atinjam a corrente sanguínea. Incorreto, raramente se usa SC em
emergência, principalmente em caso de sepse. Deve usar IV por ser via + rápida ao foco
de infecção, e encurta o período de latência (pois já está absorvido, só precisa distribuir).
9.
Sobre a CID, assinale a informação INCORRETA:
a) A paciente apresenta trombocitopenia, o que pode indicar CID, mas apenas por esse
exame não se pode afirmar que a paciente está em um estado hipercoagulativo ou
hipocoagulativo.
b) A paciente pode se beneficiar de transfusão de plaquetas e de plasma, assim seria
possível repor alguns fatores de coagulação que podem ter sido consumidos. Correta, se
falta plaqueta, dê plaqueta, se falta fator de coagulação, dê plasma.
c) O uso de heparina poderia ser indicado caso se comprova um estado de
hipercoagulação, mas além desse fato não ser totalmente aceito, essa terapia aumentaria o
risco cirúrgico.
d) Provavelmente essa paciente deve receber um bolsa de sangue, para repor eritrócitos,
assim já seria realizada a reposição de plaquetas, revertendo a trombocitopenia. Incorreto,
pois a bolsa de sangue (sangue total) tem plaquetas insuficientes, não melhorando a
trombocitopenia, apenas ↑HT, fator de coagulação.
10.
Sobre o mesmo caso clínico, descreva como deve ser realizada a terapia da paciente,
desde a estabilização inicial até a resolução do quadro, ou seja, o tratamento imediato
e o tratamento a longo prazo.
O tratamento imediato para estabilizar o paciente deve fazer ressuscitação, eliminando a
sua causa com o uso de antibiótico de amplo espectro (Ampicilina) após identificar a
sepse (usando o SIRS e QUICK SOFA como referência), metas das 6h (PAM - 65mmHg;
diurese 1ml/kg/h e reduzir lactato em 20% em duas horas).
Em seguida diminuir o foco de infecção (neste caso, devido a secreção vaginal e o
aumento do volume abdominal associado a leucocitose e desvio a esquerda, a suspeita é
piometra, por isso que deve retirar o útero).
Após cirurgia, iniciar fluido isotônico (Glicofisiológico) rápida (de 20 a 30 minutos, 160
ml total, dando 5,3ml/min) usando em infusão contínua e em seguida, fazer manutenção
do volume total de 1840ml (1280 ml + 560ml) no período de 24 horas.
No caso de tratamento de longo prazo, levar em consideração a nutrição enteral, fazer
manutenção da ferida pós cirúrgica, fisioterapia e manejo de TGU. Fazer oxigenação
tecidual com manutenção PAM (65mmHg), manter o carreamento de O2 e suplemento de
O2. E no caso da dor, usar analgesia (Fentanil). E utilizar a manutenção de hemodinâmica
(fluidoterapia, vasopressores - Noradrenalina).
Módulo 3
Avaliação e manejo da dor
Dor: sensações dolorosas, ele provêm da sensorial, receptores da dor, nervos
periféricos, SNC, etc.
o Mistura de emocional com sensorial
Dor sendo processado
o 1ª fase da dor: Transdução -> excitação dos receptores da dor periféricos.
Ocorre vários estímulos -> sinético, temperatura, da pressão, por ácido,
etc. Produz um evento elétrico que vai ser transmitido até a medida
espinhal. Transformação
o 2ª fase da dor: transmissão de receptores da dor periféricos para SNC.
o 3ª fase da dor: modulação
Positiva: demonstra dor
Negativa: não demonstra a dor importante
Ex.: Quando o paciente sofre trauma, ele é inundado de energia adrenérgica
(Catecolaminas - Noradrenalina e Adrenalina), liberando muitas endorfinas (opioide
endógeno), ela diminui a sensação dolorosa. Depois de um certo tempo, corta a liberação
da endorfina, ou seja, reduz a ativação dos receptores opioides, retornando o estimulo
doloroso.
o 4ª fase da dor: percepção, chega até córtex cerebral (onde a dor vai
interpretado como estimulo doloroso) -> dor real!
Cão: tende a vocalizar
Gato: bem sutil.
Exemplo de erro: trocar morfina por fentanil para “diminuir” a dor, mas os dois atuam
da mesma forma, apesar do fentanil ser mais potente, a palavra “potência” só significa
que vai precisar menos fármaco ou menos dose. Os dois são opioides que atuam nos
mesmos receptores.
Se entrou com a morfina e não está dando resultado, deve associar com nova classe
farmacológica. Ex.: se não é emergência, usar AI, se é emergência, usar em
associação com relaxante muscular, associar com anestésico local.
Não usar a mesma classe com a mesma função farmacológica como o mesmo
mecanismo de ação ao tentar de novo. Pois o receptor já está em uso.
Dica: quanto mais intenso a dor, mais classes farmacológicas vai precisar (usar como
referência a escala de analgesia acima).
TTO da dor – Origem
Somática
o Opióide – um agonistas ex.: Lidocaína
o AL – Anestésicos locais (bloqueio de nervos periféricos), ex.: trauma
pélvica -> bloqueio de nervo isquiático associada à nervo femoral. Neste
caso, usar Bupivacaína 1-2mg/kg (analgesia de até 18h).
o AI
o Insconciência
Visceral
o Opióides – kappa agonista Ex.: Butorfanol (excelente para manutenção da
dor).
o Alfa 2 agonistas – Dexmedetomidina, para reverter, só precisa usar
reversor.
o Lidocaína
o AI
Excelente em atuar na dor visceral sem causar EC importante. Se tiver problema, basta
usar os reversores.
Morfina (um-agonista): libera histamina (não usar em IV), e deve fazer em bolus
bem devagar ou em infusão contínua bem diluída. EC: vasodilatação, ↓PA,
produz êmese.
Metadona: ação longa, pode usar via IV. Quase não tem EC.
Fentanil: tem que usar em infusão contínua, ação curta (meia vida curta). No caso
do bolus, leva cerca de 20 minutos para acabar o efeito. Usar via IM.
Butorfanol: ótimo para dor visceral (ex.: abdômen agudo), pouco EC. Pode usar
IV, e ainda dá um leve sedativo.
Remifentanil: tempo de meia vida muito curta (2 minutos), apenas em infusão
contínua. Ele é bom em emergência muito importante ou quando vai pra cirurgia
imediata. É bom esse fármaco, pois se descompensar por causa do fármaco, basta
reduzir a dose. Também serve para plano de anestesia.
AI (usar depois se necessário, nunca de imediato na emergência)
Aplicar apenas em paciente hígido (sem lesão renal, hidratado, PA estável, adultos).
Não usar AI em doentes com doença renal crônica, que esteja desidratada, cuidado ao
usar em gestante e em filhotes de até 2 anos de idade.
Alfa 2 agonistas (↑PA e ↓PA transitória)
Dexmedetomidina: Bolus 1 a 5 mcg/Kg ou Taxa de infusão 0,5 a 2 mcg/Kg/h
o Faz vasoconstrição periférica e ↑fluxo sanguíneo para o cérebro,
melhorando a capacidade de oxigenar o cérebro.
o Bom para manutenção de coma terapêutica e manutenção da PA.
o E faz sedação (↓atividade do SNC).
o Ex.: bom para trauma cranioencefalico, convulsivo.
Xilazina: está em desuso aos poucos nas rotinas, não serve para emergência.
Miorrelaxantes (sedativo)
Midazolam: Bolus inicial 0,1 a 0,5 mg/Kg e Manutenção 0,1 a 0,5 mg/Kg/h
o Bom para convulsão, relaxante muscular. Cuidado ao usar em
pacientes que tem ↑enzimas hepáticas.
o Cuidado ao tratar com Fenobarbital em longo período. Pois, esse
fármaco exige muito metabolização hepática.
Anestésicos locais
Lidocaína: Bolus inicial 1 mg/Kg e Taxa de infusão 1 mg/Kg/h
o Pode usar no máximo 10 horas. Pois, ele acumula (tóxico!) ->
cardiotóxico ou toxicidade do SNC.
o Infusão contínua, mais na dor visceral.
o Bom para doenças inflamatórias (Peritonite, Pancreatite, lesão
TGI, etc...).
Bupivacaína: 1-2mg/kg não usar via IV e não usar em IC
o Utilizar para bloqueios periféricos, ele instala no período de tempo
bem maior que Lidocaína.
o Ele impede a fase de transmissão (2ª fase). Ótimo em fraturas.
Outros fármacos
Arnica: ótimo em dor crônica
Gabapentina: bom para distúrbios comportamental e dor crônica
Amitriptilina: bom para início de TTO em dor crônica
Maroptan: ante emético, em associações fica melhor.
Soluções analgésicos
FLK
Atua em
receptores
NMDA ->
o Fentanil – 1 a 5 mcg/Kg/h
o Lidocaína – 1 mg/Kg/h
o Cetamina – 0,5 a 1 mg/Kg/h
} Estabiliza a membrana do nervo
DexLK
o Dexmedetomedina – 0,5 a 2 mcg/Kg/h
o Lidocaína – 1 mg/Kg/h
o Cetamina – 0,5 a 1 mg/Kg/h
DexRemiLK analgesia visceral
o Associar remifentanil – 5 a 30 mcg/Kg/h
MILK
}
o Morfina
o Lidocaína
o Cetamina Ele é bom quando não precisa repetir ou
aumentar a dose, pois a morfina, se aumentar a
sua dose, causa cardiotóxico.
SEDAÇÃO
Diferença entre anestesia geral e sedação
o Anestesia geral: inconsciência (SNC)↓, analgesia, imobilidade e atenuação
das respostas autonômicas. Ideal é o paciente estar melhor do que o início.
o Sedação: ↓resposta do ambiente, mas se tiver estimulo pode responder,
mas responde de forma reduzida.
Dica: oferecer relaxamento muscular após analgesia é bom quando ele sente dor
importante.
Para caso de paciente que precisa ser entubado e ventilado, tem que usar anestesia geral.
Se apenas sedar, o paciente vai produzir tosse, dificultando a colocação de
tuboendotraqueal.
Para paciente em emergência, quando não tiver exames prontos, evitar fármacos que
cause irregularidades nos órgãos importantes (EC evidente ou relevante). Ex.: usar
fármaco que não desafie os rins e os fígados.
A sedação é bom quando precisa diminuir o stress, ex.: cão cardiopata (ICC) tendo
dificuldade respiratória, com a sedação facilita a melhora respiratória.
Introdução
Indicação: ex.: com dificuldade respiratória (dispneia).
Idade: fator importante para idoso, pois, geralmente tem problema de coração,
problemas endócrinos. Por isso evitar fármaco que cause alteração importante.
Peso calculável x Peso real: ex.: obeso, deve reduzir o fármaco considerando o
peso do animal (gordura não metaboliza o fármaco); ↑volume transitório (ex.:
cadela com piometra) também deve reduzir a dose.
Condição orgânica: doses mínimas da sedação para pacientes debilitadas é
suficiente para sedar.
Tempo de permanência: ajustar a dose proporcional ao tempo de permanência.
Ex.: tempo menor (meia vida curta ou ação curta) com dose menor, tempo maior
com dose maior.
Características individuais: pode ocorrer de alguns pacientes ficarem excitados em
vez de ficar calmo, neste caso, troque por outro fármaco.
Dose: doses baixas são suficientes, se precisar mais, apenas aumente um pouco a
Usar
dose. Jamais comece com dose alta, pois, pode piorar a situação.
sedativo para
melhorar o Emergência
estado do
Sinal respiratório importante
paciente {
Possibilidade de hemorragia: pontos hemorrágicos evidentes
Dor intensa
Reabrir leitos vasculares: após descartar hemorragias, usar sedativos, tendo
ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (retêm sódio, vasoconstrição
periférica -> ↓perfusão tecidual, maioria das vezes tem ↑delta T). Ex.: bom para
cardiopata – ICC (ele ativa sistema RAA) sem TTO.
Efeito positivo e negativo
Idade: quanto +velho +dificuldade de metabolizar fármaco, a mesma coisa nos
jovens (filhotes) -> deve avaliar a glicemia e manter o estado glicêmico durante a
sedação.
Vias de administração: 1º IV (absorção imediata, efeito farmacológico +rápido),
2º IM. A pior: SC (subcutâneo) -> porque geralmente em pacientes de emergência
tem vasoconstrições.
Angústia: na dúvida, sempre use doses baixas.
Espécie: cão se dá bem com os sedativos enquanto que os gatos são mais
resistentes.
Excitação, agitado.
Porte: pequeno porte +excitados, grande porte +calmo.
Fármacos sedativos / anestésicos
Alfa 2 agonistas: Dexmedetomidina
Fenotizaínicos: Promazina (inibidor de liberação da histamina, usar antes da
liberação de histamina, se já foi liberado a histamina use corticoide) – excelente
contra hipertensão; Clorpromazina (mesma ação da Promazina mas com menos
EC).
Benzodiazepínicos: sedativo branda a moderada, age mais como relaxante
muscular; atua na depressão na função do SNC; bom para trauma
cranioencefalico, epiléptico
Dissociativos
Opióides: usar de ação curta para emergência (ex.: Fentanil)
Propofol: EC de depressor respiratório (aplique lentamente, minimizando o EC)
Tiopental: bom para coma terapêutico, e em epiléptico (quando já tentou aplicar
diazepam ou midazolam antes). Mas usar poucas vezes por acumular na gordura.
Inalatório: bom para filhotes e idosos ou para aqueles que tem dificuldade de
metabolizar fármaco.
PROTOCOLOS
Neuroleptoanalgesia -> associações de sedativo com analgesia (o sedativo
potencializa o analgésico e vice-versa).
o Sedativo: depressão do SNC, miorrelaxamento, sonolência
o Analgésico: ↑serotonina (neurotransmissor que dá satisfação) e faz
efeito de analgesia.
Acepromazina 0,02 mg/Kg + Fentanil 3 mcg/Kg (IV)
o Biodisponibilidade imediata (100%)
o Excelente. Depois use propofol para entubar.
o Para cão manso
Midazolam 0,5 mg/Kg + Fentanil 3 mcg/Kg
o Para cão agitado
o Midazolam: benzadipinicos +leve
o Sedação leve
o Fentanil: ↓FC
Lembre-se que pacientes hígidos (saudáveis) “resistem” aos fármacos enquanto que
pacientes que sofreu algum dano (emergência) que teve alteração fisiológica, ou seja, os
fármacos aplicados talvez respondem de forma intensa, por isso que o uso de dose baixa.
Midazolam 0,2 mg/Kg + meperidina 3 mcg/Kg
o Sedação + leve
o Cão
Midazolam 0,2 mg/Kg + Metadona 0,3 mg/Kg
o Tranquilizante (sedação ++ leve)
o Sedativo e analgésico respectivamente
Acepromazina – EC
o Hipotensor (20% da PA original)
o Esplenomegalia: o baço enche de sangue, tirando eritrócito da circulação.
Em sincronia { o Queda de Ht (10 % do Ht original)
o Convulsivos: porque facilita o aumento da convulsão
o Braquicefálicos
Outros fenotiazínicos
o Prometazina: controle do fator histamínico, ideal para alérgico
o Clorpromazina: similar à Prometazina, mas com menos EC
o Levomepromazina: sedativo bem leve, melhor no idoso
Sobre o caso clínico, avalie a dor através da escala de dor de Melbourne que você
pode encontrar nos textos de MATERIAL COMPLEMENTAR do módulo e, além
disso monte um protocolo analgésico e sedativo para o paciente, explicando a
escolha dos fármacos.
Parâmetros fisiológicos alterados: aumento de FC (50%) - 2, taquipneia (considerar como
comparativo da FC já que não possui dado - 50%) - 2, sialorreia - 2, reage quando
manipulado - 2, semi-consciente - 0, desconfiado - 2, decúbito lateral - 0, vocaliza
intermitente - 2. Total: 12 pontos (deve ser tratado a dor por ter passado de 10 pontos).
Usaria o FLK (Fentanil - 0,03μg/kg/min, Lidocaína - 50μg/kg/min e Cetamina -
10μg/kg/min), pois o Fentanil tem ação curta e pode usar em infusão contínua, a
Lidocaína estabiliza a membrana do nervo e a Cetamina atua em receptores NMDA. Usar
sedativo Acepromazina 0,02 mg/kg + analgésico Fentanil 3mcg/kg (IV), pois o paciente
está manso. Se precisar entubar, usar Propofol 1mg/kg a cada 15 a 30 segundos.
Modulo 4
HEMOTERAPIA
Um transfusão sanguínea é um transplante
o Procedência: importante saber de onde veio, se foi feita triagem, sem
infecto-contagiosa.
o Agilidade
o Segurança: proteção para receptor
o Orientação.
Triagem
Do doador (cão): 1 a 8 anos, > 25kg, comportamento dócil e tranquilo.
Gato: mesmo perfil acima, >5kg, necessário sedar por ser mais resistente à
manipulação (+ ou – 10 a 15 minutos na mesa)
Hemograma completo, bioquímica renal e hepática, e sorologia.
Processamento
Centrifugação
o 2 fases
Fase 1: separação (refrigeração, velocidade e tempo) do sangue
total em concentrado de hemácias – CH (bolsa com SAG –
Manitol) e plasma rico em plaquetas – PRP
Fase 2: separação do plasma rico em plaquetas em concentrado de
plaquetas – CP e plasma fresco congelado – PFC.
Possível separar várias bolsas de sangue, cada um com substratos diferentes para fins
específicos.
Conservação
Refrigeracao: 4Cº (sangue total/ conc. de hemácias - validade de 35 dias a 42
dias)
Congelamento: -32Cº (plasma fresco congelado - validade de 1 ano) importante
congelamento rápido.
Agitador de plaquetas: equipamento necessário para evitar agregação das
plaquetas, agitação constante, validade 5 dias.
Anemia
Gatilho da transfusão
Trauma 30% hematócrito 10g/dl hemoglobina (efeito agudo)
Sepse 24% hematócrito 7g/dl hemoglobina (efeito crônico)
Considerar paciente menos grave e/ou jovens podem esperar +tempo para ser
transfundido (7g/dl hemoglobina), enquanto que adulto e idoso esperam menos tempo
(10g/dl hemoglobina). Porque a diferença? Pois os jovens tem mais capacidade de
adaptação.
Hemorragias
Cães e Gatos
o 30% perdas do volume de sangue são frequentemente fatais
o 30 ml/kg em cães
o 20 ml/kg em gatos
o Perdas menores de 30% podem ser toleradas se reposto volume com
fluidoterapia
o Perdas maiores de 30% necessitam de TRANSFUSÃO (ex.: trauma)
Lactato
É um bom indicador de perfusão sanguínea, usar a seu favor!
o Referência:
Óbito: ≈5,1
Eutanásia: ≈4,7
Sobreviventes: <2,9
Considerar a individualidade do paciente
Doença de base
Doenças crônicas associadas (cardiopata, doença renal, etc).
Idade
DO2 = CaO2 x DC
CaO2 = (SaO2 x 1,34 x [Hb]) + (0,0031 x PaO2)
DC: pré-carga -> pós-carga; FC (contratilidade).
Sangue total fresco / estocado Inteiro
Preserva todas as propriedades do sangue por até 8 horas
o Fatores de coagulação
o Plaquetas
o Proteínas
o Hemácias
Desvantagem: maior risco de reações imunológicas, risco de sobrecarga
circulatória, ao ser estocado – perda das funções (plaquetas, fatores de
coagulação).
Indicações: anemia, trauma, neoplasias, doença renal, hemolíticas.
Concentrado de hemácias
Preserva hemácias por até 42 dias sob refrigeração.
Vantagens: menor risco de reações imunológicas, menor volume a ser
transfundido (cardiopata/renal).
Indicações: anemia, trauma, neoplasias, doença renal, hemolíticas.
Plasma fresco congelado
Preserva todos os fatores de coagulação por até 1 ano sob congelamento -30Cº
Reações transfusionais: hipersensibilidade (febre/ urticária/ angioedema)
Indicações: coagulopatias, CID, profilaxia pré operatório, hipoproeteinemia
(perda transitória – ex.: perda proteica TGI)
Concentrado de plaquetas
Preserva as plaquetas por até 5 dias em agitação constante em temperatura de
22Cº.
Indicação terapêutica: trombocitopenia + sangramento (epistaxes, venopunção)
Indicação profilática
o 50.000-100.000 – perioperatorio
o 20.000-10.000 - sem sinais de sangramento
o >30.000 sem sangramento não deve ser transfundido
Reações transfusionais
Todo evento desfavorável em decorrência do procedimento de transfusão, durante
ou após a sua administração.
Frequência de 3 – 8% em cães e gatos
Classificadas em
o Imunológicas
o Não imunológicas
o Agudas: primeiras horas ou até 24 horas
o Tardias: de semanas ou até anos depois
Tipo de reação está relacionado ao produto utilizado e o receptor
Hemolítica Aguda
o A mais temida, pode evoluir para óbito.
o Associada a presença de anticorpos contra os antígenos das hemácias.
o Reação de hipersensibilidade tipo II
o Raro a presença de anticorpos naturais aos antígenos eritrocitários em cães
o Gatos possuem anticorpo natural
o Sinais clínicos: hipertermia, hipotensão, taquicardia, taquipneia, êmese,
hemoglobinúria.
Hipersensibilidade Aguda
o Reações imunológicas às proteínas plasmáticas (gamaglobulinas)
o Ocorrem em produtos onde o plasma está presente
o Caracterizadas por reações alérgicas
o Sinais clínicos: urticária, angioedema, e mais raramente em anafilaxia.
Pode ocorrer êmese e hipertermia
o Geralmente ocorrem dentro dos primeiros 45 minuto
Dica: Rapid vet-H -> auto-agglutination Saline Screen leva em 10 minutos. Se aglutinar,
é positivo, se não aglutinar, é negativo.
Maior capacidade antigênica
Recebe – DEA 1.1 – Doa
Doador ideal -+
Recebe - + + Doa +
Monitoração e infusão
Parâmetros
o Prévio a transfusão: taxa 0,2ml/kg 10min iniciais
o 10 minutos após o início. Se deu certo, transfundir em 2-3 horas
o Monitorar parâmetros de 30-30 minutos (FC, FR, TCº, nível de
consciência, TPC).
o Monitorar hematócrito 15 min após término 12 e 24 horas depois
o Não usar bombas de infusão peristálticas
Tratamento de ferida
Tratar a ferida apenas após estabilizar o paciente
Pontos chaves
o Estabilização
o Manter: úmida (pomada cicatrizante, pomada com principio ATB), limpa
e coberta (bandagem).
o Corpos estranhos (CE): cuidado ao retirar, pode piorar a situação. Fazer
retirada adequadamente.
o Após estabilização inicial
Desbridamento: remoção mecânica da sujidade ou TTO enzimático
para produzir o efeito de desbridamento.
Tratamento
Manejo: ferida de 2ª intenção, se bom – tecido de
granulação, suturar.
Cirurgia
Deve sempre descontaminar antes de fechar a ferida. Fazer tricotomia ao redor da ferida.
Quanto maior ferida, maior área a ser depilada ao redor. Dica: para que os pêlos não entre
na ferida enquanto depila, coloque gel de UA (ultrassom) na ferida ou usar compressa
(estéril ou não).
Causa:
o Mordedura (brigas): tipo não limpa, infeccionada, verificar sinais de CID e
sepse.
o Feridas abrasivas
o Trauma automobilístico
o Avulsão: retira segmento da pele e/ou tecido.
o Lacerações
o Feridas penetrantes
o Lesão por decúbito (má enfermagem): troque a posição a cada 2 a 4h.
o Pós operatória
Classificação
Limpa: ferida cirúrgica
Limpa contaminada: início limpo e pós devido ao contato com agente infectante
Contaminada
Suja ou infectada: início contaminada, indícios de infecção, sinais de inflamação.
Associada à fratura
Grau I: pequena abertura na pele causada pela saída do osso (Fratura interna)
Grau II: trauma de tecido mole adicional à fratura, normalmente causado por
trauma externo. Causa: queda, atropelamento, etc.
Grau III: lesão de tecido mole extensa, geralmente associada à uma grande
comunicação com o osso (Fratura bem exposta).
Cicatrização
Inflamação: ↑volume sanguíneo (leucocitose), chegada de nutrientes para
reparação
Debridamento: baseado do SN, piora o processo cicatricial e tenta expulsar CE.
Reparação: desativação dos fatores de coagulação, deposição de colágeno, tecido
conjuntivo fibroso.
Maturação: retrair, diminuir de tamanho, fase final de maturação.
Ferida grande vai ter cicatriz evidente, tendo alopecia na região, coloração diferente.
Maioria dos casos de emergências são feridas bem contaminadas e grandes, pode
produzir pus (supuração), necessita controlar infecção ou contaminação para que ocorra
cicatrização.
Manejo inicial
ABCD
Controle de hemorragias: pode estancar fazendo pressão usando compressas
estéril (5 a 8minutos). Se não der certo, procure o foco da hemorragia e prensa o
vaso.
Pontos de entrada: pegar sonda pequena para explorar a profundidade do orifício,
maioria das vezes é profunda e lateriza (efeito de rasgar ao morder e travar).
Dica: independente da profundidade da lesão, usar ATB que atua contra bactéria
anaeróbia. Usar solução clorexidina (1:9 soro fisiológico) seringa 10ml.
Sedação: as vezes, só analgesia é suficiente (Fentanil 5mcg/kg - +leve OU
Acepromazina 0,02mg/kg - -leve) IM.
Limpeza inicial da ferida
Depilação: Fazer tricotomia ao redor da ferida. Quanto maior ferida, maior área a
ser depilada ao redor. Dica: para que os pêlos não entre na ferida enquanto depila,
coloque gel de UA (ultrassom) na ferida ou usar compressa (estéril ou não).
Limpeza com NaCl 0,9%: gelada facilita o controle do foco hemorrágico, mas de
resto, pode usar em temperatura ambiente.
Retirar pelos e sujidades.
Vídeo: fratura grau III, se necessário usar propofol por conta da dor.
Caso do paciente com queimadura: para manejo usar anistia geral. Fazer Debridamento
com escova cirúrgica (parte áspera). Após colocar bandagem na ferida, coloque papel-
filme para evitar se molhar.
Fechar ou não a ferida?
Usar pomada cicatrizante, importante que seja estéril e úmido na região.
Tempo da ferida: feridas com mais de horas (não fechar inicialmente, só fechar
após TTO da ferida).
Feridas que estejam contaminadas ou sujas (não fechar totalmente, para poder
drenar liquido e pus).
Feridas com exposição óssea (Não tem como fechar, apenas bandagem
temporária). Para a cirurgia, a infecção tem que estar controlada e boa limpeza.
Feridas de grande extensão ↑área de ferida, ↑liquido vai perder
Feridas com viabilidade tecidual duvidosa (tecido que tem sangue tem chance de
recuperar).
Dica: apenas fechar após limpeza adequada e sem infecção, enquanto não der para fechar,
colocar bandagem temporária para manter umidade e evitar nova infecção. Ferida com
pus, não fechar!
TTO por 2ª intenção
Manejo de ferida
Manter limpeza
Manter coberto
o Primeira camada
o Segunda camada
o Terceira camada
Antibiótico: Ampicilina e Metronidazol associado a ATB de amplo espectro ? e
quinolona.
Pomadas cicatrizantes: ou ATB. Evitar com corticoide (dificulta a cicatrização)
Feridas associadas a fraturas TTO intensivo e longo tempo.
Terapia tópica
Furanil (clorexidine) Antisséptico
Iruxol (colagenase debridamento químico + cloranfenicol atb) usar no máximo 7 a
10 dias.
Furanil + Açúcar Cristal (trocar a cada 8h – ideal 3 a 5x por dia) ou Mel
(debridamento osmótico)
Sulfadiazina de prata antisséptico, bom para em caso de queimadura
Crema 6A (bacitracina, neomicina, griseofulvina, benzocaína e dexametasona –
ele dificulta cicatrização) no máximo 3 a 4 dias.
Unguento
Sempre usar colar elizabetano nos pacientes.
TTO em queimadura
É mais sistêmico
o Incomum, mas acontece (1 ou 2 para cada 10 casos).
o +comuns: exposição ao fogo, água fervendo, fogão, radiadores, lâmpadas,
tapetes térmicos.
Tapetes térmicos não serve para aquecer e sim para manter a
temperatura do paciente. Usar no máximo 42Cº. Molhado queima
mais fácil.
Outra alternativa: enema aquecido – sonda retal com solução
fisiológica (≈37Cº) 5ml/kg devagar, com o tempo, esse liquido vai
ser expulso naturalmente. Fazer esse processo até que o paciente
tenha a temperatura ideal. Funciona melhor que tapete térmico pois
aquece centralmente, não periférico, e o reto tem muitos vasos
sanguíneos, o que facilita distribuir a temperatura rapidamente.
Lesão
1ºgrau: “bronzeado”, lesão de epiderme, pode ficar
vermelho, fica sensível ao contato, mas não envolve lesão
TTO +intenso, fluidoterapia, sistêmica associada.
manutenção (volêmica, urinária,
2º grau: lesão de epiderme e derme, começa a acumular a
temperatura. Sinal de dor. Lesão profunda.
3º grau: lesão bem profunda. Ao toque não sente dor, pois o
receptor da dor dessa região foram perdidos.
Lembra que a pele guarda temperatura, ou seja, as lesões podem não aparecer
imediatamente (pode levar ≈ 10 dias para mostrar lesão). Mesmo que comece o TTO,
durante alguns dias pode aparecer a lesão.
Extensão
o 20% da área corporal total acometida (ACTA) – paciente apresenta
distúrbios sistêmicos importantes
o 50% da ACTA – paciente apresenta prognóstico ruim.
TTO sistêmico
o 20% de ACT acometida
o Segundo ou terceiro grau
Hipovolemia – reintroduzir fluido com cargas 10ml/kg 20 a 30
MONITORAR! Fazer
minutos
Nas primeiras 12 horas há grande perda de líquidos e eletrólitos
{
Anemia devido à ↑temperatura, lesiona a proteína (degeneração
proteica)
Acidose (respiratória e metabólica)
Oligúria
hemograma Azotemia acumulo de compostos nitrogenados no sangue