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Sumário
NEONATOLOGIA ............................................................................................................................................................. 3
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ........................................................................................................................................ 13
ALEITAMENTO MATERNO ............................................................................................................................................. 17
CRESCIMENTO E SEUS DISTÚRBIOS .............................................................................................................................. 19
DESENVOLVIMENTO E SEUS DISTÚRBIOS ..................................................................................................................... 24
DIARREIA AGUDA.......................................................................................................................................................... 26
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS .......................................................................................................................................... 28
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ................................................................................................................................... 33
SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS AGUDAS .......................................................................................................................... 35
SUPORTE DE VIDA PEDIÁTRICO .................................................................................................................................... 45
IMUNIZAÇÕES ............................................................................................................................................................... 46
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 3
PEDIATRIA
NEONATOLOGIA
Idade gestacional – DUM / USG / Exame físico (Capurro e Ballard)
Pré-termo
< 37 semanas < 28 semanas: extremo
34-37 semanas: tardio
37 – 42 semanas A termo
≥ 42 semanas Pós-termo
*Ballard é mais adequado para pré-termo!
Peso
< 2.500g Baixo peso
< 1.500g Muito baixo peso
< 1.000g Extremo baixo peso
INFECÇÕES CONGÊNITAS
Via hematogênica transplacentária
Final da gravidez: transmissão maior (exceto rubéola), gravidade menor
ATENÇÃO!
IgM no RN: infecção
IgG no RN: pode ser materna – avaliação seriada ou pareada
a. Clínica
Precoce (< 2 anos) Tardia (> 2 anos)
Nariz em sela
Rinite sanguinolenta
Rágades – sulcos ao redor de orifícios
Placas mucosas
Fronte olímpica
Condiloma plano
Tíbia em sabre
Lesões cutâneas – pênfigo palmoplantar
Alterações dentárias – dentes de
Lesões ósseas – pseudoparalisia de Parrot
Hutchinson e molar em amora
*Lesões são contagiosas!!!
*Só tem lesão óssea na sífilis congênita – na pós-natal não tem!
b. Diagnóstico
VDRL (sangue periférico)
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 4
Em alguns casos +
Hemograma – anemia, plaquetopenia, leucopenia/citose
Líquor
RX de ossos longos
Avaliação auditiva e visual
Avaliação hepática e eletrólitos
RX de tórax
c. Tratamento
TRATAMENTO ADEQUADO DA MÃE
Penicilina benzatina
Adequado para a fase da doença
Iniciado até 30 dias antes do parto
Sem risco de reinfecção
VDRL em queda (2 diluições em 3m, 4 diluições em 6m)
d. Acompanhamento
VDRL: tem que diminuir com 3m, negativar com 6m – até 2 VDRL negativos
Líquor: 6/6m – se tinha neurossífilis
Avaliação auditiva, visual e neurológica: 6/6m por 2 anos
Hidrocefalia obstrutiva
Calcificações cerebrais difusas – tod(x)o o parênquima
CITOMEGALOVIROSE
Transmissão: infecção aguda, reinfecção ou reativação (IgG +)
a. Clínica
Microcefalia
Exantema petequial / purpúrico – muffin de blueberry
Calcificação periventricular – circunda meu ventrículo (CMV)
b. Diagnóstico
Vírus na urina / saliva < 3 semanas
RUBÉOLA
Transmissão: infecção no 1º trimestre (< 16 semanas)
a. Clínica
Surdez neurossensorial
Catarata – reflexo vermelho ausente
Cardiopatia – PCA > estenose de AP
Coriorretinite “em sal e pimenta”
b. Tratamento
Prevenção da transmissão – o vírus fica sendo eliminado por até 2 anos
VARICELA – varicela-zóster
Transmissão: infecção até 20 semanas
a. Clínica
Lesões cicatriciais zosteriforme
Hipoplasia de membros
Doença neurológica
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 6
Letargia, irritabilidade,
Vesículas agrupadas com base Acometimento hepático,
convulsões, apneia
pulmonar, neurológico,
eritematosa Líquor: hipercelularidade cutâneo, adrenal –
Ceratoconjuntivite (mononucleares), aumento “sepse”
de proteínas e glicose baixa
b. Diagnóstico
Cultura do vírus / Raspado das vesículas
c. Tratamento
Se gestante com lesão genital ativa: cesárea
Isolar RN – risco de transmissão nosocomial
Aciclovir por 21 dias
ICTERÍCIA NEONATAL
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA – 2-3º dia de vida > pico no 5º > melhora no 7º
Produção exagerada – muita hemácia com meia-vida curta
Captação e conjugação deficientes – pouca glicuroniltransferase
Aumento do ciclo êntero-hepático – muita betaglicuronidase
ICTERÍCIA PATOLÓGICA
Início < 24h
Aumento > 5/dia
> 12 (a termo) ou > 14 (pré-termo)
Ultrapassa zona 3 – cicatriz umbilical
Persistente > 14d
Colestase
Outra alteração clínica
▪ ESFEROCITOSE – CD -
▪ DEFICIÊNCIA DE G6PD – CD -
Diagnóstico
BT e frações
Hematócrito / Hemoglobina / Reticulócitos
TS, Rh e Coombs direto
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 7
ICTERÍCIA TARDIA/PERSISTENTE
▪ ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO
Aleitamento materno exclusivo
Substância no leite
Conduta: quadro autolimitado – avaliar suspensão temporária do aleitamento materno
Tratamento – aumento de BI
Fototerapia – indicação: icterícia < 24h / BT > 17 / avaliar gráfico
Exsanguineotransfusão – indicação: incompatibilidade Rh
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO / DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA
Diminuição do surfactante pulmonar > colapso dos alvéolos na expiração
a. Fatores de risco
Prematuridade – principalmente < 34 semanas GIG: maior risco – DM
DM – hiperinsulinemia retarda a maturação pulmonar PIG: menor risco – CIUR
b. Clínica
Inicio nas primeiras horas
Desconforto respiratório clássico
Piora com 48-72h
RX: reticulogranular difuso / vidro moído com broncograma aéreo +
volume pulmonar diminuído
c. Tratamento
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 8
d. Prevenção
Corticoide antenatal 24-34 semanas
Surfactante x CPAP – IOT > surfactante > CPAP OU CPAP o mais precoce
possível
a. Fatores de risco
Bolsa rota > 18h
Corioamnionite
Colonização materna por GBS Apneia da prematuridade:
Prematuridade – sepse precoce e tardia pausas > 20s ou com repercussão clínica –
tto: metilxantinas (cafeína, aminofilina)
b. Clínica
Pode ter período assintomático
Desconforto respiratório
Doença sistêmica – febre/hipotermia, hipoativo
RX: infiltrado reticulogranular difuso = DMH
c. Tratamento
SEPSE PRECOCE SEPSE TARDIA
Ampicilina + Aminoglicosídeo Depende da CCIH
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA
Retardo da absorção do líquido pulmonar
a. Fatores de risco
Cesárea eletiva – ausência de TP
A termo / pré-termo
b. Clínica
Inicio nas primeiras horas
Desconforto leve/moderado
Rápida resolução (< 72h)
RX: congestão hilar, aumento da trama vascular, líquido cissural, derrame, cardiomegalia + hiperinsuflação
(edema das vias aéreas)
c. Tratamento
Oxigenioterapia – FiO2 < 40%
NÃO FAZ DIURÉTICO!
Suporte
d. Prevenção
Evitar cesarianas eletivas
a. Fatores de risco
LA meconial
Sofrimento fetal
A termo / pós-termo
b. Clínica
Inicio nas primeiras horas
Desconforto respiratório grave
RX: infiltrado grosseiro, pneumotórax + volume pulmonar aumentado
c. Tratamento
Suporte ventilatório
Surfactante – inflamação consome o surfactante
d. Complicação
▪ HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE NEONATAL
RV pulmonar permanece alta após o nascimento > mantém shunt
Displasia broncopulmonar,
D>E (principalmente pelo canal arterial) > cianose + diferença na retinopatia da prematuridade:
satO2 pré e pós ductal consequências do uso de
oxigenioterapia prolongada!
Tratamento: NO inalatório
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 10
REANIMAÇÃO NEONATAL
1) É a termo?
2) Respira ou chora?
3) Tem tônus?
NÃO (1x)
Conduta:
MESA DE REANIMAÇÃO
NÃO É A TERMO, MAS RESPIRA/CHORA E TEM TÔNUS:
≥ 34 semanas Clampeamento do cordão em 1-3 minutos
< 34 semanas Clampeamento do cordão em 30-60 segundos
FC < 100
VPP 40-60/min por 30 segundos (21% AA se ≥ 34 semanas; 30% blender
APNEIA
se < 34 semanas) + oxímetro em MSD + monitorização ECG
RESPIRAÇÃO IRREGULAR
*Mãe com suspeita de COVID (sintomática, contactante domiciliar ou Hipoglicemia neonatal (< 40)
infecção comprovada): não tem contato pele a pele (apenas após Assintomático: reforçar aleitamento materno
Sintomático / < 25: bolus de glicose EV
higienização da mãe) + alojamento conjunto com quarto privativo e
distância de 2m entre berço e cama da mãe + amamentação usando máscara
TRIAGEM NEONATAL
▪ TESTE DO PEZINHO – 3º ao 5º dia
3HF
Hipotireoidismo congênito
Fenilcetonúria
Hemoglobinopatias
Fibrose cística
Hiperplasia adrenal congênita
Deficiência de biotinidase
Toxoplasmose congênita
Normal: Se alterado:
SatO2 ≥ 95 + diferença < 3 repetir em 1h > alterado > ecocardiograma
▪ TESTE DO OLHINHO
Identifica catarata congênita, retinoblastoma, glaucoma congênito
Alterado: pontos pretos, assimetria ou leucocoria > encaminhar para oftalmologista
▪ TESTE DA ORELHINHA
Identifica surdez pré-neural (antes da cóclea)
Emissões otoacústicas – se alto risco: + BERA
Alterado: repetir até 3m
▪ TESTE DA LINGUINHA
Anquiglossia – gera prejuízo na amamentação!
OUTROS
Erb-Duchenne (C5-C6)
Mais comum
Braço aduzido e em RI + cotovelo com extensão e pronação + punho e dedos
PARALISIA DE
em flexão – “postura da gorjeta do garçom”
PLEXO BRAQUIAL
Moro assimétrico
Preensão palmar presente
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 12
Klumpke (C7/C8-T1)
Paralisia da região distal do braço + parestesia da região ulnar
Preensão palmar ausente
Se lesão de T1: síndrome de Horner (ptose, miose, anidrose facial..)
Fisioterapia para prevenir contraturas após 7-10 dias (pós neurite pós-lesão)
Bossa serossanguinolenta – edema subcutâneo
Tumefação mole, de margens mal definidas e atravessa as linhas de sutura
Conservador – reabsorção em dias
ALTERAÇÕES NO
CRÂNIO Céfalo-hematoma – sangramento subperiósteo
Tumefação tensa, não atravessa as linhas de sutura
Pode causar icterícia – aumento de BI
Conservador – reabsorção em semanas
HÉRNIAS Morgnani (direita) x Bochdalek (esquerda, mais comum)
DIAFRAGMÁTICAS IOT antes de VPP!
Eritema tóxico
2º dia de vida
Poupa palma/planta
“Picadas de inseto” – máculas, pápulas, pústulas eritematosas
Rica em eosinófilos
Melanose pustulosa
DERMATOSES
Presente desde o nascimento
Pústula > descamação > hiperpigmentação
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
▪ CIRCULAÇÃO FETAL
Trocas gasosas: placenta
Resistência pulmonar aumentada
Shunts direita > esquerda
▪ CIRCULAÇÃO PÓS-NATAL
Resistência pulmonar diminui – aumento do fluxo pulmonar
Aumento do volume e pressão no AE – mais sangue chega pelas veias pulmonares
Fechamento do forame oval (funcional > anatômico)
Aumento da resistência sistêmica – shunts esquerda > direita
Aumento da pO2 e diminuição de prostaglandinas (metabolizada no pulmão) > fechamento do canal arterial
ACIANÓTICAS
CIV – mais comum
a. Classificação
Membranoso – mais comum
Muscular
b. Clínica
Assintomático após o nascimento (surge após as primeiras semanas) – shunt limitado (a resistência
pulmonar ainda está um pouco aumentada)
Assintomática
CIV pequena
Sopro holossistólico em BEE inferior
IC – taquipneia, cansaço às mamadas, sudorese, baixo ganho ponderal
CIV moderada/grande Sopro holossistólico / ruflar diastólico mitral (estenose relativa)
Hiperfonese de B2
c. Diagnóstico
RX: aumento da circulação pulmonar – vasos identificados até a periferia
ECG: sobrecarga de AE/VE (volta mais sangue para o AE)
d. Tratamento
Fechamento espontâneo – muscular
Correção cirúrgica
SÍNDROME DE EISENMENGER:
Com o passar do tempo, o hiperfluxo pulmonar gera HAP > aumento da resistência pulmonar >
inversão do fluxo (D > E) > cianose
CIA
a. Classificação
Ostium secundum (tipo fossa oval) – mais comum
Ostium primum – perto das valvas
b. Clínica
Assintomática
Desdobramento fixo de B2 – sempre há aumento do volume de sangue no VD, atrasando a pulmonar
Sopro sistólico ejetivo em BEE média e alta – causado pelo hiperfluxo pulmonar (estenose pulmonar relativa)
Sopro diastólico tricúspide (Qp:Qs muito aumentada)
c. Diagnóstico
RX: sobrecarga de AD/VD, aumento da artéria pulmonar, hiperfluxo pulmonar
ECG: sobrecarga de VD, BRD
Eco: tipo e tamanho do defeito
d. Tratamento
Acompanhamento – pode fechar até 1 ano
Correção cirúrgica / cateterismo
PCA
Mais comum em prematuros
Shunt Aorta > Pulmonar
Associação com síndrome da rubéola congênita
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 15
a. Clínica
Assintomática
IC
Sopro contínuo em maquinária em região infraclavicular E
Pulsos periféricos amplos
b. Tratamento
Prematuro: indometacina, ibuprofeno
Repercussão hemodinâmica: correção cirúrgica / cateterismo
DSAV
Total: CIA + CIV + valva AV anormal
Clínica: = CIV grande
Associação com síndrome de Down
Tratamento: cirurgia – sempre!
Sindrome de Eisenmenger muito rapidamente!!
COARTAÇÃO DA AORTA
Constrição em qualquer ponto da aorta
Associação com síndrome de Turner – mas a alteração mais frequente é valva aórtica bicúspide
a. Classificação
Justaductal – mais comum
Pré-ductal (hipoplasia tubular) – mais grave
b. Clínica
Cianose diferencial – em MMII, mas não em MMSS
Pré-ductal –
Diferença de saturação pré-ductal e pós-ductal
fluxo sistêmico depende do canal arterial
IC grave e choque – quando o canal arterial se fecha
HAS em MMSS
Pulsos diminuídos em MMII
Justaductal –
Dores em MMII
crianças maiores/adolescentes
Frêmito e erosões em espaços intercostais – circulação
colateral
c. Diagnóstico
RX: erosão de arcos costais, sinal do 3
d. Tratamento
RN: prostaglandina (manter perfusão sistêmica, através do shunt D > E da
pulmonar para aorta através do canal arterial)
Correção cirúrgica / cateterismo
CIANÓTICAS
TETRALOGIA DE FALLOT
Dextroposição da aorta
Obstrução da via de saída do VD
Hipertrofia do VD
CIV – shunt D > E
CRISE HIPERCIANÓTICA
< 2 anos
Súbita diminuição do fluxo pulmonar
Ao acordar ou após o choro
Cianose intensa + hipoxemia + diminuição do sopro
Conduta: flexão das pernas sobre o tórax (aumenta RVS) / morfina + O2 + volume + BB
b. Diagnóstico
RX: coração “em bota” / “tamanco holandês”, hipofluxo pulmonar
(pulmão mais transparente)
ECG: sobrecarga de VD
c. Tratamento
Cirurgia
Paliativo: Blalock-Taussig (subclávia > pulmonar)
a. Clínica
Cianose progressiva após o nascimento
Disfunção miocárdica – IC
Sem sopros
B2 hiperfonética
b. Diagnóstico
RX: coração em “ovo deitado”, fluxo pulmonar normal ou aumentado,
mediastino estreito
c. Tratamento
Prostaglandina – manter o canal arterial
Atriosseptostomia (Rashkind)
Correção cirúrgica: Jatene (swith arterial)
CC CIANÓTICA
Hiperfluxo: Tetralogia de Fallot
Hipofluxo: TGA
OUTRAS
DRENAGEM ANÔMALA TOTAL DAS Artérias pulmonares voltam para o AD ou veia sistêmica
ARTÉRIAS PULMONARES RX: sinal do boneco de neve
TRONCO ARTERIOSO Tronco único recebe sangue do VD e VE
ATRESIA TRICÚSPIDE
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 17
ALEITAMENTO MATERNO
EXCLUSIVO Só LM/LH – pode vitaminas, minerais, medicações
PREDOMINANTE LM/LH + líquidos (água, chá, suco)
COMPLEMENTADO LM/LH + sólidos e semissólidos
MISTO LM/LH + outros leites
*Se não puder amamentar e não puder comprar FI: LV (< 4m: diluído + óleo / > 4m: não diluído)
*FI: 1 medida para cada 30ml de água
▪ MODIFICAÇÕES DO LEITE
Colostro (3-5 dias): mais PTN, eletrólito, vitaminas lipossolúveis (A)
DURANTE LACTAÇÃO
Leite maduro (> 10-14 dias): mais gordura, lactose
Leite anterior
DURANTE A MAMADA
Leite posterior: mais gordura – dá saciedade e permite o ganho de peso
DURANTE O DIA Noite: mais gordura
CONTRAINDICAÇÕES
HIV
HTLV
Psicose puerperal
MATERNAS
Ocasionais:
Herpes na mama
CMV (< 30-32 semanas)
Galactosemia (icterícia com hepatomegalia, sepse por E. coli) – fórmula de soja
LACTENTE
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 18
Relativa:
Fenilcetonúria (deficiência intelectual, LH) – fórmula sem FAL
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
6m 2 papas de fruta + 1 papa principal
*5x/dia se uso de fórmula
7m 2 papas de fruta + 2 papas principais
8m Alimentação básica da família (sem sal)
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
Estrogênio: proliferação dos ductos / Progesterona: proliferação dos alvéolos
GESTAÇÃO
Prolactina alta, mas com ação inibida pelo HPL e progesterona
APÓS PARTO Cessa inibição sobre a prolactina > apojadura (3º dia), independe de estímulo
Depende da sucção (prolactina > produção / ocitocina > ejeção) e
DURANTE LACTAÇÃO
esvaziamento (técnica adequada)
TÉCNICA PEGA
Criança bem apoiada Boca bem aberta
Cabeça e tronco no mesmo eixo Lábio inferior evertido – língua na gengiva inferior
Corpo próximo Aréola mais visível acima da boca
Rosto de frente para a mama Queixo toca a mama
SUPLEMENTAÇÃO
▪ FERRO – SBP
1mg/kg/dia de Fe
> 37 semanas + > 2.5kg Com FR: 3m-2a
Sem FR / MS: 6m-2a
1m-2a
1º ano
< 1000g: 4 mg/kg/dia de Fe
< 37 semanas / < 2.5kg < 1500g 3 mg/kg/dia de Fe
< 2500g: 2 mg/kg/dia de Fe
2º ano: 1 mg/kg/dia de Fe
ATENÇÃO!
Anemia fisiológica da infância (Hb 9-11): 8-12 semanas
▪ VITAMINA D
7d-12m: 400 U/dia
12m-24m: 600 U/dia
*1 gota = 200U
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 19
▪ VITAMINA A
6m-12m: 100.000 U/semestre
12m-5a: 200.000 U/semestre
ESTATURA – 50cm
1º semestre 15cm
2º semestre 10cm
2º ano 12cm/ano
> Pré-escolar 7cm/ano
DESNUTRIÇÃO
Correspondência
+3 p99.9
+2 p97 Escore Z: distância em DP da média –
+1 p85 compara o paciente com a média
Percentil: posição na distribuição
0 p50 ordenada de valores – ex: p15 > o
-1 p15 paciente ocupa a posição 15 de 100
-2 p3 (isto é, ele é maior que 15% da
-3 p0.1 população e menor que 85% da
população)
GOMEZ – compara o peso da criança com o peso do WATERLOW – compara o peso da criança com o peso
p50 (peso x idade) do p50 (peso x estatura + estatura x idade)
> 90% Eutrófico ≤ 90% Magro (peso x estatura)
76-89% Desnutrição leve ≤ 95% Baixo (estatura x idade)
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 20
DESNUTRIÇÃO GRAVE
KWASHIORKOR – mais grave MARASMO – mais comum
Deficiência de proteínas, sem deficiência de calorias
Deficiência global de calorias e proteínas
Edema de extremidades, anasarca –
Não tem edema
hipoalbuminemia + maior permeabilidade vascular
Ausência de tecido adiposo – fácies
(inflamação sistêmica)
senil/simiesca, hipotrofia muscular,
Subcutâneo preservado – porque ainda há consumo
hipotonia
de carboidratos
Sem alterações de cabelo e pele
Hepatomegalia – esteatose hepática
Causa mais comum: retirada precoce do
Alterações de cabelo e pele – alterações na cor
aleitamento materno
(sinal da bandeira), áreas hiperpigmentadas
Laboratório
Hipoglicemia
Hiponatremia (Na corporal preservado) – bomba de Na/K não funciona e o Na fica retido dentro da célula
Hipocalemia
Hipomagnesemia
Hipoalbuminemia
Tratamento
1) ESTABILIZAÇÃO – 1-7 dias
Prevenção e tratamento de:
Reidratar pela VO – risco de sobrecarga se IV Hipotermia
Não tratar hiponatremia Hipoglicemia
ATB – mesmo que assintomático! Distúrbios hidroeletrolítico
Infecção
Alimentação frequente adequada para idade
Suplementar micronutrientes: K, Mg, Zn, Vitaminas – NÃO fazer ferro!
OBESIDADE
▪ MINISTÉRIO DA SAÚDE
Peso x Estatura ou IMC x Peso x Idade
IMC x Idade
Idade (0-10)
(5-19)
(0-5 inc)
EZ > 3 / p99.9 Obesidade Obesidade grave
Peso elevado
EZ > 2 / p97 Sobrepeso Obesidade
EZ > 1 / p85 Risco de sobrepeso Sobrepeso -
Avaliação complementar
HAS
Dislipidemia – CT, HDL, LDL, TG
Esteatose hepática – TGP
DM – glicemia
Síndrome metabólica
Tratamento
Planejamento dietético
Atividade física diária
Diminuir atividades sedentárias
*Tratamento medicamentoso NÃO é tratamento inicial!
BAIXA ESTATURA
1) Estatura atual
Baixa estatura: < p3/p5 ou EZ < -2
VC NORMAL:
variante normal do crescimento
IO = IC
Baixa estatura familiar
+ pais baixos
IO < IC
(diferença > 2 anos/DP) Retardo constitucional do crescimento
+ pais com altura normal
*Causa mais comum
VC ANORMAL:
doença
▪ DEFICIÊNCIA DE GH
Fronte olímpica + obesidade central + hipoglicemia + micropênis
Diagnóstico: dosagem de IGF1
OUTROS
Marcos do desenvolvimento
1m Acompanha objeto
2m Sorriso social, emite sons
3m Sustenta cabeça
4m Segura objetos (pega cubital), ri alto
6-7m Senta com apoio, rola, lalação, transfere objetos (pega radial)
9-10m Engatinha, senta sem apoio, polissílabas (mama, papa), brinca de “cadê”, estranha estranhos
12m Anda com apoio, movimento de pinça completo, palavras
15m Anda sem apoio, aponta o que quer
24m Fala frases completas, corre
Desenvolvimento adequado: todos presentes
Desenvolvimento adequado com FR: todos presentes + FR
Alerta para o desenvolvimento: falta algum da idade
Provável atraso: falta algum da idade anterior / alteração do PC / alteração fenotípica
Reflexos
Marcha 2m
Tônico-cervical 3m
Preensão palmar 3m
Moro 3-6m
Sucção 6m
Babinski 12m
Preensão plantar 15m
Síndromes genéticas
Síndrome de Down –
Defeito do septo AV + atresia/estenose de duodeno + pâncreas anular
trissomia do 21
Álcool-fetal Lábio superior fino + prega epicântica + fenda palpebral curta
Beckwith-Wiedmann –
Macrossomia + macroglossia + onfalocele + hipoglicemia
excesso de IGF2
Bloom Baixa estatura + hipoplasia malar + telangiectasias em asa de borboleta
Klinefelter (XXY) Homem + micropênis/testículos + alta estatura + ginecomastia
Marfan Alta estatura + sinal do polegar + sinal do punho + risco de dissecção de aorta
Manchas café com leite + sardas axilares + neurofibromas + nódulos de Lisch (na íris)
Neurofibromatose tipo 1
+ 1 parente de 1º grau
Prader-Willi Obesidade + hipotonia + baixa estatura + hipogonadismo
Sotos Mãos e pés grandes + fronte proeminente + dolicocefalia + prognatismo
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 24
Meninas: 8-13
Meninos: 9-14
a. Fisiologia
Hipotálamo (GnRH pulsátil) > Adeno-hipófise (FSH, LH) >
GONADARCA
Ovário (estrogênios), Testículos (testosterona)
Hipotálamo (CRH) > Hipófise (ACTH) >
ADRENARCA
Adrenal (androgênios – S-DHEA)
gorda (menina)
ESTÁGIOS DE TANNER
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 25
Menina
Telarca > Pubarca > Menopausa
M1 Pré-puberal -
M2 Telarca (broto mamário: tecido subareolar) Telarca: 8-13 anos
M3 Aumento da mama e da aréola Pico do crescimento: 8-9cm/ano
M4 “Duplo contorno” Menarca: 2-2.5 anos após telarca
M5 Adulto -
Menino
Aumento da genitália > Pubarca
G1 Pré-puberal -
G2 Aumento testicular (≥ 4ml) Início: 9-14 anos
G3 Aumento do pênis (comprimento) Espermarca – polução noturna
G4 Aumento do pênis (diâmetro) – “duplo contorno” Pico do crescimento: 9-10cm/ano
G5 Adulto -
P1 Pré-puberal
P2 Pubarca (grandes lábios/base do pênis)
P3 Sínfise púbica
P4 Grande quantidade
P5 Adulto (raiz das coxas)
*Tem que ter > 6m de um estágio para outro
PUBERDADE PRECOCE
Sinais puberais + aceleração de crescimento
Meninas < 8 anos
Meninos < 9 anos
Consequências:
Psicossociais
Perda de estatura na vida adulta – alta estatura na infância (IE > IC), baixa estatura no adulto
a. Etiologia
CENTRAL / VERDADEIRA – PERIFÉRICA / PSEUDO –
GnRH dependente GnRH independente
Tumores gonadais
Idiopática (90% das meninas)
Cistos ovarianos
Alterações no SNC (> 50% dos meninos)
Tumor adrenal – massa palpável!
- Hamartoma hipotalâmico (epilepsia gelástica +
HAC
puberdade precoce)
Sd. McCune Albright – manchas café com
- Neoplasias
leite + displasia fibrocística poliostótica
Sempre isossexual Iso ou heterossexual
*Virilização no sexo feminino ou ausência de aumento testicular = PERIFÉRICO!
*Tumor testicular: apenas 1 testículo aumentado
b. Avaliação
RX de mão e punho – IO > IE > IC
LH, FSH – diferencia central x periférica
Androgênios adrenais – SDHEA, androstenediona, 17-OH-progesterona
RM região hipotálamo-hipofisária – todos os meninos / meninas < 6 anos / rapidamente progressiva
USG pélvico ou abdominal
*Se dúvida: teste de estímulo com GnRH exógeno
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 26
Perdedora de sal
Genitália atípica (sexo feminino)
RN com vômitos e desidratação
FORMA CLÁSSICA Hiponatremia + hipercalemia + acidose metabólica
Virilizante simples
Genitália atípica (sexo feminino)
FORMA NÃO CLÁSSICA Puberdade precoce com virilização
c. Tratamento
Tratar causa base
Puberdade precoce central: análogo de GnRH (leuprorrelina) – até 12 (meninas) ou 13 anos (meninos)
VARIANTES BENIGNAS
Telarca precoce isolada Só telarca, < 2 anos
Adrenarca precoce Odor axilar, pilificação (pubiano > axilar), acne
DIARREIA AGUDA
≥ 3x evacuações amolecidas/dia ou mudança no padrão até 14 dias
*Lactentes podem evacuar fezes amolecidas 8-10x/dia normalmente, devido ao reflexo gastrocólico aumentado
ENTEROPATOGÊNICA – persistente
Dura 14-30 dias
Surtos por contaminação de água, geralmente decorrente de um desastre
natural
VIBRIÃO COLÉRICO
Diarreia grave, com fezes em água de arroz – riziforme
Secretora – evolui pra óbito por desidratação em horas
DISENTERIA
Principal causa de disenteria
Dor abdominal + febre alta + disenteria
SHIGELLA
Sintomas neurológicos (convulsão) / SHU
Invasora
CAMPYLOBACTER Síndrome de Guillain-Barré + disenteria
SALMONELLA Bacteremia grave em: anemia falciforme, imunodeprimidos, < 3m
ENTEROINVASIVA
Disenteria
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
≤ 2 evacuações/semana
≥ 1 incontinência fecal/semana
Comportamento de retenção
Evacuação dolorosa ou endurecida
Grande massa fecal no reto
Fezes com grande diâmetro (entope vaso)
O diagnóstico é clínico!
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
Exposição > contágio > período de incubação (virais: 1-3 semanas) > fase prodrômica (febre, sinais típicos,
enantemas) > fase exantemática (tipo, progressão, descamação) > fase de convalescência
SARAMPO – Parampo36
a. Características gerais
Paramixovírus – mesma família do parainfluenza e VSR
Transmissão: secreções respiratórias (gotículas e aerossóis) 2d antes até 2d depois do rash
Taxa de transmissibilidade: 90%
b. Clínica
Fase prodrômica
Febre – começa na fase prodrômica e atinge máximo com exantema
Tosse, coriza, conjuntivite (fotofobia)
Enantema: sinal de Koplik – patognomônico!
Fase exantemática
Maculopapular morbiliforme – áreas sãs de permeio
Início: retroauricular, pescoço, face – acompanha linha de implantação do
cabelo
Progressão: craniocaudal lenta
Descamação furfurácea
*A tosse é o último sintoma a desaparecer!
c. Complicações
OMA – complicação mais comum
Pneumonia – principal causa de morte (pode ser pelo próprio vírus ou
bacteriana)
Encefalite – complicação mais grave
Panencefalite esclerosante subaguda – manifesta após 7-10 anos (vírus permanece latente no SNC)
d. Tratamento
Vitamina A (2 doses) + isolamento por aerossol
*Notificação imediata + pedir sorologia ao diagnóstico! Vitamina A:
Deficiência é fator de risco para
e. Prevenção complicações
Pré-exposição – Vacina Sarampo consome vitamina A
Vacina: 2 doses (12 e 15m) – dose 0: 6-11m (não conta!)
RUBÉOLA – Rubola
a. Características gerais
Togavirus
Transmissão: gotículas 5-7d antes até 5-7d depois do rash
b. Clínica
Fase prodrômica
Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical
Enantema: manchas de Forschheimer
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 30
Fase exantemática
Maculopapular rubeoliforme
Início: face
Progressão: craniocaudal rápida
c. Complicação
Artrite
d. Prevenção
Pré-exposição – Vacina
Vacina: 2 doses (12 e 15m)
Pós-exposição – Vacina
Vacina (até 3d)
b. Clínica
Fase prodrômica
Inexistente ou inespecífico (febre)
Outras doenças causadas pelo PVB19:
Fase assintomática hidropsia fetal, síndrome papular-
Período sem sintomas purpúrica em luvas e meias, artropatia
c. Complicações
Crise aplásica em portadores de doença hemolítica
*Durante a crise aplásica há transmissão!
EXANTEMA SÚBITO
a. Características gerais
Herpes vírus humano 6 (HHV-6) – permanece latente nas glândulas salivares
Lactentes > 6m !!!!!!!!! – antes disso, os anticorpos maternos
protegem a criança HERPES VÍRUS
Simples 1 e 2: labial e genital
Transmissão: gotículas
VVZ: varicela e herpes-zóster
*95% das crianças são contaminadas pelo HHV6 até os 3 anos! CMV
EBV: mononucleose, linfoma de Burkitt,
b. Clínica doença de Hodgkin
Tipo 6 e 7: exantema súbito
Fase prodrômica
Tipo 8: sarcoma de Kaposi
Febre alta (some em crise)
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 31
Fase exantemática
Maculopapular, após desaparecimento da febre
Início: tronco
c. Complicação
Convulsão febril
*Pode ocorrer antes do exantema > diagnóstico diferencial com meningite!
VARICELA – varicela54
a. Características gerais
Varicela-zóster (VVZ) – família dos herpes vírus Primoinfecção: varicela
Transmissão: aerossol, até lesões virarem crostas Recidivas: herpes zóster
Taxa de transmissibilidade: 90%
b. Clínica
Fase prodrômica – mais comum em adultos
Febre
Dor abdominal
Fase exantemática
Vesicular pruriginoso
Polimorfismo regional – mácula + pápula + vesícula + pústula +
crosta
Acomete mucosas
Progressão centrífuga Varicela congênita (infecção < 20 semanas):
Distribuição centrípeta hipoplasia de membros + lesões cicatriciais
c. Complicações
Infecção bacteriana secundária (GAS e S. aureus) > persistência da febre – mais comum
Varicela progressiva > lesão visceral + lesões hemorrágicas
Encefalite
Ataxia cerebelar aguda
Síndrome de Reye
e. Profilaxia
Pré-exposição – Vacina
Vacina: 2 doses < 7 anos
*A dose 1 protege contra forma grave e a dose 2 protege de ter a doença
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 32
Pós-exposição
Vacina até 5 dias Imunoglobulina até 4 dias
Imunodeprimido
Gestante
RN pré-termo (<28s: sempre / >28s: se
> 9m sem contraindicação em casos de
mãe que nunca teve varicela)
bloqueio hospitalar/creche/escola
RN de mãe com varicela 5d antes até 2d
após o parto
< 9m hospitalizados
SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA
a. Características gerais
Coxsackie A16 – enterovirus
b. Clínica
Vesículas em mãos e pés + vesículas por toda a cavidade oral + pápulas
em região glútea
ESCARLATINA
a. Características gerais
Streptococcus B-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) – GNPE, FR
Produção de exotoxina pirogênica/eritrogênica
Período de incubação: 2-5 dias
b. Clínica
Fase prodrômica
Doença estreptocócica: faringite – petéquias no palato mole!
Enantema: língua em morango/framboesa
Fase exantemática
Micropapular (“lixa”)
Sinal de Pastia: acentuação do exantema em pregas cutâneas
Sinal de Filatov: palidez perioral
Inicio: pescoço
Progressão centrifuga
Descamação lamelar em extremidades
c. Tratamento
Penicilina – diminui complicações supurativas e FR
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
a. Características gerais
EBV – família dos herpes vírus
Transmissão: contato íntimo oral (“doença do beijo”)
Período de incubação: 30-50 dias
b. Clínica
Faringite exsudativa
Linfadenopatia generalizada
Esplenomegalia
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 33
Laboratório:
Linfocitose com linfócitos atípicos (LT)
Anticorpos heterofilos (Paul-Bunnel) - > 4 anos
Sorologia específica: anti-VCA IgM, anti-EA IgG, anti-EBNA IgG
c. Complicação
Rotura esplênica
DOENÇA DE KAWASAKI
a. Diagnóstico
Febre > 5 dias + 4:
Conjuntivite não purulenta
Alterações nos lábios e cavidade Escarlatina Doença de Kawasaki
> 5 anos < 5 anos
oral
Febre curta Febre prolongada
Adenomegalia Sem conjuntivite Com conjuntivite
Exantema polimorfo não vesicular Com faringite exsudativa Sem faringite
Alterações em extremidades
b. Tratamento
Imunoglobulina + AAS
b. Fatores de risco
Sexo feminino
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 34
Ausência de circuncisão
Disfunção miccional – esvaziamento vesical incompleto
Constipação
Obstruções – válvula de uretra posterior (hidronefrose bilateral, distensão vesical, jato fraco)
Refluxo vesicoureteral – principal FR para pielonefrite!
c. Etiologia
E. coli
Proteus – cálculos de estruvita + urina alcalina
Klebsiella
Pseudomonas aeruginosa – manipulação do TGU, hospitalização, ATB
Gram positivos: S. saprophyticus – adolescentes sexualmente ativas
Vírus (adenovírus) – cistite hemorrágica + urocultura negativa
e. Diagnóstico
EAS + urocultura por método confiável
*EAS sozinho não dá diagnóstico!
g. Investigação
1ª pielonefrite (2-24m): USG > alterado > UCM
Nelson (AAP)
2ª pielonefrite: UCM
ITU < 2 anos: USG + UCM
SBP
ITU > 2 anos: USG
+ Cintilografia com DMSA após 4-6 meses
Cintilografia com DMSA: diagnostica pielonefrite (fase aguda), identifica cicatriz renal (fase crônica)
UCM: diagnostica e classifica RVU – tem que estar com a ITU tratada (urocultura negativa) e em profilaxia!!
REFLUXO VESICOURETERAL
I Sem dilatação
II Refluxo até a pelve, sem dilatação
III Dilatação do ureter
IV Dilatação grosseira do ureter
V Refluxo maciço, dilatação e tortuosidade do ureter
h. Profilaxia
Indicações:
Após 1º episódio de ITU – até investigação do TGU ser concluída
RN com hidronefrose fetal > 10mm – cefalexina!
ITU de repetição
Dilatação grave do trato urinário
Anormalidade obstrutiva
RVU 3, 4 ou 5
b. Etiologia
Rinovírus – transmissão por contato direto
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 36
c. Clínica
NÃO PODE USAR AAS!
Coriza (hialina > purulenta)
Risco de Síndrome de Reye (encefalopatia
Congestão nasal – roncos na ausculta pulmonar + disfunção hepática) se infecção por
Tosse noturna – gotejamento pós-nasal influenza/varicela
Febre
d. Tratamento
Lavagem nasal com soro
Aumentar ingesta hídrica
Antipiréticos – dipirona, paracetamol, ibuprofeno
*NÃO usar: AAS, antitussígeno, descongestionante, mucolíticos
a. Características
Complicação bacteriana mais comum do resfriado Otoscopia normal: MT transparente,
Mais comum em < 2 anos – tuba auditiva mais curta brilhante (triângulo luminoso), côncava,
móvel (otoscopia pneumática)
b. Etiologia
S. pneumoniae
H. influenzae não tipável – OMA + conjuntivite!
Moraxella catarrhalis
c. Clínica
Otalgia
Irritabilidade, choro
Febre
Otorreia – dor some
d. Otoscopia
MT hiperemiada, opaca, abaulada, com otorreia
e. Tratamento
Indicações de ATB
< 6m Todos
Qualquer idade Grave ou otorreia
6m-2a Bilateral
*Grave: febre > 39, otalgia moderada/intensa, dor > 48h
Qual ATB?
Amoxicilina 50mg/kg/dia por 10 dias
< 2a, creche Dose dobrada (80-90mg/kg/dia)
Falha terapêutica, OMA + conjuntivite + Clavulanato
*Hemófilo e Moraxela produzem B-lactamase; Pneumococo tem uma PBP de baixa afinidade
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 37
e. Diagnósticos diferenciais
▪ OTITE MÉDIA COM EFUSÃO (SEROSA)
Efusão (líquido) na orelha média, sem infecção aguda
Pode ser uma evolução da OMA
Observação por 3m – se persistência: tubo de timpanostomia
▪ OTITE EXTERNA
Otorreia + história de piscina/praia
Pseudomonas aeruginosa
f. Complicações
▪ MASTOIDITE AGUDA
Inflamação do periósteo – periostite
Sinais de inflamação retroauricular: hiperemia, edema, deslocamento do pavilhão,
desaparecimento do sulco retroauricular
Tratamento: internação + ATB IV
a. Classificação
Aguda: < 4 semanas
Crônica: > 4 semanas
c. Clínica
1) Resfriado arrastado (≥ 10 dias): tosse intensa (diurna e noturna), coriza abundante
2) Quadro grave (≥ 3 dias): febre ≥ 39, coriza mucopurulenta e tosse intensa
3) Quadro que piora: resfriado com melhora inicial seguida de piora súbita
d. Diagnóstico
Clínico!!!!!!!!
*Exame de imagem NÃO muda a conduta!
e. Tratamento
Amoxicilina com duração individualizada – manter por mais 7 dias após melhora clínica
f. Complicações
▪ CELULITE ORBITÁRIA/PÓS-SEPTAL
Complicação da sinusite do seio etmoidal
Inflamação da pálpebra + proptose + dor à movimentação ocular +
edema na conjuntiva (quemose) + alteração visual
Tratamento: internação + TC de órbitas + ATB IV
*Celulite periorbitária (pré-septal) não tem dor à movimentação ocular!
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 38
g. Diagnósticos diferenciais
Prurido e espirros + palidez de mucosa + eosinófilos
Alérgeno mais comum é o ácaro
RINITE ALÉRGICA Persistente: frequência > 4x/semana e duração > 4 semanas
Tto: controle ambiental + anti-histamínico + corticoide nasal +
descongestionante nasal (por no max 5 dias)
Rinite sifilítica
Manifestação nos primeiros 3m de vida
SÍFILIS CONGÊNITA
Obstrução nasal intensa e secreção sanguinolenta
Associada à hepatomegalia, pênfigo palmoplantar
Rinorreia fétida e sanguinolenta
CORPO ESTRANHO
Unilateral
TR positivo: ATB
TR negativo > cultura > cultura positiva: ATB
d. Tratamento – encurtar tempo de doença, reduzir período de transmissão e profilaxia primária de FR!
Penicilina Benzatina IM dose única até 9 dias
2ª opção: Amoxicilina VO por 10 dias
e. Diagnósticos diferenciais
Febre alta + dor de garganta
Coxsackie A – enterovírus
HERPANGINA Faringite com úlceras/vesículas envoltas por halo hiperemiado na região
posterior
Adenovirus
ADENOVIROSE
Faringite exsudativa + conjuntivite + adenomegalia pré auricular
EBV
MONONUCLEOSE Faringite exsudativa + linfadenopatia generalizada + esplenomegalia
Linfocitose com linfócitos atípicos
Corynebacterium diphteriae
Quadro grave + membrana branco-acinzentada que sangra + linfonodos cervicais
DIFTERIA
grandes (“pescoço de touro”) + intensa disfagia com febre baixa
Tratamento: soro antidiftérico
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 39
Má higiene oral
ANGINA DE VINCENT
Placas ulceronecróticas com pseumembrana
Febre periódica + estomatite aftosa + faringite + adenite
PFAPA / SD. DE Episódios recorrentes e autolimitados – duram alguns dias e somem
MARSHAL Quadros recorrentes de faringite + aftas + culturas negativas
Tratamento agudo: corticoide
f. Complicações
▪ ABSCESSO PERIAMIGDALIANO – mais comum
Disfagia + sialorreia + trismo + abaulamento da região periamigdaliana + desvio da úvula
Tratamento: drenagem por agulha + ATB (Clindamicina)
▪ ABSCESSO RETROFARÍNGEO
Espaço retrofaríngeo em < 5 anos: ocupado por linfonodos – atrofiam após os primeiros anos de vida
Febre alta + dor de garganta + disfagia + sialorreia + dor à mobilização do pescoço + estridor (RARO!)
Pode ocorrer após qualquer IVAS
RX: aumento de partes moles em região pré-vertebral
Tratamento: ATB IV
Abscesso retrofaríngeo
▪ FEBRE REUMÁTICA
▪ GNPE
b. Clínica
Inicio hiperagudo, evolução fulminante
Febre alta, toxemia
Dor de garganta
Disfagia
Sialorreia
Estridor – obstrução eminente!
Posição do tripé – inclinado pra frente com pescoço hiperestendido
c. Diagnóstico
Clínico
RX: sinal do polegar
*Não tentar visualizar a orofaringe!
d. Tratamento
Garantir via aérea – IOT/TQT
ATB
b. Clínica
Pródromos catarrais
Febre baixa
Tosse metálica (crupe, tosse de cachorro)
Estridor
Rouquidão – acomete região infraglótica (cordas vocais)
c. Diagnóstico
Clínico
RX: estreitamento infraglótico – sinal da torre/ponta do lápis
d. Tratamento
Com estridor em repouso NBZ com adrenalina + corticoide VO/IM + observar por 2h
Sem estridor em repouso Corticoide VO/IM
e. Diagnósticos diferenciais
▪ LARINGITE ESTRIDULOSA / CRUPE ESPASMÓDICO
Estridor intenso + rouquidão noturno súbito sem pródromos
Quadro benigno, autolimitado
Tratamento: vaporização com água quente ou NBZ com adrenalina
f. Complicações
▪ TRAQUEÍTE BACTERIANA
Piora clínica/febre alta + presença de secreção purulenta na traqueia
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 41
b. Clínica
Pródromos catarrais (tosse, coriza, congestão nasal)
< 5 anos, exceto RN:
Febre alta
vírus é o agente mais comum!
Tosse intensa
Taquipneia – mais sensível
Sinais clássicos: estertores, aumento do FTV, submacicez, broncofonia, pectorilóquia fônica
*S. aureus: quadro grave + complicações (pneumatocele, derrame pleural) + porta de entrada
Sinais de gravidade: tiragem subcostal, batimento de asa nasal, gemência, cianose, satO2 < 92%
c. Diagnóstico
Clínico
▪ RX DE TÓRAX – NÃO é obrigatório, NÃO afasta o diagnóstico e NÃO serve pra controle de cura
Indicação: hospitalização
Identifica complicações
CUIDADO COM O TIMO NO RX!
Sinal da vela do barco
Achados:
Consolidação
Broncograma aéreo
Pneumonia redonda – S. pneumoniae
Complicações:
Derrame pleural – S. pneumoniae
Pneumatocele (cavitação com parede fina) – S. aureus
Abscesso (cavitação com parede espessa e nível hidroaéreo) – S. aureus, anaeróbio
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 42
Pneumonia lobar
d. Tratamento
Internar se:
< 2m
Sinais de gravidade – tiragem subcostal, sat < 92%, BAN, gemência
Sinal geral de perigo – incapaz de beber líquido, vomita tudo
Doença de base
Complicações radiológicas
Ambulatorial Hospitalar
< 2m:
Ampicilina + Aminoglicosídeo
Amoxicilina VO por 7-10 dias
*Reavaliação em 48h > 2m:
Penicilina cristalina / Ampicilina IV
Oxacilina + Ceftriaxona – se muito grave
FALHA TERAPÊUTICA
Sem melhora após 48-72h > RX ou USG à beira do leito > derrame pleural?
b. Etiologia
Myoplasma pneumoniae – pneumonia atípica
Chlamydia trachomatis – pneumonia afebril do lactente
c. Clínica
PNM ATÍPICA – PNM AFEBRIL DO LACTENTE –
Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae Chlamydia trachomatis
> 5 anos
Parto vaginal – colonização da mucosa da
Início gradual
conjuntivite e da nasofaringe
Cefaleia, odinofagia, rouquidão + tosse +
Conjuntivite (após 1ª semana de vida) +
taquipneia
pneumonia (1-3m de vida – insidiosa + tosse +
Associação com miringite bolhosa (Mycoplasma)
taquipneia + afebril)
Contato com pessoas com o mesmo quadro
Laboratório: eosinofilia
Laboratório: crioaglutininas (> 1:64)
d. Diagnóstico
Clínico
▪ RX DE TÓRAX
Infiltrado intersticial
Hiperinsuflação
e. Tratamento
Macrolídeo (Azitromicina, Claritromicina, Eritromicina)
f. Diagnóstico diferencial
1) Fase catarral: resfriado comum
2) Fase paroxística: acessos de tosse seguidos de guincho/vômitos +
assintomático entre as crises
3) Fase de convalescência: melhora da tosse paroxística
COQUELUCHE –
Laboratório: leucocitose com linfocitose
Bordetella pertussis
RX de tórax: infiltrado peri-hilar (“coração felpudo”)
Tratamento: macrolídeo (Azitromicina) + isolamento por 5d
Profilaxia: Azitromicina (< 1 ano sempre, 1-7a não vacinados)
< 3m: tosse + apneia + cianose
*dTpa na gestante é pra prevenir a coqueluche no lactente < 3m!
b. Clínica
Pródromos catarrais (coriza, congestão nasal)
Febre e tosse
Taquipneia
Sibilos
Tempo expiratório prolongado
c. Diagnóstico
Clínico Lactente sibilante: 3 episódios
de sibilância/ano nos primeiros
2 anos de vida
▪ RX DE TÓRAX
Hiperinsuflação
Atelectasias
d. Diagnóstico diferencial
Sibilante transitório precoce: sibilo com 2-3 anos e nunca mais > infecção de repetição
Sibilante persistente: sibilo com 2-3 anos e que mantém até 6 anos > asma
Sibilante de início tardio: iniciou sibilo com 6 anos > asma
e. Tratamento
Internar se:
< 3m
Nasceu prematuro < 32 semanas
Gravidade
f. Prevenção
Lavagem das mãos
Palivizumab (anticorpo monoclonal) 1x/mês por 5 meses a depender da sazonalidade
g. Complicação
▪ BRONQUIOLITE OBLITERANTE
Complicação da bronquiolite causada por Adenovirus
Insulto inicial (infecção, doença inflamatória) > proliferação de fibroblastos dentro dos bronquíolos e
alvéolos > obliteração
Melhora do quadro agudo seguida de tosse, escarro purulento, dispneia, febre e cianose
Diagnóstico: espirometria + biópsia
TC: bronquiectasia, perfusão em mosaico
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 45
FIBROSE CÍSTICA
Infecções respiratórias de repetição + esteatorreia + baqueteamento digital
Estertores grossos difusos
Atraso na eliminação meconial
Teste do pezinho positivo > repetir em até 30 dias de vida > positivo > teste do suor (> 60)
Infecções por Pseudomonas, S. aureus e H. influenzae
BLS PEDIÁTRICO
1) Avaliar a segurança da cena
2) Avaliar responsividade
3) Gritar por ajuda / Usar celular – se estiver sozinho, NÃO sai de perto da criança!
4) Avaliar respiração e pulso
Com pulso + Não respira: ventilações 20-30 ventilações/min + checar pulso a cada 2min (iniciar compressões
torácicas se: ausência de pulso ou FC < 60)
Sem pulso + Não respira: iniciar RCP (C-A-B) – se colapso súbito testemunhado: chamar ajuda antes
RCP por 2min > chamar ajuda, DEA > checar ritmo
Chocável: choque > RCP por 2min > checar ritmo
Não chocável: RCP por 2min > checar ritmo
*Desfibrilador manual / com atenuador de carga / normal
PALS
Iniciar RCP + checar ritmo
AESP / Assistolia:
RCP por 2min + acesso IV/IO + Epinefrina a cada 3-5min + VA avançada (IOT: 20-30/min)
Avaliar ritmo a cada 2min + tratar causas reversíveis (6H, 5T)
FV/TV:
Choque > RCP por 2min + acesso IV/IO
Avaliar ritmo a cada 2min > chocável > choque > Epinefrina + VA avançada (IOT: 20-30/min)
Avaliar ritmo a cada 2min > chocável > choque > Amiodarona 5mg/kg (pode fazer 3x) ou Lidocaína
Carga: 2J/kg (1º choque) > 4J/kg (2º choque) > até carga máxima 10J/kg
*Epinefrina ET: dose 10x maior (0.1mg/kg)
Tubo
Sem cuff Com cuff 6H: + hipoglicemia
Idade / 4 + 4 Idade / 4 + 3.5
> 2 anos
OVACE
COM TOSSE:
acalmar e pedir para continuar tossindo
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 46
SEM TOSSE:
> 1 ano: Heimlich
< 1 ano: 5 golpes no dorso alternando com 5 compressões torácicas
IMUNIZAÇÕES
Ao nascer – BCG
BB Hepatite B
3 meses –
Meningo C
3=m
4 meses = 2 meses
5 meses = 3 meses
Hepatite A
15 meses – DTP
a debutante vomita tequila VOP
Tetraviral (tríplice + varicela)
DTP
4 anos – VOP
depois você faz vacina? Febre amarela
Varicela
HPV
Adolescente
Meningo ACWY
REGRAS BÁSICAS
Podem ser simultâneas – exceto: FA + tri ou tetraviral em < 2 anos (intervalo de 30 dias!)
Não há intervalo máximo entre doses da mesma vacina
Período de latência – febre amarela: 10 dias
Pré-termo: considera idade cronológica
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
Doença comum benigna afebril – IVAS, diarreia não grave, impetigo..
Desnutrição
Alergia não grave
Hospitalização – exceto VOP (MS), + VORH (SBIM)
HF de eventos adversos
Dose baixa de corticoide – tópico, nasal, inalatório..
AGENTES VIVOS
BCG
M. bovis atenuado
Protege contra formas graves de TB – meníngea, miliar NÃO REVACINAR A CRIANÇA
< 5 anos (MS) SEM CICATRIZ!
Via ID – única!
Mácula > pústula > úlcera > cicatriz + gânglio axilar < 3cm
RN CONTACTANTE DE TB BACILÍFERO:
não vacina + Isoniazida + PT aos 3m
VOP
Bivalente (VOP 1 e 3)
Reforços < 5 anos
NÃO REVACINAR SE A CRIANÇA
Apenas após VIP
CUSPIR/VACINAR!
VOP interrompe transmissão / VIP protege, mas não interrompe
transmissão
VORH
Protege contra diarreia grave
1ª dose: até 3m15d – porque teve associação com intussuscepção NUNCA REVACINAR!
2ª dose: até 7m29d
FEBRE AMARELA
Indicada em todo o Brasil (2020)
Até 59 anos (idoso: após avaliação individual!)
> 5 anos
Não vacinado 1 dose
1 dose antes de 5 anos 1 reforço
Vacinado após 5 anos Sem reforço
TETRAVIRAL – SCRV
Tríplice viral + varicela
< 5 anos
Apenas após a tríplice viral
VARICELA
4-7 anos
1 dose protege contra formas graves / 2 doses protegem contra todas as formas
ORGANIZANDO
Tríplice viral 2 doses < 29 anos
Tetraviral < 5 anos
Varicela < 7 anos
*Disponibilização pelo MS
HEPATITE B
HBsAg
Aplicação: ideal nas primeiras 12h
Mãe HBsAg positiva: vacina + Ig específica até 12h
4 doses (0, 2, 4 e 6m)
4 doses
RN 0 – Hepatite B (até 1 mês!)
2, 4 e 6m – Penta
> 7 anos não vacinado – 3 doses
não pode receber penta 0, 1 e 6m – Hepatite B
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 50
Sorologia pós-vacinal
Indicação: profissionais de saúde, grupos de risco
Anti-HbS < 10
< 2m Repetir 3 doses
> 2m 1 dose + nova sorologia
PENTAVALENTE
DTP + Hib + Hepatite B
< 7 anos
3 doses de Penta (2, 4 e 6m) + 2 DTP (15m e 4a) + reforço com dT 10/10 anos
< 7 anos
DTP, DTPa, DT *Preferir DTPa se: epilepsia, cardiopatia, pneumopatia, dç neurológica
crônica, RN internado, RN < 1000g ou < 31 semanas
> 7 anos
dT Reforços 10/10 anos
Não vacinados: 3 doses dT + reforços
dTpa Gestantes > 20ª semana (ou puérperas)
ATENÇÃO!
Disponível no CRIE
Penta acelular: DTPa + Hib + VIP
Hexa acelular: DTPa + Hib + VIP + Hepatite B
PNEUMO10
10 sorotipos
Protege contra doença pneumocócica invasiva e OMA
< 5 anos
3 doses (2, 4 e 6m) + 1 reforço (12m)
ATENÇÃO!
Disponível no CRIE
Pneumo13: > 5 anos com HIV, CA ou transplante sem Pneumo10
Pneumo23 (polissacarídica): > 2 anos com comorbidade, idosos institucionalizados
MENINGO C
< 5 anos
CRIE: portadores de comorbidades
MENINGO ACWY
Adolescentes 11-12 anos
1 dose ou reforço
Protege o indivíduo e a comunidade (imunidade de rebanho) – impede o estado de carreador!
CRIE: > 14 anos com hemoglobinúria paroxística noturna (eculizumabe)
VIP
Sempre nas doses iniciais
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 51
< 5 anos
Comunicante de imunodeprimidos: doses e reforços
HEPATITE A
< 5 anos
SBP / CRIE: 2 doses
INFLUENZA
Trivalente (2A e B)
Anual
Grupos prioritários: 6m a 6 anos, idosos, gestantes, comorbidades, profissionais de saúde, professores,
presos, indígenas
Na primo-vacinação:
6m – 9a 2 doses (intervalo de 30 dias)
> 9 anos 1 dose
Depois: reforço anual
HPV
Quadrivalente (6, 11, 16, 18)
NUNCA VACINADOS
10-19 anos:
Hepatite B (3 doses)
Tríplice viral (2 doses)
dT (3 doses) + reforços 10/10 anos
Adolescente Febre amarela (1 dose)
Todos:
HPV (2 doses)
Meningo ACWY (1 dose) – 11-12 anos
Hepatite B (3 doses)
Adulto – Tríplice viral (2 ou 1 dose)
20-59 anos dT (3 doses) + reforços 10/10 anos
Febre amarela
Hepatite B (3 doses)
Idoso – dT (3 doses) + reforços 10/10 anos
> 60 anos Influenza
Pneumo23 – institucionalizado
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 52
PROFILAXIA DE TÉTANO
Baixo risco Alto risco
≥ 3 doses Vacina (se UD > 10 anos) Vacina (se UD > 5 anos)*
< 3 doses /
Vacina Vacina + soro
incerta
*Idoso, desnutrido, imunodeprimido: + soro