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Sumário
OBSTETRÍCIA
GRAVIDEZ / PRÉ-NATAL
DIAGNÓSTICO
▪ CLÍNICO
Náuseas, polaciúria, mastalgia
Presunção –
Tubérculo de Montgomery
percebido pela mãe / mama /
Rede de Haller – venosa
sistêmico
Hunter – segundo contorno
Hegar – istmo amolecido
Piskacek – assimetria uterina
Probabilidade – Nobile-Budim – preenchimento do fundo de saco, útero globoso
útero / vagina / vulva Jacquemier – meato e vulva roxos
Kluge – vagina roxa
Goodel – colo amolecido
Puzos – rechaço fetal (> 14 semanas)
Certeza –
Movimentação (> 18-20 semanas, cicatriz umbilical) – pelo médico!
ouvir / sentir
Ausculta – sonar (> 10-12 semanas), pinard (> 18-20 semanas)
*A mórula entra na cavidade uterina, mas é o blastocisto que sofre a nidação
Altura uterina
Sínfise púbica 12 semanas – já sabe o sexo!
Entre a SP e o umbigo 16 semanas
Cicatriz umbilical 20 semanas – 500g
*Regra de MacDonald: AU x 8 / 7
▪ ULTRASSOM TV
4 semanas Saco gestacional
5 semanas Vesícula vitelina
6 semanas Embrião
7 semanas BCE
6-12 semanas: idade gestacional pela CCN – mais fiel
MODIFICAÇÕES MATERNAS
Lordose acentuada
OSTEOARTICULARES Marcha anserina – base alargada
Relaxamento ligamentar
Aumento da TFG (+ 50%)
Diminuição de Ureia e Cr
URINÁRIAS Glicosúria fisiológica (leve!) – ultrapassa capacidade de reabsorção
Dilatação pielocalicial leve à direita
Hiperaldosteronismo 2º - edema
Hiperventilação – aumento do VC / diminuição do volume residual /
RESPIRATÓRIAS* aumenta tempo expiratório (diminui paCO2)
Alcalose respiratória compensada – sensação de dispneia, evita acidose
Aumento do volume plasmático (+ 50%)
HEMATOLÓGICA
Anemia fisiológica – mas aumenta eritropoese (+ 30%)
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 4
PRÉ-NATAL
CONSULTAS – mínimo 6 consultas
< 28 semanas Mensal
28-36 semanas Quinzenal
> 36 semanas Semanal
*Idade NÃO indica pré-natal de alto risco!
SUPLEMENTOS
FERRO – Hb > 11: Sulfato ferroso 40mg Fe elementar
20 semanas até 3 meses pós- Hb 8-11: Sulfato ferroso 200mg Fe elementar + EPF
parto para não lactante Hb < 8: pré-natal de alto risco / internação
ÁCIDO FÓLICO – 0.4mg
3 meses antes da concepção Se filho anterior acometido / anticonvulsivante: 4mg
até 12 semanas Diminui defeitos do tubo neural
VACINAS
> 20 semanas
dTpa *Toda vez que engravidar!
*Se esquema incompleto (< 3 doses): completar com dT
Hepatite B
Influenza
*NÃO fazer vacina de agente vivo!
EXAMES
▪ LABORATORIAIS
1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
Tipagem sanguínea + fator Rh
Hemograma
Coombs indireto – se Rh neg
Glicemia em jejum TOTG 75g (24-28 semanas)
= 1º trimestre,
EAS + urocultura Coombs indireto – se Rh neg
exceto tipagem sanguínea + fator Rh
VDRL / TR Toxoplasmose IgG e IgM
Anti-HIV / TR
HbSAg + anti-HbS
Toxoplasmose IgG e IgM
+ eletroforese de Hb / outros: EPF, PCCU, TSH..
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 5
PROFILAXIA INTRAPARTO
Penicilina cristalina 5.000.000U IV > 2.500.000U IV 4/4h até clampeamento do cordão
Bacteriúria atual por GBS
Filho anterior teve GBS
Swab positivo com 35-37 semanas
Sem rastreio + FR (febre intraparto / prematuridade / RPMO > 18h)
▪ ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Não invasivo – avalia risco Invasivo – dá diagnóstico
Rastreio positivo ou alto risco
Rastreio – oferecer para todas (> 35 anos, anomalia congênita de feto/pais, perda de
*NÃO dá diagnóstico! repetição, consanguinidade)
TOXOPLASMOSE
IgG - / IgM - Suscetível Repetir + prevenção
IgG + / IgM - Imune Abandonar rastreio
IgG - / IgM + Infecção aguda ou falso positivo Dosar IgA ou repetir IgG após 3 semanas (soroconversão?)
Teste de avidez se ≤ 16 semanas
Alta (> 60%): infecção antiga
Baixa (< 30%): infecção aguda
IgG + / IgM + Infecção aguda ou antiga
Se infecção aguda:
< 30 semanas: Espiramicina 1g 8/8h + rastrear feto (amniocentese)
> 30 semanas / infecção fetal: + Sulfadiazina + Pirimetamina +
Ácido foliníco
*IgM pode significar infecção de até 4 meses atrás / *Maior risco de infecção: 3º trimestre
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 6
ABORTAMENTO
a. Conceito
Interrupção da gestação < 20-22 semanas ou < 500g
b. Classificação
Precoce Tardio
≤ 12 semanas > 12 semanas
Provocado
Legal:
Anencefalia (> 12 semanas, 2 médicos assinam laudo)
Risco de morte materna (2 médicos assinam)
Estupro (< 20-22 semanas, não precisa de perícia/juiz)
COLO FECHADO
COMPLETO Útero menor e vazio (endométrio < 15mm) Orientação
AMEAÇA Útero compatível + embrião vivo Repouso relativo
Útero menor + embrião morto (ausência de BCE
com CCN > 7mm) + regressão dos sintomas Esvaziamento ou aguardar até
RETIDO
gravídicos 1 semana pra ver se expulsa
*Se dúvida: repetir USG em 2 semanas!
*Colo fechado = USG!
Esvaziamento:
≤ 12 semanas AMIU ou curetagem
Sem feto: curetagem
> 12 semanas Com feto: misoprostol > curetagem
*Cesariana prévia: Krause / Ocitocina
Fatores de risco:
> 40 anos
Intervalo interpartal curto
SOP
Abortamento / mola prévio
FIV
Tabagismo
ACO
MOLA HIDATIFORME
Completa Parcial – mais comum
Não tem embrião Tem tecido fetal
20% malignização 5% malignização
Genes paternos Triploide (69XXY)
1 espermatozoide fecunda 1 óvulo vazio > todo o 2 espermatozoides fecundam 1 óvulo normal >
material é de origem paterna > diploide (46XX) triploide (69XXY)
*Risco de nova gestação molar: 1-2%
a. Clínica
Sangramento de repetição em “suco de ameixa”
Presença de vesículas
Útero aumentado – sínfise púbica: 12s / umbigo: 20s
Hiperemese
Hipertireoidismo – HCG estimula TSH
Pré-eclâmpsia precoce
b. Diagnóstico
BHCG muito alto (> 100.000)
USG: “flocos de neve”, “cachos de uva”, cistos ovarianos
*Os cistos regridem com o tratamento!
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 8
c. Tratamento
Esvaziamento (vacuoaspiração) + biópsia + contracepção (exceto DIU)
Após biópsia positiva: histerectomia (> 40 anos, prole definida) – diminuir risco de malignização
Se malignização: QT
CONTROLE DE CURA
BHCG semanal (ou quinzenal*) > 3 dosagens negativas > BHCG mensal por 6 meses
SUGERE MALIGNIZAÇÃO:
Aumento em 2 semanas / 3 dosagens (dias 1, 7 e 14)
3 semanas em platô / 4 dosagens (dias 1, 7, 14 e 21)
Ainda positivo após 6m
Metástases – mais comum: pulmão (RX!)
GRAVIDEZ ECTÓPICA
a. Conceito
Implantação fora da cavidade uterina
Local mais comum: tuba uterina (ampola)
b. Fatores de risco
Normal:
DIP BHCG duplicar (66%) em 48h /
Ectópica prévia Progesterona > 25
Raça negra
Endometriose
Reação de Arias-Stella: sangramento endometrial
> 35 anos por baixa concentração de hormônio
Tabagismo
DIU – relativo
c. Clínica
Atraso menstrual + dor abdominal + discreto sangramento vaginal (50%)
Rota: choque + sinal de Blumberg + sinal de Proust
Assintomática
d. Diagnóstico
Atraso menstrual com dor abdominal + BHCG > 1500 + USG com útero vazio (> 6 semanas)
*1500 é o valor do descobrimento!
e. Tratamento
Hemorragia decidual > hematoma retroplacentário (ciclo vicioso) > sangue irrita miométrio > hipertonia uterina +
consumo dos fatores de coagulação (CIVD)
b. Fatores de risco
Trauma T
Anos > 35 Á
Com
Corioamnionite D
Drogas (cocaína, tabaco) P
Polidramnia e gemelar – hiperdistensão uterina P
Pressão alta (HAS) – principal fator de risco
c. Clínica
Dor abdominal
Taquissistolia – > 5/contrações em 10min
Hipertonia
Sofrimento fetal agudo – diminuição da troca materno-fetal
Sangramento escuro (80%)
Hemoâmnio
e. Conduta
Amniotomia +
Via mais rápida
Feto vivo Maioria cesariana
Se parto iminente (fórceps): vaginal
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 10
f. Complicações
▪ ÚTERO DE COUVELAIRE – apoplexia uteroplacentária
Sangue infiltra miométrio > desorganiza as fibras musculares > hipotonia/atonia uterina
1) massagem bimanual + ocitócito (ocitocina IV, misoprostol, ergotamina) > 2) sutura de B-Lynch > 3)
ligadura hipogástrica / uterina > 4) histerectomia subtotal
▪ SÍNDROME DE SHEEHAN
Necrose da hipófise após hemorragia
Amenorreia secundária + ausência de lactação
▪ CIVD
Passagem da tromboblastina para circulação materna
Teste de Weiner (do coágulo): colhe 8ml de sangue > fecha o tubo dentro da mão > o sangue tem que
coagular entre 5-10 min e permanecer firme por + 15 min > afasta hipofibrinogenemia
PLACENTA PRÉVIA
a. Conceito
Placenta próxima ou sobre o orifício interno do colo confirmada após 28 semanas
*Inserção viciosa de placenta
b. Fatores de risco
Cicatriz uterina prévia (cesárea/curetagem) C
Idade > 35 anos I
Multiparidade / múltipla (gemelar) M
E
Endometrite
T
Tabagismo
c. Classificação
Inserção baixa Não toca o OIC, mas se localiza < 2cm
Marginal Toca, mas não cobre o OIC
Parcial Cobre parcialmente o OIC
Total Cobre totalmente o OIC
d. Clínica
Sangramento P
Progressivo R
Repetição E
V
Espontâneo
I
Vermelho vivo A
Indolor
Ausência de hipertonia e sofrimento fetal agudo
e. Diagnóstico
USG transvaginal
Parcial Total
f. Conduta
A termo Interrupção
Sangramento intenso: interrupção
Prematuro
Sangramento escasso: expectante (corticoide, sulfato de magnésio..)
*Amniotomia se for inserção baixa / marginal – apresentação comprime a placenta e cessa sangramento
Via de parto
Total Cesariana
Parcial Maioria cesariana
Marginal Avaliar parto vaginal
g. Complicações
Apresentação anormal
Penetração no útero anormal
Puerpério anormal – hemorragia (atonia), infecção
▪ ACRETISMO PLACENTÁRIO
Penetração anormal da placenta na parede uterina
Suspeita: placenta prévia + cesárea anterior
Diagnóstico: USG com doppler / RM
Classificação e conduta
Acreta – perfura endométrio, mas não atinge miométrio Tentar extração manual ou histerectomia
Increta – invade miométrio Histerectomia
Percreta – invade serosa / órgãos adjacentes Histerectomia
ROTURAS
ROTURA DE SEIO MARGINAL
a. Conceito
Seio marginal: extrema periferia do espaço interviloso (meio da placenta, entre a face materna e fetal)
b. Clínica
= placenta prévia, mas o USG é normal
c. Diagnóstico
Histopatológico
d. Conduta
Parto vaginal
*Sangramento geralmente é discreto – bom prognóstico!
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 12
c. Clínica
Sangramento vaginal súbito após amniorrexe
Sofrimento fetal agudo
d. Conduta
Cesariana de urgência
*Pior prognóstico: veia umbilical
ROTURA UTERINA
a. Fatores de risco
Multiparidade
Kristeller – violência obstétrica!
Cicatriz uterina
Parto obstruído (DCP)
Malformação uterina
b. Clínica
IMINÊNCIA DE ROTURA – síndrome de Bandl-Frommel
Sinal de Bandl – anel que separa o corpo do segmento
Sinal de Frommel – ligamentos redondos distendidos palpáveis
ROTURA CONSUMADA
Fácil palpação de partes fetais
Sinal de Reasens – subida da apresentação fetal
Sinal de Clark – enfisema subcutâneo
Parada súbita do TP
c. Conduta
Iminência Cesariana
Consumada Histerorrafia / Histerectomia
INCOMPATIBILIDADE MATERNO-FETAL
ABO Rh
Mais comum Mais grave
Não exige exposição prévia Exige exposição prévia
Proteção parcial para incompatibilidade Rh Tem profilaxia
Não tem profilaxia
Mãe Rh – e filho +
Mãe O e filho A ou B
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 13
Mãe Rh -
Pedir coombs indireto (28, 32, 36 e 40 semanas)
Se CI positivo:
< 1:16 – repetir mensal
≥ 1:16 – investigar anemia fetal (doppler de ACM > cordocentese)
Doppler de ACM –
Velocidade máxima do pico sistólico > 1.5
CI ≥ 1:16 ou HP de complicação fetal grave
Cordocentese – Diagnóstico e tratamento
se < 34 semanas *Mais arriscada!
*Se > 34 semanas: interrompe gestação
Indicação de Imunoglobulina anti-D:
Sangramento
Exame invasivo – amniocentese, cordocentese
No parto
28 semanas com CI negativo*
ATENÇÃO!
Quando aplica a imunoglobulina, o CI fica positivo por cerca de 12 semanas – se fez e não ficou, faz de novo,
porque indica que toda a Ig foi consumida pelas hemácias fetais!
A aplicação da imunoglobulina protege por 3 semanas – isto é, se aplicou e teve um sangramento após 3
semanas, tem que fazer de novo!
Se fez imunoglobulina em caso de sangramento ou exame invasivo, também faz no parto, porque até lá a
concentração de Ig já está muito baixa
300mcg neutralizam 30ml de sangue fetal
DOENÇAS CLÍNICAS
DOENÇA HIPERTENSIVA
HAS CRÔNICA PRÉ-ECLÂMPSIA
< 18 anos e > 35 anos
> 35 anos
Primigesta
Multigesta
HAS > 20 semanas
HAS < 20 semanas
Proteinúria > 20 semanas
Proteinúria ou não
Calciúria < 100mg/24h
Calciúria > 100mg/24h
Melhora até 12 semanas pós parto
Persiste no puerpério
*Ácido úrico tem valor prognóstico!
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 14
HAS GESTACIONAL
PA ≥ 140x90 após 20 semanas + sem proteinúria/outras alterações
+ melhora até 12 semanas pós parto
*Principal causa de morte materna no Brasil
PRÉ-ECLÂMPSIA
a. Conceito
Surgimento após 20 semanas de PA ≥ 140x90 + proteinúria ≥ 300mg/dia ou RPC ≥ 0.3 ou ≥ + na fita
b. Fisiopatologia
Ausência da 2ª onda de invasão trofoblástica > artérias espiraladas permanecem estreitas > RVP permanece
aumentada (persistência da incisura protodiastólica após 20 semanas) > isquemia placentária > lesão endotelial
generalizada > espasmo arteriolar placentário e sistêmico > aumento da permeabilidade capilar > HAS + LOA
No rim: endoteliose capilar glomerular > diminuição da TFG > proteinúria não seletiva + diminuição da excreção de ácido úrico
c. Rastreamento – 1º trimestre
História clínica materna
Doppler de artérias uterinas (11-13.6 semanas): aumento da resistência
Marcadores bioquímicos: PAPP-A e PLGF reduzidos
Medida da PA *Na gestação normal, entre 18-20 semanas, ocorre a 2ª
onda de invasão trofoblástica, a qual “consome” as
d. Prevenção artérias espiraladas e converte-as em vasos de baixa
resistência, facilitando a passagem de sangue para a
Indicação: placenta e, consequentemente, reduzindo a PA!
Pré-eclâmpsia anterior (pessoal ou familiar)
Gemelar
Vasculopatia (HAS crônica, LES..)
Risco no Doppler
AAS 12-16 semanas até 36 semanas
Carbonato de cálcio 20 semanas – se baixa ingesta!
e. Classificação
GRAVE
PA ≥ 160x110
EAP
Cr > 1.2*
Síndrome HELLP: LDH ≥ 600, esquizócitos, BI ≥ 1.2 + AST ≥ 70 + plaquetopenia < 100.000
Iminência de eclâmpsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia, hiperreflexia
Eclâmpsia
f. Conduta
▪ ANTI-HIPERTENSIVOS – meta: PAS 140-150 / PAD 90-100
Indicação:
PA ≥ 160 x 110
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 15
Hidralazina IV
Na crise Labetalol IV
Nifedipino VO
Metildopa VO
De manutenção Hidralazina VO
Pindolol VO
*NÃO usa: IECA, DIU
▪ SULFATO DE MAGNÉSIO
Indicação:
Pré-eclâmpsia grave / eclâmpsia
INTOXICAÇÃO
Reflexo patelar ausente
FR < 14-16
▪ INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO
Leve Conduta expectante até o termo (37 semanas)
≥ 34 semanas: parto após estabilização
Grave < 34 semanas: avaliar bem estar materno e fetal,
administração de corticoide e sulfato de magnésio
*Via de parto depende das condições maternas e fetais
g. Complicações
Maternas Fetais
DPP
CIUR
Eclâmpsia
Centralização
AVC
Óbito
Rotura hepática
h. Diagnóstico diferencial
3º trimestre
Primíparas, feto masculino
Náuseas/vômitos + dor no HD + icterícia
ESTEATOSE HEPÁTICA AGUDA Hiperbilirrubinemia direta + aumenta TGO/TGP + IRA +
DA GESTAÇÃO leucocitose + hipoglicemia + hipofibrogenemia + hiperuricemia
Tratamento: parto + estabilização
Complicações: insuficiência hepática e renal – óbito fetal por
acidose materna
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 16
3º trimestre
Prurido diurno > icterícia (50%)
COLESTASE Leve aumento de GGT, FA, TGO, TGP
Desaparece pós parto e recorre em outras gestações
Risco de óbito fetal
DIABETES GESTACIONAL
a. Fisiopatologia – a gravidez é um “teste” para o pâncreas
2ª metade da gestação > aumento do HPL (contrainsulínico) com pico entre 24-28 semanas > aumento da resistência
à insulina > aumento da demanda da secreção de insulina pelo pâncreas para tentar vencer a resistência
b. Fatores de risco
DMG prévio DMG + insulina + fazendo
Obesidade hipoglicemia:
Morte fetal anterior inexplicada insuficiência placentária – diminuição
Macrossomia anterior da produção de hormônios
HAS contrarregulares
HF de 1º grau
c. Classificação
Priscilla-White
A1: sem insulina
A Adquirida na gestação
A2: com insulina
≥ D: doença vascular
F: nefropatia
B Prévio R: retinopatia
H: coronariopatia
T: tx renal
d. Diagnóstico
TOTG 75g com 24-28 semanas
GJ ≥ 92-125
GJ < 92 1h ≥ 180
2h ≥ 153
= DMG
GJ 92-125 DMG
GJ ≥ 126
Glicemia ≥ 200 + sintomas DM prévio
HbA1c ≥ 6.5
*Basta 1 exame alterado!
e. Conduta
▪ DM GESTACIONAL
Dieta + atividade física por 1-2 semanas
Se falha: insulina 1º trimestre / pós-parto: diminuir dose da insulina
2º e 3º trimestre: aumentar dose da insulina
▪ DM PRÉVIO
Suspender antidiabéticos orais + iniciar insulina
*Pode manter Metformina / Glibenclamida
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 17
METAS
GJ < 95
Pré prandial < 100
Pós prandial 1h < 140
Pós prandial 2h < 120
PARTO
DMG sem complicação Normal
DMG com insulina Parto com 38-39 semanas
*Cesárea se > 4-4.5kg
f. Complicações
Macrossomia – hiperinsulinemia fetal
Hipoglicemia / Hipocalcemia / Policitemia / Hiperbilirrubinemia neonatal
Distócia de espáduas
SFA DMG NÃO AUMENTA MALFORMAÇÃO!
Polidrâmnia – poliúria
Malformação fetal (apenas DM prévia!!!!) – síndrome regressão caudal: mais específica!
Morte súbita fetal – policitemia > hiperviscosidade > hipoperfusão tecidual > acidose metabólica
1) McRoberts
2) Pressão suprapúbica
3) Rubin I
4) Woods
DISTÓCIA DE ESPÁDUAS
5) Rubin II
6) Jacquemier
7) Gaskin
8) Zavanelli
g. No puerpério
Volta com antidiabéticos orais / insulina metade da dose do final /
DM prévio
insulina dose pré-gestacional
DMG Suspende insulina + dieta geral + novo TOTG após 6-12 semanas
GEMELARIDADE
a. Classificação
MONOZIGÓTICA – DIZIGÓTICA –
mesmo ovo ovos diferentes
< 3 dias: dicoriônica diamniótica
4-8 dias: monocoriônica e diamniótica Sempre dicoriônica e diamniótica
9-12 dias: monocoriônica e monoamniótica *Mais comum!
> 13 dias: siameses
*≤ 8: diamniótica / > 9: monoamniótica
b. Fatores de risco
DZ: HF, raça, idade
MZ, DZ: técnicas de fertilização Maior risco: monocoriônica
I Oligodrâmnia / Polidrâmnia
II Bexiga não visualizada
III Doppler alterado
IV Hidropsia fetal
V Óbito fetal
Conduta
Leve Amniocentese seriada
Grave Fotocoagulação com laser
INFECÇÃO URINÁRIA
a. Etiologia
E. coli
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
≥ 100.000 UFC/ml em pacientes assintomáticas
b. Tratamento
Amoxicilina
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA /
Nitrofurantoína
CISTITE
Fosfomicina
PIELONEFRITE Internar + ATB parenteral
Sempre: urocultura de controle
c. Prevenção
ATB profilaxia após:
1º episódio de pielonefrite
2º episódio de cistite/bacteriúria assintomática
HIPERÊMESE
a. Fatores de risco
Gemelar
Mola
Feto feminino
HP ou HF
b. Diagnóstico – clínico!
Perda de peso (> 5%)
Desidratação
Cetonúria
Aumento de TGO/TGP, bilirrubinas, amilase/lipase
c. Tratamento
Internação
Dieta zero
Reposição hidroeletrolítica
Tiamina
Metoclopramida / Dimenidrinato / Prometazina / Ondansetrona
OUTROS
Prognóstico pior se ativo, nefrite e SAF
Complicações: reativação (3º trimestre), lúpus neonatal (BAV – eco a partir do 2º
trimestre), abortamento, prematuridade, pré-eclâmpsia e CIUR
Diagnóstico diferencial: pré-eclâmpsia e HELLP – HAS, hemólise, plaquetopenia,
consumo de C3/C4/CH50
Tratamento: Prednisona (na atividade) / Hidroxicloroquina (previne reativação) /
LES NA GESTAÇÃO Azatioprina (imunossupressor de escolha)
AAS a partir da 12ª semana – prevenção de pré-eclâmpsia
Contraindicação à gestação: doença renal em atividade, neurológica (AVC recente),
doença restritiva pulmonar, miocardite
Ideal engravidar após 2 anos do diagnóstico + 6m de remissão + Cr < 1.6 +
proteinúria < 1g + HAS controlada
*NÃO pode: Ciclofosfamida / Clorambucil / Metotrexato
Diagnóstico: 1 clínico + 1 laboratorial
Clínico: trombose sem inflamação do vaso / morte intrauterina > 10s / parto prematuro
SAF NA GESTAÇÃO
< 34 semanas por pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária / 3 abortamentos
consecutivos < 10 semanas
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 20
OLIGODRÂMNIA POLIDRÂMNIA
CIUR
Anomalias congênitas – agenesia renal, doença
renal cística, obstruções urinárias Obstrução gastrointestinal – atresia de esôfago,
Síndromes hipertensivas duodeno
Colagenoses/SAF Anomalias do SNC – anencefalia, espinha bífida
DM prévio com vasculopatia Arritmias
Desidratação Displasias esqueléticas
Medicações – IECA, AINE Infecções congênitas
STFF Hidrópsia fetal
Gestação prolongada DMG, DM prévio descompensado
Idiopática Aloimunização
STFF
*O oligodrâmnia é marcadador isolado de maior morbidade Corioangioma
*Risco de hipoplasia pulmonar está relacionado à IG e à gravidade
da oligodrâmnia
▪ SEQUÊNCIA DE POTTER
Resultante da adramnia precoce
Achatamento de face, implantação baixa de orelhas, malformações de membros e hipoplasia pulmonar
Causas: Causas:
infecções do 1º trimestre, trissomias, drogas (BB) insuficiência placentária (HAS, DM, LES, gemelar..)
*Tipo III/misto/assimétrico precoce/intermediário: raro
LÍQUIDO AMNIÓTICO:
OLIGODRÂMNIA Produção:
1) Avaliar altura uterina – suspeita 1ªs semanas: passagem passiva pela membrana
2) USG obstétrico – confirma diagnóstico amniótica (gradiente osmótico) – isotônico
ILA < 5cm ou maior bolsão < 2cm 2ª metade: urina, secreção pulmonar
Reabsorção:
Causas: insuficiência placentária, RPMO, malformação
Deglutição, intramembranosa
urinária, IECA, indometacina
inicia produção com 11 semanas > aumenta até 32
semanas > para > diminui após 37 semanas
ILA normal (soma dos 4 quadrantes): 8-18
Normal no 3º trimestre
Aumento da resistência
Diástole zero
Insuficiência placentária > aumento da resistência na art. umbilical > centralização >
prioriza órgãos nobres (coração, cérebro, suprarrenal)
▪ DUCTO VENOSO – função cardíaca (VD) fetal Shunt entre a veia umbilical intra-
Indicação: fetos < 32 semanas com centralização – prevê risco de abdominal e VCI – leva sangue oxigenado!
morte fetal
É a última alteração diante do sofrimento fetal!
Normal
Alterado
Conduta
CIUR com Doppler normal Termo (37-40 semanas)
Diástole zero / Centralização fetal CTG + PBF + ducto venoso normais: > 32-34 semanas
Diástole reversa / onda A negativa Imediato
AUSCULTA CARDÍACA
Intermitente
30/30min na dilatação
Baixo risco
15/15min no expulsivo
15/15min na dilatação
Alto risco
5/5min no expulsivo
CARDIOTOCOGRAFIA
Indicação: alto risco
Desacelerações:
DIP I / Precoce / Cefálico Coincide com contração Compressão cefálica
DIP II / Tardio Após a contração Asfixia – sofrimento fetal agudo
DIP III / Variável / Umbilical Variável em relação a contração Compressão de cordão – oligodramnio
Recuperação lenta
DIP III desfavorável Sem retorno à linha de base Hipóxia – se tiver tendo contração
Bifásica (em “W”)
DIP II
Sinusoidal – anemia!
CATEGORIAS
Linha de base 110-160
Variabilidade moderada (6-25)
I
Sem DIP II ou III
Aceleração presente/ausente
II Entre I e II
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 25
Sem variabilidade +
DIP II ou III recorrente
III Bradicardia
Padrão sinusoidal
Conduta
Categoria I Acompanhar
DIP I ou III com boa variabilidade *Não é sofrimento!
Ressuscitação intrauterina: oxigênio + decúbito lateral
Categoria III
esquerdo + suspender ocitocina + corrigir hipotensão
DIP II ou III sem variabilidade
Parto pela via mais rápida
Cardiotocografia +
4 parâmetros do USG
(CTG > respiração > movimentação > tônus fetal > ILA)
Normal 8-10
Anormal < 4
*Se CIUR + 8/10 (oligodrâmnia) + > 34 semanas: parto
FÓRCEPS
Qualquer variedade – exceto transversa
SIMPSON Pequenas rotações (< 45 graus)
Articulação fixa, grande curvatura pélvica
PIPER Cabeça derradeira
Variedade transversa
KIELLAND Grandes rotações (> 45 graus)
Articulação por deslizamento, pequena curvatura pélvica
*Pegada biparietomalomentoniana
Condições de aplicabilidade
A Ausência de colo – dilatação total
P Pelve proporcional
L Livre canal de parto
I Insinuação – a partir de 0 (médio) ou +2 (baixo)
C Conhecer a variedade
A Amniotomia
R Reto / Bexiga vazios
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Indicações
Descolamento de retina
Cardiopatia
Maternas
Exaustão
Hérnia abdominal
Sofrimento fetal agudo
Fetais Prolapso de cordão
Cabeça derradeira
PUERPÉRIO FISIOLÓGICO
Imediato: < 10 dias
Tardio: 10-45 dias
Remoto: > 45 dias
3 etapas da lactação
Mamogênese: desenvolvimento da mama
Lactogênese: inicio da lactação – prolactina
Lactopoiese: manutenção da lactação – ocitocina
Método de amenorreia da lactação: < 6m + amenorreia + aleitamento exclusivo
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECCÇÕES PUERPERAIS
Febre ≥ 38 por mais de 48h do 2-10 dias pós-parto
Profilaxia: ATB 30min antes da cesárea / reduzir número de toques / manter bolsa íntegra
Parece que é endometrite, mas não melhora com ATB > USG com Doppler > ausência de fluxo em veia ovariana >
tromboflebite pélvica séptica > conduta: + Heparina
▪ ABSCESSO MAMÁRIO
Complicação da mastite Abscesso subareolar recidivante:
Tratamento: drenagem + manter amamentação + ATB – tabagista
exceto: saída de pus pela papila, incisão na papila Tratamento: cessar tabagismo + ressecção
HEMORRAGIA PUERPERAL
Perdas > 0.5L (vaginal) e > 1L (cesariana) ou sinais/sintomas de hipovolemia
*Principal causa de morte materna no mundo (no Brasil: hipertensão!)
Fatores de risco
Gemelar
Polidrâmnia
Mioma Índice de choque:
Corioamnionite FC / PAS ≥ 0.9 risco de transfusão
Trabalho de parto muito rápido ou muito lento
Anestesia geral (halotano)
Complicações
CIVD
Síndrome de Sheehan: necrose da hipófise > amenorreia + agalactorreia
Causas
TÔNUS Atonia uterina – mais comum
TRAUMA Laceração do canal de parto
TECIDO Restos placentários – tardio
TROMBO Coagulopatia
▪ ATONIA UTERINA
1) Massagem uterina bimanual (Hamilton)
2) Ocitocina IV / Misoprostol retal / Ergometrina (CI: hipertensão) + ácido tranexâmico (< 3h)
3) Balão de Bakri (intrauterino) no máx 24h
4) Rafia de B-Lynch (sutura compressiva) Prevenção: Ocitocina 10U IM após
5) Rafia vascular (uterina, hipogástrica) expulsão fetal + Tração controlada do
6) Embolização uterina cordão + Massagem uterina
7) Histerectomia subtotal
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▪ RETENÇÃO PLACENTÁRIA
Manobra de Credé > extração manual / curetagem / evitar tração excessiva
ASSISTÊNCIA AO PARTO
ESTÁTICA FETAL
ATITUDE –
Ovoide (flexão generalizada)
relação das partes fetais entre si
Longitudinal
SITUAÇÃO –
Transverso
maior eixo fetal com maior eixo uterino
Oblíqua – transitória
POSIÇÃO – Esquerda (tipo 1) – mais comum
dorso fetal com abdome da mãe Direita (tipo 2)
Cefálica
APRESENTAÇÃO –
Pélvica
polo fetal que ocupa estreito superior
Córmica – se situação transversa
▪ VARIEDADES DE APRESENTAÇÃO
Na apresentação pélvica
Completa Pé e bumbum
Incompleta / Agripina / Simples Só bumbum
Com procedência de pés Só pés
Na apresentação cefálica
Fontanela posterior / Lambda / Pequena / Triangular
Fontanela anterior / Bregma / Grande / Losangular
Fletida / Occipital –
melhor prognóstico > Lambda Sutura sagital
menor diâmetro para insinuação
(subocciptobregmático)
Defletida de 1º grau Bregma
Defletida de 2º grau / Fronte – Sutura metópica
Glabela / Naso
pior prognóstico
Defletida de 3º grau / Face Mento Linha facial
*Se tocar lambda e bregma, quem manda é lambda!
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TRAJETO
Bacias
Ginecoide – Forma arredondada – espinhas isquiáticas não são proeminentes
mais comum Mais favorável
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Planos de DeLee
MECANISMOS DE PARTO
TEMPOS PRINCIPAIS TEMPOS ACESSÓRIOS
1) Insinuação Flexão
2) Descida Rotação interna
3) Desprendimento Deflexão
4) Restituição (rotação externa) Desprendimento de ombros (A > P)
*O mais comum é o feto começar em OEA e fazer a rotação interna para OP (rotação 45º)
*A rotação interna é sempre em direção OP!!!
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INDUÇÃO DO PARTO
BISHOP > 6 Ocitocina
Misoprostol 25-50mcg
BISHOP < 6
Krause (balão) / descolamento digital – se cicatriz uterina (cesárea, miomectomia)
*BISHOP: colo (dilatação, apagamento, posição e consistência) + altura (DeLee)
Contraindicações à indução:
Placenta prévia
Gestação múltipla
Macrossomia fetal
Sofrimento fetal
Apresentação anômala
Herpes genital ativo
HIV positivo
b. Conduta
CORIOAMNIONITE OU SFA?
Sim: ATB + parto (corioamnionite = vaginal!!!)
Não:
> 34 semanas –
Parto + profilaxia para GBS (Penicilina cristalina 4/4h)
conduta ativa
24-34 semanas – Corticoide (12mg IM Betametasona 2 doses 24/24h) +
conduta expectante ATB (Ampi 2g IV 6/6h 48h + Azitro 1g VO > Amoxi 500mg VO 8/8h por 5 dias)
*O ATB é para aumentar o tempo de latência e diminuir o risco de corioamnionite!
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b. Conduta
> 34 semanas Parto + profilaxia para GBS (Penicilina cristalina 4/4h)
Corticoide (12mg IM Betametasona 2 doses 24/24h) +
24-34 semanas Tocólise (Nifedipina, Indometacina, B2-agonista, Atosiban) +
Sulfato de magnésio (se < 32 semanas)
Contraindicações
Nifedipino Cardiopatia, hipotensão
Indometacina > 32 semanas (fechamento de ducto arterioso)
B2-agonista Cardiopatia, DM
Atosiban -
PARTOGRAMA
Dilatação < 1cm/h com intervalo de 2h Discinesia uterina (contrações não
FASE ATIVA
– ultrapassa linha de alerta eficientes)
PROLONGADA
*Dilata, mas é lento DCP
Discinesia uterina (contrações não
PARADA SECUNDÁRIA
Dilatação mantida por 2h eficientes)
DA DILATAÇÃO
DCP
PARA SECUNDÁRIA DA Altura mantida por 1h com dilatação DCP
DESCIDA máxima Alteração da posição fetal
PERÍODO PÉLVICO
Descida é lenta, mas não para Discinesia uterina
PROLONGADO
PARTO PRECIPITADO
Dilatação e expulsão ≤ 4h *Alto risco de laceração!
(TAQUITÓCITO)
*Só preocupa com a apresentação depois da dilatação total!
ASSISTÊNCIA CLÍNICA
DILATAÇÃO
Inicia com TP (dilatação progressiva 4cm, 2/3 contrações rítmicas e regulares em 10min) e termina com 10cm
Conduta:
Dieta com líquidos claros (água, chás) *NÃO FAZ: tricotomia (só se precisar na hora
Analgesia não farmacológica – banho em água morna da incisão), amniotomia de rotina, enteróclise
Toque a cada 2h/4h
Ausculta BCF 30/30min (baixo risco), 15/15min (alto risco)
Deambulação livre – se bolsa íntegra
EXPULSIVO
Após dilatação total (10cm) e termina com a expulsão total
Duração: 2h30min (primíparas), 1h (multípara) – analgesia: +1h
EPISIOTOMIA
Conduta: Mediana: menos dor / lesão muscular /
Evitar decúbito dorsal sangramento, maior risco de lesão de reto
Ausculta BCF 15/15min (baixo risco), 5/5min (alto risco) Médio-lateral: mais dor / lesão muscular /
sangramento, menor risco de lesão de reto
Manobra de Ritgen modificada (proteção do períneo) ou hands off
*Músculos lesados:
Episiotomia se: feto grande, uso de fórceps bulbocavernoso, transverso superficial
SECUNDAMENTO / DEQUITAÇÃO
Saída da placenta
Duração: até 30min
Mecanismos
Schultze: face fetal – placenta > sangue
Duncan: face materna (cotilédones) – placenta + sangue
Conduta:
Ocitocina 10U IM após expulsão fetal
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4º PERÍODO
Após saída completa da placenta
Duração: 1h
Hemostasia
Miotamponagem: contração da musculatura uterina (globo de segurança de Pinard)
Trombotamponagem: formação de trombos
Conduta:
Observação atenta
DISTÓCIA DE OMBROS
1) McRoberts + pressão suprapúbica: hiperextensão das coxas (frango assado)
2) Rubin I: pressão suprapúbica por 30 segundos
3) Gaskin: posição de 4 apoios
4) Rubin II: adução/RI do ombro impactado
5) Woods reversa: contrário do Rubin II
6) Jaquemier: remoção do ombro posterior
CABEÇA DERRADEIRA
Bracht
Liverpool
Mauriceau
Fórcipe de Piper