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Discussão:
Resposta:
Artroplastia do quadril
38. Prova R3 2016. No planejamento preoperatorio de uma ATQ não cimentada num paciente
com OA unilateral que apresenta colo varo, a osteotomia do colo femoral deve ser realizada de
qual forma para manter o comprimento adequado do membro?
a) mais alta que o convencional
b) mais baixa que o convencional
c) na mesma altura que o convencional
d) a altura do corte não influencia no comprimento do membro
Discussão:
Objetivos da ATQ: 1º Melhora da dor; 2º Estabilidade; 3º Mobilidade; 4º Simetria do
comprimento dos membros.
Contraindicações:
Absolutas: infecção ativa no quadril ou qualquer outra parte do corpo ou comorbidade
instável que eleve consideravelmente morbimortalidade.
Relativas: processo s de osteólise com destruição rápida; artropatias neuropáticas;
insuficiência da musculatura abdutora; doença neurológica rapidamente progressiva.
A prótese do quadril sempre deve ser feita antes do joelho.
Offsets:
Vertical: distância entre base do colo e centro da cabeça.
Medial: distância do entro da cabeça à linha média do diâmetro distal da haste.
Anterior: orientação do colo em relação ao plano coronal (normal de anteversão: 10-
15º)
Ganho de ADM: Cabeça maior (28mm 32mm = 8 graus de flexão); colo trapezoidal;
sem saia.
Gerações de cimentação:
1ª geração: manual, sem retentores
2ª geração: retentores, lavagem de pulso, pistola
3ª geração: centralizador, pressurização, cimento menos poroso
4ª geração: centralizador proximal.
Manto de cimento: haste: 4mm proximal, 2mm distal. Taça: 3mm. Canal: 80%.
Tipos de haste não cimentada:
Titânio: menor módulo de elasticidade = quebra mais, fadiga menos, menos stress
shielding.
Cromo cobalto: maior módulo de elasticidade = quebra menos, fagida mais, mais stress
shielding.
Stress shielding: quantidade de estresse que é desviada do osso para a haste (shielding
= proteção).Quanto maior o diâmetro da haste, maior o stress shielding (eleva à quarta
potência), o que torna o osso porótico, frágil, com mais soltura e osteólise.
Fatores que diminuem stress shielding: prótese com menor módulo de elasticidade
(titânio); haste lisa; haste cônica; press-fit na metáfise.
Acetábulo constrito: indicado para partes moles ou abdutores insuficientes, doenças
neuromusculares, luxações recidivantes em próteses bem posicionadas.
Complicações:
Ossificação heterotópica: maior nas vias anterior e anterolateral. Homem; história
prévia.
Classificação de Brooker:
1 – ilhas de osso em partes moles
2 – Esporões ósseos com distância entre si >1cm
3 – Distância entre esporôes com distância <1cm
4 – anquilose
Lesão nervosa: fatores de risco: mulher, DDQ, pós trauma, revisão, alongamento do
membro (fibular: 1,9 a 3,7cm; ciático: 4 a 5,1cm). Explorar se não houver melhora após 6
semanas, ou suspeita de lesão por parafuso ou cimento.
TVP: pico do 4 ao 17 dia.
Lesão vascular: de acordo com quadrantes de Wasielewski
Anterossuperior: Ilíaca externa
Anteroinferior: vasos e nervo obturatório
Posterossuperior: vasos glúteos
Posteroinferior: ciático
Luxação e subluxação:
Principal fator de risco é revisão de ATQ. Mulher, via posterior.
Posição ideal do componente acetabular: inclinação de 40-45 graus, anteversão de 10-
20 graus (a anteversão combinanda deve dar 35 graus, segundo Dorr).
Fraturas intraoperatórias:
Classificação de Mallory-Kraus-Vollen:
Tipo 1: área do trocanter menor e calcar – cerclagem
Tipo 2: do trocanter menor a 4cm proximal à extremidade da prótese – cerclagem
Tipo 3: além dos 4cm proximais à extremidade da haste – placa.
Classificação de Vancouver modificada:
Lembrar sempre: haste instável, haste mais longa ou com outra forma de fixação; se
estoque ósseo ruim, enxerto estruturado.
1: perfuração, 2 sem desvio, 3: desviadas
A: fratura na metáfise proximal (AG, trocanter maior, AL, trocanter menor).
A1: enxertia óssea
A2: cerclagem e enxertia
A3: haste com fixação diafisária e cerclagem.
B: diáfise proximal.
B1: se proximal à ponta da haste, enxertia óssea. Se não for proximal, mas haste
estiver estável, cerclagem com enxertia estruturada. Se não for proximal e a haste estiver
instável, haste mais longa, cerclagem, enxertia estruturada.
B2: haste estável? Sim – cerclagem; não: estoque ósseo adequado? Sim – haste longa +
cerclagem; Não – incluir também enxertia óssea estruturada.
B3: haste estável? Sim – cerclagem com enxerto estruturado; não: haste longa,
cerclagem, enxerto estruturado.
C: além do ponto distal da maior haste de revisão pode incluir metáfise distal.
C1: enxertia.
C2: cerclagem e enxertia estruturada.
C3: placa.
Fraturas pós operatórias
Classificação de Johansson:
Tipo 1: proximal à extremidade da prótese, sem extensão distal.
Tipo 2: extensão do ponto proximal da diáfise para além da extremidade da prótese.
Tipo 3: inteiramente distal à extremidade da prótese.
Classificação de Vancouver (a clássica):
A: região trocantérica (AG – maior, AL – menor). Conservador com proteção de carga.
B: em torno ou imediatamente distal à haste.
B1 – prótese estável. RAFI, manter haste.
B 2- prótese instável. Trocar por haste de revisão.
B3 – osso inadequado. Jovens: reconstrução com aloenxerto e nova prótese. Idosos:
endoprótese.
C: bem abaixo da haste: RAFI.
Fraturas acetabulares:
Classificação Della Vale Paprosky: IRTED
1- Secundária à Inserção do componente.
a) Sem desvio, componente estável
b) Com desvio, componente instável
c) Descoberta poso p
2 – Secundária à Retirada do componente
a) Perda de <50% do estoque ósseo
b) >50%
3 – Fraturas Traumáticas
a) Estável
b) Instável
4) Espontâneas
a) <50% perda
b) >50% perda
5 – Descontinuidade pélvica
a) <50%
b) >50%
c) Associada a irradiação
Infecção pós operatórias:
Classificação de Tsukayama:
Infecção precoce (< 1 mês de cirurgia): Superficial = ATB; Profunda = LC + ATB.
Infecção tardia crônica (> 1 mês, inicio insiodoso): ATB + RMS.
Infecção hematogênica aguda (> 1 mês, início agudo, fonte de infecção distante). < 2
semanas = precoce, > 2 semanas ou prótese instável = crônica.
Culturas intraoperatórias positivas (obtidas em revisão supostamente asséptica): ATB.
Classificação de Fitzgerald:
Fase 1: infecção pós op aguda. Geralmente primeiras 12 semanas, geralmenete com
drenagem espontânea.
Fase 2: infecções retardadas profundas. Indolentes, 6-24 meses após. Usar VHS e PCR,
pois VHS pode estar normal.
Fase 3: infecção hematogênica tardia. Doloroso agudamente após 2 anos da cirurgia;
contaminação por foco urinário ou dentário.
Soltura:
Femur: Zonas de Gruen: 1 – GT; 4 – Ponta da haste; 7 – PT.
Acetábulo: Zonas de DeLee e Charnley: 1 – Superolateral; 2 – Medial; 3 – Inferomedial.
Classificação de cimentação de Barrack:
Grupo A: preenchimento completo (White out)
Grupo B: pequena radioluscência na interface cimento osso (<50%)
C: 50-99% de luscência ou defeito do manto.
D: luscência completa em qualquer projeção ou defeito no manto na ponta da haste.
Classificação de Engh e Bobyn: (ATQ sem cimento)
Tipo 1: intercrescimento ósseo
Tipo 2: fixação fibrosa estável. Haste, linha radioluscente, linha radiopaca.
Tipo 3: fixação instável.
Soltura acetabular: radiotransparência > 2mm nas 3 zonas de DeLee (VPP 94%).
Soltura femoral: alterações de até 1mm são normais.
Resposta: B (colo varo – coxa mais curta; ao colocar um componente com valgo fisiológico
(normal da prótese é de 127), irá alongar a coxa. Desta forma, deve-se fazer um corte mais
baixo. Se fosse colo valgo, seria um corte mais alto. O paciente tolera mais ligeiro
encurtamento do que alongamento).
39. Prova R3 2016. Quando se opta por uma cabeça de maior diâmetro na realização de uma
ATQ, uma das vantagens é o aumento do ADM permitido pela mesma. Quando se compara
uma cabeça de 28mm com uma de 32mm, quantos graus de flexão são ganhos?
a) 4
b) 8
c) 12
d) 16
Discussão:
São ganhos 8 graus quando se passa de uma cabeça 28 para uma cabeça 32.
Resposta: B
40. Prova R3 2016. Um dos fenômenos que podem ocorrer na realização de uma ATQ não
cimentada é o stress shielding. Qual das alternativas apresenta um fator de proteção contra
este fenômeno?
a) utilização de hastes com módulo de elasticidade menor (titânio)
b) press fit metafisário
c) hastes cônicas
d) todas as anteriores
Discussão:
Todas diminuem stress shielding. Além delas, também haste lisa.
Resposta: D
41. Prova R3 2016. Segundo Dorr, a anteversão combinada dos componentes femorais e
acetabulares de uma ATQ deve ser de:
a) 25º
b) 35º
c) 45º
d) 55º
Discussão:
35 graus deve ser a anteversão combinada, 15-20 para o acetábulo e 15 para o colo.
Resposta: B
42. Prova R3 2016. Segundo Wasielewski, qual quadrante é mais seguro para passagem dos
parafusos do acetábulo
a) Posterossuperior
b) Posteroinferior
c) Anterossuperior
d) Anteroinferior
Discussão:
Basta lembrar a posição em que são sempre colocados os parafusos do componente
acetabular: posterossuperior.
O quadrante anterossuperior pode lesar a ilíaca externa; inferior, vasos e nervo obturatório.
O posterossuperior pode lesar nervos e vasos glúteos, e o parafuso pode ser mais longo
(geralmente 35). O inferior, ciático, e o parafuso deve ser mais curto (geralmente 25).
Resposta: A
43. Prova R3 2016. Qual o tratamento mais adequado para uma fratura periprótese pós
operatória classificada com Vancouver B2?
a) fixação da fratura com placa DAll Miles e manutenção da haste femoral
b) Revisão da haste femoral por uma de fixação distal que ultrapasse a fratura
c) Apenas enxerto ósseo e cerclagem da fratura
d) tratamento conservador com restrição de carga por 3 a 4 meses
Discussão:
Lembrar que esta é a Vancouver clássica, sendo:
A: trocanteres (G maior, L menor) – tratamento conservador (item D).
B: haste, sendo: B1 – estável – placa (ao contrário do intraop, que é cerclagem!); B2 (instável):
revisão com haste longa; B3 (estoque ósseo ruim): aloenxerto e nova prótese (jovens);
endoprótese (idoso).
C: bem abaixo da haste – fixação convencional.
Resposta: B
44. Prova R3 2016. Na conversão de uma artrodese de quadril para uma ATQ, classificamos o
defeito acetabular segundo AAOS como tipo:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
Discussão:
Revisão de ATQ
Deficiência óssea acetabular:
Classificação AAOS: São Cristóvão de MerDA
1 – Segmentar
2 – Cavitária
3 – Mista
4 – descontinuidade pélvica
5 – Artrodese prévia
Classificação de Paprosky
1 – perda óssea mínima
2 - <2cm de lise ou migração
3 - >2cm de lise ou migração
Resposta: D
18. Prova R2 2016. Um dos fatores que podem ocorrer na realização de uma ATQ não
cimentada é o stress shielding. Qual das alternativas abaixo apresenta um fator de proteção
contra esse fenômeno?
a) utilização de hastes com módulo de elasticidade menor (cromo-cobalto)
b) press fit metafisário
c) hastes cilíndricas
d) todas as anteriores
Discussão:
Quanto menor o módulo de elasticidade, menor o stress shielding; porém, este é menor nas
de titânio, não nas de cromo cobalto.
Press fit metafisário é um fator de proteção, assim como hastes cônicas e lisas.
Resposta: B
19. Prova R2 2016. No planejamento pré operatório de uma ATQ não cimentada num paciente
com OA unilateral que apresenta colo valgo, a osteotomia do colo femoral deve ser realizada
de qual forma para manter o comprimento adequado do membro?
a) mais alta que o convencional
b) mais baixa que o convencional
c) na mesma altura que o convencional
d) a altura do corte não influencia no comprimento do membro.
Discussão:
Com o colo valgo, o membro seria mais “longo”; desta forma, ao se colocar um colo mais varo,
o membro seria encurtado. Portanto, o corte tem de ser mais alto que o convencional.
Resposta: A
Discussão:
17,5% das ATQs são revisões. Geralmente por falha de uma ou mais questões técnicas do
procedimento primário.
Indicações: soltura asséptica de um ou ambos os componentes, associada a dor; perda
progressiva do estoque ósseo; fratura ou falha mecânica dos componentes; luxação recorrente
ou irredutível; infecção.
Na falha do córtex medial, a restauração do comprimento pode ser feita com prótese de colo
estendido ou substituição do calcar.
Os objetivos da revisão femoral são: 1º: manter estoque ósseo e integridade femorais. 2º:
obter fixação rígida da haste; 3º: restabelecer biomecânica do quadril para função abdutora
eficiente; 4º: equalizar o comprimento dos membros.
Resposta: B
Discussão:
Ilíaca externa: anterossuperior
Vasos glúteos: posteriossuperior
Nervo ciático: posteroinferior
Vasos e nervo obturatório: anteroinferior.
Resposta: D
26. Prova R2 2016. A distância entre a base do colo e o centro da cabeça, e a distância entre o
centro da cabeça e a linha média do diâmetro distal da haste são respectivamente:
a) offset medial e offset anterior
b) offset vertical e offset horizontal
c) offset anterior e offset medial
d) offset horizontal e offset anterior
Discussão:
Offset vertical: base do colo – centro da cabeça
Offset horizontal: centro da cabeça – linha média do diâmetro distal da haste
Offset anterior: em graus, avalia a anteversão do componente em relação ao plano coronal.
Resposta: B
27. Prova R2 2016. São fatores que aumentam o ADM, diminuem impacto acetabular da
prótese e melhoram a estabilidade, exceto:
a) aumento da relação dos diâmetros cabeça-colo
b) colo trapezoidal
c) implante com saia
d) maior diâmetro da cabeça (de 28 para 32 mm)
Discussão:
Saia não influencia no demonstrado acima.
Esta mudança de diâmetro da cabeça aumenta 8 graus de flexão. Colo trapezoidal apresenta
aumento de ADM em relação ao cilíndrico. Cabeças maiores que 32mm provocam menor
impacto entre os componentes; acima de 38 só corre impacto ósseo dependente da anatomia
do paciente, e não dos componentes.
Montagem ideal: colo trapezoidal, cabeça com diâmetro largo, sem saia.
Resposta: C
28. Prova R2 2016. Na haste femoral não cimentada porosa, a escolha do titânio ao invés do
cromo-cobalto se deve ao fato de este metal apresentar:
a) menor módulo de elasticidade
b) menor biocompatibilidade
c) menor resistência a fadiga
d) menor propensão a rachaduras
Discussão:
Em relação ao cromo cobalto, o titânio apresenta menor módulo de elasticidade, maior
resistência a fadiga, maior biocompatibilidade, maior propensão a rachaduras.
Resposta: A
29. Prova R2 2016. São fatores que reduzem a rigidez e ao mesmo tempo mantêm o diâmetro
e a estabilidade da ATQ, exceto:
a) sulcos longitudinais profundos
b) Split distal da haste
c) afilamento distal da haste
d) cimentação de 4ª geração
Discussão:
São métodos para reduzir a rigidez e ao mesmo tempo manter diâmetro e estabilidade: sulcos
longitudinais profundos – diminuem rigidez torcional e angular; Split distal da haste – diminui
rigidez angular; afilamento distal da haste – menor rigidez, menor taxa de dor na coxa.
Resposta: D
49. Prova R2 2016. A respeito da ossificação heterotópica como complicação da ATQ, é correto
afirmar que:
a) mais comum em mulheres com OA hipertrófica
b) via anterior tem maior risco em relação à via lateral
c) geralmente muito dolorosa, com pouca perda de ADM
d) é classificada como tipo I de Brooker, quando não há nenhum tipo de ossificação
Discussão:
Ossificação heterotópica pós ATQ
10% prevalência. Mais comum em homens com AO hipertrófica e história de OH ou OA pós
trauma.
Vias anteriores têm maior risco.
Geralmente indolores, mas com restrição importante da ADM.
Brooker 1 apresenta ilhas ósseas de ossificação.
Resposta: B
609. 1000 Questões. Segundo a classificação de Brooker et al para ossificação heterotópica pós
operatória do quadril, a presença de esporões ósseos a partir do fêmur proximal ou da pelve,
com menos de 1cm entre as superfícies ósseas opostas, corresponde ao tipo:
a) II
b) III
c) I
d) IV
Discussão:
Pela classificação de Brooker para ossificação heterotópica:
1 – Ilhas ósseas
2 – Esporões ósseos com mais de 1cm de distância entre si
3 – Esporões ósseos com menos de 1cm de distância entre si
4 - Anquilose
Resposta: B
610. 1000 Questões. De acordo com a classificação de Vancouver para as fraturas do fêmur
após ATQ, pode-se afirmar em relação às fraturas do tipo B que:
a) ocorrem bem abaixo da haste femoral
b) são as maias raras, porém as mais problemáticas
c) nas fraturas tipo B1, a haste femoral permanece bem fixada
d) na fratura tipo B3, a melhor indicação é realizar redução e osteossíntese da fratura,
mantendo-se a haste femoral in situ
Discussão:
Sobre a classificação de Vancouver (clássica, pós ATQ):
A: nos trocanteres, sendo AG (maior) e AL (menor).
B: na haste:
B1: haste estável
B2: haste instável, com bom estoque ósseo
B3: haste instável, com estoque ósseo ruim
C: abaixo da haste
Resposta: C
Discussão:
Na maioria das vezes o membro fica alongado. A diferença de comprimento geralmente não é
significante o suficiente para levar a falha mecânica prematura ou lombalgia.
Resposta: D
625. 1000 Questões. Na ATQ realizada pela via de acesso posterior, o excesso de anteversão
do acetábulo pode resultar em luxação:
a) anterior
b) posterior
c) superior
d) inferior
Discussão:
A via posterior predispõe a luxação posterior; contudo, o excesso de anteversão predispõe a
luxação anterior independentemente da via.
Resposta: A
Discussão:
As vias de acesso que mais provocam ossificação heterotópica são anterior, seguida de
anterolateral.
Resposta: C
634. 1000 Questões. A luxação protética após uma ATQ primária é menos frequente:
a) em pacientes do sexo feminino
b) quando se utilizam cones protéticos 12/14 longos
c) nas abordagens posteriores ao quadril
d) após 3 meses pós operatórios
Discussão:
A grande maioria das luxações ocorre nos primeiros 3 meses, sendo 2/3 no primeiro mês. Os
outros fatores todos aumentam a incidência de luxação.
Resposta: D
635. 1000 Questões. Para o diagnóstico laboratorial de infecção protética do quadril é correto
afirmar que:
a) o leucograma com mais de 10.000 células é altamente sugestivo
b) a contagem celular do líquido sinovial não tem valor diagnóstico
c) a cintilografia é o padrão ouro
d) a elevação simultânea do VHS e PCR tem grande valor preditivo positivo após 3 meses do
ato operatório
Discussão:
Liquido celular com mais de 4200 células e predomínio de neutrófilos é indicativo de infecção
protética. Leucograma alterado e cintilografia são muito pouco específicos. VHS e PCR com
aumento simultâneo têm VPP de 98% para infecção.
Resposta: D
636. 1000 Questões. Em relação às complicações neurais na ATQ, é correto afirmar que:
a) são mais comuns quando do diagnóstico pré operatório de displasia
b) a discopatia degenerativa lombar não é fator predisponente
c) o quadro clínico mais dramático é o de lesão do nervo femoral
d) o nervo glúteo superior é mais frequentemente acometido durante a abordagem posterior.
Discussão:
O nervo glúteo é mais lesado na abordagem latearl direta. O quadro clínico mais dramático é
de lesão do ciático,s endo mais comum a lesão da porção fibular pela alocação dos retratores.
Discopatia degenerativa é um fator prediponente.
Por fim, de longe a displasia é o principal fator de risco para lesão neural, tanto pela maior
dificuldade do procedimento, como pela correção de dismetrias.
Resposta: A
637. 1000 Questões. A profilaxia mais efetiva da TVP em ATQ é realizada com:
a) aspirina, meias elásticas, deambulação precoce
b) heparina de baixo peso molecular, compressão pneumática intermitente
c) varfarina, meias elásticas
d) heparina fracionada, compressão pneumática intermitente
Discussão:
Farmacológico: AAS não é superior ao placebo; HBPM é superior à heparina fracionada, não
fracionada, e a varfarina.
Mecânico: apenas compressão pneumática intermitente é superior ao placebo.
Resposta: B
638. 1000 Questões. Dentre as opções abaixo, o desempenho clíncio em estudos prospectivos
apontam para a utilização em pacientes jovens e ativos do seguinte par tribológico:
a) metal e metal
b) metal e poli convencional
c) cerâmica e polietileno crosslinked
d) cerâmica e metal
Discussão:
Cerâmica e poli cross-linked são as que apresentam maior durabilidade, em relação aos outros
pares.
Resposta: C
Discussão:
Quanto maior o offset, menor o desgaste.
Implantes cimentados apresentam maior taxa de soltura, mas menor desgaste.
O mecanismo de abrasão por um terceiro elemento causa um desgaste mais acelerado e
catastrófico.
O mecanismo adesivo é progressivamente menor com o tempo, devido ao polimento do
polietileno.
Resposta: C
643. 1000 Questões. O desempenho das hastes femorais cimentadas em artroplastia total do
quadril não é afetaod por:
a) preenchimento proximal do metal em relação ao diâmetro do fêmur proximal
b) espessura do cimento na região proximal
c) modelo distal cilíndrico ou retangular
d) grau de conicidade
Discussão:
O grau de conicidade não influencia o desempenho. Modelos distalmente cilíndricos, porém,
apresentam piores resultados em comparação com os retangulares
Resposta: D
644. 1000 Questões. Dentre as condições abaixo as principais causas de revisão de ATQ são:
a) instabilidade e soltura
b) infecção e instabilidade
c) infecção e soltura
d) osteólise e instabilidade
Discussão:
Instabilidade ultrapassou soltura. E, em outros lugares que não o IOT, o índice de infecção é
baixíssimo.
Resposta: A
647. 1000 Questões. Dentre as propriedades abaixo, a mais recomenável para materiais
utilizados em superfícies articulares protéticas é:
a) menor tenacidade
b) maior ductilidade
c) menor módulo de elasticidade
d) maior dureza
Discussão:
Dureza = maior resistência ao desgaste
Tenacidade = resistência ao impacto
Ductilidade = capacidade de sofrer deformação antes de se romper
Módulo de elasticidade = rigidez do material potencial de produzir stress shielding
Resposta: D
Discussão:
ATQ com incisão longa: fratura 0,2%, luxação 1,5%, infecção 0,6%, reoperação 2,2%.
Mini: fratura 1%, luxação 1%, infecção 0,5%, reoperação 1%.
Resposta: B
31. (TARO 2016) As fraturas periprotéticas do fêmur classificadas como B2 (Vancouver) têm
como tratamento preferencial a:
a) imobilização e repouso
b) fixação in situ com fios ou cabos de cerclagem
c) redução aberta e osteossíntese com placa bloqueada
d) revisão com troca por componente femoral mais longo
Discussão:
Nessas perguntas de fratura periprotética, é importante saber se o diagnóstico é
intraoperatório ou pós operatório, pois a conduta muda.
Em uma B2 diagnosticada no intraoperatório (Desviada), indicar-se ia: se estável, cerclagem; se
instável com bom estoque ósseo, haste longa e cerclagem; se estoque ruim, adicionar enxerto.
Por outro lado, na pós operatória, uma B2 seria instável com bom estoque ósseo, que indicaria
revisão com haste longa.
Dentre os tratamentos apresentados:
Imobilização e repouso é indicada para fratura tipo A pós operatória.
Na A intraoperatória, seria enxertia (A1), + cerclagem (A2), troca por haste com fixação
diafisária (A3).
A fixação in situ com cerclagem seria indicada para B2 estável. Todas as outras que incluem
cerclagem indicam também enxertia.
Redução aberta e fixação com placa bloqueada é indicada para os tipos C pós operatório, ou
C3 intraoperatório (Desviada); na C1, enxertia; C2, cerclagem com enxertia.
Resposta: D
100. (TARO 2016) O offset do componente femoral de uma prótese de quadril é representado
na figura pela distância:
a) AD
b) BD
c) BC
d) CD
Discussão:
Comprimento do colo: medido do centro da cabeça à base do colar.
Offset cabeça haste: do centro da cabeça até o eixo distal da haste.
Comprimento da haste: da base medial do colar até a ponta da haste.
Ângulo do colo: intersecção de uma linha através do centro da cabeça e colo com outra ao
longo da borda da metade distal da haste.
Resposta: B
30. (TEOT 2016) Qual o fator de risco para luxação do quadril numa ATQ?
a) Via anterolateral
b) Osteonecrose da cabeça
c) cabeça grande
d) xxx
Discussão:
Riscos de luxação para ATQ: não união trocantérica, fraqueza dos abdutores, grande ADM pré-
operatória, maus posicionamento dos componentes, via posterior, impacto ósseo, tensão de
partes moles inadequadas, cabeça pequena, cirurgia prévia no quadril, sexo feminino, idade
avançada, fratura do quadril prévia, osteonecrose, artrites inflamatórias.
Resposta: B
40. (TARO 2014) O centro de rotação do quadril protético quando superior e lateral afeta as
forças geradas sobre:
a) o implante
b) os abdutores
c) o osso periacetabular
d) os ligamentos anteriores
Discussão:
A localização do centro de rotação do quadril, de superior para inferior, também afeta as
forças geradas ao redor do implante.
A força de reação articular é menor quando o centro do quadril é colocado em localização
anatômica, em comparação com uma posição lateral ou posterior.
Luxação superior isolada, sem lateralização, produz aumentos relativamente pequenos no
estresse no osso periacetabular. Isso tem importância clínica no tratamento de DDQ e em
cirurgia de revisão quando o estoque ósseo é deficiente.
Resposta: A
88. (TARO 2014) A fratura periprotética acetabular de causa traumática, após a ATQ, é
classificada por Della Valle e parposky como tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV
Discussão:
Bizu: IRTED
I – Inserção
II – Remoção
III – Traumática
IV – Espontânea
V – Descontinuidade pélvica
Resposta: C
25. (ER 2017) Na ATQ realizada pela via, excesso de anteversão do acetábulo pode resultar em
luxação:
a) anterior
b) posterior
c) superior
d) inferior
Discussão:
Independentemente da via utilizada, anteversão excessiva leva a luxação anterior, e
retroversão, a luxação posterior.
Resposta: A
76. (TEOT 2014) Na fratura periprotetica com componente solto e perda óssea importante,
qual a classificação de Vancouver?
a) B1
b) B2
c) B3
d) C
Discussão:
Vancouver clássica: fratura periprotetica com componente estável = B1, instável = B2, +
estoque ósseo ruim = B3.
Resposta: C
83. (TEOT 2014) Quais são os Offsets que determinam o centro de rotação da cabeça na
prótese do quadril?
a) horizontal, vertical, anterior
b) medial, lateral, posterior
c) medial, horizontal, anterior
d)
Discussão:
São três offsets: Vertical; Horizontal; Anterior (versão do colo).
Resposta: A
Básicas
01. Prova R3 2016. Qual músculo tem origem na região assinalada na figura abaixo?
a) Piriforme
b) Gêmeo superior
c) Obturador interno
d) Gêmeo inferior
Discussão:
Nesta região, logo abaixo do forame isquiático maior, originam-se os gêmeos superior e
inferior. A região assinalada é do gêmeo superior. Logo abaixo em sentido horário, estão o
quadrado femoral, o semimebranáceo, o semitendíneo com o bíceps femoral, o adutor magno
e o obturador interno. Na asa do ilíaco encontram-se os glúteos e sartório e, na espinha ilíaca
anteroinferior e sobre o acetábulo, o reto femoral.
Resposta: B
02. Prova R3 2016. Qual o nome do acesso à articulação do quadril demonstrado pela letra B
da figura abaixo?
a) Watson Jones
b) Smith Petersen
c) Hardinge
d) Gibson
Discussão:
A via anterior de acesso ao quadril é a via de Smith Petersen, feita entre o sartório (nervo
femoral) e o TFL (nervo glúteo superior).
A via anterolateral é a via de Watson Jones, explora os planos entre o TFL e o glúteo médio
(nervo glúteo superior, ambos).
A via lateral direta, ou de Hardinge, é feita diretamente sobre as fibras do glúteo médio.
A via posterior, de Moore, faz uma incisão arciforme da espinha ilíaca posterossuperior, até o
trocanter maior e disseca através do glúteo máximo. A incisão de Kocher-Langenbeck, ou
Gibson, é muito parecida, mas apresenta dissecção com incisão do glúteo máximo, e não
romba, como na de Moore.
Resposta: A
03. Prova R3 2016. Em relação à via demonstrada pela letra A na figura da questão anterior,
qual estrutura vascular deve ser encontrada e ligada durante a realização do plano muscular
superficial e profundo?
a) Ramo perfurante da artéria e veia femoral profunda
b) Ramo ascendente da artéria e veia circunflexa femoral medial
c) Ramo ascendente da artéria e veia circunflexa femoral lateral
d) Ramo articular da artéria e veia obturatória
Discussão:
Na dissecção cirúrgica superficial da via de Smith Petersen, o grande ramo ascendente da
artéria circunflexa femoral lateral cruza o espaço entre o sartório e o TFL e deve ser ligado ou
cauterizado.
No plano profundo, aborda-se através do glúteo médio e do reto femoral. Hoppenfeld não cita
mais estes vasos no plano profundo. Entretanto, vale lembrar que se deve tomar cuidado com
o nervo cutâneo femoral lateral, que passa 2,5cm distal à EIAS e pode ser cortado ao se incisar
a fáscia entre sartório e TFL, e o nervo femoral, que fica medial ao reto femoral, mas só será
afetado se for dissecado no plano intermuscular errado (basear-se na artéria femoral, que está
medial ao reto femoral, para não cometer este erro).
Resposta: C
04. Prova R3 2016. A respeito da via demonstrada pela letra C na figura da questão 2, qual
estrutura pode ser lesada se ocorrer uma dissecção do glúteo médio mais proximal do que
4,4cm do ápice do trocanter maior?
a) Vasos e nervo glúteos superiores
b) Vasos e nervo glúteos inferiores
c) Nervo ciático
d) Ramo ascendente da artéria circunflexa femoral medial
Discussão:
O nervo glúteo superior se encontra 3 a 5 centímetros acima do trocanter maior; dissecções
mais proximais podem cortar o nervo ou produzir lesão por tração. Pode ser feita sutura no
ápice do glúteo médio para evitar progressão da dissecção. O nervo femoral, estrutura mais
lateral do feixe, é vulnerável a avastadoers colocados inadequadamente. Artéria e veia femoral
sofrem o mesmo risco, e um ramo transverso da artéria circunflexa femoral lateral é cortado à
mobilização do vaso lateral.
Resposta: A
05. Prova R3 2016. A segunda janela da via ilioinguinal se dá entre quais estruturas?
a) músculo iliopsoas e vasos femorais
b) músculo iliopsoas e cordão espermático (ligamento redondo)
c) músculo iliopsoas e reto abdominal
d) vasos femorais e músculo reto abdominal
Discussão:
A via ilioinguinal é dividida em três janelas:
Lateral – elevação subperiosteal do músculo ilíaco da fossa ilíaca interna, possibilitando acesso
à crista ilíaca e à fossa ilíaca interna.
Média: release da fascia iliopectínea, retração do iliopsoas e nervo femoral lateralmente e
vasos ilíacos externos medialmente. Permite acesso à parede anterior, eminência iliopectínea
e superfície quadrilateral.
Medial: transecção ipsilateral do tendão do reto abdominal; permite acesso ao espaço de
retzius, sínfise púbica e ramo superior, após afastar o funículo espermático lateralmente.
Resposta: A
06. Prova R3 2016. O nervo ciático emerge ___ ao músculo piriforme em __ dos casos.
a) anterior/95%
b) anterior/85%
c) posterior/95%
d) posterior/85%
Discussão:
Resposta: B
07. Prova R3 2016. A corona mortis é uma rede de anastomose que ocorre entre quais vasos?
a) ilíaca externa e obturatória
b) ilíaca externa e ilíaca interna
c) ilíaca externa ou epigástrica inferior com obturatória
d) ilíaca externa ou epigástrica superior com obturatória
Discussão: Embora nesta imagem e em parte do texto o Rockwood fale que a anastomose é
somente pela ilíaca externa e obturatória, mais para frente ele menciona que pode ser
também pela epigástrica inferior (como demonstrado na figura abaixo).
Resposta: C
08. Prova R3 2016. A respeito da semiologia do quadril, o sinal de Ludloff é definido por:
a) equimose na região interna da coxa, podendo indicar avulsão do pequeno trocanter
b) dor à palpação dos adutores enquanto o paciente flete o quadril, podendo indicar lesão dos
adutores
c) atitude de aumento da rotação interna durante a marca, indicando aumento da anteversão
do colo femoral
d) dor à rotação interna e abdução do quadril, podendo indicar síndrome do piriforme
Discussão:
Teste de Ludloff: tendinite do iliopsoas, lesão do músculo iliopsoas, fratura avulsão do
trocanter menor. Paciente sentado, pernas pendentes, realizar flexão do quadril contra
resistência patologia na inserção do iliopsoas no trocanter menor.
Sinal de Ludloff: equimose na região interna da coxa avulsão do trocanter menor.
Resposta: A
09. Prova R3 2016. A respeito da semiologia traumatológica do quadril, qual o nome do teste
descrito a seguir para avaliar a integridade do acetábulo: paciente em decúbito dorsal, o
examinador abduz o membro a ser examinado em cerca de 45 graus, mantendo o joelho em
extensão, e executa a punhopercussão do calcâneo. O teste é positivo na presença de dor no
quadril ao realizar a manobra.
a) teste de volkmann
b) teste de Lewin
c) teste de Gaenslen
d) teste de Anvil
Discussão:
O testes de Anvil, apresentado no livro Faloppa, é o descrito.
Outros testes apresentados:
Volkmann: avalia comprometimento do anel pélvico. Paciente em DDH, forçar abertura da
pelve apoiando as mãos sobre as EIAI. Dor = teste positivo. Deve ser realizado delicadamente e
não pode ser repetido por mais de dois examinadores, pelo risco de piora do quadro.
Teste de Lewin: avalia acometimento da sacroilíaca. Paciente de DLH, sobre o lado são, realiza-
se compressão com as duas mãos sobre a crista ilíaca. Dor indica teste positivo.
Teste de Gaenslen: também para avaliar sacroilíaca. Paciente em DDH, com o quadril
acometido para fora da mesa de exame, deve fletir ativamente ambos os quadris e segurá-los,
e em seguida deixar o acometido pender para fora da mesa. O teste é positivo em caso de dor
na sacroilíaca. Pode-se sensibilizá-lo estabilizando a pelve ou hiperestendendo o quadril.
Resposta: D
10. Prova R3 2016. O testse de Patrick, realizado para diferenciar patologias do quadril de
patologias da sacroilíaca, avalia: (em relação ao membro fletido, abduzido e rodado externo)
a) quadril ipsilateral e sacroilíaca contralateral
b) quadril contralateral e sacroilíaca ipsilateral
c) quadril e sacroilíaca ipsilaterais
d) quadril e sacroilíaca contralaterais
Discussão:
O teste é realizado com o paciente em DDH. O quadril a ser examinado deve ser fletido,
abduzido e rodado externo de forma a apoiar o calcanhar sobre o joelho oposto, formando um
quatro. A mão contralateral do examinador é apoiado no joelho do lado afetado, e a outra
estabiliza a pelve. Ambas exercem pressão vertical. O teste avalia o quadril ipsilateral ao lado
examinado e a sacroilíaca contralateral.
Resposta: A
11. Prova R3 2016. O escore de Merle D’Aubigne-Postel (modificado por Charnley) para
avaliação funcional do quadril se baseia na pontuação de 3 critérios. São eles:
a) dor, arco de movimento e atividades funcionais
b) dor, marcha e atividades funcionais
c) marcha, arco de movimento e atividades funcionais
d) dor, arco de movimento e marcha
Discussão:
O escore de Merle D’Aubigné e Postel é largamente utilizado para avaliar resultados no
tratamento de fraturas do acetábulo. Baseia-se nos parâmetros: Dor, Marcha e arco de
movimentos, sendo 6 pontos para cada um. É classificado como: excelente (18 pontos); muito
bom (17); bom (15, 16); razoável (13, 14); ruim (<13). Escore mínimo: 4 (não 3!!!)
Pontuação/ Dor Marcha ADM (%)
Parâmetro
6 Nenhuma Normal 95-100
5 Leve/intermitente Sem bengala, mas manca 80-94
4 Após andar, mas melhora Longa distância com 70-79
bengala ou muleta
3 Moderada ou grave, mas Limitada mesmo com 60-69
paciente consegue andar apoio
2 Grave, impede marcha Muito limitada 50-59
1 Incapaz de andar <50
Resposta: D
12. Prova R3 2016. A respeito da figura ao lado, podemos dizer que a relação entre o braço de
alavanca do momento abdutor e o momento de peso, num quadril normal, durante o apoio
monopodálico, é de:
a) 1:2
b) 1:2,5
c) 1:3,5
d) 1:4
Discussão:
O braço de alavanca do peso corporal é 2,5 vezes maior
do que o da musculatura abdutora normalmente. Em
patologias do quadril com fraqueza dos abdutores, por exemplo, esta relação pode ser ainda
maior.
Resposta: B
a) Tonnis
b) Wiberg
c) Lecquesne
d) Alpha
Discussão:
Se não prestar atenção, é fácil errar e assinalar este como o ângulo de Wiberg!
O ângulo centro borda anterior, ou de Lecquesne, é realizado no falso perfil de
Lecquesne (paciente em pé, lado afetado rodado externo 65 graus a partir da incidência AP).
Traça-se uma linha vertical pelo domo do acetábulo passando através do centro da cabeça; e
outra do centro da cabeça à borda do acetábulo, no osso subcondral; deve-se ignorar a borda
esclerótica subcondral, pois ela não dá suporte à cabeça. Mede-se o ângulo; o normal é 20
graus. Abaixo disso é indicativo de subcobertura.
Ângulos que são medidos no AP de bacia:
Ângulo centro borda lateral, ou de Wiberg: linha através das lágrimas; linha vertical
através do domo do acetábulo e centro da cabeça; linha do centro da cabeça à borda lateral
(osso subcondral). Normal: 20-24. Abaixo de 20 = subcobertura. Acima de 24, displasia
limítrofe, acima de 40, sobrecobertura.
Ângulo de Tonnis: uma linha é traçada do aspecto mais lateral do acetábulo ao aspecto
mais medial; sua inclinação é comparada com a linha bilacrimal. O ângulo é normalmente de 0
a 10 graus. Um ângulo superior a 10 graus indica displasia, e abaixo, sobrecobertura.
Sinal do crossover: também na radiografia AP; normalmente as duas paredes do
acetábulo se encontram no ápice lateral. Quando a parede anterior cruza a parede posterior,
indicando ser maior do que ela, pode se dever a sobrecobertura isolada, ou a retroversão do
acetábulo como um todo. Isso pode ser diferenciado pelo sinal da parede posterior.
Resposta: C
26. Prova R3 2016. Existem várias maneiras de se realizar uma radiografia em perfil do quadril,
cada uma com sua relevância. Como deve ser realizado o perfil de Dunn?
a) paciente em DDH, com rotação externa da pelve de 65 graus, feixe centralizado no quadril a
ser avaliado
b) Paciente em DDH, com o quadril contralateral fletido, raios ascendentes horizontais em
direção à raiz da coxa a ser avaliada com angulação de 45 graus
c) paciente em DDH, com quadril a ser avaliado fletido em 45 graus e abduzido 20 graus, feixe
centrado no quadril a ser avaliado
d) Paciente em decúbito lateral, paciente inclinado em 20 graus para posterior com o feixe
centrado no quadril e perpendicular ao chão.
Discussão:
O perfil de Dunn é realizado com o paciente em DDH, com o quadril fletido em 45 graus e
abduzido 20 graus.
A incidência de Ducroquet é realizada com o paciente em DDH, quadril fletido em 90 graus e
abduzido 45 graus. O membro contralateral é estendido, e o raio central é direcionado para o
quadril a ser examinado.
A incidência de Lecquesne é feita com o paciente em pé (Faloppa), com o quadril encostado na
chapa e rotação externa do raio central em 65 graus.
Resposta: C
27. Prova R3 2016. A figura ao lado representa uma alteração do quadril denominada:
a) Acetábulo protruso
b) Coxa profunda
c) coxa magna
d) coxa breva
Discussão:
Quando o acetábulo atravessa a linha ilioisquiática, ocorre a coxa profunda. Quando a cabeça
ultrapassa a linha ilioisquiática, denomina-se acetábulo protruso.
Resposta: B
28. Prova R3 2016. Qual o teste para avaliar o impacto posteroinferior do quadril?
a) flexão/abdução/rotação interna
b) flexão, abdução, rotação externa
c) flexão, adução, rotação interna
d) extensão, abdução, rotação externa
Discussão:
Para avaliação do impacto anterossuperior, o teste clássico é o FADRI (Flexão, Adução, Rotação
interna). Para o impacto posteroinferior, o teste é EXABRE (Extensão, Abdução, Rotação
Externa).
Resposta: D
01. Prova R2 2016. Sobre o centro de gravidade do corpo humano em posição anatômica:
a) 5 cm anterior a S2
b) 5cm anterior a L2
c) 5cm anterior a T12
d) 5cm anterior a T5
Discussão:
O centro de gravidade do corpo humano fica 5cm anterior a S2.
Resposta: A
02. Prova R2 2016. Qual o nome deste teste, e o que ele avalia?
Discussão:
O teste de Ober é realizado com o paciente em decúbito lateral; com o quadril contralateral
fletido para estabilizar, realiza-se a abdução passiva do quadril que está acima (este com o
joelho em 90 graus de flexão) e se deixa que passivamente aduza. Se restar algum grau de
abdução, será positivo e indica contratura do trato iliotibial.
O teste de Staheli é realizado com o paciente em decúbito ventral com as pernas para fora da
mesa; realiza-se a extensão do quadril com o joelho estendido, que apresenta resistência por
contratura do reto femoral.
Resposta: C
03. Prova R2 2016. Qual o nome deste teste, e o que ele avalia?
Discussão:
O teste apresentado é o de Ortolani. Deve ser realizado com um quadril de cada vez; partindo-
se da flexão com leve rotação interna, promove-se abdução e rotação externa do quadril
examinado, o que reduz um quadril luxado.
O teste de Barlow é para avaliar um quadril luxável.
Resposta: C
04. Prova R2 2016. São denominados músculos rotadores externos curtos do quadril:
a) Piriforme, gêmeo superior, obturador interno e gêmeo inferior
b) Piriforme, gêmeos superior e inferior, obturador interno
c) Gêmeos superior e inferior, obturador interno, quadrado femoral
d) Gêmeos superior e inferior, obturador externo, quadrado femoral
Discussão:
O piriforme não é um rotador externo curto, assim como o obturador externo.
Resposta: C
05. Prova R2 2016. Qual o nome do acesso à articulação do quadril demonstrado pela letra A
da figura abaixo?
a) Watson Jones
b) Smith Petersen
c) Hardinge
d) Gibson
Discussão:
O acesso anterior é conhecido como acesso de Smith Petersen.
Resposta: B
17. Prova R2 2016. Em relação à imagem abaixo, qual é a artéria mais importante no
fornecimento sanguíneo da cabeça femoral?
a) Z
b) W
c) X
d) Y
Discussão:
X representa a artéria circunflexa femoral medial; w, a lateral; Y, o ramo ascendente da lateral
(anel arterial extracapsular); Z, a artéria obturatória e o ramo da artéria da fóvea.
No Rockwood antigo, classicamente diz que a medial é mais importante na nutrição dos vasos
retinaculares; na 8ª edição, há informações discrepantes, em determinados lugares dizendo
que são equivalentes, e em outros, que a medial é mais importante. Melhor ir com o clássico.
Resposta: C
16. Prova Anual R2 2016. Sobre a anatomia vascular od quadril, as ar´terias ascedentes
anteriores são ramos da:
a) artéria obturatória
b) cx femoral lateral
c) cx femoral medial
d) femoral profunda
Discussão:
As ascendentes anteriores são ramos das cx femoral lateral. As posteriores, da medial. AS
descendentes também se originam da lateral. A obturatória gera o ramo da artéria da fóvea.
Resposta: B
17. Prova Anual R2 2016. A principal fonte de suprimento sanguíneo o colo do fêmur em uma
criança de 11 anos é a artéria:
a) obturatória
b) cx femoral lateral
c) cx femoral medial
d) do ligamento redondo
Discussão:
Após os 8 anos, a criança para de ter predominância da artéria do ligamento redondo e passa a
ter o padrão normal de um adulto, com predominância da Cx medial.
Resposta: C
18. Prova Anual R2 2016. Originam-se nas divisões posteriores do plexo lombossacral, exceto:
a) Nervo obturatório
b) Nervo femoral
c) Nervo glúteo superior
d) Nervo glúteo inferior
Discussão:
Originam-se da divisão anterior do plexo: Nervos subcostal (T12), iliohipogástrico e ilioinguinal
(L1), genitofemoral (L1-L2), Obturatório e obturatório acessório (L2-4).
Divisão posterior: NCFL (L2-3), Femoral (L2-4).
Divisão anterior do plexo sacral: nervos para quadrado femoral (L4-S1), obturador interno (L5-
S2), pudendo (S2-4), para o coccígeo (S3-4).
Divisão posterior do plexo sacral: nervos glúteo superior (L4-S1), glúteo inferior (L5-S2),
piriforme (S2).
O nervo clúneo não pertence ao plexo.
Resposta: A
19. Prova Anual R2 2016. No acesso anterior à articulação do quadril (Smith Petersen), o
intervalo profundo ocorre entre os músculos:
a) sartório e tensor da fáscia lata
b) sartório e reto femoral
c) glúteo médio e TFL
d) reto femoral e glúteo médio
Discussão:
O intervalo superficial é entre o sartório e o tensor da fáscia lata, e o profundo, entre o reto
femoral e o glúteo médio. Ligar ou cauterizar o ramo ascendente da circunflexa femoral
lateral.
Resposta: D
62. Prova Anual R2 2016. Qual o nome do ângulo da figura ao ado e qual seu valor de
normalidade?
a) Wiberg 25-40
b) Wiberg 15-25
c) Lecquesne 25-40
d) Lecquesne 15-25
Discussão:
Este é o ângulo centro borda anterior, medido na incidência de Lecquesne (AP com rotação
externa de 65 graus). Seu valor de normalidade é de 25-40. (tecnicamente, o normal é 20;
abaixo de 20 indica subcobertura, e acima de 40, sobrecobertura)
Resposta: C
65. Prova Anual R2 2016. A imagem ao lado representa uma alteração do quadril denominada:
a) acetábulo protruso
b) coxa profunda
c) coxa magna
d) coxa breva
Discussão:
Como a cabeça do fêmur atravessa a linha ilioisquiática, trata-se de um acetábulo protruso. Se
fosse apenas o acetábulo, seria coxa profunda.
Resposta:
Discussão:
É a via anterior do quadril. Não é uma boa via para colo ou ATQ, mas sim para a cabeça. Usa o
intervalo entre o TFL e o Sartório.
Resposta: D
Discussão:
Teste realizado com o paciente em apoio monopodálico, com o joelho ipsilateral fletido a 20
graus, o contralateral a 90 graus, os ombros abduzidos para manter o equilíbrio. Dor na
sacroilíaca fala a favor de sacroileíte.
Certamente existem outros testes menos ridículos do que esse para avaliar sacroileíte.
Resposta: A
62. (TEOT 2016) Deve-se evitar a incisão de qual estrutura para preservar a artéria circunflexa
medial?
a) quadrado e obturador externo
b) quadrado e obturador interno
c)
d)
Discussão:
Não é fácil de achar a resposta para esta pergunta. O Hoppenfeld cita que o quadrado femoral
tem íntima relação com diversas artérias, dentre ela a circunflexa medial. No entanto,
menciona que esta está em risco somente no acesso de Ludloff, mas não menciona como.
De uma forma, observando as figuras do Netter, vê-se que a artéria circunflexa medial emerge
entre o quadrado femoral e o obturador externo; desta forma, a incisão destas estruturas
pode coloca-la em risco.
Resposta: A
84. (TARO 2015) A vascularização da cabeça do fêmur depende predominantemente dos vasos
capsulares localizados nas regiões:
a) inferior e anterior
b) inferior e posterior
c) superior e anterior
d) superior e posterior
Discussão:
Os vasos que nutrem a cabeça do fêmur derivam das artérias cervicais. Estas se originam do
anel extracapsular na base do colo femoral. É formado pela contribuição da ACFM
posteriormente e ACFL anterioremente. Os vasos capitais atravessam a cápsula próximo à sua
inserção no colo e na crista trocantérica e ascendem paralelamente ao colo, entre na cabeça
adjacente à superfície articular inferior.
Os vasos superior e posterior, derivados primariamente da ACFM, são o suprimento sanguíneo
dominante da cabeça. A ACFM supre o ramo retinacular inferior que corre ao longo do
ligamento de Weitbrecht e supre a porção inferior medial da cabeça do fêmur.
Em adição aos vasos cervicais, uma contribuição menor da cabeça vem da artéria foveal, um
ramo da artéria obturatória que fica dentro do ligamento redondo. Esta artéria faz uma
contribuição significativa pawra a porção epifisária da vasculatura da cabeça femoral em
aproximadamente 75% dos quadris.
Resposta: D
26. (TARO 2014) Na síndrome compressiva do piriforme, o movimento passivo que exacerba os
sintomas é:
a) rotação lateral e flexão
b) rotação medial e flexão
c) rotação lateral e abdução
d) rotação medial e abdução
Discussão:
A bibliografia é do Faloppa. Ele fala claramente, assim como o Tarcísio, que o teste é o ABRI:
Abdução e Rotação Interna, que faz tensionar o piriforme e causar dor.
Você pode dar uma de Corvão e argumentar que pelo Orthobullets e vários outros locais, o
teste para avaliação do piriforme é: Flexão de aproximadamente 60 graus, adução e rotação
interna, o que irá provocar os sintomas.
Resumindo: não brigue com a questão. Orthobullets não cai no TEOT, mesmo que esteja
correto.
E, no fim das contas, tanto faz. A síndrome é coisa de fanfarrão, o teste é uma falácia, e o
tratamento é controverso e não funciona. É só um jeito de diagnosticar uma dor no ciático que
não tem lumbago associado.
Resposta: D
92. (TARO 2014) Na avaliação radiográfica do acetábulo, a estrutura que corresponde à parte
medial da gota de lágrima é a:
a) coluna anterior
b) coluna posterior
c) fossa acetabular
d) placa quadrilátera
Discussão:
A parte medial da lágrima corresponde ao sulco neurovascular obturado e a porção da lâmina
quadrilátera. A parte lateral corresponde a superfície cortical da fossa do acetábulo.
Resposta: D
99. (TARO 2014) A anteversão do colo femoral ao nascimento e com 10 anos de idade é,
respectivamente:
a) 20 e 30
b) 30 e 20
c) zero e 40
d) 40 e zero
Discussão:
A anteversão do colo femoral tipicamente diminui de 30 (15-50) ao nascimento para 20 (10-
35) aos 10 anos de idade.
Resposta: B
20. (ER 2017) Qual das estruturas abaixo não cruza a incisura isquiática maior:
a) Nervo para o músculo obturador interno
b) Nervo para o músculo quadrado femoral
c) Nervo cutâneo femoral posterior
d) Músculo obturador interno
Discussão:
Estruturas que saem do forame isquiático menor: Obturador externo, obturador interno
Estruturas que saem do foram isquiático maior: Nervo glúteo superior, artéria glútea superior,
Piriforme. A partir do piriforme, mnemônico POPI-IQ (de medial para lateral): Nervo Pudendo;
Artéria Pudenda inferior; nervo para o Obturador interno; Nervo cutâneo Posterior da coxa;
Nervo Isquiático; Nervo e artéria glúteos Inferiores; nervo para o Quadrado femoral.
Resposta: D
Discussão:
Lembrar o bizu:
VERTILONGOS
HORICURTOS
Sacroilíaco posterior: o mais forte na pelve, chave para estabilidade vertical.
Curto: orientação oblíqua, resiste forças rotacionais.
Longo: orientação vertical, resiste forças verticais, junta-se ao ligamento sacrotuberoso.
Resposta: D
62. (TEOT 2014) Segundo as coluna de Judet, qual estrutura está apenas na coluna posterior?
a) Cupula do acetábulo
b) fossa acetabular
c) lamina quadrilátera
d) espinha isquiática
Discussão:
Apenas a espinha isquiática faz parte da coluna posterior exclusivamente. Todas as outras
estruturas têm relação com ambas as colunas.
Resposta: D
Impacto femuroacetabular:
21. Prova R3 2016. O paciente da figura abaixo foi submetido a uma cirurgia aberta para
correção de impacto femuroacetabular. No intraoperatório, apresenta um destacamento da
cartilagem articular do osso subcondral (lesão em carpete). Qual é, provavelmente, o tipo de
deformidade predominante no quadril desde paciente que levou a este padrão de lesão?
a) CAME
b) pincer (secundário a uma retroversão com aumento global do acetábulo)
c) Pincer (secundário a uma retroversão verdadeira do acetábulo)
d) Pincer (secundário a um acetábulo protruso)
Discussão:
Impacto Femoro-acetabular
Principal causa de AO em indivíduos menores que 50 anos
2 tipos: CAME – problemas no fêmur. Proeminência da junção cabeça colo na sua
porção anterior; offset do colo curto. Mais comum em homens, jovens atletas. Apresenta
lesão labral + avulsão da cartilagem acetabular. 25% dos homens e 5% das mulheres
assintomáticos apresentam deformidade CAME, mas apenas 8% desenvolvem AO.
PINCER: problemas no acetábulo. Coxa profunda, acetábulo protruso, retroversão
acetabular. Mais comum em mulheres de meia idade; mais dano labral que cartilagíneo.
Lesão condral da parede posterior por contragolpe.
MISTO: 42% dos casos.
Diagnóstico:
Dor articular, sinal do C, dor em longos períodos sentados. Exame físico: FADIR
(impacto anteroposterior); EXABER (impacto posteroinferior).
Imagem: ângulo alfa > 55 (CAME); offset diminuído (CAME); crossover (Pincer); sinal da
parede posterior – ponto dentro da parede posterior = excesso de parede posterior (Pincer);
LCE (Wiberg) > 40 (Pincer); coxa profunda/acetábulo protruso (Pincer).
Tratamento:
Conservador: modificações de atividades de vida diária; AINEs; fisioterapia para
fortalecimento muscular (não ganhar ADM!). Maus resultados
Cirúrgico:
Luxação controlada (Ganz) + acetabulofemoroplastia: luxação anterior do quadril após
osteotomia do trocanter maior; indicado para grande deformidade. Boa visualização da cabeça
e acetábulo. Riscos de PSA do grande trocanter e ONCF.
Artroscopia: menos invasiva; nível técnico difícil; pequenas deformidades; vem
trazendo bons resultados.
Artroscopia + osteocondroplastia aberta limitada: após artroscopia, via anterior;
somente osteocondroplastia anterior
Osteotomias periacetabulares: com retroversão verdadeira do acetábulo (Ganz ou
Steel).
Fatores de mau prognóstico: tönnis > 2; evidencia intraoperatória de delaminação da
cartilagem articular; idade aumentada.
Resposta: A
22. Prova R3 2016. Você está suspeitando de impacto femuroacetabular para um paciente do
seu ambulatório e após um exame físico minucioso solicita as devidas radiografias. O paciente
volta com a imagem ao lado. Qual o nome dos dois sinais presentes na figura?
Discussão:
Observam-se sinal do cruzamento e sinal da parede posterior, o que significa retroversão
acetabular. Se o sinal da parede posterior fosse negativo, significaria apenas sobrecobertura
acetabular.
Resposta: A
23. Prova R3 2016. Em relação ao paciente da questão anterior. Qual o diagnóstico do tipo de
impacto predominante?
a) CAME
b) Pincer (secundário a retroversão com aumento global do acetábulo)
c) Pincer (secundário a uma retroversão verdadeira do acetábulo)
d) Pincer (secundário a um acetábulo protruso)
Discussão:
Com o sinal da parede posterior positivo, deve-se a retroversão verdadeira do acetábulo.
Resposta: C
24. Prova R3 2016. Ainda em relação ao paciente da questão anterior. Após tratamento
conservador ineficaz, você opta por indicar tratamento cirúrgico. Qual a opção mais adequada
para ele?
a) Acetabuloplastia + ressecção labral
b) Acetabuloplastia + debridamento + reinserção labral
c) Osteotomia periacetabular de redirecionamento + ressecção labral
d) Osteotomia periaceatabular de redirecionamento + desbridamento e reinserção labral
Discussão:
De acordo com Campbell, paciente com impacto do tipo pincer causado por retroversão
isolada da borda anterossuperior do acetábulo podem ser tratados com reflexão labral
artroscópica, trimming da borda e reinserção labral.
No acetábulo com retroversão isolada, é indicada osteotomia periacetabular; trimming da
borda pode causar instabilidade.
Resposta: D
25. Prova R3 2016. Qual é o valor acima do qual o ângulo alfa se torna indicativo de impacto
tipo CAME?
a) 45
b) 55
c) 65
d) 75
Discussão:
55 é o valor limite para o ângulo alfa indicar impacto tipo CAME.
Resposta: B
Discussão:
42% dos casos são mistos.
Vale lembrar que a lesão por contragolpe ocorre no tipo pincer.
Resposta: D
31. Prova R2 2016. Qual das alternativas não é uma alteração radiográfica do IFA?
a) sinal do cross over
b) sinal da parede anterior
c) sinal da parede posterior
d) ângulo de Wiberg maior que 40
Discussão:
Sinal da parede anterior não existe (ou ao menos não tem a ver com IFA). Um ângulo de
Wiberg normal é de 20 a 24; menor que isso indica subcobertura, e maior que 40,
sobrecobertura.
Resposta: D
Discussão:
Fatores de mau prognóstico são: Tönnis >2, presença intraoperatória de delaminação, idade
avançada. Tratamento conservador tem péssimos resultados. Não se deve ganhar ADM para o
tratamento, pois piora os sintomas.
Resposta: C
641. 1000 Questões. EM relação à afirmação: “O impacto femuroacetabular deve sempre ser
tratado por cirurgia aberta, ainda que assintomático, pois sua evolução para o desgaste e a
ATQ é inevitável”, a opinião mais correta é:
a) a afirmação está totalmente correta
b) a afirmação estaria correta se substituíssemos cirurgia aberta por artroscopia
c) a afirmação estaria correta se removêssemos a expressão “ainda que assintomática”
d) a afirmação está totalmente incorreta
Discussão:
Não é indicado tratamento de impacto assintomático. Artroscopia está se tornando uma boa
opção à cirurgia aberta. Não obrigatoriamente todos os casos terminarão em ATQ.
Resposta: D
642. 1000 Questões. A coxa profunda é um fator de risco para impacto femuroacetabular
porque:
a) o contorno da cabeça ultrapassa a linha de KOhler, predispondo ao mecanismo tipo Pincer
b) o fundo acetabular atinge a linha de Kholer, predispondo ao mecanismo tipo came
c) promove o impacto localizado na porção anterolateral do acetábulo
d) promove a medialização do fêmur proximal
Discussão:
Coxa profunda: fundo acetabular toca ou ultrapassa a linha de Kohler
Acetábulo protruso: cabeça ultrapassa a linha de Kohler.
O principal fator de impacto é o tipo pincer nestas circunstâncias, em que há impacto
principalmente na região anterolateral do acetábulo, porém não localizado, uma vez que há
excesso circunferencial de cobertura da cabeça
Resposta: D
32. (TARO 2016) No impacto femuroacetabular tipo CAM, a lesão em contragolpe é mais
comumente encontrada nas regiões:
a) anterior da cabeça e anterior do acetábulo
b) lateral da cabeça do fêmur e anterolateral do acetábulo
c) lateral da cabeça do fêmur e posterolateral do acetábulo
d) posterior da cabeça do fêmur e posteroinferior do acetábulo
Discussão:
Lesões características do impacto tipo CAM: rasgo na base do labrum na junção condrolabral.
A cartilagem articular adjacente torna-se lesada devido à compressão da cabeça femoral com
seu raio de curvatura relativamente maior rodando no acetábulo. Frequentemente a
cartilagem delamina do osso subcondral, proegindo a partir da borda acetabular. Neste
processo, o labrum acetabular é poupado relativamente, com mais lesão incorrendo dentro da
cartilagem articular.
Uma lesão em contragolpe é frequentemente vista posteriormente na cabeça femoral e
posteroinferiormente no acetábulo devido a impacto CAM anterior com aumento subsequente
na pressão da cartilagem posterior do quadril.
No impacto tipo pincer, nos extremos de movimento, o labrum é pressionado entre as
superfícies ósseas e subsequentemente sofre mais dano do que a cartilagem adjacente. Pode
piorar progressivamente devido a crescimento ósseo reativo na borda acetabular ou
calcificação do labrum, aumentando o grau de sobrecobertura.
Resposta: D
97. (TARO 2014) A deformidade do IFA tipo Came é mais bem evidenciada por:
a) RX
b) RNM
c) ArtroRNM
d) TC 3D
Discussão:
O diagnóstico é feito com radiografia simples, especialmente na incidência de Dunn, que
permite calcular o ângulo alfa.
Resposta: A
Osteoartrose do quadril
13. Prova R3 2016. Em relação à AO do quadril, qual o primeiro movimento que sofre
limitação?
a) Abdução
b) Adução
c) Rotação interna
d) Rotação externa
Discussão:
Osteoartrose do quadril
Epidemiologia: 25% da população. Normalmente secundária a alguma alteração óssea
que aumente pressão no quadril. Primárias apresentam evolução mais lenta. Fatores de risco:
>50 anos, obesidade, trabalhadores que carregam peso, atletas de elite.
Clínica: o primeiro movimento limitado é a rotação interna. Clínica de artrose: dor
protocinética, rigidez para iniciar movimentos, pior pela manhã e após esforços físicos.
Imagem: diminuição do espaço articular, esclerose subcondral, geodos (cistos
osteoporóticos), osteófitos (osteófitos de Bombelli: metaplasia da cápsula articular).
Classificação de Tönnis:
Tipo 0: sem sinais de AO
Tipo 1: esclerose subcondral, com mínima diminuição do espaço articular e mínima
presença de osteofitose
Tipo 2: pequenos cistos acetabulares e femorais com diminuição do espaço articular
moderada
Tipo 3: grandes cistos acetabulares e femorais, obliteração do espaço articular e
presença de deformidade da cabeça femoral.
Classificação de Kellgren e Lawrence:
Tipo 0: normal
Tipo 1: pequeno estreitamento, presença de pequenos osteófitos
Tipo 2: estreitamento inferior, osteófitos definidos
Tipo 3: significativo estreitamento, deformidades em fêmur acetábulo
Tipo 4: 3 + grandes osteófitos
Classificação de Bombelli (ERAM)
1. Etiologia
a. Mecânica
b. Metabólica
c. Combinada
2. Morfologia
a. Superoexterna (esférica, elipsoide, subluxada, lateral)
b. Concêntrica
c. Interna
d. Inferointera
3. Reação biológica
a. Atrófica
b. Normotrófica
c. Hipertrófica
4. Amplitude de movimento
a. Rígido
b. Hipomóvel
c. Móvel
Tratamento:
Conservador: SEMPRE. Analgesia, perda de peso, bengala, fortalecimento muscular,
infiltração com corticoide (melhoram dor por um mês; podem demonstrar patologia extra-
articular); viscossuplementação (sem comprovações científicas).
Cirúrgico: procedimentos que preservam ou não a articulação original:
A. Excisão de osteófitos, curetagem,m enxertia de cistos acetabulares
B. Osteotomias de salvação: <50 anos, sintomas moderados, flexão > 60 graus,
diminuição do espaço articular.
C. Osteotomia varizante do fêmur proximal: quadril congruente em abdução;
encurta membro; relaxa musculatura.
D. Osteotomia valgizante: < 40 anos; Flexão > 60 graus (< 60 = contraindicação
relativa); tensiona musculatura; alonga membro; eventualmente associar
tenotomias; PSA é complicação frequente.
E. Artrodese: fazer em 0,5 graus de adução, 0-15 graus de rotação externa, 20-30
graus de flexão. Resultados péssimos, raramente indicada. Contraindicações:
alterações degenerativas de coluna, quadril contralateral, joelho ipsilateral, pois
vão progredir e se tornar sintomáticas muito rapidamente.
F. Hemiartroplastia
G. Resurfacing: <60 anos, ativos, sem deformidade óssea. Contraindicações:
osteoporose, cistos >1cm, >50% ONCF, deformidades ósseas, IRC, mulheres fertéis
(metalose).
H. ATQ
Resposta: C
Discussão:
A principal é secundária.
Resposta: B
Discussão:
Os osteófitos são formados por metaplasia da cápsula articular.
Resposta: C
16. Prova R3 2016. Quais são os parâmetros usados por Bombelli em sua classificação para AO
do quadril?
a) etiologia, morfologia, reação biológica e amplitude de movimento
b) etiologia, congruência articular, amplitude de movimento e morfologia
c) etiologia, morfologia, espaço articular e amplitude de movimento
d) etiologia, congruência articular, reação biológica e amplitude de movimento
Discussão:
A classificação de Bombelli usa 4 parâmetros pelo mnemônico ERAM:
Etiologia
Reação Biológica
Amplitude de movimento
Morfologia
Resposta: A
17. Prova R3 2016. Paciente com AO do quadril apresenta na radiografia moderada diminuição
o espaço articular associado a pequenos cistos no acetábulo e na cabeça demofral. Qual a
classificação segundo tonnis?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Discussão:
A classificação de Tönnis é feita por avaliação radiográfica e vai de 0 a 3:
0 – sem alterações
1 – diminuição leve do espaço articular; esclerose subcondral, osteofitose mínima
2 – diminuição moderada, pequenos cistos acetabulares e femorais
3 – diminuição grave, grandes cistos, deformidade da cabeça
Resposta: B
18. Prova R3 2016. Qual a posição ideal para uma artrodese do quadril?
Adução/abdução Rotação externa Flexão
A 0-5 AD 20-30 0-15
B 0-5 AB 0-15 20-30
C 0-5 AB 20-30 10-15
D 0-5 AD 0-15 20-30
Discussão:
Artrodese deve ser feita com 0-5 de adução, 0-15 de rotação externa e 20-30 de flexão, de
forma a permitir a marcha.
Resposta: D
19. Prova R3 2016. São contraindicações relativas para o procedimento de artrodese do
quadril:
a) alterações degenerativas na coluna, quadril contralateral ou joelho ipsilateral
b) alterações degenerativas na coluna e joelhos (contralateral e ipsilateral)
c) alterações degenerativas na coluna, quadril contralateral e joelho contralateral
d) NDA
Discussão:
São contraindicações para a artrodese de quadril alterações degenerativas da coluna, quadril
contralateral e joelho ipsilateral, pois irão progredir e se tornar sintomáticas muito
rapidamente.
Resposta: A
Discussão:
A congruência é testada em abdução para a osteotomia varizante, pois é nesta posição que
ficará o quadril.
A valgizante tensiona a musculatura (alonga membro), enquanto a varizante relaxa.
Flexão menor que 60 para valgizante, e 50 para varizante, são contraindicações.
Resposta: B
47. Prova R2 2016. São fatores que indicam osteotomias varizantes, exceto:
a) cabeça esférica
b) pouca ou nenhuma displasia acetabular – ângulo centro margem 15-20
c) sinais de sobrecarga lateral
d) ângulo colo-diáfise >95 graus
Discussão:
Ângulo colo diáfise deve ser maior que 135 – valgo. Maior que 95 é varo!
Resposta: D
Discussão:
Osteotomia valgizante irá tensionar a musculatura, melhorando o momento abdutor e,
portanto, sendo indicada na marcha de Trendelenburg.
Flexão menor que 60 graus é contraindicação relativa. Deformidade em abdução já é valga,
então, indicaria osteotomia varizante.
Resposta: A
61. Prova Anual R2 2016. Paciente com coxartrose apresenta na radiografia obliteração do
espaço articular associada a grandes cistos no acetábulo e na cabeça femoral e deformidade
eimportante da cabeça. Qual a classificação segundo Tönnis?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Discussão:
Classificação de Tönnis vai de 0 a 3, sendo 0 sem alterações (propenso a erro).
1 – leve diminuição do espaço
2 – moderada
3 – grave, com grandes cistos e deformidade da cabeça.
Resposta: C
611. 1000 Questões. A artrodese do quadril, embora venha sendo usada em menor escala na
atualidade, ainda deve ser considerada como um método alternativo de tratamento. A
principal queixa relacionada com essa técnica é a:
a) lombalgia
b) gonalgia ipsilateral
c) coxalgia contralateral
d) gonalgia contralateral
Discussão:
Queixas de dor ocorrem geralmente 15 a 25 anos após a artrodese; ocorrem todas as citadas,
porém é mais comum lombalgia, que ocorre em 55 a 100% dos pacientes. Vale lembrar que
sem o movimento do quadril, para deambular compensa-se com a báscula da bacia e coluna.
Resposta: A
Discussão:
Contraindicações são: flexão menor que 60, adução menor que 15,
Resposta: A
Discussão:
Questão clássica. As contraindicações de sempre.
A artrodese é feita com adução, rotação externa e flexão, para poder caminhar. Não faz o
menor sentido realiza-la em paciente com PC. Mais indicada para paciente jovem e hígido,
relativamente contraindicada em ONCF asséptica pelo risco de bilateralidade, mas indicada na
ONCF pós traumática.
Resposta: D
24. (ER 2017) Na artrose do quadril, é contraindicação relativa para a osteotomia valgizante
intertrocantérica a presença de:
a) flexão do quadril menor que 60
b) extensão do quadril menor que 100
c) cabeça femoral não esférica
d) acetábulo displásico
Discussão:
Osteotomia varizante
Indicação: Coxa valga da DDQ. Cabeça femoral esférica, displasia acetabular mínima, sinais de
sobrecarga lateral. Necessária ADM de pelo menos 50-60 graus de abdução/adução e RI-RE.
Contraindicações: contratura fixa em rotação externa > 25, flexão <70.
Desvantagens: encurta membro, diminui força muscular, proeminência do trocanter maior.
Osteotomia valgizante
Indicações: Sequela de ONCF, Perthes. Cabeça elíptica, subluxação do quadril, formação de
osteófitos inferiomediais. ADM mínima: adução de 30 graus, flexão de 60 graus. Aumenta
tensão da musculatura; fazer tenotomia do iliopsoas e adutores + lateralização da diáfise.
Contraindicação: flexão menor que 60.
Resposta: A
Osteonecrose da cabeça femoral
30. Prova R3 2016. Segundo a classificação de Steinberg para ONCF, um paciente com sinal do
crescente que acomete 20% da superfície da cabeça apresenta o tipo:
a) 2A
b) 2B
c) 3A
d) 3B
Discussão:
ONCF
Epidemiologia: pacientes entre 3ª e 5ª décadas de vida; 18% das ATQ são por este
motivo.
Etiologia: Álcool, Gota, Doença de Gaucher, Dislipidemias, Osteodistrofia Renal,
Anemia Falciforme, Uso de esteroide sistêmico, trauma, idiopática. Tabagismo: pelo Campbell
não é, pelo JAAOS, é. Diversas teorias patogênicas.
Apresentação clínica: inicialmente assintomático; depois, dor no quadril durante
deambulação. Primeiro perde a Rotação Interna.
Diagnóstico: RX Cintilografia, RNM: melhor método, especialmente para DD com
osteoporose transitória.
Ângulo de Kerboul: corte médio do coronal e do sagital; ângulo do cetro da cabeça às
bordas da lesão e soma. Até 190 graus: bom prognóstico. 190-240: moderado. >240: ruim.
Classificação de Ficat e Arlet:
Estágio Sintoma RX Cintilo Anatomo Biópsia
0 Ausente Normal Captação
diminuíd
a
1 Ausentes Normal Ponto frio Infarto da Células
Leves na cabeça porção de medulares
sustentação mortas,
de carga osteoblastos
2 Leves Alteração da Captação Reparo da Osso novo
densidade da cabeça aumentad área entre as
2ª Esclerose ou cistos a infartada trabéculas
com contorno necróticas
normal da cabeça
2B Sinal do crescente,
mas sem perda de
esfericidade
3 Moderad Colapso e Fratura Trabéculas
os achatamento da subcondral, ósseas e
cabeça impacto, células
fragmentaçã medulares
o do em ambos os
segmento lados da
necrótico linha de
fratura
4 Graves Estreitamento do Artrose Alteração da
espaço articular, cartilagem
alterações acetabular
acetabulares
Classificação de Steinberg:
Igual Ficat e Arlet, mas adiciona os marcadores para tamanho da lesão: A (<15%), B
(15-30%), C (>30%).
0 = 0, 1=1, 2a = 2, 2b = 3, 3 = 4, 4 = 5, 4 avançado = 6.
Tratamento:
Doença avança rápido (colapso em 85% em 2 anos a partir do estágio 1 ou 2). Não há
tratamento eficaz para prevenir colapso. Não há correlação clinicorradiográfica.
Descompressão central: melhor que tratamento conservador; indicado para estágios 1
e 2a sem uso de esteroides.
Enxerto ósseo: após descompressão central; bons resultados em 50-80% para estágios
1 e 2.
Enxerto ósseo vasculaizado: descompressão, excisão do sequestro, preenchimento
com enxerto viável, sustentação do peso limitada para proteção do enxerto. Se realizado antes
da fratura subcondral, pode gerar uma cabeça viável para toda a vida do paciente. É mais fácil
fazer uma ATQ após, do que uma ATQ de revisão. Bons resultados em 80-91%. Não é indicado
para estágios iniciais, pois traz resultados semelhantes à descompressão simples.
Estágios avançados, <50 anos: enxerto vascularizado.
Estágios avançados, > 50 anos: ATQ.
Se bilateral, pode ser feito segundo enxerto após 3 meses.
Osteotomias do fêmur proximal: <30% da cabeça femoral; pacientes jovens, para
retardar ATQ. É necessário realizar um rx para avaliação da área da cabeça a ser rodada, em
DDH, quadril fletido a 90 graus, abduzido 45 graus, rotação neutra (incidência de Ducroquet).
Resurfacing: alternativa a pacientes com lesão > 30%. Resultados piores que uma ATQ;
porém pode posterga-la.
ATQ: tratamento definitivo.
31. Prova R3 2016. Segundo a classificação de Ohzono para ONCF, a figura ao lado representa
o tipo:
a) 1
b) 2
c) 3A
d) 3B
Discussão:
Ohzono, com o comitê de investigação específica de doenças do ministérios da saúde do
Japão, definiu critérios em 2001 sobre ONCF:
5 critérios com alta especificidade para diagnóstico: colapso da cabeça (incluindo sinal do
crescente) sem estreitamento do espaço articular ou anormalidade acetabular no rx; esclerose
marcante na cabeça femoral sem estreitamento articular ou anormalidade acetabular;
cintilografia fria em quente; baixa intensidade em T1 na RNM; necrose trabecular e medular na
histologia. Diagnóstico se preencher 2/5 dos critérios sem apresentar tumor ou displasia.
Lesões necróticas são classificadas em 4 tipos, de acordo com localização na imagem (T1 na
RNM ou RX).
Tipo A: acometem terço medial ou menos da área de carga.
Tipo B: acometem dos dois terços mediais ou menos da área de carga.
Tipo C1: acometem mais de 2/3 mediais, mas não se estendem até a borda lateral do
acetábulo.
Tipo C2: afeta a borda lateral do acetábulo.
Estadiamento: baseado nos achados em imagens anteroposteriores e laterais do RX.
Estágio 1: período em que não há imagens específicas de osteonecrose no RX, mas há
achados específicos em RNM, cintilografia ou histologia (Ficat 0 ou 1)
Estágio 2: período com esclerose marcante sem colapso (Ficat 2A)
Estágio 3: colapso da cabeça, incluindo sinal do crescente, é observado, mas sem
estreitamento articular. Osteofitose leve pode ser observada na cabeça femoral ou acetábulo
(Ficat 2B e 3).
3A: Colapso menor que 3mm.
3B: colapso de 3mm ou mais.
4: osteoartrose (Ficat 4).
J Orthop Sci. 2002;7(5):601-5.
The 2001 revised criteria for diagnosis, classification, and staging of idiopathic osteonecrosis of
the femoral head.
Sugano N1, Atsumi T, Ohzono K, Kubo T, Hotokebuchi T, Takaoka K.
Há ainda uma outra classificação de Ohzono, também do comitê japonês, porém de 1987 (a
utilizada na questão):
32. Prova R3 2016. Na ONCF, a descompressão pode ser indicada até que estágio de Ficat e
Arlet?
a) 1
b) 2a
c) 2b
d) 3
Discussão:
Descompressão é indicada para os estágios 1 e 2A.
Resposta: B
33. Prova R3 2016. Aplique o método de Kerboul modificado na imagem ao lado para predizer
o prognóstico do paciente com ONCF (A: 150, B: 80).
a) bom
b) moderado
c) ruim
d) o método de Kerboul não fornece prognóstico
Discussão:
O método de Kerboul, em todas as referências, é:
<190 = bom prognóstico.
190-240 = moderado
>240 = ruim.
O gabarito oficial diz C, mas o cálculo dá 230 (moderado).
Resposta: B
34. Prova R3 2016. Qual afirmativa contém a indicação mais adequada para osteotomia
rotacional de Sugioka para ONCF:
a) estágios 1 e 2 de ficat e arlet com até 30% da cabeça acometida
b) estágios 1 e 2 de Ficat e Arlet com até 50% da cabeça acometida
c) todos os estágios com até 30%
d) todos com até 50%
Discussão:
A osteotomia rotacional de Sugioka é indicada para estágios 1 e 2 de Ficat e Arlet, apenas, com
até 30% da cabeça acometida. Recomenda-se realizar a incidência de Ducrocquet (flexão do
quadril 90 graus, abdução 45 graus, rotação neutra) para avaliar se a área a ser rodada é
adequada.
Resposta: A
Discussão:
Diabetes não é fator de risco. Outros fatores: alcoolismo, doença de gaucher, osteodistrofia
renal.
Resposta: D
34. Prova R2 2016. Um paciente com ONCF que apresenta cintilografia com hipercaptação e
uma radiografia com sinal do crescente e esfericidade da cabeça mantida é classificada como,
segundo Ficat e Arlet?
a) 2A
b) 2B
c) 3
d) 4
Discussão:
Cintilografia é quente a partir do 2. Alteração da esfericidade da cabeça só ocorre no 3. Sinal
do crescente é característico do 2B de Ficat e Arlet.
Resposta: B
Discussão:
A cintilografia só é fria no estágio 1. No zero há diminuição da captação, e a partir do 2 sempre
há hipercaptação.
Resposta: A
Discussão:
A descompressão e enxertia são mais eficazes que tratamento conservador nos quadros
iniciais. Descompressão central é indicada a partir do estágio 1. Osteotomia de sugioka é
indicada para defeitos de até 30%.
Resposta: C
626. 1000 Questões. O melhor exame para diferenciar a necrose asséptica da cabeça do fêmur
e a osteoporose transitória do quadril é a:
a) cintilografia óssea
b) RNM
c) TC 3D
d) angiografia digital
Discussão:
O exame mais utilizado é a RNM, na qual a osteoporose geralmente apresenta edema difuso,
enquanto a ONCF apresenta edema geográfico.
Resposta: B
629. 1000 Questões. O sinal de dupla linha na imagem de RNM do quadril em T2 sugere:
a) osteoporose transitória
b) fratura oculta do colo do fêmur
c) ONCF
d) impacto femuroacetabular
Discussão:
Sinal da dupla linha na RNM indica fratura subcondral, característica da ONCF.
Resposta: C
Discussão:
O prognóstico depende de todos os fatores citados; porém, na região medial, onde não há
transmissão de carga, o prognóstico é melhor. Ausência de dor não necessariamente indica
prognóstico favorável. Não cita em nenhum lugar se o prognóstico é pior em paciente mais
jovem ou mais idoso.
Resposta: C
33. (TARO 2016) Na osteonecrose da cabeça do fêmur classificada segundo Steinberg, o sinal
do crescente acometendo 20% da superfície articular corresponde ao estágio:
a) IIB
b) IIC
c) IIIB
d) IIIC
Discussão:
A classificação de Steinberg segue o mesmo padrão de Ficat e Arlet, porém seguindo em um
contínuo o 2A e 2B.
0 = 0, 1 = 1, 2A = 2, 2B = 3, 3 = 4, 4 = 5, 4 avançado = 6.
Além disso, tem uma subdivisão pela área de osteonecrose para 1 e 2: A: <15%; B: 15-30%; C:
>30%.
Especificamente no tipo 3 e 4 há esta definição:
A < 15% ou <2mm de depressão
B 15-30% ou 2-4mm de depressão;
C >30% ou >4mm de depressão.
No tipo 5, define-se:
A: acometimento leve da cabeça como no estágio 4 e envolvimento acetabular estimado
B: moderado
C: grave
Resposta: C
Discussão:
Fatores de risco: trauma, corticoides, etilismo, tabagismo, coagulopatias, doenças
mieloproliferativas, doença descompressiva, HIV, gestação
Resposta: A
Discussão:
A via de acesso para realização da enxerta é anterolateral, entre o glúteo médio e o tensor da
fáscia lata. Após isolado, o feixe da CFL e os ramos ascendentes são os receptores.
Mesmo que não se soubesse a resposta correta, parece razoável que se utilize a artéria mais
próxima disponível – no caso, a circunflexa femoral lateral. Usar a medial poderia
comprometer ainda mais o suprimento sanguíneo da cabeça, já que ela é a principal
responsável pela vascularização.
Resposta: D
26. (ER 2017) O melhor exame para diferenciar a necrose asséptica da cabeça do fêmur e a
osteoporose transitória do quadril é a:
a) cintilografia óssea
b) RNM
c) TC3D
d) angiografia digital
Discussão:
A RNM apresenta um padrão difuso de edema na cabeça femoral estendendo-se até a região
intertrocantérica na osteoporose transitória; na ONCF, apresenta anormalidade focais. É o
melhor exame para diferenciação.
Resposta: B
67. (ER 2017) Com relação à descompressão da cabeça femoral no tratamento da ONCF é
correto afirmar que:
a) tem bons resultados em qualquer estágio da doença
b) tem baixos índices de complicação
c) tem resultados muito próximos ao tratamento conservador
d) descarta a necessidade de uma futura ATQ, desde que realizada nos estágio pré-colapso
Discussão:
Vários autores notaram que os resultados são superiores ao tratamento conservador. Os
melhores resultados são encontrados nos estágios I.
Índice de sucesso clínico em revisão sistemática de 1996): Estágio 1 – 84%; estágio 2 – 65%;
estágio 3 – 47%.
Atualmente, indica-se descompressão para o tratamento de lesões estágio I e IIa pequenas e
centrais em pacientes jovens, não obesos, que não estão usando corticoides.
A taxa de complicações é baixa.
Mais de 30% dos pacientes, mesmo com doença em estágio inicial, provavelmente irão
precisar de ATQ em 4 a 5 anos após a descompressão.
Resposta: B
Osteoporose transitória idiopática do
quadril
35. Prova R3 2016. Sobre a epidemiologia da osteoporose transitória, é incorreto afirmar:
a) Mais comum em mulheres
b) acomete mulheres no 3º trimestre de gestação
c) 1/3 sintomas bilaterais
d) faz diagnóstico diferencial com ONCF
Discussão:
Osteoporose transitória
Epidemiologia: H > M; em mulheres, mais comum no último trimestre da gravidez.
Sintomas bilaterais em 1/3, não ao mesmo tempo. Homens de meia idade.
Clínica: dor, claudicação, perda muscular local.
Imagens:
RX: desmineralização pode aparecer até 6 semanas após início dos sintomas.
Cintilografia: pode sugerir o diagnóstico antes.
RNM: padrão ouro; não possui alta especificidade (difícil de excluir tumor, OMC). Ao
contrário da ONCF, apresenta padrão mais homogêneo, e não geográfico.
Fases de Grimm:
Difusa: impressão de edema ósseo.
Focal: 2-3 meses após início dos sintomas (rx ká tem alterações).
Residual: 2-3 meses após focal; osteoporose se resolvendo; intensidade igual a medula
gordurosa normal; pequenas lesões ainda podem ser encontradas.
Tratamento: conservador. Analgesia, Cálcio, vitamina D, bisfosfonatos, proteção de
carga.
Resposta: A
Discussão:
É mais comum em homens; RNM tem baixa especificidade; alterações radiográficas aparecem
após 6 semanas em média.
Resposta: C
Discussão:
Baseada na RNM; apresenta sinal alto em T2 na fase difusa; na fase residual, há resolução do
quadro com recuperação do aspecto de osso trabecular e medular normal.
Resposta: C
622. 1000 Questões. O único fator de risco reconhecido para a osteoporose transitória do
quadril é:
a) gestação
b) ingestão de álcool
c) exercícios físicos frequentes
d) uso de corticoides
Discussão:
Gestação é o único fator de risco. Corticoides e álcool são fatores de risco para ONCF.
Resposta: A
Trauma
45. Prova R3 2016. Apesar de raro, nas fraturas de acetábulo com desvio importante da coluna
posterior pode ocorrer lesão de vasos intrapélvicos. Isso é mais frequente na:
a) artéria ilíaca interna
b) artéria glútea superior
c) artéria glútea inferior
d) artéria obturatória
Discussão:
Fraturas do acetábulo
Epidemiologia: homens, alta energia, idosos, baixa energia (geralmente subtipo
coluna/parede anterior com hemitransversa posterior.
Padrão de fratura: depende de como é feito o impacto.
Força na diáfise em flexão: sempre lesão posterior.
Força na diáfise em extensão: adução neutra = posterior; abduzido = transversa
Força no colo do fêmur: adução neutra, RI = posterior, RE = anterior, abduzido ou
aduzido + RI = transverso.
Lesões associadas: 50%; membros 35%, crânio 19%, tórax 18%, nervos 13%, abdome
8%, coluna 4%.
Imagens: AP; Alar (ACP – Coluna posterior, parede anterior); obturatriz (OCA – Coluna
anterior, parede posterior).
Classificação de Judet e Letournel:
5 tipos básicos: parede posterior, parede anterior, coluna anterior, coluna posterior,
transversa.
5 tipos combinados: T, parede posterior e coluna posterior, transversa e parede
posterior, parede/coluna anterior + hemitransversa posterior, dupla coluna.
Parede posterior: tipo mais comum (35%).
Coluna posterior: 3-5%; pode lesar feixe neurovascular do glúteo superior em fraturas
com grandes desvios.
Parede anterior (1-2%)
Coluna anterior (3-5%)
Transversas (5-19%), rompem borda anterior e posterior do inominado.
Coluna posterior + parede posterior: 3-4% - luxação frequente, fragmento da parede
posterior pode impedir redução.
Transversa + parede posterior: 20%; luxação da cabeça do fêmur frequente.
Coluna/parede anterior + hemitransversa posterior: idosos, 7%. Sinal da asa de gaivota
= prognóstico ruim (impactação do teto medial do acetábulo). Via ilioinguinal.
Fratura em T: 7%; fratura transversa associada a fratura do ramo isiquiático/púbico
(bizu no RX: sempre que houver fratura transversa, procurar fratura do ramo púbico T). pior
prognóstico de todas!
Dupla coluna: 23%; acetábulo completamente desconectado do esqueleto axial. Sinal
do esporão (obturatriz): patognomônico. Via iliofemoral estendida.
Tratamento:
Conservador: sem desvio, ou desvio mínimo <2mm. Duas colunas com congruência
secundária: pode ser tratada conservadoramente, mas é a de pior prognóstico.
Critérios de Mata: arco tectal >45 no AP, > 70 no Alar (Setentalar), >25 na obturatriz.
Tratamento cirúrgico emergencial: luxação irredutível; déficit progressivo; lesão
vascular com necessidade de reparo; fratura exposta; fratura do colo femoral ipsilateral;
luxação recorrente após redução apesar da tração. Luxação tem de ser reduzida
imediatamente pois o risco de ON aumenta muito após 12 horas.
Tração: fratura luxação instável após redução; aguardo pré-operatório.
Tratamento cirúrgico: após 3-5 dias da fratura; sequencia: reduzir e estabilizar colunas;
depois, paredes; fixação definitiva dos fragmentos reduzidos; placa de suporte para toda a
estrutura.
Complicações:
Artrose: principal complicação.
Infecção pós op: 5% (no IOT é mais alto!); Kocher langebeck = pior prognóstico.
Ilioinguinal = melhor prognóstico.
Resposta: B
46. Prova R3 2016. Como você classificaria a fratura abaixo segundo Judet e Letournel?
a) transversa
b) duas colunas
c) coluna anterior
d) coluna posterior
Discussão:
Sempre que no corte axial houver um traço contínuo, deve-se diferenciar a transversa (traço
vertical, anteroposterior) da duas colunas (traço horizontal, medial-lateral). Se houver fratura
do ramo púbico, será uma fratura em T, mas não há.
Resposta: A
47. Prova R3 2016. A respeito do ângulo do arco tectal descrito por Matta para fraturas do
acetábulo, está incorreto afirmar:
a) na incidência AP avalia a porção medial do arco tectal, devendo ser maior do que 45 graus
para indicar a integraidade da área de carga do acetábulo.
b) na incidência alar, avalia a porção anterior do arco tectal e seu valor deve ser maior do que
70 graus para indicar integridade da área de carga do acetábulo
c) Não é aplicável na fratura de dupla coluna e parede posterior
d) mede-se o ângulo traçando uma linha vertical que passa pelo centro da cabeça femoral e
outra linha que parte do centro da cabeça até a linha de fratura.
Discussão:
A incidência obturatriz avalia parede anterior; a alar, posterior; AP, medial. Lembrar: setentalar
AP.
Resposta: B
48. Prova R3 2016. O sangramento proveniente de fraturas do anel pélvico se origina mais
frequentemente de qual vaso?
a) Artéria glútea superior e inferior
b) Artéria glútea inferior e artéria pudenda
c) artéria glútea superior e artéria pudenda
d) normalmente o sangramento é venoso
Discussão:
Fraturas do anel pélvico
Mecanismo: alta energia; colisão entre motocicletas.
Epidemiologia: homem jovem.
Sangramento: maioria venoso; se arterial, artéria glútea superior e pudenda (ramos da
ilíaca interna).
Lesões associadas: 63% lesão torácica; 50% fraturas de ossos longos; 40% vísceras
sólidas; 25% coluna; 15-20% TGU. Se lesão do TGI = fratura exposta desvio do trânsito
gastrintestinal.
Imagem: AP – fratura do processo transverso de L5 pode indicar fratura do anel
pélvico por cisalhamento! (ligamento iliolombar). Acima disso, pode ser por tração do
iliopsoas, mas não tem relação com pelve. Inlet (rotação da pelve; abertura da SI); Outlet
(desvio vertical).
Classificação de Tile:
Tipo A: estável rotacional e verticalmente. Tratamento conservador.
A1: fraturas sem envolvimento do anel
A2: fraturas do anel com mínimo desvio
Tipo B: rotacionalmente instável e verticalmente estável
B1: livro aberto – CL3
B2: por compressão lateral, ipsilateral – CL1 ou 2
B3: por compressão contralateral ou em alça de balde – CL3
Tipo C: instável rotacional e verticalmente – tratamento cirúrgico
C1: unilateral
C2: bilateral
C3: associada a fratura acetabular
Classificação de Young e Burgess
CL1 (Mais comum): fratura sacral impactada ipsilateral – conservador
CL2: fratura em crescente ipsilateral – conservador
Cl3: lesão tipo 1 ou 2 associada à rotação externa da hemipelve contralateral –
ligamento sacral posterior íntegro – corresponde a TILE B1
APC 1: pequena abertura da sínfise <2,5cm – conservador
APC2: abertura sequencial do ST, SE< SI anterior – cirúrgico
APC3: ruptura completa dos SI (oblicurtos – resistem a rotação; vertilongos – resistem
ao cisalhamento) – cirúrgico.
APC 2 e 3: são os que mais sangram (lesão do plexo venoso).
CV – associado a fratura dos processos transversos de LC
MC – Combinado
Fratura de Malgaine: fratura vertical dupla (fratura dos ramos anteriores e fratura ou
luxação da sacroilíaca).
Tratamento:
Lesão do anel pélvico anterior: 4 indicações de RAFI: abertura da sínfise púbica >2,5cm;
reforço da fixação posterior em lesões instáveis e com deslocamento vertical cefálico; sínfise
travada; dor e impossibilidade de se movimentar.
Lesão do anel pélvico posterior: fraturas da asa do ilíaco com deslocamento que
entram e saem da crista ilíaca, da incisura isquiática maior, ou da articulação SI; suptura dos
ligamentos SI posteriores; fraturas sacrais não impactadas, cominutas, e com deslocamento;
qualquer lesão posterior com propensão a deslocamento vertical cefálico; fraturas sacrais em
U com dissociação espinopélvica.
Resposta: D
49. Prova R3 2016. Qual fratura apresenta maior índice de lesão neurológica segundo Denis?
a) Zona 1
b) Zona 2
c) Zona 3
d) Zona 4
Discussão:
Fraturas do sacro
Mecanismo indireto de trauma.
Classificação de Dennis:
Zona 1 – lateral aos forames; 50% das fraturas, 6% lesão neurológica
Zona 2 – traço passa pelos forames; 36% das fraturas de sacro, 30% lesão neurológica
Zona 3 –medial aos forames, 16% frequência, 60-80% lesão neurológica
Critérios de instabilidades: Lesão da articulação L5-S1; fratura cominuta transforaminal;
fraturas Dennis 1 e 2; fraturas com desvio; instabilidade vertical.
Indicações cirúrgicas: cisalhamento vertical; fratura da asa do sacro, cominuta, com RE da
hemipelve; fratura por CL com impacção e RI excessiva.
Resposta: C
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Discussão:
Fraturas do colo do fêmur
Epidemiologia: >60 anos; mulheres brancas.
Fatores de risco: osteoporose, IMC baixo, baixa atividade física, história materna de
fratura do quadril, pouca exposição solar, tabaco, corticoide.
Classificação de Garden:
1: incompleta ou impactada em valgo
2: completa impactada sem desvio
3: completa em varo
4: desvio completa da cabeça e acetábulo
Classificação de Pauwells
Angulação da fratura em relação a linha horizontal que passa pela cabeça
I: <30
II: 30-50
III: 50-70
Classificação AO:
31B: B1: subcapitais não desviadas (Garden 2); B2: transcervicais; B3: subcapitais
desviadas (Garden 3 ou 4).
Classificação de Singh: (para osteoporose)
6: todos os grupos trabeculares visíveis
5: ausência do trocantérico; triângulo de Ward acentuado
4: trabéculas tênseis principais presentes (secundárias ausentes)
3: Quebra das trabéculas tênseis principais (aqui vira patológico)
2: perda das trabéculas de compressão secundárias
1: quase nenhum grupo trabecular visível
Anatomia:
No Rockwood antigo, dizia-se que os vasos do retináculo mais importantes derivam da
circunflexa medial; na oitava edição, afirma que a lateral e medial são igualmente importantes
na nutrição da cabeça.
Estabilizadores articulares:
Ligamento isquiofemoral controla a rotação medial (flexão/extensão).
Ligamento iliofemoral controla a rotação lateral em flexão e medial em extensão
(MELF).
Ligamento pubofemoral controla a rotação lateral em extensão.
Tratamento:
Fraturas não desviadas: tratamento conservador com indicações muito limitadas.
Fixação interna com parafusos canulados em construção de Pauwells ou DHS (placa de dois
furos).
Fraturas desviadas: <60 anos = fixação interna; > 80 anos = artroplastias; 60-80 anos –
variação considerável. Redução com tração e rotação suave.
Avaliação da redução: S de Lowel no AP e Perfil; índice de Garden: ângulo formado
entre o eixo central do sistema trabecular medial na cabeça e a cortical no AP (160 ); eixo
trabecular central da cabeça em linha com o colo do fêmur formando 180 no perfil. 155-180
nas duas incidências.
ATQ: indicados para pacientes com movimentação independentes e sem problemas
cognitivos; IRC e AR (respondem mal a FI); <60 anos se uso de corticoides, alcoolismo e outras
condições associadas a osteoporose.
Complicações:
Pseudoartrose em jovens: fazer osteotomia valgizante, deixar em 150 graus o ângulo.
Enxerto ósseo vascularizado é outra opção; o enxerto de Meyers usa o quadrado femoral, com
95% de sucesso na consolidação.
Resposta: A
15. Prova R2 2016. Quando arterial, o sangramento proveniente da fratura do anel pélvico
mais frequentemente se origina de qual artéria?
a) artéria glútea superior e glútea inferior
b) glútea inferior e pudenda
c) glútea superior e pudenda
d) glútea inferior e obturatória
Discussão:
A maior parte do sangramento é venosa. Contudo, quando arterial, deve-se a sangramento das
artérias glútea superior e pudenda (GPS).
Resposta: C
50. Prova R2 2016. O principal mecanismo de trauma nas luxações de quadril e o tipo mais
frequente de luxação são, respectivamente:
a) queda de altura e posterior
b) queda de altura e anterior
c) acidente automotivo e posterior
d) acidente automotivo e anterior
Discussão:
Fraturas e luxações da cabeça femoral
Lesões associadas em 95%
Complicações comuns: ON, artrose, lesão neurológica, OH, reluxação.
Mecanismo de trauma: alta energia (AVA Joelho X painel; queda, atropelamentos,
acidentes industriais, lesões esportivas).
Flexão, adução, rotação interna luxação posterior sem fratura.
Flexão parcial, adução parcial e RI fratura-luxação posterior
Extensão, hiperabdução, RE luxação anterior.
Luxação posterior 9 vezes mais frequente que anterior.
Imagem: Bacia AP antes de reduzir; excluir com certeza fratura do colo de fêmur. Após
reduz, AP, inlet outlet, Alar obturatriz. TC ajuda a pesquisa fragmentos intra-articulares.
Classificação:
Descritiva: Anterior (superior – púbica ou espinhosa; inferior – obturatoria, tiroidea,
perineal) ou posterior.
Thompson e Epstein: (luxação posterior)
Tipo 1: sem fratura ou com pequena fratura
Tipo 2: com fratura isolada da borda posterior
Tipo 3: fratura cominuta
Tipo 4: fratura do teto do acetábulo
Tipo 5: fratura da cabeça
Classificação de PIpkin:
Subdivide tipo 5 de Epstein
Tipo 1: fratura abaixo da fóvea
Tipo 2: fratura acima da fóvea
Tipo 3: fratura no colo
Tipo 4: fratura no acetábulo
Stewart e MIlford (para luxação posterior, após redução)
Tipo 1: luxação simples sem fratura
Tipo 2: luxação com fratura, reduz e fica estável
Tipo 3: luxação com fratura, reduz e fica instável
Tipo 4: luxação com fratura da cabeça ou colo femoral
Classificação de Brumback:
Tipo 1: luxação posterior com fratura da cabeça envolvendo porção inferomedial da
cabeça
1A: com mínima ou nenhuma fratura da borda acetabular e articulação estável após
redução
1B: com fratura significativa da borda acetabular e articulação estável após
reconstrução
Tipo 2: luxação posterior com fratura da porção superomedial da cabeça femoral
2A: mínima ou nenhuma fratura da borda acetabular e articulação estável após
redução
2B: com fratura significante e instabilidade articular
Tipo 3: luxação do quadril com fratura do colo do fêmur
3A: sem fratura da cabeça
3B: com fratura da cabeça
Tipo 4: luxação anterior da cabeça femoral
4A: tipo endentação. Depressão da superfície súperolateral da caebaç femoral
4B: tipo transcondral: fratura cisalhamento osteocartilaginosa da superfície de carga
da cabeça femoral
Tipo 5: fratura luxação central do quadril com fratura da cabeça femoral.
Classificação AO:
30 A1: luxação anterior
A2: luxação posterior
A3: luxação central
A4: luxação obturatória
Anatomia cirúrgica: nervo ciático pode ser lesado na luxação posterior, e o
obturatório, na anterior. Circunflexa femoral medial é a mais lesada na luxação posterior.
Abordagens cirúrgicas:
Anterior/Anterolateral: luxação anterior; fratura da cabeça femoral que necessita ser
reduzida e estabilizada.
Posterior: luxação posterior irredutível, redução não concêntrica com interposição
posterior. Luxação associada a fratura da parede posterior que necessite de reparo. Via de
KOcher Langenbeck. O quadril pode não ser reduzido por interposição do tendão do piriforme,
glúteo máximo, ligamento redondo, lábio, inserção capsular ou fragmento ósseo.
Lateral: necessário realizar osteotomia do trocanter maior e luxação controlada para
acesso às fraturas da cabeça e lesões associadas. Luxação segura em relação a ON.
Tratamento:
Conservador: redução congruente sem fraturas associadas; fratura da parede posterior
com redução estável e congruente; pipkin 1 com redução congruente, pipkin 2 com redução
anatômica e articulação congruente. Não tentar reduzir mais do que duas vezes pelo risco de
ON.
Redução aberta: luxação irredutível; redução incongruente; lesão do ciático na
tentativa de redução.
Causas de luxação irredutível: anterior – abotoamento através da capsula, reto
femoral, capsula, lábio, psoas. Posterior: piriforme, glúteo máximo, lábio, ligamento redondo,
cápsula, parede posterior, fragmento ósseo, ligamento iliofemoral.
Redução aberta e fixação interna: fraturas do colo femoral associadas (fixa e reduz);
pipkin 2 desviadas.
Resposta: C
01. Prova Anual R2 2016. Em relação à epidemiologia das fraturas do anel pélvico, é correto
afirmar que:
a) Ocorre mais frequentemente em indivíduos entre 28 e 54 anos
b) Acomete discretamente mais mulheres do que homens (56 X 44%)
c) A população geriátrica compreende 22% de todos os casos
d) Os fatores de risco mais relacionados a alta morbimortalidade são colisão frontal e
velocidade no momento da colisão
Discussão:
População geriátrica: 22%. H:M 56:44. Idade 18-44, média 45 anos. Redução anatômica e
estabilização de fraturas desviadas melhoram resultados de morbimortalidade.
Resposta: C
612. 1000 Questões. Sobre a luxação traumática do quadril, é correto afirmar que:
a) a lesão associada do nervo ciático ocorre em metade dos casos
b) o ramo fibular é mais afetado que o tibial
c) o retorno parcial da função do nervo ciático é praticamente nulo
d) é mais comum quando a luxação do quadril é anterior
Discussão:
Luxação posterior é mais comum que anterior e mais associadas a lesões do nervo ciático.
Ocorrem em 10 a 15% das luxações do quadril. O ramo fibular é mais acometido que o tibial
por estar mais fixo na pelve e no colo femoral. Também, os fascículos fibulares são em menor
número, de maior tamanho e protegidos por menos tecido conjuntivo. Retorno parcial ocorre
em mais da metade dos pacientes afetados.
Resposta: B
614. 1000 Questões. Quanto À fratura da pelve tipo B, segundo a classificação de Marvin Tile, é
verdadeiro dizer que:
a) é rotacional e verticalmente instável
b) as fraturas B2 são denominada em livro aberto
c) em uma lesão em livro aberto no estágio I, pode haver lesão do ligamento sacroilíaco
anterior
d) Nas lesões do tipo B, os ligamentos sacroilíaco posterior e interósseo permanecem intactos
Discussão:
Pela classificação de Tile, as tipo A são estáveis, sendo que:
A1 – sem envolvimento do anel
A2 – com mínimo desvio
AS tipo B são instáveis rotacionalmente, mas estáveis verticalmente, sendo:
B1 – livro aberto (CL3)
B2 – CL ipsilateral (CL 2 ou 3)
B3 – CL contralateral (alça de balde – CL3)
As tipo C são instáveis rotacional e verticalmente, sendo:
C1 – unilateral
C2 – bilateral
C3 – com fratura acetabular
615. 1000 Questões. Fratura do acetábulo que mesmo desviada poderá ter indicação de
tratamento não cirúrgico é:
a) fratura da coluna posteiror
b) fratura em T
c) fratura baixa da coluna anterior
d) fratura da coluna anterior e hemitransversa posterior
Discussão:
Indicações de tratamento conservador na fratura do acetábulo:
Fraturas que não se estendem à área de carga, fraturas baixas da coluna anterior, pequenas
fraturas da parede posterior não associadas a uma luxação ou envolvendo a porção
posterossuperior do acetábulo, fraturas transversas baixas com ângulo de arco de teto maior
que 45 nas 3 incidencias radiográficas, fratura de ambas as colunas com congruecia secundaria
em pacientes cm baixa demanda funcional (Manual AO).
Resposta: C
Discussão:
DHS é o implante de escolha para fraturas estáveis; permite impacção secundária dos
fragmentos e alta taxa de consolidação. Em ossos osteoporóticos, deve-se evitar o canto
súperolateral para fixação, para não ocorrer cut-out.
Em fraturas instáveis, não é recomendado que a haste seja dinâmica.
No caso de artrose pré-existente, recomenda-se que primeiro seja tratada a fratura e, caso
haja dor persistente, considere-se o tratamento da artrose. (Manual AO)
Resposta: B
620. 1000 Questões. Sobre a fratura da cabeça femoral, assinale a afirmativa correta:
a) a fixação dos fragmentos não precisa ser realizada nos casos em que os fragmentos
retornam à posição anatômica após a redução fechada da luxação
b) no tipo 31-C1, segundo a classificação AO, ocorre depressão da cabeça femoral
c) observa-se frequentemente associação de fraturas do colo femoral e do acetábulo
d) os tipos C3.1, C3.2 e C3.3 apresentam o pior prognóstico, pelo risco de perda do suprimento
vascular do fragmento principal da cabeça femoral
Discussão:
A classificação AO de fratura da cabeça do fêmur é como segue:
C1: Split (Pipkin) – subdividida em: C1.1 – avulsão do redondo; C1.2 – Ruptura do redondo;
C1.3 – grande fragmento.
C2: com depressão
C3: com fratura do colo
As C3 são as que mais apresentam comprometimento do suprimento sanguíneo pela fratura
do colo.
Fraturas da cabeça do fêmur frequentemente estão associadas a fratura do colo e acetábulo.
Fragmentos ósseos da cabeça, mesmo que reduzidos, devem ser operados para fixação ou
ressecção. Os tipos C3.2 e C3.3 são os que apresentam os piores prognóstico.
É difícil de achar no texto do manual AO, mas lesões C3.1 seriam osteocondrais, e C3.2 e .3
com fragmentos ósseos.
Resposta: C
621. 1000 Questões. Em relação ao tratamento da lesão em alça de balde, é correto afirmar
que:
a) uma das indicações cirúrgicas é a presença de instabilidade vertical
b) a presença de deformidade persistente em rotação externa é uma das indicações cirúrgicas
nesse tipo de lesão
c) na vigência de significativa discrepância de MMII, deverá ser realizada redução da fratura
d) a maioria destas lesões é tratada de forma cirúrgica
Discussão:
Lesões tipo B, portanto, apresentam apenas instabilidade rotacional. Lembrar que a alça de
balde na verdade é uma CL1-2 de um lado e uma APC2 do outro.
Maioria tratada de modo conservador, com repouso no leito.
Indicações de redução cirúrgica são: significativa discrepância de comprimento dos MMII ou
deformidade persistente em RI; em politraumatizados, fixação externa pode ser considerada.
Resposta: C
Discussão:
Placa parafuso deslizante não oferece estabilidade, pois o traço de fratura ficaria paralelo e o
deslizamento pioraria o cisalhamento. As outras angulações são aceitáveis.
Resposta: A
645. 1000 Questões. O tratamento das fraturas do colo femoral desviadas em pacientes ativos
com idade acima de 65 anos deve considerar prioritariamente:
a) o uso de hemiartroplastia
b) o uso de fixação interna com mecanismos deslizantes
c) a ATQ
d) a fixação com parafuso canulado
Discussão:
Em paciente com fraturas sem desvio, com boa redução, bom estoque ósseo e técnica
adequada de fixação, os parafusos canulados são equivalentes ao DHS, porém mais baratos e
de menor morbidade cirúrgica.
Hemiartroplastia é indicada para pacientes de baixa demanda e com expectativa curta de vida,
em fraturas desviadas. ATQ é direcionada para pacientes ativos, com boa expectativa de vida,
em fraturas desviadas.
Resposta: C
652. 1000 Questões. No tratamento cirúrgico das fraturas intertrocantéricas com parafuso
deslizante, o principal fator predisponente para cut-out é:
a) qualidade óssea
b) idade do paciente
c) posição do parafuso
d) instabilidade da fratura
Discussão:
A posição do parafuso deve respeitar o TAD, sem o qual se predispõe ao cut-out.
Resposta: C
27. (TARO 2016) Na abordagem emergencial das lesões do anel pélvico, a instabilidade
posterior é mais bem tratada com:
a) fixador externo supra-acetabular
b) fixador externo na crista ilíaca
c) clamp pélvico
d) placa na sínfise púbica
Discussão:
Os clamps pélvicos aplicam um vetor de força que translada toda a hemipelve para medial. Os
pinos são colocados na fossa ilíaca externa posteriormente e, desta forma, não depende de um
anel posterior intacto para dobradiça. Em situações em que não se pode fixar definitivo
imediatamente, o clamp C é superior aos outros fixadores para controle da lesão posterior.
Resposta: C
30. (TARO 2016) Na fratura do acetábulo, o sinal radiográfico da “asa de gaivota” caracteriza a
presença de:
a) fratura da parede posterior
b) fratura de ambas as colunas
c) impaccão do teto acetabular
d) subluxação medial da cabeça
Discussão:
Fraturas da parede anterior + hemitransversa posterior e coluna anterior isolada são comuns
em idosos. O padrão de fratura geralmente é complicado pela impacção do teto medial do
acetábulo e foi chamada de sinal da asa de gaivota pela aparência na incidência
anteroposterior. É um sinal de mau prognóstico.
Resposta: C
83. (TARO 2016) Na fratura da cabeça femoral, o fragmento livre llocaliza-se mais comumente
na posição:
a) anterolateral
b) anteromedial
c) posterolateral
d) posteromedial
Discussão:
Lesões em cisalhamento são geralmente resultado de luxação posterior que ocorra com menos
adução e rotação interna, forçando a cabeça contra a borda da parede posterior. Nestes casos,
a cabeça falha em cisalhamento mais do que fratura da parede posterior.
Por causa do mecanismo, o fragmento da fratura é cisalhado da cabeça anteromedial, com a
linha de fratura correndo de anterolateral para posteromedial. Estes fragmentos da cabeça
podem estar presos ao ligamento redondo e permanecer em uma posição relativamente
normal, ou podem estar soltos dentro da articulação.
A linha de fratura da cabeça femoral geralmente é de 25 a 45 graus a partir do eixo coronal,
com o fragmento livre localizado anteromedialmente.
Resposta: B
96. (TARO 2016) Na fratura do acetábulo que acomete a parede anterior, a transmissão da
energia do trauma se dá pelo eixo:
a) do colo femoral, em rotação lateral
b) do colo femoral, com o quadril em rotação medial
c) da diáfise femoral, com o quadril em rotação lateral
d) da diáfise femoral, com o quadril em rotação medial
Discussão:
Com a força do trauma aplicada através do eixo do colo femoral, rotação lateral provocará
fratura da parede anterior, e rotação medial, da parede posterior.
EM geral, nas forças aplicadas pela diáfise do fêmur, com o quadril em extensão, há fratura
posterior do acetábulo; contudo, se houver adução, ocorre luxação.
Resposta: A
09. (TEOT 2016) Na fratura subtrocanteriana, quando se utiliza HCM com entrada trocantérica,
a realização do ponto de entrada mais lateral do que o usual pode levar a desvio em:
a) Varo
b) VAlgo
c) Anterior
d) Posterior
Discussão:
Basta pensar mecanicamente: um ponto de entrada levará haste a uma inclinação mais em
varo. Na hora da pescar o fragmento distal, ela entrará no canal alavancando o colo para varo.
No final das contas, na hora da marcha, o colo terá de valgizar e inevitavelmente levará a um
varo do fêmur.
Resposta: A
20. (TARO 2015) Na lesão do anel pélvico, as artérias do sistema ilíaco intenro mais
relacionadas à hemorragia são a glútea:
a) inferior e pudenda
b) superior e pudenda
c) inferior e sacral lateral
d) superior e sacral lateral
Discussão:
Sangramento arterial geralmente se origina de ramos do sistema ilíaco interno, com a glútea
superior e a pudenda sendo as mais comumente identificadas.
Resposta: B
25. (TARO 2015) Na fratura diafisária do fêmur, a fixação interna com placa pela via aberta está
mais bem indicada na presença de:
a) joelho flutuante
b) fratura toracolombar instável
c) fratura ipsilateral do acetábulo
d) fratura ipsilateral do colo do fêmur
Discussão:
Indicações de osteossíntese com placa na fratura de diáfise do fêmur:
Canal medular estreito; fraturas ao redor ou adjacentes a não união anterior; fraturas
estendendo proximalmente ou distalmente na região pertrocantérica ou metafisária; lesão
vascular associada que requeira reparo; fraturas ipsilatearis do colo; fraturas de ou próximo a
implantes; imaturidade esquelética.
É possível ou pode ser considerada para qualquer fratura diafisária do fêmur.
28. (TARO 2015) No mecanismo de luxação anterior traumática do quadril, o membro inferior
está posicionado em rotação:
a) medial e aduçaõ
b) lateral e adução
c) medial e abdução
d) lateral e abdução
Discussão:
Luxações anteriores do quadril são incomuns, ocorrendo em 12% dos casos. Ocorrem com
rotação externa e abdução do quadril.
Resposta: D
Discussão:
Dissociação da lágrima e linha ilioisquiática indica ou rotação da hemipelve, ou fratura da
superfície quadrilátera.
A lágrima consiste de um membro medial e um lateral e representa um achado radiográfico, e
não uma estrutura anatômica de verdade. O membro lateral representa o aspecto inferior da
parede anterior no canal e a porção anteroinferior da superfície quadrilátera. Como a lágrima
e a linha ilioisquiática resultam em parte da tangencia do raio em uma porção d asuperfície
quadrilátera, são sempre superpostas na visão AP da pelve do acetábulo normal.
Resposta: D
40. (TARO 2015) Na fratura do colo do fêmur do idoso tratada com redução anatômica e
fixação interna, o fator mais frequentemente relacionado à reoperação é a:
a) artrose pós traumática
b) falha da osteossíntese
c) necrose da cabeça do fêmur
d) condrólise do quadril
Discussão:
Embora a NAV seja uma complicação bem conhecida, a maioria das reoperações são realizadas
por falhar precoce de fixação em osso osteroporótico e não união.
Resposta: B
57. (TARO 2015) No paciente obeso com fratura subtrocantérica do fêmur, o implante mais
recomendado é:
a) placa angulada de 95o
b) haste intramedular retrógrada
c) haste intramedular anterógrada
d) parafuso deslizante de quadril de 135o
Discussão:
Um paciente obeso mórbido levaria a indicação de haste retrógrada – se fosse fratura
diafisária. Fratura subtrocantérica é mais bem tratada com HIM anterógrada,
independentemente da gordice do paciente.
Resposta: C
Discussão:
Flexão: iliopsoas
Rotação externa: rotadores curtos
Abdução: abdutores.
Resposta: A
100. (TARO 2014) A fratura do tipo endentação da cabeça femoral raramente está associada a:
a) luxação central
b) luxação anterior
c) luxação posterior
d) fratura do acetábulo
Discussão:
As fratura por endentação associam-se a fratura acetabular e resultam da luxação central com
impacção da cabeça do fêmur no fragmento acetabular. As fraturas da cabeça do fêmur
ocorrem em 10% das luxações posteriores (fraturas cisalhamento) e em 25-75% das luxações
anteriores (fraturas por endentação).
Resposta: C
22. (ER 2017) Quanto à fratura da pelve tipo B, segundo a classificação de Marvin e Tile, é
verdadeiro dizer que:
a) é rotacional e verticalmente instável
b) as fraturas do tipo B2 são denominadas em livro aberto
c) em uma lesão em livro aberto no estágio 1, pode haver lesão do ligamento sacroilíaco
anterior
d) nessas lesões do tipo B, os ligamentos sacroilíaco posterior e interósseo permanecem
intactos.
Discussão:
Segundo classificação de Tile:
A – estáveis
B – instáveis rotacionalmente – não há lesão do complexo ligamentar posterior, que é
verificado somente nas tipo C.
C – instáveis vertical e rotacionalmente
Livro aberto: B1 – sem lesão do ligamento sacroespinhoso e sacroilíaco anterior, que só
ocorrem com abertura acima de 2,5cm.
B2: compressão lateral ipsilateral.
B3: compressão lateral contralateral ou em alça de balde.
C1: unilateral
C2: bilateral
C3: associada a fratura acetabular
Resposta: D
23. (ER 2017) Nos traumas pélvicos, alargamento da sínfise >2,5cm e da pelve anterior foi
correlacionado com ruptura dos ligamentos:
a) sacroespinhal e sacroilíaco anteiror
b) sacroilíaco interósseo e sacrotuberal
c) iliolombar e sacroespinhal
d) sacroilíaco anterior e sacroilíaco interósseo
Discussão:
No segundo estágio da compressão anteroposterior, ocorre diástase maior que 2,5cm com
ruptura do ligamento sacrotuberoso, sacroespinhoso e sacroilíaco anterior.
Resposta: A
27. (ER 2017) Entre as manobras para redução incruenta das luxações posteriores do quadril,
assinale a incorreta:
a) Manobra de Allis
b) Manobra de Stimson
c) Manobra de Leadbetter
d) Manobra de Bigelow
Discussão:
A manobra de Leadbetter é realizada da seguinte forma: abdução da perna com tração lateral
e rotação externa; retorno à posição neutra; leve rotação interna; diminuição da tração para
impacção dos fragmentos.
É uma manobra para redução de fratura do colo do fêmur.
Resposta: C
26. (TEOT 2014) Qual o desvio em uma fratura subtrocanteriana em que o trocanter menor
está no fragmento proximal: Flexão,
a) adução e RE
b) abdução e RE
c) adução e RI
d) abdução e RI
Discussão:
Na fratura subtrocanteriana com o trocanter menor ainda inserido, os rotadores externos e
abdutores permanecem inseridos no trocanter maior, gerando, portanto, o desvio clássico em
abdução e rotação externa.
Resposta: B
82. (TEOT 2014) Imagem com fratura da cabeça + colo do fêmur. Segundo a classificação AO:
a) B2
b) B3
c) C2
d) C3
Discussão:
AO31B1: fratura subcapital com pequeno desvio
B2: transcervical
B3: subcapital desviada
AO 31C1: fratura da cabeça em split
C2: em depressão
C3: com fratura do colo associada.
Resposta: D
Miscelânea
36. Prova R3 2016. Em relação à classificação de Crowe para displasia do quadril, quando as
duas cabeças são displásicas, qual parâmetro é utilizado como base para quantificar a
porcentagem de migração da cabeça?
a) distância da linha bilacrimal para o centro de rotação do acetábulo
b) distância da linha bituberositária para o centro de rotação do acetábulo
c) 20% da altura da pelve
d) 20% da largura da pelve
Discussão:
Classificação de Crowe:
Radiografia em AP; usa linhas bilacrimal e junção medial colo-cabeça do lado acometido.
Comparar distância com o tamanho da cabeça contralateral. Se a displasia é bilateral, usar 20%
da altura da pelve de parâmetro.
I: até 50%
II: 50-75%
III: 75-100%
IV: >100%.
Resposta: C
Discussão:
Ressalto do quadril
Ressalto externo: causado pela borda anterior do glúteo máximo, fibras posteriores
fibrosadas do glúteo máximo, borda posterior espessada do trato iliotibial. Raramente
necessita de cirurgia. Se falha do tratamento clínico, pode-se fazer liberação cirúrgica da fáscia.
Ressalto interno: tendão do iliopsoas ou bursa subjacente. Movimentação do tendão
durante movimento do quadril: FLEM (flexão = lateralização; extensão = medicalização). Pode
ocorrer também por exostose do trocanter menor ou ressalto na crista iliopectínea.
Intra-articular: osteocondromatose, corpos libres, subluxação do quadril, fragmento
cartilagíneo ou lesão labral.
Resposta: C
Discussão:
Avalia-se a distância entre a linha bilacrimal e a junção medial colo-cabeça; é dividido este
valor pelo diâmetro da cabeça. Menor que 0.15 indica alteração.
No caso de patologias bilaterais, considera-se o diâmetro da cabeça como 20% da altura da
pelve.
Resposta: D
41. Prova R2 2016. Um quadril displásico com 40% de subluxação é classificado como:
a) Crowe I
b) Crowe II
c) Crowe III
d) Crowe IV
Discussão:
Crowe I: <50
II: 50-75
III: 75-100
IV: >100
Resposta: A
Discussão:
É indicada para esqueletos maduros; pode ser realizada com osteotomia varizante para
redução do quadril; o acesso é feito por uma via sobre a crista ilíaca e que pode ser estendido
sobre o aspecto anterior da coxa. Não altera o tamanho da pelve, mas redireciona o acetábulo.
Resposta: B
Discussão:
Bursa subglútea: grande, multilocular, separa glúteo máximo do trocanter maior e rotadores
curtos. É a mais afetada. DD com pio de quadril.
Bursa trocantérica – entre glúteo máximo e vasto lateral. Pode ser piogênica ou tuberculosa;
tendência a calcificar.
Bursa isquioglútea – sobre a tuberosidade do isquio, quando afetada gera a bursite do tecelão,
associada a pouco panículo adiposo.
Iliopectínea: maior em torno do quadril; dor e massa anterior no quadril, atitude em flexão,
resistência à extensão. Pode ocorrer por consequência de osteocondromatose, sinovite
vilonodular pigmentada.
Resposta: B
44. Prova R2 2016. Das patologias abaixo, qual tem o menor nível de evidência para realização
de tratamento artroscópico?
a) Ressalto
b) Artrite séptica
c) OA
d) Lesões labrais
Discussão:
AO é tratada com ATQ.
Artroscopia do quadril
Contraindicações: anquilose; infecção cutânea em torno da região. Relativas: ON avançada, AO
avançada, DDQ.
Técnica: tração de 23kg.
Portal anterior: intersecção das linhas: vertical pela EIAS, transversal pelo TM. Penetra pelo
sartório e reto femoral. Põe em risco NCFL.
Portal anterolateral: primeiro a ser realizado; zona segura; penetra glúteo médio. Glúteo
superior passa 4,4cm acima do portal.
Posterolateral: superior à margem do TM em sua borda posterior.
Complicações: neuropraxia transitória pela tração (mais comum); do pudendo (não acolchoar o
pirulito!).
Resposta: C
Discussão:
São três portais: anterior, anterolateral, posterolateral. Não é usado portal medial e
provavelmente não seria uma boa ideia. O posterolateral é feito superior ao TM, em sua borda
posterior.
Resposta: B
68. Prova Anual R2 2016. Em relação à classificação de Crowe para displasia do quadril, utilize
a imagem e os dados abaixo para classificar a displasia do quadril esquerdo.
A = 3cm
B = 4cm
C = 16cm
D = 5cm
E = 3cm
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Discussão:
Calcula-se a distância a partir da linha bilacrimal e a junção colo cabeça medial. Como a
displasia é bilateral, estima-se o valor do denominador por 20% da altura da pelve.
20% de 16 = 3,2. A distância da linha bilacrimal é = E (3). Logo, 3/3,2cm. Isso fica entre 75 e
100%, sendo, portanto, Crowe 3 (<50, 50-75, 75-100, >100).
Resposta: C
616. 1000 Questões. Em relação à classificação de SIgh, assinale a afirmativa correta:
a) é avaliada por meio da tomografia computadorizada
b) se baseia nas linhas de tensão e compressão do terço proximal do fêmur e acetábulo para
avaliar o grau de osteoporose
c) no grau 1, observa-se osteoporose avançada
d) a classificação é dividida em 5 graus
Discussão:
A classificação de SIgh para osteoporose avalia as linhas de tensão e compressão do fêmur
proximal, vai de 1 a 6, avaliada por radiografia simples, sendo 1 = osteoporose grave e 6 =
normal. Ocorre primeiro perda das linhas trocantéricas, depois, de tensão, e por fim de
compressão.
Resposta: C
Discussão:
Na desarticulação do quadril, os linfonodos não são retirados rotineiramente. Inclui um retalho
posterior ou glúteo.
A hemipelvectomia padrão inclui a ressecção dos linfornodos inguinais e ilíacos. A ressecção é
feita na sínfise púbica e sacroilíaca e no membro ipsilateral. A estendida pode incluir parte do
sacro e coluna lombar.
A hemipelvectomia conservadora preserva o ílio acima do acetábulo, ou seja, a crista.
A hemipelvectomia interna preserva o membro, geralmente atingindo margens medial e
proximal iguais à amputação. É indicada para pacientes dispostos a se submeter à reabilitação
extensiva e nos quais é possível obter margens adequadas. Partes não afetadas da pelve
podem ser preservadas.
Ela não necessariamente requer a desarticulação pela sacroilíaca.
Resposta: A
623. 1000 Questões. Em relação à cirurgia de Ganz para o quadril, é correto afirmar que:
a) é uma osteotomia triplanar
b) é um procedimento tecnicamente fácil de realizar
c) a cirurgia é realizada por meio de dupla via
d) é uma osteotomia periacetabular utilizada em pacientes adolescentes ainda com linha
fisária aberta
Discussão:
Cirurgia triplanar, de via única de acesso, tecnicamente bastante difícil. Indicada para
esqueletos maduros, redireciona o acetábulo, mas não mexe em seu conteúdo.
Resposta: A
646. 1000 Questões. Dentre as condições abaixo, a que apresenta maior prevalência de
retroversão (ou diminuição da anteversão) acetabular é:
a) ONCF
b) DDQ
c) OA primária
d) DCLP
Discussão:
DCLP é a mais associada a retroversão associada, o que influencia impacto e o posicionamento
da taça futuramente.
Resposta: D
Discussão:
Indicada para tratamento da OMC do quadril, porém não necessariamente leva a cura, muitas
vezes necessitando de novas intervenções.
Resposta: D
Discussão:
Artroscopia não está indicada em pacientes sépticos. Pode ser feita em obesos mórbidos se
utilizarem-se instrumentais mais longos. Pode ser utilizada tanto para tratamento de
pioartrite, como liberação do trato iliotibial e iliopsoas.
Resposta: B
650. 1000 Questões. A cirurgia de recapeamento do quadril tem como complicação mais
comum:
a) luxação
b) fratura do colo femoral
c) soltura do componente femoral
d) necrose da cabeça remanescente
Discussão:
Taxas de luxação e soltura asséptica são baixas. ON ocorre em 8,3 a 16%, pelo acesso e trauma
de implantação do componente, e fratura do colo ocorre em 8%.
Resposta: D
28. (TARO 2016) A Otto Pelvis é caracterizada por ser:
a) primária e bilateral
b) primária e unilateral
c) secundária e bilateral
d) secundária e unilateral
Discussão:
Acetábulo protruso
Pode ser primário ou secundário.
A forma primária, artrocatadese (Otto Pelvis), envolve ambos os quadris, ocorre mais
frequentemente em mulheres jovens e causa dor e limitação da movimentação em uma idade
relativamente jovem.
A forma secundária pode ser causada por migração de uma endoprótese, artrite séptica,
fratura acetabular. Pode estar presente bilateralmente em doença de Paget, aracnodactilia
(Marfan), AR, EA, osteomalácia . Marca: migração da cabeça femoral além da linha de Kohler.
Pode progredir até o trocanter maior bater no lado da pelve. Frequentemente há deformidade
em varo do colo do fêmur associada.
Para reconstrução do acetábulo protruso: 1) o centro do quadril deve ser colocado em uma
localização anatômica para restaurar biomecânica adequada; 2) a borda intacta do acetábulo
deve ser usada para apoiar o componente acetabular; 3) os defeitos cavitários e segmentares
da parede medial devem ser reconstruídos, preferencialmente com enxertia óssea.
Resposta: A
29. (TARO 2016) O quadril em ressalto interno decorre do atrito entre a eminência
iliiopectínea e o tendão do
a) iliopsoas
b) pectíneo
c) adutor longo
d) obturador interno
Discussão:
Ocorre em até 10% da população normal; ocorre pela movimentação do tendão o iliopsoas
(embora também possa ocorrer por uma exostose do trocanter menor).
Lembrar o mnemônico: FLEM (Flexão Lateral, Extensão Medial).
Lembrar também as outras formas: impacto externa, geralmente pela borda anterior do glúteo
máximo ou posterior do trato iliotibial; e intra-articular.
Resposta: A
53. (TARO 2015) Na artroplastia total do quadril displásico dos tipos 3 e 4 de Crowe, a principal
complicação neurológica é a lesão do nervo:
a) femoral
b) pudendo
c) obturatório
d) isquiático
Discussão:
Para os quadris Crowe 3 e 4, o fêmur tem de ser transladado vários centímetros para ser
recolocado no acetábulo. Frequentemente, os tecidos mais limitantes para esta translação
distal são o jarrete e reto femoral, mais do que os abdutores. Nestes casos, deve-se realizar
uma osteotomia de encurtamento para permitir redução ao acetábulo sem liberação extensa
de partes moles. Osteotomia do grande trocanter e ressecção de 2 a 3 cm da metáfise
proximal podem ser necessárias para permitir redução articular sem causar tensão
desnecessária do nervo ciático ou fratura da diáfise femoral.
Resposta: D
Discussão:
Osteoartrose de causa desconhecida que afeta uma ou mais articulações é designada primária
(idiopática). Osteoartrose com causa pré-existente como coxa plana ou subluxação congênita
do quadril é considerada como secundária. No quadril, a causa mais comum é secundária,
causada por uma deformidade anatômica que causa sobrecarga em uma área da articulação.
Resposta: C