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Anafilaxia

Definição
É uma reação de hipersensibilidade sistêmica grave A via final na reação anafilática ou anafilactoide é a
que pode cursar com: mesma. Sendo assim, o termo anafilaxia agora é
➥ Hipotensão grave, ou; utilizado para se referir a ambas, envolvendo ou não
➥ Comprometimento das vias aéreas. reação com IgE.
Hipersensibilidade = resposta imune inadequada
É uma reação em cascata causada pela liberação de antígeno geralmente ofensivos.
mediadores de mastócitos e basófilos de uma forma Anafilaxia = forma mais grave da reação de
dependente de IgE. hipersensibilidade imediata

Tem como agentes desencadeantes principais: Etiologia e Fisiopatologia


>Alimentos
>Medicamentos
Reações alérgicas liberação de
Definição da Organização Mundial de Saúde - 2019: dreganulação mediadores
“Anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade sistêmica de mastócitos por basófilos
grave e ameaçadora à vida caracterizada por início
rápido com acometimento de via aérea, respiração ou Tem-se dois mecanismos predominantes:
circulatório e geralmente (porém nem sempre) está Reações dependentes de IgE
associada a mudanças de pele e mucosa.” o alérgeno liga-se ao segmento Fab da IgE,
Choque anafilático levando a liberação de mediadores como histamina
e triptase
É uma reação anafilática em que ocorre uma
insuficiente entrega de oxigênio para os tecidos, são chamadas de mecanismo de
resultando em colapso cardiovascular e fluxo hipersensibilidade tipo I
sanguíneo insuficiente Reações independentes de IgE = ativadas por
IgG ou pelo complemento,
Reação anafilactoide
São as respostas que são clinicamente indistinguíveis
da anafilaxia que não são IgE-mediadas e que não
necessitam de uma exposição sensibilizadora.
Achad clínic No choque anafilático:
as manifestações têm um tempo de início variável Taquicardia hipercinética
5 minutos após ingestão da droga Diminuição da resistência vascular sistêmica
10-15 minutos após a picada de inseto Aumento da permeabilidade capilar
35 minutos em anafilaxia secundária a Hipovolemia
alimentos
Evolução para padrão hipocinético
A maioria dos pacientes que desenvolvem Critéri para choque anafilático
manifestações graves apresenta essas Início agudo (min a horas )
manifestações em até 60 minutos da exposição,
Envolvimento de pele e/ou mucosas e pelo menos
com mais da metade das mortes por anafilaxia
um dos tópicos 2 e 3.
ocorrendo com 60 minutos da exposição.
Comprometimento respiratorio
⇨ A rapidez com que o sintomas ocorrem se
dispneia, broncoespasmo, estridor ou hipoxemia
associa com sua gravidade
Hipotensão ou sinais de disfunção de órgão alvo
O quadro clínico pode ser:
Unifásico
Bifásico

Maniftaçõ
• Respiratorias
Nas vias aéreas superiores = Coriza, espirros,
prurido nasal.
Em suas formas graves = estridor, disfonia e
rouquidão.
Nas vias aéreas inferiores = dispneia, sibilos e
outros achados de broncoespasmo e hipoxemia.

• Cutâneas (+ comuns)
Edema. principalmente dos lábios e língua, prurido,
rubor, eritema urticariforme.
Atropina pode reverter a
bradicardia, mas não tem
• Cardiovascular efeito de hipotensão

dor torácica, taquicardia, bradicardia paradoxal,


hipotensão, PCR

• Neurológicas
Tontura, confusão, síncope, cefaleia…

• Gastrantestinal
Dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos…
É usualmente na forma de cólica

↪ ❗
A pressão arterial (não invasiva) Deve ser
monitorizada
O preparo para manejar as vias aéreas é fundamental,
de modo a estar pronto para realização de intubação
orotraqueal PCR pós anafilaxia: deve ter alenção especial à via aérea = IOT precoce!
Caso tenha edema de glote, pode precisar de crico .

Adrenalina = o elemento mais importante do


tratamento da anafilaxia
Diagnóico:
É. clinico! A via intramuscular é preferencial, devido implicar
menor risco de eventos adversos
Durante os episódios de anafilaxia, os valores Adrenalina intravenosa pode ser necessária no
séricos de triptase e histamina ficam elevados, caso de choque refratário, com doses de 50 a 200
dessa forma essas dosagens podem ser úteis em ug em bolus de adrenalina em solução 1:10.000, de
casos duvidosos. acordo com a gravidade.
Valores normais não descartam anafilaxia
Os pacientes devem estar com monitorização
hemodinâmica e com mensuração de pressão arterial
invasiva
A via subcutânea pode ser restrita aos casos mais
leves, mas seu uso não é recomendado
<6a: 0,01 mg/Kg
6-12a: 0,3 mg/Kg
>12a: 0,5 mg /Kg IM
Pode repetir 2x se necessário, com intervalo de 5-15
min.
Pode haver necesidade de usar IV se choque refratário.
dose: 50-200mg bólus em solução:1:10.000
Tratamento:
Evitar o fator precipitante.
Por exemplo: interromper a inclusão da medicação
que iniciou quadro anafilático
Não há benefício do uso de carvão ativado
Monitorizar o paciente, colocando ele em posição
supina, com elevação de membros inferiores, e com
acesso endovenoso calibroso (jelco com 14 ou 16)
Em gestantes, a posição preferencial é o decúbito
lateral esquerdo
Deve se estabelecer oximetria de pulso com
fornecimento de oxigênio suplementar em altos
fluxos, de 8-10 litros até verificação da oximetria
O fornecimento deve ser mantido se
saturação de oxigênio cair abaixo de 90 a 92%

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