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• O que é uma fratura?

◦Fratura é uma perda da solução da continuidade óssea.

◦Mas, muitas vezes, a lesão de partes moles é mais importante que o osso fraturado abaixo.

◦Tipos de Fraturas:

• Incompletas: quando há a fratura das duas corticais.

• Fratura em Galho Verde: acomete crianças, pois elas


tem o periósteo mais espesso, acontece a fratura, mas
não há rompimento.

• Completas: quando há a fratura de apenas uma


cortical.

◦Simples: são fraturas que só tem dois fragmentos.

◦Cominutivas: são fraturas que possuem vários fragmentos.

◦Segmentares: são fraturas que dividem o osso em vários


segmentos.

◦Mecanismo de Trauma:

• Espirais: o traço de fratura gira sob o próprio eixo do


osso. Tem um melhor prognóstico, pois tem uma maior
área de contato. Quanto maior a área de contato, maior a
formação do calo ósseo, ou seja, maior chance de
consolidação. O tratamento é,
geralmente, bem mais
conservador.

• Oblíquas: é uma fratura que possui


um ângulo > 30º.

• Transversas: é uma fratura que possui um ângulo < 30º.

• Avulsão: é originada de um trauma torcional, principalmente no tornozelo, onde o


tendão bular curto se insere na base do 5º metatarso. Fratura causada por uma tração,
ou de um tendão ou de um ligamento.

• Compressão: é uma fratura mais frequente nos ossos esponjosos. É uma fratura que
chamamos de patológica, causada pela osteoporose.

◦Porções dos Ossos Que Podem Fraturar:

• Epí se: a parte articular da fratura.

• Metá se: a parte próxima da articulação. A região


mais frequente de fratura em idosos, pois é uma
região de osso esponjoso, com muita probabilidade
de haver um quadro de osteoporose.

• Diá se: a parte central do osso longo.

• Intrarticular: é quando a fratura vem da metá se e


atinge até a superfície articular.

◦Comunicação Com o Meio:

• Fratura Fechada: não há comunicação do meio externo com o foco da fratura.

• Fratura Exposta: há uma comunicação do meio externo com o foco da fratura. Possui
um risco maior de desenvolver uma infecção, pois o osso é pobremente vascularizado, o
antibiótico não chega de maneira adequada no osso, logo o tratamento é bem mais
complexo.

◦Outro Tipos de Fraturas:

• Fratura Patológica: fraturas que advém de patologias como


tumores.

• Fratura Por Estresse: são fraturas originárias de estresse físico.


Fratura por esforço repetitivo, esportes de impacto. Uma
característica das fraturas por estresse é que, inicialmente elas não
são vistas pela radiogra a, são vistas apenas pela ressonância
magnética, com o aumento da densidade.

◦Classi cação AO: é uma classi cação alfanumérica


mundial para a localização de fraturas, se baseia em um
primeiro número, segundo número e uma letra. Partem do melhor prognóstico para o pior
prognóstico.

‣ Primeiro Número:

◦ Braço: 1

◦ Antebraço: 2
◦ Coxa: 3
◦ Perna: 4
‣ Segundo Número:

◦ Porção Proximal: 1
◦ Porção Média: 2
◦ Porção Distal: 3

• Quando se fala que é uma fratura 43, ela estará localizada na porção distal da perna
(tíbia ou fíbula).

• Quando se fala que é uma fratura 32, ela estará localizada na porção média da coxa
(diá se o fêmur).

• Quando se fala que é uma fratura 11, ela estará localizada na porção proximal do braço
(úmero).

‣ Letras:

◦ A: fratura simples, com apenas dois fragmentos. No A temos subdivisões:

‣ A1: fratura simples em espiral.

‣ A2: fratura simples oblíqua.

‣ A3: fratura simples transversa.

◦ B: fraturas que tem um terceiro fragmento. No B temos subdivisões:

‣ B1: fratura com terceiro fragmento em espiral.

‣ B2: fratura com terceiro fragmento triangular, que chamamos de cunha de


exão ou asa de borboleta.

‣ B3: fratura com terceiro fragmento que chamamos de cunha fragmentada,


quando apenas o terceiro fragmento está fraturado.

◦ C: fraturas complexas, ou seja, com inúmeros fragmentos.

‣ C1: fratura complexa em espiral.

‣ C2: fratura complexa segmentar.

‣ C3: fratura complexa irregular.

◦Diagnóstico:

‣ Anamnese: saber a história do trauma, se foi de baixa ou alta energia, mecanismo etc.

‣ Exame Físico: devemos fazer a inspeção, procurar sinais de dor a palpação, edema,
crepitação e deformidade. Não existe fratura sem dor.

‣ Exame Neurovascular: de extrema importância.

• A avaliação vascular do membro é feita através da palpação do pulso distal à fratura,


por exemplo, se a fratura for na coxa, palparíamos o pulso pedioso, poplíteo e tibial
posterior.

• A avaliação neurológica avaliamos através sensibilidade e motricidade. Por exemplo,


um paciente com um trauma na região do braço, pedimos para ele fazer a extensão dos
dedos e dos punhos para afastarmos lesão do nervo radial.

• No caso do nervo ulnar, pedimos para fazer a adução e abdução, sendo a característica
clínica da lesão a mão em garra.

• No caso dos membros inferiores, avaliamos mais frequentemente o nervo ciático, a


lesão se apresenta através do pé caído, pois o nervo é responsável pela extensão do pé e
dos dedos.

• Um trauma na face lateral do joelho pode lesionar um ramo do ciático, que é o bular
comum ou ciático poplíteo externo.

‣ Exames Radiológicos:

• Raio-X de no mínimo de duas incidências.

• Ressonância Magnética.

• Tomogra a.

◦ Braço, cotevelo, antebraço e punho: as incidências são AP e Per l.

◦ Mão: AP e Oblíquo (fazemos o oblíquo por sobreposição de imagens).

◦ Coxa, joelho, perna e tornozelo: AP e Per l.

◦ Pé: AP e Oblíquo.

‣ Paciente com queixa sugestiva e Raio-X normal, pedimos uma tomogra a. A ressonância se
reversa para lesões de partes moles, lesão ligamentar e fraturas por estresse.

‣ A grande maioria das fraturas intra-articulares, é mandatório se fazer uma tomogra a.

◦Tratamento:

‣ Inicialmente, ABCDE.

‣ Imobilização desde o resgate. Imobilizamos para: diminuir o dano neurovascular e dor.

‣ Veri car se a lesão é exposta ou tem lesão vascular, se sim, não resta dúvidas: haverá
cirúrgia.

‣ Alívio da dor dado por analgésico ou AINE’s.

◦Redução da Fratura:

‣ Incruenta: quando não há acesso direto ao trauma.

‣ Cruenta: quando há acesso direto ao trauma da fratura. Precisa abrir o foco para reduzir a
fratura.

‣ Manipulação ou Tração Contínua.

◦Para Manter a Redução:

‣ Fraturas Fechadas: ou gesso, ou cirurgia.

◦Para Restaurar Função:

‣ Reabilitação e sioterapia.

◦Tratamento Conservador:

‣ Imobilização:

• Gessada ou não gessada.

• Sempre orientar o paciente que se o membro car roxo, dormente, ou dor importante, ele
deve imediatamente voltar ao centro de origem, pois podemos estar diante de uma
síndrome compartimental.

• Órteses.

◦Tratamento Cirúrgico:

‣ Fixação Externa: os os cam expostos. Fios de Kirschner, usamos mais em crianças e em


fraturas de extremidade do rádio. Na criança usamos, pois, precisamos passar a se, quanto
menor o dano na se, menor o dano na criança.

‣ Fixação Interna: próteses, por exemplo. Uso mais frequente nas articulações do quadril. Fios
de Kirschner, usamos mais em crianças e em fraturas de extremidade do rádio. Na criança
usamos, pois, precisamos passar a se, quanto menor o dano na se, menor o dano na criança.
Se enquadra os parafusos, placas, hastes intermedulares, sendo essa última, padrão ouro.

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