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APRESENTAÇÃO
PROF. ÉLIO
CASTRO
Olá, Estrategista! Hemorragia digestiva é o tema mais
cobrado de gastroenterologia nas provas de Residência Médica,
tanto nas provas de cirurgia quanto de clínica médica. Em nosso
sistema de questões, são mais de 500 a esse respeito, das quais
quase 38,5% são sobre HDA não varicosa, que é o assunto des-
ta revisão. Aqui, serão resumidos os aspectos fundamentais para
acertar as questões sobre o tema. Reforço que existe um livro e
um resumo dedicados exclusivamente à hemorragia digestiva
alta por varizes. Não deixe de ler também esse material, certo?
Então, vamos em frente!
@estrategiamed t.me/estrategiamed
Estratégia
MED
GASTROENTEROLOGIA Hemorragia digestiva alta não varicosa Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.5 HEMOBILIA 8
CAPÍTULO
Câncer (3%)
Dividimos em varicosa e não varicosa porque há diferenças ou nos casos suspeitos de trombose segmentar da veia porta ou
importantes na conduta desses dois tipos de hemorragia. Por isso, veia esplênica (pancreatite aguda complicada com coleções ou
é importante reconhecer quando um sangramento é suspeito de câncer de pâncreas).
ser varicoso, pois esse diagnóstico muda bastante o manejo clínico Se o paciente da questão não tiver qualquer evidência de
desde o início. hipertensão portal, você deve considerar que se trata da HDA
Você deve suspeitar de HDA varicosa se o paciente não varicosa, tendo a doença ulcerosa péptica como principal
apresentar estigmas de cirrose hepática (icterícia, ascite, etiologia. O quadro abaixo resume as principais condições para
esplenomegalia, ginecomastia, telangiectasias, circulação colateral pensar em etiologias específicas de HDA não varicosa. Veja:
visível, plaquetopenia, aumento de bilirrubinas ou albumina baixa)
1. A questão não deu qualquer informação sobre a etiologia? DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA.
2. Usou recentemente AAS/AINES? DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA.
3. Dor epigástrica recorrente? DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA.
4. Hematêmese após vômitos sucessivos? SÍNDROME DE MALLORY-WEISS.
5. Sangramento maciço, com coágulos na pequena curvatura do corpo? LESÃO DE DIEULAFOY.
6. Dor abdominal e icterícia, com trauma ou manipulação das vias biliares? HEMOBILIA.
7. Paciente crítico, VM prolongada, trauma do SNC ou grande queimado? ÚLCERA DE ESTRESSE.
8. Tem mais de 50 anos e emagrecimento importante? CONSIDERAR NEOPLASIA.
DUP é a principal causa de HDA não varicosa, ao mesmo tempo em que o sangramento é sua principal complicação (até 25% a 30%
das úlceras podem sangrar em sua história natural). A infecção crônica pelo Helicobacter pylori é responsável por mais de 90% das úlceras
duodenais e até 70% das úlceras gástricas, tendo como segunda causa o uso de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs).
Por isso, toda hemorragia digestiva baixa com instabilidade hemodinâmica deve ser investigada inicialmente com EDA para descartar
o sangramento alto, o que pode acontecer em até 15% dos casos.
A úlcera hemorrágica deve ser classificada endoscopicamente através da classificação de Forrest, que definirá o risco de ressangramento
da lesão a partir de seu aspecto endoscópico (estigma de alto risco). É fundamental que você decore essa classificação, pois ela cai em quase
metade das questões sobre HDA, inclusive com imagens! Dê uma olhada:
Agora, veja esta tabela SUPER IMPORTANTE, que mostra as taxas de ressangramento de cada estigma endoscópico e a necessidade
de tratamento endoscópico:
Risco de
Classe Estigma Hemostasia endoscópica necessária?
ressangrar
Gastrite ou úlcera de estresse faz parte de uma entidade de ventilação mecânica prolongada. As lesões têm caráter agudo
maior, chamada de lesão aguda de mucosa gástrica (LAMG). na mucosa gástrica e, quando esses pacientes ficam mais de 48
Isso ocorre em pacientes que tiveram rápida evolução para um horas na ventilação mecânica e/ou desenvolvem discrasias, o risco
estado crítico, como politraumatizados, grandes queimados, de sangramento torna-se elevado, indicando a necessidade de
trauma do SNC, com instabilidade hemodinâmica e necessidade profilaxia do sangramento (inibidor da bomba de prótons).
1.5 HEMOBILIA
CAPÍTULO
• PA sistólica < 100 mmHg, FC > 100 bpm e hipotensão postural (redução da PAS em, pelo menos, 20 mmHg ao sair da
posição deitada para ortostática).
• Rebaixamento do nível de consciência previamente ou durante o atendimento: lipotimia, síncope, torpor. Se há
rebaixamento de sensório associado à hematêmese intermitente, considerar intubação orotraqueal para proteção
das vias aéreas.
• Arritmia, dispneia e dor torácica também são sinais de instabilidade hemodinâmica, podendo ser complicações
cardiorrespiratórias pela hipovolemia grave.
Quer um esquema mais visual? Então, veja esta figura abaixo, que ilustra a conduta da HDA não varicosa por ordem de prioridades:
HEMOTRANSFUSÃO:
RESGATE:
Arteriografia
Cirurgia
Chegou a hora de fechar com chave de ouro, com aquilo que mais se repete nas provas!
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CAPÍTULO