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Introdução

Fraturas
É a ruptura completa ou incompleta da continuidade do osso, decorrente de lesão
traumática ou não traumática.
As fraturas podem ser classificadas de vários modos, tipos e gravidades. Estão
relacionadas com a idade e o estado geral do paciente.
As fraturas patológicas, as não traumáticas, que por exemplo, resultam de doenças
que enfraquecem o osso, que na maioria das fraturas são consideradas traumáticas,
porque resultam de quedas, pancadas ou acidentes.

Tipos de Fraturas
Podem ser de dois tipos:
Fratura fechada (simples): aquela em que o osso fraturado não rompe a pele.
Algumas fraturas, ainda que incompletas (fissuras), são consideradas fraturas
fechadas.
Fraturas aberta (exposta): aquela onde o osso fraturado rompe a pele e fica exposto
externamente.

Classificação das fraturas.


As fraturas recebem uma classificação de acordo com o tipo de trauma e o formato
da lesão.
1. Fratura Transversa:
2. Fratura Oblíqua:
3. Fratura Espiral:
4. Fratura Cominutiva:
5. Fratura Impactada:
6. Fratura por Avulsão:
7. Fratura Deslocada:
8. Fratura não-deslocada
9. Fratura Deprimida:
10. Fratura por Compressão:
11. Fratura Luxação:
12. Fratura de Galho Verde:
Fratura da clavícula.

É um dos ossos que mais sofre traumatismo, principalmente na infância.

Classificação:
1-Terço médio (80% dos casos) é uma fratura instável
Mecanismo traumático- trauma direto ou indireto
2-Terço lateral (15%)
Mecanismo traumático- trauma indireto (queda sobre o ombro)
3- Terço medial (rara)
Mecanismo traumático – trauma direto (normalmente cinto de segurança)

Tratamento conservador:
Criança – imobilização toracobraquial por 6 semanas
Adulto – imobilização com ´´ 8`` por 6 às 8 semanas.

Tratamento cirúrgico:
Fixação com fio de Kirchner intramedular.
Placa e parafuso (principalmente em homens)

Aspectos Radiológicos: Imagem apresenta uma descontinuidade óssea


(completa), no terço médio onde se visualiza fissura de aspecto radiolúcido.
Fonte: http://www.ombroecotovelo.net/smartphone/iphone/ombro_clavic.html
Fratura de Escápula.
São fraturas extremamente raras que normalmente ocorrem em indivíduos poli
traumatizados.

Mecanismo traumático:
Trauma direto (+comum)
Avulsão

Tratamento conservador
Repouso ou tipóia por 6 semanas.

Tratamento cirúrgico (raro)


• Fixação com parafuso ou placa e parafuso.

Aspectos Radiológicos: imagem apresenta uma fissura na região colo da escápula


e o corpo abaixo da espinha de aspecto radiolúcido.

Fonte: http://profmarcelolima.webnode.com.br/radiologia2/
Fratura proximal do úmero.
São fraturas do úmero mais comuns nos idosos e normalmente (80%) não
apresentam desvios.

Mecanismos traumáticos:
• Queda sobre o ombro + comum
• Queda com mão espalmada
As fraturas proximais do úmero são consideradas com desvio quando o afastamento
entra os fragmentos for igual ou maior que 1 cm ou angulado mais de 45 graus do
outro fragmento.
Classificação
• Duas partes:
a) Colo anatômico – fratura rara geralmente de mau prognóstico, tem alto
risco de necrose existe desvio
b) Colo cirúrgico – é a mais comum e normalmente tem bom prognóstico
c) Tubérculo maior – prognóstico reservado, risco de necrose.
d) Tubérculo menor – bom prognóstico.
• Três partes: (são muito instáveis)
a) Com fratura do tubérculo maior (pior prognóstico)
b) Com fratura do tubérculo menor.

Tratamento conservador: fraturas com desvio


• Imobilização em posição de Velpeau com coxim axilar por 2 às 4 semanas.

Tratamento cirúrgico:
• Placa e parafuso (placa PFS)
• Prótese (fratura 4 partes, colo anatômico com desvio e em casos de necrose)

Aspectos radiológicos: imagem apresenta um abaulamento na região superior do


colo anatômico com um aspecto radiolúcido(Fig:1): Imagem 2 apresenta uma fissura
na região do colo cirúrgico tendo um aspecto radiopaco.
Fig.1 fig. 1

Fonte: http://profmarcelolima.webnode.com.br/radiologia2/

Fratura diafisária do úmero


É uma fratura mais comum em jovens e geralmente produz grande deformidade.
Mecanismo traumático:
• Trauma direto (+comum)
• Trauma indireto (queda com a mão espalmada)

Tratamento conservador (realizado em 90% dos casos)


• Imobilização com calha em “U ‘’ (pinça de confeiteiro) por aproximadamente 4
semanas + tipoia.
Tratamento cirúrgico:
• Haste intramedular
• Placa e parafuso
• Fixador externo
Aspecto Radiológico: imagem apresenta uma descontinuidade óssea completa na
região da diáfise do úmero com aspecto radiolúcido.

Fonte: http://dicasradiologia.blogspot.com.br/2014/05/tecnicas-radiologicas-membros_21.html
Fratura do olecrano.
É a fratura do cotovelo mais comum no adulto.

Mecanismo traumático:
• Trauma direto – geralmente cominutiva
• Trauma indireto - queda com a mão espalmada ou avulsão do tríceps
Geralmente é classificada de acordo com o traço.

Tratamento conservador (fraturas sem desvio)


• Imobilização axilopalmar com o cotovelo fletido aos 90 graus por
aproximadamente 6 semanas.
Tratamento cirúrgico:
• Placa e parafuso
• Parafuso
• Banda de tensão.
Aspecto Radiológico: Imagem 1 apresenta uma descontinuidade óssea na região
do olecrano de aspecto radiolúcido: Imagem 2 apresenta tratamento cirúrgico com
fios de Kirchner.

Fig:1 Fig:2

Fonte: http://profmarcelolima.webnode.com.br/radiologia2/
Fratura da cabeça do rádio.
Representam aproximadamente 33% das fraturas do cotovelo, acometendo mais
indivíduos adultos.

Mecanismos traumático.
• Trauma indireto – queda com a mão espalmada.
Classificação Mason:
• Tipo I – sem desvio
• Tipo II – desviada
• Tipo III – cominutiva
• Tipo IV – associada com luxação do cotovelo

Tratamento conservador (tipoI).


• Tipóia americana por aproximadamente duas semanas.

Tratamento cirúrgico.
• Fixação com parafuso ou fio de Kirshner.
• Excisão da cabeça do rádio (tipo III)

Aspecto Radiológico: imagem apresenta uma fissura na região do colo do rádio


com um aspecto radiolúcido.

Fonte: http://ortopediasp.wordpress.com/2011/07/13/fratura-oculta-do-colo-de-radio/

Fratura de diafisária dos ossos do antebraço.


As fraturas diafisária do antebraço correspondem a 10 – 14% das fraturas do corpo.
Esta fratura pode ocorrer isolada, geralmente da ulna, ou combinada (fratura da ulna
e rádio), nos dois casos a manutenção do movimento de pron-supinação é principal
objetivo do tratamento.
A fratura isolada da ulna é conhecida como ‘’ fratura do cacetete’.

Mecanismo traumático.
• Trauma direto- é o comum, nos casos de fratura isolada da ulna.
• Trauma indireto – geralmente ocorre por queda com a mão espalmada, sendo
os dois ossos geralmente fraturados.

Tratamento conservador. (Pouco utilizado)


• Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus por
aproximadamente 8 semanas.
Tratamento cirúrgico.
• Placa e parafuso.

Aspecto Radiológico: imagem 1 apresenta uma descontinuidade óssea completa


na região da diáfise distal do rádio e da ulna com aspecto radiolúcido: Imagem 2
apresenta descontinuidade óssea incompleta da diáfise da ulna apresentando um
aspecto radiopaco.

Fig.1 Fig. 2

Fonte: http://profmarcelolima.webnode.com.br/radiologia2/

Fraturas distais do rádio.


Estão entre as fraturas mais frequentes do corpo e são seis vezes mais comuns em
mulheres e normalmente decorrem de traumas de baixa energia.

Mecanismo traumático.
• Trauma indireto- normalmente queda com a mão espalmada.

Tratamento conservador (fraturas sem desvio).


• Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus e mão em leve
pronação e desvio ulnar por 3 semanas +luva gessada por mais 3 semanas.

Tratamento cirúrgico.
• Fixação com fios de Kirschner.
• Placa e parafuso (Barton).
• Fixador externo (fraturas cominutivas).

Aspecto Radiológico: Imagem em Ap apresenta uma descontinuidade óssea da


cabeça do rádio com um aspecto radiolúcido, já em perfil monstra uma projeção
posterior da cabeça do rádio.

Fonte: http://www.clinicabarone.com.br/anuario1.asp

Fratura de escafoide.
Ocorre mais frequentemente em adultos jovens. Em geral são fraturas que
produzem poucos sinais clínicos, assim sendo, é comum sua negligencia.
Mecanismo traumático:
• Queda com a mão espalmada.

Classificação.
• Fratura do terço médio (pior prognóstico)
• Fratura do terço médio.
• Fratura do terço distal.

Tratamento conservador:
• Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus e mão em posição
de segurar copo por 3 meses (após 5 semanas o cotovelo pode ser liberado).

Tratamento cirúrgico.
• Fixação com fio de Kirschner ou parafuso.

Aspecto Radiológico: Imagem 1 apresenta uma fissura no 1/3 do osso escafoide


com um aspecto radiolúcido

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fratura_do_escafoide#mediaviewer/File:Scaphoid_waist_fracture.gif

Fratura dos metacarpos e falanges.


As fraturas dos metacarpos e das falanges correspondem a 10% das fraturas dos
membros superiores e a 80% das fraturas de mão, apresentando maior incidência do
primeiro e quinto raio.

Mecanismo traumático.
• Trauma direto (mais comum) - acidente de trabalho, pratica de esporte e
quedas.
Classificação (não há classificação especifica, normalmente se descreve o ponto
anatômico fraturado).
• Cabeça, colo, corpo e base.
Tipos especiais de fraturas dos metacarpos:
• Fratura luxação de Bennett- fratura intra articular da base do primeiro
metacarpo
• Fratura de Rolando- fratura cominutiva da base do primeiro metacarpo.
• Fratura de Boxer- fratura do colo do quinto ou quarto metacarpo.
Tratamento conservador.
Normalmente é feito com imobilização de todos os dedos em posição – intrínseca
Plus (metacarpo- falangiana fletida a cerca de 70 graus e interfalangiana em
extensão ou 10 graus de flexão por cerca de 4 semanas.
Tratamento cirúrgico.
• Fio de Kirschner, Parafuso e Placa (fratura diafisária).
Aspecto Radiológico: Imagem 1 e 2 apresenta descontinuidade óssea na cabeça
do 5 metacarpo como um aspecto radiolúcido.
Fig:1 Fig:2

Fonte: http://profmarcelolima.webnode.com.br/radiologia2/
Referências Bibliográficas.
Denis Honorato Costa, Radiologia Médica, São Paulo-2007.

http://profmarcelolima.webnode.com.br/radiologia2/

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