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10.

000 Questões coluna


Nordon Et Al.

2014: R1 (parei na 45), TARO, TEOT


2015: TARO
2016: R2, Anual R2, R3, TARO, TEOT
2017: Encontro de Residentes
1000 questões

01. (TEOT 2016)


a)
b)
c)
d)

Discussão:
Resposta:
Artrite reumatoide
82. Os fatores abaixo podem indicar acometimento mais grave na coluna em um paciente com
AR, exceto:
a) sexo feminino
b) uso de corticoide
c) doença de longa duração
d) fator reumatoide positivo

Discussão: Fatores de risco que indicam acometimento mais grave da coluna são: sexo
masculino, uso de corticoide, doença de longa duração, fator reumatoide positivo.
Doença inflamatória com proliferação da sinóvia, que provoca destruição da cartilagem,
eorsão periarticular, atenuação de ligamentos e tendões.
Afeta duas mulheres para cada homem, de 30 a 50 anos. Instabilidade cervical é mais sério e
potencialmente letal; há alteração radiográfica com instabilidade em 19-88%.
Apresentação cervical é muito mais comum. FR: mais velho ao início, sinovite mais ativa,
maiores níveis de PCR, doença articular rapidamente progressiva, subluxação precoce.
Instabilidade atlantoaxial: 19-70%; impacção atlantoaxial: 38%; subluxação subaxial: 7-29%.
Dor: 40-88%. Achados neurológicos: 7-58%. Dor axial sintomas mielopáticos,
comprometimento da função manual, insuficiência vertebrobasilar.
RX: intervalo atlanto dente posterior < 14mm = 97% sensível para paralisia. Considerar
descompressão.
Intervalo atlanto dente anterior: normalmente < 3-5mm. Se > 10mm = lesão ligamentar.
Impacção atlantoaxial: Linha de McGregor (base do palato duro – cortical óssea externa do
occipício). Alterado: ponta do odontoide 4,5mm acima.
Subluxação subaxial: >4mm ou mais de 20% do corpo = significante.
Instabilidade cervical: correlação com atividade apendicular, sexo masculino, fator reumatoide
positivo, corticoides.
Subluxações subaxiais são mais sutis e geralmente múltiplas.
Tratamento conservador: objetivo é prevenir lesão neurológica, evitar morte súbita, minimizar
dor, maximizar função.
Tratamento cirúrgico: comprometimento neurológico, instabilidade, dor.
Fusão: subluxação atlantoaxial e intervalo posterior de 14mm ou menos, com ao menos 5mm
de invaginação basilar, ou diâmetro sagital do canal espinhar <14mm, axial <6mm também.
Se redutível, técnica de arame posterior de Gallies ou Brooks; se não é redutível, técnicas de
fixação de magerl (transarticular) ou Harms (fixação de massa lateral de C1-2) + laminectomia
de descompressão se necessária.
Impressão basilar: redução com halo e fusão occipitocervical. Se não redutível: descompressão
transoral anterior ou posterior que inclua descompressão do forame magno.
Subluxação subaxial: estabilização anterior ou posterior.
Resposta: A

24. (Prova R2 2016)São fatores de risco para lesão cervical na AR, exceto:
a) Sexo masculino
b) Uso de imunobiológicos
c) FR positivo
d) Doença grave

Discussão:
Uso de corticoides, e não de imunobiológicos, é fator de risco.
Resposta: B
Básicas
Anatomia
61. No XLIF, o músculo pelo meio do qual a técnica é realizada é o:
a) multifidus
b) longuíssimo
c) psoas
d) glúteo máximo

Discussão: XLIF é uma técnica utilizada para tratamento de espondilolistese da coluna, porém
pode ser usada para outras patologias. Significa fusão intersomática extremo lateral, e é feita
com uma incisão lateral na parede abdominal ou torácica, com acesso à coluna lombar através
do Psoas. Outras técnicas de acesso são o ALIF (que necessita de cirurgião de acesso), PLIF
(posterior) e o TLIF (transforaminal).
Resposta: C

62. Assinale a alternativa incorreta


a) o plexo vascular periférico do ânulo fibroso, os vasos adjacentes e a cartilagem hialina na
interface osso-disco são responsáveis pela difusão de metabólitos para dentro do disco
b) o disco vertebral normal no adulto é avascular
c) a permeabilidade no centro do disco é de 80%, e, em sua periferia, 40%
d) o efeito de bombeamento de fluido que ocorre quando o disco vertebral sofre compressão
axial desempenha papel fundamental no transporte de nutrientes e solutos pequenos para o
interior do disco

Discussão: O anel fibroso é composto por colágeno tipo I. O núcleo pulposo, por colágeno tipo
II. Ao nascimento o disco é nutrido por uma rede vascular, que vai diminuindo ao longo da
vida, até o disco se tornar avascular na idade adulta. O disco é aderido às vértebras pela
calcificação das placas terminais cartilaginosas superior e inferior do disco. A compressão axial
afeta principalmente o transporte de nutrientes e solutos grandes, mas não pequenos.
Resposta: D

89. A artéria de Adamkiewicz normalmente fica localizada


a) entre T7-T9 do lado direito
b) entre T7-T9 do lado esquerdo
c) entre T9-T11 do lado direito
d) entre T9-T11 do lado esquerdo

Discussão: Maior nutridora da coluna lombar, em 80% dos indivíduos se encontra entre T9-
T11, do lado esquerdo.
Resposta: D

134. A remoção de qual das seguintes estruturas ocasiona maior risco de cifose pós
laminectomia entre C3-C7?
a) ligamento interespinhoso
b) ligamento amarelo
c) cápsula da faceta articular
d) mais de 50% de cada faceta articular
Discussão: A remoção dos ligamentos interespinhosos, amarelo e da cápsula articular são
parte do procedimento para acesso à vértebra. No entanto, há um limite de 50% de ressecção
da faceta articular, a partir do qual ocorre risco de cifose.
Resposta: D

138. No acesso retroperitoneal à coluna lombar, qual estrutura acompanha a borda medial do
psoas e a borda lateral da coluna?
a) nervo ilioinguinal
b) nervo genitofemural
c) tronco simpático
d) ureter

Discussão: O tronco simpático atravessa longitudinalmente a borda medial do psoas. O nervo


ilioinguinal atravessa a borda súperolateral do psoas em direção ao quadrado lombar. O
genitofemural é mais lateral ao psoas, e o ureter, anterior, junto à aorta.
Resposta: C

152. A pouca resistência do disco vertebral às forças de cisalhamento horizontal é decorrente


de
a) má ancoragem das fibrilas colágenas nos 2/3 externos do anel fibroso
b) composição do núcleo pulposo prevalentemente de fibirilas colágenas frouxas
c) composição do anel fibroso de glicosaminoglicanos não agregados
d) falta de conexão fibrilas do colágeno ósseo subcondral com a cartilagem discal

Discussão: A placa cartilaginosa está fixa à placa óssea por matriz cartilaginosa calcificada.
Pouca ou nenhuma fibra de colágeno participa desta ligação, resultando em pouca resistência
do disco intervertebral às forças de cisalhamento horizontal. O núcleo pulposo é composto de
matriz organizada. O anel fibroso é rico em fibras de colágeno.
Resposta: D

11 – (Prova R1 2014) Quantos pares de forames estão presentes no sacro?


a) 3
b) 4
c) 5
d) 6

Discussão: O sacro é formado por 5 vértebras fundidas, gerando, assim, quatro forames de
cada lado.
Resposta: B

13 – (Prova R1 2014) O ligamento X apresentado na figura abaixo é o:


a) Transverso
b) Apical
c) Alar
d) Cruzado

Discussão: O axis é estabilizado através do odontoide pelo ligamento alar bilateralmente e o


ligamento cruciforme, que é composto pelos ligamentos transversos e as fibras longitudinais
superiores e inferiores.
Resposta: C

16. (Prova R1 2014) O cone medular situa-se em geral na altura de:


a) T7
b) T10
c) L2
d) L5
Discussão: A medula espinhal termina no nível de T12-L1, ficando o cone medular na altura de
L2. Em T7 e T10, a medula ainda é normal; em L5, já é cauda equina.
Resposta: C

17. (Prova R1 2014) Pedículos curtos, largos e fortes são característicos das vértebras:
a) cervicais
b) torácica altas
c) lombares
d) sacrais

Discussão:

Resposta: C

10. (Prova R3 2016) Na emergência da raiz nervosa, a zona do canal lateral que fica abaixo da
pars articularis corresponde a qual zona de Lee?
a) entrada
b) media
c) saida
d) extremo lateral

Discussão:
As zonas de Lee dividem a emergência da raiz em 4 partes: central, recesso lateral e bordas do
recesso (entrada), foraminal (média) e saída. A zona foraminal é delimitada pela pars.
Resposta: B

49. (Prova R3 2016) O tubérculo carotídeo encontra-se ao nível de:


a) C5
b) C6
c) C7
d) C3

Discussão:
C3 – hioide; C4 – tireoide; C6 – tubérculo carotídeo/cricoide; C7 – vértebra proeminente.

Resposta: B

02. (Prova R2 2016) Sobre a artéria de Adam Kiewicz, marque a alternativa incorreta:
a) à esquerda, impar, de T9 a T11
b) Fluxo anterógrado
c) Também chamada de artéria medular segmentar anterior maior
d) Sua lesão pode levar a paraplegia

Discussão:
Seu fluxo é retrógrado. O resto está correto.
Resposta: B

03. (Prova R2 2016) Assinale a alternativa incorreta:


a) O extensor radial longo do carpo recebe predominantemente, estímulos da raiz de C7
b) O reflexo patelar corresponde a L4
c) Os interósseos recebem estímulos da raiz de T1
d) AS fibras de C5 suprem o bíceps

Discussão:
O ERLC recebe estímulos da raiz de C6. O resto está correto.
Resposta: A
27. (Prova R2 2016) Em relação à anatomia da musculatura da região dorsal profunda, a ordem
correta de lateral em direção à linha mediana é:
a) Músculos iliocostal, longuíssimo do dorso, espinhal
b) Músculos longuíssimo do dorso, iliocostal, espinhal
c) Iliocostal, espinhal, longuíssimo do dorso
d) Longuíssimo do dorso, espinhal, iliocostal

Discussão:
De lateral para medial, a ordem é: Iliocostal, Longuíssimo, Espinhal. Para decorar: Do ílio tem
um longo caminho até a espinha.
Resposta: A

28. (Prova R2 2016) Em relação à artéria de Adamkiewicz:


a) Responsável pelo suprimento arterial da coluna cervical baixa e torácica alta
b) Na maioria das vezes está do lado direito
c) Topografia entre T7 e T9
d) Sinônimo de artéria radicular magna

Discussão:
Sinônimo de artéria radicular magna, responsável pelo suprimento da coluna toracolombar, na
maioria das vezes está do lado esquerdo entre t9(t10) e t11(12).
Resposta: D

24. (Prova Anual R2 2016) Com relação às articulações zigoapofisiais, marque a incorreta:
a) a cápsula articular é o principal fator estabilizador
b) a orientação muda de semicoronal (cervical) para sagital (lombar)
c) possuem o disco meniscoide
d) o processo articular inferior é anterior e inferior (cervical) e anterior e lateral (lombar) ao
processo articular superior

Discussão:
O principal fator estabilizador é ligamentar, não a capsula articular. O resto está correto.
Resposta: A

25. (Prova Anual R2 2016) Sobre as articulações de Luschka, marque a correta:


a) presentes na transição toracolombar
b) limitam a flexoextensão lombar apenas
c) representam as articulações costovertebrais
d) presentes apenas na região cervical

Discussão:
As articulações de luschka são as uncovertebrais.
Resposta: D

41. (TARO 2016) Na rotação axial da coluna cervical, a articulação atlantoaxial é responsável
por aproximadamente:
a) 10%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
Discussão:
O áxis se articula com o atlas em três pontos: duas superfícies articulares superiores largas
bilaterais, e o processo odontoide. Esta morfologia permite aproximadamente 47 graus de
rotação (50% de toda a rotação da coluna cervical), enquanto limita flexoextensão a apenas 10
graus. Virtualmente nenhuma inclinação lateral ocorre na articulação atlantoaxial.
Resposta: C

44. (TARO 2015) A paresia do músculo bíceps braquial e extensores radiais do carpo, assim
como a diminuição do reflexo estilorradial, são características da lesão da raiz
a) C5
b) C6
c) C7
d) C8

Discussão:
Todas estas funções se relacionam à raiz de C6. Lembrar que o bíceps tem contribuição de C5 e
C6; o reflexo braquioestilo é C6, assim como extensores do punho.
Resposta: B

80. (TARO 2015) A fusão do arco posterior do atlas ocorre na faixa etária entre:
a) 3 e 4 anos
b) 6 e 7 anos
c) 9 e 10 anos
d) 11 e 12 anos

Discussão:
O atlas possui três centros de ossificação, um para cada massa lateral e um para o corpo, que
não aparece até 1 ano de idade. O arco posterior funde ao redor dos 3-4 anos de idade; a
massa lateral se funde ao corpo na sincondrose neurocentral aos 7 anos. Desta forma, o
diâmetro central do atlas está definido ao redor dos 7 anos, enquanto o diâmetro externo
continua a crescer por aposição óssea.
Resposta: A

86. (TARO 2015) Na hérnia discal cervical, a compressão da raiz nervosa de C6 causa alteração
da sensibilidade no dedo:
a) anular
b) médio
c) mínimo
d) indicador

Discussão:
C6: antebraço lateral, polegar, dedo indicador.
Resposta: D

15. (ER 2017) Com relação à irrigação da medula, temos que a artéria de Adamkiewicz:
a) se localiza entre C6 e T1, mais à esquerda em 60% dos indivíduos
b) se localiza entre T4 e T6, mais à esquerda em 80% dos indivíduos
c) se localiza entre T9 e T11, mais à esquerda em 80% dos indíviduos
d) não há consenso na localização

Discussão: dispensa discussão.


Resposta: C
16. (ER 2017) O plexo de Batson é um complexo venoso, e sua importância se dá por:
a) facilitar a drenagem da coluna
b) servir de barreira para bactérias chegarem à coluna
c) permitir a disseminação de tumores ou infecção da coluna
d) impedir a disseminação de tumores e facilitar a infecção na coluna

Discussão:
O plexo de Batson é um canal venoso grande e complexo, estendendo-se da base do crânio ao
cóccix. Comunica-se diretamente com a veia cava superior e inferior e o sistema azigos. Ele
comunica diretamente com o sistema venoso, drenando cabeça, tórax e abdome. Esta
interconexão permite disseminação metastática de neoplasias ou infecções da pelve para a
coluna vertebral.
Resposta: C

17. (ER 2017) Na abordagem cervical anterior alta (retrofaríngea), os nervos que são possíveis
de lesionarmos mais comumente são:
a) n. laríngeo recorrente e n. hipoglosso
b) laríngeo recorrente e vago
c) laríngeo superior e hipoglosso
d) laríngeo superior e acessório

Discussão:
Acesso retrofaríngeo anterior
Via de Smith e Robinson estendida. Permite acesso do atlas ao corpo da terceira vértebra, sem
necessidade de dissecção posterior da bainha da carótida ou entrada na cavidade oral.
Contanto que a dissecção não se estenda caudal à 5ª vértebra cervical, a exposição é superior o
suficiente para não lesar o laríngeo recorrente.
O nervo hipoglosso é dissecado da base do crânio para a borda anterior do músculo
hipoglosso, ficando retraído superiormente durante o resto do procedimento.
O nervo laríngeo superior também é liberado de sua origem próximo ao gânglio nodoso, na
sua entrada à laringe. A dissecção é feita entre a carótida, lateralmente, e a laringe e a faringe
medialmente.
Resposta: C

18. (ER 2017) Na via anterior baixa clássica (C3 a C7), afastamos:
a) Lateral: jugular e ECM; medial: carótida, tireoide, esôfago, traqueia
b) Lateral: ECM e carótida; medial: esôfago, traqueia, tireoide
c) Lateral: jugular e ECM; medial: carótida, esôfago e traqueia
d) depende do nível abordado.

Discussão: Conforme o ECM e a bainha da carótida são retraídos lateralmente, o aspecto


anterior da coluna cervical pode ser palpado. Identificar o esôfago posterior à traqueia, e
retrai-los junto à tireoide medialmente.

Resposta: B

01. (ER 2017)


a)
b)
c)
d)

Discussão:
Resposta:
Embriologia
63. Assinale a alternativa incorreta
a) a notocorda dará origem ao núcleo pulposo do disco intervertebral durante a embriogênese
b) células remanescentes da notocorda são frequentemente isoladas em estudos histológicos
de discos vertebrais em adultos
c) cordomas têm origem em células remanescentes da notocorda em discos intervertebrais
d) os locais mais comuns de aparecimento de cordomas são o sacro e a base do crânio

Discussão: Originária da mesoderme, é formada como um bastão de tecido fibroso com fluido
em seu interior. Promove o desenvolvimento neurológico caudal e cefálico. A coluna vertebral
se desenvolve ao seu redor, e a notocorda finalmente gerará o núcleo pulposo. Células da
notocorda, porém, não são isoladas em pessoas com mais de 5 anos de idade. Cordomas têm
origem das células da notocorda; 1/3 aparecem na base do crânio, e 2/3 no sacro. São tumores
malignos com crescimento lento e capacidade metastática.
Resposta: B

44. (TARO 2014) A falha de fechamento do neuroporo posterior do tubo neural resulta em:
a) hemivértebra
b) espinha bífida
c) barra vertebral
d) vértebra em cunha

Discussão:
Em mamíferos, a falha de fechamento do neuroporo anterior resulta em anencefalia, e do
posterior, espinha bífida.
Resposta: B

38. (TEOT 2014) A notocorda se origina da:


a) ectoderme
b) mesoderme
c) endoderme
d) blastoderme

Discussão:
A notocorda se origina da mesoderme. O Netterzinho está errado.
Resposta: B
Semiologia
64. Assinale a associação incorreta
a) sinal de Bragard – paciente em DDH, promove-se elevação do membro com o joelho
estendido até o ponto em que se produz a queixa. Em seguida, abaixa-se um pouco o membro,
até aliviar sintomas. Nessa posição, flete-se dorsal e passivamente o pé do paciente,
resultando novamente em reprodução da queixa do paciente.
b) sinal de Waddel – quando 3 ou mais presentes, sugere componente não orgânico para
queixa de dor em questão
c) sinal de Lhermitte – irradiação de sensação de choque para membros quando se faz flexão
cervical
d) sinal de Gillet – perda de equilíbrio ao fechamento dos olhos durante extensão cervical

Discussão: O sinal de Gillet é utilizado para avaliação da articulação sacroilíaca. O paciente


deverá estar de pé. O examinador palpa a crista ilíaca posterossuperior (EIPS) do lado a ser
testado com uma mão e o processo espinhoso de S2 com a outro. O paciente deve flexionar a
anca a 90º. O examinador deve sentir movimento inferior e lateralmente da EIPS em relação
ao sacro. O teste é considerado positivo quando esse movimento está ausente. O examinador
deve, então, comparar este lado com o lado oposto. Um método alternativo para o presente
teste é palpar ambas as EIPS ao mesmo tempo e comparar a posição final.
Os outros estão descritos adequadamente.
Resposta: D

103. Os reflexos bicipital, patelar e aquileu correspondem, respectivamente, às raízes


a) C6, L4, L5
b) C6, L3, S1
c) C5, L4, S1
d) C5, L3, L5

Discussão:
Nível Reflexo
C5 Bicipital
C6 Braquioestilorradial
C7 Tricipital
L4 Patelar
S1 Aquileu
Resposta: C

104. Qual destes sintomas não pode ser encontrado em um paciente com radiculopatia de C6
a) diminuição do reflexo braquioestilorradial
b) diminuição sutil do reflexo bicipital
c) diminuição de força de extensão do punho
d) dor ou parestesia irradiada na face dorsal do antebraço e do terceiro dedo

Discussão: Embora C6 possa contribuir para todos os outros citados (é responsável pelo reflexo
braquioestilorradial, pode contribuir para o reflexo bicipital ao inerva conjuntamente o bíceps
braquial, e o mesmo vale para os extensores dos punhos), o dermátomo corresponde é da face
lateral do antebraço e polegar. O território citado é de C7.
Resposta: D
109. A descrição correta do teste de Bragard é:
a) iniciar pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro
até cessá-la; mantenha a perna nesta posição e realize a dorsiflexão do tornozelo. O teste é
positivo para dor
b) inicie pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro até
cessá-la; mantenha a perna nesta posição e realize a flexão do pescoço. O teste é positivo para
dor.
c) Inicie pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro até
cessá-la; mantenha a perna nessa posição e peça ao paciente que faça a manobra de valsalva.
O teste é positivo para dor.
d) inicie pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro até
cessá-la; mantenha a perna nessa posição e rode internamente. O teste é positivo para dor.

Discussão: O teste está descrito conforme opção A. Indica irritação dural.


Resposta: A

137. A marcha de Trendelenburg é mais associada com:


a) hérnia discal central L3-L4
b) hérnia discal centrolateral ipsilateral L3-L4
c) hérnia discal centrolateral ipsilateral L4-L5
d) hérnia discal centrolateral ipsilateral L5-S1

Discussão: Uma hérnia central ou centrolateral irá comprimir a raiz transeunte (nível abaixo).
Uma hérnia foraminal ou lateral irá comprimir a raiz emergente.
Hérnia foraminal L3-L4: dor na coxa posterolateral, joelho anterior, perna e maléolo medial.
Fraqueza de quadríceps, adutores, TA (incapaz de andar nos calcanhares).
Hérnia foraminal L4-L5 (ou central L3-L4): perna anterolateral, dorso do pé, hálux, 1º
interespaço. Fraqueza do extensor longo do hálux, glúteo médio, extensores digitais.
Hérnia foraminal L5-S1: maléolo lateral, pé lateral, planta do pé, calcanhar. Fraqueza dos
fibulares, tríceps, glúteo máximo (incapaz de andar na ponta dos pés/Trendelenburg).
Resposta: C

144. O paciente portador de hérnia de disco lombar com compressão da raiz S1 apresenta
a) alteração sensitiva na borda medial da perna
b) reflexo patelar diminuído ou abolido
c) alteração motora do tríceps sural
d) marcha escarvante e pé caído

Discussão: sensibilidade medial da perna: L3. Reflexo patelar: L4. Marcha escarvante –
insuficiência do TA – hérnia L3-L4. Tríceps sural: S1.
Resposta: C

01. Prova R1 2014 – O arco normal de flexo-extensão da coluna cervical é de:


a) 115 graus
b) 130 graus
c) 145 graus
d) 160 graus

Discussão: O arco de movimentos da coluna cervical é de 0-130 graus de flexo extensão, 80


graus de rotação lateral (para cada lado), e 45 graus de inclinação lateral (para cada lado). 50%
da rotação da coluna se dá entre C1 e C2.
Resposta: B

02. TEOT 2014 – O tubérculo carotídeo é ponto de referência para qual vértebra cervical?
a) C3
b) C4
c) C5
d) C6

Discussão: São marcos anatômicos: C3 – osso hioide; C4 – tireoide; C6 – cricoide/tubérculo


carotídeo; C7 – vértebra proeminente.
Resposta: D

03. Prova R1 2014 – O reflexo braquiorradial corresponde a qual nível neurológico?


a) C5
b) C6
c) C7
d) C8

Discussão: O reflexo bicipital corresponde a C5; o braquiorradial, a C6; o triceptal, a C7. As


fibras podem contribuir entre si, mas estes são os níveis predominantes.

04. Prova R1 2014 – O teste de Adson avalia:


a) permeabilidade da artéria subclávia
b) o aumento da pressão intratecal
c) a presença de sintomas radiculares
d) a simulação por parte do paciente

Discussão: teste utilizado principalmente para investigação de síndrome do desfiladeiro


torácico, o teste de Adson avalia a permeabilidade da artéria subclávia. Com o examinador
postado atrás do paciente, deve-se palpar o pulso radial; em seguida, realiza-se abdução e
rotação externa do membro superior avaliado (alguns descrevem com extensão também) e
solicita-se que o paciente olhe para o membro. A diminuição ou abolição do pulso radial
indicam compressão da artéria subclávia.
Resposta: A

05. Prova R1 2014 – O teste com fio de prumo avalia


a) sensibilidade tátil
b) sensibilidade dolorosa
c) sensibilidade profunda
d) desvio do eixo vertebral

Discussão: utilizado principalmente para avaliação de desvios da coluna vertebral, com o teste
do fio de prumo pede-se que o paciente permaneça em posição ortostática. Um fio de prumo
é colocado apoiado sobre a vértebra proeminente (C7) e deve pender sobre a coluna sacral.
Desvios de eixo vertebral tornam-se evidentes, tanto no plano coronal, quanto sagital.
Resposta: D

06. Prova R1 2014 – A cicatriz umbilical corresponde ao dermátomo de:


a) T4
b) T7
c) T10
d) T12

Discussão: T4 é dermátomo dos mamilos. T7 corresponde ao apêndice xifoide. T 10 à cicatriz


umbilical. T12 à região inguinal.
Resposta: C

07. Prova R1 2014 – São sinais de mielopatia, exceto:


a) Diminuição de reflexos
b) Clônus
c) Babinski positivo
d) Oppenheim positivo

Discussão: Mielopatia cervical é uma doença geralmente secundária a hérnia discal crônica ou
estenose do canal por qualquer outra razão. Pode-se observar inicialmente apenas a perda da
destreza manual para realização de movimentos delicados, como abotoar uma camisa. A
doença provoca liberação piramidal por lesão do neurônio motor superior, provocando:
aumento dos reflexos; clônus; Babinski (estimulação da face lateral da planta do pé – extensão
lenta e majestosa dos dedos e do hálux), Oppenheim (mesmo resultado com a estimulação da
crista da tíbia de proximal para distal) e Hoffman (flexão súbita da falange distal do terceiro
dedo provoca a adução e flexão rápida do polegar).
Resposta: A

08. Prova R1 2014 – O reflexo patelar corresponde a qual nível neurológico?


a) L2
b) L3
c) L4
d) L5

Discussão: O reflexo patelar corresponde ao nível L4. O aquileu, ao S1. Não há outros reflexos
nos membros inferiores. O reflexo cremastérico é da via L1 (aferente) e T12 (eferente), e o
reflexo bulbocavernoso envolve as raízes sacrais (S2-S4).
Resposta: C

09. Prova R1 2014 – O sinal apresentado na figura abaixo se chama:


a) Laségue
b) Hoover
c) Alexander Zoboli
d) Bowstring

Discussão: No teste de Laségue, eleva-se o membro inferior estendido até o ponto em que se
reproduzem os sintomas do paciente. O ângulo em que se estiram as raízes ciáticas é de 30 a
70 graus; acima disso, indica comprometimento articular do quadril.
No teste de Hoover, com o paciente deitado e as mãos do examinador sob seus calcanhares,
pede-se que o paciente tente elevar uma das pernas. Naturalmente, se estiver realmente
tentando, ele empurrará o calcanhar contralateral para baixo. Entretanto, se for um transtorno
fictício de perda de força, ele não fará força com o outro calcanhar.
O teste de Alexander Zoboli ainda não existe.
O teste de Bowstring, representado na figura, pede que o examinador eleve o membro inferior
do paciente até o ponto em que sentir dor; neste momento, deve-se fletir a perna em 20
graus, aliviando os sintomas, e comprimir o nervo tibial, provocando os sintomas novamente.
Indica compressão do ciático.
Resposta: D

10 – (Prova R1 2014) O teste de Nafzinger avalia:


a) sintomas radiculares
b) aumento da pressão intratecal
c) simulação pelo paciente
d) compressão arterial

Discussão: O teste de Nafzinger consiste em, com o paciente em decúbito dorsal, comprimir as
veias jugulares bilateralmente por dez segundos. A face irá se ruborizar, e deve-se pedir ao
paciente para tossir, o que provocará dor lombar (aumento do refluxo venoso para a coluna).
Indica aumento da pressão tecal.
Resposta: B

32. (Prova R1 2014) Quanto aos reflexos, qual a associação correta?


a) Reflexo cremastérico: t12-l1
b) reflexo da piscada anal S1-S2
c) Reflexo bulbocavernoso S2-S3
d) Oppenheim positivo – flexão plantar e dos dedos

Discussão: O reflexo cremastérico envolve a raiz L1 (aferente) e a raiz T12 (eferente). O reflexo
da piscada anal (contração anal com a estimulação suave ao seu redor) envolve os níveis S4 e
S5. O reflexo bulbocavernoso, ou de Osinski, envolve S2 a S4. Já o teste de Oppenheim envolve
a estimulação da crista da tíbia que, como Babinski, deve levar a uma extensão lenta e
majestosa dos dedos do pé, indicando lesão do neurônio motor superior.
Resposta: A

01. (Prova R2 2016) Sobre a coluna cervical, é incorreto afirmar que:


a) A rotação lateral atinge 80 graus para cada lado
b) A inclinação lateral atinge 45 graus
c) A maior parte da rotação se dá entre o occipício e C1
d) O arco normal de flexoextensão é de 130 graus.

Discussão:
50% da rotação se dá entre C1 e C2. O resto está correto.

Resposta: C

04. (Prova R2 2016) O teste abaixo sugere, quando positivo:

a) Contratura do serrátil
b) Síndrome do desfiladeiro torácico
c) Lesão pontina
d) Pseudoartrose de escápula

Discussão:
A figura mostra o teste de Allen para avaliação da síndrome do desfiladeiro torácico. A origem
dos sintomas é predominantemente vascular e, neste teste, promove-se a abdução, extensão
e rotação externa do ombro do lado acometido, observando-se a obliteração do pulso da
artéria radial, em caso positivo.
O tratamento é predominantemente com alongamento da musculatura peitoral e
fortalecimento da musculatura dorsal. Ocasionalmente algum procedimento vascular precisa
ser realizado, ou ressecção de costela acessória, quando há.
Resposta: B

27. (Prova Anual R2 2016) Assinale a correta:


a) o teste de Bowstring avalia a patencia das artérias vertebrais
b) o teste de hoover é negativo quando há ausência de pressão no calcanhar oposto
c) O teste de Brudzinski parte da posição de flexão do quadil e joelho a 90 graus, sendo
realizada extensão do joelho
d) o teste de Nachlas avalia a compressão de raízes L2-L3.

Discussão:
O teste de bowstring é utilizado para avaliar compressão do ciático; eleva-se a perna até o
nível em que ocorre a dor; em seguida, flete-se o joelho 20 graus, e se comprime o nervo tibial,
reproduzindo dor.
O teste de hoover é positivo quando há aus~encia de pressão no calcanhar oposto e indica
simulação (paciente, quando tenta fazer força para elevar membro não funcionante, faz
pressão com o calcanhar oposto).
O teste de Brudzinski é utilizado para meningismo e é feito com o paciente deitado; ao se fletir
a cabeça, por irritação ele flete reflexamente os MMII.
O teste de Nachlas é realizado com o paciente em decúbito ventral; a flexão dos joelhos
promove reprodução dos sintomas.

Resposta: D

99. (TEOT 2014) Qual a referência anatômica do tubérculo carotídeo?


a) C4
b) C5
c) C6
d) C7

Discussão:
C3 – tireoide, C4 – hioide, C6 – tubérculo carotídeo, C7 – vértebra proeminente.
Resposta: C
Imagem
66. Assinale a alternativa correta
a) Cisto sinovial na articulação facetaria da coluna vertebral é facilmente identificado em
imagens de ressonância magnética em T1
b) hemorragia vertebral aguda pode não se apresentar com característica de sangramento na
ressonância magnética
c) a rnm é o exame de escolha para avaliação de fragmento ósseo intracanal e para a avaliação
de fraturas dos elementos posteriores
d) imagens de rnm em T1 com supressão de gordura são pouco úteis para o diagnóstico
precoce de espondilodiscite aguda

Discussão: Cisto sinovial na articulação facetaria é mais bem visualizado em T2 com contraste.
O exame de escolha para avaliação de fratura e fragmento intracanal é Tomografia.
Imagens em T1 com supressão de gordura mostram edema inflamatório e auxiliam a avaliação
de espondilodiscite aguda. São encontrados: destruição cortical; sinal hipointenso em T1 e
hiperintenso em T2, envolvendo discos adjacentes. O contraste é patognomônico, mas pode
persistir por semanas a meses.
Resposta: B

71. Assinale a alternativa incorreta


a) a linha de McGregor é obtida a partir da radiografia simples de coluna cervical em perfil e se
estende da superfície anterior da borda posterior do palato duro até o ponto mais caudal da
curva occipital do crânio
b) a linha de Chamberlain é obtida a partir da radiografia simples da coluna cervical em perfil e
se estende da margem dorsal do palato duro até o lábio posterior do forame magno
c) a linha de Fischgold-Metzger é obtida a partir da radiografia simples de coluna cervical em
perfil e se estende da superfície posterior do odontoide até o lábio posterior do forame magno
d)a linha de McRae é obtida a partir da radiografia simples de coluna cervical em perfil e é um
guia preciso na avaliação clinicorradiológica de pacientes com impressão basilar.

Discussão: Fischgold é feita no AP. As demais afirmações estão corretas. Impressão basilar é
avaliada quando o odontoide está com a ponta acima da linha de Chamberlain, ou >4.5mm
acima da linha de McGregor. Acima de 10 anos, o limite da normalidade da linha de Fischgold-
Metzger é de 12mm; entretanto, até 20 anos o valor é associado à idade, de forma que o
limite deve ser 8mm.
Resposta: C
108. Sobre a discografia, pode-se afirmar
a) pode ser usada como rastreamento nos casos de doença degenerativa discal
b) é um teste não invasivo
c) é um teste subjetivo e depende da resposta do paciente à dor
d) não acelera o processo de degeneração discal

Discussão: A discografia provocativa era o padrão-ouro para o diagnóstico de dor discogênica.


Entretanto, em 2009, devido a evidências de que acelera o processo de degeneração discal, foi
colocada em segundo plano. A injeção de contraste deve buscar o local afetado e locais não
afetados para controle. Para ser positivo, o paciente deve referir dor à injeção, e esta deve
reproduzir a queixa original do paciente.
Resposta: C

18 – (Prova R1 2014) A figura abaixo representa:


a) Razão de Powers
b) Razão de Harris
c) Linha de Chamberlain
d) Intervalo atlanto-occipital

Discussão: Calculado em uma relação entre a linha formada do Basion ao arco posterior de
C1/Opsthion ao arco anterior de C1. Utilizado para avaliação de dissociação atlanto-occipital e,
se maior que 1 (ou 0,9 em TC) indica dissociação anterior.
Resposta: A

12. (Prova R3 2016) Na radiografia em perfil da coluna cervical alta, qual o nome da linha
traçada da extremidade posterior do palato duro para a borda posterior do forame magno,
para o diagnóstico de impressão basilar?
a) McGregor
b) Chamberlain
c) McRae
d) Metzeger

Discussão: Alinha de Chamberlain vai do palato duro à borda posterior do forame magno; a
linha de McGregor, do palato duro ao ponto mais distal do occipício; a linha de McRae, do
Basion ao Opistion; a linha de Metzeger é uma linha bimastoidea feita no AP.
Resposta: B

14. (Prova R3 2016) Assinale qual é o nome da relação entre as linhas e seu valor normal:

a) Power ratio. Maior que 1


b) Power ratio, menor que 1
c) Método X, maior que 1.
d) Método X, menor que 1.

Discussão: Como sempre, power ratio, que deve ser menor do que 1. Calculado por B-C/O-A,
sendo que, conforme ele aumenta, mais o crânio se afasta anteriormente (ou a coluna
posteriormente).
Resposta: B

21. (Prova R3 2016) Qual é a estrutura representada pela letra D?

a) Complexo espinolaminar
b) Processo uncinado
c) articulações facetárias
d) Pedículos

Discussão:
Em A observa-se o alinhamento dos processos espinhosos. Em B, a parede posterior dos
corpos vertebrais. EM C, a parede anterior. Em D, as articulações facetarias. E e F mostram as
partes moles cervicais, que devem ser menores que 7mm na parte superior, e que 21mm na
parte inferior.
Resposta: C

42. (Prova R3 2016) Sobre a análise radiográfica em coluna, assinale a incorreta:


a) Boxal maior que 55 graus indica mau prognóstico nas espondilolisteses
b) Sinal do Napoleão é visto na incidência AP
c) O ângulo de Cobb é medido pelos endplates internos das vértebras terminais
d) Ângulo de Mehta é obtido por uma perpendicular entre a placa terminal e outra linha pelo
eixo da costela

Discussão:
O ângulo de Cobb é medido pelas endplates externas das vértebras terminais.
O ângulo de Mehta é medido como descrito, e prevê a resolutividade da escoliose infantil. Se
<20, 83% resolvem; se >20, 84% progridem.

Resposta: C

45. (Prova R3 2016) O referencial da linha de Fischgold e Metzeger é utilizado nos casos de:
a) Síndrome de Grisel
b) Impressão basilar
c) Espondilolistese congênita
d) Escoliose congênita

Discussão:
A linha bimastoidea de Fischgold é utilizada para avaliar impressão basilar. O limite até 20 anos
é 8mm; depois disso, é 12mm (varia com a idade).

Resposta: B

47. (Prova R3 2016) A incidência de Fergunson consiste em:


a) Rx AP com 20 graus de inclinação cefálica
b) RX Ap com 20 graus de inclinação caudal
c) Radiografia oblíqua com 20 graus de inclinação cefálica
d) Radiografia oblíqua com 20 graus de inclinação caudal

Discussão:
Usado para ver a articulação L5-S1, é o AP com 20 graus de inclinação cefálica.

Resposta: A
Infecção
77. Em relação à tuberculose vertebral, é verdadeiro afirmar
a) a incidência de tuberculose vertebral ocorre em cerca de 15% dos portadores de
tuberculose
b) déficit neurológico se desenvolve em cerca de 5% dos pacientes
c) déficit neurológico não é indicação absoluta de cirurgia
d) antibioticoterapia por no mínimo 12 meses é o tratamento cirúrgico preconizado

Discussão: Comprometimento ósseo e articular ocorre em 10% dos pacientes com tuberculose.
5% apresentam lesão vertebral.
Déficit neurológico ocorre em 10-47% dos pacientes com espondilodiscite por TB.
O déficit pode melhorar espontaneamente ou com quimioterapia. Entretanto, o prognóstico é
melhor com cirurgia precoce.
O tratamento para tuberculose óssea tem duração de 6 meses.
Resposta: C

84. Sobre a tuberculose na coluna vertebral, é incorreto afirmar


a) o teste cutâneo deve ser realizado em pacientes com infecção tuberculosa prévia
b) a coluna toracolombar é a área mais comum
c) o diagnóstico definitivo é obtido por cultura, por meio de biópsia da lesão
d) 60-90% dos pacientes com paraplegia de Pott se recuperam

Discussão: O teste cutâneo não ajuda no diagnóstico, além de propiciar uma reação
exacerbada em pacientes que já tiveram a doença. Pacientes com infecções prévias podem ter
hiperreatividade com necrose da pele. As outras afirmações estão corretas: acomete mais a
coluna toracolombar, tem seu diagnóstico definitivo através de cultura, e a maioria dos
pacientes com paraplegia de Pott se recupera.
Resposta: A

107. Sobre as discites, assinale a alternativa incorreta


a) preconiza-se a introdução inicial de antibióticos endovenosos, reservando a abordagem
cirúrgica para casos específicos
b) o agente mais comum é staphylococcus aureus
c) alterações à radiografia podem demorar de 2 a 4 semanas para surgir
d) as causas mais comuns de discite são bacteremias causadas por infecções de vias aéreas
superiores

Discussão: Staphylococcus aureus (e epidermidis): 60%. Em caso de uso de drogas


endovenosas, é mais comum P aeruginosa. M tuberculosis é o agente não piogênico mais
comum. Em discites hematogênicas, a principal causa é ITU.
Fatores de risco para paralisia na espondilodiscite: idade, nível alto de infecção vertebral,
doença debilitante (DM, AR, corticoides), S aureus (paralisia por TB não se correlaciona com
estes fatores).
4 síndromes de Puig-Guri:
Articular do quadril: dor aguda no quadril, contratura em flexão, movimentação
limitada.
Sd. Abdominal: pode simular apendicite
Sd. Meníngea: sugere meningite aguda supurativa ou tuberculosa
Lombalgia/Dorsalgia: aguda ou insidiosa, leve a extrema.
Abscesso paravertebral geralmente se apresenta como inchaço na virilha abaixo do ligamento
inguinal por se estender ao longo do psoas.
Alterações no RX aparecem após 2 semanas a 3 meses. A única anormalidade relacionada
especificamente a TB é calcificação fina no espaço de partes moles paravertebral.
O tratamento é com ATB EV por 6 semanas, seguido de oral de acordo com clínica.
A maioria, mesmo se não diagnosticada, se resolve em 9-24 meses.
Em crianças, mais comum de 6 a 7 anos. Se menor de 6 anos, pode ser viral.
Fatores de risco para espondilodiscite pós-operatória: maiores de 60 anos, infecção pós
operatória prévia, DM2 descontrolada, etilismo, tabagismo, obesidade.
Resposta: D

159. Com relação à espondilodiscite, é correto afirmar


a) é comum o envolvimento isolado do disco intervertebral em infecções bacterianas
b) a infecção é mais comumente causada por germes gram negativos do trato urinário
c) o tratamento de escolha para a maioria dos casos é cirúrgico, para desbridamento e
remoção de tecidos desvitalizados. A necessidade de estabilização e/ou de fusão é decidida
individualmente
d) apesar dos avanços nas técnicas de imagem, principalmente a disponibilidade de RNM, a
biópsia continua sendo o melhor método para determinar infecção.

Discussão: A infecção se inicia pela placa terminal, com inoculação no disco, e evolui para
abscesso epidural e paraespinal. Pode acometer vértebras e discos adjacentes.
É mais comumente por germes gram positivos (s aureus), relacionada a ITU.
O tratamento de escolha é clínico, com antibioticoterapia EV por 6 semanas e VO após de
acordo com a clínica. Evita-se intervenção cirúrgica.
O melhor exame para definir o diagnóstico de infecção ainda é biópsia.
Resposta: D

36. (Prova R2 2016) Em relação à epidemiologia das infecção da coluna vertebral, a topografia
mais comumente afetada é:
a) Disco intervertebral
b) Espaço epidural
c) Placa terminal
d) Espaço paravertebral

Discussão: A infecção sempre começa pela placa terminal.


Resposta: C

37. (Prova R2 2016) Em relação à tuberculose vertebral, assinale a alternativa correta:


a) Representa 30% das infecções ósseas por tuberculose
b) Mais comum na coluna cervicotoracica
c) A incidência diminui com o passar da idade
d) Mesma incidência em homens e mulheres

Discussão:
Comprometimento ósseo acomete 10% dos pacientes, com 5% vertebral. É mais comum na
coluna toracolombar. Incidência aumenta com o tempo. Não há diferença entre homens e
mulheres.
Resposta: D

01. (TEOT 2016) A respeito do Mal de Pott:


a) Sintomas agudos e progressão indolente
b) Sintomas generalizados e progressão indolente
c) Sintomas generalizados e progressão rápida
d) Sintomas agudos e progressão rápida

Discussão:
Sintomas constitucionais lentos e progressivos são predominantes nos estágios iniciais da
doença, incluindo fraqueza, mal estar, sudorese noturna, febre e perda de peso.
Dor é um sintoma tardio associado com colapso ósseo e paralisia.
Envolvimento cervical pode causar rouquidão devido a paralisia do laríngeo recorrente e
estridor respiratório (conhecido com asma miliar).
Resposta: B

71. (TARO 2015) Na infecção vertebral, a principal via de disseminação é a:


a) hematogênica arterial
b) hematogênica venosa
c) por contiguidade de órgãos abdominais
d) secundária a procedimentos percutâneos na coluna

Discussão:
A infecção vertebral pode ocorrer por diversas formas:
Infecção direta do disco por inoculação através de manipulação.
Disseminação local a partir de estruturas contíguas (abscesso subfrenico, extensão de
abscessos abdominais por FAF).
Disseminação arterial – a mais comum. Origina-se nas placas terminais da vértebra,
provavelmente nos canais venosos, ou no corpo vertebral em sim, e dissemina
secundariamente ao disco conforme a infecção progride.
Resposta: A

77. (TARO 2014) Na tuberculose da coluna, a disseminação poupa:


a) o canal medular
b) os corpos vertebrais
c) os discos intervertebrais
d) os ligamentos longitudinais

Discussão:
A característica da infecção por tuberculose na coluna vertebral é o acometimento de duas
vértebras consecutivas, poupando-se o disco, o que as diferencia do acometimento por
neoplasias ou outras infecções.
Resposta: C

33. (TEOT 2014) Tuberculose na coluna poupa:


a) disco
b) corpo
c) canal
d) ligamento

Discussão:
Vide anterior.
Resposta: A
Coluna infantil
90. Qual é a anomalia ortopédica associada mais comum na síndrome de Klippel-feil?
a) deformidade de Sprengel
b) Escoliose
c) costelas cervicais
d) impressão basilar

Discussão: Associada a escoliose em 60-70% dos casos, congênita ou secundária a fusão


cervical.
Anormalidade do trato genitourinário em 30% (ausência unilateral do rim > mal rotação renal,
rim ectópico, rim em ferradura, hidronefrose).
Surdez em 30%.
Malformações cardiovasculares em 4,2-29%, sendo mais comum defeito do septo
interventricular.
Sincinesia (movimento espelhado do outro membro), é normal até os 5 anos, mas presente em
20% dos Klippel- Feil.
Sprengel: 20%.
Costela cervical: 12-25% (pesquisar síndrome do desfiladeiro).
Resposta: B

101. Sobre a síndrome de Klippel-Feil, assinale a incorreta


a) a tríade pescoço curto, implantação baixa do cabelo e limitação à movimentação
b) escoliose é a anomalia mais comum associada
c) surdez é a anomalia mais comum associada
d) há falha de segmentação de duas vértebras cervicais

Discussão: Klippel Feil é a síndrome de fusão cervical que pode envolver 2 segmentos, um
bloco vertebral congênito, ou toda a coluna cervical. Afeta 1,5 homens para cada mulher.
Achados clássicos: implantação baixa de cabelos, pescoço curto, limitação de movimentos.
Tipo I: fusão em bloco de todas as vértebras cervicais e torácicas.
Tipo II: fusão de um ou dois pares de vértebras cervicais.
Tipo III: fusão cervical + torácica baixa ou lombar.
Classificação radiográfica de Samartais:
I: único segmento cervical fundido congenitamente – mais dor axial no pescoço.
II: múltiplos segmentos não contíguos fundidos.
III: múltiplos segmentos contíguos fundidos congenitamente.
II e III apresentam mais radiculopatia e mielopatia.
3 padrões associados a pior prognóstico: 1) fusão C1-C2 com occipitalização do atlas; 2) fusão
longa com junção occipitocervical anormal; 3) fusão de 2 segmentos com apenas 1 interespaço
livre, no qual se concentra a mobilidade.
Condições associadas: escoliose é a mais comum, seguida de surdez e alterações do trato
geniturinário.
Tratamento: descompressão e fusão conforme necessário.
Resposta: C

114. A mielomeningocele
a) tem sua incidência reduzida pela ingestão diária de ácido fólico por gestantes a partir do
terceiro mês
b) apresenta lesão neurológica de caráter não progressivo
c) apresenta maior incidência de medula presa quando é torácica
d) está associada a reação alérgica ao látex

Discussão: Anomalia por defeito de fechamento do tubo neural, do espectro da Espinha bífida.
Prevenida com uso de ácido fólico nos 3 meses antes de engravidar. 0,6-0,9/1000 NV.
Mais comum posterior, mas pode ser anterior ou lateral.
Mais comum na torácica baixa e lombossacra.
Diagnóstico com dosagem de alfafetoproteína de 16-18 semanas de gestação. USG bom exame
para diagnóstico. Se negativo, amniocentese com dosagem de alfafeto e acetilcolinesterase.
65% inteligência normal. Hidrocefalia, hidrossiringomielia, malformação de Arnold-Chiari (mais
encontrado é o tipo II – disfunção dos pares cranianos mais baixos, com dificuldade ed
alimentação, respiração e choro), outras malformações da coluna, bexiga flácida. Sensibilidade
ao látex em 3,8-38%.
Síndrome da medula presa: 20-30% apresentam manifestações clínicas; 6-11 anos.
Apresentação súbita de sintomas: perda de função motora; espasticidade de MMII
(isquiotibiais mediais, dorsiflexores, eversores do tornozelo); escoliose antes dos 6 anos de
idade sem alterações anatômicas; lombalgia e aumento da lordose lombar; mudanças nos
padrões urogenitais. Fazer RNM em toda suspeita clínica.
Classificação: pelo nível neurológico.
Torácico: sem flexão ativa do quadril.
Lombar alto: flexão e adução do quadril, extensão do joelho.
Lombar baixo (L4-L5): flexão ativa do joelho, tibial anterior, ELH.
Sacral: fraqueza dos fibulares e intrínsecos do pé.
Sacral baixa: extensores e abdutores do quadril preservados – apenas disfunção esfincteriana.
Resposta: D

115. Na síndrome de Grisel


a) a criança frequentemente está afebril
b) não existe espasmo muscular
c) a subluxação ocorre entre a segunda e terceira vértebras cervicais
d) a redução espontânea ocorre na maioria das vezes

Discussão:
Subluxação rotatória atraumática atlantoaxial.
Causa espontânea, trauma leve ou infecção de vias aéreas superiores. A infecção
geralmente ocorreu duas a três semanas antes, e a criança está afebril. Apresenta a cabeça
inclinada para um lado, rodada para o oposto e ligeiramente fletida. Não consegue corrigir
além da linha média. A musculatura contraturada geralmente é contralateral ao lado inclinado,
ao contrário do torcicolo muscular.
Deve-se obter RX com flexo-extensão para avaliar instabilidade atlantoaxial.
Classificação de Fielding e Hawkins:
I) luxação rotacional sem desvio anterior de C1 – mais comum, crianças.
II) luxação rotacional com desvio anterior de C1 sobre C2 com < 5mm – menos comum,
mais potencial de lesão.
III) luxação rotacional com desvio anterior de mais que 5mm
IV) luxação rotacional com desvio posterior.
III e IV são mais raras e com maior potencial de lesão neurológica.
Classificação de McGuire para TC dinâmica  utilidade questionável.
Estágio 0: torcicolo, mas TCD normal.
Estágio 1: limitação de movimento (<15 graus de diferença entre C1 e C2, mas C1 cruza
a linha média de C2).
Estágio 2: fixo (C1 não cruza a linha média de C2).
Tratamento:
A maioria se resolve espontaneamente.
Conservador – somente se não há luxação significante anterior ou instabilidade ao
exame de imagem.
< 1 semana: colar de espuma, repouso na cama 1 semana. Se não houver melhora,
tração hospitalar.
1 -4 semanas: hospitalização, tração cervical (com colar), depois colar cervical 4-6
semanas.
>1 mês: hospitalização, tração esquelética até redução, colar cervical 4-6 semanas.
Cirúrgico:
Critérios de Fielding: lesão neurológica, luxação anterior; falha em alcançar e manter a
correção se a deformidade existe há mais que 3 meses; recorrência após tratamento
conservador adequado.
Fusão C1-C2 posterior; tração pré-op 2-3 semanas, e halo vest pós op por 6 semanas
para manter correção.

Resposta: D

123. As deformidades congênitas da coluna vertebral podem causar graves deformidades. O


prognóstico varia de acordo com o tipo de malformação presente. Assinale a opção que
enumera, em ordem decrescente, as malformações com pior prognóstico:
a) barra unilateral, múltiplas hemivértebras totalmente segmentadas ipsilateral, única
hemivértebra segmentada, vértebra em bloco
b) vértebra em bloco, múltiplas hemivértebras totalmente segmentadas ipsilaterais, única
hemivértebra totalmente segmentada, barra unilateral
c) barra unilateral, vértebra em bloco, múltiplas hemivértebras totalmente segmentadas
ipsilaterais, única hemivértebra totalmente segmentada
d) múltiplas hemivértebras totalmente segmentadas ipsilaterais, única hemivértebra
totalmente segmentada, barra unilateral, vértebra em bloco

Discussão: Defeitos de segmentação unilateral (barra unilateral) apresentam pior prognóstico


que defeitos de formação unilateral (hemivértebras), que apresentam pior prognóstico que
defeitos de formação bilateral (vértebra em bloco).
Resposta: A

158. Com relação à síndrome de Klippel-Feil


a) é a fusão congênita das vértebras de um segmento da coluna vertebral, seja cervical,
torácica ou lombar, sendo que a imensa maioria dos casos ocorre na região cervical
b) é o resultado de uma falha na diferenciação vertebral intraútero
c) costuma ocorrer como anormalidade isolada
d) rotação e inclinação lateral são mais afetadas que a flexoextensão

Discussão: Fusão congênita das vértebras cervicais, com falha de segmentação dos somitos
entre a terceira e a oitava semanas de vida intrauterino. Apresenta escoliose em 60% dos
casos, alterações genitourinárias em 30%, surdez em 30%, anormalidades cardíacas em 20%.
Rotação e inclinação lateral são mais afetadas que flexoextensão. Afeta a coluna cervical,
associada ou não a coluna lombar e torácica.
Resposta: D

13. (Prova R3 2016) Qual dos itens abaixo não faz parte da tríade clássica da apresentação
clínica da síndrome de Klippel-Feil?
a) Implantação baixa do cabelo
b) Limitação da ADM cervical
c) Deformidade cervical
d) Pescoço curto

Discussão:
Deformidade cervical não faz parte, embora possa ocorrer. Defeito de segmentação dos
somitos; escoliose em 60%, surdez em 30%.

Resposta: C

28. (Prova R3 2016) Na síndrome de Grisel:


a) A criança frequente apresenta déficits
b) Não existe espasmo muscular
c) A subluxação ocorre entre a segunda e a terceira vértebras cervicais
d) A redução espontânea ocorre na maioria das vezes

Discussão:
Como podem ver, é exatamente igual uma questão do 1000 questões, só que mudou o afebril
para apresenta déficits.
De qualquer forma, a criança: geralmente está afebril; não apresenta déficits; apresenta
espasmo muscular; tem uma luxação C1-C2 (atlanto axial). Redução espontânea acontece na
maioria das vezes.

Resposta: D

20. (Prova R2 2016) Qual dos itens abaixo não faz parte da tríade clássica da apresentação
clínica da síndrome de Klippel-Feil?
a) Implantação baixa do cabelo
b) Perda da lordose cervical
c) Limitação da ADM cervical
d) Pescoço curto

Discussão:
Perda da lordose cervical não faz parte.
Resposta: B

25. (Prova R2 2016) Não faz parte da tríade da agenesia sacral:


a) Agenesia sacral
b) Malformação urológica
c) Malformação anorretal
d) Tumoração sacral

Discussão:
Agenesia Sacral
Rara, geralente associada a DM materna. Os gânglios dorsais e a parte dorsal da medula
continuam a se desenvolver; as vértebras e nervos motores não são induzidos, resultando em
agenesia sacral. A sensibilidade permanece intacta.
Classificação de Renshaw:
Tipo I: agenesia sacral total ou parcial unilateral. Menos comum
Tipo II: agenesia sacral com defeitos parciais mas simetricamente bilaterais e
articulação estável entre ilío e uma S1 normal ou hipoplásica. Mais comum
Tipo III: agenesia toatal sacral e lombar variável com os ílios articulando-se com as
vertebrais mais distais presentes.
Tipo IV: agenesia sacral total e lombar variável, com a vértebra mais distal sobre ílios
fundidos ou anfiartrose do ilíaco.
I e II são estáveis, mas III e IV feram instabilidade e cifose progressiva.
Diversas deformidades. A aparência das extremidades inferiores é comparada a um
Buda sentado. Alterações geniturinárias e na área retal são comuns. Flexoextensão ocorre na
junção da pelve com coluna mais do que nos quadris. Controle intestinal e vesical geralmente
é comprometido. Sensibilidade é preservada até bem distal.
Escoliose é a deformidade mais comum associada.

Resposta: O gabarito oficial fala B. Entretanto, não há qualquer menção a tumoração sacral no
Campbell, mas fala claramente que ocorre agenesia e deformidades geniturinárias e
anorretais. Portanto, eu consideraria D.
Doença de Scheuermann
53. Na enfermidade de Scheuermann, o tratamento com artrodese está indicado quando:
a) a cifose é difusa
b) o ápice da curva é inferior a T9
c) a deformidade é progressiva
d) a deformidade tem menos de 70º

Discussão: Indicações de tratamento cirúrgico na cifose de Scheuermann: cifose >75 graus;


progressiva; cifose associada a dor não responsiva ao tratamento.
Indicações de tratamento conservador: <50º; sem evidências de progressão por 4-6 meses;
interromper ao concluir crescimento.
Órtese: brace de Milwaukee ou menores: apenas 1 ano de crescimento restante; alguma
flexibilidade (40-50%); cifose >50 graus. Uso 24h por dia 12-18 meses. Se estabilizou, uso
parcial até concluir o crescimento.
Boston: utilizada se compliance é ruim com Milwaukee. <70graus, cifose lexícel, eixo
neurovestibular normal, ausência de contraturas dos flexores do quadril.
Lowe (TLSO modificado): ápice T9 ou mais baixo.
Resposta: C

69. Sobre a doença de Scheuermann, assinale a alternativa incorreta


a) é a causa mais comum de cifose torácica grave em adolescentes
b) a prevalência em adolescentes é de 1 a 8%
c) acomete 4 vezes mais o sexo masculino que o feminino
d) aproximadamente um terço dos pacientes apresenta escoliose concomitante

Discussão: Causa de cifose grave, acomete 0,4-8,3% da população, especialmente entre os 10-
12 anos, no estirão do crescimento. É descrito que afeta mais homens que mulheres, porém há
controvérsias. Um terço apresenta escoliose concomitante. Se o ápice da escoliose é o mesmo
da cifose, a curva é para a convexidade; se não, é para a concavidade.
Resposta: C

70. Assinale a alternativa correta quanto aos critérios de Sorensen para o diagnóstico de
doença de Scheuermann
a) encunhamento vertebral anterior maior que 5º em 2 vértebras consecutivas no ápice da
curva
b) encunhamento vertebral anterior maior que 5º em 3 ou mais vértebras consecutivas no
ápice da curva
c) encunhamento anterior maior que 10º em 2 vértebras consecutivas no ápice da curva
d) encunhamento vertebral anterior maior que 5º em 2 vértebras ao obrigatoriamente
consecutivas e no ápice da curva

Discussão: Os critérios de Sorensen para Scheuermann típica são: encunhamento maior do que
5 graus de 3 ou mais vértebras adjacentes no ápice da curva; irregularidades da placa terminal
com cifose maior do que 50 graus.
Atípica: irregularidades das placas terminais, nódulos de Schmorl, estreitamento dos discos
intervertebrais, sem encunhamento dos corpos ou cifoses. Tardiamente, estas alterações
ocorrem também na típica.
Resposta: B

85. O critério diagnóstico da doença de Scheuermann típica é


a) mais de 5º de encunhamento de pelo menos 5 vértebras adjacentes
b) mais de 3 graus de encunhamento de pelo menos 5 vértebras adjacentes
c) mais de 5 graus de encunhamento de pelo menos 3 vértebras adjacentes
d) mais de 3 graus de acunhamento de pelo menos 3 vértebras adjacentes

Discussão: Acima
Resposta: C

94. Sobre a doença de Scheuermann, assinale a alternativa incorreta


a) há um leve predomínio no sexo masculino
b) a maioria dos pacientes tem déficit neurológico
c) há presença de irregularidades na placa terminal
d) o colete de Milwaukee é a órtese de escolha

Discussão: Geralmente a deformidade é mínima e de poucos sintomas. Fatores que


contribuem para o risco de progressão são o número de anos restantes para crescimento e o
número de vértebras afetadas.
Espondilólise é comum, mas geralmente não ocorre se cifose menor que 60 graus. Função
pulmonar geralmente é normal se menor que 100 graus.
Na atípica, a dor melhora após vários meses de restrição de atividade extenuantes; sem
sequela a longo prazo.
Também associam-se anormalidades endocrinológicas, hipovitaminoses, desordens
inflamatórias e cistos durais.
Há um leve predomínio masculino.
Resposta: B

116. Na doença de Scheuermann, a escoliose associada geralmente apresenta curva de


a) 10 a 20 graus, que progride rapidamente
b) 10 a 20 graus, que raramente progride
c) 20 a 40 graus, que progride rapidamente
d) 20 a 40 graus, que raramente progride

Discussão: A escoliose associada é de 10-20 graus e raramente progride. Se os ápices


coincidem, a curva é para a convexidade. Se não, é para a concavidade.
Resposta: B

129. Sobre as deformidades vertebrais no plano sagital, assinale a alternativa correta


a) a cifose de Scheuermann apresenta alguns sinais radiográficos (alterações da placa
vertebral, acunhamento maior de 5 graus e aumento da cifose) de início precoce
b) o principal diagnóstico diferencial da doença de Scheuermann é o dorso curvo postural, que
também se caracteriza por hipercifose rígida, porém sem as alterações radiográficas de
Scheuermann
c) os pacientes com cifose de Scheuermann apresentam encurtamento da musculatura
isquiotibial, que deve ser alongada durante o tratamento
d) a coluna torácica normal apresenta-se em cifose de aproximadamente 40 a 60 graus

Discussão: As alterações radiográficas da doença de Scheuermann típica aparecem


tardiamente, sendo, na típica, apenas o acunhamento visível precocemente.
O principal diagnóstico diferencial é o dorso postural curvo, que é flexível e passível de
correção com a extensão do tronco. Outros diagnósticos incluem espondilodiscite, em caso de
dor, osteocondrodistrofia (morquio, hurler), tumores, deformidades congênitas (cifose
congênita), EA.
Scheuermann também apresenta encurtamento dos isquiotibiais, que deve ser tratado
conjuntamente.
A coluna normal apresenta cifose de até 40 graus. Acima de 50 graus, deve-se considerar
Scheuermann.
Resposta: C

136. Na doença de Scheuermann


a) escoliose leve a moderada está presente em dois terços dos pacientes
b) a escoliose geralmente é progressiva e deve ser tratada agressivamente
c) a deformidade cifótica geralmente é flexível
d) espondilólise está presente em metade dos pacientes

Discussão: Escoliose está presente em 1 terço dos pacientes. Geralmente é de 10 a 20 graus,


não progressiva, e pode ser tratada conservadoramente.
A deformidade cifótica não é flexível, sendo este o principal fator no diagnóstico diferencial de
dorso curvo postural.
Espondilólise ocorre conforme a progressão da doença e pode ser observada em metade dos
pacientes.
Resposta: D

141. A cifose de Scheuermann é acompanhada de


a) retificação da lordose cervical
b) retropulsão dos ombros
c) retificação da lordose lombar
d) contratura dos isquiotibiais

Discussão: Com a cifose torácica, ocorre aumento da lordose lombar cervical e lombar,
anteropulsão dos ombros e contratura dos isquiotibiais.
Resposta: D

42. (Prova R2 2016) São características da forma clássica de cifose de Scheuermann, exceto:
a) 3 ou mais vértebras acometidas
b) Curva torácica
c) Encunhamento de 5 graus ou mais
d) Alteração da placa terminal

Discussão:
Alteração da placa terminal é um achado da clássica avançada ou, principalmente, da atípica
(alteração da placa terminal, nódulos de Schmorl, estreitamento do espaço discal, sem
encunhamento).

Resposta: D

43. (Prova R2 2016) Em relação à doença de Scheuermann:


a) Na maioria das vezes apresenta deformidades importantes e é bastante sintomática
b) Pode ocorrer espondilolistese compensatória em até 50% dos casos
c) Escoliose associada a doença de Scheuermann geralmente tem evolução ruim
d) Escoliose está presente em cerca de 1/3 dos pacientes

Discussão:
A doença é pouco sintomática, e as deformidades geralmente não são graves.
Pode ocorrer espondilólise compensatória em 50%, não espondilolistese.
Escoliose ocorre em 1/3 dos casos, geralmente de 10-20 graus, progride lentamente.

Resposta: B

44. (Prova R2 2016) Em relação aos tipos de escolioses associadas a cifose de Scheuermann:
a) Tipo 1 – ápice da escoliose coincide com ápice da cifose
b) Tipo 2 – ápice da escoliose coincide com ápice da cifose
c) Tipo 1 – a curva da escoliose é rodada da mesma maneira que na escoliose idiopática
d) Tipo 1 – ápice da escoliose é proximal ao ápice da cifose

Discussão:
A escoliose associada a cifose de scheuermann é dividida em dois tipos:
Tipo 1 – ápice coincide com ápice da cifose
Tipo 2 – não coincide.

Resposta: A

06. (TARO 2016) Na doença de Scheuermann, o ápice da curva ocorre entre:


a) T5-T7
b) T7-9
c) T9-11
d) T11-L1

Discussão:
O ápice normal da escoliose é o disco T6-7.
O ápice da cifose de Scheuermann é T7-9.
Resposta: B

87. (TARO 2015) Na doença de Scheuermann, o diagnóstico diferencial mais comum é:


a) cifose postural
b) cifose congênita
c) espondilite infecciosa
d) fratura por compressão

Discussão:
O dorso postural curvo é o principal diagnóstico diferencial da doença de Scheuermann.
Diferencia-se por ser corrigível ao se deitar em posição prona. A radiografia na doença de
Scheuermann pode ser normal até os 10-12 anos, não sendo, portanto, fator de diferenciação.
Resposta: A

89. (ER 2017) O critério diagnóstico da doença de Scheuermann típica é:


a) mais de 5 graus de encunhamento de pelo menos 5 vértebras adjacentes.
b) 3 graus/ 5 vértebras
c) 5 graus/ 3 vértebras
d) 3 graus/3 vértebras

Discussão:
Clássica. 5 graus, 3 vértebras.
Lembrar que na atípica acomete mais junção toracolombar/lombar, alterações das placas
terminais, diminuição do espaço discal, nódulos de Schmorl anteriores, mas não
necessariamente as vertebras encunhadas da apresentação típica.
Resposta: C
36. (TEOT 2014) Qual o principal diagnostico diferencial de doença de Scheuermann?
a) osteocondrodistrofia
b) marfan
c) AR
d) discrepância de MMII

Discussão:
O principal diagnóstico é cifose postural. Além disso, osteocondrodistrofias, como síndromes
de morquio e hurler, assim como tumores e deformidades congênitas, especialmente cifose
congênita, devem ser consideradas. Em homens jovens, pensar em espondilite anquilosante.
Resposta: A
Escoliose
54. Na escoliose congênita, as anormalidades mais severas estão localizadas na:
a) torácica alta
b) junção toracolombar
c) lombar
d) junção lombossacra

Discussão: Escoliose congênita afeta 1/1000 nascidos vivos.


Possíveis causas: exposição a CO; Dm; antiepilépticos.
Classificação de Winter: Falha de formação: parcial (vértebra em cunha); completa
(hemivértebra).
Falha de segmentação: unilateral (barra não segmentar unilateral); bilateral (vértebra em
bloco). Miscelânea.
Progressão da curva ocorre mais rapidamente durante os primeiros cinco anos de vida e
durante o estirão de crescimento. A que mais progride é uma barra côncava, unilateral, não
segmentada com hemivértebra convexa > barra não segmentada unilateral > hemivértebra
convexa dupla.
Menos grave se ocorre na região torácica alta, mais grave torácica, e bem mais grave se
toracolombar.
A falha de formação é mais difícil de prever do que a falha de segmentação. Uma hemivértebra
encarcerada (entre duas vértebras) causa menos deformidade do que uma livre, com duas
fises funcionantes, que causa progressão lenta.
Tratamento conservador: curvas não progressivas devem ser avaliadas duas vezes por ano.
Brace: controla curvas secundárias. Comparar sempre com todas as radiografias prévias, pois
algumas curvas são de crescimento muito lento.
Tratamento cirúrgico: 75% são progressivas.
Hemiepifisiodese: indicada em curvas resultantes de falha de formação. Menores de 5 anos,
curva progressiva, menos de 50 graus, 6 ou menos segmentos, potencial de crescimento
cÔncavo, sem cifose ou lordose patológica. Manter imobilização pos operatória por seis
meses.
Excisão de hemivértebra: obliquidade pélvica ou translação lateral fixa do tórax que não pode
ser corrigida de outra forma. Menos de 5 anos, torácica, toracolombar, lombar, lombossacra,
com desequilíbrio do tronco. A curva inteira deve ser fundida.
Fusão posterior sem instrumentação: curvas pequenas precoces.
Com instrumentação: um pouco mais de correção, sem PSA, órtese posterior é menos
desconfortável. A curva deve ser flexível, e não pode haver lesões intraespinais.
Fusão anterior ou posterior: tratar problemas sagitais, aumentar a flexibilidade com
discectomia, eliminar fise anterior.
Resposta: B

68. Assinale a alternativa correta:


a) na EIA, a prevalência de curvas maiores que 10º é maior entre as mulheres, com proporção
entre os sexos feminino e masculino de 4:1 respectivamente
b) a EI infantil corresponde a menos de 1% das escolioses e tende a comprometer mais o sexo
masculino, apresentando-se com curvas torácicas esquerdas
c) na EIA, a taxa de incidência entre parentes de primeiro grau é de 11%, de segundo, 2,4%, de
terceiros, 1,4%.
d)todas as anteriores estão corretas.

Discussão:
Tipo Infantil Juvenil Adolescente

Idade 0-3 anos 4-10 anos >10 anos

Incidência por sexo 2:1 1:3-6 1:6


(M:F)

Lado da curva Esquerda Direita Direita

Risco de alteração Alto Intermediário Baixo


cardiopulmonar

Risco de progressão Ao diagnóstico: 67% 23%


<6 meses: baixo
>1 ano: alto

Grau de progressão Gradual: 2-3º/ano Puberdade: 6º/ano 1-2º durante a


Maligna: 10º/ano Maligna: 10º/ano puberdade

Resolução Pela idade: 20% Raro


< 1 ano: 90%
> 1 ano: 20%

Curva na maturidade Gradual: 70-90º Progressão na puberdade: >90º raro


Maligna: >90º 50-90º
Maligna: >90º

Tratamento Reduz taxa de Curva <25º: observação, RX Se menor que 40º,


conservador progressão, mas não 6/6 meses. Progressão 5- controle eficaz
impede 7º: órtese. (80%)
25-40º: colete de
Milwaukee
>40º: cirurgia.
Resposta: D

76. O colete de Milwaukee é utilizado em curvas escolióticas idiopáticas com ápice acima de T6
em pacientes esqueleticamente imaturos com Risser ___ e ângulo de Cobb ___,
respectivamente
a) <3 e 25-50º
b) 4 e 25-40º
c) <2 e 25-40º
d) 1 e 15-25º

Discussão: Órteses são indicadas para pacientes esqueleticamente imaturos (Risser menor ou
igual a 2) e curvas de 25 a 40 graus. Abaixo de 25 graus, não tem indicação de órtese. Acima de
40 graus, tem indicação de tratamento cirúrgico.
Resposta: C

86. O tratamento com órtese na escoliose idiopática do adolescente é indicado em


a) curva flexível de 20 a 30 graus com progressão menor que 5 graus em fase de crescimento
b) curva de 30 a 40 graus em fase de crescimento, na avaliação inicial
c) curva principal dupla cosmeticamente inaceitável de 40 a 45 graus
d) curva maior que 50 graus

Discussão: Outras indicações são: curva flexível de 20 a 30 graus com progressão maior ou
igual a 5 graus em fase de crescimento; curva principal dupla cosmeticamente aceitável de 40
a 45 graus.
Resposta: B

100. São características da escoliose neuromuscular, exceto


a) curvas grandes precocemente
b) curvas rígidas
c) curva lombar com extensão ao sacro
d) obliquidade pélvica

Discussão: Características comuns da escoliose neuromuscular: curavas grandes precocemente


na vida, curvas rígidas, curvas progressivas, curvas longas, obliquidade pélvica, deformidade no
eixo sagital.
Resposta: C

113. Na escoliose idiopática, a órtese está indicada


a) somente durante o dia
b) em curva de 45 graus
c) se o sinal de Risser for de no máximo 3
d) se a cartilagem trirradiada estiver fechada

Discussão: Na EI, é indicado tratamento com órtese: curvas de 25 a 45 graus; se menos de 30


graus, comprovar progressão de pelo menos 5 graus antes de iniciar o uso; imaturidade
esquelética (Risser menor ou igual a 2), pois acima disso não há influência. O Brace evita a
progressão, mas não promove regressão, e há piora com a interrupção de seu uso.
Resposta: C

121. São fatores preditivos de progressão para escoliose idiopática do adolescente EIA, antes
de atingir a maturidade esquelética
a) lordose torácica, desequilíbrio do tronco e magnitude da curva
b) hipercifose torácica, potencial de crescimento e hipolordose lombar
c) anomalias da transição lombossacra, história familiar e hipocifose torácica
d) sexo, magnitude da curva e padrão da curva

Discussão: Sexo feminino; Risser 0-2; padrão da curva (dupla curva > torácica > toracolombar >
lombar); magnitude da curva (lombar > 30, torácica >50).
Resposta: D

122. Paciente com escoliose idiopática do adolescente, 12 anos, menarca há 1 mês, Risser 1,
curva toracolombar à direita entre T10 e L3 de 33 graus. Qual é a melhor indicação de
tratamento?
a) observação
b) colete
c) tratamento cirúrgico
d) alta

Discussão: São indicações de colete: esqueleticamente imaturos (0-2 Risser); pré menarca ou
até a um ano dela; 25-40 graus de Cobb. Pacientes esqueleticamente maturos com esta
graduação, ou aqueles com menos de 25 graus têm indicação de observação; pacientes
imaturos com mais de 40 graus têm indicação de tratamento cirúrgico.
Resposta: B

131. Sobre as escolioses, assinale a alternativa correta


a) a escoliose idiopática do adolescente acomete principalmente homens, em geral nas curvas
de alto valor angular
b) a escoliose idiopática infantil apresenta algumas características diferentes da escoliose do
adolescente, entre elas o padrão de curva para a direita e acometer mais mulheres
c) as curvas com mais de 20 graus e Risser IV são tratadas com colete para tentar evitar a
progressão da curva
d) hoje sabemos que alguns pacientes apresentarão progressão da curva mesmo após a
maturidade, principalmente com curvas de alto valor angular

Discussão: EIA acomete principalmente mulheres, com curva para a esquerda. EII afeta mais
meninos e curva para a direita. Curvas abaixo de 20 graus e com Risser IV, como acima, têm
indicação de tratamento observacional.
Pacientes com curvas de alto valor angular (50º) apresentarão progressão mesmo após a
maturidade esquelética.
Resposta: D

135. Durante a realização de artrodese posterior em um paciente com escoliose idiopática do


adolescente, qual região da curva torácica é mais perigosa para a inserção de um parafuso
pedicular?
a) junção toracolombar
b) lado côncavo na vértebra estável
c) lado côncavo no ápice da curva
d) lado convexo da vértebra estável

Discussão: O pedículo é menor do lado côncavo do ápice da curva, sendo mais perigosa a
inserção de um parafuso pedicular.
Resposta: C

139. Qual o fator de risco mais associado com a progressão da escoliose idiopática para uma
curva que necessite de tratamento cirúrgico?
a) curva de valor angular maior do que 20 graus na menarca
b) curva de valor angular maior do que 30 graus no pico da velocidade de crescimento
c) curva de valor angular maior do que 30 graus com idade esquelética de 12 anos
d) curva de valor angular maior do que 30 graus com Risser grau 2

Discussão: A resposta se baseia em um estudo de 2000 (a citação no 1000 questões está com a
revista e data erradas) realizado com meninas, que mostra que o principal fator indicativo de
necessidade de tratamento cirúrgico foi uma curva maior do que 30 graus no pico da
velocidade de crescimento. Os outros indicadores de maturidade não se mostraram bons
indicadores e não apresentaram uma correlação tão boa e homogênea quanto o pico de
crescimento.
Relationship of Peak Height Velocity to Other Maturity Indicators in Idiopathic Scoliosis in
Girls* David G. Little, M.B.B.S., F.R.A.C.S.(Orth)†; Kit M. Song, M.D.‡; Don Katz, C.O.§; John A.
Herring, M.D.§ J Bone Joint Surg Am, 2000 May; 82 (5): 685 -685 . http://dx.doi.org/
Resposta: B

142. A escoliose distrófica secundária à NFI se caracteriza por curva


a) cervicotorácica de raio curto
b) cervicotorácica de raio longo
c) toracolombar de raio curto
d) toracolombar de raio longo

Discussão: A escoliose na NFI pode ser dividida em distrófica e não distrófica. A não distrófica
se comporta como a escoliose idiopática. A distrófica tem comportamento mais agressivo,
gerando curvas na região torácica e lombar de raio curto, envolve 4 a 6 vértebras e tem
aparecimento precoce.
Resposta: C

146. Na escoliose idiopática infantil, é frequente


a) o acometimento do sexo feminino
b) curva torácica direita
c) progressão da deformidade
d) associação com malformações cardíacas

Discussão: Na escoliose infantil, meninos são mais acometidos do que meninas; a curva é
predominante esquerda, ambos os fatores contrários à EI Juvenil e do Adolescente; na maioria
dos casos a curva é autolimitada, com resolução espontânea. No entanto, dentre as escolioses
idiopáticas, é a que mais se associa a malformações cardíacas.
Resposta: D

149. Na EIA, o sinal radiográfica que melhor traduz o pico de progressão da curva é o
fechamento
a) da cartilagem trirradiada
b) do anel apofisário da vértebra
c) da apófise do grande trocanter
d) da apófise do osso ilíaco

Discussão: O melhor parâmetro que se associa ao pico de velocidade de crescimento é o


fechamento da cartilagem trirradiada. Lovell-Winter: Risser propôs a avaliação do fechamento
da apófise do ilíaco para indicar o crescimento, entretanto, ele é tão bom preditor quanto a
idade cronológica. A cobertura total do ilíaco leva 18 a 24 meses. O aparecimento da apófise
do ilíaco geralmente ocorre após o maior crescimento espinal já ocorreu. O pico deste, por sua
vez, coincide com o fechamento da cartilagem trirradiada.
Resposta: A

157. Com relação à EIA, podemos afirmar


a) o ângulo de Mehta é importante para avaliar a progressão nas escolioses juvenis
b) avaliações pelos métodos de risser e das cartilagens trirradiadas atualmente estão em
desuso
c) o efeito virabrequim ocorre após a finalização do crescimento
d) naqueles com alterações no exame neurológico, sugere-se complementação com RNM de
toda a coluna

Discussão: O ângulo de Metha é utilizado na EII, e prevê a resolução da progressão da curva.


Utiliza-se a vértebra apical; traça-se uma linha perpendicular à placa terminal da vértebra;
traça-se uma linha do médio-colo à médio-cabeça da costela; calcula-se o ângulo. 83% regride
se o ângulo for menor que 20 graus, enquanto 84% progridem se for maior que 20.
Como descrito acima, avaliações pelo método de Risser (que é comumente utilizado em
conjunto para avaliação de indicação de tratamento cirúrgico) e do fechamento da cartilagem
trirradiada são utilizados para indicação de tratamento.
O efeito virabrequim, no qual é bloqueado o crescimento posterior ou anterior da vértebra, e a
sua outra metade continua a crescer, depende do crescimento, não podendo, portanto,
ocorrer após a sua finalização.
Alteração no exame neurológico é indicação de realização de RNM. Na EIJ, indica-se a
realização de RNM também em caso de dor, progressão rápida, deformidade torácica par a
esquerda. 26,7% apresentam alterações à RNM. Vale notar, na EIJ, o risco de progressão é de
100% se a curva tiver mais de 20 graus com menos de 10 anos de idade.
Resposta: D

46. (Prova R3 2016) A deformidade dita menos grave nos casos de escoliose congênita é:
a) hemivertebra biconvexa
b) Barra unilateral
c) Vértebra em bloco
d) Hemivértebra em cunha

Discussão:
A gravidade é crescente: Vértebra em bloco  Hemivértebra em cunha  hemivértebra
biconvexa  Barra unilateral.
Resposta: C

48. (Prova R3 2016) A respeito da escoliose idiopática, assinale a incorreta:


a) O tipo infantil é mais comum em meninos, sinistro convexa
b) O tipo juvenil é mais comum em meninas, convexidade para a direita
c) O fenômeno Crankshaft tem ocorrência aumentada ao se usar o aceso anterior
d) A classificação de Lenke consiste em 6 tipos com modificadores lombar e torácico

Discussão:
O fenômeno de Crankshaft ocorre quando, ao se realizar a fusão posterior das vértebras, elas
continuam a crescer na porção anterior, o que causa uma deformidade adicional. Deve-se
associar, portanto, artrodese anterior para evitá-lo, quando: RIsser 0-1, Tanner , deformidade
tridimensional importante. Se criança menor que 8 anos, ideal é usar growing rods ou VEPTER.
A classificação de Lenke consiste de 3 passos:
Identificar curva primária: estruturada = cobb >25 no AP e nas dinâmicas.
Determinar o modificador lombar: avaliar por onde a linha sacral passa – entre pedículos, fora
dos pedículos mas pelo corpo vertebral, não passa pelo corpo vertebral
Determinar o modificador torácico sagital: hipo, normo ou hipercifose.
Para lembrar os padrões: 1 – torácica principal; 2 – torácica dupla; 3 – dupla principal; 4 –
tripla principal; 5 – toracolombar-lombar; 6 – toracolombar-lombar, com a torácica principal
estruturada e curva lombar 10 graus maior que torácica.
Resposta: C

21. (Prova R2 2016) A deformidade mais grave nos casos de escoliose congênita é:
a) Hemivertébra biconvexa
b) Barra unilateral
c) vpertebra em bloco
d) hemivértebra em cunha

Discussão:
Barra unilateral é a mais grave, depois hemivértebra biconvexa, em cunha, e vértebra em
bloco.
Resposta: B

38. (Prova R2 2016) Em relação à escoliose idiopática infantil, marque a alternativa falsa:
a) Um ângulo Mehta maior que 20 é sinal indicativo do risco de progressão
b) Faixa etária até os 3 anos
c) Diagnóstico antes de 1 ano de vida tem melhor prognóstico
d) Estabilização cirúrgica é necessária em casos de curvas grandes ou progressivas apesar do
uso de órteses.

Discussão:
O diagnóstico antes de 1 ano tem pior prognóstico; resto está correto. Vale lembrar que a
doença acomete mais meninos e curva para esquerda. (Yang – menino, esquerda)
Resposta: C

39. (Prova R2 2016) A imagem a seguir representa uma complicação do tratamento das
escolioses. Seu nome e a causa estão corretamente apontados em qual alternativa?

a) Fenômeno crankshaft – falha do tratamento conservador


b) fenômeno de Lonstein – falha do tratamento conservador
c) Fenômeno de Crankshaft – fusão posterior
d) Fenômeno de Lonstein – Fusão posterior

Discussão:
O demonstrado na figura é o fenômeno Crankshaft, quando é realizada a fusão posterior, e os
segmentos anteriores da coluna continuam a crescer.
Resposta: C

40. (Prova R2 2016) São indicações para RNM na escoliose idiopática juvenil, exceto:
a) Dor
b) Convexidade para a direita
c) Progressão rápida
d) Déficit neurológico

Discussão:
Convexidade para a direita é o comum na escoliose juvenil e do adolescente. Se for para a
esquerda, deve-se considerar RNM. O resto está correto.
Resposta: B

41. (Prova R2 2016) São fatores relacionados à progressão da EIA, exceto:


a) Curvas duplas
b) Pré-menarca
c) Curvas torácicas
d) Risser 1

Discussão:
São fatores de risco para progressão: sexo feminino, pré menarca, risser 0-2, dupla curva >
torácica > toracolombar > lombar, curva torácica >50, lombar >30.

Resposta: D (embora esteja correto, é o gabarito oficial).

05. (TARO 2016) Para um paciente com EIA, cuja curva é de dez graus e o índice de Risser é
grau 1, a probabilidade de progressão da curva é de:
a) 18%
b) 22%
c) 26%
d) 30%

Discussão:
Risco de progressão em relação a risser e grau da curva:
Risser/Grau 5-19 20-29
0-1 22% 68%
2, 3, 4 1,6% 23%

Resposta: B

03. (TEOT 2016) Paciente com escoliose, mulher, de 14 anos, RIsser 5, 2 anos após a menarca,
com Cobb de 35º, qual conduta?
a) Alta
b) Observação com radiografias seriadas
c) Colete OTLS por 2 anos
d) Artrodese

Discussão:
Apesar do fator de risco de ser mulher, todos os outros fatores falam a favor de uma curva que
já concluiu sua progressão, além de não ser acentuada. Sendo assim, o melhor tratamento é
observação, com seguimento por 3 anos.
Resposta: B

77. (TARO 2015) Na EIA, o risco de progressão da deformidade antes da maturidade


esquelética está associado a
a) história familiar
b) aumento da cifose torácica
c) acometimento no sexo feminino
d) dissociação na relação altura peso do paciente

Discussão:
A progressão da curva é mais comum em meninas (sendo: 1:1 em curvas com menos de 10
graus, e 7,2:1 em curvas com mais de 21 graus necessitando de intervenção cirúrgica.
Outros fatores de risco: Risser 0-2, padrão da curva (dupla > torácica > toracolombar >
lombar), magnitude da curva (lombar >30, torácica > 50). Cifose não influencia a evolução.
Resposta: C

12. (ER 2017) Quando avaliamos a história natural da EIA:


a) RIsser 5 indica progressão da curva de 3 graus ao ano
b) A incidência de dor lombar nos pacientes com escoliose é comparada com a da população
em geral
c) As complicações pulmonares secundárias a escoliose ocorre em curvas que se desenvolvem
após os 12 anos de idade
d) Na vida adulta, as curvas lombares menor que 10 graus apresentam maior possibilidade de
progressão

Discussão:
A incidência de lombalgia na população é de 60-80%, comparável a pacientes com escoliose.
Pacientes com curvas lombares ou toracolombares, especialmente translacionais, apresentam
incidência de dor levemente superior aos pacientes com outros padrões de curva.
Curvas menores que 10 graus sequer são consideradas escoliose.
Complicações pulmonares ocorrem em curvas acima de 100 graus, que, provavelmente, não se
iniciaram após os 12 anos, dada a sua gravidade.
Risser 5 indica praticamente interrupção da progressão da curva. Naquelas com mais de 40
graus, entretanto, pode-se esperar um aumento de 1 grau por ano a partir da maturidade
esquelética.
Resposta: B
Espondilite anquilosante
67. Quanto à EA, é correto afirmar:
a) prevalência de 1 a 2% entre brancos, sendo equivalente à encontrada na artrite reumatoide
b) associação grande entre HLA B27 e EA estando presente em até 90% dos pacientes
c) a proporção entre homens e mulheres acometidos por EA é de 3:1, respectivamente;
mulheres tendem a ser menos sintomáticas e desenvolvem doenças menos graves
d) todas as anteriores são corretas.

Discussão: A espondilite anquilosante é um espondiloartropatia soronegativa, acomete


esqueleto axial, sacro ilíacas e pelve. Pode acometer também articulações periféricas, olhos
(irite, uveíte), coração e pulmões. Associada ao HLA-B27 em 90% dos casos. Acomete 3
homens para cada mulher. Acomete 1 a 2% de brancos. 20-40 anos.
Resposta: D

112. A espondilite anquilosante


a) em geral afeta as mulheres, com mais frequência nas segunda e terceira décadas de vida
b) progride atingindo vértebras de situação mais cefálica, em direção às vértebras caudais
c) está associada ao antígeno HLA-B27 na grande maioria dos casos
d) provoca deposição óssea no corpo vertebral

Discussão: Afeta 3 homens para cada mulher, na faixa dos 20 aos 40 anos. Progride de caudal
para cefálico. Associado ao HLA B27 em 90% das vezes. Ocorre rigidez matinal – dor crônica,
com rigidez na lombar e torácica baixa e dor na nádega. Com a progressão para cefálico,
ocorre melhora da dor. Há reabsorção óssea inflamatória nas enteses, ossificação das facetas e
ligamentos. Instabilidade atlantoaxial ocorre em 25-90% dos pacientes, devido a rigidez
subaxial.
Diagnóstico atrasado geralmente em 7 anos. Pode-se diagnosticar inicialmente com sacroileíte
através de RNM da pelve.
Tratamento: manter flexibilidade, alongar flexores do quadril e jarrete, manter alinhamento da
coluna com exercícios e postura, dormir supino em colchão firme com 1 travesseiro.
AINE, DMARD (minociclina, sulfa, metrotexate), bloqueadores da TNF alfa.
Cirurgia: para diminuir dor e melhorar função. EM caso de fratura, devido à esteopenia,
imobilizar na posição, pois alinhar pode levar a déficit neurológico.
Resposta: C
Espondilolistese
79. Sobre a espondilolistese degenerativa, é correto afirmar
a) é mais comum em homens e envolve os níveis L4 L5
b) é mais comum em mulheres e envolve os níveis L4 L5
c) é mais comum em homens e envolve os níveis L5-S1
d) é mais comum em mulheres e envolve os níveis L5-S1

Discussão: A espondilolistese é classificada por Wiltse em 5 tipos (Mnemônico: DISpacha ISTo


DE TRem PATÓquio (Displásica, Ístmica, Degenerativa, Traumática, Patológica). A Ístmica é
subdividida em A – lítica (fratura por estresse), B – pars alongada sem fratura, e C – fratura
aguda.
Espondilolistese degenerativa acomete principalmente pacientes acima de 40 anos.
Deslizamento posterior de uma vértebra sobre a outra, de < 33%. Ocorre em L4-L5 6 x mais
que outros níveis; e 4 vezes mais sobre uma L5 sacralizada. L4-L5>L3-L4>L5-S1. Afeta 4 a 6
mulheres para cada homem (frouxidão ligamentar e morfologia facetária anormal). Pars
intacta – deslizamento anterior – compressão medular. Ângulo facetário L4-L5 >45º = 25X mais
chances de listese. Artrose facetária, degeneração discal, hipertrofia ligamentar – contribuição
para sintomas de estenose.
Dor axial e radicular, claudicação neurogênica, raramente disfunção vesical ou intestinal.
Claudicação é duas vezes mais comum do que dor.
Realizar RX ortostático, pois o decúbito corrige a listese em 15%.
Tratamento conservador: Analgesia, AINE, Fisioterapia, curtos períodos de repouso.
Infiltração: sem comprovação científica.
Cirúrgico: 10-15% dos casos. Descompressão e fusão: gold-standard. Se altura discal
preservada, osteoporose, ausência de osteófitos, mobilidade ao RX – fusão com
instrumentação.
PLIF, TLIF, ALIF: indicações ideais: dor restrita a um nível, com radiculopatia, degeneração
discal mínima, altura discal preservada, cirurgia de revisão com massa posterior de fusão
inadequada.
Resposta: B

96. Sobre a epidemiologia da espondilolistese degenerativa, assinale a alternativa incorreta


a) 4 a 5 vezes mais comum em mulheres
b) mais comum entre L4-L5
c) mais comum em L5-S1
d) mais comum em mulheres da raça negra

Discussão: A degenerativa é mais comum em mulheres (4-6 vezes), da raça negra, entre L4-L5
(6x mais comum que o segundo nível, L3-L4).
Resposta: C

117. Na espondilolistese, segundo Boxall, o fator preditivo de progressão do escorregamento


mais significativo é o ângulo de deslizamento maior que
a) 25
b) 35
c) 45
d) 55
Discussão: O ângulo de Boxall é calculado pela intersecção de uma linha paralela ao platô
superior ou inferior de L5, e uma linha perpendicular à linha posterior de S1. Ângulos maiores
do que 55 graus estão associados a maior progressão da deformidade, mesmo após artrodese.
Resposta: D

143. O quadro clínico da espondilolistese degenerativa caracteriza-se por


a) acometer principalmente o sexo masculino
b) apresentar claudicação neurogênica em mais da metade dos pacientes
c) apresentar envolvimento esfincteriano precoce
d) apresentar alívio da dor com a hiperextensão do tronco

Discussão: Espondilolistese degenerativa acomete principalmente o sexo feminino (4-6 vezes


mais). Claudicação neurogênica é o segundo sintoma mais presente (após dor), acometendo
mais de metade dos pacientes. Envolvimento esfincteriano é raro e tardio. A dor melhora com
a flexão do tronco, e piora com a extensão, pela compressão pelos elementos posteriores,
geralmente hipertrofiados.
Resposta: B

156. Com relação à espondilolistese ístmica, podemos afirmar, exceto:


a) lombalgia e radiculopatia são queixas comuns dos pacientes, e na grande maioria dos casos
ocorre em L5
b) os homens são afetados 2 vezes mais que as mulheres e parece ocorrer transmissão
genética
c) em adultos normalmente é progressiva e deslizamentos maiores que 50% são comuns
d) é uma das causas de degeneração discal precoce em adultos

Discussão: ausente em RN, mas ocorre em crianças e atinge 5-8% da população aos 18 anos. 2
homens para cada mulher, associado a ginástica, futebol, levantamento de peso, dança, vôlei,
salto com vara (atividades que exijam hiperextensão do tronco). Não progressiva em adultos.
Dor axial e radicular comuns. Afeta L5 em 89%, L4 em 11%, L3 em 3%. Deslizamento
geralmente <50%. Causa de degeneração acelerada no disco do nível. Com a fratura, em vez
de 80%, 100% do peso passa a causar estresse sobre a vértebra.
Anomalia anatômica (displasia) pode ocorrer. Classificação de Marchetti e Bartolozzi:
Alta displasia – não tratada é rara em adultos e tem alta taxa de progressão.
Baixa displasia – mais comum, consistente com espinha bífida oculta, não tende a progredir e é
mais comumente encontrada acidentalmente em adultos.
Progressão 4 vezes mais comum em menores de 25 anos (40 X 10%).
Dor lombar em 91%, que irradia em 50%. Claudicação neurogênica é incomum, pois a fratura
da pars evita a compressão do canal. Dor lombar que piora à extensão. Discogênica piora ao
sentar reto ou fletir.
Radiologia: sinal do Scotch dog, sinal do chapéu de napoleão invertido. Incidência de
Fergunson – foco em L5-S1, com 30 graus cefálico.
Tratamento conservador: o mesmo de sempre.
Infiltração: sem literatura de suporte.
Tratamento cirúrgico: indicado apenas se conservador não obteve sucesso. Descompressão:
mais velhos, dor radicular/claudicação neurogênica, mínima dor axial, perda da altura discal.
Laminectomia de Gill: ressecção de todo tecido fibroso e ósseo do defeito da pars distal, e
todas as estruturas ligamentares intervenientes.
Fusão: tratamento padrão, com enxerto autógeno. Resultados são favoráveis a menor níveis
de fusão.
Classificação de Meyerding: 1 - <25%; 2: 25-50%; 3 – 50-75%; 4: >75%; 5 – espondiloptose.
Resposta: C
11. (Prova R3 2016) Em relação às radiografias na espondilolistese ístmica, podemos afirmar:
a) O sinal do chapéu de Napoleão é visto na incidência de Fergunson
b) A incidência de Fergunson é um AP centrado em L5 com angulação ode 50 graus caudal
c) A tradicional disposição em Scotty Dog é vista na radiografia oblíqua
d) Incidências na posição supina podem aumentar o escorregamento

Discussão: O sinal do chapéu de Napoleão é visto no RX AP e indica uma espondiloptose de L5


sobre S1.
A incidência de Fergunson é um AP centrado el L5-S1, com 30 graus de angulação cefálica.
A posição supina pode corrigir eventuais escorregamentos, de forma que a radiografia sempre
deve ser solicitada em ortostatismo.

Resposta: C

17. (Prova R2 2016) Sobre a espondilolistese degenerativa, assinale a verdadeira:


a) Muitas vezes é acompanhada de estenose do canal vertebral
b) Ocorre mais em mulheres na terceira década de vida
c) 6X mais comum em L5-S1
d) Mais raro quando L5 sacralizada

Discussão:
Ocorre mais em mulheres após os 40 anos. 6x mais comum entre L4-5. Mais comum quando L5
sacralizada (4X).

Resposta: A

10. (TEOT 2016) É achado clínico na espondilolistese grave do adolescente:


a) aumento da retroversão pélvica
b) alongamento dos isquiotibiais
c) extensão do quadril
d) pé calcâneo

Discussão:
Com um deslizamento significativo, um degrau na junção lombossacral é palpável, a
mobilidade da coluna lombar é restrita, e contratura dos iquiotibiais é evidente na elevação da
perna estendida. Conforme a vértebra desliza para anterior, o paciente adquire uma postura
lordótica acima do nível do deslizamento para compensar o desvio. O sacro se torna mais
vertical, e as nádegas adquirem a forma de coração devido à proeminência sacral.
Com deslizamentos mais graves, o tronco se torna encurtado e leva a uma ausência completa
da linha da cintura. As crianças andam com o bambolear pélvico, devido a contratura dos
isquitobiais e cifose lombossacral.
Daí tem-se que: não ocorre extensão, mas flexão do quadril (sacro mais vertical); isquitobiais
estão contraturados, o que em última análise leva a um pé equino.
Resposta: A

43. (TARO 2014) Na espondilolistese ístmica do adulto, a modalidade mais efetiva do


tratamento não cirúrgico é:
a) a manipulação
b) repouso prolongado
c) uso de coletes por tempo prolongado
d) fortalecimento da musculatura estabilizadora do tronco
Discussão:
Tratamento conservador é efetivo na maioria dos adultos. Período curto de descanso, uso de
paracetamol ou AINE para controle da dor. Uso de relaxantes musculares e narcóticos deve ser
evitado pelo potencial de dependência e a falta de dados para apoiar sua eficácia de uso de
balcão.
Manipulação e modalidades, como calor, frio, ultrassom, TENS são remédios de curto prazo
que podem ser efeitos; contudo, uma intervenção amis preventiva deve ser considerada.
Fisioterapia deve ser iniciada precocemente para sintomas que não melhoram. Exercícios de
estabilização do tronco, evitando hiperextensão, são uteis em melhorar a postura e força
muscular extensora e podem reduzir dor e disfunção e prevenir novas ocorrências. Programas
de extensão pura não são tão eficazes quando programas de estabilização isométrica ou de
flexão. Exercícios aeróbicos também são efetivos e devem ser considerados precocemente.
Inatividade deve ser minimizada, pois isto produz debilidade e depressão, ambos podendo
contribuir para o desenvolvimento de dor crônica.
Resposta: D
Estenose
55. Na estenose do canal lombar, a síndrome do recesso lateral é produzida na maioria dos
casos por
a) Hipertrofia do processo articular inferior
b) Hipertrofia do ligamento amarelo
c) Protrusão discal posterolateral
d) Espondilolistese

Discussão: A estenose do canal pode ser dividida anatomicamente em 4 síndromes:


Estenose central – entre facetas. Geralmente causada por protrusão do disco, formação de
osteófitos, ligamento amarelo espessado.
Recesso lateral – zona de entrada de Lee: começa na borda medial do processo articular
superior e se estende até a borda medial do pedículo. É neste ponto que a raiz sai da dura.
Bordas do recesso: pedículo lateralmente, faceta articular superior dorsalmente, disco e
complexo ligamentar posterior ventralmente, e canal central medialmente. Artrose da faceta
mais frequentemente causa estenose nesta região. Herniação discal posterolateral e alguma
hipertrofia da faceta articular superior.
Região foraminal (meia zona de Lee): fica ventral a pars interarticularis. Bordas: recesso lateral
medialmente, corpo vertebral posterior e disco ventralmente, ligamento intertransverso e pars
dorsalmente, e borda lateral do pedículo lateralmente. Compressão: fratura da pars,
herniação discal lateral, espessamento do amarelo.
Zona de saída: área lateral à faceta articular; Pode ser comprimida por um disco muito lateral,
espondilolistese e subluxação, ou artrose da faceta.
Resposta: C

160. Sobre a estenose do canal vertebral, pode-se afirmar


a) o local mais afetado é a transição toracolombar, devido à maior mobilidade e consequente
maior incidência de artrose nesta localização
b) existe boa correlação entre a gravidade da estenose e a intensidade dos sintomas
apresentados pelo paciente
c) infiltrações epidurais de corticoides apresentam eficácia comprovada no alívio dos sintomas
d) a descompressão por laminectomia é o tratamento de escolha para a estenose lombar

Discussão: Congênita (geralmente central); secundária (degenerativa). Afeta mais L4-L5, depois
L5-S1, L3-L4.
Meia idade, geralmente homens, dor na coluna vertebral irradiada para membros. Lombar é
mais comum.
Geralmente, a estenose vertebral apresenta sintomas insidiosos; podem ser precipitados por
trauma ou atividade pesada. Geralmente há dissociação entre sintomas e achados
radiográficos. 15-50% melhoram com tratamento conservador.
Dor nas costas (95%), ciática (91%), alteração sensitiva nas pernas (70%), fraqueza muscular
(33%), distúrbio urinário (12%). 42% queixas bilaterais. 47% duas raízes.
Estenose central : geralmente bilateral, envolvendo nádegas e região posterior das coxas, com
distribuição que não respeita dermátomos.
Os sintomas neurogênicos melhoram com a flexão do tronco e ao deitar, mas podem levar
mais de 20 minutos. Teste de Van Gelderen e sinal do carrinho de supermercado.
Radiografias são indicadas para pacientes com dor há mais de 6 semanas, trauma, câncer.
Menores de 20 anos, maiores de 50 anos, déficit neurológico, intenção de cirurgia. Vistas em
extensão e flexão avaliam instabilidade antes da laminectomia e necessidade de fusão
subsequente. Translação maior que 4mm e rotação mais do que 10-15 graus indicam
instabilidade.
RNM é o melhor exame para o diagnóstico. Em T1, ausência de gordura perineural indica
estenose.
Estenose lombar não leva a paralisia; cervical e torácica, porém, levam a plegia indolor.
Recomenda-se descomprimir os níveis estenóticos sintomáticos.
Tratamento conservador: descanso de 2 dias ou menos, AINE, analgésicos, programa de
fortalecimento, fitness aeróbico.
Infiltração: beneficia principalmente pacientes que não respondem a analgésicos e
apresentam importante comprometimento das atividades diárias.
Tratamento cirúrgico: funciona melhor para dor radicular.
Fatores prognósticos melhores: hérnia discal, estenose de apenas 1 nível, fraqueza menos de
seis semanas, monorradiculopatias.
Pode-se usar laminectomia (o mais indicado, especialmente em pacientes mais velhos, com
doença mais grave e multiníveis), ou procedimentos de fenestração (pacientes mais jovens).
Resposta: D

41. (Prova R3 2016) Sobre a classificação de Wiltse e Macnab, assinale a correta:


a) I – Ístmica
b) II – Congênita
c) IV - Traumática
d) III - Patológica

Discussão:
Mnemônico bizurado:
DISpacha ISTo DE TRem PATÓquio
I – Displásica; II – Ístmica; III – Degeneratia; IV – Traumática; V – Patológica

Resposta: C

03. (TARO 2016) Na estenose lombar central, os sintomas são:


a) bilaterais, respeitando o dermátomo
b) bilaterais, não respeitando o dermátomo
c) unilaterais, respeitando o dermátomo
d) unilaterais, não respeitando o dermátomo

Discussão:
Lembrar que a estenose central não respeita dermátomos; por outro lado, uma estenose que
afete o recesso lateral pode afetar a raíz emergente, respeitando mais dermátomos. Neste
caso, são unilaterais também. A dor pode ser maior durante o descanso e à noite, mas
apresentam maior resistência na marcha do que a central.
Resposta: B

28. (TARO 2014) Na estenose do canal lombar, a síndrome do recesso lateral é produzida, na
maioria dos casos, por:
a) espondilolistese
b) hipertrofia facetária
c) protrusão discal posterolateral
d) hipertrofia do ligamento amarelo

Discussão:
O recesso lateral, também conhecido como Zona de Entrada de Lee, começa na borda medial
do processo articular superior e se estende até a borda medial do pedículo. Neste local a raiz
nervosa sai da dura e cursa distalmente e lateralmente sob a faceta articular superior. As
bordas do recesso lateral são o pedículo lateralmente, a faceta articular superior dorsalmente,
o disco e complexo ligamentoso posterior ventralmente, e o canal central medialmente.
Artrose facetária causa mais frequentemente estenose nesta zona, assim como osteofitose do
corpo vertebral e patologia do disco ou ânulo.
Lembrar que a foraminal comprime a raiz emergente.
O processo lateral (zona de entrada) pode ser comprimido por disco, artrose facetária ou
hipertrofia da faceta articular superior.
Já a zona de saída também pode ser comprimida por artrose facetária, mas é mais comum que
comprima a zona de entrada.
Note que esta questão é basicamente igual a uma do 1000 questões, com a mudança de
apenas um item. Herniação discal posterolateral poderia ser uma resposta; a compressão,
entretanto, é mais comum pela artrose facetária.
Resposta: B

94. (TEOT 2014) EM paciente com claudicação neurogênica, qual a alternativa certa?
a) Piora subindo escada ou ladeira
b) melhora empurrando carrinho de supermercado
c) melhora ao permanecer em pé sem se movimentar
d) no repouso melhora mais rápido que vascular

Discussão:
Melhora com a flexão do tronco; piora ao ficar em pé; demora mais que o vascular, e não tem
tempo fixo para melhorar.
Resposta: B
Hérnia discal
56. O acesso cirúrgico recomendado para remoção do disco torácico com hérnia central é
a) por laminectomia simples
b) o transpedicular
c) por costotransversectomia
d) transtorácico

Discussão: Hérnias centrais precisam ser retiradas por via anterior (transtorácica). Pode ser
realizada colocação de cage anterior nesta abordagem. Em seguida, é realizada a
instrumentação posterior.
O acesso por costrotransversectomia é indicado para hérnias laterais, ou aquelas com suspeita
de sequestro ou expulsão. As vias transpedicular e com laminectomia são indicadas para
hérnias posteriores.
Resposta: D

74. Uma hérnia de disco foraminal L4-L5 afeta a raiz


a) L3
b) L4
c) L5
d) S1

Discussão: As hérnias não centrais (do recesso lateral e foraminais) afetam a raiz emergente.
Por outro lado, as hérnias centrais afetam a raiz transeunte do nível inferior (que seria no caso
L5).
Resposta: B

75. A taxa de recorrência de uma hérnia discal varia em torno de


a) 7%
b) 18%
c) 30%
d) 43%

Discussão: Dependendo da definição, hérnia de disco recorrente pode ocorrer em 18% dos
casos. O quadro clínico é geralmente de dor ciática recorrente – The Spine.
Resposta: B

111. Na hérnia discal lombar, o bom resultado após a infiltração epidural de corticosteroide
está relacionado à presença prévia de
a) dor ciática subaguda ou crônica
b) alterações motoras
c) alterações de reflexos
d) mielografia positiva

Discussão: Aplicação de corticoide e anestésico apresenta bom resultado precoce em 60-85% e


30-40% em 6 meses. Melhores resultados nas dores subagudas e crônicas sem tratamento
cirúrgico prévio. Piores resultados naqueles casos com alterações de força e reflexos.
Mielograma negativo associa-se também a piores resultados. Infiltração é indicada apenas
para a coluna lombar.
Resposta: A
118. No tratamento cirúrgico da hérnia de disco cervical, a via de acesso anterior deve ser feita
à
a) esquerda para evitar lesão do nervo vago
b) direita, para evitar lesão do nervo vago
c) esquerda, para evitar lesão do nervo laríngeo recorrente
d) direita, para evitar lesão do nervo laríngeo recorrente.

Discussão: O trajeto do nervo laríngeo recorrente é mais consistente à esquerda do que à


direita, onde há muitas variações anatômicas. Entretanto, cirurgiões destros preferem operar
pela direita pela maior facilidade de acesso e manipulação, não considerando o nervo como
razão de sua escolha.
Doença discal cervical aumenta as chances de doença discal lombar.
Sinais e sintomas:
Dor no pescoço, região medial da escápula e ombro – indicam dor primária discal ou da
coluna.
Dor com irradiação para braços ou peito, com parestesia e fraqueza motora: indica
compressão radicular.
Dor mal localizada; dor aguda ou choque com extensão do pescoço; dor nos ombros e quadris;
sensação de instabilidade e fraqueza dos MMII: mielopatia cervical.
Paciente com dor de compressão de raiz apresenta alívio do sintoma ao apoiar a mão atrás da
nuca; se a dor piorar após 1-2 minutos, deve-se considerar compressão do nervo ulnar (túnel
cubital) ou doença primária do ombro.
Alívio da dor com extensão (com ou sem tração): síndrome da hiperextensão com lesão
ligamentar posterior.
Alívio com distração ou flexão: compressão da raiz por ruptura discal ou esporões hipertróficos
no forame neural.
Classificação de Odom (Doença Discal Cervical):
Grupo 1: protrusão unilateral da parte mole do disco, com compressão da raiz.
Grupo 2: esporão foraminal ou parte rígida do disco, com compressão de raiz.
Grupo 3: protrusão medial da parte mole discal, com compressão medular.
Grupo 4: crista transversal ou espondilólise, com compressão medular.
Herniações discais macias (tipo I): 6 espaço 70%, 5 24%.
Herniações foraminais (grupo II): 6 espaço (48%); 5 (39%), 7 (13%).
Herniação medial com compressão medular (grupo 3): rara.
Maioria se beneficia de tratamento conservador, inclusive com fraqueza muscular não
progressiva – herniações diminuem progressivamente.
Resposta: C

130. Paciente com lombociatalgia à direita até a sola do pé, com formigamento na face plantar
do pé e, ao exame físico, diminuição do reflexo aquileu à direita. Assinale a correta:
a) durante o exame físico, é importante avaliar a força muscular. O músculo testado, que
corresponde a esse dermátomo e reflexo, seria o tibial anterior (dorsiflexão do tornozelo)
b) a raiz provavelmente acometida nesse caso seria a raiz de L4
c) uma importante hipótese diagnóstica é a hérnia discal. Uma localização provável dessa
hérnia seria centrolateral no nível L5-S1.
d) o tratamento inicial é cirúrgico, pois o paciente apresenta déficit neurológico

Discussão: Primeiro é necessário definir o nível: o reflexo Aquileu é inervado pela raiz S1, que é
responsável pelo funcionamento do tríceps sural. O nível L4 é avaliado pelo reflexo patelar e
pelo músculo tibial anterior. O nível L5 é avaliado pela função do extensor do hálux.
Para comprimir o nível L1, seria necessário uma hérnia central ou centro lateral L5-S1; ou uma
teórica hérnia foraminal S1-S2 (que não existe).
O tratamento cirúrgico só é indicado após seis semanas de tratamento conservador, sem
resposta, déficit motor agudo e grave, e síndrome da cauda equina.
O paciente adequado para tratamento cirúrgico de uma hérnia lombar é: dor predominante
em uam perna, até abaixo do joelho, presente por pelo menos seis semanas; resposta inicial
ao tratamento conservador, com retorno após pelo menos 6-8 semanas; fisioterapia prévia;
lasegue ou déficit neurológico localizado; imagem mostrando nível da lesão.
Resposta: C

147. Com relação à DDD, é correto afirmar


a) o processo degenerativo pode ser dividido em 3 estágios, sendo o primeiro de disfunção, e
costuma ocorrer após os 30-35 anos de idade
b) as mulheres são mais acometidas do que os homens
c) a história natural da discopatia é de episódios de dor recorrente seguidos por alívio muitas
vezes completo dos sintomas
d) HDL são mais comuns no terceiro estágio o de estabilização

Discussão: A discopatia degenerativa afeta mais homens do que mulheres.


É dividida em três estágios:
1) Disfunção. Entre 15-45 anos. Apresenta roturas circunferenciais e radiais no ânulo discal e
sinovite facetaria. Provável predisposição familiar especialmente quando acontece antes dos
21 anos.
2) Instabilidade. Entre 35-70 anos. Ruptura interna do disco, reabsorção progressiva,
degeneração das facetas articulares com frouxidão capsular, subluxação e erosão articular.
3) Estabilização. Maiores de 60 anos, osso hipertrófico, rigidez segmentar, anquilose franca.
Cada segmento degenera a uma taxa.
Herniação ocorre nas fases de disfunção e instabilidade; estenose, nas fases de instabilidade
tardia e estabilização precoce. Homens apresentam maior degeneração que mulheres; L3-L4 e
L4-L5.
Classicamente doenças discais apresentam episódios recorrentes de dor com períodos de
alívio importante ou completo.
Resposta: C

43. (Prova R3 2016) Sobre lombociatalgia, assinale a correta:


a) A maioria dos casos das hérnias lombares ocorre entre L4-L5.
b) em relação com a vertebra e a raiz acometida, há o que chamamos de mismatch na coluna
lombar e match na coluna cervical
c) História natural em três estágios: 1 – instabilidade, 2 – disfunção, 3 estabilização
d) Síndrome de Far Out ocorre pelo aumento do processo transverso de L4

Discussão:
A maioria dos casos de hérnias lombares ocorre entre L4-L5. Há um match na coluna lombar
(do espaço L4-L5 sai a raiz de L4), mas, na coluna cervical, como a primeira raiz sai no espaço
occipício- C1, há um mismatch (do espaço C1-C2 sairá a raiz C2).
Os três estágios são: disfunção, instabilidade e estabilização, nesta ordem. Herniação ocorre
nas duas primeiras fases, e estenose, nas duas últimas.
A síndrome de far out foi descrita por Wiltse e consiste na compressão de uma raiz que ocorre
predominantemente em espondilolistese, quando um processo transverso grande de L5
subluxado abaixo da raiz a comprime contra a asa do sacro. O diagnóstico é confirmado com
cortes coronais de TC.
Resposta: A

31. (Prova R2 2016) Em relação à história natural da doença degenerativa discal, aponte a
alternativa correta:
a) Fase da Disfunção: sinovite e hipermobilidade na faceta articular
b) Fase da instabilidade: lesões radiais no disco intervertebral
c) Fase de estabilização: frouxidão capsular e subluxação
d) Fase de colapso: osteófitos, alargamento do processo articular

Discussão:
Disfunção: lesão radial no disco + sinovite facetária
Instabilidade: frouxidão capsular, subluxação
Estabilização: osteofitose, rigidez óssea, anquilose franca

Resposta: A; b: lesão radial = disfunção. C: frouxidão capsular = instabilidade. D: osteófitos =


estabilização. Não existe fase de colapso.

33. (Prova R2 2016) EM um quadro de compressão radicular aguda por uma hérnia foraminal
C5-C6, espera-se a seguinte sintomatologia:
a) Diminuição da sensibilidade lateral do braço e cotovelo
b) Exaltação do reflexo braquioestiloradial
c) Diminuição da força de extensão do punho
d) Hipoestesia do 3º quirodáctilo

Discussão:
Primeiro tem-de se definir se será comprimida a raiz emergente ou transeunte. Uma hérnia
foraminal comprime a raiz emergente. Abaixo de C5, contudo, ao contrário da lombar, emerge
C6. Portanto, deve-se buscar o déficit de C6.
Sensibilidade lateral do braço = C5.
Reflexo braquioestilorradial = C6 (porém não ocorre exaltação, ocorre diminuição).
Diminuição da força de extensão do punho = C6 (ERLC)
Sensibilidade do terceiro dedo = C7.
Resposta: C
34. (Prova R2 2016) A Herniação discal é uma doença mais prevalente em qual faixa etária?
a) Segunda década
b) Terceira e quarta décadas
c) Quinta e sexta décadas
d) Sétima década

Discussão:
A hérnia discal começa a se tornar mais importante clinicamente entre os 20 e 30 anos.
Resposta: B

35. (Prova R2 2016) Em relação à imagem abaixo, aponte a alternativa que traz a melhro
associação de diagnóstico e sintoma esperados:

a) Hérnia discal central – perda de força e extensão do hálux


b) Hérnia discal centrolateral – reflexo aquileu ausente
c) Hérnia discal foraminal – perda de sensibilidade do maléolo lateral
d) Hérnia discal extremo-lateral – reflexo patelar exaltado

Discussão:
Com relação à localização da hérnia: central seria mais medial; foraminal seria na Pars;
extremo lateral seria ainda mais lateral à Pars.
As centrolaterais ou do processo lateral podem comprimir tanto a raiz emergente, quando a
transeunte. O item correto diz hérnia centrolateral, com reflexo aquileu ausente (S1),
compatível com compressão da transeunte. Se fosse central, também seria aquileu ausente ou
perda da sensibilidade do maléolo lateral; todas as outras, foraminal e extremolateral,
comprometeriam L5 – perda de sensibilidade do dorso do pé e da elevação do hálux.
Resposta: B

01. (TARO 2016) Na discopatia lombar, a diminuição significativa da força do tríceps sural
indica compressão da raiz de:
a) L4
b) L5
c) S1
d) S2

Discussão:
A intenção desta questão é saber correlacionar o nível de lesão ao músculo afetado. Lembrar:
S1 – tríceps sural; L5 – extensor do hálux; L4 – tibial anterior (dorsiflexão do pé); L3 –
Quadríceps
Resposta: C

12. (TARO 2016) Na hérnia e disco cervical que comprime a raiz de C6, o exame físico do
paciente revela:
a) sinal de Hoffman positivo
b) fraqueza do bíceps
c) hipoestesia do dedo mínimo
d) diminuição do reflexo do tríceps

Discussão:
Lembrando que para uma compressão de C6, a hérnia tem de ser central em C4-5 ou foraminal
em C5-6.
Sinal de Hoffman positivo = liberação piramidal.
Fraqueza do bíceps: principal contribuição é de C5, porém C6 pode auxiliar. C6 é
predominantemente representado por extensão do punho.
Hipoestesia do dedo mínimo: C8
Diminuição do reflexo do tríceps: C7.
Resposta: B

04. (TEOT 2016) Hérnia cervical mais comum?


a) C3-4
b) C4-5
c) C5-6
d) C6-7

Discussão:
Hérnia discal interespaço C6: 70%
C5: 24%
Osteófito foraminal interespaço C6: 48%
C5: 39%
C7: 13%
Resposta: D
Lombalgia
81. São indicações de radiografia em lombalgias agudas, exceto:
a) déficit neuromuscular
b) uso de corticosteroide
c) dor intensa
d) idade superior a 50 anos

Discussão: Sinais de alarme: perda de peso, déficit neurológico, febre, dor noturna, idade
menor que 20 anos e maior que 50 anos, dor refratária ao tratamento, mais de uma ida ao
pronto-socorro devido a esta dor em um mês.
Resposta: C

128. Quanto à lombalgia, é correto afirmar:


a) é uma queixa comum no atendimento em pronto socorro, com diagnóstico etiológico sendo
esclarecido na maioria dos casos (hérnia discal, estenose, etc)
b) na maioria dos casos é lombalgia aguda
c) é uma causa importante de dor crônica e não deve ser tratada com repouso absoluto
d) o tratamento inicial de um paciente com hérnia discal L4-L5 com compressão nervosa
importante à RM é o tratamento cirúrgico, independentemente da clínica do paciente

Discussão: 80% das pessoas apresentam lombalgia ao menos uma vez na vida. 40% são
acompanhadas de ciatalgia. 18% são crônicas, destas 80% sem limitação das atividades
habituais e 4% com limitação. Afeta mais mulheres que homens, sem diferenças raciais, e é
mais comum em níveis socioeconômicos mais baixo. Apresentam mais episódios de ansiedade
e depressão, ocupação mais estressantes; multíparas, escoliose, obesidade.
O diagnóstico etiológico preciso não é diagnosticado na maioria das vezes. Na maioria dos
atendimentos, a dor é crônica (são os mesmos pacientes voltando). O tratamento inicial,
mesmo que haja compressão à RNM, é conservador. 30% da população assintomática
apresenta alterações na RNM de coluna e, portanto, não têm indicação de tratamento.

Resposta: C

32. (Prova R2 2016) São critérios para indicação de radiografia na dor lombar aguda, exceto:
a) > 50 anos
b) Déficit neuromuscular agudo
c) Dor intensa (travamento)
d) Paciente que solicita laudo para o INSS

Discussão:
Outras bandeiras vermelhas: paciente jovem (<15 anos), febre, perda de peso (6kg nos últimos
6 meses), retorno ao pronto socorro mais de uma vez em um mês devido à dor. Gravidade da
dor não é critério.
Resposta: C

93. (TARO 2016) Na lombalgia aguda, deve-se solicitar uma radiografia de coluna lombar em
caso de:
a) nota superior a 5 na VAS
b) parestesia de membros superiores associada
c) antecedente de artrite reumatoide na família
d) segunda visita ao médico em menos de 30 dias pelo mesmo motivo
Discussão:
Indicações de RX:
Mais de 50 anos; trauam significativo; déficit neuromuscular; perda inexplicada de peso (4,4kg
em 6 meses); suspeita de espondilite anquilosante; abuso de álcool ou drogas; história de
câncer; febre; visita recente (<1 mês) pelo mesmo problema, sem melhora; paciente buscando
compensação por dor nas costas.
Resposta: D

07. (TARO 2015) A dor lombar aguda, após exclusão de sinais de alarme, deve ser tratada com:
a) corticoides e analgésicos
b) antidepressivos tricíclicos e derivados de opioide
c) fisioterapia com calor profundo e afastamento de atividades por 2 semanas
d) repouso no leito por 1 a 3 dias e progressão para programa de exercícios físicos

Discussão:
Repouso no leito é indicador por no máximo de 1 a 3 dias. Não há indicação de afastamento de
atividades por tanto tempo. Antidepressivos tricíclicos são utilizados para lombalgia crônica.
Corticoides não são indicados para lombalgia.
Resposta: D

68. (ER 2017) Não é indicação de radiografia nas lombalgias agudas


a) déficit neuromuscular
b) uso de corticosteroide
c) dor intensa
d) idade superior a 50 anos

Discussão:
Igual 81 do 1000 questões
Resposta: C
Trauma
57. Na síndrome medular posterior, o déficit neurológico característico é a perda
a) da motricidade e das sensibilidades térmica e dolorosa
b) da motricidade e das sensibilidades térmica e vibratória
c) da propriocepção e da sensibilidade vibratória
d) das sensibilidades térmica, dolorosa e vibratória

Discussão: Síndromes medulares:


Se após o choque medular há retorno do reflexo bulbocarvenoso, considera-se a lesão como
incompleta. Se não, é completa.
Síndromes incompletas: Centromedular – Mais comum em idosos, mais associada a
osteoartrose posterior. Acomete principalmente os membros superiores, com menos
comprometimento de inferiores, e sensibilidade sacral geralmente preservada. Há melhora
com tração craniana. 50% recuperam função vesical, voltam a andar e recuperam mobilidade
das mãos.
Brown-Séquard: fratura laminar, pedicular, lesão rotacional com subluxação ou lesão
penetrante. Hemissecção da medula. Perda motora ipsilateral e termicodolorosa contralateral.
Prognóstico de recuperação é bom.
Síndrome medular anterior: geralmente trauma em flexão. Perda total de sensibilidade e
motricidade abaixo do nível. Prognóstico de recuperação em geral insatisfatório.
Síndrome medular posterior: lesão em extensão, apresenta comprometimento da
sensibilidade vibratória e propriocepção, mantendo a função motora e sensibilidade
termicodolorosa.
Síndrome do Cone Medular: arreflexia de bexiga, do intestino e de membros inferiores.
Síndrome da cauda equina: funciona como lesão de nervos periféricos e apresenta
possibilidade de recuperação neurológica. Anestesia em sela, arreflexia total.
Resposta: C

58. Nas fraturas do processo odontoide, tipo II de Anderson e D’Alonzo, o aumento da


incidência de pseudoartrose está relacionado a:
a) menos que 5mm de desvio
b) angulação maior que 10 graus
c) Idade menor que 40 anos
d) deslocamento anterior

Discussão: aumento do índice de pseudoartrose de fratura de odontoide está associado a:


idade acima de 40 anos; mais de 5mm de desvio; mais de 10 graus de angulação;
deslocamento posterior.
Classificação de Blauth de PSA:
Tipo I: não uniões estáveis que não estão substancialmente desviadas.
Tipo II: estáveis, mas desviadas grosseiramente.
Tipo III: não uniões instáveis.
Tipo IV: os odontoideum.
Resposta: B

59. Sobre a fratura toracolombar tipo Chance, é correto afirmar:


a) não há envolvimento da coluna posterior
b) a fratura se dá por compressão axial
c) a principal falha é da coluna anterior
d) há instabilidade ligamentar
Discussão: A fratura de Chance é de mecanismo de flexão-distração. Falha da coluna posterior.
Grande instabilidade ligamentar. Pode ser confundida como uma fratura por compressão.
Resposta: D

72. Marque a alternativa correta


a) a síndrome de Brown-Sequard corresponde à hemissecção da medula e ocasiona perda das
funções motora e proprioceptiva o lado oposto ao da lesão e perda da sensibilidade à dor e
temperatura do mesmo lado.
b) na síndrome medular anterior existe preservação da propriocepção e perda variável da
função motora e sensibilidade à dor
c) na síndrome da medula central ocorre comprometimento dos MMII mais acentuado que dos
MMSS
d) a síndrome medular central ocorre principalmente na região torácica, onde o canal
apresenta dimensões reduzidas.

Discussão: Síndrome de Brown-Sequard: hemissecção com perda motora e proprioceptiva


ipsilateral, sensibilidade a temperatura e dor contralaterais.
Síndrome medular anterior: perda da função motora e sensibilidade a dor. A via proprioceptiva
é posterior e não é perdida.
Síndrome medular central ocorre mais na medula cervical, atinge principalmente idosos,
causando perda de força mais acentuada nos braços que nas pernas. A sensibilidade dolorosa
sacral pode estar preservada. 50% apresentam melhora ao longo do tempo.
Resposta: B

73. A necessidade de reconstrução da coluna anterior nas fraturas da coluna torácica ou


lombar não apresenta limites bem definidos até o momento. Com o objetivo de estabelecer
esses limites, Gaines e Karaikovic propuseram critérios para sua indicação, utilizando como
parâmetros
a) déficit neurológico, desvio do segmento vertebral e grau de correção da cifose
b) tamanho do fragmento intracanal, cominuição do corpo vertebral e déficit neurologico
c) tamanho do fragmento intracanal, cominuição do corpo vertebral e grau de correção da
cifose
d) cominuição do corpo vertebral fraturado, desvio do segmento vertebral e grau de correção
da cifose

Discussão: Critérios utilizados para indicação de reconstrução da coluna anterior. Utilizam:


cominuição do corpo vertebral, desvio do segmento vertebral, distribuição dos fragmentos e
grau de correção da cifose. São dados pontos de 1 a 3 (leve, moderado e grave), e valores
maiores ou iguais a 7 indicam necessidade de fixação por via anterior.
Resposta: D

80. O National Acute Spinal Cord Injury Study (NASCIS) III propõe para pacientes portadores de
trauma raquimedular há 10 horas
a) metilprednisolona 30mgkg de peso administrada em bolus em 15 minutos, seguido por uma
dose de manutenção de 5,4mg/kg/h nas 23 horas consecutivas, iniciada após 45 minutos da
dose de ataque
b) metilprednisolona 30mg/kg de peso administrada em bolus em 15 minutos, seguida por
uma dose de manutenção de 5,4 mg/kg/h nas 48 horas consecutivas, após 45 mintuos da dose
de ataque
c) Não está indicado o tratamento com corticosteroide
d) metilprednisolona 30mg/kg de peso administrado em bolus em 15 minutos, sem dose de
manutenção

Discussão: A prescrição de metilpredniolona se dá nas doses como descrito acima. Entretanto,


até 4 horas após o trauma, faz-se por 24 horas. Se for entre 4-8 horas do trauma, por 48 horas.
Por fim, após 8 horas do trauma, não há indicação.
Por outro lado, descompressão é indicada em casos de lesão incompleta ou déficit progressivo,
e compressão maior do que 50%. Fragmento intracanal não é indicação de descompressão,
pois ocorre reabsorção por até um ano.
Resposta: C

87. O quadro clínico da síndrome de Brown Sequard é


a) fraqueza motora do lado da lesão, perda das sensibilidades térmica e proprioceptiva
contralateral
b) fraqueza motora do lado da lesão, perda das sensibilidades térmica e dolorosa contralateral
c) perda das sensibilidades térmica e dolorosa do lado da lesão, fraqueza motora contralateral
d) perda da sensibilidade dolorosa e fraqueza do lado da lesão, perda da sensibilidade térmica
contralateral.

Discussão: Brown-Sequard: hemissecção da medula. Perda motora e proprioceptiva ipsilateral;


perda da sensibilidade térmica e dolorosa contralateral.
Resposta: B

88. Assinale a alternativa correta sobre a classificação de Fielding e Hawkins das luxações
rotatórias C1-C2
a) tipo I – luxação rotatória com deslocamento posterior
b) tipo II – luxação rotatória com deslocamento anterior menor que 3 mm
c) tipo II – luxação rotatória com deslocamento anterior maior que 5mm
d) tipo IV – luxação rotatória com deslocamento anterior

Discussão: A classificação de Fielding e Hawkins para luxação rotatória atlanto axial:


Tipo I: luxação rotatória com deslocamento anterior < 3mm
Tipo II: luxação rotatória com deslocamento anterior 3-5mm
Tipo III: luxação rotatória com deslocamento anterior >5mm
Tipo IV: luxação rotatória com deslocamento posterior
Reposta: B (?)

91. Os achados radiológicos citados abaixo são sinais sugestivos de provável lesão do complexo
ligamento posterior em uma fratura da coluna toracolombar em osso não osteoporótico,
exceto
a) perda da altura anterior da vértebra maior do que 50% da altura inicial, na imagem em perfil
b) aumento da distância entre os processos espinhosos da vértebra lesada e da vértebra
imediatamente acima, na imagem em perfil e/ou na imagem anteroposterior
c) aumento da distância entre os pedículos na imagem anteroposterior
d)cifose maior que 25 a 30 graus entre as vértebras superior e inferior à vértebra lesada (cifose
de Cobb) na imagem em perfil

Discussão: As fraturas toracolombares têm apresentação bimodal. Homens menores de 30


anos e idosos. Acidentes com motocicletas > carros > queda de altura > lesões por esporte.
Cifose > 30 graus, translação > 25mm em qualquer plano, perda de altura maior que 50% são
indicações de lesão do complexo ligamentar posterior.
Denis classificou a fratura toracolombar em 4 grupos:
1: Compressão. A: ambas as placas terminais; B: placa superior; C: placa inferior; D: corpo
anterior.
2: Explosão. A: Ambas as placas; B: placa superior; C: placa inferior; D: deformidade rotacional;
E: translação lateral.
3: Flexão distração (Chance). A: envolvimento ósseo de apenas um segmento; B: partes moles
de um segmento; C: osso envolvendo dois segmentos; D: partes moles de dois segmentos.
4: Fratura luxação. A: ósseo, um segmento. B: partes moles, 1 segmento; C: lesão de 2 níveis.
Classificação AO (nova):
A: Lesão do corpo vertebral, sem envolvimento da banda de tensão.
A0: lesão menor, não estrutural.
A1: cunha compressão (placa única, sem parede posterior).
A2: Split (duas placas, sem parede posterior).
A3: explosão incompleta (1 placa, com parede posterior).
A4: explosão completa (duas placas e parede posterior).

B: Falha da banda de tensão anterior ou posterior


B1: ruptura transóssea da banda de tensão – Chance clássico.
B2: ruptura da banda de tensão posterior (falha óssea ou ligamentar + fratura tipo A).
B3: hiperextensão: lesão do disco ou corpo vertebral, levando a posição hiperestendida da
coluna. Estruturas anteriores rompidas, mas uma dobradiça posterior permanece intacta.
C: Luxação.
Modificadores: M1: lesões indefinidas da banda de tensão sem RNM.
M2: comorbidade específica do paciente que pode favorecer ou contraindicar cirurgia
(espondilite anquilosante ou queimaduras, por exemplo).
Resposta: C

92. Sobre as lesões por projétil de arma de fogo na coluna cervical, é correto afirmar, exceto
a) descompressão e remoção do projétil provavelmente não são úteis na melhora do
prognóstico de recuperação neurológica
b) extensão da antibioticoprofilaxia é indicada em casos de lesões das vias aéreas, hipofaringe
ou faringe
c) se laminectomia for realizada, ela deve ser frequentemente acompanhada de
instrumentação e fusão
d) o prognóstico do déficit neurológico motor, mesmo estático, e a dor neuropática são
melhorados com a retirada do projétil nos casos em que estiver alojado intracanal vertebral

Discussão: Descompressão ou remoção da bala em lesão medular cervical provavelmente não


é útil para déficits neurológicos estáticos, mas pode ser útil em casos de degeneração
neurológica quando há compressão óbvia da medula. Laminectomia pode ser útil, mas deve
ser acompanhada de instrumentação e fusão adequada. A decisão de explora lesões do
pescoço deve ser ditada pela gravidade de lesões extra-espinais.
Antibioticoterapia profilática estendida é prudente após violação de vias aéreas, faringe ou
hipofaringe. Entretanto, o papel de antibióticos nestes casos não é bem definido.
Resposta: D.

93. Sobre as fraturas de sacro, assinale a correta


a) na zona II de Denis, o traço de fratura é na região alar
b) o índice de déficit neurológico na zona I é de 28,4%
c) a zona III de Denis tem 56% de risco de lesão neurológica com alto índice de incontinência
d) na zona III de Denis pode ocorrer a síndrome extremolateral
Discussão: Fraturas da Zona 1 de Denis são laterais aos foramens e apresentam incidência de
50% com 6% de chance de lesão neurológica. Zona 2 é através dos foramens, causando 34%
das lesões, com 28% de déficits neurológicos. Algumas apresentam componente em
cisalhamento que aumenta a instabilidade da lesão e aumenta a chance de não união. Zona 3 é
medial aos foramens, compreende 16% das lesões e está associada a 60% de lesão
neurológica, que envolve disfunção vesical e intestinal, e 76% de disfunção sexual.
Roy Camille subclassificou a lesão 3 com um tração que a une contralateralmente a uma
fratura 1 ou 2, sendo: 1) angulação sem translação; 2) angulação e translação; 3) luxação total
caudal e cefálica; 4) cominuição.
Isler desenvolveu uma classificação para descrever as lesões a nível da articulação
lombossacra, com aumento de probabilidade de subluxação lombossacral progredindo do 1 ao
3. 1) lateral a L5-S1, afetando a estabilidade do anel pélvico. 2) lesão através da face articular
de L5-S1, associada a desvio e sintomas neurológicos. Tipo 3: lesão envolvendo o canal
medular que é instável.
Na Denis 2, não deve ser dada compressão pelo risco de lesar L5.
Resposta: C

97. Sobre as fraturas do odontoide, assinale a correta


a) correspondem a 50% das fraturas da coluna cervical
b) têm maior incidência no sexo feminino
c) o desvio anterior do fragmento é o mais frequente
d) maior frequência em idosos entre 70 e 80 anos

Discussão: As fraturas de odontoide predominam entre os 20 e 40 anos, homens (3:1), com


desvio anterior do fragmento sendo mais frequente. Fraturas de C1 e C2 são as mais comuns
da coluna cervical. Em maiores de 70 anos, são a fratura cervical mais comum; e após os 80, a
fratura mais comum da coluna vertebral.
O mecanismo de lesão no tipo 2 é força lateral ou oblíqua; o tipo 3 é força em extensão.
Classificação de Anderson e D’Alonzo: Tipo I: pequena avulsão da ponta do dente.
Tipo 2: através do colo do processo odontoide.
Tipo 3: Através do osso esponjoso da corpo vertebral.
Tratamento conservador é indicado para a maioria das fraturas de odontoide.
Indicações: Colar – idosos de baixa demanda.
Colar rígido: fraturas não desviadas.
HaloVest: fraturas desviadas tipo II e III.
Cirúrgico: indicado para fratura com desvio de mais de 5mm, angulação maior que 10 graus,
déficit neurológico, ou politrauma.
O parafuso anterior de odontoide pode ser usado em fraturas tipo II com traço transverso ou
oblíquo de anterossuperior para posteroinferior.
Resposta: C

98. Sobre as fraturas do tipo B, assinale a incorreta


a) a frequência de lesão neurológica nas fraturas do tipo B é superior à observada no tipo A
b) cirurgia é o tratamento de escolha nas fraturas B2.1
c) a abordagem anterior combinada está indicada quando há compressão do canal acima de 40
a 50%
d) nas fraturas B2, a lesão predominante é óssea

Discussão: O tipo B2.1 antigo é atualmente o B1 (Chance clássico – lesão do complexo


ligamentar posterior através do osso). É a única lesão tipo B que não tem indicação cirúrgica.
As outras afirmações estão corretas: a lesão neurológica é mais frequente nas tipo B em
relação a A (e C em relação a B); abordagem anterior combinada está indicada quando há
compressão do canal acima de 50%; e nas fraturas tipo B2 antigo ou B1 atual, a lesão é
predominantemente óssea, enquanto na B2 é ligamentar posterior, e na B3, ligamentar
anterior (pode incluir também disco e corpo vertebral).
Resposta: B.

99. Na síndrome de Brown-Sequard, assinale a incorreta


a) o déficit motor é ipsilateral
b) há perda ipsilateral de sensibilidade dolorosa e temperatura
c) há perda da propriocepção ipsilateral
d)há perda contralateral da sensibilidade dolorosa e temperatura

Discussão: Na síndrome de Brown Sequard, há perda motora e da propriocepção ipsilateral e


da sensibilidade térmica e dolorosa contralateral.
Reposta: B.
102. São sinais radiográficos de instabilidade cervical, exceto:
a) angulação > 11 graus entre os corpos vertebrais
b) translação > 3.5mm
c) rotação das facetas articulares no perfil
d) fratura do processo espinhoso

Discussão: Sinais indicativos de instabilidade cervical: angulação maior do que 11 graus entre
os corpos vertebrais translação >3.5mm; rotação das faces articulares no perfil (lesão
ligamentar posterior); perda de mais de 50% de altura do corpo vertebral.
Critérios e White e Panjabi para instabilidade cervical: (>5 = fixar).
2 pontos: destruição dos elementos posteriores; destruição dos elementos anteriores; teste do
alongamento positivo.
RX dinâmico: 2 pontos = translação sagital >3,5mm ou 20%, rotação sagital >11º
RX estático: 2 pontos: desvio sagital > 3,5mm ou 20%; angulação sagital > 20º; lesão da medula
espinhal
1 ponto: estreitamento anormal do disco; diâmetro sagital <13mm (ou índice Torg-
Pavlov <0,8); lesão de raiz nervosa; carga perigosa antecipada.
A fratura de processo espinhoso, por outro lado, é tão pouco importante para estabilidade,
que é considerada como A0 e pode ser tratada até mesmo sem imobilização.
Resposta: D

105. Segundo a classificação de Anderson e Montesano para fraturas do côndilo occipital, as


fraturas cominutas e impactadas correspondem ao tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão: Impacto do crânio contra a coluna cervical. Instável: lesão ligamentar  distração
da cabeça da coluna. Pode estar associada ou não a lesão de pares cranianos.
A classificação de Anderson e Montesano, assim, segue ao contrário do normal, começando
pela cominuição e terminando pela avulsão.
I) fraturas cominutivas e impactadas
II) Fratura basilar que envolva o côndilo
(Ambas são de tratamento conservador).
III) avulsão desviada – instável, necessita tratamento cirúrgico.
Outra classificação é a de Tuli et al:
Tipo 1: lesão estável, sem desvio
Tipo 2a: desviada, mas estável e sem lesão ligamentar.
Tipo 2b: desviada e instável com lesão ligamentar.
O tratamento conservador é com colar rígido por 8-12 semanas.
Lesão da membrana tectoide é contraindicação relativa para tratamento conservador.
Resposta: A

110. Na fratura da coluna toracolombar causada por flexão-distração, o fulcro da flexão está
situado
a) anteriormente ao ligamento longitudinal anterior
b) no ligamento longitudinal anterior
c) posteriormente ao ligamento longitudinal anterior
d) no ligamento longitudinal posterior
Discussão: De acordo com Campbell, as lesões em flexão-distração ocorrem com um fulcro
posterior ao LLA, mantendo as estruturas ligamentares anteriores intactas, e posteriores
lesadas.
Resposta: C

119. Na fratura de Jefferson, a estabilidade da lesão é dependente da integridade do


ligamento
a) alar
b) apical
c) transverso
d) nucal

Discussão:
Fratura do Atlas.
Mecanismo: fratura simples do anel posterior – hiperextensão. Jefferson (explosão):
carga axial e falha tênsil do anel C1.
Diagnóstico e classificação: fratura do arco posterior – padrão mais benigno. Pouca
significância mecânica com relação a estabilidade. Jefferson clássico: fratura bilateral no
aspecto anterior e posterior do anel. Diferença entre estável e instável depende da integridade
dos ligamentos transversos.

Resposta: C

120. A instabilidade traumática da coluna cervical, segundo White e Panjabi, tem como critério
de gravidade a translação relativa no plano sagital maior que
a) 2mm
b) 3,5mm
c) 5mm
d) 7mm

Discussão: Critérios e White e Panjabi para instabilidade cervical: (>5 = fixar).


2 pontos: destruição dos elementos posteriores; destruição dos elementos anteriores; teste do
alongamento positivo.
RX dinâmico: 2 pontos = translação sagital >3,5mm ou 20%, rotação sagital >11º
RX estático: 2 pontos: desvio sagital > 3,5mm ou 20%; angulação sagital > 20º; lesão da medula
espinhal
1 ponto: estreitamento anormal do disco; diâmetro sagital <13mm (ou índice Torg-
Pavlov <0,8); lesão de raiz nervosa; carga perigosa antecipada.
Resposta: B

124. Paciente vítima de fratura de T12 tipo explosão há 2 horas, com diminuição de força
muscular em membros inferiores. Assinale a alternativa correta:
a) deve ser iniciado o protocolo de corticosteroide após 8 horas do acidente para evitar a
diminuição da produção de aminas vasopressoras importantes para a resposta do indivíduo ao
trauma
b) a dose inicial do corticosteroide em um paciente de 70kg é de 2100 mg, e deve ser feita em
15 minutos. Depois, aplicar nas próximas 24 horas a dose de manutenção, que deve ser
5,4mg/kg/hora
c) o reflexo bulbocavernoso, estando ausente, denota que a lesão é completa
d) lesão incompleta é aquela em que o paciente tem capacidade de deambular
Discussão: A aplicação de corticoide deve ser feita até 8 horas do trauma. O reflexo
bulbocarvenoso pode permanecer ausente por até 48 horas, devido ao choque medular. Indica
lesão completa se permanecer mais do que 48 horas. Na lesão incompleta, há preservação do
reflexo bulbocavernoso. A dose e forma de aplicação de corticoide estão corretas.
Resposta: B

125. Paciente com história de queda de altura, com dor em região de transição toracolombar.
Apresenta fratura tipo explosão de T12, sem déficit neurológico. São indicações cirúrgicas
deste tipo de fratura, exceto:
a) acunhamento anterior maior do que 50%
b) compressão do canal vertebral maior do que 40-50%
c) fratura que acomete a coluna média de Denis
d) cifose maior do que 25 graus.

Discussão: acometimento da coluna média de Denis (parede posterior) é o que torna a fratura
uma A3 ou A4 (explosão). Os critérios de instabilidade são: acunhamento anterior maior que
50%, compressão do canal de 40-50% (ou mais), cifose maior que 25-30 graus.
O Score de Classificação e Gravidade de Lesão Toracolombar é um indicativo da necessidade
cirúrgica:
Morfologia Status neurológico Complexo ligamentar
posterior
Compressão – 1 Intacto – 0 Intacto – 0
Explosão – 2 Lesão de raiz nervosa – 2 Indeterminado – 2
Translacional/Rotacional -3 Lesão da medula espinhal Lesado – 3
Distração - 4 Completa – 2
Incompleta – 3
Cauda equina – 3
< 3 = não cirúrgico
4 – indeterminado
> 5 = cirúrgico
Resposta: C

126. Marque a alternativa correta sobre as fraturas do processo odontoide


a) são raras em idosos e crianças
b) são classificadas por Anderson e D’Alonzo em três tipos, sendo o tipo I o mais benigno, e o
tipo III, o mais grave
c) as fraturas do tipo I são as mais comuns
d) as fraturas do tipo II são suscetíveis à fixação anterior com parafuso de tração desde que
apresente o traço favorável (de anterossuperior para posteroinferior ou transverso) e não seja
cominuta

Discussão: são fraturas comuns em crianças e especialmente em idosos (fratura mais comum
da cervical após os 70 anos e mais comum da coluna após os 80). O tipo II é o mais grave de
todos, sendo o tipo I o mais benigno e raro, e o tipo III também benigno e passível de
tratamento conservador. Fixação com parafuso só pode ser realizada se o traço for transversal,
ou de anterossuperior para pósteroinferior.
Resposta: D

127. É sinal radiográfico de instabilidade nas radiografias da coluna cervical


a) angulação superior a 11 graus entre os corpos vertebrais
b) translação superior a 5 mm entre as vértebras
c) diminuição da distância entre os processos espinhosos
d) desalinhamento entre C2-C3 nas radiografias em crianças

Discussão: pelos critérios de White e Panjabi: angulação superior a 11 graus, translação


superior a 3,5mm, lesão ligamentar posterior (aumento do espaço entre processos
espinhosos) ou anterior.
Resposta: A

140. Criança de 9 anos de idade, com fratura luxação crônica de C5-C6 e lesão completa de
medula espinhal. Qual a probabilidade de desenvolver escoliose durante o crescimento?
a) 10%
b) 20%
c) 50%
d) 100%

Discussão: Lesão cervical completa antes dos 10 anos de idade leva a escoliose paralítica em
100% dos casos.
Resposta: D

145. A fratura do tipo explosão do corpo vertebral é caracterizada por


a) comprometer a metade anterior do corpo vertebral
b) apresentar extensa lesão do complexo ligamentar posterior
c) não apresentar translação anterior do corpo vertebral
d) apresentar lesão do ligamento longitudinal posterior em todos os pacientes

Discussão: A fratura em explosão é causada por compressão axial e acomete as colunas


anterior e média de Denis. Lesão do complexo ligamentar posterior pode ocorrer em alguns
pacientes, tornando a fratura mais instável. Pode haver deslocamento do fragmento ósseo
para dentro do canal medular. Entretanto, por ser compressão axial, não há translação
anterior da vértebra.
Resposta: C

150. Na fratura de Jefferson em crianças, ocorre instabilidade C1-C2 quando há lesão do


ligamento
a) amarelo
b) transverso
c) interespinhoso
d) longitudinal posterior

Discussão: O ligamento transverso liga as duas massas laterais de C1 e envolve o processo


odontoide, evitando sua migração posterior. Lesão do transverso permite afastamento
centrífugo das massas laterais e migração posterior do odontoide (o que pode levar a
compressão medular neste nível).
Resposta: B

151. Na fratura por osteoporose da coluna torácica, a maior intensidade de dor ocorre na
posição
a) supina
b) sentada
c) ortostácica
d) prona
Discussão: Posição ortostática é a que causa mais carga para as vértebras. São fraturas por
insuficiência da massa óssea. Déficit neurológico é raro. A maioria pode ser tratada
conservadoramente, com repouso, analgésicos e uso de órtese se necessário.
Resposta: C

153. A fratura de Jefferson acomete ambos os arcos do atlas com traço


a) duplo no posterior e único no anterior
b) único no posterior e único no anterior
c) duplo no posterior e no anterior
d) único no posterior e duplo no anterior

Discussão: A fratura de Jefferson é uma fratura em explosão de C1, acometendo


bilateralmente o arco anterior e o arco posterior, de forma que há dois traços no arco
posterior e no anterior. O tratamento é conservador, com colar rígido ou halovest.
Resposta: C

154. Com relação à fratura de Jefferson, no exame radiográfico, pode-se presumir a


insuficiência total do ligamento transverso, quando a aferição das massas laterais do atlas em
relação às paredes laterais de C2 excedem:
a) 5mm
b) 5,9mm
c) 6,5mm
d) 6,9mm

Discussão: infere-se lesão do ligamento transverso quando, pelo método de Spencer,


encontra-se distância entre as massas laterais e a parede lateral do odontoide maior do que
6,9mm.
Se a fratura apresenta lesão do ligamento transverso, ela é considerada instável. É necessário
realizar tração com halo craniano. Se houver alinhamento e/ou resolução dos déficits
neurológicos, trata-se com halovest. Entretanto, se o alinhamento for insatisfatório ou não
houver resolução, é indicada fusão atlantoaxial.
Resposta: D

155. Com relação às fraturas cervicais subaxiais, é correto afirmar, exceto


a) a série de três radiografias anteroposterior, lateral e do odontoide revela 83 a 99% das
lesões da coluna cervical
b) fraturas de C7 totalizam cerca de 10% de todas as fraturas cervicais, sendo obrigatória a
perfeita visualização da transição cervicotorácica
c) quando não é possível visualizar a transição de C7-T1, a incidência do nadador é uma boa
opção
d) se o edema de partes moles ultrapassar mais de 7mm ao nível de C2-C3 e 21mm em C6-C7,
poderão ser necessários outros exames complementares para descartar lesões ligamentares
discais, ósseas ou ocultas.

Discussão: Todas as afirmações estão corretas. As principais fraturas são C5-C6, mas 10% das
fraturas axiais são de C7-T1. A incidência do nadador é uma boa opção, mas, se o paciente for
instável, ou não se puder realizá-la, é preferível realizar uma tomografia.
Resposta: C(?)

12 – (Prova R1 2014) Em relação à síndrome medular central:


a) ocorre maior acometimento dos membros superiores
b) ocorre perda total de função motora e sensibilidade dolorosa abaixo do nível da lesão
c) tem bom prognóstico
d) ocorre perda de propriocepção abaixo do nível da lesão, com função motora e sensibilidade
dolorosa preservadas.

Discussão: A síndrome medular central é mais comum em idosos, especialmente em lesão por
extensão. Ocorre perda mais acentuada da função motora dos membros superiores do que
dos membros inferiores. A sensibilidade dolorosa sacral geralmente é preservada. Há melhora
com tração. 50% apresentam recuperação da função vesical e funcionalidade de mãos.
Resposta: A

14. (Prova r1 2014) De acordo com os critérios de White e Panjabi para instabilidade da coluna
cervical baixa, são critérios maiores de instabilidade (2 pontos), exceto:
a) Destruição dos elementos anteriores
b) lesão de raiz nervosa
c) desvio no plano sagital de 3,5mm ou 20% nas radiografias estáticas
d) rotação no plano sagital > 11 graus nas radiografias dinâmicas.

Discussão: Todos os critérios de White e Panjabi valem 2 pontos, exceto: Lesão de Raiz
nervosa; estreitamento anormal do disco; carga antecipada; diâmetro sagital < 13mm. Outros
que valem dois pontos são: destruição dos elementos posteriores; teste do alongamento
positivo; lesão da medula espinhal; desvio no plano sagital é igual tanto na estática quanto
dinâmica, porém o desvio angular no plano sagital é >11 graus na dinâmica e 20 graus na
estática.
Resposta: B

15. (Prova R1 2014) Em relação ao manejo da coluna cervical em vítimas de traumas de alta
energia inconscientes, é correto afirmar:
a) o colar cervical pode ser retirado se as radiografias forem normais
b) a RNM deve ser realizada obrigatoriamente antes da retirada do colar
c) o colar pode ser retirado se a TC for normal, contanto que não haja fatores que dificultem
sua interpretação
d) deve-se sempre esperar o paciente estar consciente e em condições de cooperar com o
exame clínico antes de se retirar o colar cervical

Discussão: O colar cervical pode ser retirado, em pacientes conscientes e com Glasgow 15,
apenas com avaliação clínica, se não houve trauma direto de crânio, perda de consciência no
local ou sinais de hipertensão intracraniana. Para os outros casos, devem-se realizar
radiografias, e estas, associadas ao exame físico, podem ser usadas para retirar o colar.
No entanto, em pacientes inconscientes, apenas a radiografia, sem o exame físico (que não
pode ser realizado) não é o suficiente, sendo necessária a realização de TC. RNM não é
obrigatória e também não deve ser realizada se for atrasar a avaliação da lesão.
Não é necessário paciente estar consciente e em condições de cooperar, contanto que a TC
esteja normal e não haja fatores que dificultem sua avaliação.
Resposta: C

16. (Prova R1 2014) Em relação as luxações bifacetárias de coluna cervical, as luxações


unifacetárias tendem a:
a) ocorrer em traumas de menor energia
b) necessitar de menos peso no halo craniano para redução
c) ser menos estáveis na posição luxada
d) todas estão corretas
Discussão: Lesões da coluna cervical baixa são responsáveis por 50% das lesões espinais; >25%
das que resultam em déficits neurológicos. Bimodal, 15-24a e >55 anos. Em crianças é mais
comum SH1 pela placa terminal inferior (a superior geralmente é protegida pelo processo
uncinado) ou SH2.
A luxação facetária pode ser unilateral ou bilateral, e são ambas do espectro da lesão por
flexão distração. Luxação unilateral ocorre por flexão-rotação, sendo o estágio 2 da FD. Mais
comum em C5-C6. Redução fechada tem sucesso em 50%; neste caso, tratada com halovest
por 3 meses. Se não houver sucesso, redução aberta e artrodese posterior. Geralmente
necessita de menos energia para ocorrer, mas necessita de mais peso no halo para redução,
pois fica mais estável (empoleirada na outra vértebra).
A luxação bifacetária também ocorre por flexão rotação e é o estágio 3 de FD. Ocorre com
luxação anterior de aproximadamente 50% do corpo vertebral. Deve ser feita fixação interna,
pois a redução fechada é mais fácil, mas a vértebra é mais instável.
Resposta: A

20. (Prova R1 2014) Na subluxação atlantoaxial rotatória, podemos inferir que o ligamento
transverso está rompido se o intervalo atlanto-odontoide for maior que:
a) 1mm
b) 3mm
c) 5mm
d) 7mm

Discussão: A avaliação de um raio x em perfil com um aumento da distância entre o odontoide


e o arco anterior de C2 entre 3-5mm permite inferior lesão do ligamento transverso; entre 5 e
10mm, do transverso e dos acessórios; e >10mm, de todos. No perfil, em adultos, acima de
3mm considera-se lesão, e em crianças, acima de 5mm. Por outro lado, na avaliação em AP, a
distância entre o odontoide e os dois arcos de C2 somados deve ser maior que 6,9mm na TC,
ou 7,9/8mm no RX. Este valor é citado para lesão do ligamento transverso na fratura de C2
com separação das massas laterais.
Na subluxação rotatória, observa-se o Wink Sign (desparecimento da articulação C1-C2 no rx
AP transoral). É classificada por Fielding e Hawkins de acordo com o desvio:
Tipo 1 – Menor que 3mm
Tipo 2 – 3-5mm
Tipo 3 - >5mm
Tipo 4 – Posterior
A questão, portanto, está mal formulada.
Resposta: em adultos, no perfil: B. Em crianças, no perfil: C. No AP, na TC: D.

21. (Prova R1 2014) Sobre a fratura do enforcado, qual tipo de Levine e Edwards pode ser
tratado cm halovest e compressão?
a) I
b) II
c) IIa
d) III

Discussão:
Fratura do enforcado
Ocorre por mecanismo de hiperextensão-distração; em crianças, mais comum em menores de
2 anos. 2º tipo mais frequente do axis, após odontoide.
Classificação de Effendi, modificada por Levine e Edwards:
Tipo I: Desvio mínimo, translação superior até 3mm. Relativamente estável. Se unilateral, é
instável. Tratamento com órtese rígida por 12 semanas.
Tipo Ia: (Adição de Starr e Eismont) porção posterior do corpo de C2 preso ao fragmento da
pars. Alta incidência de déficit neurológico. Tratado com órtese, exceto de déficit.
Tipo II: Desviada, >10 graus e >3mm. Fx vertical pelo arco de C2: hiperextensão + carga axial +
flexão. Halo craniano por 3-6 semanas, depois halovest até o terceiro mês.
IIa: desviada, com lesão complexa discoligamentar de C2-C3. Ocorre principalmente angulação
e pouca translação. Fratura horizontal, mais instável, por flexão-distração. É a única tratada
com halovest com compressão leve.
Tipo III: luxação facetária C2-C3: uni ou bilateral. Rara, instável, necessita de fixação interna.
Tratamento cirúrgico é indicado para perda de redução/ não união do tipo 2 – fusão C1-3
posterior ou discectomia e fusão posterior C2-3. Para o tipo 3, é fusão C1-3.

Resposta: C

22. (Prova R1 2014) Nas fraturas do tipo II de Anderson e D’Alonzo, a taxa de pseudoartrose é
influenciada por:
a) desvio maior que 2mm
b) Angulação maior que 10 graus
c) Idade maior que 30 anos
d) Desvio anterior

Discussão: Os fatores que influenciam pseudoartrose no tipo 2 da fratura de odontoide ( o tipo


com pior evolução e maior instabilidade) são: desvio maior que 5mm, angulação maior que 10
graus, idade maior que 40 anos, desvio posterior.
Classificação de Blauth de pseudoartrose de odontoide:
Tipo I: não união estável com pouco desvio.
Tipo II: não união estável com desvio grosseiro.
Tipo III: não união instável
Tipo IV: os odontoideum.
Resposta: B

23. (Prova R1 2014) Como devemos classificar a seguinte fratura:


a) Anderson e Montesano tipo I
b) Anderson e D’Alonzo tipo I
c) Anderson e Montesano tipo II
d) Anderson e D’Alonzo tipo II
Discussão: Fratura de côndilo occipital é classificada por Anderson e Montesano e vai ao
contrário do comum: de cominuição para avulsão. I: cominuição; II: oblíquo; III: avulsão.
Resposta: A

24. (Prova R1 2014) Como devemos classificar a seguinte lesão segundo Levine e Edwards e
seu mecanismo de lesão:
a) I, hiperextensão + compressão axial
b) IIa, Flexão distração
c) IIa, flexão compressão
d) III, Flexão compressão

Discussão: Na figura, é fácil observar a grande translação anterior de C2 sobre C3, o que a
classificaria como 2 ou 3; entretanto, é necessário haver uma luxação facetária, uni ou
bilateral, para ser classificada como 3. Um exemplo abaixo:
Esta abaixo seria classificada como 2a, pela angulação e pouca translação.

Quanto ao mecanismo de trauma, fraturas tipo I são causadas por hiperextensão e


compressão axial (enunciado correto); tipo II, hipextensão seguida de compressão e flexão;
tipo IIa, flexão distração (item B correto, C, incorreto); e a tipo III, por flexão compressão
(enunciado correto).
Resposta: D

25. (Prova R1 2014) Segundo a classificação de traynelis para dissociação occipitocervical, qual
alternativa representa a separação axial da articulação atlanto-occipital?
a) 1
b) 2
c) 2b
d) 3

Discussão: Lesão rara, duas vezes mais comum em crianças que em adultos pela frouxidão
ligamentar, geralmente causa déficit neurológico, principalmente do nervo abducente.
A classificação de Traynelis é dividida em:
1 – translação anterior
2 – separação longitudinal atlantooccipital
2b – separação longitudinal atlantoaxial
3 – translação posterior

Resposta: B

26. (Prova R1 2014) A osteossíntese do processo odontoide com parafuso é indicada na fratura
classificada como tipo II com
a) Fragmentação da base
b) Fratura instável do atlas
c) Traço oblíquo que se estende de anteroinferior para posterossuperior
d) Traço oblíquo que se estende de anterossuperior para posteroinferior

Discussão: Na fratura de odontoide classificada como tipo II, apenas dois tipos de traço podem
indicar a fixação com parafuso, que é considerada mais fisiológica do que as outras
possibilidades terapêuticas (como artrodese C1-C2, que apresenta grande comprometimento
de rotação do pescoço; vale lembrar, o tipo II é o de pior prognóstico e pseudoartrose se
associa a idade maior que 40 anos, mais de 10 graus de angulação, mais de 5mm de
translação, e desvio posterior). São eles: transverso e oblíquo de anterossuperior para
posteroinferior. Em uma obliquidade oposta, o fragmento será desviado ao dar compressão no
parafuso. Ademais, cominuição contraindica utilização do parafuso.
Resposta: D

26. (Prova R1 2014) Na fratura de Jefferson, a estabilidade de lesão é dependente da


integridade do ligamento:
a) Alar
b) Transverso
c) Cruciforme
d) Longitudinal posterior

Discussão: A fratura em explosão do atlas é mantida estável pela integridade do ligamento


alar. Na visão anteroposterior, se a distância entre odontoide e as duas massas laterais
somadas for maior que 6,9mm na TC ou 8mm no RX, indica lesão do ligamento transverso.
Nestes casos, é indicada tração com halo craniano e, se houver redução, tratamento com
halovest; se não, fusão atlantoaxial.

28. (Prova R1 2014) Quanto aos mecanismos de lesão medular:


a) As lesões mais comuns são lacerações e transecções em todos os traumas raquimedulares
com déficit
b) Lacerações e transecções são comuns apenas nos traumas raquimedulares com grande
desvio
c) As lesões mais comuns do neuroeixo são lesões por esmagamento resultando em contusões
do tecido neural
d) Esmagamento só ocorre em fraturas por compressão

Discussão: Lesão do tecido neural é dividida em dois tipos: primária (trauma direto);
secundária (dano adicional pela resposta biológica iniciada pelo trauma). Concussão: dano
neurológico sem lesão anatômica. Contusão: lesão física do tecido neurológico levando a
hemorragia e edema (tipo mais comum). Laceração: perda da continuidade estrutural do
tecido neural (raro em trauma rombo). A maioria das lesões neurais é por esmagamento,
causando contusão do tecido neural. Laceração e transecção são raras, até mesmo em
traumas de grande desvio. A lesão neural ocorre a partir de uma relação entre a velocidade da
compressão e a quantidade de compressão; quanto mais rápida a lesão, mais leve precisa ser a
compressão. A partir de 50% de compressão, independentemente da velocidade, não há
perspectiva de recuperação. Contrário a isso, compressões em estenose, que podem levar
anos de evolução, geralmente demoram a provocar déficits.
Resposta: c

29. (Prova R1 2014) Quanto a epidemiologia das lesões medulares:


a) É mais comum em mulheres idosas
b) É mais comum em homens idosos
c) É mais comum em mulheres jovens
d) É mais comum em homens jovens

Discussão: Ocorre em 15-20% das fraturas vertebrais. Mortalidade na hora do trauma: 48-79%.
Após admissão, 4,4-17%. Expectativa de vida é menor do que a população geral,
especialmente no primeiro ano de vida. 4 homens para cada mulher, 15-40 anos, acidente
automobilístico (50%), queda de altura, mergulho em água rasa. No caso de idosos, quedas em
acidentes domésticos. 20-70% apresentam outras lesões graves.
Resposta: D

30. (Prova R1 2014) A causa mais comum nos traumatismos raquimedulares é:


a) Colisão entre autos
b) Quedas
c) Ferimentos por armas de fogo
d) Lesões esportivas
Discussão: Causas: acidente automobilístico (50%), queda de altura, mergulho em água rasa.
No caso de idosos, quedas em acidentes domésticos.
Resposta: A

31. (Prova R1 2014) A melhor conduta frente o choque neurogênico é:


a) Reposição agressiva de fluidos
b) Introdução de propranolol
c) Introdução de nitroglicerina
d) Introdução de dopamina

Discussão: O choque neurogênico ocorre por uma lesão medular que provoca perda do
controle vasomotor simpático. É caracterizado por hipotensão e bradicardia, sem resposta a
volume (ao contrário do hipovolêmico), necessitando de drogas vasoativas. Não confundir com
Choque Medular, que é o período de 24 a 48 horas em que a coluna permanece sem
funcionamento, com ausência do reflexo bulbocavernoso, após um trauma.
Resposta: D

33. (Prova R1 2014) Quanto a classificação de ASIA, um paciente que apresnta força menor que
3 em 5 e déficit sensitivo incompleto é classificado como:
a) A
b) B
c) C
d) D

Discussão: A classificação de ASIA usa a classificação de Frankel para definir um quadro que
associa função motora e sensitiva:
A – AUSENTE – Perda sensitiva e motora completa.
B – Perda sensitiva incompleta e motora completa
C – Perda sensitiva incompleta, função motora presente mas não útil (menor que 3)
D – Perda sensitiva incompleta, função motora presente e útil, mas abaixo do normal (maior
que 3)
E – EXCELENTE – funções motora e sensitiva normais.
Resposta: C

34. (Prova R1 2014) Quanto a tração esquelética com o dispositivo de Gardner-Wells:


a) Colocação dos pinos em posição anterior leva a extensão da cabeça
b) Colocação dos pinos em posição anterior leva a rotação da cabeça
c) A posição neutra fica anterior ao meato acústico externo
d) A colocação posterior ao meato acústico externo leva a extensão da cabeça.

Discussão: Colocação em posição anterior leva a extensão da cabeça. Posterior, a flexão.


Neutra fica sobre o meato acústico. Não provoca rotação.
Resposta: A.

35. (Prova R1 2014) Quanto às vias de acesso para as fraturas cervicais baixas:
a) A via anterior é feita lateralmente ao esternocleidomastoideo
b) A via anterior é realizada na linha média da cartilagem cricoide
c) A via anterior põe em risco o nervo occipital
d) A via anterior é realizada preferencialmente à esquerda

Discussão: A via de Smith Robinson é feita anteriormente, seguindo longitudinalmente o


esternocleidomastoideo (no caso de três ou mais níveis; se for menos, a incisão pode ser feita
transversalmente no nível desejado, aproveitando alguma linha da pele), que fica
lateralmente. A cartilagem cricoide pode ser usada para direcionar o nível C4, porém a incisão
é feita medial ao esternocleido, que é rebatido lateralmente (assim como a veia jugular e a
artéria carótida). A via anterior põe em risco o nervo laríngeo recorrente, que tem uma menor
variação anatômica e é protegido pela bainha carotídea do lado esquerdo. A via é feita
preferencialmente pela esquerda, apesar de estudos recentes indicarem que não há diferença
entre os lados com relação a lesão do nervo.

Resposta: D

36. (Prova R1 2014) Quanto a estabilização anterior com placas nas fraturas cervicais baixas:
a) Os parafusos devem ser orientados 5 a 10 graus em direção à linha média
b) Os parafusos devem ser orientados 5 a 10 graus lateralmente
c) Devemos ter no mínimo 1 parafuso em cada vértebra nas fixações anteriores
d) Devemos ter no mínimo 4 parafusos em cada vértebra

Discussão: Para a fixação anterior com placas, os parafusos devem ser direcionados para a
linha média, de forma a evitar acertar as artérias vertebrais. São utilizados dois parafusos para
cada vértebra (a placa é como se fossem duas fundidas). Os parafusos são unicorticais.

Resposta: A

37. (Prova R1 2014) A complicação mais comum das fixações anteriores:


a) Síndrome de Horner
b) Lesão esofágica
c) Disfonia
d) Disfagia

Discussão: Um estudo recente demonstrou que, em relação a instrumentação posterior,


fixação anterior apresenta menor dor pós-operatória, mais controle sagital, maiores taxas de
fusão e menores taxas de infecção.
A complicação mais comum com a via anterior (50%) é disfagia. Lesão do nervo laríngeo
recorrente (disfonia) ocorre em 2-30%. Raramente pode-se lesar o nervo laríngeo superior
(perda de fonação alta e comprometimento da deglutição). Síndrome de Horner é rara, e
perfuração esofágica pode ocorrer em 0,2 a 0,4% dos pacientes.
Resposta: D

38. (Prova R1 2014) Na figura do meio, a técnica demonstrada é a de:


a) Magerl
b) Machado
c) Roy-Camille
d) Narazaki

Discussão: A figura da esquerda mostra a técnica de Magerl, na qual faz-se a perfuração para o
parafuso no quadrante superomedial, com angulação lateral de 25 graus e cefálica de 15
graus, mas com a ponta do parafuso muito próxima do ponto de saída da raiz. Usa parafusos
mais longos, com melhores características biomecânicas. A técnica de An (favorita do autor do
capítulo no RW8) é uma modificação de Magerl, com a entrada no quadrante inferomedial,
apresentando menores chances de lesão neurovascular. A técnica de Roy Camille, por fim (RC:
Reto e Centro) é feita no centro da massa lateral, com angulação de 10 graus lateral e na
horizontal. É a que apresenta piores características biomecânicas.
Resposta: C

39. (Prova R1 2014) Na classificação de Allen para as fraturas cervicais baixas, qual o tipo
representado pelo RX abaixo?
a) CF2
b) CF3
c) CF4
d) CF5

Discussão: Na classificação de fratura por compressão flexão, o estágio 1 apresenta apenas


arrombamento da superfície superior da vértebra; no estágio 2, acomete a superfície inferior
também, gerando um bico; no estágio três, este bico fratura, gerando a fratura em gota de
lágrima. O estágio 4 é igual ao três, porém há desvio posterior da vértebra superior menor que
3mm. No 5, o desvio posterior da vértebra superior é de 3mm ou mais, com gap facetário,
indicando lesão ligamentar anterior e posterior.
Resposta: B

40. (Prova R1 2014) No RX abaixo, a classificação mais adequada é:

a) DF 1
b) DF 2
c) DF 3
d) DF 4
Discussão: Estágio 1: subluxação facetária, GAP do espaço interespinhal, com lesão do LLP e
pode haver lesão da placa terminal superior (como CF 1). Estágio 2: luxação facetária
unilateral; geralmente o complexo ligamentar posterior está preservado. Estágio 3: luxação
facetária bilateral, com translação de 50% do corpo vertebral sobre o inferior. Estágio 4:
vértebra flutuante; translação de 100% da vértebra superior sobre inferior.

Resposta: C

41. (Prova R1 2014) Cifose focal indicativa de instabilidade nas fraturas cervicais é aquela
maior que:
a) 6
b) 11
c) 14
d) 17

Discussão: Sinais de instabilidade: cifose local maior que 11 graus, perda de mais de 50% da
altura vertebral, translação de mais que 3,5mm.
Resposta: B

42. (Prova R1 2014) Quanto as fraturas toracolombares


a) São fraturas raras
b) São fraturas de distribuição unimodal
c) São mais comuns no nível T6
d) São mais comuns na transição toracolombar

Discussão: Fraturas da coluna torácica e lombar são frequentes, bimodais, associadas


principalmente a osteoporose. Acometem principalmente T11-L2 (60%). Déficits ocorrem em
¼.
Resposta: D
43. (Prova R1 2014) Sobre as lesões associadas das fraturas toracolombares:
a) Mais da metade dos pacientes com fraturas da região toracolombar terão lesão em outros
sistemas
b) Lesões espinhais contíguas são raras
c) Fraturas causadas por cinto de segurança raramente lesam vísceras abdominais
d) Poucos pacientes vítimas de trauma de alta energia apresentam TCE ou fraturas de
extremidades.

Discussão: Mais de 50% dos pacientes com fratura toracolombar têm lesão de outros lugares:
30% um órgão ou sistema, 20% dois, 5% três ou mais. 45% dos pacientes com fratura do cinto
de segurança terão lesão de vísceras, como lesão do baço ou fígado. A incidência de fratura
não contígua da coluna é de 17 a 20%.
Resposta: A

44. (Prova R1 2014) Nas fraturas toracolombares, é indicativo de falha de elementos


posteriores:
a) Cifose segmentar maior que 11 graus
b) Translação maior que 2,5mm
c) Encunhamento do corpo maior que 25%
d) Nenhuma das anteriores

Discussão: São indicativos de falha: cifose maior que 25-30 graus; translação maior que
2,5mm; encunhamento maior que 50%.
Resposta: B

45. (Prova R1 2014) Segundo Denis,


a)
b)
c)
d)

Discussão:
Resposta:

01. Prova R3 2016. Sobre a fratura toracolombar do tipo Chance, é correto afirmar:
a) Não há envolvimento da coluna posterior
b) A fratura se dá por compressão axial
c) A principal falha é da coluna anterior
d) Há instabilidade ligamentar

Discussão:
A fratura de chance ocorre por movimento de flexão-distração e se deve a uma falha da coluna
posterior, com lesão ligamentar. Lembrando que o Chance clássico (ósseo) pela nova
classificação AO agora é B1. A lesão ligamentar é B2, e lesão por hiperextensão, B3.
Resposta: D

02. Prova R3 2016. Sobre as fraturas toracolombares, assinale a correta:


a) Na presença de déficit, a maioria é do tipo completo
b) Pico trimodal
c) 20% lesões não vertebrais associadas
d) De T1 a L5, o ângulo transverso dos pedículos aumenta linearmente

Discussão:
Fraturas torácicas apresentam alta relação com lesão neurológica, pelo canal mais estreito e
traumas de alta energia relacionados. Pico bimodal. Apresenta 50% de lesões associadas nos
acidentes com cinto de segurança.
Resposta: A

03. Prova R3 2016. Sobre fraturas do odontoide, assinale a alternativa incorreta:


a) Tabagismo, desvio, angulação e idade influenciam na escolha do tratamento
b) O tipo II é mais relacionado com o desenvolvimento de pseudoartrose e aquele que
apresenta maior frequencia
c) Tração esquelética pode ser necessária em alguns casos
d) Tratamento conservador tende a ter melhores resultados em idosos

Discussão:
Tabagismo, desvio (posterior; translação maior que 5mm), angulação (maior que 10 graus) e
idade (maior que 40 anos) são fatores que predispõem à PSA. 3 vezes mais comum em
homens, especialmente comum em idosos, sendo a fratura cervical mais comum após os 70
anos e a de coluna mais comum após os 80.
Tipo II é o mais frequente, mais maligno e mais associado a dificuldades de tratamento.
Tração esquelética realmente pode ser necessária em alguns casos, como tipo 2 sem indicação
de parafuso, na qual se trata com halovest.
Tratamento conservador tem maus resultados em idosos.

Resposta: B

07. Prova R3 2016.Qual a técnica de inserção de parafuso de massa lateral mostrada a seguir:
a) Charafedine
b) Roy-Camille
c) Magerl
d) White-Kapandji

Discussão:
A técnica de Magerl segue como o desenho acima: no quadrante superomedial, com 25 graus
de inclinação lateral e tangenciando o pedículo. A técnica de Roy Camille é que a fica no centro
(lembrar do O, como se fosse centro do alvo, ou RC – Reto e Centro). A técnica de An é uma
apresentada no Rockwood 8, que usa o quadrante inferomedial.

Resposta: C

27. Prova R3 2016 Segundo a classificação de Levine e Edwards modificada por Effendi para
espondilolistese traumática do áxis, o mecanismo de compressão axial e hiperextensão
seguidas de flexão origina as lesões do tipo:
a) I
b) II
c) IIa
d) III

Discussão:
As fraturas tipo I são causadas por hiperextensão e compressão axial.
As tipo II, por hiperextensão, seguida de flexão e compressão axial (chicote).
As tipo IIa, flexão distração.
As tipo III, flexão e compressão axial.
Resposta: B

33. (Prova R3 2016) Sobre a fratura do enforcado, assinale qual o tipo mostrado
a) I
b) II
c) IIa
d) III

Discussão:
O bizu para diferenciar as fraturas do enforcado está nas facetas: se ocorre luxação facetária, é
um tipo III. Só se não ocorrer é que é necessário elucubrar se a vértebra está mais transladada
ou angulada.

Resposta: D

34. (Prova R3 2016) Sobre a luxação rotatória atlanto axial, assinale a correta:
a) comum isoladamente em adultos
b) tração craniana pode ajudar na proposta cirúrgica
c) o tipo IV de Fielding e Hawkins representa desvio entre 3-5mm
d) o tratamento conservador tem resultados ruins, principalmente em crianças

Discussão:
A síndrome de Grisel é comum principalmente em crianças, após um episódio de IVAS. Tração
craniana realmente ajuda na proposta de tratamento; pode promover a redução, ou fazer
parte do tratamento (halovest), ou ainda facilitar para uma posterior artrodese.
O tipo IV representa desvio posterior; o desvio anterior de 3-5mm é o tipo II.
O tratamento é predominantemente conservador, uma vez que a doença é autolimitada.

Resposta: B

35. (Prova R3 2016) Sobre a tração esquelética, assinale a correta:


a) A rápida instalação de tração craniana pode melhorar o prognóstico de compressões agudas
b) Em crianças é contra-indicada a passagem de mais de 6 pinos
c) O terço médio da sobrancelha é o local ideal de passagem dos pinos anteriores
d) Todos os pacientes devem ser submetidos a ressonância previamente ao exame

Discussão:
A tração craniana, quando colocada rapidamente, realmente pode melhorar o prognóstico de
compressões agudas.
Em crianças, indica-se a utilização de oito pinos para fixação.
O local de passagem anterior é no terço lateral da sobrancelha, para evitar os vasos temporais.
Os olhos devem estar fechados, pois o músculo temporal pode ficar preso, de forma que os
olhos não se fecham mais.
RNM só está indicada na suspeita de hérnia traumática.

Resposta: A
36. (Prova R3 2016) Pela nova classificação AO, a imagem a seguir seria classificada como:

a) A0
b) A1
c) A2
d) A3

Discussão:
Pela nova classificação AO:
A0 – fraturas que não influenciam estabilidade (processo transverso, espinhoso, etc).
A1 – fratura de ao menos uma placa terminal
A2 – fratura de duas placas terminais, sem parede posterior
A3 – fratura de uma placa terminal e parede posterior
A4 – fratura de duas placas terminais e parede posterior (explosão)

Resposta: C

37. (Prova R3 2016) Qual a denominação nova e antiga da fratura a seguir pela AO e seu
tratamento indicado, de forma habitual?

a) B1, B2.1, cirúrgico


b) B1, B2.1, conservador
c) B2, B1.2, cirúrgico
d) B2, B1.2, conservador

Discussão:
Questão clássica da fratura de Chance, que na AO antiga era o B2.1, e agora é B1, apenas. A
única B de tratamento conservador.

Resposta: B

38. (Prova R3 2016) São casos que inferem instabilidade das fraturas cervicais baixas:
a) Angulação de 10 graus
b) Translação de 3mm proximal a C4
c) Rotação das facetas articulares
d) Fratura dos espinhosos

Discussão:
Indicam instabilidade: angulação de 11 graus ou mais; translação de 3,5mm ou mais; rotação
das facetas articulares. Fratura dos espinhosos não causa qualquer instabilidade.

Resposta: C

39. (Prova R3 2016) Sobre as fraturas toracolombares, assinale a incorreta:


a) São responsáveis pela maioria dos casos de fratura do esqueleto axial
b) A maioria ocorre na transição toracolombar
c) Maioria pode ser tratada conservadoramente
d) A coluna torácica, quando fraturada, apresenta menor chance de déficit neurológico que a
lombar.

Discussão:
Fraturas torácicas apresentam maior chance de déficit neurológico pelo canal mais estreito e
maior energia do trauma necessária para ocorrer.

Resposta: D

40. (Prova R3 2016) Ao se propor o tratamento das fraturas toracolombares, temos de levar
alguns parâmetros em consideração. Ponha V para os que indicam tratamento cirúrgico, e F
para os que não:
a) V V V V V Perda de > 40-50% de altura
b) V V V F V Cifose > 25-30 graus
c) V V V V F Deslocamento de >2,5cm do corpo
d) V F V F F Compressão do canal vertebral > 20-30%
Natureza do déficit

Discussão:
Dos apresentados, somente o valor da compressão do canal está errado: 40-50% ou mais
indicam tratamento cirúrgico.

Resposta: B

44. (Prova R3 2016) Sobre lesões medulares, assinale a incorreta:


a) O mecanismo mais comum de SCIWORA é a hiperextensão
b) A expectativa de vida dos lesados medulares é menor que a da população geral
c) Síndrome medular central acomete mais os membros superiores
d) Síndrome medular anterior apresenta perda variável de propriocepção e força

Discussão:
A síndrome medular anterior não apresenta perda de propriocepção, mas perda da
sensibilidade a dor e força. Perda da sensibilidade vibratória e propriocepção são de lesão
medular posterior.
Resposta: D

50. (Prova R3 2016) A via a seguir se chama:


a) Spletzer
b) Wiltse
c) Felipe Melo Luis, the unglassed one
d) Smith-Robinson

Discussão:
A via de Smith Robinson é feita lateral ao esternocleidomastoideo e é a demonstrada na figura.

Resposta: D

05. (Prova R2 2016) Sobre as fraturas do côndilo occipital, assinale a correta:


a) Lesões comuns, ocorrem em acidentes automobilísticos
b) Geralmente associadas a outras lesões traumáticas, principalmente do axis
c) As tipo 3 são cominutas e impactadas
d) as tipo 2 são fraturas da base do crânio que se estendem através do côndilo

Discussão:
Fratura do côndilo occipital
Epidemiologia: raras; geralmente associadas a outras lesões (Atlas).
Classificação de Anderson e Montesano:
Tipo 1: cominutivas impactadas – compressão vertical
Tipo 2: fratura da base do crânio que se estende através do côndilo - compressão
vertical
Tipo 3: fratura por avulsão, fragmento ligado ao ligamento alar – translação e rotação
(associado a luxação atlantooccipital).
Tratamento: 1 e 2 = conservador; colar ou órtese cervical 6-8 semanas.
Tipo 3: Conservador = halo-gesso por 12 semanas; cirúrgico =
artrodese se instabilidade atlanto-occipital.
 Bizu da classificação: ela vai de pior para melhor (cominuta  oblíqua  avulsão)

Resposta: C

06. (Prova R2 2016) Sobre a classificação de luxação atlanto-occipital, assinale a incorreta:


a) Tipo 0 = normal
b) Tipo 1 = anterior
c) Tipo 2 = rotacional
d) Tipo 3 = posterior

Discussão:
Pela classificação de Traynelis:
1 – anterior
2 – atlanto-occipital (axial)
2b – atlantoaxial (axial)
3 – posterior.
Não existe tipo 0, então, tecnicamente a e c estão erradas.

Resposta: C

07. (Prova R2 2016) Sobre a subluxação rotatória C1-C2, assinale a falsa:


a) Lesão puramente ligamentar
b) Um indicativo desta lesão é o Wink Signal, mais bem avaliado no AP
c) No tipo 2 de Fielding e Hawkins há um desvio anterior entre 3-5mm, que sugere lesão do
ligamento transverso
d) Imobilização em halo gesso por 12 semanas após redução constitui uma opção de
tratamento

Discussão:
O wink signal é mais bem visto no AP transoral, que é o desaparecimento da articulação C1-C2.
Só para lembrar, por Fielding e Hawkins: 1 - <3mm; 2 – 3-5mm; 3 - >5mm; 4 – posterior.

Resposta: B

08. (Prova R2 2016) EM relação à classificação de fraturas do atlas (gehweiler), assinale a


correta:
a) V – massa lateral
b) III - Jefferson
c) II – Arco anterior
d) IV – processo transverso

Discussão:
Classificação de Gehweiler (fraturas do atlas):
1- Fratura isolada do arco anterior
2- Fratura isolada do arco posterior
3- Fratura dos arcos anterior e posterior (jefferson)
4- Fratura isolada da massa lateral
5- Fratura isolada do processo transverso.
Resposta: B

19. (Prova R2 2016) A melhor opção terapêutica para uma criança com síndrome de Grisel que
se apresenta no PS com 4 dias de sintomas:
a) Colar de espuma, analgesia, retorno em 1 semana para reavaliação.
b) Internação, colar filadelfia por 4 semanas e controles radiográficos
c) Internação, tração mentoniana até correção da deformidade
d) Internação, halo craniano até correção, colar rígido por 4 a 6 semanas

Discussão:
Com menos de uma semana de evolução é indicado tratamento com colar de espuma,
analgesia e reavaliação em 1 semana.

Resposta: A

45. (Prova R2 2016) Aponte a alternativa com a classificação correta da fratura a seguir
segundo Denis:
a) Zona 1
b) Zona 2
c) Zona 3
d) Zona 4

Discussão: Quando o traço de fratura atravessa os forames sacrais, é zona 2.

Resposta: B

46. (Prova R2 2016) Em relação às fraturas sacrais, aponte a alternativa correta:


a) Fraturas na zona 1 têm orientação horizontal na maioria das vezes
b) fraturas da zona 1 e 2 não comprometem a estabilidade do anel pélvico
c) fraturas da zona 2 são associadas a déficit neurológico em 30% dos casos
d) fraturas da zona 3 são sempre horizontais

Discussão:
Lesão neurológica: zona 1 – 6%; zona 2 – 30%; zona 3 – 60-80%.
As fraturas são verticais.
Resposta: C

47. (Prova R2 2016) Em relação à lesão medular de SCIWORA:


a) Mais frequente em adolescentes
b) Não ocorre em pacientes idosos
c) Apresenta alterações na radiografia dinâmica
d) Pode ocorrer com RNM normal

Discussão:
SCIWORA é mais frequente em crianças; pode ocorre em pacientes idosos. Não há alterações
radiográficas, mas há déficit neurológico. Pode ocorrer com RNM normal.
Resposta: D

50. (Prova R2 2016) Em relação à escala de Frankel, um paciente que arpesenta sensibilidade
preservada com função motora alterada, com a maioria dos grupamentos musculares abaixo
do nível 3 de força, é classificado como:
a) Frankel A
b) Frankel B
c) Frankel C
d) Frankel D

Discussão:
Escala de Frankel vai de Excelente a Ausente
E: normal
D: diminuição de força (menor que 5, 3 ou mais).
C: diminuição de força (menor que 3, sensibilidade preservada)
B: sem força, sensibilidade preservada
A: sem força nem sensibilidade

Resposta: C

02. (TARO 2016) Na “fratura do enforcado”, a lesão de C2 localiza-se:


a) na massa lateral
b) no corpo anterior
c) na pars interarticularis
d) no processo espinhoso

Discussão:
A fratura do enforcado, fratura-luxação C2-C3, ocorre por lesão da pars interarticularis. Só ela
permite a angulação ou translação associadas à fratura. Do corpo anterior seria uma fratura
em compressão; do processo espinhoso, uma fratura sem significância para estabilidade.
Resposta: C

08. (TARO 2016) A fratura do odontoide na criança, quando classificada por SH, apresenta-se
usualmente como do tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Fraturas do odontoide estão entre as mais comuns da coluna cervical na criança (10% delas).
Média de idade: 4 anos. Enquanto nos adultos a maioria ocorre na base do odontoide, nas
crianças é uma lesão fisária (SH1), que ocorre em um nível ligeiramente mais baixo de C2 e
através da sincondrose que une o odontoide ao corpo do axis. A maioria é desviada
anteriormente e usualmente tem uma banda periosteal anterior intacta que promove alguma
estabilidade à fratura quando imobilizada em extensão e garante consolidação excelente da
fratura. Comprometimento do crescimento é incomum após este tipo de fratura. Esta
sincondrose normalmente fecha entre 3-6 anos e adiciona pouco ao crescimento longitudinal
de C2.
Resposta: A

11. (TARO 2016) A síndrome de Brown-Sèquard é caracterizada por déficit motor e:


a) proprioceptivo contralateral; perda ipsilateral da sensibilidade dolorosa e da temperatura
b) proprioceptivo ipsilateral; perda contralateral da sensibilidade dolorosa e da temperatura
c) térmico contralateral; perda ipsilateral da sensibilidade dolorosa e da propriocepção
d) térmico ipsilateral; perda contralateral da sensibilidade dolorosa e da propriocepção

Discussão:
Lembrar que a síndrome de Brown-Sèquard é a hemissecção da medula. Portanto, tudo o que
sofre decussação deve ser afetado de forma diferente. O que sofre decussação acima do nível
de lesão será afetado ipsilateralmente; e tudo o que sofre abaixo será afetado
contralateralmente.
Motricidade e propriocepção (e sensibilidade profunda) sofrem decussação no tronco cerebral.
Sensbilidade dolorosa e térmica sofrem decussação antes de penetrarem na medula.
A lesão geralmente ocorre por fratura laminar unilateral ou pedicular, lesão penetrante ou
lesão rotacional resultando em subluxação. O prognóstico de recuperação é bom. Apenas
Brown-sèquard e síndrome medular central apresentam boas taxas de recuperação em 2 anos.
Resposta: B

42. (TARO 2016) No choque neurogênico ocorre:


a) taquicardia e débito urinário baixo
b) taquicardia e débito urinário normal
c) bradicardia e débito urinário baixo
d) bradicardia e débito urinário normal

Discussão:
Neurogênico Hipovolêmico
Etiologia Perda de controle simpático Perda de volume circulante
Pressão Baixa Baixa
FC Baixa Alta (baixa se grave)
Extremidades Quentes Frias
Débito urinário Normal Baixo

Resposta: D

43. (TARO 2016) Na fratura do sacro classificada por Denis como zona III, a probabilidade de
lesão neurológica é de:
a) 10-20%
b) 30-40%
c) 50-60%
d) 70-80%

Discussão:
Zona 1: 50% das fraturas, baixa incidência de lesão neurológica.
Zona 2: 33% das fraturas, 30% de déficit neurológico.
Zona 3: 16% das fraturas, 60% de lesão neurológica.
Resposta: C

95. (TARO 2016) A fratura do odontoide mais comum e que cursa com PSa em 36% dos casos
é, segundo Anderson e D’Alonzo, do tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Tipo I: incomuns, e mesmo que não ocorra não união após imobilização inadequada, não
ocorre instabilidade.
Tipo II: são a mais comum, e os autores relataram não união em 36% das desviadas e não
desviadas.
Tipo III: têm uma grande base de osso esponjoso e consolidam sem cirurgia em 90% dos
pacientes.
Resposta: B

02. (TEOT 2016) Em relação à fratura de Jefferson, o ligamento mais importante para
estabilidade:
a) transverso
b) alar
c) apical
d) xx

Discussão:
Fratura de Jefferson é a fratura bilateral anterior e posterior dos arcos de C1. O ligamento
transverso é essencial para sua estabilidade.

Resposta: A

R49. (TEOT 2016) Mecanismo de trauma na SCIWORA


a) Distração
b) Compressão
c) Rotação
d) xxx

Discussão:
Uma lesão da medula espinhal ocorre, de forma completa ou incompleta, e geralmente se
associa a uma flexão ou distração grave da coluna cervical. Isso ocorre na criança pois a coluna
(ossos e discos) são mais flexíveis que a medula espinhal, de forma que pode ocorrer mais
deformação (pode alongar até 5cm) sem lesão, enquanto a medula se rompe com apenas
6,5mm de alongamento.
Resposta: A
04. (TARO 2015) A síndrome centromedular ocorre em idosos por mecanismo de:
a) hiperflexão e cursa com tetraparesia que afeta mais os membros superiores
b) hiperextensão e cursa com tetraparesia que afeta mais os membros superiores
c) hiperflexão e cusa com tetraparesia que afeta mais os membros inferiores
d) hiperextensão e cursa com tetraparesia que afeta mais os membros inferiores

Discussão:
Afeta a área central da medula, incluindo matéria branca e cinzenta. Os tratos dos membros
superiores localizados centralmente são os mais afetados, e os das extremidades inferiores são
afetados com menos gravidade. Geralmente os pacientes apresentam tetraparesia envolvendo
as extremidades superiores em um grau maior do que as extremidades inferiores, com maior
disfunção distalmente do que proximalmente. Geralmente sensibilidade sacral é preservada.
Estes pacientes ferequentemente mostram recuperação precoce parcial e podem ter
compressão medular pré-existente e podem não ter instabilidade medular.
Prognóstico varia, mas mais de 50% dos pacientes tem retorno do controle de intestinos e
bexiga, tornam-se demabuladores e apresentam melhora da função da mão.
A síndrome geralmente resulta de uma lesão por hiperextensão em indivíduos mais velhos
com AO pré-existente da coluna. A medula espinhal é presa entre o corpo vertebral
interiormente e o ligamento amarelo e a lamina posteriormente.
Resposta: B

65. (TARO 2015) Na fratura do processo odontoide, a fixação com parafuso é contraindicada se
houver:
a) desvio maior que 5mm
b) angulação maior que 10 graus
c) associação com déficit neurológico
d) traço de fratura de anteroinferior para posterossuperior

Discussão:
Desvio maior que 5mm e angulação maior do que 10 são fatores de risco para pseudoartrose
do odontoide.
A fixação com parafuso é indicada no tipo II principalmente (não indicada no I, e apenas em
alguns casos no III), para traços de fratura da anterossuperior para posteroinferior, ou
transversos. No traço de anteroinferior para posterossuperior, a fixação com parafuso levaria
a desvio da fratura.
Resposta: D

69. (TARO 2015) Na fratura toracolombar avaliada segundo a classificação de disribuiçaõ de


carga (load sharing classification), a via anterior é indicada quando o somatório de pontos é:
a) 4
b) >4
c) 6
d) >6

Discussão:
Classificação desenvolvida por McCormack. Usa avaliação do grau de cominuição do corpo
vertebral, desvio de fragmentos ósseos, cifose pós-traumática, o que define quais lesões são
tratadas adequadamente com imobilização isoladamente ou construtos de segmentos curtos
transpediculares. Identificando casos complicados por quebra de implantes, sugeriram que um
total de >6 pontos indica artrodese anterior concomitante com enxerto estruturado.
Não confundir com o TLICS, que é o que estamos mais acostumados a usar, no qual: 3 ou
menos = conservador, 5 ou mais = cirúrgico, 4 = em cima do muro.

Resposta: D

92. (TARO 2015) O tratamento cirúrgico da fratura da coluna vertebral secundária a


osteoporose está indicado na presença de:
a) cifose torácica
b) fragmento ósseo intracanal
c) incapacidade de utilização de OTLS
d) dor refratária ao tratamento conservador
Discussão:
Apesar de tratamento conservador dessas fraturas osteoporóticas ser o principal, intervenção
cirúrgica pode ser considerada em certos casos: déficit neurológico progressivo, dor intratável
refratária a tratamento conservador, deformidade progressiva (aumento da cifose).
Resposta: D

05. (TARO 2014) Na fratura cervical baixa classificada por Magerl (AO), as lesões mais graves
são do tipo:
a) rotação
b) distração
c) complexo
d) compressão

Discussão:
A: compressão
B: distração
C: rotação
Conforme progride pela classificação, progride a gravidade.
Resposta: A

71. (TARO 2014) A fratura do odontoide mais comum e que cursa com pseudoartrose em 36%
dos casos é, segundo Anderson e D’Alonzo, a do tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Caiu uma exatamente igual no TARO 2016!
Tipo II: mais comum, PSA 36%.
Resposta: B

14. (ER 2017) Na inserção do parafuso pedicular na região lombar, a preocupação, entre
outras, se deve à localização da raiz emergente. Assim, a localização da raiz em relação ao
foram e o perigo de violar o pedículo são, respectivamente:
a) 1/3 médio/superior ou medial
b) 1/3 superior/superior ou medial
c) 1/3 inferior/inferior ou medial
d) 1/3 superior/inferior ou medial

Discussão:
Medial à parede medial do pedículo está o saco dural. Inferior à
parede medial do pedículo está a raiz nervosa no forame neural.
As raízes lombares geralmente estão situadas do terço superior
do forame; é mais perigoso penetrar o pedículo medial ou
inferiormente do que latearl ou superiormente.

Resposta:

19. (ER 2017) Sobre o choque medular, podemos dizer:


a) É uma disfunção medular temporária, dura em torno de 24-48h e se manifesta pela ausência
do reflexo bulbocavernoso e paralisia flácida
b) é uma disfunção medular permanente, que se manifesta por ausência de reflexo bulbo
cavernoso e paralisia espástica
c) é uma disfunção medular temporária, dura em torno de 72h e se caracteriza por ausência de
reflexos profundos dos MMII e paralisia flácida
d) é uma disfunção medular temporária, dura em torno de 24-48h e se manifesta por ausência
de reflexo bulbocavernoso e paralisia espástica

Discussão:
Choque medular se refere a uma disfunção temporária da medula espinhal, com perda de
reflexos e função sensoriomotora caudal ao nível de lesão. É manifestada pela ausência da
piscada anal e reflexo bulbocaavernoso e por paralisia flácida. É um fenômeno temporário e
geralmente resolve em 24-48 horas, mesmo em casos graves. Não há tratamento específico
para choque medular.
Resposta: A

63. (ER 2017) Na fratura do enforcado podemos afirmar:


a) Corresponde a espondilolistese traumática de C2-C3.
b) No tratamento do tipo IIa da classificação de Levine e Edwards usa-se tração com halo
craniano
c) Apresenta alto índice de déficit neurológico
d) O déficit neurológico é contraindicação absoluta de tratamento conservador

Discussão:
Lesão neurológica é relativamente incomum em sobreviventes (6-10%).
Lesões tipo I e Ia são tratadas em maioria com colar cervical. Tipo II: tração e imobilização com
halovest. Tipo IIa: extensão e compressão com halovest – nunca tração!
Déficit neurológico é uma contraindicação relativa ao tratamento conservador, e luxação
facetária é uma contraindicação absoluta.
Resposta: A

69. (ER 2017) Qual a porcentagem das fraturas da coluna vertebral que ocorre na junção
toracolombar?
a) 5%
b) 20%
c) 30%
d) 50%

Discussão:
Na maioria das fontes (RW 7, 8, Skeletal Trauma), as fraturas da coluna toracolombar
correspondem a 90% das fraturas da coluna, senque de 2/3 ocorrem na junção (T11-L2), sendo
a maioria em T12-L1. A resposta mais próxima seria, portanto, 50%.
Resposta: D

50. (TEOT 2014) Qual sinal de suspeita de fratura de sacro associada em fratura de pelve:
a) hiperrreflexia do aquiles
b) hiperestesia sacral
c) ausência de bulbocarvenoso
d) liberação piramidal

Discussão:
Deve-se testar com atenção as raízes de L5 e S1 devido ao seu envolvimento frequente em
fraturas sacrais. A raiz de L5 fica na asa sacral. As raízes sacrais podem ser lesadas em fraturas
transforaminais.
Deve-se testar sensibilidade perineal para avaliar raízes sacrais inferiores. Teste de
musculatura proximal pode ser limitada secundária a dor associada a fraturas do anel pélvico,
apesar de que a contração simples de grupos musculares pode ser acessada e documentada.
Hiperreflexia do aquiles seria uma consequência de liberação piramidal, que seria uma
consequência de lesão medular e não de raiz.
Pela lesão, também ocorreria hipoestesia, e não hiperestesia.
A única alteração que resta que se deve exclusivamente a raízes sacrais é o reflexo
bulbocavernoso.
Resposta: C

51. (TEOT 2014) Qual o mecanismo de trauma na Sciwora?


a) Flexão-distração
b) rotacional
c) compressão
d)

Discussão:
Flexão distração. Como sempre.
Resposta: A

86. (TEOT 2014) Qual a fratura mais comum do odontoide, segundo Anderson e D’Alonzo?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

Discussão:
2. Também é a mais comum de pseudoartrose.
Resposta: B
Tumor
60. Sobre o cisto ósseo aneurismático da coluna, é correto afirmar
a) é uma afecção comum na coluna
b) pode acometer qualquer nível
c) não costuma acometer elementos posteriores
d) ocorre principalmente em idosos

Discussão: É uma afecção rara da coluna. Pode acometer qualquer nível. Como a maioiria dos
tumores benignos da coluna, costuma acometer mais os elementos posteriores, porém pode
atingir também corpo vertebral. Ocorre principalmente em crianças e adultos jovens.
Resposta: B

65. Assinale a alternativa correta


a) astrocitoma é a neoplasia intramedular mais comum no adulto
b) epidimoma frequentemente envolve o cone medular e o filum terminale
c) pacientes com epidimoma costumam se apresentar ao médico na segunda ou terceira
década de vida com queixa de dor
d)NDA

Discussão: Epidimoma é o tumor intramedular mais comum no adulto. Acomete indivíduos


entre a quarta e quinta décadas de vida. Frequentemente envolve o cone medular e o filum
terminale.
Resposta: B

83. O acometimento dos elementos posteriores da coluna vertebral indica o diagnóstico dos
seguintes tumores
a) cisto ósseo aneurismático, cordoma, osteocondroma
b) osteoma osteoide, osteocondroma, mieloma múltiplo
c) cordoma, tumor de células gigantes, hemangioma
d) osteoblastoma, osteoma osteoide, osteocondroma

Discussão: Acometem os elementos posteriores os 4 O’s: Osteoblastoma, Osteocondroma,


Osteoma Osteoide e Cisto Ósseo Aneurismático.
Acometem corpo vertebral: CoHeMe TeHiMi: Cordoma, Hemangioma, Metástase, TGC,
Histiocitose X, Mieloma Múltiplo.
Acometem vértebras adjacentes: 3 CO´s: Condrossarcoma, Cordoma, Cisto Ósseo
Aneurismático.
Acometem vértebras múltiplas: HiMeMi: Histiocitose X, Metástase, Mieloma Múltiplo.
Resposta: D

95. Em relação ao osteoma osteoide, assinale a alternativa incorreta


a) é mais comum na segunda década de vida
b) existe predomínio nos elementos posteriores da coluna
c) o exame neurológico geralmente é normal
d) quando escoliose está presente, a lesão é localizada no lado convexo, na área da vértebra
apical

Discussão: Osteoma é um tumor benigno dos elementos posteriores da coluna. Acomete mais
homens, na segunda década de vida, na coluna lombar (>cervical > torácica). Dor noturna, que
melhora com aspirina. Radiculopatia em 28% dos casos. Na escoliose, acomete a face côncava
da vértebra. Geralmente rígida e rapidamente progressiva. Lesão assimétrica no pedículo.
Apenas 50% clássico de nidus com esclerose. Melhora da dor = ressecção adequada. 20-30%
mantêm a escoliose apesar da ressecção.
Resposta: D

161. Sobre os tumores benignos da coluna vertebral, assinale a alternativa correta


a) tipicamente, apresentam localização anterior (corpo vertebral)
b) pela classificação de Eneking, as lesões estágio 3 são ativas, tornando-se sintomáticas e
geralmente exigem excisão em bloco
c) o osteoma osteoide acomete principalmente homens na segunda década de vida, sendo a
coluna lombar a localização mais comum
d) os hemangiomas costumam ocorrer no corpo vertebral e a maioria exige tratamento, sendo
a radioterapia eficaz em até 80% dos casos

Discussão: Lesões benignas são predominantemente posteriores, sendo que 76% das
anteriores são malignas. 8% dos tumores benignos ocorrem na coluna e sacro; apenas 20-40%
dos tumores da coluna são benignos (70% malignos em maiores de 21 anos). Lesões benignas
geralmente ocorrem em pacientes mais jovens (2 e 3 décadas). Tumores de sacro geralmente
são malignos até mesmo em pacientes jovens. Ressecção de tumores sacrais pode afetar a
continência; manutenção de ambas as raízes de S1 e pelo menos uma raiz de S2 – 50%
apresentam continência. Se apenas 1 raiz de S3 for ressecada, função geralmente preservada.
Nas lesões cervicais e torácica a medula deve ser preservada. Raízes nervosas torácicas podem
ser ressecadas, contanto que não em grande número para manter função da caixa torácica.
Hemangiomas: localização mais comum na coluna lombar e torácica baixa. Elementos
posteriores raramente são acometidos. Dor (60%), déficit neurológico (30%), fratura (10%). RX:
vértebra em veludo. TC axial: Polca Dot. Diferencia-se da doença de Paget, pois esta afeta a
vértebra por completo e o espessamento cortical é maior. Caso sintomáticos, 50-80%
respondem a radioterapia.
- Granuloma eosinofílico: autorresolutivo. Tumor benigno mais comum da vértebra. Pacientes
menores de 10 anos. Predileção torácica. Vértebra plana no rx perfil. DD com Ewing, infecção,
TB, leucemia, neuroblastoma.
Resposta: C

21. (TARO 2014) No granuloma eosinofílico da coluna na criança, o colapso simétrico de 50%
da altura do corpo vertebral é classificado segundo Garg, Mehta e Dormans coo grau:
a) IA
b) IB
c) IIA
d) IIB

Discussão:
Classificação e Garg, Mehta e Dormans:
I: colapso de 0 a 50%
II: colapso de 51 a 100%
III: limitado aos elementos posteriores.
A: simétrico
B: assimétrico.
Resposta: A

70. (ER 2017) O acometimento dos elementos posteriores da coluna vertebral indica o
diagnóstico dos seguintes tumores:
a) cisto ósseo aneurismático, cordoma, osteocondroma
b) OO, Osteocondroma, MM
c) Cordoma, TGC, hemangioma
d) Osteoblastoma, OO, Osteocondroma

Discussão:
Tumores que acometem os elementos posteriores são os com O: Osteoma Osteoide;
Osteocondroma; Osteoblastoma; Cisto Ósseo AneurismaticO.
Cordoma acomete principalmente a linha média do sacro; mieloma múltiplo, hemangioma e
TGC o corpo vertebral.
Resposta: D

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