Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discussão:
Resposta:
Artrite reumatoide
82. Os fatores abaixo podem indicar acometimento mais grave na coluna em um paciente com
AR, exceto:
a) sexo feminino
b) uso de corticoide
c) doença de longa duração
d) fator reumatoide positivo
Discussão: Fatores de risco que indicam acometimento mais grave da coluna são: sexo
masculino, uso de corticoide, doença de longa duração, fator reumatoide positivo.
Doença inflamatória com proliferação da sinóvia, que provoca destruição da cartilagem,
eorsão periarticular, atenuação de ligamentos e tendões.
Afeta duas mulheres para cada homem, de 30 a 50 anos. Instabilidade cervical é mais sério e
potencialmente letal; há alteração radiográfica com instabilidade em 19-88%.
Apresentação cervical é muito mais comum. FR: mais velho ao início, sinovite mais ativa,
maiores níveis de PCR, doença articular rapidamente progressiva, subluxação precoce.
Instabilidade atlantoaxial: 19-70%; impacção atlantoaxial: 38%; subluxação subaxial: 7-29%.
Dor: 40-88%. Achados neurológicos: 7-58%. Dor axial sintomas mielopáticos,
comprometimento da função manual, insuficiência vertebrobasilar.
RX: intervalo atlanto dente posterior < 14mm = 97% sensível para paralisia. Considerar
descompressão.
Intervalo atlanto dente anterior: normalmente < 3-5mm. Se > 10mm = lesão ligamentar.
Impacção atlantoaxial: Linha de McGregor (base do palato duro – cortical óssea externa do
occipício). Alterado: ponta do odontoide 4,5mm acima.
Subluxação subaxial: >4mm ou mais de 20% do corpo = significante.
Instabilidade cervical: correlação com atividade apendicular, sexo masculino, fator reumatoide
positivo, corticoides.
Subluxações subaxiais são mais sutis e geralmente múltiplas.
Tratamento conservador: objetivo é prevenir lesão neurológica, evitar morte súbita, minimizar
dor, maximizar função.
Tratamento cirúrgico: comprometimento neurológico, instabilidade, dor.
Fusão: subluxação atlantoaxial e intervalo posterior de 14mm ou menos, com ao menos 5mm
de invaginação basilar, ou diâmetro sagital do canal espinhar <14mm, axial <6mm também.
Se redutível, técnica de arame posterior de Gallies ou Brooks; se não é redutível, técnicas de
fixação de magerl (transarticular) ou Harms (fixação de massa lateral de C1-2) + laminectomia
de descompressão se necessária.
Impressão basilar: redução com halo e fusão occipitocervical. Se não redutível: descompressão
transoral anterior ou posterior que inclua descompressão do forame magno.
Subluxação subaxial: estabilização anterior ou posterior.
Resposta: A
24. (Prova R2 2016)São fatores de risco para lesão cervical na AR, exceto:
a) Sexo masculino
b) Uso de imunobiológicos
c) FR positivo
d) Doença grave
Discussão:
Uso de corticoides, e não de imunobiológicos, é fator de risco.
Resposta: B
Básicas
Anatomia
61. No XLIF, o músculo pelo meio do qual a técnica é realizada é o:
a) multifidus
b) longuíssimo
c) psoas
d) glúteo máximo
Discussão: XLIF é uma técnica utilizada para tratamento de espondilolistese da coluna, porém
pode ser usada para outras patologias. Significa fusão intersomática extremo lateral, e é feita
com uma incisão lateral na parede abdominal ou torácica, com acesso à coluna lombar através
do Psoas. Outras técnicas de acesso são o ALIF (que necessita de cirurgião de acesso), PLIF
(posterior) e o TLIF (transforaminal).
Resposta: C
Discussão: O anel fibroso é composto por colágeno tipo I. O núcleo pulposo, por colágeno tipo
II. Ao nascimento o disco é nutrido por uma rede vascular, que vai diminuindo ao longo da
vida, até o disco se tornar avascular na idade adulta. O disco é aderido às vértebras pela
calcificação das placas terminais cartilaginosas superior e inferior do disco. A compressão axial
afeta principalmente o transporte de nutrientes e solutos grandes, mas não pequenos.
Resposta: D
Discussão: Maior nutridora da coluna lombar, em 80% dos indivíduos se encontra entre T9-
T11, do lado esquerdo.
Resposta: D
134. A remoção de qual das seguintes estruturas ocasiona maior risco de cifose pós
laminectomia entre C3-C7?
a) ligamento interespinhoso
b) ligamento amarelo
c) cápsula da faceta articular
d) mais de 50% de cada faceta articular
Discussão: A remoção dos ligamentos interespinhosos, amarelo e da cápsula articular são
parte do procedimento para acesso à vértebra. No entanto, há um limite de 50% de ressecção
da faceta articular, a partir do qual ocorre risco de cifose.
Resposta: D
138. No acesso retroperitoneal à coluna lombar, qual estrutura acompanha a borda medial do
psoas e a borda lateral da coluna?
a) nervo ilioinguinal
b) nervo genitofemural
c) tronco simpático
d) ureter
Discussão: A placa cartilaginosa está fixa à placa óssea por matriz cartilaginosa calcificada.
Pouca ou nenhuma fibra de colágeno participa desta ligação, resultando em pouca resistência
do disco intervertebral às forças de cisalhamento horizontal. O núcleo pulposo é composto de
matriz organizada. O anel fibroso é rico em fibras de colágeno.
Resposta: D
Discussão: O sacro é formado por 5 vértebras fundidas, gerando, assim, quatro forames de
cada lado.
Resposta: B
17. (Prova R1 2014) Pedículos curtos, largos e fortes são característicos das vértebras:
a) cervicais
b) torácica altas
c) lombares
d) sacrais
Discussão:
Resposta: C
10. (Prova R3 2016) Na emergência da raiz nervosa, a zona do canal lateral que fica abaixo da
pars articularis corresponde a qual zona de Lee?
a) entrada
b) media
c) saida
d) extremo lateral
Discussão:
As zonas de Lee dividem a emergência da raiz em 4 partes: central, recesso lateral e bordas do
recesso (entrada), foraminal (média) e saída. A zona foraminal é delimitada pela pars.
Resposta: B
Discussão:
C3 – hioide; C4 – tireoide; C6 – tubérculo carotídeo/cricoide; C7 – vértebra proeminente.
Resposta: B
02. (Prova R2 2016) Sobre a artéria de Adam Kiewicz, marque a alternativa incorreta:
a) à esquerda, impar, de T9 a T11
b) Fluxo anterógrado
c) Também chamada de artéria medular segmentar anterior maior
d) Sua lesão pode levar a paraplegia
Discussão:
Seu fluxo é retrógrado. O resto está correto.
Resposta: B
Discussão:
O ERLC recebe estímulos da raiz de C6. O resto está correto.
Resposta: A
27. (Prova R2 2016) Em relação à anatomia da musculatura da região dorsal profunda, a ordem
correta de lateral em direção à linha mediana é:
a) Músculos iliocostal, longuíssimo do dorso, espinhal
b) Músculos longuíssimo do dorso, iliocostal, espinhal
c) Iliocostal, espinhal, longuíssimo do dorso
d) Longuíssimo do dorso, espinhal, iliocostal
Discussão:
De lateral para medial, a ordem é: Iliocostal, Longuíssimo, Espinhal. Para decorar: Do ílio tem
um longo caminho até a espinha.
Resposta: A
Discussão:
Sinônimo de artéria radicular magna, responsável pelo suprimento da coluna toracolombar, na
maioria das vezes está do lado esquerdo entre t9(t10) e t11(12).
Resposta: D
24. (Prova Anual R2 2016) Com relação às articulações zigoapofisiais, marque a incorreta:
a) a cápsula articular é o principal fator estabilizador
b) a orientação muda de semicoronal (cervical) para sagital (lombar)
c) possuem o disco meniscoide
d) o processo articular inferior é anterior e inferior (cervical) e anterior e lateral (lombar) ao
processo articular superior
Discussão:
O principal fator estabilizador é ligamentar, não a capsula articular. O resto está correto.
Resposta: A
Discussão:
As articulações de luschka são as uncovertebrais.
Resposta: D
41. (TARO 2016) Na rotação axial da coluna cervical, a articulação atlantoaxial é responsável
por aproximadamente:
a) 10%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
Discussão:
O áxis se articula com o atlas em três pontos: duas superfícies articulares superiores largas
bilaterais, e o processo odontoide. Esta morfologia permite aproximadamente 47 graus de
rotação (50% de toda a rotação da coluna cervical), enquanto limita flexoextensão a apenas 10
graus. Virtualmente nenhuma inclinação lateral ocorre na articulação atlantoaxial.
Resposta: C
44. (TARO 2015) A paresia do músculo bíceps braquial e extensores radiais do carpo, assim
como a diminuição do reflexo estilorradial, são características da lesão da raiz
a) C5
b) C6
c) C7
d) C8
Discussão:
Todas estas funções se relacionam à raiz de C6. Lembrar que o bíceps tem contribuição de C5 e
C6; o reflexo braquioestilo é C6, assim como extensores do punho.
Resposta: B
80. (TARO 2015) A fusão do arco posterior do atlas ocorre na faixa etária entre:
a) 3 e 4 anos
b) 6 e 7 anos
c) 9 e 10 anos
d) 11 e 12 anos
Discussão:
O atlas possui três centros de ossificação, um para cada massa lateral e um para o corpo, que
não aparece até 1 ano de idade. O arco posterior funde ao redor dos 3-4 anos de idade; a
massa lateral se funde ao corpo na sincondrose neurocentral aos 7 anos. Desta forma, o
diâmetro central do atlas está definido ao redor dos 7 anos, enquanto o diâmetro externo
continua a crescer por aposição óssea.
Resposta: A
86. (TARO 2015) Na hérnia discal cervical, a compressão da raiz nervosa de C6 causa alteração
da sensibilidade no dedo:
a) anular
b) médio
c) mínimo
d) indicador
Discussão:
C6: antebraço lateral, polegar, dedo indicador.
Resposta: D
15. (ER 2017) Com relação à irrigação da medula, temos que a artéria de Adamkiewicz:
a) se localiza entre C6 e T1, mais à esquerda em 60% dos indivíduos
b) se localiza entre T4 e T6, mais à esquerda em 80% dos indivíduos
c) se localiza entre T9 e T11, mais à esquerda em 80% dos indíviduos
d) não há consenso na localização
Discussão:
O plexo de Batson é um canal venoso grande e complexo, estendendo-se da base do crânio ao
cóccix. Comunica-se diretamente com a veia cava superior e inferior e o sistema azigos. Ele
comunica diretamente com o sistema venoso, drenando cabeça, tórax e abdome. Esta
interconexão permite disseminação metastática de neoplasias ou infecções da pelve para a
coluna vertebral.
Resposta: C
17. (ER 2017) Na abordagem cervical anterior alta (retrofaríngea), os nervos que são possíveis
de lesionarmos mais comumente são:
a) n. laríngeo recorrente e n. hipoglosso
b) laríngeo recorrente e vago
c) laríngeo superior e hipoglosso
d) laríngeo superior e acessório
Discussão:
Acesso retrofaríngeo anterior
Via de Smith e Robinson estendida. Permite acesso do atlas ao corpo da terceira vértebra, sem
necessidade de dissecção posterior da bainha da carótida ou entrada na cavidade oral.
Contanto que a dissecção não se estenda caudal à 5ª vértebra cervical, a exposição é superior o
suficiente para não lesar o laríngeo recorrente.
O nervo hipoglosso é dissecado da base do crânio para a borda anterior do músculo
hipoglosso, ficando retraído superiormente durante o resto do procedimento.
O nervo laríngeo superior também é liberado de sua origem próximo ao gânglio nodoso, na
sua entrada à laringe. A dissecção é feita entre a carótida, lateralmente, e a laringe e a faringe
medialmente.
Resposta: C
18. (ER 2017) Na via anterior baixa clássica (C3 a C7), afastamos:
a) Lateral: jugular e ECM; medial: carótida, tireoide, esôfago, traqueia
b) Lateral: ECM e carótida; medial: esôfago, traqueia, tireoide
c) Lateral: jugular e ECM; medial: carótida, esôfago e traqueia
d) depende do nível abordado.
Resposta: B
Discussão:
Resposta:
Embriologia
63. Assinale a alternativa incorreta
a) a notocorda dará origem ao núcleo pulposo do disco intervertebral durante a embriogênese
b) células remanescentes da notocorda são frequentemente isoladas em estudos histológicos
de discos vertebrais em adultos
c) cordomas têm origem em células remanescentes da notocorda em discos intervertebrais
d) os locais mais comuns de aparecimento de cordomas são o sacro e a base do crânio
Discussão: Originária da mesoderme, é formada como um bastão de tecido fibroso com fluido
em seu interior. Promove o desenvolvimento neurológico caudal e cefálico. A coluna vertebral
se desenvolve ao seu redor, e a notocorda finalmente gerará o núcleo pulposo. Células da
notocorda, porém, não são isoladas em pessoas com mais de 5 anos de idade. Cordomas têm
origem das células da notocorda; 1/3 aparecem na base do crânio, e 2/3 no sacro. São tumores
malignos com crescimento lento e capacidade metastática.
Resposta: B
44. (TARO 2014) A falha de fechamento do neuroporo posterior do tubo neural resulta em:
a) hemivértebra
b) espinha bífida
c) barra vertebral
d) vértebra em cunha
Discussão:
Em mamíferos, a falha de fechamento do neuroporo anterior resulta em anencefalia, e do
posterior, espinha bífida.
Resposta: B
Discussão:
A notocorda se origina da mesoderme. O Netterzinho está errado.
Resposta: B
Semiologia
64. Assinale a associação incorreta
a) sinal de Bragard – paciente em DDH, promove-se elevação do membro com o joelho
estendido até o ponto em que se produz a queixa. Em seguida, abaixa-se um pouco o membro,
até aliviar sintomas. Nessa posição, flete-se dorsal e passivamente o pé do paciente,
resultando novamente em reprodução da queixa do paciente.
b) sinal de Waddel – quando 3 ou mais presentes, sugere componente não orgânico para
queixa de dor em questão
c) sinal de Lhermitte – irradiação de sensação de choque para membros quando se faz flexão
cervical
d) sinal de Gillet – perda de equilíbrio ao fechamento dos olhos durante extensão cervical
Discussão:
Nível Reflexo
C5 Bicipital
C6 Braquioestilorradial
C7 Tricipital
L4 Patelar
S1 Aquileu
Resposta: C
104. Qual destes sintomas não pode ser encontrado em um paciente com radiculopatia de C6
a) diminuição do reflexo braquioestilorradial
b) diminuição sutil do reflexo bicipital
c) diminuição de força de extensão do punho
d) dor ou parestesia irradiada na face dorsal do antebraço e do terceiro dedo
Discussão: Embora C6 possa contribuir para todos os outros citados (é responsável pelo reflexo
braquioestilorradial, pode contribuir para o reflexo bicipital ao inerva conjuntamente o bíceps
braquial, e o mesmo vale para os extensores dos punhos), o dermátomo corresponde é da face
lateral do antebraço e polegar. O território citado é de C7.
Resposta: D
109. A descrição correta do teste de Bragard é:
a) iniciar pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro
até cessá-la; mantenha a perna nesta posição e realize a dorsiflexão do tornozelo. O teste é
positivo para dor
b) inicie pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro até
cessá-la; mantenha a perna nesta posição e realize a flexão do pescoço. O teste é positivo para
dor.
c) Inicie pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro até
cessá-la; mantenha a perna nessa posição e peça ao paciente que faça a manobra de valsalva.
O teste é positivo para dor.
d) inicie pela elevação do membro inferior; quando o paciente sentir dor, abaixe o membro até
cessá-la; mantenha a perna nessa posição e rode internamente. O teste é positivo para dor.
Discussão: Uma hérnia central ou centrolateral irá comprimir a raiz transeunte (nível abaixo).
Uma hérnia foraminal ou lateral irá comprimir a raiz emergente.
Hérnia foraminal L3-L4: dor na coxa posterolateral, joelho anterior, perna e maléolo medial.
Fraqueza de quadríceps, adutores, TA (incapaz de andar nos calcanhares).
Hérnia foraminal L4-L5 (ou central L3-L4): perna anterolateral, dorso do pé, hálux, 1º
interespaço. Fraqueza do extensor longo do hálux, glúteo médio, extensores digitais.
Hérnia foraminal L5-S1: maléolo lateral, pé lateral, planta do pé, calcanhar. Fraqueza dos
fibulares, tríceps, glúteo máximo (incapaz de andar na ponta dos pés/Trendelenburg).
Resposta: C
144. O paciente portador de hérnia de disco lombar com compressão da raiz S1 apresenta
a) alteração sensitiva na borda medial da perna
b) reflexo patelar diminuído ou abolido
c) alteração motora do tríceps sural
d) marcha escarvante e pé caído
Discussão: sensibilidade medial da perna: L3. Reflexo patelar: L4. Marcha escarvante –
insuficiência do TA – hérnia L3-L4. Tríceps sural: S1.
Resposta: C
02. TEOT 2014 – O tubérculo carotídeo é ponto de referência para qual vértebra cervical?
a) C3
b) C4
c) C5
d) C6
Discussão: utilizado principalmente para avaliação de desvios da coluna vertebral, com o teste
do fio de prumo pede-se que o paciente permaneça em posição ortostática. Um fio de prumo
é colocado apoiado sobre a vértebra proeminente (C7) e deve pender sobre a coluna sacral.
Desvios de eixo vertebral tornam-se evidentes, tanto no plano coronal, quanto sagital.
Resposta: D
Discussão: Mielopatia cervical é uma doença geralmente secundária a hérnia discal crônica ou
estenose do canal por qualquer outra razão. Pode-se observar inicialmente apenas a perda da
destreza manual para realização de movimentos delicados, como abotoar uma camisa. A
doença provoca liberação piramidal por lesão do neurônio motor superior, provocando:
aumento dos reflexos; clônus; Babinski (estimulação da face lateral da planta do pé – extensão
lenta e majestosa dos dedos e do hálux), Oppenheim (mesmo resultado com a estimulação da
crista da tíbia de proximal para distal) e Hoffman (flexão súbita da falange distal do terceiro
dedo provoca a adução e flexão rápida do polegar).
Resposta: A
Discussão: O reflexo patelar corresponde ao nível L4. O aquileu, ao S1. Não há outros reflexos
nos membros inferiores. O reflexo cremastérico é da via L1 (aferente) e T12 (eferente), e o
reflexo bulbocavernoso envolve as raízes sacrais (S2-S4).
Resposta: C
Discussão: No teste de Laségue, eleva-se o membro inferior estendido até o ponto em que se
reproduzem os sintomas do paciente. O ângulo em que se estiram as raízes ciáticas é de 30 a
70 graus; acima disso, indica comprometimento articular do quadril.
No teste de Hoover, com o paciente deitado e as mãos do examinador sob seus calcanhares,
pede-se que o paciente tente elevar uma das pernas. Naturalmente, se estiver realmente
tentando, ele empurrará o calcanhar contralateral para baixo. Entretanto, se for um transtorno
fictício de perda de força, ele não fará força com o outro calcanhar.
O teste de Alexander Zoboli ainda não existe.
O teste de Bowstring, representado na figura, pede que o examinador eleve o membro inferior
do paciente até o ponto em que sentir dor; neste momento, deve-se fletir a perna em 20
graus, aliviando os sintomas, e comprimir o nervo tibial, provocando os sintomas novamente.
Indica compressão do ciático.
Resposta: D
Discussão: O teste de Nafzinger consiste em, com o paciente em decúbito dorsal, comprimir as
veias jugulares bilateralmente por dez segundos. A face irá se ruborizar, e deve-se pedir ao
paciente para tossir, o que provocará dor lombar (aumento do refluxo venoso para a coluna).
Indica aumento da pressão tecal.
Resposta: B
Discussão: O reflexo cremastérico envolve a raiz L1 (aferente) e a raiz T12 (eferente). O reflexo
da piscada anal (contração anal com a estimulação suave ao seu redor) envolve os níveis S4 e
S5. O reflexo bulbocavernoso, ou de Osinski, envolve S2 a S4. Já o teste de Oppenheim envolve
a estimulação da crista da tíbia que, como Babinski, deve levar a uma extensão lenta e
majestosa dos dedos do pé, indicando lesão do neurônio motor superior.
Resposta: A
Discussão:
50% da rotação se dá entre C1 e C2. O resto está correto.
Resposta: C
a) Contratura do serrátil
b) Síndrome do desfiladeiro torácico
c) Lesão pontina
d) Pseudoartrose de escápula
Discussão:
A figura mostra o teste de Allen para avaliação da síndrome do desfiladeiro torácico. A origem
dos sintomas é predominantemente vascular e, neste teste, promove-se a abdução, extensão
e rotação externa do ombro do lado acometido, observando-se a obliteração do pulso da
artéria radial, em caso positivo.
O tratamento é predominantemente com alongamento da musculatura peitoral e
fortalecimento da musculatura dorsal. Ocasionalmente algum procedimento vascular precisa
ser realizado, ou ressecção de costela acessória, quando há.
Resposta: B
Discussão:
O teste de bowstring é utilizado para avaliar compressão do ciático; eleva-se a perna até o
nível em que ocorre a dor; em seguida, flete-se o joelho 20 graus, e se comprime o nervo tibial,
reproduzindo dor.
O teste de hoover é positivo quando há aus~encia de pressão no calcanhar oposto e indica
simulação (paciente, quando tenta fazer força para elevar membro não funcionante, faz
pressão com o calcanhar oposto).
O teste de Brudzinski é utilizado para meningismo e é feito com o paciente deitado; ao se fletir
a cabeça, por irritação ele flete reflexamente os MMII.
O teste de Nachlas é realizado com o paciente em decúbito ventral; a flexão dos joelhos
promove reprodução dos sintomas.
Resposta: D
Discussão:
C3 – tireoide, C4 – hioide, C6 – tubérculo carotídeo, C7 – vértebra proeminente.
Resposta: C
Imagem
66. Assinale a alternativa correta
a) Cisto sinovial na articulação facetaria da coluna vertebral é facilmente identificado em
imagens de ressonância magnética em T1
b) hemorragia vertebral aguda pode não se apresentar com característica de sangramento na
ressonância magnética
c) a rnm é o exame de escolha para avaliação de fragmento ósseo intracanal e para a avaliação
de fraturas dos elementos posteriores
d) imagens de rnm em T1 com supressão de gordura são pouco úteis para o diagnóstico
precoce de espondilodiscite aguda
Discussão: Cisto sinovial na articulação facetaria é mais bem visualizado em T2 com contraste.
O exame de escolha para avaliação de fratura e fragmento intracanal é Tomografia.
Imagens em T1 com supressão de gordura mostram edema inflamatório e auxiliam a avaliação
de espondilodiscite aguda. São encontrados: destruição cortical; sinal hipointenso em T1 e
hiperintenso em T2, envolvendo discos adjacentes. O contraste é patognomônico, mas pode
persistir por semanas a meses.
Resposta: B
Discussão: Fischgold é feita no AP. As demais afirmações estão corretas. Impressão basilar é
avaliada quando o odontoide está com a ponta acima da linha de Chamberlain, ou >4.5mm
acima da linha de McGregor. Acima de 10 anos, o limite da normalidade da linha de Fischgold-
Metzger é de 12mm; entretanto, até 20 anos o valor é associado à idade, de forma que o
limite deve ser 8mm.
Resposta: C
108. Sobre a discografia, pode-se afirmar
a) pode ser usada como rastreamento nos casos de doença degenerativa discal
b) é um teste não invasivo
c) é um teste subjetivo e depende da resposta do paciente à dor
d) não acelera o processo de degeneração discal
Discussão: Calculado em uma relação entre a linha formada do Basion ao arco posterior de
C1/Opsthion ao arco anterior de C1. Utilizado para avaliação de dissociação atlanto-occipital e,
se maior que 1 (ou 0,9 em TC) indica dissociação anterior.
Resposta: A
12. (Prova R3 2016) Na radiografia em perfil da coluna cervical alta, qual o nome da linha
traçada da extremidade posterior do palato duro para a borda posterior do forame magno,
para o diagnóstico de impressão basilar?
a) McGregor
b) Chamberlain
c) McRae
d) Metzeger
Discussão: Alinha de Chamberlain vai do palato duro à borda posterior do forame magno; a
linha de McGregor, do palato duro ao ponto mais distal do occipício; a linha de McRae, do
Basion ao Opistion; a linha de Metzeger é uma linha bimastoidea feita no AP.
Resposta: B
14. (Prova R3 2016) Assinale qual é o nome da relação entre as linhas e seu valor normal:
Discussão: Como sempre, power ratio, que deve ser menor do que 1. Calculado por B-C/O-A,
sendo que, conforme ele aumenta, mais o crânio se afasta anteriormente (ou a coluna
posteriormente).
Resposta: B
a) Complexo espinolaminar
b) Processo uncinado
c) articulações facetárias
d) Pedículos
Discussão:
Em A observa-se o alinhamento dos processos espinhosos. Em B, a parede posterior dos
corpos vertebrais. EM C, a parede anterior. Em D, as articulações facetarias. E e F mostram as
partes moles cervicais, que devem ser menores que 7mm na parte superior, e que 21mm na
parte inferior.
Resposta: C
Discussão:
O ângulo de Cobb é medido pelas endplates externas das vértebras terminais.
O ângulo de Mehta é medido como descrito, e prevê a resolutividade da escoliose infantil. Se
<20, 83% resolvem; se >20, 84% progridem.
Resposta: C
45. (Prova R3 2016) O referencial da linha de Fischgold e Metzeger é utilizado nos casos de:
a) Síndrome de Grisel
b) Impressão basilar
c) Espondilolistese congênita
d) Escoliose congênita
Discussão:
A linha bimastoidea de Fischgold é utilizada para avaliar impressão basilar. O limite até 20 anos
é 8mm; depois disso, é 12mm (varia com a idade).
Resposta: B
Discussão:
Usado para ver a articulação L5-S1, é o AP com 20 graus de inclinação cefálica.
Resposta: A
Infecção
77. Em relação à tuberculose vertebral, é verdadeiro afirmar
a) a incidência de tuberculose vertebral ocorre em cerca de 15% dos portadores de
tuberculose
b) déficit neurológico se desenvolve em cerca de 5% dos pacientes
c) déficit neurológico não é indicação absoluta de cirurgia
d) antibioticoterapia por no mínimo 12 meses é o tratamento cirúrgico preconizado
Discussão: Comprometimento ósseo e articular ocorre em 10% dos pacientes com tuberculose.
5% apresentam lesão vertebral.
Déficit neurológico ocorre em 10-47% dos pacientes com espondilodiscite por TB.
O déficit pode melhorar espontaneamente ou com quimioterapia. Entretanto, o prognóstico é
melhor com cirurgia precoce.
O tratamento para tuberculose óssea tem duração de 6 meses.
Resposta: C
Discussão: O teste cutâneo não ajuda no diagnóstico, além de propiciar uma reação
exacerbada em pacientes que já tiveram a doença. Pacientes com infecções prévias podem ter
hiperreatividade com necrose da pele. As outras afirmações estão corretas: acomete mais a
coluna toracolombar, tem seu diagnóstico definitivo através de cultura, e a maioria dos
pacientes com paraplegia de Pott se recupera.
Resposta: A
Discussão: A infecção se inicia pela placa terminal, com inoculação no disco, e evolui para
abscesso epidural e paraespinal. Pode acometer vértebras e discos adjacentes.
É mais comumente por germes gram positivos (s aureus), relacionada a ITU.
O tratamento de escolha é clínico, com antibioticoterapia EV por 6 semanas e VO após de
acordo com a clínica. Evita-se intervenção cirúrgica.
O melhor exame para definir o diagnóstico de infecção ainda é biópsia.
Resposta: D
36. (Prova R2 2016) Em relação à epidemiologia das infecção da coluna vertebral, a topografia
mais comumente afetada é:
a) Disco intervertebral
b) Espaço epidural
c) Placa terminal
d) Espaço paravertebral
Discussão:
Comprometimento ósseo acomete 10% dos pacientes, com 5% vertebral. É mais comum na
coluna toracolombar. Incidência aumenta com o tempo. Não há diferença entre homens e
mulheres.
Resposta: D
Discussão:
Sintomas constitucionais lentos e progressivos são predominantes nos estágios iniciais da
doença, incluindo fraqueza, mal estar, sudorese noturna, febre e perda de peso.
Dor é um sintoma tardio associado com colapso ósseo e paralisia.
Envolvimento cervical pode causar rouquidão devido a paralisia do laríngeo recorrente e
estridor respiratório (conhecido com asma miliar).
Resposta: B
Discussão:
A infecção vertebral pode ocorrer por diversas formas:
Infecção direta do disco por inoculação através de manipulação.
Disseminação local a partir de estruturas contíguas (abscesso subfrenico, extensão de
abscessos abdominais por FAF).
Disseminação arterial – a mais comum. Origina-se nas placas terminais da vértebra,
provavelmente nos canais venosos, ou no corpo vertebral em sim, e dissemina
secundariamente ao disco conforme a infecção progride.
Resposta: A
Discussão:
A característica da infecção por tuberculose na coluna vertebral é o acometimento de duas
vértebras consecutivas, poupando-se o disco, o que as diferencia do acometimento por
neoplasias ou outras infecções.
Resposta: C
Discussão:
Vide anterior.
Resposta: A
Coluna infantil
90. Qual é a anomalia ortopédica associada mais comum na síndrome de Klippel-feil?
a) deformidade de Sprengel
b) Escoliose
c) costelas cervicais
d) impressão basilar
Discussão: Klippel Feil é a síndrome de fusão cervical que pode envolver 2 segmentos, um
bloco vertebral congênito, ou toda a coluna cervical. Afeta 1,5 homens para cada mulher.
Achados clássicos: implantação baixa de cabelos, pescoço curto, limitação de movimentos.
Tipo I: fusão em bloco de todas as vértebras cervicais e torácicas.
Tipo II: fusão de um ou dois pares de vértebras cervicais.
Tipo III: fusão cervical + torácica baixa ou lombar.
Classificação radiográfica de Samartais:
I: único segmento cervical fundido congenitamente – mais dor axial no pescoço.
II: múltiplos segmentos não contíguos fundidos.
III: múltiplos segmentos contíguos fundidos congenitamente.
II e III apresentam mais radiculopatia e mielopatia.
3 padrões associados a pior prognóstico: 1) fusão C1-C2 com occipitalização do atlas; 2) fusão
longa com junção occipitocervical anormal; 3) fusão de 2 segmentos com apenas 1 interespaço
livre, no qual se concentra a mobilidade.
Condições associadas: escoliose é a mais comum, seguida de surdez e alterações do trato
geniturinário.
Tratamento: descompressão e fusão conforme necessário.
Resposta: C
114. A mielomeningocele
a) tem sua incidência reduzida pela ingestão diária de ácido fólico por gestantes a partir do
terceiro mês
b) apresenta lesão neurológica de caráter não progressivo
c) apresenta maior incidência de medula presa quando é torácica
d) está associada a reação alérgica ao látex
Discussão: Anomalia por defeito de fechamento do tubo neural, do espectro da Espinha bífida.
Prevenida com uso de ácido fólico nos 3 meses antes de engravidar. 0,6-0,9/1000 NV.
Mais comum posterior, mas pode ser anterior ou lateral.
Mais comum na torácica baixa e lombossacra.
Diagnóstico com dosagem de alfafetoproteína de 16-18 semanas de gestação. USG bom exame
para diagnóstico. Se negativo, amniocentese com dosagem de alfafeto e acetilcolinesterase.
65% inteligência normal. Hidrocefalia, hidrossiringomielia, malformação de Arnold-Chiari (mais
encontrado é o tipo II – disfunção dos pares cranianos mais baixos, com dificuldade ed
alimentação, respiração e choro), outras malformações da coluna, bexiga flácida. Sensibilidade
ao látex em 3,8-38%.
Síndrome da medula presa: 20-30% apresentam manifestações clínicas; 6-11 anos.
Apresentação súbita de sintomas: perda de função motora; espasticidade de MMII
(isquiotibiais mediais, dorsiflexores, eversores do tornozelo); escoliose antes dos 6 anos de
idade sem alterações anatômicas; lombalgia e aumento da lordose lombar; mudanças nos
padrões urogenitais. Fazer RNM em toda suspeita clínica.
Classificação: pelo nível neurológico.
Torácico: sem flexão ativa do quadril.
Lombar alto: flexão e adução do quadril, extensão do joelho.
Lombar baixo (L4-L5): flexão ativa do joelho, tibial anterior, ELH.
Sacral: fraqueza dos fibulares e intrínsecos do pé.
Sacral baixa: extensores e abdutores do quadril preservados – apenas disfunção esfincteriana.
Resposta: D
Discussão:
Subluxação rotatória atraumática atlantoaxial.
Causa espontânea, trauma leve ou infecção de vias aéreas superiores. A infecção
geralmente ocorreu duas a três semanas antes, e a criança está afebril. Apresenta a cabeça
inclinada para um lado, rodada para o oposto e ligeiramente fletida. Não consegue corrigir
além da linha média. A musculatura contraturada geralmente é contralateral ao lado inclinado,
ao contrário do torcicolo muscular.
Deve-se obter RX com flexo-extensão para avaliar instabilidade atlantoaxial.
Classificação de Fielding e Hawkins:
I) luxação rotacional sem desvio anterior de C1 – mais comum, crianças.
II) luxação rotacional com desvio anterior de C1 sobre C2 com < 5mm – menos comum,
mais potencial de lesão.
III) luxação rotacional com desvio anterior de mais que 5mm
IV) luxação rotacional com desvio posterior.
III e IV são mais raras e com maior potencial de lesão neurológica.
Classificação de McGuire para TC dinâmica utilidade questionável.
Estágio 0: torcicolo, mas TCD normal.
Estágio 1: limitação de movimento (<15 graus de diferença entre C1 e C2, mas C1 cruza
a linha média de C2).
Estágio 2: fixo (C1 não cruza a linha média de C2).
Tratamento:
A maioria se resolve espontaneamente.
Conservador – somente se não há luxação significante anterior ou instabilidade ao
exame de imagem.
< 1 semana: colar de espuma, repouso na cama 1 semana. Se não houver melhora,
tração hospitalar.
1 -4 semanas: hospitalização, tração cervical (com colar), depois colar cervical 4-6
semanas.
>1 mês: hospitalização, tração esquelética até redução, colar cervical 4-6 semanas.
Cirúrgico:
Critérios de Fielding: lesão neurológica, luxação anterior; falha em alcançar e manter a
correção se a deformidade existe há mais que 3 meses; recorrência após tratamento
conservador adequado.
Fusão C1-C2 posterior; tração pré-op 2-3 semanas, e halo vest pós op por 6 semanas
para manter correção.
Resposta: D
Discussão: Fusão congênita das vértebras cervicais, com falha de segmentação dos somitos
entre a terceira e a oitava semanas de vida intrauterino. Apresenta escoliose em 60% dos
casos, alterações genitourinárias em 30%, surdez em 30%, anormalidades cardíacas em 20%.
Rotação e inclinação lateral são mais afetadas que flexoextensão. Afeta a coluna cervical,
associada ou não a coluna lombar e torácica.
Resposta: D
13. (Prova R3 2016) Qual dos itens abaixo não faz parte da tríade clássica da apresentação
clínica da síndrome de Klippel-Feil?
a) Implantação baixa do cabelo
b) Limitação da ADM cervical
c) Deformidade cervical
d) Pescoço curto
Discussão:
Deformidade cervical não faz parte, embora possa ocorrer. Defeito de segmentação dos
somitos; escoliose em 60%, surdez em 30%.
Resposta: C
Discussão:
Como podem ver, é exatamente igual uma questão do 1000 questões, só que mudou o afebril
para apresenta déficits.
De qualquer forma, a criança: geralmente está afebril; não apresenta déficits; apresenta
espasmo muscular; tem uma luxação C1-C2 (atlanto axial). Redução espontânea acontece na
maioria das vezes.
Resposta: D
20. (Prova R2 2016) Qual dos itens abaixo não faz parte da tríade clássica da apresentação
clínica da síndrome de Klippel-Feil?
a) Implantação baixa do cabelo
b) Perda da lordose cervical
c) Limitação da ADM cervical
d) Pescoço curto
Discussão:
Perda da lordose cervical não faz parte.
Resposta: B
Discussão:
Agenesia Sacral
Rara, geralente associada a DM materna. Os gânglios dorsais e a parte dorsal da medula
continuam a se desenvolver; as vértebras e nervos motores não são induzidos, resultando em
agenesia sacral. A sensibilidade permanece intacta.
Classificação de Renshaw:
Tipo I: agenesia sacral total ou parcial unilateral. Menos comum
Tipo II: agenesia sacral com defeitos parciais mas simetricamente bilaterais e
articulação estável entre ilío e uma S1 normal ou hipoplásica. Mais comum
Tipo III: agenesia toatal sacral e lombar variável com os ílios articulando-se com as
vertebrais mais distais presentes.
Tipo IV: agenesia sacral total e lombar variável, com a vértebra mais distal sobre ílios
fundidos ou anfiartrose do ilíaco.
I e II são estáveis, mas III e IV feram instabilidade e cifose progressiva.
Diversas deformidades. A aparência das extremidades inferiores é comparada a um
Buda sentado. Alterações geniturinárias e na área retal são comuns. Flexoextensão ocorre na
junção da pelve com coluna mais do que nos quadris. Controle intestinal e vesical geralmente
é comprometido. Sensibilidade é preservada até bem distal.
Escoliose é a deformidade mais comum associada.
Resposta: O gabarito oficial fala B. Entretanto, não há qualquer menção a tumoração sacral no
Campbell, mas fala claramente que ocorre agenesia e deformidades geniturinárias e
anorretais. Portanto, eu consideraria D.
Doença de Scheuermann
53. Na enfermidade de Scheuermann, o tratamento com artrodese está indicado quando:
a) a cifose é difusa
b) o ápice da curva é inferior a T9
c) a deformidade é progressiva
d) a deformidade tem menos de 70º
Discussão: Causa de cifose grave, acomete 0,4-8,3% da população, especialmente entre os 10-
12 anos, no estirão do crescimento. É descrito que afeta mais homens que mulheres, porém há
controvérsias. Um terço apresenta escoliose concomitante. Se o ápice da escoliose é o mesmo
da cifose, a curva é para a convexidade; se não, é para a concavidade.
Resposta: C
70. Assinale a alternativa correta quanto aos critérios de Sorensen para o diagnóstico de
doença de Scheuermann
a) encunhamento vertebral anterior maior que 5º em 2 vértebras consecutivas no ápice da
curva
b) encunhamento vertebral anterior maior que 5º em 3 ou mais vértebras consecutivas no
ápice da curva
c) encunhamento anterior maior que 10º em 2 vértebras consecutivas no ápice da curva
d) encunhamento vertebral anterior maior que 5º em 2 vértebras ao obrigatoriamente
consecutivas e no ápice da curva
Discussão: Os critérios de Sorensen para Scheuermann típica são: encunhamento maior do que
5 graus de 3 ou mais vértebras adjacentes no ápice da curva; irregularidades da placa terminal
com cifose maior do que 50 graus.
Atípica: irregularidades das placas terminais, nódulos de Schmorl, estreitamento dos discos
intervertebrais, sem encunhamento dos corpos ou cifoses. Tardiamente, estas alterações
ocorrem também na típica.
Resposta: B
Discussão: Acima
Resposta: C
Discussão: Com a cifose torácica, ocorre aumento da lordose lombar cervical e lombar,
anteropulsão dos ombros e contratura dos isquiotibiais.
Resposta: D
42. (Prova R2 2016) São características da forma clássica de cifose de Scheuermann, exceto:
a) 3 ou mais vértebras acometidas
b) Curva torácica
c) Encunhamento de 5 graus ou mais
d) Alteração da placa terminal
Discussão:
Alteração da placa terminal é um achado da clássica avançada ou, principalmente, da atípica
(alteração da placa terminal, nódulos de Schmorl, estreitamento do espaço discal, sem
encunhamento).
Resposta: D
Discussão:
A doença é pouco sintomática, e as deformidades geralmente não são graves.
Pode ocorrer espondilólise compensatória em 50%, não espondilolistese.
Escoliose ocorre em 1/3 dos casos, geralmente de 10-20 graus, progride lentamente.
Resposta: B
44. (Prova R2 2016) Em relação aos tipos de escolioses associadas a cifose de Scheuermann:
a) Tipo 1 – ápice da escoliose coincide com ápice da cifose
b) Tipo 2 – ápice da escoliose coincide com ápice da cifose
c) Tipo 1 – a curva da escoliose é rodada da mesma maneira que na escoliose idiopática
d) Tipo 1 – ápice da escoliose é proximal ao ápice da cifose
Discussão:
A escoliose associada a cifose de scheuermann é dividida em dois tipos:
Tipo 1 – ápice coincide com ápice da cifose
Tipo 2 – não coincide.
Resposta: A
Discussão:
O ápice normal da escoliose é o disco T6-7.
O ápice da cifose de Scheuermann é T7-9.
Resposta: B
Discussão:
O dorso postural curvo é o principal diagnóstico diferencial da doença de Scheuermann.
Diferencia-se por ser corrigível ao se deitar em posição prona. A radiografia na doença de
Scheuermann pode ser normal até os 10-12 anos, não sendo, portanto, fator de diferenciação.
Resposta: A
Discussão:
Clássica. 5 graus, 3 vértebras.
Lembrar que na atípica acomete mais junção toracolombar/lombar, alterações das placas
terminais, diminuição do espaço discal, nódulos de Schmorl anteriores, mas não
necessariamente as vertebras encunhadas da apresentação típica.
Resposta: C
36. (TEOT 2014) Qual o principal diagnostico diferencial de doença de Scheuermann?
a) osteocondrodistrofia
b) marfan
c) AR
d) discrepância de MMII
Discussão:
O principal diagnóstico é cifose postural. Além disso, osteocondrodistrofias, como síndromes
de morquio e hurler, assim como tumores e deformidades congênitas, especialmente cifose
congênita, devem ser consideradas. Em homens jovens, pensar em espondilite anquilosante.
Resposta: A
Escoliose
54. Na escoliose congênita, as anormalidades mais severas estão localizadas na:
a) torácica alta
b) junção toracolombar
c) lombar
d) junção lombossacra
Discussão:
Tipo Infantil Juvenil Adolescente
76. O colete de Milwaukee é utilizado em curvas escolióticas idiopáticas com ápice acima de T6
em pacientes esqueleticamente imaturos com Risser ___ e ângulo de Cobb ___,
respectivamente
a) <3 e 25-50º
b) 4 e 25-40º
c) <2 e 25-40º
d) 1 e 15-25º
Discussão: Órteses são indicadas para pacientes esqueleticamente imaturos (Risser menor ou
igual a 2) e curvas de 25 a 40 graus. Abaixo de 25 graus, não tem indicação de órtese. Acima de
40 graus, tem indicação de tratamento cirúrgico.
Resposta: C
Discussão: Outras indicações são: curva flexível de 20 a 30 graus com progressão maior ou
igual a 5 graus em fase de crescimento; curva principal dupla cosmeticamente aceitável de 40
a 45 graus.
Resposta: B
121. São fatores preditivos de progressão para escoliose idiopática do adolescente EIA, antes
de atingir a maturidade esquelética
a) lordose torácica, desequilíbrio do tronco e magnitude da curva
b) hipercifose torácica, potencial de crescimento e hipolordose lombar
c) anomalias da transição lombossacra, história familiar e hipocifose torácica
d) sexo, magnitude da curva e padrão da curva
Discussão: Sexo feminino; Risser 0-2; padrão da curva (dupla curva > torácica > toracolombar >
lombar); magnitude da curva (lombar > 30, torácica >50).
Resposta: D
122. Paciente com escoliose idiopática do adolescente, 12 anos, menarca há 1 mês, Risser 1,
curva toracolombar à direita entre T10 e L3 de 33 graus. Qual é a melhor indicação de
tratamento?
a) observação
b) colete
c) tratamento cirúrgico
d) alta
Discussão: São indicações de colete: esqueleticamente imaturos (0-2 Risser); pré menarca ou
até a um ano dela; 25-40 graus de Cobb. Pacientes esqueleticamente maturos com esta
graduação, ou aqueles com menos de 25 graus têm indicação de observação; pacientes
imaturos com mais de 40 graus têm indicação de tratamento cirúrgico.
Resposta: B
Discussão: EIA acomete principalmente mulheres, com curva para a esquerda. EII afeta mais
meninos e curva para a direita. Curvas abaixo de 20 graus e com Risser IV, como acima, têm
indicação de tratamento observacional.
Pacientes com curvas de alto valor angular (50º) apresentarão progressão mesmo após a
maturidade esquelética.
Resposta: D
Discussão: O pedículo é menor do lado côncavo do ápice da curva, sendo mais perigosa a
inserção de um parafuso pedicular.
Resposta: C
139. Qual o fator de risco mais associado com a progressão da escoliose idiopática para uma
curva que necessite de tratamento cirúrgico?
a) curva de valor angular maior do que 20 graus na menarca
b) curva de valor angular maior do que 30 graus no pico da velocidade de crescimento
c) curva de valor angular maior do que 30 graus com idade esquelética de 12 anos
d) curva de valor angular maior do que 30 graus com Risser grau 2
Discussão: A resposta se baseia em um estudo de 2000 (a citação no 1000 questões está com a
revista e data erradas) realizado com meninas, que mostra que o principal fator indicativo de
necessidade de tratamento cirúrgico foi uma curva maior do que 30 graus no pico da
velocidade de crescimento. Os outros indicadores de maturidade não se mostraram bons
indicadores e não apresentaram uma correlação tão boa e homogênea quanto o pico de
crescimento.
Relationship of Peak Height Velocity to Other Maturity Indicators in Idiopathic Scoliosis in
Girls* David G. Little, M.B.B.S., F.R.A.C.S.(Orth)†; Kit M. Song, M.D.‡; Don Katz, C.O.§; John A.
Herring, M.D.§ J Bone Joint Surg Am, 2000 May; 82 (5): 685 -685 . http://dx.doi.org/
Resposta: B
Discussão: A escoliose na NFI pode ser dividida em distrófica e não distrófica. A não distrófica
se comporta como a escoliose idiopática. A distrófica tem comportamento mais agressivo,
gerando curvas na região torácica e lombar de raio curto, envolve 4 a 6 vértebras e tem
aparecimento precoce.
Resposta: C
Discussão: Na escoliose infantil, meninos são mais acometidos do que meninas; a curva é
predominante esquerda, ambos os fatores contrários à EI Juvenil e do Adolescente; na maioria
dos casos a curva é autolimitada, com resolução espontânea. No entanto, dentre as escolioses
idiopáticas, é a que mais se associa a malformações cardíacas.
Resposta: D
149. Na EIA, o sinal radiográfica que melhor traduz o pico de progressão da curva é o
fechamento
a) da cartilagem trirradiada
b) do anel apofisário da vértebra
c) da apófise do grande trocanter
d) da apófise do osso ilíaco
46. (Prova R3 2016) A deformidade dita menos grave nos casos de escoliose congênita é:
a) hemivertebra biconvexa
b) Barra unilateral
c) Vértebra em bloco
d) Hemivértebra em cunha
Discussão:
A gravidade é crescente: Vértebra em bloco Hemivértebra em cunha hemivértebra
biconvexa Barra unilateral.
Resposta: C
Discussão:
O fenômeno de Crankshaft ocorre quando, ao se realizar a fusão posterior das vértebras, elas
continuam a crescer na porção anterior, o que causa uma deformidade adicional. Deve-se
associar, portanto, artrodese anterior para evitá-lo, quando: RIsser 0-1, Tanner , deformidade
tridimensional importante. Se criança menor que 8 anos, ideal é usar growing rods ou VEPTER.
A classificação de Lenke consiste de 3 passos:
Identificar curva primária: estruturada = cobb >25 no AP e nas dinâmicas.
Determinar o modificador lombar: avaliar por onde a linha sacral passa – entre pedículos, fora
dos pedículos mas pelo corpo vertebral, não passa pelo corpo vertebral
Determinar o modificador torácico sagital: hipo, normo ou hipercifose.
Para lembrar os padrões: 1 – torácica principal; 2 – torácica dupla; 3 – dupla principal; 4 –
tripla principal; 5 – toracolombar-lombar; 6 – toracolombar-lombar, com a torácica principal
estruturada e curva lombar 10 graus maior que torácica.
Resposta: C
21. (Prova R2 2016) A deformidade mais grave nos casos de escoliose congênita é:
a) Hemivertébra biconvexa
b) Barra unilateral
c) vpertebra em bloco
d) hemivértebra em cunha
Discussão:
Barra unilateral é a mais grave, depois hemivértebra biconvexa, em cunha, e vértebra em
bloco.
Resposta: B
38. (Prova R2 2016) Em relação à escoliose idiopática infantil, marque a alternativa falsa:
a) Um ângulo Mehta maior que 20 é sinal indicativo do risco de progressão
b) Faixa etária até os 3 anos
c) Diagnóstico antes de 1 ano de vida tem melhor prognóstico
d) Estabilização cirúrgica é necessária em casos de curvas grandes ou progressivas apesar do
uso de órteses.
Discussão:
O diagnóstico antes de 1 ano tem pior prognóstico; resto está correto. Vale lembrar que a
doença acomete mais meninos e curva para esquerda. (Yang – menino, esquerda)
Resposta: C
39. (Prova R2 2016) A imagem a seguir representa uma complicação do tratamento das
escolioses. Seu nome e a causa estão corretamente apontados em qual alternativa?
Discussão:
O demonstrado na figura é o fenômeno Crankshaft, quando é realizada a fusão posterior, e os
segmentos anteriores da coluna continuam a crescer.
Resposta: C
40. (Prova R2 2016) São indicações para RNM na escoliose idiopática juvenil, exceto:
a) Dor
b) Convexidade para a direita
c) Progressão rápida
d) Déficit neurológico
Discussão:
Convexidade para a direita é o comum na escoliose juvenil e do adolescente. Se for para a
esquerda, deve-se considerar RNM. O resto está correto.
Resposta: B
Discussão:
São fatores de risco para progressão: sexo feminino, pré menarca, risser 0-2, dupla curva >
torácica > toracolombar > lombar, curva torácica >50, lombar >30.
05. (TARO 2016) Para um paciente com EIA, cuja curva é de dez graus e o índice de Risser é
grau 1, a probabilidade de progressão da curva é de:
a) 18%
b) 22%
c) 26%
d) 30%
Discussão:
Risco de progressão em relação a risser e grau da curva:
Risser/Grau 5-19 20-29
0-1 22% 68%
2, 3, 4 1,6% 23%
Resposta: B
03. (TEOT 2016) Paciente com escoliose, mulher, de 14 anos, RIsser 5, 2 anos após a menarca,
com Cobb de 35º, qual conduta?
a) Alta
b) Observação com radiografias seriadas
c) Colete OTLS por 2 anos
d) Artrodese
Discussão:
Apesar do fator de risco de ser mulher, todos os outros fatores falam a favor de uma curva que
já concluiu sua progressão, além de não ser acentuada. Sendo assim, o melhor tratamento é
observação, com seguimento por 3 anos.
Resposta: B
Discussão:
A progressão da curva é mais comum em meninas (sendo: 1:1 em curvas com menos de 10
graus, e 7,2:1 em curvas com mais de 21 graus necessitando de intervenção cirúrgica.
Outros fatores de risco: Risser 0-2, padrão da curva (dupla > torácica > toracolombar >
lombar), magnitude da curva (lombar >30, torácica > 50). Cifose não influencia a evolução.
Resposta: C
Discussão:
A incidência de lombalgia na população é de 60-80%, comparável a pacientes com escoliose.
Pacientes com curvas lombares ou toracolombares, especialmente translacionais, apresentam
incidência de dor levemente superior aos pacientes com outros padrões de curva.
Curvas menores que 10 graus sequer são consideradas escoliose.
Complicações pulmonares ocorrem em curvas acima de 100 graus, que, provavelmente, não se
iniciaram após os 12 anos, dada a sua gravidade.
Risser 5 indica praticamente interrupção da progressão da curva. Naquelas com mais de 40
graus, entretanto, pode-se esperar um aumento de 1 grau por ano a partir da maturidade
esquelética.
Resposta: B
Espondilite anquilosante
67. Quanto à EA, é correto afirmar:
a) prevalência de 1 a 2% entre brancos, sendo equivalente à encontrada na artrite reumatoide
b) associação grande entre HLA B27 e EA estando presente em até 90% dos pacientes
c) a proporção entre homens e mulheres acometidos por EA é de 3:1, respectivamente;
mulheres tendem a ser menos sintomáticas e desenvolvem doenças menos graves
d) todas as anteriores são corretas.
Discussão: Afeta 3 homens para cada mulher, na faixa dos 20 aos 40 anos. Progride de caudal
para cefálico. Associado ao HLA B27 em 90% das vezes. Ocorre rigidez matinal – dor crônica,
com rigidez na lombar e torácica baixa e dor na nádega. Com a progressão para cefálico,
ocorre melhora da dor. Há reabsorção óssea inflamatória nas enteses, ossificação das facetas e
ligamentos. Instabilidade atlantoaxial ocorre em 25-90% dos pacientes, devido a rigidez
subaxial.
Diagnóstico atrasado geralmente em 7 anos. Pode-se diagnosticar inicialmente com sacroileíte
através de RNM da pelve.
Tratamento: manter flexibilidade, alongar flexores do quadril e jarrete, manter alinhamento da
coluna com exercícios e postura, dormir supino em colchão firme com 1 travesseiro.
AINE, DMARD (minociclina, sulfa, metrotexate), bloqueadores da TNF alfa.
Cirurgia: para diminuir dor e melhorar função. EM caso de fratura, devido à esteopenia,
imobilizar na posição, pois alinhar pode levar a déficit neurológico.
Resposta: C
Espondilolistese
79. Sobre a espondilolistese degenerativa, é correto afirmar
a) é mais comum em homens e envolve os níveis L4 L5
b) é mais comum em mulheres e envolve os níveis L4 L5
c) é mais comum em homens e envolve os níveis L5-S1
d) é mais comum em mulheres e envolve os níveis L5-S1
Discussão: A degenerativa é mais comum em mulheres (4-6 vezes), da raça negra, entre L4-L5
(6x mais comum que o segundo nível, L3-L4).
Resposta: C
Discussão: ausente em RN, mas ocorre em crianças e atinge 5-8% da população aos 18 anos. 2
homens para cada mulher, associado a ginástica, futebol, levantamento de peso, dança, vôlei,
salto com vara (atividades que exijam hiperextensão do tronco). Não progressiva em adultos.
Dor axial e radicular comuns. Afeta L5 em 89%, L4 em 11%, L3 em 3%. Deslizamento
geralmente <50%. Causa de degeneração acelerada no disco do nível. Com a fratura, em vez
de 80%, 100% do peso passa a causar estresse sobre a vértebra.
Anomalia anatômica (displasia) pode ocorrer. Classificação de Marchetti e Bartolozzi:
Alta displasia – não tratada é rara em adultos e tem alta taxa de progressão.
Baixa displasia – mais comum, consistente com espinha bífida oculta, não tende a progredir e é
mais comumente encontrada acidentalmente em adultos.
Progressão 4 vezes mais comum em menores de 25 anos (40 X 10%).
Dor lombar em 91%, que irradia em 50%. Claudicação neurogênica é incomum, pois a fratura
da pars evita a compressão do canal. Dor lombar que piora à extensão. Discogênica piora ao
sentar reto ou fletir.
Radiologia: sinal do Scotch dog, sinal do chapéu de napoleão invertido. Incidência de
Fergunson – foco em L5-S1, com 30 graus cefálico.
Tratamento conservador: o mesmo de sempre.
Infiltração: sem literatura de suporte.
Tratamento cirúrgico: indicado apenas se conservador não obteve sucesso. Descompressão:
mais velhos, dor radicular/claudicação neurogênica, mínima dor axial, perda da altura discal.
Laminectomia de Gill: ressecção de todo tecido fibroso e ósseo do defeito da pars distal, e
todas as estruturas ligamentares intervenientes.
Fusão: tratamento padrão, com enxerto autógeno. Resultados são favoráveis a menor níveis
de fusão.
Classificação de Meyerding: 1 - <25%; 2: 25-50%; 3 – 50-75%; 4: >75%; 5 – espondiloptose.
Resposta: C
11. (Prova R3 2016) Em relação às radiografias na espondilolistese ístmica, podemos afirmar:
a) O sinal do chapéu de Napoleão é visto na incidência de Fergunson
b) A incidência de Fergunson é um AP centrado em L5 com angulação ode 50 graus caudal
c) A tradicional disposição em Scotty Dog é vista na radiografia oblíqua
d) Incidências na posição supina podem aumentar o escorregamento
Resposta: C
Discussão:
Ocorre mais em mulheres após os 40 anos. 6x mais comum entre L4-5. Mais comum quando L5
sacralizada (4X).
Resposta: A
Discussão:
Com um deslizamento significativo, um degrau na junção lombossacral é palpável, a
mobilidade da coluna lombar é restrita, e contratura dos iquiotibiais é evidente na elevação da
perna estendida. Conforme a vértebra desliza para anterior, o paciente adquire uma postura
lordótica acima do nível do deslizamento para compensar o desvio. O sacro se torna mais
vertical, e as nádegas adquirem a forma de coração devido à proeminência sacral.
Com deslizamentos mais graves, o tronco se torna encurtado e leva a uma ausência completa
da linha da cintura. As crianças andam com o bambolear pélvico, devido a contratura dos
isquitobiais e cifose lombossacral.
Daí tem-se que: não ocorre extensão, mas flexão do quadril (sacro mais vertical); isquitobiais
estão contraturados, o que em última análise leva a um pé equino.
Resposta: A
Discussão: Congênita (geralmente central); secundária (degenerativa). Afeta mais L4-L5, depois
L5-S1, L3-L4.
Meia idade, geralmente homens, dor na coluna vertebral irradiada para membros. Lombar é
mais comum.
Geralmente, a estenose vertebral apresenta sintomas insidiosos; podem ser precipitados por
trauma ou atividade pesada. Geralmente há dissociação entre sintomas e achados
radiográficos. 15-50% melhoram com tratamento conservador.
Dor nas costas (95%), ciática (91%), alteração sensitiva nas pernas (70%), fraqueza muscular
(33%), distúrbio urinário (12%). 42% queixas bilaterais. 47% duas raízes.
Estenose central : geralmente bilateral, envolvendo nádegas e região posterior das coxas, com
distribuição que não respeita dermátomos.
Os sintomas neurogênicos melhoram com a flexão do tronco e ao deitar, mas podem levar
mais de 20 minutos. Teste de Van Gelderen e sinal do carrinho de supermercado.
Radiografias são indicadas para pacientes com dor há mais de 6 semanas, trauma, câncer.
Menores de 20 anos, maiores de 50 anos, déficit neurológico, intenção de cirurgia. Vistas em
extensão e flexão avaliam instabilidade antes da laminectomia e necessidade de fusão
subsequente. Translação maior que 4mm e rotação mais do que 10-15 graus indicam
instabilidade.
RNM é o melhor exame para o diagnóstico. Em T1, ausência de gordura perineural indica
estenose.
Estenose lombar não leva a paralisia; cervical e torácica, porém, levam a plegia indolor.
Recomenda-se descomprimir os níveis estenóticos sintomáticos.
Tratamento conservador: descanso de 2 dias ou menos, AINE, analgésicos, programa de
fortalecimento, fitness aeróbico.
Infiltração: beneficia principalmente pacientes que não respondem a analgésicos e
apresentam importante comprometimento das atividades diárias.
Tratamento cirúrgico: funciona melhor para dor radicular.
Fatores prognósticos melhores: hérnia discal, estenose de apenas 1 nível, fraqueza menos de
seis semanas, monorradiculopatias.
Pode-se usar laminectomia (o mais indicado, especialmente em pacientes mais velhos, com
doença mais grave e multiníveis), ou procedimentos de fenestração (pacientes mais jovens).
Resposta: D
Discussão:
Mnemônico bizurado:
DISpacha ISTo DE TRem PATÓquio
I – Displásica; II – Ístmica; III – Degeneratia; IV – Traumática; V – Patológica
Resposta: C
Discussão:
Lembrar que a estenose central não respeita dermátomos; por outro lado, uma estenose que
afete o recesso lateral pode afetar a raíz emergente, respeitando mais dermátomos. Neste
caso, são unilaterais também. A dor pode ser maior durante o descanso e à noite, mas
apresentam maior resistência na marcha do que a central.
Resposta: B
28. (TARO 2014) Na estenose do canal lombar, a síndrome do recesso lateral é produzida, na
maioria dos casos, por:
a) espondilolistese
b) hipertrofia facetária
c) protrusão discal posterolateral
d) hipertrofia do ligamento amarelo
Discussão:
O recesso lateral, também conhecido como Zona de Entrada de Lee, começa na borda medial
do processo articular superior e se estende até a borda medial do pedículo. Neste local a raiz
nervosa sai da dura e cursa distalmente e lateralmente sob a faceta articular superior. As
bordas do recesso lateral são o pedículo lateralmente, a faceta articular superior dorsalmente,
o disco e complexo ligamentoso posterior ventralmente, e o canal central medialmente.
Artrose facetária causa mais frequentemente estenose nesta zona, assim como osteofitose do
corpo vertebral e patologia do disco ou ânulo.
Lembrar que a foraminal comprime a raiz emergente.
O processo lateral (zona de entrada) pode ser comprimido por disco, artrose facetária ou
hipertrofia da faceta articular superior.
Já a zona de saída também pode ser comprimida por artrose facetária, mas é mais comum que
comprima a zona de entrada.
Note que esta questão é basicamente igual a uma do 1000 questões, com a mudança de
apenas um item. Herniação discal posterolateral poderia ser uma resposta; a compressão,
entretanto, é mais comum pela artrose facetária.
Resposta: B
94. (TEOT 2014) EM paciente com claudicação neurogênica, qual a alternativa certa?
a) Piora subindo escada ou ladeira
b) melhora empurrando carrinho de supermercado
c) melhora ao permanecer em pé sem se movimentar
d) no repouso melhora mais rápido que vascular
Discussão:
Melhora com a flexão do tronco; piora ao ficar em pé; demora mais que o vascular, e não tem
tempo fixo para melhorar.
Resposta: B
Hérnia discal
56. O acesso cirúrgico recomendado para remoção do disco torácico com hérnia central é
a) por laminectomia simples
b) o transpedicular
c) por costotransversectomia
d) transtorácico
Discussão: Hérnias centrais precisam ser retiradas por via anterior (transtorácica). Pode ser
realizada colocação de cage anterior nesta abordagem. Em seguida, é realizada a
instrumentação posterior.
O acesso por costrotransversectomia é indicado para hérnias laterais, ou aquelas com suspeita
de sequestro ou expulsão. As vias transpedicular e com laminectomia são indicadas para
hérnias posteriores.
Resposta: D
Discussão: As hérnias não centrais (do recesso lateral e foraminais) afetam a raiz emergente.
Por outro lado, as hérnias centrais afetam a raiz transeunte do nível inferior (que seria no caso
L5).
Resposta: B
Discussão: Dependendo da definição, hérnia de disco recorrente pode ocorrer em 18% dos
casos. O quadro clínico é geralmente de dor ciática recorrente – The Spine.
Resposta: B
111. Na hérnia discal lombar, o bom resultado após a infiltração epidural de corticosteroide
está relacionado à presença prévia de
a) dor ciática subaguda ou crônica
b) alterações motoras
c) alterações de reflexos
d) mielografia positiva
130. Paciente com lombociatalgia à direita até a sola do pé, com formigamento na face plantar
do pé e, ao exame físico, diminuição do reflexo aquileu à direita. Assinale a correta:
a) durante o exame físico, é importante avaliar a força muscular. O músculo testado, que
corresponde a esse dermátomo e reflexo, seria o tibial anterior (dorsiflexão do tornozelo)
b) a raiz provavelmente acometida nesse caso seria a raiz de L4
c) uma importante hipótese diagnóstica é a hérnia discal. Uma localização provável dessa
hérnia seria centrolateral no nível L5-S1.
d) o tratamento inicial é cirúrgico, pois o paciente apresenta déficit neurológico
Discussão: Primeiro é necessário definir o nível: o reflexo Aquileu é inervado pela raiz S1, que é
responsável pelo funcionamento do tríceps sural. O nível L4 é avaliado pelo reflexo patelar e
pelo músculo tibial anterior. O nível L5 é avaliado pela função do extensor do hálux.
Para comprimir o nível L1, seria necessário uma hérnia central ou centro lateral L5-S1; ou uma
teórica hérnia foraminal S1-S2 (que não existe).
O tratamento cirúrgico só é indicado após seis semanas de tratamento conservador, sem
resposta, déficit motor agudo e grave, e síndrome da cauda equina.
O paciente adequado para tratamento cirúrgico de uma hérnia lombar é: dor predominante
em uam perna, até abaixo do joelho, presente por pelo menos seis semanas; resposta inicial
ao tratamento conservador, com retorno após pelo menos 6-8 semanas; fisioterapia prévia;
lasegue ou déficit neurológico localizado; imagem mostrando nível da lesão.
Resposta: C
Discussão:
A maioria dos casos de hérnias lombares ocorre entre L4-L5. Há um match na coluna lombar
(do espaço L4-L5 sai a raiz de L4), mas, na coluna cervical, como a primeira raiz sai no espaço
occipício- C1, há um mismatch (do espaço C1-C2 sairá a raiz C2).
Os três estágios são: disfunção, instabilidade e estabilização, nesta ordem. Herniação ocorre
nas duas primeiras fases, e estenose, nas duas últimas.
A síndrome de far out foi descrita por Wiltse e consiste na compressão de uma raiz que ocorre
predominantemente em espondilolistese, quando um processo transverso grande de L5
subluxado abaixo da raiz a comprime contra a asa do sacro. O diagnóstico é confirmado com
cortes coronais de TC.
Resposta: A
31. (Prova R2 2016) Em relação à história natural da doença degenerativa discal, aponte a
alternativa correta:
a) Fase da Disfunção: sinovite e hipermobilidade na faceta articular
b) Fase da instabilidade: lesões radiais no disco intervertebral
c) Fase de estabilização: frouxidão capsular e subluxação
d) Fase de colapso: osteófitos, alargamento do processo articular
Discussão:
Disfunção: lesão radial no disco + sinovite facetária
Instabilidade: frouxidão capsular, subluxação
Estabilização: osteofitose, rigidez óssea, anquilose franca
33. (Prova R2 2016) EM um quadro de compressão radicular aguda por uma hérnia foraminal
C5-C6, espera-se a seguinte sintomatologia:
a) Diminuição da sensibilidade lateral do braço e cotovelo
b) Exaltação do reflexo braquioestiloradial
c) Diminuição da força de extensão do punho
d) Hipoestesia do 3º quirodáctilo
Discussão:
Primeiro tem-de se definir se será comprimida a raiz emergente ou transeunte. Uma hérnia
foraminal comprime a raiz emergente. Abaixo de C5, contudo, ao contrário da lombar, emerge
C6. Portanto, deve-se buscar o déficit de C6.
Sensibilidade lateral do braço = C5.
Reflexo braquioestilorradial = C6 (porém não ocorre exaltação, ocorre diminuição).
Diminuição da força de extensão do punho = C6 (ERLC)
Sensibilidade do terceiro dedo = C7.
Resposta: C
34. (Prova R2 2016) A Herniação discal é uma doença mais prevalente em qual faixa etária?
a) Segunda década
b) Terceira e quarta décadas
c) Quinta e sexta décadas
d) Sétima década
Discussão:
A hérnia discal começa a se tornar mais importante clinicamente entre os 20 e 30 anos.
Resposta: B
35. (Prova R2 2016) Em relação à imagem abaixo, aponte a alternativa que traz a melhro
associação de diagnóstico e sintoma esperados:
Discussão:
Com relação à localização da hérnia: central seria mais medial; foraminal seria na Pars;
extremo lateral seria ainda mais lateral à Pars.
As centrolaterais ou do processo lateral podem comprimir tanto a raiz emergente, quando a
transeunte. O item correto diz hérnia centrolateral, com reflexo aquileu ausente (S1),
compatível com compressão da transeunte. Se fosse central, também seria aquileu ausente ou
perda da sensibilidade do maléolo lateral; todas as outras, foraminal e extremolateral,
comprometeriam L5 – perda de sensibilidade do dorso do pé e da elevação do hálux.
Resposta: B
01. (TARO 2016) Na discopatia lombar, a diminuição significativa da força do tríceps sural
indica compressão da raiz de:
a) L4
b) L5
c) S1
d) S2
Discussão:
A intenção desta questão é saber correlacionar o nível de lesão ao músculo afetado. Lembrar:
S1 – tríceps sural; L5 – extensor do hálux; L4 – tibial anterior (dorsiflexão do pé); L3 –
Quadríceps
Resposta: C
12. (TARO 2016) Na hérnia e disco cervical que comprime a raiz de C6, o exame físico do
paciente revela:
a) sinal de Hoffman positivo
b) fraqueza do bíceps
c) hipoestesia do dedo mínimo
d) diminuição do reflexo do tríceps
Discussão:
Lembrando que para uma compressão de C6, a hérnia tem de ser central em C4-5 ou foraminal
em C5-6.
Sinal de Hoffman positivo = liberação piramidal.
Fraqueza do bíceps: principal contribuição é de C5, porém C6 pode auxiliar. C6 é
predominantemente representado por extensão do punho.
Hipoestesia do dedo mínimo: C8
Diminuição do reflexo do tríceps: C7.
Resposta: B
Discussão:
Hérnia discal interespaço C6: 70%
C5: 24%
Osteófito foraminal interespaço C6: 48%
C5: 39%
C7: 13%
Resposta: D
Lombalgia
81. São indicações de radiografia em lombalgias agudas, exceto:
a) déficit neuromuscular
b) uso de corticosteroide
c) dor intensa
d) idade superior a 50 anos
Discussão: Sinais de alarme: perda de peso, déficit neurológico, febre, dor noturna, idade
menor que 20 anos e maior que 50 anos, dor refratária ao tratamento, mais de uma ida ao
pronto-socorro devido a esta dor em um mês.
Resposta: C
Discussão: 80% das pessoas apresentam lombalgia ao menos uma vez na vida. 40% são
acompanhadas de ciatalgia. 18% são crônicas, destas 80% sem limitação das atividades
habituais e 4% com limitação. Afeta mais mulheres que homens, sem diferenças raciais, e é
mais comum em níveis socioeconômicos mais baixo. Apresentam mais episódios de ansiedade
e depressão, ocupação mais estressantes; multíparas, escoliose, obesidade.
O diagnóstico etiológico preciso não é diagnosticado na maioria das vezes. Na maioria dos
atendimentos, a dor é crônica (são os mesmos pacientes voltando). O tratamento inicial,
mesmo que haja compressão à RNM, é conservador. 30% da população assintomática
apresenta alterações na RNM de coluna e, portanto, não têm indicação de tratamento.
Resposta: C
32. (Prova R2 2016) São critérios para indicação de radiografia na dor lombar aguda, exceto:
a) > 50 anos
b) Déficit neuromuscular agudo
c) Dor intensa (travamento)
d) Paciente que solicita laudo para o INSS
Discussão:
Outras bandeiras vermelhas: paciente jovem (<15 anos), febre, perda de peso (6kg nos últimos
6 meses), retorno ao pronto socorro mais de uma vez em um mês devido à dor. Gravidade da
dor não é critério.
Resposta: C
93. (TARO 2016) Na lombalgia aguda, deve-se solicitar uma radiografia de coluna lombar em
caso de:
a) nota superior a 5 na VAS
b) parestesia de membros superiores associada
c) antecedente de artrite reumatoide na família
d) segunda visita ao médico em menos de 30 dias pelo mesmo motivo
Discussão:
Indicações de RX:
Mais de 50 anos; trauam significativo; déficit neuromuscular; perda inexplicada de peso (4,4kg
em 6 meses); suspeita de espondilite anquilosante; abuso de álcool ou drogas; história de
câncer; febre; visita recente (<1 mês) pelo mesmo problema, sem melhora; paciente buscando
compensação por dor nas costas.
Resposta: D
07. (TARO 2015) A dor lombar aguda, após exclusão de sinais de alarme, deve ser tratada com:
a) corticoides e analgésicos
b) antidepressivos tricíclicos e derivados de opioide
c) fisioterapia com calor profundo e afastamento de atividades por 2 semanas
d) repouso no leito por 1 a 3 dias e progressão para programa de exercícios físicos
Discussão:
Repouso no leito é indicador por no máximo de 1 a 3 dias. Não há indicação de afastamento de
atividades por tanto tempo. Antidepressivos tricíclicos são utilizados para lombalgia crônica.
Corticoides não são indicados para lombalgia.
Resposta: D
Discussão:
Igual 81 do 1000 questões
Resposta: C
Trauma
57. Na síndrome medular posterior, o déficit neurológico característico é a perda
a) da motricidade e das sensibilidades térmica e dolorosa
b) da motricidade e das sensibilidades térmica e vibratória
c) da propriocepção e da sensibilidade vibratória
d) das sensibilidades térmica, dolorosa e vibratória
80. O National Acute Spinal Cord Injury Study (NASCIS) III propõe para pacientes portadores de
trauma raquimedular há 10 horas
a) metilprednisolona 30mgkg de peso administrada em bolus em 15 minutos, seguido por uma
dose de manutenção de 5,4mg/kg/h nas 23 horas consecutivas, iniciada após 45 minutos da
dose de ataque
b) metilprednisolona 30mg/kg de peso administrada em bolus em 15 minutos, seguida por
uma dose de manutenção de 5,4 mg/kg/h nas 48 horas consecutivas, após 45 mintuos da dose
de ataque
c) Não está indicado o tratamento com corticosteroide
d) metilprednisolona 30mg/kg de peso administrado em bolus em 15 minutos, sem dose de
manutenção
88. Assinale a alternativa correta sobre a classificação de Fielding e Hawkins das luxações
rotatórias C1-C2
a) tipo I – luxação rotatória com deslocamento posterior
b) tipo II – luxação rotatória com deslocamento anterior menor que 3 mm
c) tipo II – luxação rotatória com deslocamento anterior maior que 5mm
d) tipo IV – luxação rotatória com deslocamento anterior
91. Os achados radiológicos citados abaixo são sinais sugestivos de provável lesão do complexo
ligamento posterior em uma fratura da coluna toracolombar em osso não osteoporótico,
exceto
a) perda da altura anterior da vértebra maior do que 50% da altura inicial, na imagem em perfil
b) aumento da distância entre os processos espinhosos da vértebra lesada e da vértebra
imediatamente acima, na imagem em perfil e/ou na imagem anteroposterior
c) aumento da distância entre os pedículos na imagem anteroposterior
d)cifose maior que 25 a 30 graus entre as vértebras superior e inferior à vértebra lesada (cifose
de Cobb) na imagem em perfil
92. Sobre as lesões por projétil de arma de fogo na coluna cervical, é correto afirmar, exceto
a) descompressão e remoção do projétil provavelmente não são úteis na melhora do
prognóstico de recuperação neurológica
b) extensão da antibioticoprofilaxia é indicada em casos de lesões das vias aéreas, hipofaringe
ou faringe
c) se laminectomia for realizada, ela deve ser frequentemente acompanhada de
instrumentação e fusão
d) o prognóstico do déficit neurológico motor, mesmo estático, e a dor neuropática são
melhorados com a retirada do projétil nos casos em que estiver alojado intracanal vertebral
Discussão: Sinais indicativos de instabilidade cervical: angulação maior do que 11 graus entre
os corpos vertebrais translação >3.5mm; rotação das faces articulares no perfil (lesão
ligamentar posterior); perda de mais de 50% de altura do corpo vertebral.
Critérios e White e Panjabi para instabilidade cervical: (>5 = fixar).
2 pontos: destruição dos elementos posteriores; destruição dos elementos anteriores; teste do
alongamento positivo.
RX dinâmico: 2 pontos = translação sagital >3,5mm ou 20%, rotação sagital >11º
RX estático: 2 pontos: desvio sagital > 3,5mm ou 20%; angulação sagital > 20º; lesão da medula
espinhal
1 ponto: estreitamento anormal do disco; diâmetro sagital <13mm (ou índice Torg-
Pavlov <0,8); lesão de raiz nervosa; carga perigosa antecipada.
A fratura de processo espinhoso, por outro lado, é tão pouco importante para estabilidade,
que é considerada como A0 e pode ser tratada até mesmo sem imobilização.
Resposta: D
Discussão: Impacto do crânio contra a coluna cervical. Instável: lesão ligamentar distração
da cabeça da coluna. Pode estar associada ou não a lesão de pares cranianos.
A classificação de Anderson e Montesano, assim, segue ao contrário do normal, começando
pela cominuição e terminando pela avulsão.
I) fraturas cominutivas e impactadas
II) Fratura basilar que envolva o côndilo
(Ambas são de tratamento conservador).
III) avulsão desviada – instável, necessita tratamento cirúrgico.
Outra classificação é a de Tuli et al:
Tipo 1: lesão estável, sem desvio
Tipo 2a: desviada, mas estável e sem lesão ligamentar.
Tipo 2b: desviada e instável com lesão ligamentar.
O tratamento conservador é com colar rígido por 8-12 semanas.
Lesão da membrana tectoide é contraindicação relativa para tratamento conservador.
Resposta: A
110. Na fratura da coluna toracolombar causada por flexão-distração, o fulcro da flexão está
situado
a) anteriormente ao ligamento longitudinal anterior
b) no ligamento longitudinal anterior
c) posteriormente ao ligamento longitudinal anterior
d) no ligamento longitudinal posterior
Discussão: De acordo com Campbell, as lesões em flexão-distração ocorrem com um fulcro
posterior ao LLA, mantendo as estruturas ligamentares anteriores intactas, e posteriores
lesadas.
Resposta: C
Discussão:
Fratura do Atlas.
Mecanismo: fratura simples do anel posterior – hiperextensão. Jefferson (explosão):
carga axial e falha tênsil do anel C1.
Diagnóstico e classificação: fratura do arco posterior – padrão mais benigno. Pouca
significância mecânica com relação a estabilidade. Jefferson clássico: fratura bilateral no
aspecto anterior e posterior do anel. Diferença entre estável e instável depende da integridade
dos ligamentos transversos.
Resposta: C
120. A instabilidade traumática da coluna cervical, segundo White e Panjabi, tem como critério
de gravidade a translação relativa no plano sagital maior que
a) 2mm
b) 3,5mm
c) 5mm
d) 7mm
124. Paciente vítima de fratura de T12 tipo explosão há 2 horas, com diminuição de força
muscular em membros inferiores. Assinale a alternativa correta:
a) deve ser iniciado o protocolo de corticosteroide após 8 horas do acidente para evitar a
diminuição da produção de aminas vasopressoras importantes para a resposta do indivíduo ao
trauma
b) a dose inicial do corticosteroide em um paciente de 70kg é de 2100 mg, e deve ser feita em
15 minutos. Depois, aplicar nas próximas 24 horas a dose de manutenção, que deve ser
5,4mg/kg/hora
c) o reflexo bulbocavernoso, estando ausente, denota que a lesão é completa
d) lesão incompleta é aquela em que o paciente tem capacidade de deambular
Discussão: A aplicação de corticoide deve ser feita até 8 horas do trauma. O reflexo
bulbocarvenoso pode permanecer ausente por até 48 horas, devido ao choque medular. Indica
lesão completa se permanecer mais do que 48 horas. Na lesão incompleta, há preservação do
reflexo bulbocavernoso. A dose e forma de aplicação de corticoide estão corretas.
Resposta: B
125. Paciente com história de queda de altura, com dor em região de transição toracolombar.
Apresenta fratura tipo explosão de T12, sem déficit neurológico. São indicações cirúrgicas
deste tipo de fratura, exceto:
a) acunhamento anterior maior do que 50%
b) compressão do canal vertebral maior do que 40-50%
c) fratura que acomete a coluna média de Denis
d) cifose maior do que 25 graus.
Discussão: acometimento da coluna média de Denis (parede posterior) é o que torna a fratura
uma A3 ou A4 (explosão). Os critérios de instabilidade são: acunhamento anterior maior que
50%, compressão do canal de 40-50% (ou mais), cifose maior que 25-30 graus.
O Score de Classificação e Gravidade de Lesão Toracolombar é um indicativo da necessidade
cirúrgica:
Morfologia Status neurológico Complexo ligamentar
posterior
Compressão – 1 Intacto – 0 Intacto – 0
Explosão – 2 Lesão de raiz nervosa – 2 Indeterminado – 2
Translacional/Rotacional -3 Lesão da medula espinhal Lesado – 3
Distração - 4 Completa – 2
Incompleta – 3
Cauda equina – 3
< 3 = não cirúrgico
4 – indeterminado
> 5 = cirúrgico
Resposta: C
Discussão: são fraturas comuns em crianças e especialmente em idosos (fratura mais comum
da cervical após os 70 anos e mais comum da coluna após os 80). O tipo II é o mais grave de
todos, sendo o tipo I o mais benigno e raro, e o tipo III também benigno e passível de
tratamento conservador. Fixação com parafuso só pode ser realizada se o traço for transversal,
ou de anterossuperior para pósteroinferior.
Resposta: D
140. Criança de 9 anos de idade, com fratura luxação crônica de C5-C6 e lesão completa de
medula espinhal. Qual a probabilidade de desenvolver escoliose durante o crescimento?
a) 10%
b) 20%
c) 50%
d) 100%
Discussão: Lesão cervical completa antes dos 10 anos de idade leva a escoliose paralítica em
100% dos casos.
Resposta: D
151. Na fratura por osteoporose da coluna torácica, a maior intensidade de dor ocorre na
posição
a) supina
b) sentada
c) ortostácica
d) prona
Discussão: Posição ortostática é a que causa mais carga para as vértebras. São fraturas por
insuficiência da massa óssea. Déficit neurológico é raro. A maioria pode ser tratada
conservadoramente, com repouso, analgésicos e uso de órtese se necessário.
Resposta: C
Discussão: Todas as afirmações estão corretas. As principais fraturas são C5-C6, mas 10% das
fraturas axiais são de C7-T1. A incidência do nadador é uma boa opção, mas, se o paciente for
instável, ou não se puder realizá-la, é preferível realizar uma tomografia.
Resposta: C(?)
Discussão: A síndrome medular central é mais comum em idosos, especialmente em lesão por
extensão. Ocorre perda mais acentuada da função motora dos membros superiores do que
dos membros inferiores. A sensibilidade dolorosa sacral geralmente é preservada. Há melhora
com tração. 50% apresentam recuperação da função vesical e funcionalidade de mãos.
Resposta: A
14. (Prova r1 2014) De acordo com os critérios de White e Panjabi para instabilidade da coluna
cervical baixa, são critérios maiores de instabilidade (2 pontos), exceto:
a) Destruição dos elementos anteriores
b) lesão de raiz nervosa
c) desvio no plano sagital de 3,5mm ou 20% nas radiografias estáticas
d) rotação no plano sagital > 11 graus nas radiografias dinâmicas.
Discussão: Todos os critérios de White e Panjabi valem 2 pontos, exceto: Lesão de Raiz
nervosa; estreitamento anormal do disco; carga antecipada; diâmetro sagital < 13mm. Outros
que valem dois pontos são: destruição dos elementos posteriores; teste do alongamento
positivo; lesão da medula espinhal; desvio no plano sagital é igual tanto na estática quanto
dinâmica, porém o desvio angular no plano sagital é >11 graus na dinâmica e 20 graus na
estática.
Resposta: B
15. (Prova R1 2014) Em relação ao manejo da coluna cervical em vítimas de traumas de alta
energia inconscientes, é correto afirmar:
a) o colar cervical pode ser retirado se as radiografias forem normais
b) a RNM deve ser realizada obrigatoriamente antes da retirada do colar
c) o colar pode ser retirado se a TC for normal, contanto que não haja fatores que dificultem
sua interpretação
d) deve-se sempre esperar o paciente estar consciente e em condições de cooperar com o
exame clínico antes de se retirar o colar cervical
Discussão: O colar cervical pode ser retirado, em pacientes conscientes e com Glasgow 15,
apenas com avaliação clínica, se não houve trauma direto de crânio, perda de consciência no
local ou sinais de hipertensão intracraniana. Para os outros casos, devem-se realizar
radiografias, e estas, associadas ao exame físico, podem ser usadas para retirar o colar.
No entanto, em pacientes inconscientes, apenas a radiografia, sem o exame físico (que não
pode ser realizado) não é o suficiente, sendo necessária a realização de TC. RNM não é
obrigatória e também não deve ser realizada se for atrasar a avaliação da lesão.
Não é necessário paciente estar consciente e em condições de cooperar, contanto que a TC
esteja normal e não haja fatores que dificultem sua avaliação.
Resposta: C
20. (Prova R1 2014) Na subluxação atlantoaxial rotatória, podemos inferir que o ligamento
transverso está rompido se o intervalo atlanto-odontoide for maior que:
a) 1mm
b) 3mm
c) 5mm
d) 7mm
21. (Prova R1 2014) Sobre a fratura do enforcado, qual tipo de Levine e Edwards pode ser
tratado cm halovest e compressão?
a) I
b) II
c) IIa
d) III
Discussão:
Fratura do enforcado
Ocorre por mecanismo de hiperextensão-distração; em crianças, mais comum em menores de
2 anos. 2º tipo mais frequente do axis, após odontoide.
Classificação de Effendi, modificada por Levine e Edwards:
Tipo I: Desvio mínimo, translação superior até 3mm. Relativamente estável. Se unilateral, é
instável. Tratamento com órtese rígida por 12 semanas.
Tipo Ia: (Adição de Starr e Eismont) porção posterior do corpo de C2 preso ao fragmento da
pars. Alta incidência de déficit neurológico. Tratado com órtese, exceto de déficit.
Tipo II: Desviada, >10 graus e >3mm. Fx vertical pelo arco de C2: hiperextensão + carga axial +
flexão. Halo craniano por 3-6 semanas, depois halovest até o terceiro mês.
IIa: desviada, com lesão complexa discoligamentar de C2-C3. Ocorre principalmente angulação
e pouca translação. Fratura horizontal, mais instável, por flexão-distração. É a única tratada
com halovest com compressão leve.
Tipo III: luxação facetária C2-C3: uni ou bilateral. Rara, instável, necessita de fixação interna.
Tratamento cirúrgico é indicado para perda de redução/ não união do tipo 2 – fusão C1-3
posterior ou discectomia e fusão posterior C2-3. Para o tipo 3, é fusão C1-3.
Resposta: C
22. (Prova R1 2014) Nas fraturas do tipo II de Anderson e D’Alonzo, a taxa de pseudoartrose é
influenciada por:
a) desvio maior que 2mm
b) Angulação maior que 10 graus
c) Idade maior que 30 anos
d) Desvio anterior
24. (Prova R1 2014) Como devemos classificar a seguinte lesão segundo Levine e Edwards e
seu mecanismo de lesão:
a) I, hiperextensão + compressão axial
b) IIa, Flexão distração
c) IIa, flexão compressão
d) III, Flexão compressão
Discussão: Na figura, é fácil observar a grande translação anterior de C2 sobre C3, o que a
classificaria como 2 ou 3; entretanto, é necessário haver uma luxação facetária, uni ou
bilateral, para ser classificada como 3. Um exemplo abaixo:
Esta abaixo seria classificada como 2a, pela angulação e pouca translação.
25. (Prova R1 2014) Segundo a classificação de traynelis para dissociação occipitocervical, qual
alternativa representa a separação axial da articulação atlanto-occipital?
a) 1
b) 2
c) 2b
d) 3
Discussão: Lesão rara, duas vezes mais comum em crianças que em adultos pela frouxidão
ligamentar, geralmente causa déficit neurológico, principalmente do nervo abducente.
A classificação de Traynelis é dividida em:
1 – translação anterior
2 – separação longitudinal atlantooccipital
2b – separação longitudinal atlantoaxial
3 – translação posterior
Resposta: B
26. (Prova R1 2014) A osteossíntese do processo odontoide com parafuso é indicada na fratura
classificada como tipo II com
a) Fragmentação da base
b) Fratura instável do atlas
c) Traço oblíquo que se estende de anteroinferior para posterossuperior
d) Traço oblíquo que se estende de anterossuperior para posteroinferior
Discussão: Na fratura de odontoide classificada como tipo II, apenas dois tipos de traço podem
indicar a fixação com parafuso, que é considerada mais fisiológica do que as outras
possibilidades terapêuticas (como artrodese C1-C2, que apresenta grande comprometimento
de rotação do pescoço; vale lembrar, o tipo II é o de pior prognóstico e pseudoartrose se
associa a idade maior que 40 anos, mais de 10 graus de angulação, mais de 5mm de
translação, e desvio posterior). São eles: transverso e oblíquo de anterossuperior para
posteroinferior. Em uma obliquidade oposta, o fragmento será desviado ao dar compressão no
parafuso. Ademais, cominuição contraindica utilização do parafuso.
Resposta: D
Discussão: Lesão do tecido neural é dividida em dois tipos: primária (trauma direto);
secundária (dano adicional pela resposta biológica iniciada pelo trauma). Concussão: dano
neurológico sem lesão anatômica. Contusão: lesão física do tecido neurológico levando a
hemorragia e edema (tipo mais comum). Laceração: perda da continuidade estrutural do
tecido neural (raro em trauma rombo). A maioria das lesões neurais é por esmagamento,
causando contusão do tecido neural. Laceração e transecção são raras, até mesmo em
traumas de grande desvio. A lesão neural ocorre a partir de uma relação entre a velocidade da
compressão e a quantidade de compressão; quanto mais rápida a lesão, mais leve precisa ser a
compressão. A partir de 50% de compressão, independentemente da velocidade, não há
perspectiva de recuperação. Contrário a isso, compressões em estenose, que podem levar
anos de evolução, geralmente demoram a provocar déficits.
Resposta: c
Discussão: Ocorre em 15-20% das fraturas vertebrais. Mortalidade na hora do trauma: 48-79%.
Após admissão, 4,4-17%. Expectativa de vida é menor do que a população geral,
especialmente no primeiro ano de vida. 4 homens para cada mulher, 15-40 anos, acidente
automobilístico (50%), queda de altura, mergulho em água rasa. No caso de idosos, quedas em
acidentes domésticos. 20-70% apresentam outras lesões graves.
Resposta: D
Discussão: O choque neurogênico ocorre por uma lesão medular que provoca perda do
controle vasomotor simpático. É caracterizado por hipotensão e bradicardia, sem resposta a
volume (ao contrário do hipovolêmico), necessitando de drogas vasoativas. Não confundir com
Choque Medular, que é o período de 24 a 48 horas em que a coluna permanece sem
funcionamento, com ausência do reflexo bulbocavernoso, após um trauma.
Resposta: D
33. (Prova R1 2014) Quanto a classificação de ASIA, um paciente que apresnta força menor que
3 em 5 e déficit sensitivo incompleto é classificado como:
a) A
b) B
c) C
d) D
Discussão: A classificação de ASIA usa a classificação de Frankel para definir um quadro que
associa função motora e sensitiva:
A – AUSENTE – Perda sensitiva e motora completa.
B – Perda sensitiva incompleta e motora completa
C – Perda sensitiva incompleta, função motora presente mas não útil (menor que 3)
D – Perda sensitiva incompleta, função motora presente e útil, mas abaixo do normal (maior
que 3)
E – EXCELENTE – funções motora e sensitiva normais.
Resposta: C
35. (Prova R1 2014) Quanto às vias de acesso para as fraturas cervicais baixas:
a) A via anterior é feita lateralmente ao esternocleidomastoideo
b) A via anterior é realizada na linha média da cartilagem cricoide
c) A via anterior põe em risco o nervo occipital
d) A via anterior é realizada preferencialmente à esquerda
Resposta: D
36. (Prova R1 2014) Quanto a estabilização anterior com placas nas fraturas cervicais baixas:
a) Os parafusos devem ser orientados 5 a 10 graus em direção à linha média
b) Os parafusos devem ser orientados 5 a 10 graus lateralmente
c) Devemos ter no mínimo 1 parafuso em cada vértebra nas fixações anteriores
d) Devemos ter no mínimo 4 parafusos em cada vértebra
Discussão: Para a fixação anterior com placas, os parafusos devem ser direcionados para a
linha média, de forma a evitar acertar as artérias vertebrais. São utilizados dois parafusos para
cada vértebra (a placa é como se fossem duas fundidas). Os parafusos são unicorticais.
Resposta: A
Discussão: A figura da esquerda mostra a técnica de Magerl, na qual faz-se a perfuração para o
parafuso no quadrante superomedial, com angulação lateral de 25 graus e cefálica de 15
graus, mas com a ponta do parafuso muito próxima do ponto de saída da raiz. Usa parafusos
mais longos, com melhores características biomecânicas. A técnica de An (favorita do autor do
capítulo no RW8) é uma modificação de Magerl, com a entrada no quadrante inferomedial,
apresentando menores chances de lesão neurovascular. A técnica de Roy Camille, por fim (RC:
Reto e Centro) é feita no centro da massa lateral, com angulação de 10 graus lateral e na
horizontal. É a que apresenta piores características biomecânicas.
Resposta: C
39. (Prova R1 2014) Na classificação de Allen para as fraturas cervicais baixas, qual o tipo
representado pelo RX abaixo?
a) CF2
b) CF3
c) CF4
d) CF5
a) DF 1
b) DF 2
c) DF 3
d) DF 4
Discussão: Estágio 1: subluxação facetária, GAP do espaço interespinhal, com lesão do LLP e
pode haver lesão da placa terminal superior (como CF 1). Estágio 2: luxação facetária
unilateral; geralmente o complexo ligamentar posterior está preservado. Estágio 3: luxação
facetária bilateral, com translação de 50% do corpo vertebral sobre o inferior. Estágio 4:
vértebra flutuante; translação de 100% da vértebra superior sobre inferior.
Resposta: C
41. (Prova R1 2014) Cifose focal indicativa de instabilidade nas fraturas cervicais é aquela
maior que:
a) 6
b) 11
c) 14
d) 17
Discussão: Sinais de instabilidade: cifose local maior que 11 graus, perda de mais de 50% da
altura vertebral, translação de mais que 3,5mm.
Resposta: B
Discussão: Mais de 50% dos pacientes com fratura toracolombar têm lesão de outros lugares:
30% um órgão ou sistema, 20% dois, 5% três ou mais. 45% dos pacientes com fratura do cinto
de segurança terão lesão de vísceras, como lesão do baço ou fígado. A incidência de fratura
não contígua da coluna é de 17 a 20%.
Resposta: A
Discussão: São indicativos de falha: cifose maior que 25-30 graus; translação maior que
2,5mm; encunhamento maior que 50%.
Resposta: B
Discussão:
Resposta:
01. Prova R3 2016. Sobre a fratura toracolombar do tipo Chance, é correto afirmar:
a) Não há envolvimento da coluna posterior
b) A fratura se dá por compressão axial
c) A principal falha é da coluna anterior
d) Há instabilidade ligamentar
Discussão:
A fratura de chance ocorre por movimento de flexão-distração e se deve a uma falha da coluna
posterior, com lesão ligamentar. Lembrando que o Chance clássico (ósseo) pela nova
classificação AO agora é B1. A lesão ligamentar é B2, e lesão por hiperextensão, B3.
Resposta: D
Discussão:
Fraturas torácicas apresentam alta relação com lesão neurológica, pelo canal mais estreito e
traumas de alta energia relacionados. Pico bimodal. Apresenta 50% de lesões associadas nos
acidentes com cinto de segurança.
Resposta: A
Discussão:
Tabagismo, desvio (posterior; translação maior que 5mm), angulação (maior que 10 graus) e
idade (maior que 40 anos) são fatores que predispõem à PSA. 3 vezes mais comum em
homens, especialmente comum em idosos, sendo a fratura cervical mais comum após os 70
anos e a de coluna mais comum após os 80.
Tipo II é o mais frequente, mais maligno e mais associado a dificuldades de tratamento.
Tração esquelética realmente pode ser necessária em alguns casos, como tipo 2 sem indicação
de parafuso, na qual se trata com halovest.
Tratamento conservador tem maus resultados em idosos.
Resposta: B
07. Prova R3 2016.Qual a técnica de inserção de parafuso de massa lateral mostrada a seguir:
a) Charafedine
b) Roy-Camille
c) Magerl
d) White-Kapandji
Discussão:
A técnica de Magerl segue como o desenho acima: no quadrante superomedial, com 25 graus
de inclinação lateral e tangenciando o pedículo. A técnica de Roy Camille é que a fica no centro
(lembrar do O, como se fosse centro do alvo, ou RC – Reto e Centro). A técnica de An é uma
apresentada no Rockwood 8, que usa o quadrante inferomedial.
Resposta: C
27. Prova R3 2016 Segundo a classificação de Levine e Edwards modificada por Effendi para
espondilolistese traumática do áxis, o mecanismo de compressão axial e hiperextensão
seguidas de flexão origina as lesões do tipo:
a) I
b) II
c) IIa
d) III
Discussão:
As fraturas tipo I são causadas por hiperextensão e compressão axial.
As tipo II, por hiperextensão, seguida de flexão e compressão axial (chicote).
As tipo IIa, flexão distração.
As tipo III, flexão e compressão axial.
Resposta: B
33. (Prova R3 2016) Sobre a fratura do enforcado, assinale qual o tipo mostrado
a) I
b) II
c) IIa
d) III
Discussão:
O bizu para diferenciar as fraturas do enforcado está nas facetas: se ocorre luxação facetária, é
um tipo III. Só se não ocorrer é que é necessário elucubrar se a vértebra está mais transladada
ou angulada.
Resposta: D
34. (Prova R3 2016) Sobre a luxação rotatória atlanto axial, assinale a correta:
a) comum isoladamente em adultos
b) tração craniana pode ajudar na proposta cirúrgica
c) o tipo IV de Fielding e Hawkins representa desvio entre 3-5mm
d) o tratamento conservador tem resultados ruins, principalmente em crianças
Discussão:
A síndrome de Grisel é comum principalmente em crianças, após um episódio de IVAS. Tração
craniana realmente ajuda na proposta de tratamento; pode promover a redução, ou fazer
parte do tratamento (halovest), ou ainda facilitar para uma posterior artrodese.
O tipo IV representa desvio posterior; o desvio anterior de 3-5mm é o tipo II.
O tratamento é predominantemente conservador, uma vez que a doença é autolimitada.
Resposta: B
Discussão:
A tração craniana, quando colocada rapidamente, realmente pode melhorar o prognóstico de
compressões agudas.
Em crianças, indica-se a utilização de oito pinos para fixação.
O local de passagem anterior é no terço lateral da sobrancelha, para evitar os vasos temporais.
Os olhos devem estar fechados, pois o músculo temporal pode ficar preso, de forma que os
olhos não se fecham mais.
RNM só está indicada na suspeita de hérnia traumática.
Resposta: A
36. (Prova R3 2016) Pela nova classificação AO, a imagem a seguir seria classificada como:
a) A0
b) A1
c) A2
d) A3
Discussão:
Pela nova classificação AO:
A0 – fraturas que não influenciam estabilidade (processo transverso, espinhoso, etc).
A1 – fratura de ao menos uma placa terminal
A2 – fratura de duas placas terminais, sem parede posterior
A3 – fratura de uma placa terminal e parede posterior
A4 – fratura de duas placas terminais e parede posterior (explosão)
Resposta: C
37. (Prova R3 2016) Qual a denominação nova e antiga da fratura a seguir pela AO e seu
tratamento indicado, de forma habitual?
Discussão:
Questão clássica da fratura de Chance, que na AO antiga era o B2.1, e agora é B1, apenas. A
única B de tratamento conservador.
Resposta: B
38. (Prova R3 2016) São casos que inferem instabilidade das fraturas cervicais baixas:
a) Angulação de 10 graus
b) Translação de 3mm proximal a C4
c) Rotação das facetas articulares
d) Fratura dos espinhosos
Discussão:
Indicam instabilidade: angulação de 11 graus ou mais; translação de 3,5mm ou mais; rotação
das facetas articulares. Fratura dos espinhosos não causa qualquer instabilidade.
Resposta: C
Discussão:
Fraturas torácicas apresentam maior chance de déficit neurológico pelo canal mais estreito e
maior energia do trauma necessária para ocorrer.
Resposta: D
40. (Prova R3 2016) Ao se propor o tratamento das fraturas toracolombares, temos de levar
alguns parâmetros em consideração. Ponha V para os que indicam tratamento cirúrgico, e F
para os que não:
a) V V V V V Perda de > 40-50% de altura
b) V V V F V Cifose > 25-30 graus
c) V V V V F Deslocamento de >2,5cm do corpo
d) V F V F F Compressão do canal vertebral > 20-30%
Natureza do déficit
Discussão:
Dos apresentados, somente o valor da compressão do canal está errado: 40-50% ou mais
indicam tratamento cirúrgico.
Resposta: B
Discussão:
A síndrome medular anterior não apresenta perda de propriocepção, mas perda da
sensibilidade a dor e força. Perda da sensibilidade vibratória e propriocepção são de lesão
medular posterior.
Resposta: D
Discussão:
A via de Smith Robinson é feita lateral ao esternocleidomastoideo e é a demonstrada na figura.
Resposta: D
Discussão:
Fratura do côndilo occipital
Epidemiologia: raras; geralmente associadas a outras lesões (Atlas).
Classificação de Anderson e Montesano:
Tipo 1: cominutivas impactadas – compressão vertical
Tipo 2: fratura da base do crânio que se estende através do côndilo - compressão
vertical
Tipo 3: fratura por avulsão, fragmento ligado ao ligamento alar – translação e rotação
(associado a luxação atlantooccipital).
Tratamento: 1 e 2 = conservador; colar ou órtese cervical 6-8 semanas.
Tipo 3: Conservador = halo-gesso por 12 semanas; cirúrgico =
artrodese se instabilidade atlanto-occipital.
Bizu da classificação: ela vai de pior para melhor (cominuta oblíqua avulsão)
Resposta: C
Discussão:
Pela classificação de Traynelis:
1 – anterior
2 – atlanto-occipital (axial)
2b – atlantoaxial (axial)
3 – posterior.
Não existe tipo 0, então, tecnicamente a e c estão erradas.
Resposta: C
Discussão:
O wink signal é mais bem visto no AP transoral, que é o desaparecimento da articulação C1-C2.
Só para lembrar, por Fielding e Hawkins: 1 - <3mm; 2 – 3-5mm; 3 - >5mm; 4 – posterior.
Resposta: B
Discussão:
Classificação de Gehweiler (fraturas do atlas):
1- Fratura isolada do arco anterior
2- Fratura isolada do arco posterior
3- Fratura dos arcos anterior e posterior (jefferson)
4- Fratura isolada da massa lateral
5- Fratura isolada do processo transverso.
Resposta: B
19. (Prova R2 2016) A melhor opção terapêutica para uma criança com síndrome de Grisel que
se apresenta no PS com 4 dias de sintomas:
a) Colar de espuma, analgesia, retorno em 1 semana para reavaliação.
b) Internação, colar filadelfia por 4 semanas e controles radiográficos
c) Internação, tração mentoniana até correção da deformidade
d) Internação, halo craniano até correção, colar rígido por 4 a 6 semanas
Discussão:
Com menos de uma semana de evolução é indicado tratamento com colar de espuma,
analgesia e reavaliação em 1 semana.
Resposta: A
45. (Prova R2 2016) Aponte a alternativa com a classificação correta da fratura a seguir
segundo Denis:
a) Zona 1
b) Zona 2
c) Zona 3
d) Zona 4
Resposta: B
Discussão:
Lesão neurológica: zona 1 – 6%; zona 2 – 30%; zona 3 – 60-80%.
As fraturas são verticais.
Resposta: C
Discussão:
SCIWORA é mais frequente em crianças; pode ocorre em pacientes idosos. Não há alterações
radiográficas, mas há déficit neurológico. Pode ocorrer com RNM normal.
Resposta: D
50. (Prova R2 2016) Em relação à escala de Frankel, um paciente que arpesenta sensibilidade
preservada com função motora alterada, com a maioria dos grupamentos musculares abaixo
do nível 3 de força, é classificado como:
a) Frankel A
b) Frankel B
c) Frankel C
d) Frankel D
Discussão:
Escala de Frankel vai de Excelente a Ausente
E: normal
D: diminuição de força (menor que 5, 3 ou mais).
C: diminuição de força (menor que 3, sensibilidade preservada)
B: sem força, sensibilidade preservada
A: sem força nem sensibilidade
Resposta: C
Discussão:
A fratura do enforcado, fratura-luxação C2-C3, ocorre por lesão da pars interarticularis. Só ela
permite a angulação ou translação associadas à fratura. Do corpo anterior seria uma fratura
em compressão; do processo espinhoso, uma fratura sem significância para estabilidade.
Resposta: C
08. (TARO 2016) A fratura do odontoide na criança, quando classificada por SH, apresenta-se
usualmente como do tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV
Discussão:
Fraturas do odontoide estão entre as mais comuns da coluna cervical na criança (10% delas).
Média de idade: 4 anos. Enquanto nos adultos a maioria ocorre na base do odontoide, nas
crianças é uma lesão fisária (SH1), que ocorre em um nível ligeiramente mais baixo de C2 e
através da sincondrose que une o odontoide ao corpo do axis. A maioria é desviada
anteriormente e usualmente tem uma banda periosteal anterior intacta que promove alguma
estabilidade à fratura quando imobilizada em extensão e garante consolidação excelente da
fratura. Comprometimento do crescimento é incomum após este tipo de fratura. Esta
sincondrose normalmente fecha entre 3-6 anos e adiciona pouco ao crescimento longitudinal
de C2.
Resposta: A
Discussão:
Lembrar que a síndrome de Brown-Sèquard é a hemissecção da medula. Portanto, tudo o que
sofre decussação deve ser afetado de forma diferente. O que sofre decussação acima do nível
de lesão será afetado ipsilateralmente; e tudo o que sofre abaixo será afetado
contralateralmente.
Motricidade e propriocepção (e sensibilidade profunda) sofrem decussação no tronco cerebral.
Sensbilidade dolorosa e térmica sofrem decussação antes de penetrarem na medula.
A lesão geralmente ocorre por fratura laminar unilateral ou pedicular, lesão penetrante ou
lesão rotacional resultando em subluxação. O prognóstico de recuperação é bom. Apenas
Brown-sèquard e síndrome medular central apresentam boas taxas de recuperação em 2 anos.
Resposta: B
Discussão:
Neurogênico Hipovolêmico
Etiologia Perda de controle simpático Perda de volume circulante
Pressão Baixa Baixa
FC Baixa Alta (baixa se grave)
Extremidades Quentes Frias
Débito urinário Normal Baixo
Resposta: D
43. (TARO 2016) Na fratura do sacro classificada por Denis como zona III, a probabilidade de
lesão neurológica é de:
a) 10-20%
b) 30-40%
c) 50-60%
d) 70-80%
Discussão:
Zona 1: 50% das fraturas, baixa incidência de lesão neurológica.
Zona 2: 33% das fraturas, 30% de déficit neurológico.
Zona 3: 16% das fraturas, 60% de lesão neurológica.
Resposta: C
95. (TARO 2016) A fratura do odontoide mais comum e que cursa com PSa em 36% dos casos
é, segundo Anderson e D’Alonzo, do tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV
Discussão:
Tipo I: incomuns, e mesmo que não ocorra não união após imobilização inadequada, não
ocorre instabilidade.
Tipo II: são a mais comum, e os autores relataram não união em 36% das desviadas e não
desviadas.
Tipo III: têm uma grande base de osso esponjoso e consolidam sem cirurgia em 90% dos
pacientes.
Resposta: B
02. (TEOT 2016) Em relação à fratura de Jefferson, o ligamento mais importante para
estabilidade:
a) transverso
b) alar
c) apical
d) xx
Discussão:
Fratura de Jefferson é a fratura bilateral anterior e posterior dos arcos de C1. O ligamento
transverso é essencial para sua estabilidade.
Resposta: A
Discussão:
Uma lesão da medula espinhal ocorre, de forma completa ou incompleta, e geralmente se
associa a uma flexão ou distração grave da coluna cervical. Isso ocorre na criança pois a coluna
(ossos e discos) são mais flexíveis que a medula espinhal, de forma que pode ocorrer mais
deformação (pode alongar até 5cm) sem lesão, enquanto a medula se rompe com apenas
6,5mm de alongamento.
Resposta: A
04. (TARO 2015) A síndrome centromedular ocorre em idosos por mecanismo de:
a) hiperflexão e cursa com tetraparesia que afeta mais os membros superiores
b) hiperextensão e cursa com tetraparesia que afeta mais os membros superiores
c) hiperflexão e cusa com tetraparesia que afeta mais os membros inferiores
d) hiperextensão e cursa com tetraparesia que afeta mais os membros inferiores
Discussão:
Afeta a área central da medula, incluindo matéria branca e cinzenta. Os tratos dos membros
superiores localizados centralmente são os mais afetados, e os das extremidades inferiores são
afetados com menos gravidade. Geralmente os pacientes apresentam tetraparesia envolvendo
as extremidades superiores em um grau maior do que as extremidades inferiores, com maior
disfunção distalmente do que proximalmente. Geralmente sensibilidade sacral é preservada.
Estes pacientes ferequentemente mostram recuperação precoce parcial e podem ter
compressão medular pré-existente e podem não ter instabilidade medular.
Prognóstico varia, mas mais de 50% dos pacientes tem retorno do controle de intestinos e
bexiga, tornam-se demabuladores e apresentam melhora da função da mão.
A síndrome geralmente resulta de uma lesão por hiperextensão em indivíduos mais velhos
com AO pré-existente da coluna. A medula espinhal é presa entre o corpo vertebral
interiormente e o ligamento amarelo e a lamina posteriormente.
Resposta: B
65. (TARO 2015) Na fratura do processo odontoide, a fixação com parafuso é contraindicada se
houver:
a) desvio maior que 5mm
b) angulação maior que 10 graus
c) associação com déficit neurológico
d) traço de fratura de anteroinferior para posterossuperior
Discussão:
Desvio maior que 5mm e angulação maior do que 10 são fatores de risco para pseudoartrose
do odontoide.
A fixação com parafuso é indicada no tipo II principalmente (não indicada no I, e apenas em
alguns casos no III), para traços de fratura da anterossuperior para posteroinferior, ou
transversos. No traço de anteroinferior para posterossuperior, a fixação com parafuso levaria
a desvio da fratura.
Resposta: D
Discussão:
Classificação desenvolvida por McCormack. Usa avaliação do grau de cominuição do corpo
vertebral, desvio de fragmentos ósseos, cifose pós-traumática, o que define quais lesões são
tratadas adequadamente com imobilização isoladamente ou construtos de segmentos curtos
transpediculares. Identificando casos complicados por quebra de implantes, sugeriram que um
total de >6 pontos indica artrodese anterior concomitante com enxerto estruturado.
Não confundir com o TLICS, que é o que estamos mais acostumados a usar, no qual: 3 ou
menos = conservador, 5 ou mais = cirúrgico, 4 = em cima do muro.
Resposta: D
05. (TARO 2014) Na fratura cervical baixa classificada por Magerl (AO), as lesões mais graves
são do tipo:
a) rotação
b) distração
c) complexo
d) compressão
Discussão:
A: compressão
B: distração
C: rotação
Conforme progride pela classificação, progride a gravidade.
Resposta: A
71. (TARO 2014) A fratura do odontoide mais comum e que cursa com pseudoartrose em 36%
dos casos é, segundo Anderson e D’Alonzo, a do tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV
Discussão:
Caiu uma exatamente igual no TARO 2016!
Tipo II: mais comum, PSA 36%.
Resposta: B
14. (ER 2017) Na inserção do parafuso pedicular na região lombar, a preocupação, entre
outras, se deve à localização da raiz emergente. Assim, a localização da raiz em relação ao
foram e o perigo de violar o pedículo são, respectivamente:
a) 1/3 médio/superior ou medial
b) 1/3 superior/superior ou medial
c) 1/3 inferior/inferior ou medial
d) 1/3 superior/inferior ou medial
Discussão:
Medial à parede medial do pedículo está o saco dural. Inferior à
parede medial do pedículo está a raiz nervosa no forame neural.
As raízes lombares geralmente estão situadas do terço superior
do forame; é mais perigoso penetrar o pedículo medial ou
inferiormente do que latearl ou superiormente.
Resposta:
Discussão:
Choque medular se refere a uma disfunção temporária da medula espinhal, com perda de
reflexos e função sensoriomotora caudal ao nível de lesão. É manifestada pela ausência da
piscada anal e reflexo bulbocaavernoso e por paralisia flácida. É um fenômeno temporário e
geralmente resolve em 24-48 horas, mesmo em casos graves. Não há tratamento específico
para choque medular.
Resposta: A
Discussão:
Lesão neurológica é relativamente incomum em sobreviventes (6-10%).
Lesões tipo I e Ia são tratadas em maioria com colar cervical. Tipo II: tração e imobilização com
halovest. Tipo IIa: extensão e compressão com halovest – nunca tração!
Déficit neurológico é uma contraindicação relativa ao tratamento conservador, e luxação
facetária é uma contraindicação absoluta.
Resposta: A
69. (ER 2017) Qual a porcentagem das fraturas da coluna vertebral que ocorre na junção
toracolombar?
a) 5%
b) 20%
c) 30%
d) 50%
Discussão:
Na maioria das fontes (RW 7, 8, Skeletal Trauma), as fraturas da coluna toracolombar
correspondem a 90% das fraturas da coluna, senque de 2/3 ocorrem na junção (T11-L2), sendo
a maioria em T12-L1. A resposta mais próxima seria, portanto, 50%.
Resposta: D
50. (TEOT 2014) Qual sinal de suspeita de fratura de sacro associada em fratura de pelve:
a) hiperrreflexia do aquiles
b) hiperestesia sacral
c) ausência de bulbocarvenoso
d) liberação piramidal
Discussão:
Deve-se testar com atenção as raízes de L5 e S1 devido ao seu envolvimento frequente em
fraturas sacrais. A raiz de L5 fica na asa sacral. As raízes sacrais podem ser lesadas em fraturas
transforaminais.
Deve-se testar sensibilidade perineal para avaliar raízes sacrais inferiores. Teste de
musculatura proximal pode ser limitada secundária a dor associada a fraturas do anel pélvico,
apesar de que a contração simples de grupos musculares pode ser acessada e documentada.
Hiperreflexia do aquiles seria uma consequência de liberação piramidal, que seria uma
consequência de lesão medular e não de raiz.
Pela lesão, também ocorreria hipoestesia, e não hiperestesia.
A única alteração que resta que se deve exclusivamente a raízes sacrais é o reflexo
bulbocavernoso.
Resposta: C
Discussão:
Flexão distração. Como sempre.
Resposta: A
86. (TEOT 2014) Qual a fratura mais comum do odontoide, segundo Anderson e D’Alonzo?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Discussão:
2. Também é a mais comum de pseudoartrose.
Resposta: B
Tumor
60. Sobre o cisto ósseo aneurismático da coluna, é correto afirmar
a) é uma afecção comum na coluna
b) pode acometer qualquer nível
c) não costuma acometer elementos posteriores
d) ocorre principalmente em idosos
Discussão: É uma afecção rara da coluna. Pode acometer qualquer nível. Como a maioiria dos
tumores benignos da coluna, costuma acometer mais os elementos posteriores, porém pode
atingir também corpo vertebral. Ocorre principalmente em crianças e adultos jovens.
Resposta: B
83. O acometimento dos elementos posteriores da coluna vertebral indica o diagnóstico dos
seguintes tumores
a) cisto ósseo aneurismático, cordoma, osteocondroma
b) osteoma osteoide, osteocondroma, mieloma múltiplo
c) cordoma, tumor de células gigantes, hemangioma
d) osteoblastoma, osteoma osteoide, osteocondroma
Discussão: Osteoma é um tumor benigno dos elementos posteriores da coluna. Acomete mais
homens, na segunda década de vida, na coluna lombar (>cervical > torácica). Dor noturna, que
melhora com aspirina. Radiculopatia em 28% dos casos. Na escoliose, acomete a face côncava
da vértebra. Geralmente rígida e rapidamente progressiva. Lesão assimétrica no pedículo.
Apenas 50% clássico de nidus com esclerose. Melhora da dor = ressecção adequada. 20-30%
mantêm a escoliose apesar da ressecção.
Resposta: D
Discussão: Lesões benignas são predominantemente posteriores, sendo que 76% das
anteriores são malignas. 8% dos tumores benignos ocorrem na coluna e sacro; apenas 20-40%
dos tumores da coluna são benignos (70% malignos em maiores de 21 anos). Lesões benignas
geralmente ocorrem em pacientes mais jovens (2 e 3 décadas). Tumores de sacro geralmente
são malignos até mesmo em pacientes jovens. Ressecção de tumores sacrais pode afetar a
continência; manutenção de ambas as raízes de S1 e pelo menos uma raiz de S2 – 50%
apresentam continência. Se apenas 1 raiz de S3 for ressecada, função geralmente preservada.
Nas lesões cervicais e torácica a medula deve ser preservada. Raízes nervosas torácicas podem
ser ressecadas, contanto que não em grande número para manter função da caixa torácica.
Hemangiomas: localização mais comum na coluna lombar e torácica baixa. Elementos
posteriores raramente são acometidos. Dor (60%), déficit neurológico (30%), fratura (10%). RX:
vértebra em veludo. TC axial: Polca Dot. Diferencia-se da doença de Paget, pois esta afeta a
vértebra por completo e o espessamento cortical é maior. Caso sintomáticos, 50-80%
respondem a radioterapia.
- Granuloma eosinofílico: autorresolutivo. Tumor benigno mais comum da vértebra. Pacientes
menores de 10 anos. Predileção torácica. Vértebra plana no rx perfil. DD com Ewing, infecção,
TB, leucemia, neuroblastoma.
Resposta: C
21. (TARO 2014) No granuloma eosinofílico da coluna na criança, o colapso simétrico de 50%
da altura do corpo vertebral é classificado segundo Garg, Mehta e Dormans coo grau:
a) IA
b) IB
c) IIA
d) IIB
Discussão:
Classificação e Garg, Mehta e Dormans:
I: colapso de 0 a 50%
II: colapso de 51 a 100%
III: limitado aos elementos posteriores.
A: simétrico
B: assimétrico.
Resposta: A
70. (ER 2017) O acometimento dos elementos posteriores da coluna vertebral indica o
diagnóstico dos seguintes tumores:
a) cisto ósseo aneurismático, cordoma, osteocondroma
b) OO, Osteocondroma, MM
c) Cordoma, TGC, hemangioma
d) Osteoblastoma, OO, Osteocondroma
Discussão:
Tumores que acometem os elementos posteriores são os com O: Osteoma Osteoide;
Osteocondroma; Osteoblastoma; Cisto Ósseo AneurismaticO.
Cordoma acomete principalmente a linha média do sacro; mieloma múltiplo, hemangioma e
TGC o corpo vertebral.
Resposta: D