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Conceitos:
Estreitos e Diâmetros:
• Estreito superior: delimitado anteriormente pelo pube, lateralmente pela linha
terminal ou inominada e posteriormente pelo promontório.
▪ Diâmetro AP:
• Conjugata anatômica ou Vera Anatômica = 11cm
• Conjugata obstétrica ou Vera Obstétrica = 10,5cm
• Conjugata diagonal ou diagonalis = 12cm
▪ Diâmetro oblíquo = 12,5cm
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Tipos de bacias:
• Ginecoide: 50%
• Androide: 20% / “Coração”
• Platipelóide: DIAM TRANSV > AP
• Antropóide: DIAM AP > TRANSV
Planos da bacia:
• Planos de DeLee → Leva em consideração a altura da apresentação
▪ 0 de DeLee = 3 de Hodge
• Planos de Hodge → Leva em consideração o maior diâmetro da
apresentação
Tocometria:
• Tonus uterino = 10mmHg
• Frequencia = numero de contrações em 10 min
• Intensidade = Pressão máxima da contração acima do tônus (repouso)
• Duração = medida em segundos
• Atividade uterina = Intensidade x Frequencia = unidades Montevidéu
• Triplice Gradiente Descendente = As contrações começam e são mais
intensas no fundo uterino e se propagam do fundo para o colo uterino.
• Trabalho de Parto: contrações com freqüência de 2-3/10 minutos, com
intensidade de 30-40mmHg e duração entre 30-40 segundos.
Indução do Parto:
Indicações:
• Gravidez prolongada
• Amniorrexe prematura com sinais de infecção ovular
• Malformação fetal incompatível com a vida extrauterina
• Morte fetal
Contra-indicações:
• Gestação múltipla
• Desproporção cefalo-pélvica
• Apresentação fetal anômala
• Cesárea / Miomectomia prévia
• Macrossomia fetal / Sofrimento fetal
• Sorologia HIV positiva / Herpes genital ativo
Métodos:
• Descolamento digital das membranas amnióticas (liberação de
prostaglandinas)
• Infusão de ocitocina / prostaglandinas (Misoprostol)
• Amniotomia
Estática Fetal:
• Atitude ou Postura fetal = Caracteriza-se pela relação das diversas partes
fetais entre si (Mais comum = Flexão generalizada – Ovóide fetal)
• Situação = relação entre o maior eixo fetal (cabeça-nadegas) e o maior eixo
uterino (Longitudinal, transversa ou oblíqua)
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Mecanismo do Parto:
Tempos:
• 1° tempo – Insinuação
▪ Movimento fetal de flexão ou deflexão
• 2° tempo – Descida da apresentação
▪ Movimento de rotação interna
• 3° tempo – Desprendimento
▪ Movimento de deflexão (Variedade OP)
• 4° Tempo – Restituição (Rotação externa)
▪ Desprendimento dos ombros/ espáduas
2° Fase – Expulsão
• Termina com o desprendimento do feto.
• Dura 50 minutos em primíparas e 20 minutos nas multíparas
• É considerado prolongado quando maior que 2 horas em primíparas e 1 horas
em multíparas.
• Paciente deve assumir a posição de litotomia ou de Laborie-Duncan
• Deve ser feita assepsia do obstetra e da parturiente.
• Anestesia do nervo pudendo interno.
Episiotomia:
▪ Mediana → Mais fisiológica, menos dor no PO, risco maior de lacerações para o
reto, reparo cirúrgico mais fácil.
▪ Médio-lateral → Mais comum, mais dor no PO, risco menor de lacerações, mais
sangramento, pior resultado estético, reparo cirúrgico mais difícil.
▪ Músculos seccionados: transverso superficial do períneo, bulbo-cavernoso e
pubo-retal.
• Manobra de Kristeller e fórcipe são desconfortáveis para a mãe e feto devendo
ser reservadas a casos específicos.
3° Fase – Secundamento
• Termina com o desprendimento da placenta e membranas fetais.
• Ocorre cerca de 10 e 20 minutos após o período expulsivo.
• É considerado prolongado quando ultrapassa 30 minutos.
• Mecanismos:
▪ Baudelocque-Schultze (75%) → Fundo uterino (sai→sangra)
▪ Baudelocque-Duncan (25%) → Paredes laterais (sangra→sai)
• Nenhuma manobra mais intempestiva deve ser feita, como tração do cordão ou
a compressão vigorosa do fundo uterino.
Partograma:
*Só deve ser iniciado quando a paciente atingir a fase ativa do parto (dilatação de
3 cm com 2 contrações regulares em 10 minutos)
• Fase ativa prolongada ou distócia funcional → A dilatação do colo ocorre
lentamente ou com uma velocidade menor que 1cm/hora.
• Parada secundária da dilatação → Diagnosticada por dois toques sucessivos com
intervalo de 2 horas ou mais, com a mulher em trabalho de parto ativo, com a
dilatação do colo permanecendo a mesma. A causa principal é a DCP.
• Parto precipitado → Diagnosticado quando a dilatação cervical e descida e
expulsão do feto ocorrem num período de 4 horas ou menos.
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Cesariana
Indicações de cesariana:
Maternas Fetais Materno-fetais
• Cesarianas • Anomalias de apresentação • Desproporção
prévias • Prolapso de cordão umbilical céfalo-pélvica
• Sorologia positiva para HIV • Descolamento
• Deformidades • Infecção aguda pelo vírus prematuro de
congênitas herpes simples no 3° trimestre placenta
• Anomalias congênitas • Placenta prévia
• Tumores compatíveis com a vida extra- central
obstrutivos uterina • Prenhez gemelar
• BCF alterado com a primeira
• Urgência apresentação não-
cefálica
Absolutas Relativas
• Desproporção cefalo-pélvica • Feto não reativo
• Cicatriz uterina corporal prévia • Gestante HIV positiva
• Placenta previa total • Apresentação pélvica
• Descolamento prematuro de • Gemelar (depende)
placenta • Cesaria prévia com
• Situação transversa histerotomia segmentar (mais
• Herpes genital ativo de uma)
• Procedência de cordão ou de • Macrossomia fetal
membro fetal • Psicopatia
• Morte materna com feto vivo • Discinesia uterina
• Pré-eclampsia
• Oligodramnia
• Prematuridade extrema
Tipos de incisão:
• Transversa ou de Pfannenstiel
o Menor risco de herniação
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Prematuridade
Conceitos:
• Parto pré-termo → É aquele ocorrido no período compreendido entre 20-
22 semanas e 37 semanas completas (259 dias).
• Pequeno para a idade gestacional (PIG) → RN que nasce com peso abaixo do
percentil 10 para a IG.
• RN de baixo peso → RN com peso inferior a 2500g, independente da IG.
• Ameaça de trabalho de parto prematuro → Atividade uterina aumentada,
apagamento parcial ou total do colo, dilatação ausente ou discreta.
• Trabalho de parto prematuro franco → 4 contrações em 20 minutos ou 8
em 60 minutos associadas a alteração do colo uterino + dilatação cervical
maior que 2 cm + apagamento cervical maior ou igual a 80%.
Causas:
• Iatrogenia
• Sobredistensão uterina
• Amniorrexe prematura
• Hemorragias da 2° metade da gravidez
• Malformações uterinas
• Incompetência ístimocervical
• Infecções
Fatores de risco:
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
• Estresse
• Fadiga ocupacional
• Distensão uterina excessiva
• Fatores cervicais
• Infecções → E. coli, S. agalatie, Clamydia, Trichomonas, Gardnerella, Neisseria
• Patologia placentária
• Fatores fetais
• Historia de parto prematuro → Fator de risco mais significativo para um novo
evento.
Conduta:
I – Prevenção:
• Eliminação ou redução dos fatores de risco: acompanhamento rigoroso
do pré-natal em mulheres com historia de parto prematuro anterior, com
fatores de risco e gestação gemelar, rastreio e tratamento de infecções,
controle do polidrâmnio, diminuição da atividade física, suplementação com
progestágenos (até 34 semanas).
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Contra-indicações:
• Absolutas → Doenças maternas de difícil controle (HAS, DPP), corioamnionite,
malformações fetais incompatíveis com a vida, óbito fetal, sofrimento fetal agudo,
maturidade pulmonar fetal comprovada.
• Relativas → Placenta prévia, colo com dilatação superior a 4 cm, RPMO. Não é
recomendada em gestações com mais de 34 semanas. Hidratação venosa e
ATB não são recomendados.
Drogas:
• Beta-miméticos → Atuam na musculatura lisa involuntária, causando relaxamento.
Promovem a elevação do AMP-c com conseqüente diminuição do cálcio livre
intracelular. Não devem ser considerados como tocolíticos de primeira linha. Ex.
Salbutamol, Terbutalina, Fenoterol.
• Inibidores da síntese de prostaglandinas → Atua inibindo a cicloxigenase e
bloqueando a conversão do acido aracdônico livre em prostaglandina,
promovendo uma diminuição nas contrações. Ex. Indometacina. A oligodramnia e
o fechamento precoce do ducto arterioso estão associados ao uso prolongado
de indometacina (> 48-72h) e uso após a 32° semana.
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Corticoterapia:
• Promove redução significativa da mortalidade neonatal e da incidência da doença
de membrana hialina, hemorragia intraventricular e enterocolite necrotizante. A
administração antenatal acelera o desenvolvimento dos pneumócitos.
• As drogas recomendadas são a betametasona (12mg IM 1x ao dia por 2 dias) e
Dexametasona (6mg IM 2x ao dia por 2 dias). Deve ser utilizada em 24 e 34
semanas em toda gestante de risco de parto prematuro, independente da
presença de RPMO.
• São contra-indicações: presença de infecção ovular, infecções maternas, ulcera
péptica sangrante, disbetes descompensado, catarata e alcalose hipocalêmica.
III – Ativa:
• Deve ser a opção em casos de contra-indicações à tocólise e nos casos de
idade gestacional maior que 34 semanas.
• Rastreio e profilaxia para infecção por Streptococos do Grupo B.
• Assistência ao parto prematuro: Avaliação da vitalidade fetal, Escolha da via de
parto, Episiotomia.
Diagnostico:
• Em 80% dos casos, o diagnostico é confirmado pela historia clínica e exame
físico.
Elaborado por Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro
Prognostico:
• Um terço das mulheres com RPMO desenvolve serias infecções, como
corioamnionite, endometriose e sepse.
• O feto e o neonato estão sob elevados risco de complicações.
• Está associado a risco aumentado de descolamento placentário e prolapso de
cordão.
• Oligodramnia precoce e severa pode se associar com hipoplasia pulmonar,
deformidades faciais (sd. Potter) e ortopédicas.
Conduta:
• Na presença de infecção materna ou fetal é obrigatória a interrupção da
gravidez, independente da idade gestacional. Deve-se preferir a via vaginal,
visto os maiores riscos de infecção intra-abdominal com a cesariana.