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10.

000 Questões de Joelho


Nordon et al.

2014: TARO, TEOT


2015: R2 (parei na 43), TARO
2016: R3, R2 Anual, R2 (parei na 30), TARO, TEOT
2017: Encontro de Residentes
1000 questões

01. (TEOT 2014)


a)
b)
c)
d)

Discussão:
Resposta:
Artroplastia
169. Na ATJ, para o alinhamento do membro pelo método clássico, o corte distal do fêmur
deve:
a) ser sempre paralelo ao solo
b) corrigir a diferença entre o eixo anatômico do fêmur e o eixo mecânico
c) ter 9 a 10 graus de valgo
d) variar de acordo com o corte tibial

Discussão:
Artroplastia total de joelho:
Biomecânica: a marcha normal necessita de 67 graus de flexão para a fase de balanço, 83 para
subir escada, 90 graus para descer, 93 graus para levantar de uma cadeira. O braço de
alavanca em extensão é maior a 20 graus de flexão, e a força necessária do quadríceps
aumenta significativamente nos últimos 20 graus de extensão. A patela se articula com a
tróclea: polo inferior a 20 graus de flexão; média a 60 graus; polo superior a 90 graus. A 120
graus, apenas a face medial se articula com o côndilo, e o tendão patelar com a tróclea.
Indicações: primária: aliviar a dor causada por artrose grave. Esgotamento de tratamento
conservador. Principalmente idosos, ou pacientes jovens com grande perda funcional.
Contraindicações absolutas: sepse atual/recente pelo joelho; fonte remota de infecção;
descontinuidade/disfunção grave do mecanismo extensor; recurvato por fraqueza muscular;
artrodese (ou anquilose) funcionante e sem dor.
Contraindicações relativas: condições médicas; incapacidade de reabilitação; Coxartrose
ipsilateral (fazer ATQ primeiro); doença aterosclerótica da perna; condições locais de pele
(como psoríase); estase venosa com celulite recorrente; artropatia neuropática; obesidade
mórbida; ITU recorrente; OMC próxima ao joelho.
Resurfacing patelar: ATJ sem resurfacing apresenta 25% de dor anterior; com resurfacing,
apenas 5%. Muitas vezes a dor se relaciona mais à forma de tróclea da prótese.
Quando não fazer: diagnóstico primário de artrose, cartilagem patelar satisfatória,
trajeto patelofemural congruente, forma anatômica patelar normal, sem evidência de
artropatia cristalina ou inflamatória.
ATJ bilateral simultânea: não há ainda consenso sobre redução de custos, mas aparentemente
os riscos são iguais.
Técnica cirúrgica: incisão mediana, depois parapatelar medial. Rebater a patela. O corte do
fêmur distal é feito perpendicular ao eixo mecânico (5 a 7 graus de valgo), visando à corrigir
sua discrepância em relação ao eixo anatômico. O corte posterior é perpendicular à linha AP,
ou paralelo à linha transepicondilar, levando a uma RE de 3 graus. Fazem-se as chanfraduras
anterior e posterior. O corte da tíbia é perpendicular ao eixo mecânico; cortam-se 8-10mm do
lado menos afetado, ou 2mm do mais afetado.
6 cortes: femoral distal (espaço de extensão); anterior (para adequar o tamanho do
componente); posterior (espaço de flexão); chanfraduras; corte da tíbia (espaços de flexão e
extensão); ressecção de osteófitos.
Se for substituir o LCP, o fêmur é cortado 2mm a mais.
Gap balance: equilibrar a tensão de partes moles medial e lateral. Ligeira frouxidão em varo
na extensão é mais bem tolerada pela estabilidade dinâmica gerada pelo trato iliotibial.
Gap de flexão tenso: cortar mais posterior no fêmur; colocar implante menor.
Gap de extensão tenso: aumentar corte femoral distal, liberar cápsula posterior, ressecar
osteófitos posteriores.
Ambos os gaps tensos: cortar mais a superfície da tíbia.
Ambos frouxos: aumentar o polietileno.
Correção da deformidade em varo: liberação das estruturas posteriores. Começa do LCM
profundo até o canto posteromedial. Se a contratura persistir, soltar semimembranoso, LCM
superficial, tendões da pata de ganso (nesta ordem, checando após cada liberação). Se não
houver mais opção, liberar o LCP; se ele não tiver sido mantido, liberar o periósteo da tíbia.
Deformidade em varo é a mais comum.
Correção da deformidade em valgo: comum em pacientes com AR, artropatias inflamatórias,
côndilo femoral lateral hipoplásico e trauma prévio ou procedimentos reconstrutivos que
mudem o eixo de carga do MI ou apertem a face lateral da articulação. Gap de extensão e
flexão curtos, liberar primeiro o LCL do epicôndilo. Apenas gap de extensão: banda iliotibial 
pie crusting. CPL: libera principalmente em extensão, mais do que flexão, e pode ser liberado
antes do LCL se apenas para correção é necessária. Tendão poplíteo: libera mais gap de
flexão. Se ainda não for suficiente: cápsula posterior - cabeça lateral do gastrocnêmio.
Pie crusting: múltiplos golpes com bisturi paralelos à articulação. Para correções
maiores, é necessário liberar o LCL. Cuidado com o CPL, pois o nervo fibular passa a 1,5cm
dele. Como este se afasta em flexão, é melhor fazer o pie crusting nesta posição.
Correção da contratura em flexão: geralmente melhora bem com liberação medial e lateral. Se
persistir mesmo assim, alongar estruturas posteriores encurtadas. Se ainda assim persistir,
pode-se elevar a ressecção do fêmur; evitar >4mm, pois causa instabilidade em medioflexão.
Correção do recurvato: mover a linha articular 3-5mm para distal, usar componente femoral
menor com referenciamento anterior.
Balanceamento do LCP: muito tenso em flexão = pouca flexão no pós op, ou rollback
excessivo, o que desgasta aceleradamente o polietileno. Pouco tenso: não ocorre rollback.
Tracking patelofemoral: qualquer fator que aumente o ângulo Q pode causar desvio lateral da
patela. Rotação interna do componente tibial lateraliza a TAT, aumentando o ângulo Q. Da
mesma forma, rotação interna do componente femoral ou translação medial promovem
medialização da tróclea, o que também aumenta o ângulo Q. Resurfacing da patela deve ser
medializado. Anteriorização demais com um componente femoral muito grande ou
sobressecção da patela também podem levar a instabilidade patelar ou flexão limitada.
Classificação de Rand para defeitos ósseos:
I: defeito metafisário focal, borda cortical intacta
II: defeito metafisário intenso, borda cortical intacta
III: defeito da metáfise e cortical.
Defeitos pequenos: cimento (<5mm); defeitos contidos: enxerto de osso esponjoso impactado.
Defeitos maiores não contidos: enxerto estruturado, cunhas d emetal, parafusos.
Complicações:
TVP: a mais comum (40-84%). Fazer profilaxia por 14 dias em todos os pacientes sem TVP
prévia, e 6 semanas naqueles com história de TVP.
Infecção: 2-3%. Fatores de risco: AR (especialmente homem FR +), ulceração da pele, cirurgia
prévia de joelho, prótese em dobradiça, obesidade, ITU concomitante, uso de esteroides,
insuficiência renal, desnutrição, malignidade, psoríase. Profilaxia com cefazolina.
Complicações neurovasculares: comprometimento arterial: 0,03 – 0,2%; 25% destes evoluem
para amputação.
Paralisia do fibular: 1 a 2%.
Complicações patelofemurais: instabilidade (aumento do ângulo Q, ressecção excessiva do
côndilo lateral – hipoplásico), fratura (ressecção excessiva da patela – manter 10-12mm de
espessura), fratura periprótese:
Classificação de fratura periprótese de patela:
Tipo I: Mecanismo extensor intacto, implante estável: conservador, imobilizador por 6
semanas.
Tipo II: fratura desviada com descontinuidade do mecanismo extensor: banda de
tensão e reparo do retináculo.
Tipo III: componente solto. Excisar, e não trocar pois comprometeria recuperação.
Componentes patelares que impedem a fixação da fratura também devem ser
removidos.
Fraturas periprotéticas:
Supracondilares 0,3-2%. Fatores de risco: notching anterior femoral, osteoporose, AR, uso de
corticoides, sexo feminino, revisão, distúrbios neurológicos. Pode ser tratada com haste ou
placa.
Classificação de Rorabeck:
I: fratura sem desvio prótese estável: conservador, placa/haste possível.
II: fratura desviada, prótese estável: qualidade óssea boa ou ruim – preferência por
fixar, mas conservador é possível após redução incruenta.
III: prótese instável: sem desvio: qualidade óssea boa = revisão c/ haste + RAFI
Qualidade óssea ruim: Adicionar enxerto.
Com desvio: qualidade óssea boa = revisão com haste + RAFI + enxerto.
Qualidade óssea ruim: revisão com haste ou composto de aloenxerto ou ATJ comum.
Resposta: B

170. Na ATJ, o alinhamento rotacional do componente tibial:


a) tolera melhor a RI excessiva do componente tibial que do lateral (rotação externa?)
b) tem como parâmetro o centro do tornozelo
c) deve projetar-se em um ponto na porção medial da TAT
d) a rotação externa excessiva do componente tibial favorece a luxação da patela

Discussão:
O centro do tornozelo é utilizado como parâmetro para ter certeza de que o bloco de corte
tibial está na posição adequada, mas o componente tibial classicamente se projeta em um
ponto na porção medial da TAT. Uma rotação interna excessiva do componente tibial, assim
como do componente femoral, jogam o ângulo Q para lateral, causando, assim, maior
possibilidade de luxação patelar. A rotação externa excessiva do componente tibial levaria a
uma rotação interna da tíbia, o que em última análise diminui o ângulo Q e impede luxação da
patela.
Lembrando que o corte do platô tibial corrige tanto o espaço de flexão, como de extensão, e é
feito perpendicular ao eixo mecânico/anatômico da tíbia.
Resposta: C

171. O componente patelar da ATJ


a) deve estar lateralizado em relação ao centro da patela
b) deve estar centralizado em relação ao centro da patela
c) deve estar medializado em relação ao centro da patela
d) deve ocupar cerca de 0,4mm a menos da espessura do osso ressecada para diminuir a
pressão femoropatelar

Discussão:
O componente patelar deve ser igual ou até 2mm menor que o corte, para evitar pressão
femuropatelar (geralmente ele mede 8mm). Resseca-se osso suficiente da patela para evitar
que ele fique sobressalente, mas, ao mesmo tempo, não se deixa com menos de 10-12mm
para evitar fraturas da patela. É recomendado que sempre se o faça, a não ser que a qualidade
da cartilagem da patela seja excelente (sem o componente patelar, a incidência de dor
anterior chega a 25%, contra 5% após). O componente é posto medialmente na patela, para
evitar luxação.
Resposta: C

173. Na realização de uma ATJ, o release lateral da patela


a) deve ser realizado de rotina para diminuir a pressão femoropatelar e deve incluir as fibras
inferiores do vasto lateral
b) quando necessário, deve ser feito de maneira oblíqua no retináculo lateral da patela para
preservar a artéria geniculada distal
c) apesar de comprometer a artéria geniculada proximal, não há risco de evolução com
necrose patelar
d) raramente é necessário ser realizado, mas é mais comum nos desvios em varo do que em
valgo

Discussão:
O release patelar lateral não é realizado de rotina. É mais comum nos desvios em valgo
(componentes laterais encurtados, ao contrário do varo, em que estão frouxos) e, quando
necessário, deve ser feito proximal e de maneira oblíqua para preservar a artéria geniculada
distal.
Resposta: B

179. Com relação à perda óssea na ATJ, pode-se afirmar que o padrão mais frequentemente
encontrado é
a) uma perda óssea anterolateral no fêmur mais deformidade em varo do MI
b) uma perda óssea posteromedial no fêmur mais uma deformidade em valgo do MI
c) uma perda óssea posteromedial na tíbia mais deformidade angular em varo do MI
d) uma perda óssea anterolateral na tíbia mais deformidade em valgo do MI

Discussão:
A deformidade em varo é mais comum, e a perda posteromedial é mais comum que
anterolateral.
Resposta: C

180. Podem ser preenchidos com cimento os defeitos ósseos com profundidade de até
a) 5mm
b) 10mm
c) 15mm
d) 20mm

Discussão:
Defeitos de até 5mm podem ser preenchidos com cimento ósseo. A partir de 5mm, com
enxerto ósseo impactado. Defeitos maiores não contidos necessitam de estruturas metálicas.
Classificação de Rand para defeitos ósseos:
I) Defeito metafisário focal com cortical preservada
II) Defeito metafisário extenso, com cortical preservada
III) Defeitometafisário e cortical
Resposta: A

181. Os defeitos ósseos que são melhores para ser preenchidos com osso autógeno são
a) menores que 5mm
b) 5-10mm
c) maiores que 15mm
d) maiores que 20mm

Discussão:
Defeitos contidos maiores que 5mm podem ser preenchidos com osso impactado. Aqueles
maiores de 15mm provavelmente precisarão de estruturas metálicas.
Resposta: B

182. Nas revisões de prótese, os aumentos com metal trabeculado de tântalo são mais
indicados em
a) defeitos menores que 5mm
b) 5-10mm
c) grandes defeitos cavitários tibial e femoral
d) apenas em grandes defeitos infectados

Discussão:
A taxa de revisão é relativamente baixa (3,8% em 4 anos, 4,3-8% em 7 anos), mas a previsão é
que dobre em 10 anos ,sendo a artroplastia de revisão de crescimento mais rápido.
Falha asséptica: causas: soltura do componente, desgaste do poli com osteólise, frouxidão
ligamentar, fratura periprotética, artrofibrose, complicações patelofemorais.
Solstura do componente tibial é mais comum que do componente femoral. Observada como
uma área radioluscente de >2mm ao redor da prótese na interface osso-cimento. Em próteses
sem cimento, estas indicam área sem crescimento ósseo e sugerem soltura se extensas,
progressivas, sintomáticas.
Instabilidade é uma causa progressivamente mais freuqnete. Principais causas: desequilíbrio
ligamentar e incompetência, desalinhamento e incompetência ligamentar tardia, deficiência
do mecanismo extensor, design inadequado de prótese, erro cirúrgico.
Técnica: deve-se retirar o compoentne femoral primeiro, separando-o de todo o osso e, na
parte cimentada, batendo o osteótomo para separar a prótese do cimento (e depois tirar o
cimento do osso). No caso do tibial, se houver uma haste longa intracanal, fazer osteotomia do
tubérculo. O componente patelar só deve ser retirado se houver desgaste, soltura ou osteólise
associada.
Geralmente o LCP é ressecado, a não ser que ainda esteja em excelente estado. Se houver
incompetência grosseira dos ligamentos colaterais, pode-se usar uma prótese mais constrita.
Inicia-se pela tíbia, completando os defeitos ósseos menores de 5mm com cimento, e maiores
com enxerto. Na revisão, devem-se seguir as técnicas de correção de gaps: aumentar o
implante tibial corrigirá os gaps de flexão e extensão; aumentar o fêmur distal, os de extensão;
e aumentar o componente femoral, os de flexão.
Resultados: inferior a ATJ primária; complicações do mecanismo extensor e infecção profundas
são comuns; reoperação após revisão foi necessária em 41% por lesão do mecanismo
extensor, e 20% por infecção.
Resposta: C

183. As maiores causas de revisão pós ATJ primária, segundo a literatura, são respectivamente
a) infecção, soltura asséptica e instabilidade
b) instabilidade, soltura asséptica e infecção
c) infecção, instabilidade e soltura asséptica
d) instabilidade, infecção e soltura asséptica

Discussão:
Causas de revisão de ATJ:
1º: Infecção
2º: Soltura asséptica
3º: Instabilidade
Resposta: A

203. Na ATJ, a paralisia do nervo fibular é mais comum na correção da deformidade em


a) valgo e flexão
b) varo e flexão
c) valgo isolada
d) varo isolada

Discussão:
Lesão do fibular ocorre me 3% das ATJ. É mais comum na correção de um joelho valgo e em
flexão, pois nesta posição o fibular encontra-se mais encurtado, provocando seu estiramento e
subsequente lesão com a correção. Anestesia peridural é um fator de risco no pós operatório
de joelhos valgos.
Resposta: A

208. Na ATJ, para centralização do trilhamento patelar, o componente


a) patelar deve estar posicionado mais lateralmente
b) tibial deve estar posicionado em rotação lateral
c) femoral deve estar posicionado mais medialmente
d) femoral deve estar posicionado em rotação medial

Discussão:
Para centralização do trilhamento patelar, devem-se evitar todos os fatores que aumentam o
ângulo Q: lateralização do componente patelar; rotação medial dos componentes tibial e
femoral; medicalização do componente femoral.
Resposta: B

210. Na artroplastia total do joelho em valgo, o posicionamento rotacional do componente


femoral deve ter como parâmetro
a) a linha de Insall
b) o eixo epicondilar
c) a cortical anterior do fêmur
d) as faces posteriores dos côndilos femorais

Discussão:
O posicionamento do componente femoral é baseado em uma linha perpendicular à linha de
Whiteside, ou paralela ao eixo biepicondilar.
Resposta: B

218. Na ATJ, o balanceamento de partes moles é obtido com:


a) retensionamento do trato iliotibial, do tendão do poplíteo e do ligamento colateral lateral
b) retensionamento do ligamento colateral medial
c) liberação do trato iliotibial, do tendão do poplíteo e do ligamento colateral lateral
d) liberação subperiosteal do ligamento colateral medial

Discussão:
Na ATJ, em geral não são feitos retencionamentos, mas liberações. Parte-se, então, de qual
parte está encurtada, para se saber qual procedimento se fará. No joelho varo (mais comum),
é realizada a liberação periosteal do LCM. No joelho valgo, a banda iliotibial, o tendão poplíteo
e o ligamento colateral lateral são liberados do fêmur.
Resposta: D

25. (Prova de Joelho R2 2015) Nas ATJ, para criar um espaço em flexão retangular com igual
tensão sobres os LCM e LCL, o componente femoral é rodado em relação ao eixo condilar
posterior
a) 3 graus internamente
b) 3 graus externamente
c) 6 graus internamente
d) 6 graus externamente

Discussão:
O corte é feito com rotação externa de 3 graus, em geral. Um aumento na rotação externa
gera mais tensão no compartimento lateral, e de rotação interna, no compartimento medial.
Resposta: B

26. (Prova de Joelho R2 2015) A partir de quantos graus de flexo do joelho a artroplastia
unicompartimental de joelho está contraindicada
a) 10 graus
b) 12 graus
c) 15 graus
d) 20 graus

Discussão:
Indicações da Artroplastia unicompartimental: idosos com doença unicompartimental, que de
outra forma iriam para ATJ, magros. Vantagens: tempo de reabilitação menor, maior ADM pós
op, preservação da função proprioceptiva dos cruzados; Jovens, com doena
unicompartimental, em que é a primeira artoplastia, geralmente no lugar de uma osteotomia
tibial alta.
Contraindicações: artrite inflamatória, contratura em flexão > 15 graus, ADM pré op < 90
graus, deformidade angular do eixo mecânico > 10 graus para varo e >5 graus para valgo.;
erosão cartilaginosa significante no outro compartimento, deficiência do LCA, osso subcondral
exposto sob a patela. Obesidade (relativa).
Resposta: C

28. (Prova de Joelho R2 2015) Com relação aos defeitos ósseos presentes durante uma ATJ,
assinale a correta:
a) de acordo com Rand, o tipo III é caracterizado por um defeito metafisário extenso, com
borda cortical íntegra
b) defeitos menores de 5mm geralmente são preenchidos com cimento ósseo
c) defeitos ósseos não contidos podem ser tratados por meio de enxertos ósseos esponjosos
d) defeitos contidos geralmente podem ser tratados por meio de cunhas metálicas

Discussão:
Pela classificação de Rand:
1: defeito metafisário localizado com cortical íntegra; 2: defeito metafisário extenso com
cortical íntegra; 3: defeito metafisário e cortical.
Defeitos menores que 5mm geralmente são preenchidos com cimento; maiores, porém
contidos, são tratados com enxertos ósseos esponjosos; não contidos, com cunhas metálicas.
Resposta: B

17. Prova R3 2016 Na ATJ, se o espaço de flexão estiver mais reduzido que o espaço de
extensão, deve-se:
a) abaixar o corte tibial
b) aumentar o corte femoral distal
c) liberar a cápsula posterior junto ao fêmur
d) diminuir o tamanho do componente femoral

Discussão:
Para tratar do gap de flexão, pode-se aumentar o corte posterior, diminuir o implante; para
tratar do gap de extensão, pode-se aumentar o corte femoral distal, liberar a cápsula posterior
e ressecar osteófitos.
Quando há gap de ambos, deve-se abaixar o corte tibial.

Resposta: D

18. Prova R3 2016 Na ATJ com recapeamento de patela, o posicionamento do componente


patelar de polietileno no corte ósseo deve ser:
a) superior
b) medial
c) central
d) lateral

Discussão:
O componente patelar deve ficar mais medial para evitar a luxação da patela.
Resposta: B

26. Prova R3 2016 Qual a principal complicação do release lateral da patela:


a) Necrose da patela
b) Luxação medial
c) Infecção na ferida
d) Permanência de dor lateral

Discussão:
O release lateral predispõe a lesão da patela pelo risco de lesão da artéria genicular. A incisão
deve ser oblíqua e cuidadosa.
Resposta: A

Questão de número indeterminado. Prova de R4 2017.


Quem introduziu a ATJ?
a) Salvati, 1972.
b) Insall, 1973.
c) Caton, 1974.
d) Angelini, 1975.

Discussão:
Angelini só criou a manobra de Angelini.
Quem introduziu a ATJ foi ele, o Insall.
Na dúvida, sempre chute Insall. Foi o que eu fiz.
Resposta: B.

Questão de número indeterminado. Prova de R4 2017.


Em uma ATJ com fratura periprótese, estável e qualidade óssea boa, qual a conduta de acordo
com Rorabeck?
a) Conservadora.
b) RAFI
c) Haste de revisão + fixação interna
d) Haste de revisão + fixação interna + enxertia óssea

Discussão:
Classificação de Rorabeck:
I: fratura sem desvio prótese estável: conservador, placa/haste possível.
II: fratura desviada, prótese estável: qualidade óssea boa ou ruim – preferência por
fixar, mas conservador é possível após redução incruenta.
III: prótese instável: sem desvio: qualidade óssea boa = revisão c/ haste + RAFI
Qualidade óssea ruim: Adicionar enxerto.
Com desvio: qualidade óssea boa = revisão com haste + RAFI + enxerto.
Qualidade óssea ruim: revisão com haste ou composto de aloenxerto ou ATJ comum.
Resposta: C.

55. (TARO 2016) Na ATJ, o defeito ósseo extenso na região metafisária com cortical íntegra é
classificada, segundo RAND, como tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Classificação de RAND de defeitos ósseos metafisários na ATJ:
Tipo I: defeito metafisário focal, com cortical intacta.
Tipo II: defeito metafisário extenso, com cortical intacta
Tipo III: defeito metafisário e cortical.
Defeitos com menos de 5mm são tratados com cimento ósseo; com mais de 5mm e contidos,
com enxerto ósseo; não contidos, com cunhas de metal e parafusos.
Resposta: B

18. (TEOT 2016) Na ATJ, gap de extensão menor que de flexão deve ser tratado:
a) Aumentar corte distal do fêmur
b)
c)
d)

Discussão:
Espaço de extensão pequeno: aumentar a ressecção do corte femoral distal ou liberar a
cápsula posterior
Espaço de flexão pequeno: aumentar a ressecção do corte femoral posterior ou liberar metade
anterior do LCM ou a pata de ganso
Ressecção do corte tibial afeta os gaps de flexão e extensão igualmente
Resposta: A

63. (TARO 2015) Na ATJ, o corte posterior dos condilos femorais deve ser feito com:
a) 3º rotação medial
b) 6º rotação medial
c) 3º rotação lateral
d) 6º de rotação lateral

Discussão:
Quando se referenciam os condilos posteriores, fazer um corte em 3 graus de rotação externa
a partir de uma linha entre eles. Um joelho valgo com côndilo femoral lateral hipolasico pode
levar a um componente femoral rodado internamente se apenas os condilos posteriores são
referenciados.
Resposta: C
85. (TARO 2015) É contraindicação absoluta para ATJ:
a) patela baixa
b) obesidade mórbida
c) osteotomia femoral prévia
d) recurvato por fraqueza muscular

Discussão:
Contraindicações absolutas para ATJ:
Sepse recente ou atual; fonte remota de infecção atual; descontinuidade ou disfunção grave
do mecanismo extensor; recurvato secundário a fraqueza muscular; artrodese do joelho sem
dor, bem funcionante.
Contraindicações relativas: condições médicas que comprometam a habilidade do paciente
para suportar analgesia, demandas metabólicas da cirurgia e recuperação da ferida, e a
reabilitação necessária significativa para conseguir um resultado funcional. Um quadril
ipsilateral com artrose também deve ser considerado para artroplastia antes do joelho
sintomático, pois a reabilitação é mais fácil com a ATQ e um joelho com artrose, do que uma
ATJ com um quadril com artrose. Outras contraindicações: doença aterosclerótica significativa
da perna a ser operada, condições de pele como psoríase dentro do campo cirúrgico, doença
de estase venosa com celulite recorrente, artropatia neuropática, obesidade mórbida, ITU
recorrente, história de OM na proximidade do joelho. Qualquer condições pré-operatória que
possa afetar adversamente os resultados do pacientes pode ser considerada como uma
contraindicação relativa.
Resposta: D

36. (TARO 2014) Para a realização da ATJ, é considerada contraindicação absoluta a


a) artropatia neuropática
b) patelectomia total prévia
c) doença arterial aterosclerótica
d) disfunção grave do mecanismo extensor

Discussão:
Lembrando as contraindicações absolutas: sepse recente ou atual; fonte remota de infecção
atual; descontinuidade ou disfunção grave do mecanismo extensor; recurvato secundário a
fraqueza muscular; artrodese do joelho sem dor e funcionante.
Resposta: D

41. (ER 2017) Em relação à técnica cirúrgica da prótese total de joelho:


a) a ressecção da tíbia influencia no intervalo de flexão
b) a ressecção do fêmur influencia apenas o intervalo de flexão
c) a ressecção insuficiente do fêmur distal pode levar a uma contratura em flexão
d) não depende do balanço ligamentar

Discussão:
As respostas da questão devem ser lidas com atenção.
A ressecção da tíbia influencia ambos os espaços; sendo assim, influencia o intervalo de flexão.
Deve-se procurar, porém, uma resposta mais acertada.
A ressecção do fêmur influencia apenas o intervalo de flexão: não. A ressecção posterior do
fêmur é utilizada em um gap de flexão tenso, e a ressecção do fêmur distal, em um gap de
extensão tenso.
A ressecção insuficiente do fêmur distal pode levar a uma contratura em flexão. I.e., um gap de
extensão tenso. Esta está mais correta.
O balanço ligamentar é essencial para a correção dos gaps. A maior parte das deformidades
em flexão melhoram com o balanceamneot de partes moles para deformidades do plano
coronal. Se permanecer mesmo assim, devem-se alongar as estruturas posteriores encurtadas.
Se a contratura persistir, deve-se aumentar a ressecção do fêmur distal. Nas contraturas em
flexão grave, deve-se evitar elevar a linha articular mais do que 4mm, pois isto pode criar uma
instabilidade em médio-flexão e um aumento na constrição do implante pode ser necessário.
Resposta: C
Artrose
162. Sobre o tratamento medicamentoso da artrose do joelho, é correto afirmar:
a) Os condroprotetores possuem muitos efeitos colaterais
b) A glicosamina aumenta a produção de tecido cartilaginoso
c) A triancinolona é o corticosteroide que possui o maior tempo de ação quando administração
por via intra-articular
d) o ácido hialurônico não tem efeito sobre o metabolismo da cartilagem articular

Discussão:
Gonartrose:
3X mais comum que Coxartrose
Fatores de risco: ocupação, flexão repetitiva do joelho, fraqueza muscular, obesidade,
síndrome metabólica; mulheres > homens; idae avançada, genética, raça (brancos e hispânicos
> negros).
Sintomas: dor limitante, comprometendo distância de deambulação; dor noturna ou ao
repouso; edema induzido por atividade; rigidez; instabilidade, travamento, sensação de
catching. Geralmente há perda da extensão final (5 graus) e da flexão total (110 graus).
Classificação: Primária: Idiopática; poliarticular, obesos, > 50 anos, mais branda.
Secundária: monoarticular; dano direto a uma articulação ou patologia como OCD ou ON;
qualquer idade; mais agressiva.
Classificação radiográfica de Ahlback:
0 – normal
1: redução do espaço articular no AP.
2: Obliteração do espaço articular no AP
3: Desgaste do platô tibial <5mm no AP; perfil normal.
4: Desgaste entre 5 e 10mm no AP; desgaste da região posterior no perfil.
5: Subluxação.
Tratamento
Conservador: inicial para a maioria dos pacientes; perda de peso (retarda progressão da
doença), fisioterapia (fortalecimento global e equilibrado dos MMII); analgésicos, AINE,
suportes, órteses (de valgização ou varização de acordo com a deformidade); infiltrações:
corticoides, ácido hialuronico, glucosaminas.
Fisioterapia, se interrompida, perde efeito em 6 meses.
Pelas guidelines da AAOS: grandes evidências contra acupuntura, injeções viscoelásticas,
glucosamina e condroitina; evidências moderadas contra lavagem com agulha e palmilhas de
cunhas laterais.
Condroprotetores têm poucos efeitos colaterais; atuam no metabolismo da cartilagem, porém
não produzem mais cartilagem; triancinolona é o corticoide mais utilizado, pois é o que
perdura mais tempo na articulação.
Cirúrgico:
Desbridamento: indicado para adultos mais velhos, ativos; AO leve a moderada; falha
do tratamento conservador. Consiste de: sinovectomia; exostectomia; remoção de corpos
livres e menisco danificado; condroplastia. A resposta é imprevisível; sintomas de curta
duração e mecânicos tendem a evoluir bem. Desalinhamentos do eixo mecânico tendem a
evoluir mal. Abrasão: resultado satisfatório (60%), contraindicada para pacientes com artrite
inflamatória, rigidez significativa, deformidade ou instabilidade.
Transplante osteocondral e de condrócitos autólogos: aloenxerto osteocondral:
apenas 30% com bons resultados; procedimento de salvamento para pacientes jovens e ativos
com degeneração da articulação patelofemoral. Indicações: defeito grau IV isolado femoral e
tíbia com condromalácia <2.
Osteotomias: procedimento bem estabelecido para unicompartimental. Diminuir
carga no compartimento acometido. Indicações: dor incapacitante, artrose unicompartimental,
capacidade de usar muletas após cirurgia, boa condição vascular. Contraindicações: perda
óssea tibial no compartimento medial maior que 2 a 3mm (lembrar da tolerância no trauma de
platô!); contratura em flexão > 15 graus e flexão do joelho < 90 graus (igual artroplastia
unicompartimental!); mais de 20 graus de correção necessárias; AR (sempre contraindica
qualquer coisa menos agressiva); doença vascular significativa. Método de
Bauer/Insall/Koshino: em uma tíbia de 56mm, cada 1mm de cunha corrige 1 grau. O resto é
feito com cálculo a partir de regra de 3. Lembrar que para a correção do varo, traça-se uma
linha do centro do tornozelo ao ponto 62% (ponto 62, de uma divisão em 100 partes do platô,
que começa de medial e vai para lateral); e outra no eixo anatômico. O ângulo formado indica
quanto corrigir com a cunha. Complicações: recorrência, paralisia do nervo fibular, não união,
infecção, rigidez do joelho ou instabilidade, fratura intra-articular, TVP, SCA, patela baixa, ON
do fragmento proximal.
Osteotomia do fêmur distal: deformidade me vlago > 12-15 graus, ou plano articular do joelho
desviado mais do que 10 graus da horizontal. Osteotomia em varo.
Resposta: C

188. Assinale a alternativa incorreta com relação às contraindicações para o tratamento com
microfraturas na lesão da cartilagem articular
a) doença induzida por artrite
b) paciente com menos de 65 anos mas que não apresentam equilíbrio para andar com apoio
monopodal mesmo com o auxílio de muletas
c) pacientes com lesões menores que 4cm2
d) Osteoartrose generalizada

Discussão:
O tratamento com microfraturas é indicado para pacientes com lesões menores que 4cm2,
capazes de apoio monopodal, com Osteoartrose primária. Artrose generalizada, doença
sistêmica imunológica, AR e o contrário das indicações são contraindicações.
Resposta: C

29. (Prova de Joelho R2 2015) A presença de osteófito posterior na gonartrose indica


insuficiência de qual estrutura?
a) LCA
b) LCP
c) LCL
d) LCM

Discussão:
Na deficiência do LCA, a constante anteriorização da tíbia em relação ao fêmur leva à formação
de um osteófito protetor na região posterior. A princípio, um LCP insuficiente levaria a um
osteófito anterior; um LCM avulsionado forma um Segond Reverso (avulsão na face medial da
tíbia proximal), enquanto uma avulsão crônica forma uma calcificação na face medial do fêmur
distal, próximo ao epicôndilo medial (síndrome de Pellegrini-Stieda).
Resposta: A

30. (Prova de Joelho R2 2015) De acordo com Ahlback, a presença de osteófito posterior na
radiografia em perfil é classificada como:
a) II
b) III
c) IV
d) V

Discussão:
Classificação de Ahlback:
0: normal
1: diminuição do espaço articular
2: obliteração do espaço articular
3: atrito do platô tibial < 5mm
4: atrito do platô tibial 5-10mm + atrito posterior com formação de osteófito
5: subluxação

Resposta: C

31. (Prova de Joelho R2 2015) De acordo com a classificação de Iwano para a artrose
patelofemoral, a presença de contato ósseo entre a patela e a tróclea em menos de um quarto
da superfície articular corresponde ao tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Classificação de Iwano de artrose patelofemoral:
1: leve; espaço articular > 3mm
2: moderado: <3mm, sem contato ósseo
3: contato ósseo <25% da superfície articular
4: superfícies articulares se tocam completamente.
Resposta: C

48. (Prova de Joelho R2 2015) Em relação à técnica de microfraturas na lesão condral, qual a
ideal distância entre os orifícios e sua profundidade, respectivamente?
a) 3-4mm e 2-4mm
b) 2-5mm e 5-10mm
c) 5-10mm e 3-6mm
d) 4-8mm e 6-12mm

Discussão:
A distância ideal é 3-4mm, e a profundidade, 2-4mm. Se você acha isso ridículo, não se
preocupe, não é da cabeça deles. Tem um guia e as brocas têm um stop para ficar do jeito
certo. Não é feito com fio de Kirchner no olhômetro.
A lesão condral em jovens atletas é causada por trauma; nos mais velhos, é degenerativa.
Geralmente há dor, efusão e sintomas mecânicos. Em pacientes com lesão femoral, a dor é
geralmente localizada nos compartimentos, e pior com carga ou atividade de alto impacto. Nas
lesões patelares, há dor ao ajoelhar, subir escada e ficar muito tempo sentado.
Lesões da cartilagem são frequentemente acompanhadas de hemartrose significativa e
microfraturas trabeculares subcondrais. Equimoses ósseas foram achadas em 80% das
rupturas completas de LCA.
Classificações:
Bauer e Jackson: lesões articulares por confissuração. I: linear; II: estrelada; III: flap; IV: cratera;
V: fibrilação; VI: degradação.
Classificação de Outerbridge:
Grau 0: Cartilagem normal
I: Amolecimento e inchaço
II: Fragmentação e fissuras em área <0.5 polegada
III: Fragmentação e fissura e área > 0.5 polegada
IV: osso subcondral exposto
Lesões pequenas são consideradas como menos de 2cm.
Tratamento:
Sintomas mínimos: debridamento artroscópico e lavagem
Lesões menores, paciente de baixa demanda: estimulação da medula
Lesões menores, baixa ou alta demanda: autoenxerto osteocondral
Lesões maiores, com perda óssea: aloenxerto
Lesões pequenas ou grandes, com ou sem perda óssea, alta demanda: implantação de
condrócitos autólogos.
Conservador: perda de peso, fortalecimento muscular, alteração de atividades, órteses,
braces, analgésicos, AINES.
Resposta: A

13. Prova R3 2016 Em relação à classificação de Iwano para artrose femoropatelar, é correto
afirmar que um espaço articular menor do que 3mm visto na radiografia axial de patela é
classificado como:
a) tipo 2
b) tipo 3
c) tipo 4
d) tipo 5

Discussão:
Pela classificação de Iwano:
Tipo 1: leve, espaço >3mm.
Tipo 2: moderada, espaço <3mm
Tipo 3: contato ósseo com o fêmur em menos de 25% da cartilagem articular.
Tipo 4: contato ósseo total entre as superfícies.

Resposta: B

14. Prova R3 2016 Paciente com radiografia AP do joelho monopodálica evidenciando um


desgaste do platô tibial entre 5 e 10mm, sem evidencias de subluxação no perfil, pode ser
classificado como Ahlback:
a) tipo 2
b) tipo 3
c) tipo 4
d) tipo 5

Discussão:
Classificação de Ahlback de gonartrose:
0 – sem alterações
1 –diminuição do espaço articular
2 – obliteração do espaço articular
3 – artrito ósseo <5mm
4 – artrito ósseo 5-10mm + formação de osteófito posterior
5 – subluxação
Resposta: C

15. Prova R3 2016 Na gonartrose, a boa resposta ao desbridamento artroscópico está


relacionada com:
a) dor à palpação lateral
b) o início insidioso dos sintomas
c) a ausência de derrame articular
d) a presença de corpo livre intra-articular

Discussão:
Desbridamento artroscópico apresenta melhores resultados que a simples lavagem, com 70%
de bons resultados. Serve somente para postergar outras intervenções em pacientes jovens. É
particularmente útil se houve algo incomodando que possa ser removido, como corpo livre.
Resposta: D

32. Prova R3 2016 Pela classificação de Outerbridge, fragmentações e fissuras numa área
maior que 0,5 polegada em diâmetro configuram o tipo:
a) IV
b) D
c) C
d) III

Discussão:
Classificação de Outerbridge de lesões osteocondrais:
1 – amolecimento e inchaços
2 – fragmentação e fissuras em área <0.5 polegada
3 – fragmentação e fissuras em área > 0.5 polegada
4 – osso subcondral exposto

Resposta: D

54. Prova Anual R2 2016 Em uma artroscopia de joelhos foi encontrada uma lesão condral
estrelada, com fissuras menores que 1,27cm no côndilo medial. Podemos classificar a lesão
segundo Outerbridge como:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
1,27cm seria meia polegada.
Por outerbridge:
I – amolecimento
II – fragmentação, fissura, área <1,27cm
III – fragmentação, fissura, área >1,27cm
IV – osso subcondral exposto
Resposta: B

55. Prova Anual R2 2016 Com relação à lesão encontrada na questão acima e que o paciente é
sedentário, qual é o melhor tratamento proposto?
a) Microfraturas
b) Mosaicoplastia
c) Alotransplante osteocondral a fresco
d) autotransplante de condrócitos

Discussão:
Para lesões menores, com pacientes de baixa demanda, pode ser feita estimulação da medula
(microfraturas) ou autoenxerto osteocondral.
Para lesões menores em pacientes de alta demanda, autoenxerto osteocondral.
Para lesões maiores, com perda óssea: aloenxerto ósseo.
Para pacientes de alta demanda, com lesões maiores ou menos, com ou sem perda óssea:
condrócitos autólogos.
Resposta: a) microfraturas – ideal. B) Mosaicoplastia – lesões maiores, com perda óssea. C)
alotransplante osteocondral a fresco – lesões maiores, com perda óssesa. D) autotransplante
de condrócitos – pacientes de alta demanda.

25. Prova R2 2016 Os seguintes fatores são prognósticos após a realização de microfraturas
para tratamento da lesão de cartilagem do joelho:
a) proteção de carga no pós operatória e imobilização pós operatória
b) ganho de ADM precoce e ressecção do osso subcondral
c) 1-2mm de ponte óssea entre os furos e correção do eixo mecânico
d) uso de condroprotetores no pós operatório e carga precoce

Discussão:
Indicações para microfraturas (Insall)
Considerar idade do paciente, alinhamento biomecânico, nível de atividade do paciente e
expectativas.
Principal indicação para lesões grau 4 em áreas de carga no área entre patela e sulco troclear.
Cartilagem instável; doença degenerativa do joelho com alinhamento axial normal.
Lesões agudas – tratar com cirurgia precoce
Lesões crônicas – pelo menos 12 semanas de tratamento conservador com AINE, mudança de
atividades, condroprotetor e infiltrações.
Não há limite de tamanho para tratamento, mas lesões <400mm² apresentam melhores
resultados (pelo autor).
Nas lesões crônicas, levar em conta alinhamento axial adequado do membro e alteraço~es
degenerativas.
Contraindicações absolutas: desalinhamento axial – varo ou valgo > 5 graus em relação
ao lado oposto e eixo mecânico não passando pelo ¼ central ou do compartimento medial ou
do lateral; pacientes não colaborativos com protocolo de reabilitação; defeitos parciais;
impossibilidade de carga no membro contralateral; doença sistêmica imunomediada; doença
articular; AO secundária a doença sistêmica.
Contraindicações relativas: pacientes >65 anos (por dificuldade na reabilitação); AO
generalizada na articulação; margens lesionais finas incapazes de abrigar hematoma de reparo.
Todos os reparos articulares para lesões associadas, exceto reparo ligamentar, devem
ser realizados antes da microfratura. Atenção a potenciais causadores de aumento de pressão,
como o plica e retináculo lateral.
No pós operatório se mantém com CPM, ou movimentos passivos 500x/dia, e carga
mínima por 6-8 semanas. Bicicleta sem resistência, exercícios em água com flutuação para que
pé não toque no chão 1-2 semanas após. Flexão do joelho com 8 semanas, resistência com
elástico 12 semanas, exercícios livres com cargas nunca antes de 16 semanas. Pivo, corte,
salto, após 4-9 meses.
Se femuropatelar, deve-se imobilizar evitando o contato da patela com a tróclea, com
brace articulado, permitindo movimentos passivos dentro deste ângulo de segurança.
Fatores relacionados a melhores resultados:
1) Retirada da cartilagem calcificada, mas evitar abrasão do osso
2) Manter função articular no pos operatório com COM
3) Proteger carga (de acordo com localização da lesão)
4) Correção de anormalidades do eixo mecânico
5) Há alguma evidência e que injeção de ácido hialurônico pós op pode ajudar.

Resposta: C

26. Prova R2 2016 A técnica a seguir é usada para defeitos de:

a) até 2cm
b) 2-3,5cm
c) até 3,5cm
d) 3,5 a 10cm

Discussão:
Tratamento cirúrgico de lesões de cartilagem articular de acordo com tamanho da lesão
<1cm: observação; condroplastia abrasiva; microfraturas; transferência de autoenxerto
osteocondral.
1-2cm: Condroplastia abrasiva; microfratura; transferência de autoenxerto osteocondral
2-3,5cm: aloenxerto osteocondral a fresco; implantação autóloga de condrócitos
3,5-10cm ou múltiplos (2 ou 3): implantação de condrócitos autólogos

Enxertos osteocondrais autólogos: usados em áreas de <2cm; retirados de áreas de menor


carga; usados como um grande plug ou enxertos menores (mosaicoplastia – figura acima).

Resposta: A

38. (ER 2017) A artrodese do joelho deve ser posicionada em:


a) 0 a 15 graus de extensão, 5-8 de valgo, 5 de RE
b) 0-20 ext, 5-8 valgo, 15 RI
c) 0-15 ext, 5-8 valgo, 5 RI
d) 15 ext, 5-8 valgo, 15 RE

Discussão:
Artrodese do joelho
Provavelmente houve erro de digitação. É indicada a posição:
0-15 graus de flexão.
5-8 graus de valgo.
0-10 graus de rotação externa (de acordo com a outra perna).
Algum encurtamento é vantajoso para autocuidado do paciente.
Indicações: anquilose dolorosa após infecção ou trauma; artropatia neuropática; ressecção
tumoral; salvação para falha de ATJ; perda do mecanismo extensor.
Contraindicações:
Absoluta: infecção ativa.
Relativas: artrodese bilateral; amputação contralateral; perda óssea significativa; artrose
ipsilateral do quadril ou tornozelo.
Resposta: A (considerando-se correção de extensão para flexão).
Ciências Básicas
163. Sobre os testes ligamentares para o LCA do joelho, assinale a alternativa correta:
a) no teste da gaveta anterior, o joelho é posicionado em 60 graus de flexão
b) o teste de Lachman é realizado com o joelho em extensão completa
c) o teste de pivot-shift demonstra a redução da subluxação causada pela insuficiência do LCA
d) exame complementar diagnóstico é indispensável em todos os casos de suspeita de lesão
do LCA

Discussão:
Para realizar o teste da gaveta anterior, o paciente fica em posição supina; o examinador se
posta diante do paciente, apoiando o seu pé, geralmente sentando-se em cima deles. O
quadril fica a 45 graus, e o joelho, entre 80-90 graus. Apoiam-se os dedos atrás do platô tibial,
e os polegares, na linha articular, medial e lateral. Promove-se um movimento retilíneo de
anteriorização para a gaveta anterior e posteriorização para a gaveta posterior. Na gaveta
posterolateral, a perna está em rotação externa e tenta-se promover a sua rotação. É
importante ter certeza de que eventual subluxação posterior da tíbia está corrigida antes de
fazer a gaveta anterior.
As gavetas rotatórias são realizadas conforme: anteromedial – para testar o LAL (que segura a
anteromedialização); anterolateral; para testar o canto anterolateral; posteromedial – para
testar o canto posteromedial. O pé é posicionado em rotação interna (medial) ou externa
(lateral), e a tíbia, anteriorizada ou posteriorizada.
O teste de Lachman é realizado com o joelho em 30 graus de flexão; geralmente com o
paciente em posição supina, e o quadril abduzido o suficiente para a perna pender da maca.
Com uma mão, estabiliza-se a coxa; com a outra, promove-se a anteriorização da perna.
Tecnicamente, ele não é descrito para testar o LCP, mas pode ser usado. O lachman é o mais
sensível para o LCA, e a gaveta posterior, para o LCP.
Dos outros testes de LCA, o Jerk (Hughston) e o Pivot-Shift (McIntosh) são complementares.
Para o Pivot Shift, inicia-se com o quadril em 90 graus de flexão e o joelho também, e a perna
rodada internamente. Promove-se um momento em valgo na tíbia proximal, enquanto se
estende o joelho. Ao redor de 30 graus, ocorrerá subuxação da tíbia. O Pivot Shift inicia-se a
partir do ponto em que acabou o Jerk, promovendo a flexão. A 30 graus, ocorrerá a redução. O
pivot shift reverso (Jakob) é igual o Jerk, mas com RE da perna.
Bizu: todos com J começam em flexão. Primeiro você é um Jerk e luxa a tíbia, depois você é
legal e dá um McIntosh.
Por fim, exames complementares não são essenciais para o diagnóstico, mas contribuem no
planejamento cirúrgico.
Resposta: C

186. Assinale a alternativa correta com relação à cartilagem articular e a orientação de suas
fibras colágenas
a) zona I, as fibras colágenas apresentam orientação tangencial
b) zona II, as fibras colágenas apresentam orientação vertical
c) zona III, as fibras colágenas apresentam orientação oblíqua
d) zona IV, as fibras colágenas apresentam orientação oblíqua

Discussão:
As zonas vão demais periféricas para mais centrais. Suas fibras apresentam orientação de
acordo com o estresse que passam. A zona I apresenta orientação tangencial; a zona II,
oblíqua; a zona III, vertical; na zona IV, é vertical, mas já há contato com o osso.
Resposta: A

187. Na composição da cartilagem articular, o principal tipo de colágeno existente e seu


mecanismo nutricional são, respectivamente:
a) tipo I, nutrição avascular pelo fluido sinovial
b) tipo II, nutrição avascular pelo fluido sinovial
c) tipo III, vascular e pelo fluido sinovial
d) tipo IV, apenas pelo fluido sinovial

Discussão:
O colágeno articular é principalmente do tipo II; o tipo I é mais fibroso e resistente e se
encontra nos discos articulares, meniscos e ossos. A cartilagem é avascular, nutrida pelo fluido
sinovial.
Resposta: B

189. O ligamento patelofemoral medial:


a) é encontrado em 80% das dissecções anatômicas
b) é mais frequente que o ligamento patelofemoral lateral
c) é o principal restritor medial contra o deslocamento lateral da patela
d) é o único restritor medial contra o deslocamento lateral da patela

Discussão:
Estabilizadores dinâmicos da articulação femuropatelar são os músculos do quadríceps;
estáticos: tendão quadricipital, ligamento patelar, retináculos medial e lateral. Estabilizadores
mediais são o LPFM (até 50% da estabilização), e o ligamento menisco patelar medial.
Resposta: C

190. O contato da articulação patelofemoral


a) inicia aos 10 graus de flexão do joelho
b) aumenta no sentido distal da patela, com aumento da flexão do joelho
c) é maior entre 60 e 90 graus de flexão do joelho
d) é maior entre 90 e 120 graus de flexão do joelho

Discussão:
O contato patelar se inicia a 20 graus, seguindo de distal para proximal, conforme aumenta a
flexão do joelho. É maior entre 60 e 90 graus; a partir de 120 graus, articula-se apenas com os
côndilos e não mais com a tróclea.
Resposta: C

191. A medida da TAGT


a) geralmente está acima de 13mm os casos de instabilidade rotuliana
b) geralmente está acima de 20mm nos casos de instabilidade rotuliana
c) geralmente está abaixo dos 20mm nos casos de instabilidade rotuliana
d) de 16mm é considerado anormal

Discussão:
TAGT normal é de 16mm +/- 4 (Cuidado para não confundir com o ângulo Q, que tem valores
parecidos! Em homens, 8-10, em mulheres, 10-20 (média 15)). Acima de 20 é indicativo de
instabilidade femuropatelar.
Resposta: B
206. No exame físico do joelho agudamente traumatizado, o efeito de trava de porta na
posição de flexão é causado pelo
a) tendão do poplíteo
b) corno posterior dos meniscos
c) corno anterior do ML
d) coto do LCA

Discussão:
Efeito de trava-porta ocorre devido ao travamento do corno posterior do menisco medial na
estrutura óssea convexa do côndilo femoral medial, quando se faz a gaveta anterior.
Resposta:

216. As fibras colágenas que mais contribuem para a resistência à compressão do menisco são
as
a) radiais
b) circunferenciais
c) perfurantes
d) oblíquas

Discussão:
Da mesma forma que os aros de metal de um barril, as fibras circunferenciais do menisco
resistem às forças de compressão.
Resposta: B

06. (Prova de Joelho R2 2015) Na biomecânica do joelho, o torque máximo exercido pelo
quadríceps para estender o joelho ocorre entre:
a) 15 e 0 graus
b) 30 e 15 graus
c) 45 e 30 graus
d) 60 e 45 graus

Discussão:
De forma simples, torque é a medida de força necessária para fazer um objeto girar em torno
de um eixo. É inevitavelmente relacionado ao braço de alavanca e ao ângulo em que a força é
aplicada. Quanto maior o braço de alavanca, maior o torque, e subsequentemente, menor a
força necessária para movimentá-lo.
De qualquer forma, o torque máximo exercido pelo joelho se dá ao final da extensão, entre 0 e
15 graus de flexão.
Resposta: A

07. (Prova de Joelho R2 2015) Qual alternativa contém somente estruturas da segunda camada
lateral do joelho segundo Warren?
a) trato ilioitibial e bíceps femoral
b) nervo fibular e ligamento patelofemoral
c) ligamento patelofemoral e patelomeniscal
d) capsula articular e ligamento patelofemoral

Discussão:
As camadas de Warren lateral:
Fazem parte dela: trato iliotibial e bíceps femoral, ligamento patelofemoral e retináculo
lateral, LCL, fabelofibular, músculo poplíteo, tendão poplíteo, ligamento poplíteo fibular,
poplíteo arqueado, cápsula articular.
São 3 camadas: superficial, média e profunda, sendo esta dividida ainda em lâmina superficial
e profunda.
Nas duas primeiras camadas, há duas estruturas em cada.
1ª camada (os mais externos, logicamente): trato iliotibial e bíceps femoral;
Entre camadas: nervo fibular
2ª camada: responsáveis pela estabilidade da patela: ligamento patelofemoral e retináculo
lateral.
3ª camada, lâmina superficial: superFIBial: todos os relacionados ao fibular, portanto, LCL
(colateralfibular) e fabelofibular.
Entre lâminas: artéria genicular lateral
3ª camada, lâmina profunda: POfunda: todos os relacionados ao poplíteo: músculo poplíteo,
tendão poplíteo, ligamento popliteofibular, poplíteo arqueado e, logicamente, cápsula
articular, que é a mais profunda.

Camadas Mediais de Warren:


As camadas mediais são bem menos capciosas que as laterais. Incluem: Sartório,
semimembranáceo, LCM, LPFM, retináculo medial e cápsula articular.
É preciso lembrar que os 4 flexores mediais estão separados pelas camadas; a camada média
permanece sendo a de estabilização da patela, mas o LCM está também repartido entre duas
camadas.
1ª: Sartório.
Entre camadas: grácil e semitendíneo.
2ª: estabilizadores de patela: LCM (superficial), LPFM, retináculo medial, semimembranáceo
(flexores divididos).
3ª: LCM (profundo), cápsula articular.
Resposta: C

12. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre a anatomia e biomecânica da patela


a) em extensão ela não se articula com a tróclea femoral
b) em 15 graus ela começa a se articular com a tróclea
c) em 30 graus ocorre desvio medial
d) em 90 graus não ocorre mais contato pela porção proximal

Discussão:
A patela começa a se articular a partir de 20 graus de flexão. Mantém contato até 120 graus,
porém a partir dos 90 passa a ser com os condilos. A menos de 20 graus, não há contato com a
tróclea.
Resposta: A

13. (Prova de Joelho R2 2015) O músculo poplíteo tem função de:


a) flexor e rotador interno da tíbia
b) traciona o menisco lateral durante a flexão
c) agonista do LCP
d) extensor e rotador externo da tíbia

Discussão:
O músculo poplíteo age restringindo a rotação externa da tíbia, mas é principalmente um
agonista do LCP.
Resposta: C

15. (Prova de Joelho R2 2015) O sinal de Smillie representa:


a) dor a palpação da crista tibial
b) estalido na linha articular do joelho
c) dor a rotação externa da tíbia
d) dor a palpação da linha articular do joelho

Discussão:
O sinal de Smillie é representado por dor à compressão da linha interarticular do joelho.
Existem diversos testes para avaliação de lesão do menisco: Apley, Bragard, Bohler,
Steinamnn, Merke, Payr, McMurray... Os mais utilizados são Apley (paciente em posição
prona, joelhos fletidos, compressão em neutro, depois RE (MM) e RI (ML) e distração –
melhora da dor) e McMurray (palpação da interlinha articular medial com joelho em rotação
externa, partindo da flexão para extensão; deve provocar dor ou estalido. Tradicionalmente
medial, pode ser feito lateralmente também). Dor à rotação externa da tíbia é o primeiro teste
de steinman.
Resposta: D

16. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre o teste da gaveta anterior


a) é feito com o joelho em 50 graus de flexão
b) com rotação interna negativa para lesão isolada do LCA
c) é mais sensível para porção posterolateral do LCA
d) apresenta falso negativo quanto tem lesão do LCP

Discussão:
O teste da gaveta anterior é feito com o joelho em 90 graus de flexão; é mais sensível para a
banda anteromedial. Apresenta falso positivo quando há lesão associada do LCP.
Com a rotação interna da perna para realização da gaveta a aproximadamente 30 graus, o LCP
fica tenso e, mesmo que haja lesão do LCA, a gaveta é restrita. Se não houver diferença,
espera-se que o LCP esteja lesado também.
Com a rotação externa da perna, o LCA é compensado pela porção posteromedial da cápsula e
LCM; portanto, se não houver diferença na gaveta com a rotação externa, estas estruturas
provavelmente estão lesadas também.
Resposta: B

17. (Prova de Joelho R2 2015) Qual o teste representado


abaixo?

a) McMurray
b) Jakob
c) Appley
d) Pivot Shift

Discussão:
No teste de McMurray, palpa-se a interlinha articular, promove-se a rotação externa do joelho
e depois a extensão; deve-se provocar estalido ou dor na região medial. Pode-se rodar interno
e palpar a interlinha lateral, também ocorrendo estalido ou dor para lesão do menisco lateral.
Nos testes de menisco, no geral, quando a perna roda, o menisco afetado é aquele para o qual
o calcâneo aponta.
Resposta: A

02. Prova R3 2016 Na anatomia do joelho, podemos afirmar:


a) O côndilo medial é mais convexo, enquanto o lateral é mais côncavo
b) O ligamento menisco femoral de Humphrey é anterior ao LCP
c) O menisco medial é mais móvel
d) O côndilo femoral lateral é mais distal
Discussão:
O côndilo lateral é mais convexo, e o medial, mais côncavo. O menisco lateral é mais móvel, e
o medial, mais fixo. O côndilo femoral lateral é mais proximal (para lembrar, é só imaginar que
a cabeça da fíbula “empurra” o fêmur para cima).
Resposta: B

03. Prova R2 2016 Em relação às camadas laterais do joelho, é incorreto afirmar:


a) a artéria inferior lateral do joelho passa entre as lâminas profunda e superficial da terceira
camada (profunda)
b) o ligamento poplíteo fibular se encontra na lâmina profunda da terceira camada (profunda)
c) o ligamento colateral fibular se encontra na segunda camada (média)
d) o retináculo lateral se encontra na segunda camada (média)
Discussão:
Para lembrar de uma forma fácil:
Camada superficial: os mais externos – bíceps femoral, trato iliotibial
Camada média: estabilizadores da patela – retináculo lateral, ligamento patelofemoral.
Camada profunda: lâmina superficial (SuperFIBial): LCL (ligamento colateral FIBular), ligamento
fabeloFIBular.
Lâmina profunda (POfunda): todos os relacionados ao Poplíteo e a cápsula articular.
Resposta: C

04. Prova R3 2016 Fazem parte do complexo arqueado os seguintes ligamentos:


a) Ligamento colateral fibular, ligamento poplíteo arqueado, músculo poplíteo e cabeça lateral
do gastrocnêmio
b) LCL, L poplíteo arqueado, L poplíteo fibular, cabeça lateral do gastrocnêmio
c) LCL, L poplíteo arqueado, m poplíteo, l poplíteo fibular
d) L poplíteofibular, L poplíteo arqueado, M poplíteo, cabeça lateral do gastrocnêmio

Discussão:
Fazem parte do complexo arqueado 4 estruturas, sendo dois músculos e dois ligamentos. Um
músculo e um ligamento têm a ver com o poplíteo (lig. Poplíteo arqueado e m. poplíteo); o
outro músculo é o mais próximo (cabeça lateral do gastrocnêmio), e o outro ligamento, o mais
lateral (LCL).
Resposta: A

05. Prova R3 2016 Em relação às bandas do ligamento cruzado anterior, é correto afirmar:
a) A banda anteromedial está tensa em extensão.
b) A banda anteromedial está tensa em flexão
c) A banda anterolateral está tensa em extensão
d) A banda anterolateral está tensa em flexão
Discussão:
A grande questão desta pergunta é saber quais são as divisões do LCA, e não se está tenso em
flexão ou extensão. Isso é fácil de lembrar: as divisões anteriores sempre ficam tensas em
flexão , e as posteriores, em extensão (basta imaginar uma corda dupla e fazer os movimentos;
dá para imaginar as divisões ficando mais ou menos tensas de acordo).
Agora, é necessário lembrar a divisão do LCA. Para isso, use o bizu do batata: O LCA é igual
você enfiando a mão no bolso: ele vai de posterolateral para anteromedial, de proximal para
distal. Agora, se você imaginar os seus dois dedos na forma mais tradicional de entrarem no
bolso (com uma leve obliquidade, na qual a parte lateral da mão fica mais anterior que a
medial), o indicador seria a banda anteromedial, e o médio, a posterolateral.
O LCP é exatamente o contrário.
Resposta: B, de batata.

06. Prova R3 2016 Qual o nome da


estrutura apontada pela seta ao lado?
a) tendão do músculo poplíteo
b) LCL ?
c) tendão do bíceps femoral
d) ligamento poplíteofibular

Discussão:
É o tendão do músculo poplíteo. Pode-
se ver também o retináculo e, mais
lateralmente, o bíceps.

Resposta: A

07. Prova R3 2016 No teste da gaveta anterior para avaliação de lesão do LCA, é correto
afirmar:
a) é realizado com 30 graus de flexão do joelho
b) quando realizado em rotação interna máxima deve ser negativo para lesão isolada do LCA
c) é considerado positivo se translação maior que 2mm
d) também chamado de richey test

Discussão:
Quando o teste da gaveta anterior é realizado em rotação interna máxima, não deve ocorrer
anteriorização; se ocorrer, dever-se-á a lesão do LCP. É realizado com 90 graus de flexão do
joelho e 45 do quadril (alguns lugares falam 80). É considerado positivo quando há translação
maior do que no joelho contralateral.
Resposta: B

08. Prova R3 2016 Sobre o teste da rotação externa-recurvato, é incorreto afirmar:


a) é realizado para lesão do canto posterolateral
b) os dois membros são avaliados simultaneamente
c) é positivo para lesão se a tíbia estiver rodada externamente com aparente subluxação
posterior do côndilo lateral
d) os membros devem ser elevados com apoio pelo calcanhar

Discussão:
O teste de rotação externa recurvato avalia ambos os membros simultaneamente, e eles
devem ser elevados pelos haluces. Positivo quando a tíbia roda externamente com aparente
subluxação posterior do côndilo lateral.
Resposta: D

09. Prova R3 2016 É função do canto posterolateral do joelho resistir às forças em:
a) varo e rotação interna
b) varo e rotação externa
c) valgo e rotação interna
d) valgo e rotação externa

Discussão:
O canto posterolateral resiste a forças em varo e rotação externa. O LCL é o primeiro
estabilizador estático para forças em varo em todos os angulso de flexão, especialmente entre
0 e 30, mas o CPL e o LCP são estabilizadores secundários importantes. O complexo poplíteo
também provê restrição primária à rotação externa do joelho.

Resposta: B

10. Prova R3 2016 O chamado movimento screw-home é:


a) o movimento de rotação interna do fêmur sobre a tíbia na flexão final
b) o movimento de rotação externa do fêmur sobre a tíbia na flexão final
c) o movimento de rotação externa do fêmur sobre a tíbia na extensão final
d) o movimento de rotação interna do fêmur sobre a tíbia na extensão final

Discussão:
O mecanismo de screw home serve de estabilização final para o joelho ao final da extensão e
consiste na rotação interna do fêmur sobre a tíbia, como se fosse um parafuso (parafusando se
for do lado esquerdo; do lado direito estaria desparafusando).

Resposta: D

11. Prova R3 2016 Durante o desenvolvimento fetal, o joelho é dividido pelos septos sinoviais
em:
a) 2 compartimentos
b) 3 compartimentos
c) 4 compartimentos
d) 5 compartimentos

Discussão:
Campbell 12th, pag 2418: embriologicamente o joelho se forma de três compartimentos
sinoviais. Normalmente, estes se fundem em uma única cavidade sinovial com
desaparecimento das septações sinoviais. As plicas são os remanescentes destas septações.
São dobras sinoviais classificadsa de acordo com sua relação anatômica com a patela:
suprapatelar, infrapatelar, patelar medial e patelar lateral.
Resposta: B

12. Prova R3 2016 A inserção femoral do LCP se dá na porção posterior da superfície:


a) lateral do côndilo medial
b) lateral do côndilo lateral
c) medial do côndilo medial
d) medial do côndilo lateral
Discussão: O LCA se origina do côndilo lateral, progredindo para o platô medial, de posterior
para anterior.
O LCP se origina da face lateral do côndilo medial, indo de anterior para posterior, fixando-se
no meio do planalto tibial, bem posterior.
Resposta: A

27. Prova R3 2016 Na patela bipartida, a segunda localização mais frequente do núcleo
secundário de ossificação é:
a) Medial
b) Lateral
c) Superolateral
d) superomedial

Discussão:
Patela bipartida
Geralmente achado radiográfico, assintomática. Bilateral em 40%.
Classificação de Saupe:
Tipo 1 (5%): polo inferior – associada a Sd. Sinding Laersen Johanson
Tipo 2 (20%): toda a borda lateral – associada a fratura
Tipo 3 (75%): súperolateral.
Comparativo de Skyline normal e Skyline com o paciente agachado e com carga. Se aumento
da separação de fragmentos = não união de fratura.
Tratamento conservador para casos de dor.
Release de Ogata: release do vasto lateral, melhorando tracking patelar.

Resposta: C

33. Prova R3 2016 Aumentam o ângulo Q e contribuem para luxação patelar:


a) Geno varo
b) Torção Tibial externa
c) Anteversão femoral diminuída
d) Posicionamento medializado da TAT

Discussão:
O ângulo Q é calculado a partir da EIAS ao centro da patela, e da patela à TAT. Desta forma,
qualquer alteração anatômica que modifique esta fórmula contribui para luxação.
Anteversão femoral aumentada: leva a rotação interna do fêmur.
Geno varo - diminui o ângulo Q; geno valgo aumenta.
Posicionamento medializado da TAT: diminui o ângulo Q. Lateralizado aumenta.
Torção tibial externa – lateraliza a TAT e aumenta o ângulo Q>
Resposta: B

36. Prova R3 2016 Qual o índice representado:


a) Insall/Salvati
b) Dejour
c) Blackburne Peel
d) Caton Deschamps

Discussão:
Índice de Insall-Salvati: tendão/patela; 0,8-1,2. Maior = alta; menor = baixa.
Índice de Blackburn-Peel: Normal: 0,54-1,06.
Comprimento da superfície articular da patela/ Distância entre a superfície articular da tíbia e
o polo inferior da patela.
Índice de Caton Deschamps: normal 0,6-1,3.
Distância entre canto superior da epífise superior da tíbia (TAT) e superfície articular da
patela/comprimento da superfície articular da patela.
Dejour é utilizado para avaliar a profundidade do sulco troclear: perfil em 20 graus de flexão,
medir 1 cm acima do ápice do sulco. A profundidade deve ser > 5mm.

Resposta: D

37. Prova R3 2016 Sobre os testes ligamentares para lesão do LCA, assinale a alternativa
correta:
a) No teste da gaveta anterior, o joelho é posicionado em 60º de flexão
b) O teste de Lachman é realizado com o joelho em extensão completa
c) O teste de pivot-shift demonstra a redução da subluxação causada pela insuficiência do LCA
d) Exame complementar diagnóstico é indispensável em todos os casos de suspeita de lesão
do LCA

Discussão:
Gaveta: 90 graus de flexão
Lachman: 30 graus de flexão
Exame complementar não é necessário para diagnóstico.
Resposta: C

40. Prova R3 2016 O LPFM:


a) É encontrado em 80% das dissecções anatômicas
b) É mais frequente que o LPFL
c) É o principal restritor medial contra o deslocamento lateral da patela
d) É o único restritor medial contra o deslocamento lateral

Discussão:
O LPFM é o principal restritor medial contra o deslocamento lateral, mas não é o único. AS
fibras oblíquas do vasto medial agem na estabilização dinâmica; os estabilizadores estáticos do
patela são: seu formato; profundidade do sulco femoral; comprimento do tendão patelar;
capsula articular medial; ligamento tibiopatelar.

Resposta: C

41. Prova R3 2016 O contato da articulação patelofemoral:


a) Inicia aos 10 graus de flexão
b) Aumenta no sentido distal da patela, com o aumento da flexão do joelho
c) É maior entre 60-90 graus de flexão do joelho
d) É maior entre 90 e 120 graus de flexão do joelho

Discussão:
Embora em alguns lugares fale que o contato se inicia a 20 graus, pelo Insall, é de 10-20 graus.
Aumenta no sentido proximal e é maior entre 60-90 graus. A questão foi anulada, pois A e C
estão corretas.
Resposta: A e C.

47. Prova R3 2016 O nervo mais lesado na artroscopia de joelho é:


a) sural
b) tibial
c) fibular
d) safeno

Discussão:
Os nervos mais lesados são os ramos inferiores do safeno, ou os ramos sartórios do femoral.
São mais lesados pelas variações anatômicas e quando são necessárias múltiplas incisões para
portais.
Resposta: D

20. Prova R3 2016 Quanto à biomecânica do joelho:


a) A tíbia realiza uma rotação externa com a extensão e rotação interna com flexão
b) Com a flexão do joelho, o centro de rotação instantâneo move-se anteriormente
c) O ângulo Q é traçado entre uma linha do centro da cabeça do fêmur ao centro da patela e
uma linha do centro da patela à TAT
d) A banda posterolateral do LCA é tensa em flexão (Text Wrapping Break)

Discussão:
A tíbia realiza rotação externa com extensão e rotação interna com flexão (screw home).
Com a flexão do joelho, pelo mecanismo de rolamento, o centro de rotação move-se
posteriormente.
O ângulo Q é traçado da EIAS para o centro da patela, e do centro da patela para a TAT.
A banda posterolateral do LCA é tensa em extensão.

Resposta: A

21. Prova Anual R2 2016 Sobre a articulação patelofemoral:


a) O contato patelofemoral começa em 30 graus de flexão
b) O ligamento patelofemoral medial é o estabilizador dinâmico primário para luxação lateral
c) O torque do mecanismo extensor é maior nos últimos 15 graus de flexão
d) O ângulo Q aumenta com o valgo do joelho e rotação externa da tíbia

Discussão:
O contato patelofemoral começa em 10-20 graus de flexão.
O LPFM é estabilizador estático; o VMO é o principal estabilizador dinâmico.
O torque do mecanismo extensor é maior nos últimos 15 graus de extensão.
Outros fatores que aumentam ângulo Q: rotação interna do fêmur, varo do fêmur, valgo da
tíbia, anteversão aumentada do fêmur.
Resposta: D

22. Prova Anual R2 2016 Quanto ao exame físico do joelho:


a) O sinal de Wilson corresponde a uma marcha antálgica com rotação interna da tíbia
b) O teste da gaveta anterior deve ser feito com a redução prévia de uma possível translação
posterior da tíbia por uma instabilidade posterior concomitante, de forma a se evitar um teste
falso positivo
c) O teste do Godfrey ou sag test é realizado em decúbito ventral, buscando-se observar a
subluxação posterior da tíbia com joelhos em 90º
d) O teste de McMurray é positivo em rotação interna no caso de lesão do MM

Discussão:
Sinal de Wilson é uma marcha antálgica com rotação externa da tíbia para retirar carga do
côndilo medial por osteocondrite dissecante. O teste de Wilson é como um Jerk test sem
valgo, no qual há dor a mais ou menos 30 graus de flexão.
O teste da gaveta anterior deve ser feito após corrigir uma possível translação posterior,
baseando-se no joelho contralateral.
O teste de Godfrey é realizado em DDH, com os quadris e joelhos a 90 graus de flexão.
Observa-se uma translação posterior na lesão do LCP.
O teste de McMurray deve apresentar dor ou estalido à flexoextensão do joelho em rotação
interna para o ML e externa para o MM.

Resposta: B

01. Prova R2 2016 O joelho em baioneta se caracteriza por:


a) desvio medial da TAT
b) desvio lateral da TAT
c) patela alta
d) patela baixa

Discussão:
O joelho em baioneta ocorre na lateralização da TAT. O sinal da Baioneta é observado no
aumento do ângulo Q por tíbia vara com deformidade em seu terço proximal (Faloppa).
Resposta: B

02. Prova R2 2016 O teste da marcha de pato avalia qual estrutura?


a) menisco lateral, corno anterior
b) menisco lateral, corno posterior
c) menisco medial, corno anterior
d) menisco medial, corno posterior

Discussão:
O teste da marcha de pato (pedir para o paciente andar de cócoras) testa o corno posterior do
menisco medial e é positivo se houver dor na face posteromedial do joelho.
Resposta: D

03. Prova R2 2016 Marque a associação incorreta:


a) Pivot-Shift = McIntosh
b) Teste do Ressalto = Hughston
c) Pivot-Shift Reverso = Jerk test
d) Teste de Lachman = Richey test

Discussão:
Pivot Shift reverso é o teste de Jakob.
Epônimos = conhecimento inútil. Mas cai.
Resposta: C

05. Prova R2 2016 O teste de rotação externa recurvato testa:


a) instabilidade anterior
b) instabilidade anteromedial
c) instabilidade posterior
d) instabilidade posterolateral

Discussão:
O teste da rotação externa recurvato é para instabilidade posterolateral. Eleva-se o membro
pelo hálux, com o paciente em DDH, ocorrendo hiperextensão e rotação externa do joelho
pela luxação posterior do côndilo tibial lateral.
Resposta: D

06. Prova R2 2016 O eixo mecânico do fêmur é:


a) 3 graus medial em relação ao eixo anatômico
b) 6 graus medial em relação ao eixo anatômico
c) 3 graus lateral em relação ao eixo anatômico
d) 6 graus lateral em relação ao eixo anatômico

Discussão:
O eixo anatômico do fêmur é 9 graus varo em relação a uma linha vertical. O eixo mecânico é 3
graus varo, o que significa uma diferença de 6 graus entre um e outro.
Resposta: B

08. Prova R2 2016 Qual das estruturas abaixo não faz parte da segunda cama das estruturas de
suporte medial do joelho:
a) Sartório
b) Semimembranoso
c) Colateral medial superficial
d) LPFM

Discussão:
Primeira camada: Sartório.
Entre elas: grácil e semitendineo.
Na segunda camada de Warren, medial, estão: estabilizadores da patela – colateral medial
superficial; LPFM; retináculo medial; semimembranoso.
Terceira camada: cápsula articular e LCM profundo.
Resposta: A

09. Prova R2 2016 Qual é o principal fator estabilizador que quando alterado leva a istabilidade
patelar na fase final de extensão do joelho?
a) LPFM
b) VMO
c) Sulco troclear
d) Tendão patelar

Discussão:
O LPFM é o principal responsável pela estabilidade na extensão final.
Resposta: A

10. Prova R2 2016 A ordem de superficial para profundo das estruturas da pata de ganso é:
a) grácil, ,sartório e semimembranoso
b) sartório, grácil e semimembranoso
c) sartório, grácil e semitendineo
d) sartório, semitendineo e gracil

Discussão:
O bizu: SGST (SiGam-me oS Trouxas!)
Resposta: C

11. Prova R2 2016 Na via anterolateral para o tratamento cirúrgico da fratura do planalto
tibial, deve-se ter cuidado especial com qual das estruturas abaixo?
a) A Fibular
b) A poplitea
c) A tibial Anterior
d) A tibial posterior

Discussão:
A artéria fibular e a tibial posterior estão no compartimento posterior profundo. A artéria
poplítea fica posterior. A via anterolateral segue em linha com o compartimento anterior, e a
única estrutura dentre as listadas localizada nesta região é a artéria tibial anterior.
Resposta: C

20. Prova R2 2016 O exame físico da plica medial é:


a) Realizado ao se estender e flexionar o joelho. A plica passa subitamente sobre o côndilo
femoral e pode produzir um ressalto da patela
b) Confundido com o teste de McMurray para menisco medial, pois as duas estruturas se
encontram no mesmo compartimento
c) Inespecífico par aa propedêutica de tal patologia
d) Feito com o paciente em decúbito ventral e joelho fletido. Deve-se distrair o joelho e
estender a articulação. O paciente sentirá dor na parte medial da patela.

Discussão:
Plica
Restos da septação sinovial da formação embiológica do joelho. São nomeadas de acordo com
sua relação anatômica com a patela: suprapatelar, infrapatelar, medial e lateral.
Plica = dobra sinovial normal.
Plica patológica – se uma plica normal contribui para os sintomas do paciente.
Plica infrapatelar: quase nunca causa sintomas, mas pode dificultar passagem do artroscópio
de um compartimento ao outro, especialmente se dividir os dois compartimentos.
Suprapatelar: divide a bolsa suprapatelar em dois compartimentos; raramente causa sintomas.
Plica lateral é raríssima.
Mais comum: medial. Presente em 10-50% das pessoas normais. Começa superior à patela,
algumas vezes continua com a extensão distal da plica suprapatelar, correndo ao longo da
parede medial da articulação e sobre o côndilo lateral para se inserir no fat pad. Causa
sintomas somente se engrossar e ficar inelástica por traumas ou inflamação crônica.
Causa comum: trauma direto sobre a região anteromedial do joelho; flexoextensões
repetidas nessa ocasião podem levar a perda de elasticidade e aos sintomas. Sua fricção
inelástica pode levar a condromalácia do côndilo medial como tempo. Ela faz contato firme
com o fêmur após 30-40 graus de flexão.
O paciente refere algum trauma na região anteromedial (trauma direto de algum
objeto, queda). Desconforto crônico, dolroso, na região anteromedial, que piora com as
atividades. Sensação de clique na flexoextensão. Efusão raramente ocorre. Ocasionalmente se
encontra ressalto na região anteromedial à flexoextensão do joelho, mais comumente entre
30-40 graus.
Tratamento: modificação de atividades para evitar flexoextensão repetitiva; evitar
manter fletido por períodos prolongados; exercícios de quadríceps consistindo de isométricos
e stiff, assim como curso de aine. Imobilização ocasional em extensão pode ajudar; evitar
exercícios progressivos de resistência.
Se tratamento conservador falha e os sintomas são crônicos, artroscopia com
ressecção.

Resposta: A

24. Prova R2 2016 O USG dinâmico é útil para o diagnóstico de qual tipo de patologia?
a) OCD
b) Lesão parcial do LCA
c) Impacto meniscal
d) Plica sinovial

Discussão:
O campbell não menciona isso na parte sobre plica – talvez haja algo no Insall – mas se sabe
que USG dinâmico não serve para OCD, lesão do LCA nem menisco. Ele pode ajudar ao ver a
movimentação da plica sobre o côndilo femoral.
Resposta: D

27. Prova R2 2016 As figuras A, B e C representam, respectivamente, as relações de:

a) BlackBurne-Peel, Insall, Caton Deschamps


b) INsall, Blackburne-Peel, Caton Deschamps
c) CD, BP, Insall
d) CD, Insall, BP

Discussão:
O índice de BlackBurne Peel é calculado a partir da distância do polo inferior da patela à
superfície articular da tíbia proximal, sobre a superfície articular da patela. 0,54-1,06
O índice de Caton Deschamps é calculado a partir da distância da superfície articular da patela
ao canto superior da TAT, sobre a superfície articular da patela. 0,6-1,3
Por fim, o índice de Insall é calculado pelo tamanho do tendão patelar sobre o comprimento
da patela. 0,8-1,2

Resposta: C

28. Prova R2 2016 A técnica de Laurin para radiografia axial de patela é descrita como:
a) Joelho em 20 graus de flexão sobre apoio colocado na mesa de exame, o filme é
posicionado na coxa e o raio entra proximalmente
b) Joelho fica na beirada da mesa e a perna em um suporte com 45 graus de flexão o filme é
colocado na perna e o raio entra distalmente em uma angulação de 30 graus em relação ao
plano horizontal
c) Joelho em 45 graus de flexão apoiado sobre a mesa, com o filme posicionado na coxa e o
raio distalmente
d) Joelho a 30 graus de flexão na beirada da mesa e a perna em um suporte com 60 graus de
flexão, o filme é colocado na perna e o raio entra distalmente em angulação de 45 graus em
relação ao plano horizontal

Discussão:
A incidência de Laurin é como descrita na A.
A B é incidência de Merchant.
Não encontrei as outras.
Resposta: A

29. Prova R2 2016 Segundo WIberg, as patelas são divididas em:


a) 3 tipos, sendo a tipo 1 com facetas de tamanhos semelhantes
b) 3 tipos, sendo a tipo 2 com a faceta lateral um pouco maior que a medial
c) 2 tipos, sendo a tipo 3 a face medial maior que a lateral
d) 2 tipos, sendo a tipo 4 sem faceta lateral

Discussão:
Classificação de Wiberg de tipos de patelas:
Tipo 1 – facetas de tamanhos semelhantes. Apenas 10% da população.
Tipo 2 – faceta medial um pouco menor que a lateral, com faceta lateral de aspecto côncavo.
Tipo 3 – faceta medial marcadamente menor, com orientação mais vertical.

Resposta: A

30. Prova R2 2016 A luxação patelar crítica é de:


a) 15 graus de flexão até extensão total
b) 45 graus de flexão até extensão total
c) 30 graus de flexão até 15 graus de flexão
d) 45 a 30 graus de flexão

Discussão:
A patela é mais predisposta a luxar entre 45 e 0 graus de flexão.
Resposta: B

05. (TEOT 2016) Em relação ao ligamento oblíquo posterior:


a) é um espessamento do ligamento capsular medial
b) é uma das inserções do semimembranoso
c) é o ligamento de Wrisberg
d) É o ligamento de Humphrey
Discussão:
O ligamento colateral medial e o ligamento capsular posteromedial (ligamento obliquo
posterior) são auxiliados na estabilização mecânica pelo efeito dinâmico do braço capsular do
tendão do semimembranoso e sua aponeurose, o ligamento poplíteo oblíquo.
Os ligamentos de Humphrey e Wrisberg vão de posterior do menisco lateral ao côndilo medial.
Para lembrar a ordem, de anterior para posterior, seguir o bizu do Gobi: ordem alfabética:
Humphrey, LCP, Wrisberg. Já me salvou em provas.
Resposta: A

61. (TARO 2015) O teste de McMurray para lesão meniscal do joelho é realizado:
a) de extensão para flexão, em decúbito dorsal
b) de flexão para extensão, em decúbito dorsal
c) de extensão para flexão, em decúbito ventral
d) de flexão para extensão, em decúbito ventral

Discussão:
O teste é realizado em decúbito dorsal, com flexão total do joelho. Promove-se extensão com
o joelho em rotação externa, palpando-se a linha articular medial, ou rotação interna, e linha
lateral, para identificação de lesões dos meniscos medial e lateral, respectivamente. Deve-se
ouvir ou sentir um clique quando o côndilo passar pela parte lesada do menisco. Lesões que
ocorrem com mais de 90 graus de flexão indicam lesão do corno posterior; lesões com menos
de 90, do corno médio ou anterior. Um teste positivo é indicação de lesão, mas um teste
negativo não a exclui.
Resposta: B

42. (ER 2017) Na inspeção do joelho em flexão, o ângulo Q deve ser:


a) 90 graus
b) 45 graus
c) 0 graus
d) 60 graus

Discussão:
O ângulo Q é calculado da EIAS ao centro da patela, e desta à TAT. Durante a extensão, pelo
movimento de Screw Home há uma rotação interna do fêmur (ou externa da tíbia, como
preferir), tornando o ângulo Q maior (o valor normal que conhecemos, entre 15 e 20 graus).
Durante a flexão, porém, este fator de desvio é revertido, e a TAT fica reta em relação à EIAS e
à patela. Desta forma, o ângulo Q é de 0 graus. Em flexão.
Resposta: C

77. (ER 2017) No teste de McIntosh, qual estrutura responsável pela redução da tíbia nos casos
de lesão do LCA?
a) tendão do biceps
b) semimembraaceo
c) semitendineo
d) trato iliotibial

Discussão:
Conforme o joelho é fletido aproximadamente 30 graus, a banda iliotibial passa
posteriormente ao centro de rotação do joelho e provê a força que reduz o platô tibial lateral
no conilo femoral lateral.
Resposta: D

42. (TEOT 2014) O complexo ligamentar arqueado é formado por: ligamento arqueado e:
a) poplíteo, fabelofibular
b) LCL superficial e coronário
c) bíceps e coronário
d)

Discussão:
Complexo arqueado é formado pelo: LCL; tendão do músculo poplíteo; ligamento arqueado;
ligamento fabelofibular.
Resposta: A
Infantil
200. O joelho valgo infantil patológico está mais frequentemente associado com
a) raquitismo
b) neurofibromatose
c) hipofosfatemia
d) osteodistrofia renal

Discussão:
O joelho valgo patológico da criança em como causas principais a osteodistrofia renal (causa
mais comum, principalmente quando bilateral), o osteocondroma, trauma ou infecção.
Resposta: D
Instabilidade femoropatelar
198. Na instabilidade femoropatelar com índice de insall inferior a 1,2, a transferência da
tuberosidade da tíbia, quando indicada, é feita no sentido
a) somente medial
b) medial e distal
c) medial e proximal
d) somente distal

Discussão:
A instabilidade patelar é mais comum entre a segunda e terceira décadas de vida, em
mulheres, especialmente naqueles com fatores que predisponham a um ângulo Q aumentado.
Lembrando da Tríade Miserável do Mal Alinhamento: anteversão femoral; rotação externa da
tíbia ou pés pronados; geno valgo.
A principal causa para instabilidade recorrente é incompetência do LPFM, mas outras causas
precisam ser avaliadas, em especial alterações de alinhamento e hipoplasia condilar. As
alterações indicarão o tratamento adequado.
O índice de Insall é calculado a partir do comprimento do tendão sobre o comprimento da
patela; o normal é 0.8 a 1.2; se maior, é patela alta, e, se menor, é patela baixa. Nos casos em
que se propõe a medialização da patela, pode ser necessária distalização também se a patela
for alta (anteromedialização = Fulkerson).
Portanto, em um insall inferior a 1,2, indica-se apenas medicalização da tíbia.
Resposta: A

201. No tratamento cirúrgico da instabilidade patelar, indica-se a técnica de Elmslie-Trillat


quando o índice de Insall-Salvati estiver especificamente inferior a:
a) 1,5
b) 1,2
c) 1,0
d) 0,8

Discussão:
Uma variação da pergunta anterior. A cirurgia de Elmslie-Trillat é como se fosse um McBride
associado a osteotomia: primeiro faz-se liberação lateral; depois, medicalização da TAT e
plicação medial.
Por não envolver distalização ou anteriorização da patela, o índice de Insall deve ser menor
que 1,2.
Resposta: B

205. Na instabilidade posterolateral do joelho, as estruturas mais importantes a serem


reconstruídas são, segundo Warren:
a) o tendão poplíteo e os ligamentos popliteofibular e colateral lateral
b) os ligamentos popliteofibular, colateral lateral e arqueado
c) o tendão do poplíteo e o LCL e arqueado
d) o tendão do poplíteo e os ligamentos popliteofibular e arqueado

Discussão:
Os ligamentos mais importantes para restrição da instabilidade posterolateral são o LCL e o
tendão poplíteo. O ligamento popliteofibular também se mostrou um estabilizador estático
muito importante para resistir momentos de varo, rotação externa e forças posteriores. Desta
forma, na instabilidade posterolateral crônicas, estes devem ser corrigidos: LCL, tendão
poplíteo e ligamento poplíteo fibular.
(Só para lembrar: as camadas laterais de Warren são: 1 – os mais externos, trato iliotibial e
bíceps femoral; 2 – os estabilizadores de patela, LPFL, retináculo lateral; 3- superficial – os
fibulares: LCL, fabelofibular; 3 profunda – os poplíteos e a cápsula articular).
Resposta: A

34. (Prova de Joelho R2 2015) Qual o nome da técnica abaixo?

a) Fulkerson
b) Maquet
c) Evans
d) Dejour

Discussão:
Esta é a técnica de Fulkerson, indicada para anteromedialização da patela. Cirurgia de alto
risco com alto benefício para o tratamento de instabilidade femuropatelar.
Resposta: A

42. Prova R3 2016 No tratamento cirúrgico da luxação recidivante da patela:


a) Há correlação direta entre diminuição do TAGT e melhora dos resultados clínicos subjetivos
b) A medicalização da TAGT deve ser indicada nos casos em que a TAGT > 15mm
c) A cirurgia de Elmslie-Trillat se caracteriz pela anteromedialização da TAT, release lateral e
realinhamento do VMO
d) A cirurgia de Elmslie-Trillat se caracteriza pela medicalização da TAT, release lateral e
realinhamento do VMO.

Discussão:
Não há correlação entre diminuição do TAGT e melhora dos resultados clínicos subjetivos. A
medialização é indicada quando TAGT > 20mm, e a distalização, quando Insall >1,2.
A cirurgia de ELmslie Trillat consiste na medialização da TAT, release lateral, realinhamento do
VMO. A de Fulkerson promove anteromedialização, diminuindo o impacto patelar com a
anteriorização.
TAGT >20mm é um indicativo de procedimentos ósseos; com um TAGT normal, pode-se pensar
em procedimentos de partes moles.
Resposta: D

79. (TARO 2016) Na instabilidade patelar, o “sinal do cruzamento” é observado na tróclea do


tipo:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Displasia tipo I: forma mais leve; as linhas dos condilos são simétricas e são cruzadas no
mesmo ponto na parte proximal da troclea pela linha do assoalho. Apenas a parte mais
proximal da tróclea é chata.
Tipo II: as linhas nos condilos não são superpostas; a linha do sulco cruza o côndilo medial
primeiro, e a lateral cruza em um nível mais alto. Cruzamento separado das linhas do côndilo
medial e lateral é característica deste tipo.
Tipo III: esta forma é a mais grave. As linhas dos condilos são superpostas, mas são cruzadas
baixo na tróclea pela linha do sulco. A maior parte da tróclea é chata.
O sinal do cruzamento é quando a cortical anterior do côndilo intersecta a linha troclear,
indicando um sulco displásico, assim como o bump troclear, quando a linha troclear se estende
anterior ao córtex femoral.

Resposta: B

20. (TEOT 2016) Na instabilidade patelar, indicação de release lateral isolado:


a) Tilt patelar negativo e movimento medial maior que 1/4
b)
c)
d)

Discussão:
Release lateral é indicado isoladamente para dor parapatelar secundária a síndrome de
pressão patelar lateral excessiva (tilt patelar negativo e menos de um quadrante de
movimentação medial passiva da patela).
Em combinação com procedimentos de realinhamento, a liberação lateral é indicada quando
estruturas laterais contraturadas impedem a centralização patelar. Deve incluir liberação do
retinaculo do terço distal do vsto lateral até a TAT para incluir os ligamentos patelofemoral
lateral e patelotibial.
Resposta: A

49. (TARO 2015) O fator mais importante para a luxação recidivante da patela é:
a) o sulco troclear
b) a forma da patela
c) o trofismo do VMO
d) a competência do LPFM

Discussão:
Ocorre em joelhso que apresentam uma ou mais anormalidades anatômicas. O principal fator
que resulta em instabilidade patelar é incompetência do LPFM.
Resposta: D

57. (TARO 2014) Na instabilidade patelar, a reconstrução isolada do LPFM está indicada na
presença de:
a) TAGT acima de 20mm
b) índice Insall maior que 1:2
c) displasia patelar do tipo C de Wiberg
d) anteversão femoral acima de 35 graus

Discussão:
Um TAGT aciam de 20mm indica algum procedimento de medialização da patela; um insall
maior que 1,2 exigiria uma distalização da patela. Anteversão do fêmur acima de 30 graus
indica uma osteotomia rotacional.
Displasia troclear (Crossing sign, bump troclear, ângulo do sulco > 140) indicam reconstrução
do MPFL e trocleoplastia.
Displasia patelar (Wiberg tipo C) indica reconstrução do MPFL.
Resposta: C

70. (TEOT 2014) Qual o local de inserção na reconstrução do LPFM?


a) anterior ao LCM e distal ao tubérculo dos adutores
b) anterior ao LCM e proximal ao tubérculo dos adutores
c) posterior ao LCM e distal ao tubérculo dos adutores
d) posterior ao LCM e proximal ao tubérculo dos adutores

Discussão:
Locais:
Em referência ao epicôndilo medial: 10mm proximal e 2mm posterior.
Tubérculo adutor: 4mm distal, 2mm anterior.
Resposta: A

72. (TEOT 2014) Qual a principal complicação do release lateral da patela?


a) necrose da patela
b) luxação medial
c) infecção da ferida
d) permanência de dor lateral

Discussão:
O principal risco é necrose da patela por lesão dos vasos retinaculares.
Resposta: A
Ligamentos
174. Com relação à anatomia e à função do LCP, assinale a alternativa correta:
a) é considerado estabilizador primário do joelho, com força e resistência equivalentes às do
LCA.
b) é considerado estabilizador primário do joelho, com força duas vezes superior à do LCA,
respondendo por aproximadamente 70% da resistência à translação posterior da tíbia em
relação ao fêmur
c) é considerado estabilizador primário do joelho, com força duas vezes superior ao LCA,
respondendo por aproximadamente 95% da resistência contra a translação posterior da tíbia
em relação ao fêmur
d) é considerado estabilizador secundário do joelho, sendo auxiliado na estabilização articular
pelos LCA, LCM, LCL.

Discussão:
Composto por duas partes maiores, uma porção anterior maior, que forma o cerne do
ligamento, e uma menor posterior que corre obliquamente por trás da tíbia. Proximalmente:
liga-se à face posterior da superfície lateral do côndilo medial do fêmur. Distalmente, uma
depressão atrás e abaixo da porção intra-articular da tíbia, com uma faixa geralmente aderindo
ao menisco lateral.
50% maior que o LCA no fêmur e 20% na tíbia. Mais vertical que oblíquo, é o eixo ao redor do
qual a rotação do joelho ocorre. Guia o movimento de parafuso de rotação interna do fêmur
durante a extensão final do joelho. Importante em flexão, alterando a estabilidade rotacional
nesta situação quando é lesado.
É o principal estabilizador da translação posterior da tíbia e secundariamente restritor do varo
e da rotação externa tibial. Restringe 95% da translação posterior da tíbia. Sua força é de 2500-
3000N para posterior. O LCA por sua vez é responsável por 85% da restrição da translação
anterior e tem força de 2200N para anterior.
Resposta: C

175. Com relação ao tratamento cirúrgico das lesões do LCP, assinale a alternativa correta
a) existem evidências mecânicas que mostram que o LCP se comporta como banda única;
sendo assim, a reconstrução com apenas um feixe é preferida e com melhores resultados
b) existem evidências biomecânicas que mostram que o LCP se comporta como duas bandas,
sendo as principais a anterolateral, que deve ser tensionada em extensão, e a posteromedial,
que deve ser tensionada em flexão
c) existem evidências biomecânicas que mostram que o LCP se comporta como duas bandas,
sendo as principais a anterolateral, que deve ser tensionada em flexão, e a posteromedial, que
deve ser tensionada em extensão.
d) acometimento substancial dos compartimentos femorotibial medial e patelofemoral não é
contraindicação relativa à reconstrução do LCP.

Discussão:
Tanto o LCA como o LCP se comportam como duas bandas. Embora haja técnicas de
reconstrução em duas bandas, elas não só não se mostraram mais efetivas do que
reconstrução em uma banda, como aumentam o tempo e a dificuldade cirúrgicas.
Quando optado por reconstrução em duas bandas, todas as anteriores ficam mais tensas em
flexão, devendo ser tensionadas nesta posição. Por outro lado, as posteriores ficam mais
tensas em extensão, devendo ser tensionadas assim.
Artrose compartimental é contraindicação para reconstrução, da mesma forma que
deformidade dos eixos, pois estas comprometerão o resultado funcional da reconstrução,
tanto de LCA, quando de LCP.
Lembrando que as indicações de reconstrução do LCP são: lesões combinadas (LCP + LCA ou
CPL; LCP + LCM/LCL grau III); LCP graus II ou III com avulsão óssea; lesão isolada crônica com
instabilidade importante.
Resposta: C

176. Com relação ao tratamento cirúrgico das lesões do LCP, assinale a alternativa correta:
a) a complicação menos frequente, tanto nas lesões isoladas como nas combinadas é a
instabilidade residual
b) é rara, nos casos com instabilidade residual após a reconstrução do LCP, a associação com
lesões não diagnosticadas, como as do CPL.
c) é frequente nos casos com instabilidade residual após a reconstrução do LCP, a associação
com lesões não diagnosticadas, como as do CPL
d) dificilmente ocorre perda do ADM após reconstrução do LCP; geralmente, quando ocorre, a
perda é da extensão

Discussão:
A complicação mais frequente é a instabilidade residual. Reconstrução do LCP geralmente
apresenta alguma frouxidão, em oposição ao LCA, que apresenta resultados excelentes. A
instabilidade, porém, relaciona-se principalmente a lesões associadas não tratadas. Quando há
perda de movimentos, é da flexão.
Outras complicações são lesão da artéria poplítea, que está em risco durante a confecção do
túnel tibial, e dor/artrose patelofemoral, pela lesão crônica do LCP.
Resposta: C

177. Com relação ao CPL, assinale a correta:


a) a lesão das estruturas do CPL e do LCL levam à subluxação do platô tibial lateral, associado à
RI
b) as estruturas posterolaterais são restritores primários da RE em pequenos ângulos de flexão
do joelho, juntamente com o LCP
c) as estruturas posterolaterais são restritores primários contra a RE em pequenos ângulos de
flexão do joelho, enquanto o LCP tem ação semelhante em maiores ângulos de flexão do
joelho
d) a transecção das estruturas posterolaterais não aumenta a subluxação posterior do platô
tibial lateral a 30 graus de flexão

Discussão:
O CPL é restritor primário do varo e RE em torno de 30 graus de flexão do joelho, e restritor
secundário da posteriorização tibial nesses graus. Já o LCP é restritor primário da translação
posterior da tíbia a 90 graus, e secundário da rotação externa nesse grau de flexão.
Resposta: C

178. No tratamento cirúrgico do CPL, assinale a alternativa correta:


a) o avanço das estruturas posterolaterais é indicado na instabilidade crônica lateral e
posterolateral, com estruturas de espessura e integridade preservadas, apesar de frouxas
b) o avanço das estruturas posterolaterais é indicado na instabilidade crônica lateral e
posterolateral, com estruturas frouxas de espessura e integridade não preservadas
c) o avanços das estruturas posterolaterais geralmente é em direção anterior e distal
d) o avanço das estruturas posterolaterais geralmente é em direção posterior e distal
Discussão:
Lesão do CPL: aproximadamente 7-16% das lesões ligamentares. Lesões isoladas são raras
(geralmente associadas a LCP > LCA). Diagnóstico não feito é uma causa comum de falha da
reconstrução do LCA.
Mecanismos: golpe ao joelho anteromedial; golpe em varo ao joelho fletido; lesões de
hiperextensão; luxação do joelho. Lesão do nervo fibular associada em 15-29%.
Estruturas do CPL: principalmente da terceira camada lateral de Warren: LCL, tendão poplíteo,
ligamento poplíteo fibular, cápsula lateral, ligamento arqueado, ligamento fabelofibular.
Diagnosticado pela gaveta posterolateral, recurvato rotação externa, dial test (a 30 e 90).
Tratamento:
Conservador: imobilizar em extensão completa com carga protegida por aproximadamente
duas semanas. Indicado para lesões isoladas do CPL graus I ou II. Seguido por reabilitação
funcional focada em fortalecimento do quadríceps com retorno aos esportes em 8 semanas.
Cirúrgico:
Reparo: indicado em lesões isoladas com avulsão de tecidos moles ou osso; possível de operar
em 2 semanas da lesão.
Reconstrução: maioria das lesões grau III; quando não é possível reparo. Tem melhores
resultados que reparo; resultados são melhores com tratamento precoce.
Pela questão, na frouxidão crônica por varo progressivo, com integridade das leões, elas
podem ser tensionadas, o que é realizado proximal e anteriormente.
Resposta: A

199. Na lesão do LCP, segundo Torg, o mais importante fator preditivo de mau resultado
funcional é
a) desvio do eixo anatômico
b) presença de lesões meniscais
c) presença de lesões ligamentares associadas
d) tempo de evolução da lesão

Discussão:
Segundo Torg, o fator preditivo mais significativo em relação ao bom resultado funcional na
lesão do LCP é a presença de instabilidade unidirecional. Quando é multidirecional combinada,
há correlação direta com aparecimento de lesão condral da patela, lesão meniscal, atrofia do
quadríceps e alterações degenerativas.
Resposta: C

211. Na reconstrução do LCA com dupla banda, os componentes anteromedial e posterolateral


são tensionados respectivamente em
a) extensão e extensão
b) flexão e flexão
c) flexão e extensão
d) extensão e flexão

Discussão:
Bandas anteriores são sempre tensionadas em flexão, e posteriores, em extensão.
Resposta: C

212. A lesão do LCP acontece mais frequentemente com o joelho em


a) varo
b) valgo
c) flexão
d) extensão
Discussão:
A lesão ocorre mais em flexão, pois o LCP é o restritor primário da translação posterior a 90
graus de flexão, não tendo o auxílio de outras estruturas.
Resposta: C

18. (Prova de Joelho R2 2015) Na lesão aguda do ligamento cruzado anterior, o achado
frequente e característico na ressonância magnética é
a) lesão do menisco medial
b) lesão do menisco lateral
c) contusão óssea no côndilo femoral lateral
d) contusão óssea no côndilo tibial medial

Discussão:
O mecanismo de lesão do LCA envolve um movimento em valgo. Sendo assim, o côndilo lateral
femoral bate no platô tibial lateral, causando edema. É encontrado em mais da metade das
rupturas, acometendo o terço médico do CFL (sulcus terminalis), e o terço posterior do platô
tibial lateral. As alterações subcondrais podem permanecer por anos na RNM. Lesões do
menisco lateral ocorrem em 54% das lesões agudas do LCA.
Joelhos com deficiência crônica do LCA apresentam lesões condrais, lesões menicais
complexas irreparáveis. Relação com artrose é controversa.
O LCA apresenta maior tensão a 30-40 graus de flexão; também funciona como restritor
secundário para rotação tibial e desvio varo/valgo à extensão total. A tensão no LCA varia a
todo momento, de acordo com posição e carga.
Resposta:

19. (Prova de Joelho R2 2015) Dentre os fatores a seguir, assinale aquele que não está
relacionado à maior predisposição para lesão do LCA no sexo feminino:
a) frouxidão ligamentar
b) força muscular
c) influência hormonal
d) intercôndilo mais largo

Discussão:
A lesão do lCA é mais comum em atletas do sexo feminino (4,5:1), devido a: condições de
aterrissagem (condicionamento e força) – principal papel. As mulheres rompem mais cedo que
homens, e geralmente a perna de apoio (homens – perna que chuta). As mulheres apresentam
um sulco intercondilar menor (mais impacto), LCA menor, frouxidão
ligamentar/hipermobilidade, lesão prévia do LCA. O joelho feminino apresenta valgo e
extensão aumentados durante aterrissagem. A fase pré-ovulatória também altera
coordenação, provocando mais lesões (as que usam ACO não apresentam tanto
comprometimento).
Resposta: D

20. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre o tratamento das lesões do LCA, assinale a Incorreta:
a) o tratamento conservador é uma opção viável para pacientes dispostos a realizar mudanças
no seu estilo de vida e que evitem atividades que causem instabilidade recorrente
b) os três fatores que mais se associam com a necessidade de cirurgia são: paciente jovem,
quantidade de horas gastas com atividades esportivas antes da lesão, e quantidade da
instabilidade anterior (mensurada por artrômetros)
c) atualmente os procedimentos de reconstrução extra-articulares raramente são utilizados
em conjunto com uma reconstrução intra-articular nos casos crônicos que apresentam uma
instabilidade avançada
d) o reparo ligamentar é recomendado até 3 semanas após a lesão e fornece melhores
resultados quando ocorre avulsão da inserção tibial

Discussão:
O tratamento conservador é principalmente indicado para pacientes dispostos a realizar
mudanças no seu estilo de vida e evitar atividades que causem instabilidade recorrente.
Os três fatores que se associam com necessidade cirúrgica são paciente jovem, quantidade de
horas gastas com atividades esportivas e quantidade de instabilidade anterior medida por
artrômetros.
Procedimentos de reconstrução extra-articulares (confecção de um ligamento da banda
iliotibial que vai do epicôndilo medial ao tubérculo de Gerdy) são raramente utilizados, nunca
isoladamente, e em conjunto com reconstruções intra-ligamentares nos casos crônicos com
instabilidade avançada.
Na avulsão óssea, o reparo ligamentar deve ser agudo, com reinserção. Apresenta, entretanto,
piores resultados do que com a reconstrução primária. No geral, não há limite de tempo para a
reconstrução do LCA; contudo, quanto mais tempo demorar, mais lesão ocorrerá. A lesão
meniscal aguda mais comum é lateral, e crônica, medial.
Resposta: D

21. (Prova de Joelho R2 2015) Na reconstrução do LCA o uso de tendões flexores apresentam
as seguintes vantagens sobre o uso do tendão patelar, exceto:
a) melhor fixação nos túneis ósseos
b) maior força tênsil
c) maior morbidade da área doadora
d) possibilidade enxerto com múltiplas bandas

Discussão:
Os tendões flexores apresentam maior resistência que o patelar (4000 N X 2600 N); a
incorporação do tendão patelar é mais rápida, mas há mais dor, e a incisão é maior, havendo
mais morbidade da área doadora. Apenas o de flexores permite enxerto com múltiplas bandas.
A fixação nos túneis ósseos e o resultado é igual para todos os enxertos, contanto que a
técnica tenha sido feita corretamente.
O túnel femoral é feito entre 9 e 10 horas; sua colocação muito vertical gera uma instabilidade
rotacional; sua colocação muito anterior deixa-o tenso em flexão e frouxo em extensão, e o
oposto ocorre com a colocação muito posterior.
Quanto ao túnel tibial, se for muito anterior, leva a um joelho tenso em flexão e com impacto
em extensão; se for posterior, leva a um LCA que impacta no LCP.
Túneis malposicionados são a principal causa de falha, e falha ocorre em 70% deles. Outras
causas de falha são fixação inadequada do enxerto, diagnóstico não realizado de lesões
combinadas e reabilitação excessivamente agressiva.
A reabilitação é feita: imediatamente com crioterapia, carga e extensão passiva completa. Na
reabilitação precoce, exercícios isométricos e fortalecimento excêntrico. Exercícios devem ser
de cadeia fechada. Devem ser evitados exercícios isocinéticos e cadeia aberta.
Resposta: A

22. (Prova de Joelho R2 2015) Qual a complicação mais frequente após a reconstrução do LCP?
a) perda de flexão
b) perda de extensão
c) instabilidade posterior
d) síndrome de Jader

Discussão:
A complicação mais comum na reconstrução é a perda de mobilidade e, dentre elas, de flexão
(10-20 graus). Instabilidade e falha são principalmente devidas a lesões não diagnosticadas
associadas, como CPL.
A síndrome de Jader, ou osteonecrose súbita, pode acontecer como complicação durante a
confecção do túnel tibial, através da lesão inadvertida da artéria poplítea, causando um
pseudoaneurisma que pode evoluir em horas com necrose irreversível do membro inferior e
necessidade de amputação transfemoral. É raríssima.
Resposta: A

23. (Prova de Joelho R2 2015) Na lesão do LCP o mais importante fator preditivo de mau
resultado funcional é
a) desvio do eixo anatômico
b) presença de lesões meniscais
c) presença de lesões ligamentares associadas
d) o tempo de evolução da lesão

Discussão:
O principal fator preditivo de mau resultado é a presença de lesões ligamentares associadas,
pois a presença de instabilidade associada a elas leva a falha da reconstrução. Muitas vezes o
canto posterolateral é esquecido na avaliação do LCP.
Resposta: C

24. (Prova de Joelho R2 2015) Na avulsão aguda do LCP deve ser tentado o tratamento não
cirúrgico?
a) nunca, pois o paciente evoluirá com AO precoce em 15 anos
b) nos casos em que o fragmento ósseo é grande
c) nos casos em que o fragmento ósseo é pequeno e a translação posterior da tíbia for menor
que 10mm
d) nos casos em que o fragmento ósseo é pequeno e a translação posterior da tíbia for menor
que 15mm

Discussão:
Tratamento conservador é indicado em lesões isoladas grau I e II (ou seja, até 10mm de
translação). Cirurgia é indicada em lesões combinadas (LCP + LCA/CPL ou LCM/LCL grau III);
lesões isoladas II ou III com avulsão óssea; lesão crônica com instabilidade funcional.
Lembrando a classificação:
Grau I: parcial; 1-5mm de translação posterior; tíbia permanece anterior aos côndilos femorais.
Grau II: completa isolada; 6-10mm de translação; tíbia anterior está sob os côndilos.
Grau III: combinada LCP + capsuloligamentar; >10mm de translação tibial anterior; tíbia está
posterior aos côndilos e geralmente indica uma lesão associada do CPL ou LCA.

Resposta: C

32. (Prova de Joelho R2 2015) Qual o tempo máximo de garrote recomendado durante uma
artroscopia de joelho?
a) 60 min
b) 90 min
c) 120 min
d) 150 min
Discussão:
O tempo máximo de garrote recomendado é de 120 minutos.
Resposta: C

19. Prova R3 2016 A lesão do LCP acontece mais frequentemente com o joelho em:
a) varo
b) valgo
c) flexão
d) extensão

Discussão:
A lesão do LCP ocorre mais com trauma direto e o joelho em flexão (painel do carro). O LCA
ocorre com a perna fixa, e um movimento em valgo e rotação externa do fêmur sobre ela.

Resposta: C

45. Prova R3 2016 São sinais que estão associados à lesão do LCA pela RNM, exceto:
a) fratura de Segond
b) Tríade de O Donoghue’s
c) Diminuição da intensidade do sinal da margem anterior do LCA
d) Contusão do côndilo femoral lateral em região de carga

Discussão:
A fratura de segond, ou fratura avulsão da cápsula lateral na tíbia, é patognomônico de lesão
do LCA.
A tríade infeliz de O’Donoghue’s (quero ver alguém achar uma tríade feliz. Sério) ocorre com
um movimento em abdução, flexão e rotação interna do fêmur, com lesão do LCA, LCM e
Menisco Medial.
Normalmente, pelo movimento em valgo e rotação interna do fêmur na lesão do LCA, há lesão
do menisco lateral e edema ósseo no côndilo e no planalto lateral pelo trauma.
Na RNM, porém, haverá aumento da intensidade do sinal, não diminuição.

Resposta: C

51. Prova Anual R2 2016 O LCA:


a) é restritor primário da rotação tibial com o joelho estendido
b) É mais lesado em homens do que mulheres praticantes de esportes
c) quando lesado tem como teste mais sensível o Lachman
d) Não existem achados na radiografia simples que comprovem sua lesão

Discussão:
O LCA é restritor secundário da rotação tibial e varo e valgo com o joelho estendido; e principal
restritor para translação anterior.
É mais lesado em mulheres por fatores anatômicos.
O teste mais sensível é o Lachman.
O principal achado indicativo de lesão no RX é a fratura de Segond (patognomônico).

Resposta: C

57. (TARO 2016) Na reconstrução do LCP, a complicação mais comum é a:


a) lesão nervosa
b) perda de flexão
c) dor patelofemoral
d) instabilidade residual

Discussão:
Além das complicações pós-operatórias usuais, o problema mais comumente associado à
reconstrução do LCP é perda de movimento. Perda de flexão é mais comum que perda de
extensão – geralmente 10 a 20 graus, geralmente por colocação inadequada de enxerto ou
reabilitação inadequada. A posição do túnel femoral é mais crítica que do túnel tibial.
Resposta: B

45. (TARO 2015) Na ruptura do LCA, a largura do túnel intercondilar é menor:


a) nos homens e não interfere na ocorrência da lesão
b) nas mulheres e não interfere na ocorrência da lesão
c) nos homens e interfere
d) nas mulheres e interfere

Discussão:
Index do sulco intercondilar (Souryal e Freeman): largura do sulco intercondilar/largura do
fêmur distal no nível do sulco poplíteo medido na radiografia de túnel. Normal: 0.231 +- 0.044.
O índice é maior em homens do que em mulheres lesões sem contato do LCA são mais comuns
em atletas com um índice 1DP abaixo do normal.
Shlebourne estudou um grupo de reconstrução de LCA e mostrou que mulheres apresentam
sulcos mais estreitos, mas a incidência de lesão do aloenxerto foi a mesma presumivelmente
por uma sulcoplatia associada.
Muitos estudos mostraram mais incidência de lesão do LCA em atletas do sexo feminino,
sendo possíveis fatores de risco: movimento corporal, força muscular, interface calçado-solo,
nível de habilidade, frouxidão articular, influencias hormonais, alinhamento dos membros,
dimensões do sulco, tamanho do ligamento.
Resposta: D

83. (TARO 2014) O tratamento cirúrgico da lesão do LCP está indicado quando há:
a) teste de estresse em valgo de uma cruz
b) fratura avulsão com fragmento pequeno
c) aumento da rotação lateral em 30 graus de flexão
d) gaveta posterior de 7mm com tíbia em rotação neutra

Discussão:
O dial test a 30 graus testa unicamente o CPL. A 90 graus, testa CPL e LCP.
Estresse em valgo só indica lesão do LCM.
Considera-se tratamento cirúrgico com uma gaveta posterior grau III (acima de 10mm).
A principal indicação isolada de reparo em lesão aguda do LCP é avulsão com fragmento
pequeno.
Resposta: B

60. (TEOT 2014) Na reabilitação pós operatória de reparo do LCP, em quanto tempo deve-se
iniciar a flexão acima de 90 graus?
a) uma semana
b) duas semanas
c) três semanas
d) cinco semanas
Discussão:
Insall: reparo LCP: libera 0-90 graus com 6 semanas.
Reconstrução LCP: 0-90 com 2 semanas, 0-110 com 4 semanas.
Campbell: reconstrução LCP: flexão >90 6 semana.
Resposta: Provavelmente D. Mas é muito controverso.

63. (TEOT 2014) Na lesão isolada do LCP, em qual dos casos abaixo está indicado tratamento
conservador?
a) gaveta posterior com pé em rotação interna com mais de 10mm de desvio
b) gaveta posterior com pé em rotação neutra com menos de 10mm
c) rotação lateral com 30 graus de flexão com menos de 10 graus
d) rotação lateral com 30 graus de flexão com mais de 15 graus

Discussão:
Indicações de tratamento conservador na lesão isolada do LCP:
Gaveta posterior de menos de 10mm (grau II) com a tíbia em rotação neutra (a gaveta
posterior diminui com a rotação interna da tíbia no fêmur).
Menos de 5 graus de frouxidão rotatória anormal (especificaemtne, rotação externa anormal
da tíbia com o joelho fletido 30 graus, indicando instabilidade posterolateral).
Sem frouxidão significativa varo e valgo (sem associação a outras lesões ligamentares
significantes).
Resposta: B
Meniscos
164. No joelho, as lesões meniscais radiais localizadas na área vermelha cicatrizam em torno
de:
a) 3 semanas
b) 5 semanas
c) 7 semanas
d) 10 semanas

Discussão:
O menisco é dividido em áreas: vermelha, vermelha branca e branca. Quanto mais periférica,
mais vermelha; esta é a área vascularizada que efetivamente cicatriza, em, geralmente, 10
semanas.
Resposta: D

165. Quanto às meniscectomias, podemos afirmar que:


a) as alterações degenerativas são diretamente proporcionais à quantidade de menisco
removido
b) a meniscectomia total é considerada um procedimento benigno
c) não se observam modificações radiológicas importantes após 10 anos de meniscectomia
total
d) a remoção de até 1/3 do menisco aumenta as forças de contato articular em até 33%

Discussão:
O efeito da meniscectomia é proporcional à quantidade de menisco removida. O menisco
medial carrega 50% da carga deste lado, enquanto o menisco lateral, 70%. A meniscectomia
medial diminui a área de contato em 50-70% e aumenta estresse em 100%; a lateral, em 40-
50%, e aumenta o estresse em 200-300%.
As alterações radiográficas pós meniscectomias são conhecidas como alterações de Fairbanks:
Grau 0: normal
Grau 1: osteófitos nas margens dos ossos
Grau 2: redução do espaço articular
Grau 3: achatamento do côndilo medial.
Resposta: A

166. Quanto à função dos meniscos, é incorreto afirmar que


a) Funcionam como preenchedores da articulação, compensando a visível incongruência entre
as superfícies articulares do fêmur e da tíbia
b) Impedem colisões capsulares e sinoviais durante os movimentos de flexoextensão
c) Ajudam a distribuir líquido sinovial por toda a articulação, contribuindo para a nutrição da
cartilagem articular
d) São, sobretudo, estabilizadores da flexoextensão

Discussão:
Meniscos são preenchedores da articulação, impedem as colisões capsulares e sinoviais,
ajudam a distribuir o líquido sinovial, assim contribuindo para a nutrição da cartilagem
articular, e são estabilizadores da translação anterior da tíbia, não da flexoextensão.
Resposta: D

167. A indicação ideal para o reparo de um menisco é


a) Lesão radial do corno posterior em indivíduo jovem
b) lesão degenerativa de qualquer porção do menisco, em indivíduo jovem
c) lesão periférica longitudinal aguda, medindo 1 a 2 cm, que é reparada com a reconstrução
do LCA em indivíduo jovem
d) lesão do tipo alça de balde aguda, que é reparada separadamente da lesão do LCA em
indivíduo jovem

Discussão:
Lesão dos meniscos é a indicação mais comum para cirurgia do joelho. Apresenta maior risco
em joelhos com deficiência do LCA. Lesões mediais são mais comuns que laterais. As crônicas
degenerativas são geralmente no corno posterior do menisco.
Testes principais: Apley; McMurray; Thessaly (ficar em 20 graus de flexão do joelho, provocar
rotação externa e interna, sendo o teste positivo se houver desconforto ou clique).
Tratamento conservador é o mais indicado para lesões degenerativas.
Meniscectomia parcial é indicada para lesões não reparáveis; >80% com função satisfatória ao
seguimento; 50% com alterações de Fairbanks. Preditores de sucesso: menos de 40 anos,
alinhamento normal, mínima ou nenhuma artrite, ruptura única.
Reparo meniscal: candidato ideal é com lesão na zona vermelha, distância de até 3-4mm da
borda; ruptura longitudinal ou vertical, de 1-4cm, com reparo agudo combinado ao reparo do
LCA. 70-95% de sucesso, sendo maior quando associado a reconstrução do LCA. Apenas 30%
bons resultados naqueles com deficiência do LCA não tratada. Idealmente 6 semanas sem
carga, ou carga protegida com brace.
Transplante meniscal: pacientes jovens com meniscectomia quase total, especialmente
lateral.
Meniscectomia total: não é mais realizada; 20% apresentam lesões artríticas significantes e
70% têm alterações radiográficas após a cirurgia. 100% têm artrose em 20 anos. A gravidade
da alteração degenerativa é proporcional à porcentagem de menisco removido.

Resposta: C

168. Qual é o tipo mais comum de rotura meniscal quando associada a um cisto de menisco?
a) Lesão radial
b) Lesão horizontal
c) Lesão longitudinal
d) Lesão do tipo Alça de Balde

Discussão:
Cistos menicais são relativamente incomuns (1,5%). 3-10X mais comuns laterais que mediais.
Geralmente associados a trauma ou degeneração com idade. Associados em quase 100% dos
casos com condições patológicas do menisco (mais comumente ruptura da porção periférica
do terço médio do menisco lateral – lesão horizontal).
Ao exame, os laterais são palpáveis imediatamente anterior e proximal à fíbula, e anterior ao
LCL. Firme e aparentemente fixos. Pequenos cistos desparecem com a flexão (sinal de Pisani).
Tamanho médio: mais proeminentes à extensão e menos à flexão. Dor é o sintoma mais
proeminente, acentuado por atividades. Massa na linha articular. Em casos raros, cistos
posteriores podem ser confundidos com cistos de Baker.
Tratamento: cirúrgico. Raramente medidas conservadoras como injeções ou AINES serão
suficientes. Meniscetomia artroscópica parcial e descompressão do cisto. Se há muits lesões
intrassubstanciais quando o cisto é excisado, é realizada uma meniscectomia.
Preferencialmente parcial. E houver lesão degenerativa complexa, ressecar tentando manter a
borda periférica.
Resposta: B
209. A lesão traumática mais frequente do menisco lateral do joelho é a
a) transversa incompleta
b) transversa completa
c) longitudinal incompleta
d) longitudinal completa

Discussão:
A mais comum é a lesão transversa incompleta, associada a lesões do LCA, que age sobre o
menisco como um pilão.
Resposta: A

39. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre o menisco discoide


a) é mais comum no menisco medial
b) 5% é bilateral
c) o tipo 3 de Watanabe recobre todo o planalto e tem aderência periférica íntegra
d) o tipo Wrisberg não possui o ligamento coronário

Discussão:
Menisco discoide
Anomalia mais comum no menisco lateral; incidência lateral: 26% dos japoneses e coreanos, e
menos de 1% nas outras populações; medial:0-0,3%. Bilateral em 20%.
Classificação de Watanabe: de acordo com o grau de cobertura do platô tibial e a presença ou
ausência do anexo posterior meniscotibial normal: Tipo I: Incompleto; Tipo II: Completo; Tipo
III: de Wrisberg (não possui nenhum ligamento posterior, exceto pelo de Wrisberg).
Os completos e incompletos são os mais comuns, em forma de disco, com anexo meniscal
posterior. Assintomáticos, sem movimentação anormal do menisco durante movimentação do
joelho.
Wrisberg: geralmente normais em tamanho e forma, mas seu único anexo posterior é o
ligamento de Wrisberg. Geralmente jovens, sem trauma; sua movimentação anormal causa
um barulho durante a movimentação.
Medial: muito menos comum, em forma de disco, mais associado a trauma, geralmente
rupturas meniscais. Muitos pacientes com menisco discoide medial têm sintomas consistentes
com rupturas.
Pode ser diagnosticado por RX ou RNM: ao rx, observa-se aumento do espaço articular devido
a aumento do espaço da cartilagem (até 11mm); côndilo lateral quadrado com cupping do
planalto tibial lateral; espinha intercondilar lateral hipoplásica.
RNM: diagnóstico pode ser feito com 3 ou mais imagens sagitais de 3 a 5mm com continuidade
do menisco (sinal da gravata borboleta).
Segundo Campbell: meniscos assintomáticos são seguidos com observação. Se lesão parcial,
com periferia inserida, indica-se saucerização. Se no tipo de Watanabe, indicada
meniscectomia total.
Resposta: D

40. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre o cisto de Baker:


a) localiza-se entre a cabeça lateral do gastrocnêmio e o semimembranoso
b) em crianças, o cisto frequentemente se comunica com a articulação
c) pode evoluir com TVP ou SCA nos casos dos cistos gigantes, que ocorrem principalmente em
pacientes com AR
d) em adultos, achados patológicos articulares são incomuns

Discussão:
O cisto de Baker encontra-se geralmente entre a cabeça medial do gastrocnêmio e o
semimembranoso. Em adultos, comunica-se com a articulação, mas em crianças, normalmente
não. Uma complicação é o rompimento do cisto, que é um diagnóstico diferencial de TVP e
SCA. Cistos gigantes são mais comuns em AR. Em adultos, lesões articulares são comuns, e
estas devem ser tratadas.
Resposta: C

41. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre o aumento do estresse femorotibial após uma
meniscectomia total:
a) aumenta 100% medial e aumenta 200-300% lateral
b) aumenta 50% medial e aumenta 50-100% lateral
c) aumenta 200-300% medial e 100% lateral
d) aumenta 50-100% medial e 50% lateral

Discussão:
Uma meniscectomia total aumenta o estresse 100% medial (aumenta contato em 50-60%), e
200-300% lateral (aumenta contato em apenas 40%).
Resposta: A

16. Prova R3 2016 O cisto de Baker localiza-se mais frequentemente entre a cabeça:
a) lateral do gastrocnemio e semimembranoso
b) medial do gastrocnêmio e semimembranoso
c) lateral do gastrocnêmio e sóleo
d) medial do gastrocnêmio e sóleo

Discussão:
O cisto de Baker se localizar mais frequentemente entre a cabeça medial do gastrocnêmio e o
semimembranoso.
Resposta: B

24. Prova R3 2016 Fairbank descreveu uma tríade de alterações que ocorrem no joelho após
uma meniscectomia. São elas:
a) estreitamento do espaço articular, crista anteroposterior e achatamento da metade
periférica do côndilo femoral
b) estreitamento do espaço articular, cistos subcondrais, achatamento da metade periférica do
côndilo femoral
c) estreitamento do espaço articular, crista anteroposterior, cistos subcondrais
d) esclerose subcondral, crista anteroposterior, achatamento da metade periférica do côndilo
femoral

Discussão:
A tríade de Fairbank é um conjunto de alterações que ocorre após meniscectomia. São elas:
- Estreitamento do espaço articular
- Achatamento da metade periférica da superfície articular do côndilo
- Crista anteroposterior projetando-se distalmente desde o côndilo femoral.

Resposta: A

25. Prova R3 2016 Em relação aos cistos meniscais, é correto afirmar:


a) Mais frequente no menisco lateral
b) Pode ser diagnosticado através do sinal de Wilson
c) No sinal de Pisani o cisto fica mais evidente durante a flexão do joelho
d) É sempre de origem traumática

Discussão:
O cisto é 3-10 vezes mais frequente no menisco lateral. Durante a flexão do joelho,
desaparece (sinal de Pisani – cistos pequenos – lembrar: Pisani – como pisar numa barata.
Você flete para pisar e a barata desaparece). Cistos moderados ficam mais proeminentes à
extensão. Não necessariamente é de origem traumática.

Resposta: A

56. Prova Anual R2 2016 Qual é a situação ideal para a sutura meniscal?
a) Lesão em porção central de até 2cm, sem lesão do LCA em paciente jovem
b) Lesão em porção periférica, de até 3cm, sem lesão do LCA em paciente jovem
c) Lesão da porção periférica, de até 4cm, associada a reparo do LCA em paciente jovem
d) Lesão da porção periférica, de até 2cm, associada a reparo do LCA em paciente jovem

Discussão:
A principal situação para reparo do menisco é lesão periférica do menisco, de até 2cm,
associada a reparo do LCA em paciente jovem.
Resposta: D

57. Prova Anual R2 2016 Qual das alternativas abaixo não faz parte da tríade de Fairbank após
meniscectomia?
a) Aplainamento da periferia da superfície articular do côndilo
b) Esclerose do osso subcondral
c) Redução do espaço articular
d) Desenvolvimento de crista da periferia do côndilo femoral

Discussão:
Fazer parte da tríade de Faribank: aplainamento da superfície articular; redução do espaço
articular; formação de crista anteroposterior da periferia do côndilo.
Esclerose do osso subcondral não faz parte da tríade.
Resposta: B

56. (TARO 2016) A lesão meniscal mais comum é a:


a) oblíqua
b) transversa
c) combinada
d) longitudinal

Discussão:
A lesão mais comum é a longitudinal, geralmente envolvendo o segmento posterior do
menisco lateral ou medial. Antes do uso extenso da artroscopia para diagnóstico e tratamento,
lesões do medial eram 5 a 7 vezes mais comuns. Atualmente, encontram-se mais lesões do
menisco lateral. Acredita-se que ambos tenham mesma frequência de apresentação.
Ruptura horizontal associa-se ao cisto meniscal.
Uma questão anterior do taro diz que as lesões do menisco lateral mais comuns são
transversas incompletas.
Ou seja: cuidado com a forma como é perguntado. Acredito que longitudinal só seja mais
comum porque supostamente há mais lesões mediais do que laterais.
Não brigue com a questão.
Resposta: D
31 (TARO 2014) A lesão meniscal que frequentemente produz dor no compartimento contrário
está situada no corno:
a) anterior do menisco lateral
b) posterior do menisco lateral
c) anterior do menisco medial
d) posterior do menisco medial

Discussão:
Lesões do menisco podem provocar dor no compartimento oposto do joelho. Isto é mais
comum com lesões posteriores do menisco lateral; este fenômeno não é bem compreendido,
e o uso de RNM minimiza a exploração inicial do compartimento errado.
Resposta: B

54. (TARO 2014) No menisco discoide, a saucerização é um procedimento em que se faz a


ressecção parcial do menisco na porção:
a) central
b) periférica
c) anterior
d) posterior

Discussão:
Meniscos discoides são mais comuns laterais. Se assintomáticos, são seguidos com
observação. Se sintomáticos, os de Wrisberg devem ser ressecados, e os outros, se bem
aderidos à periferia, podem ser submetidos a saucerização.
Foram apresentados resultados bons e excelentes em 55% dos pacientes submetidos a
meniscectomia parcial central (saucerização).
Fatores associados a maus resultados: alterações degenerativas pré-existentes, gênero
feminino, mais de 20 anos de idade.
Resposta: A

28. (ER 2017) Assinale a alternativa correta em relação às lesões meniscais:


a) os cistos do menisco lateral são duas vezes mais comuns que os do menisco medial
b) o menisco lateral apresenta roturas transversas incompletas com mais frequência que o
menisco medial
c) as lesões em alça de balde raramente causam bloqueio do joelho
d) o tipo mais comum de rotura é a transversal.

Discussão:
O cisto lateral é 3 a 10 vezes mais comum que o medial. Quando rompe, faz uma lesão
horizontal.
As lesões de alça de balde frequentemente causa bloqueio articular.
O tipo mais comum de rotura (geral) é longitudinal. No menisco lateral, é mais comum rotura
transversa incompleta. Com o advento da artroscopia, tem se identificado mais lesões do
menisco lateral do que do menisco medial.
Resposta: B

85. (TEOT 2014) Menisco discoide que cobre todo o platô e preserva os ligamentos
meniscofemorais, segundo Watanabe
a) Tipo 1
b) Tipo 2
c) Tipo 3
d) Tipo 4

Discussão:
Tipo 1: cobertura parcial
Tipo 2: cobertura total
Tipo 3: apenas o ligamento de Wisberg é mantido.
Resposta: B
Osteocondrite dissecante
184. Com relação à OCDJ, comumente a lesão se localiza:
a) na face lateral do côndilo lateral
b) na face medial do côndilo lateral
c) no côndilo medial, próximo à inserção do LCP
d) no quadrante inferomedial da patela

Discussão:
Osteocondrite dissecante do joelho
Necrose óssea levando à formação de corpo livre. Mais comum no joelho, mas pode
ocorrer em qualquer articulação. Geralmente acomete mais o aspecto lateral do côndilo
medial femoral próximo à inserção do LCP (80%); aspecto posterolateral do côndilo (15%);
quadrante inferomedial da patela (5%).
Bilateral em 20-30%. Mais comum em homens e adolescentes. 2 grupos: jovens, antes
do fechamento fisário, com bom resultado, e adultos, geralmente com maus resultados.
Homens:Mulheres 2:1, raro em <10 anos e > 50 anos.
Sintoma mais comum: desconforto doloroso vago no joelho, geralmente há vários
meses – 80% 14 meses. Trauma: 40-60%. Efusão, sensibilidade na linha articular, sobre a lesão,
limitação ADM. Sinal de McMurray, atrofia do quadríceps.
Sinal de Wilson: marcha rodada externa, para evitar contato do côndilo com espinha
medial. Travamento e estalos podem ocorrer conforme ocorre separação do fragmento.
Teste de Wilson: rotação medial e extensão do joelho, com início em 90 graus, pode
levar a dor em 30 graus.
Classificações:
Cahill e Berg:
Grau 0: rx e cintilo normais
Grau 1: rx alterado e cintilo normal
Grau 2: rx e cintilo alterados
Grau 3: cintilo com captação aumentada em todo o côndilo femoral
Grau 4: cintilo com lesão em espelho (captação aumentada no planalto tibial)

Dipaola e Nelson:
1) Fragmento não definido (cartilagem articular amolecida e irregular)
2) Fragmento definido e não desviado.
3) Fragmento desviado, mas não solto.
4) Corpo livre.
Tratamento:
As lesões geralmente se recuperam em crianças jovens com fise aberta. Indicações para
tratamento cirúrgico: joelho sintomático em paciente >12 anos, lesão >1cm, envolvimento de
superfície de carga.
Indicadores prognósticos: Idade: imaturo = tto conservador; maduro = cirúrgico imediato.
Tamanho da lesão: >2cm = pior prognóstico.
Quanto mais crônico, pior; presença de esclerose é mau prognóstico.
Lesões no côndilo medial do fêmur apresentam melhor prognóstico.
Esqueletos imaturos: previsão de fechamento da fise >8 meses
Iniciar com tratamento conservador; observação ou imobilização por 3 meses,
limitação de atividades de impacto; analgésicos. Objetivo: promover cicatrização da lesão.
Após 3 meses sem melhora: artroscopia.
Esqueletos maduros:
A base do tratamento é o drilling. A partir do momento que a cartilagem está
separada, ela pode ser estabilizada. Uma vez que haja cratera, é necessário curetar. Por fim,
no corpo livre, pode ser fixado ou substituído.
Cartilagem mole, sem separação (estável): broqueamento
Cartilagem mole, separação recente, sem descolamento (instável e redutível);
perfuração e estabilização do fragmento com pinos ou paliteiro ósseo.
Separação tardia, passível de deslocamento, mas ainda presa (instável e redutível):
perfuração, estabilização, curetagem da base da cratera.
Corpo livre com cratera fora da área de carga (instável com fragmentação): remover
corpo livre + curetar e perfurar a base da cratera.
Corpo livre com cratera em área de carga: se possível, refixar corpo livre. Se não,
curetar e perfurar base; enxerto; aloenxerto; osteotomia; hemiartroplastia.

Resposta: C

33. (Prova de Joelho R2 2015) Quanto à osteocondrite dissecante da patela


a) não é diagnóstico diferencial do defeito dorsal da patela
b) frequentemente ocorre na quarta e quinta décadas
c) tem prognóstico pior do que a osteocondrite do côndilo femoral
d) raramente associado a condromalácia

Discussão:
OCD da patela ocorre entre a 2ª e 3ª décadas de vida. Bilateral em 1/3. Mais comum
inferomedial. Prognóstico pior que do fêmur. Tratamento igual à femoral, porém geralmente
associada a condromalácia que se estende além da zona avascular do osso. Raramente a lesão
é grande o suficiente para necessitar de excisão da patela.
Resposta: C

47. (Prova de Joelho R2 2015) Qual o local mais comum de osteocondrite dissecante na patela?
a) quadrante superolateral
b) quadrante inferomedial
c) quadrante inferolateral
d) quadrante superomedial

Discussão:
O quadrante inferomedial é o mais comum.
Resposta: B

31. Prova R3 2016 Sobre osteocondrite dissecante da patela, assinale a incorreta:


a) Mais rara e com pior prognóstico que a do joelho
b) Bilateral em 1/3 dos pacientes
c) Mais comuns na metade proximal da patela
d) Mais bem visualizadas no perfil

Discussão:
É mais rara e com pior prognóstico que a do joelho; bilateral em 1/3 dos pacientes; mais bem
visualizadas no perfil; mais comuns no quadrante inferomedial da patela.

Resposta: C

34. Prova R3 2016 Sobre a osteocondrite dissecante do joelho, assinale a correta:


a) Causa mais comum de corpos livres intra-articulares do joelho
b) Maioria se encontra no côndilo femoral lateral
c) Mais comum em mulheres
d) A fise de crescimento fechada é indicativo de bom prognóstico

Discussão:
Osteocondrite dissecante do joelho é a causa mais comum de corpos livre do joelho; maioria
no côndilo medial; mais comum em homens; imaturidade esquelética é sinal de bom
prognóstico.
Resposta: A

52. Prova Anual R2 2016 A Osteocondrite Dissecante:


a) Acomete mais mulheres
b) É mais frequente antes dos 10 anos e depois dos 50 anos
c) Frequentemente inicia com dor aguda localizada na região medial do joelho
d) A marcha é caracterizada pela rotação externa do membro inferior

Discussão:
OCD acomete mais homens, é infrequente antes dos 10 e após os 50 anos, apresenta dor
insidiosa na região medial do joelho.
A marcha com rotação externa é o sinal de Wilson, característico da doença.
Resposta: D

21. Prova R2 2016 Qual dos fatores abaixo é um fator de mau prognóstico na OCDJ?
a) idade < 12 anos
b) Mobilização precoce
c) Lesão fora da área de carga
d) RNM com alto sinal em T2 na interface osso-fragmento

Discussão:
Idade > 12 e lesão na área de carga são indicativos de cirurgia. Mobilização precoce é um fator
de bom prognóstico (em comparação com incapacidade de movimentar). Por fim, alto sinal na
interface osso-fragmento indica corpo livre, que é sinal de doença mais avançada e mau
prognóstico.
Resposta: D

10. (TARO 2014) A osteocondrite dissecante da patela ocorre com maior frequência no
quadrante:
a) inferolateral
b) inferomedial
c) superolateral
d) superomedial

Discussão:
Na osteocondrite dissecante do joelho, a lesão é geralmente localizada no aspecto lateral do
côndilo femoral lateral próximo à inserção do LCP, mas pode ocorrer em outros lugares do
côndilo e ocasionalmente no aspecto posterolateral do côndilo femoral ou inferomedial da
patela (5%). Osteocondrite dissecante é bilateral em 20 a 30% dos pacientes.
Resposta: B

78. (ER 2017) Com relação à osteocondrite dissecante do joelho, comumente a lesão se
localiza:
a) na face lateral do côndilo femoral lateral
b) na face medial do côndilo femoral lateral
c) no côndilo femoral medial, próximo à inserção do LCP
d) no quadrante inferomedial da patela

Discussão:
O local mais comum é no côndilo medial, próximo à inserção do LCP.
Pode ocorre em qualquer outro lugar e ocasionalmente na superfície articular do côndilo
lateral do fêmur ou no quadrante inferomedial da patela.
Resposta: C

79. (ER 2017) Qual o local de acometimento mais comum da osteocondrite dissecante do
joelho?
a) côndilo femoral lateral, face medial
b) côndilo femoral latearl, face latearl
c) côndilo femoral medial, face lateral
d) côndilo femoral medial, face medial

Discussão:
É basicamente a pergunta anterior. Côndilo medial, face lateral (80%); 15% no aspecto
posterolateral, 5% no quadrante inferomedial da patela, 20-30% bilateral.
Resposta: C
Osteonecrose
214. A osteonecrose do côndilo do fêmur caracteriza-se pela presença de dor
a) aguda em pacientes jovens
b) crônica em pacientes jovens
c) aguda em pacientes idosos
d) crônica em pacientes idosos

Discussão:
Osteonecrose do joelho
3 tipos: Secundária: <45 anos, discretamente maior em homens, múltiplos côndilos, bilateral
em 80%, outros sítios 90%. Fatores de risco: Alcoolismo, coagulopatia, doença de
Caisson(mergulhador), doença de Gaucher, LES, Quimio, Transplante renal, cushing, gota,
tabagismo, tumor.
Espontânea (SPONK): maiores de 60 anos, mulheres:homens 3:1, acomete mais o côndilo
medial. Bilateral <5%. Apresentação súbita, efusão, limitação da ADM por dor, sensibilidade no
côndilo medial. Dura 6 a 8 semanas e depois melhora.
OPNK (Pós artroscopia): associada ao uso de laser ou radiofrequência, rara, pacientes um
pouco mais jovens que SPONK. Homens = mulheres. côndilo medial > lateral > planalto lateral
> planalto medial (sentido horário a partir do CFM).
RNM é o principal exame para diagnóstico.
Classificações:
Koshino e Aglietti:
1 – Normal
2 – Aplainamento da área de carga do osso subcondral
3 – lesão radioluscente com halo esclerótico (lesão típica!)
4 – Lesão radioluscente + halo + colapso subcondral
5 – artrose.
Mont/Ficat e Arlet (secundária):
1 – normal
2 – esclerose ou cistos
3 – colapso subcondral com sinal do crescente (típico)
4 – artrose
Prognóstico de acordo com tamanho da lesão:
<2,5cm²: pouca propensão a progressão.
>5cm²: mau prognóstico. (alguns lugares falam 10!)
Razão largura da lesão/largura do côndilo:
<0,45 – melhores resultados
>0,5 – grande chance de degeneração.
Envolvimento metafisário não importa!
Tratamento: Conservador para lesões menores (da primária), ATJ para maiores (e
secundárias).
Conservador: proteção de carga, analgésico: SPONK <40% da área do côndilo.
Desbridamento artroscópico: aplicações limitadas.
Descompressão: estágios iniciais. Autoengano.
Osteotomia da tíbia proximal: Apenas para SPONK. <65 anos, lesões com <50% da largura do
côndilo.
Artroplastia: Todos os que não deram certo, secundárias.
Unicompartimental: lembrar as contraindicações: contratura em flexo >15, varo >10, valgo >5,
ADM pré op <90, LCA insuficiente, acometimento de outro compartimento.
Resposta: C (A resposta considera a SPONK como a osteonecrose. Teoricamente, dor crônica
em paciente idoso também seria possível na secundária, porém ter-se-ia de considerar que o
paciente com secundária geralmente tem menos de 55 anos, não se enquadrando nem em
jovem, nem em idoso).

217. A osteonecrose iatrogênica do joelho está relacionada com o uso de


a) radiofrequência ou laser
b) radiofrequência ou ultrassom
c) shaver ou ultrassom
d) shaver ou laser

Discussão:
O terceiro tipo de osteonecrose é causada pelo uso de laser ou radiofrequência, que
aumentam a temperatura óssea e levam a osteonecrose.
Resposta: A

49. (Prova de Joelho R2 2015) Segundo Koshino e Aglietti, a lesão típica de osteonecrose
ocorre no estágio:
a) 2A
b) 2B
c) 3
d) 4

Discussão:
A classificação de Koshino e Aglietti para osteonecrose:
1: normal
2: aplainamento sutil do osso subcondral
3: lesão típica! Área radioluscente com halo esclerótico em torno.
4: 3 + colapso subcondral.
5: Artrose.

Lembrar também Ficat e Arlet:


1: Normal
2: Cisto ósseos e esclerose
3: Típico! Colapso subcondral com sinal do crescente.
4: Artrose.
Resposta: C

21. Prova R3 2016 Sobre a SPONK, em relação à ON secundária, é correto afirmar que:
a) ocorre em mulheres mais jovens
b) quadro clínico normalmente mais agudo
c) poliarticular
d) bilateral

Discussão:
A SPONK ocorre mais em mulheres (3:1), mais velhas (>60 anos), acomete mais o côndilo
medial, bilateral em apenas 5%. Apresenta quadro clínico mais agudo, com resolução em 6-8
semanas.
Resposta: B

22. Prova R3 2016 Na osteonecrose do joelho, Não apresenta valor de pior prognóstico:
a) área de lesão > 5cm2
b) medida da lesão na radiografia AP > 1cm
c) razão largura da lesão/largura côndilo > 0,5
d) extensão metafisária

Discussão:
Extensão metafisária não influencia prognóstico!
Resposta: D

23. Prova R3 2016 Sâo conntraindicaçãoes para artroplastia unicompartimental, exceto:


a) valgo > 10, varo >5
b) contratura em flexão > 15
c) insuficiência do LCA
d) ADM < 90

Discussão:
Contraindicações: varo > 10, valgo >5, contratura em flexão >15, insuficiência do LCA, flexão
<90, acometimento de outro compartimento.
Resposta: A

16. (TEOT 2016) Qual o exame mais sensível para diagnóstico precoce de osteonecrose do
joelho?
a) RNM
b) Cintilografia
c) RX
d) TC

Discussão:
RNM é o estudo mais útil, com maior sensibilidade e especificidade.
Resposta: A
Osteotomias
172. Em relação à osteotomia valgizante da tíbia, é correto afirmar que
a) os resultados obtidos na cirurgia se mantêm ao longo do tempo
b) não há risco de alteração do slope tibial
c) a osteotomia com abertura de cunha medial tende a aumentar o slope posterior da tíbia
d) a osteotomia com fechamento de cunha lateral tende a aumentar o slope posterior da tíbia

Discussão:
Osteotomias são indicadas para pacientes jovens com lesões condrais unicompartimentais,
para os quais estaria indicada ATJ, mas se tenta evitar a cirurgia. Principalmente, lesões
secundárias a mal alinhamento, nas quais a osteotomia melhora os sintomas.
Todas as osteotomias de abertura aumentam o slope (A=A). As de fechamento diminuem o
slope tibial.
Osteotomia tibial alta: AO sintomática do compartimento medial com joelho varo em paciente
jovem e ativo; descompressão pós procedimento para restaurar cartilagem. Contraindicações:
alteração degenerativa em outro compartimento; >60 anos; artrite inflamatória; ADM < 120;
contratura em flexão > 5 graus (notar que é mais rígida que contraindicação para artroplastia
unicompartimental!).
2 tipos: Cunha de abertura medial (Hernigou – hérnia abre!)
Cunha de fechamento lateral (Coventry – fecha Comvento!)
O aumento do slope pode causar instabilidade em pacientes com deficiência do LCA. A
diminuição, do LCP.
Ponto de referência do planalto: a 62,5% da largura do planalto a partir do medial. Numa tíbia
de 56mm, 1mm de cunha = 1 grau de correção. Outros valores, usa-se regra de 3.
Osteotomia em domo: quando é necessário mais de 20 graus de correção. Corte na TAT,
permite translação anteroposterior, aliviando sintomas patelares.
Coventry fala para hipercorrigir para 8 graus.
Prognóstico:
Em 5 anos, 95% de sobrevivência; em 15 anos, apenas 60%. Resultado igual a prótese
unicompartimental.
Bons resultados: Homem; não necessidade de uso de analgésicos.
Idade, IMC, tabagismo não alteram desfecho.
Osteotomias do fêmur distal
Artrose unicompartimental lateral com joelho valgo.
Contraindicações: instabilidade ligamentar; artrite tricompartimental; ON côndilo femoral; AR;
valgo >20 graus com subluxação da tíbia. (Nada que não seja óbvio; guardar valor do valgo).
Manter 0-2 graus de diferença entre eixo mecânico e anatômico. TAT medializa, melhorando
dor femuropatelar. Cunha de abertura lateral é a mais utilizada, mas fechamento medial pode
ser usada se alto risco de não união.
Pode prolongar a ATJ em até 10 anos.
Resposta: C

204. Na gonartrose com desvio em varo, a osteotomia tibial alta deve corrigir o eixo anatômico
do joelho, segundo Coventry, para valgo de pelo menos
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
Discussão:
O estudo de Coventry mostrou que correção para 8-10 graus de valgo apresenta melhores
resultados; naqueles com valores inferiores, há perda do tratamento em 60% em 3 anos. Notar
que apesar da hipercorreção, ocorre nova varização após.
Resposta: D

42. (Prova de Joelho R2 2015) Marque a associação incorreta em relação às osteotomias


a) Herningou – cunha de abertura medial na região proximal da tíbia
b) Coventry – cunha de abertura lateral na região distal do fêmur
c) Maquet – osteotomia in domo da tíbia proximal
d) Insall – cunha de fechamento lateral na região proximal da tíbia

Discussão:
Herningou: herniação – abre!

Coventry: fecha com vento.


Maquet: Osteomia em domo (para mais de 20 graus de deformidade; maquete do domo).
Insall: cunha de fechamento lateral.

Resposta:

43. (Prova de Joelho R2 2015) Sobre as osteotomias, marque a incorreta:


a) numa tíbia de 56mm de largura, cada milímetro de separação extra tibiofemoral adiciona-se
um grau de deformidade angular
b) num geno varo com gonartrose isolada do compartimento media, hipercorrige-se para um
eixo mecânico de 3-5 graus de valgo, levando o eixo anatômico para 8-10 graus de valgo
c) dividindo-se o platô tibial de 0 a 100 de medial para lateral, a coordenada 62 marca o ponto
ideal para hipercorreção em valgo
d) NDA

Discussão:

Resposta:
Trauma
192. O tratamento cirúrgico no primeiro episódio de luxação aguda da patela está indicado
em:
a) pacientes abaixo dos 20 anos com fatores predisponentes
b) nenhuma hipótese
c) pacientes atletas e paciente com avulsões ósseas deslocadas na superfície medial da patela,
associadas a fatores predisponentes
d) todos os pacientes com fatores predisponentes de luxação recidivante

Discussão: Segundo Campbell, cirurgia está indicada na luxação aguda no caso de fratura
osteocondral, corpo livre intra-articular, atletas competitivos no, ou próximo ao fim da
temporada se pretendem atingir atividades de alto nível.
A luxação da patela ocorre por uma lesão de flexão-rotação do joelho, em que uma força de
rotação interna é aplicada a um pé fixo, geralmente associada a uma contração forte do
quadríceps. Redução espontânea ocorre conforme o joelho é estendido. Fratura osteocondral
ocorre em 39%, geralmente indicada por grave hemartrose.
15% das crianças apresentam luxação recorrente, 60% daqueles entre 11 e 14 nos, e 30% entre
19 e 28 anos.
No tratamento conservador, imediatamente após o trauma, promovem-se 3 séries de 15 a 20
repetições de elevação do membro inferior estendido, 4 a 5 vezes por dia, associado a gelo a
cada 2 a 3 horas. O brace é descontinuado após 5 dias. Posteriormente, progride-se para
exercícios isométricos de cadeia fechada. Um brace patelar é usado por 6 a 8 semanas.

Resposta: C

193. No tratamento cirúrgico da luxação recidivante da patela


a) há correlação direta entre diminuição da TAGT e melhora dos resultados clínicos subjetivos
b) a medicalização da TAGT deve ser indicada nos casos em que TAGT maior que 15mm
c) a cirurgia de Elmslie-Trillat se caracteriza pela anteromedialização da TAT, release lateral e
realinhamento do VMO
d) a cirurgia de Elmslie trillat se caracteriza pela medicalização da TAT, release lateral e
realinhamento do VMO

Discussão:
Instabilidade patelar é mais comum na segunda a terceira décadas de vida.
Síndrome do mau-alinhamento miserável: anteversão femoral, geno valgo, torção tibial
externa/pé pronado.
São estabilizadores dinâmicos da patela: vasto lateral, vasto medial longo e oblíquo.
São estabilizadores estáticos: formato patelar, sulco femoral, comprimento adequado do
tendão patelar, tensão normal e apropriada da cápsula medial.
Principal fator de luxação recorrente: incompetência do ligamento femoropatelar medial.
Origem: entre epicôndilo medial do fêmur e tubérculo dos adutores – local mais comum de
avulsão do LPFM. Restritor primário nos primeiros 20 graus de flexão.
Ângulo Q: linha traçada da EIAS ao centro da patela, e deste à TAT. EM homens, de 8 a 10
graus; em mulheres, de 10 a 20 graus (média 15).
Contribuem para aumento do ângulo Q: geno valgo, anteversão femoral (joga a patela para
dentro para a marcha), torção tibial externa, posicionamento lateralizado da TAT, retináculo
lateral encurtado, dinâmica, RI do fêmur com tíbia fixa.
Avaliação:
Grind test: pressão + movimentação  dor = doença femoropatelar.
Apreensão
Translação patelar: linha média da patela = 0; medir quadrantes de translação. Movimentação
normal é de <2 quadrantes. Borda medial além do sulco troclear = 2 quadrantes.
Sinal do J: translação lateral excessiva em extensão que encaixa no sulco quando a patela
engata na tróclea no início da flexão (tecnicamente é um J de ponta cabeça).
Tilt patelar: dedos na borda medial, polegar na lateral, elevar lateral  avaliar contratura
lateral
TC: TAT-TAGT: no corte axial, traçar uma linha perpendicular à linha biepicondilar, e uma linha
perpendicular à TAT (na inserção do tendão patelar!); medir a distância entre ambos. > 20mm
= mau alinhamento.
Índice de Insall-Salvati: tendão/patela; 0,8-1,2. Maior = alta; menor = baixa.
Índice de Blackburn-Peel: Normal: 0,54-1,06.
Comprimento da superfície articular da patela/ Distância entre a superfície articular da tíbia e
o polo inferior da patela.
Índice de Caton Deschamps: normal 0,6-1,3.
Distância entre canto superior da epífise superior da tíbia (TAT) e superfície articular da
patela/comprimento da superfície articular da patela.
Sinal do cruzamento: linha da cortical anterior do côndilo intercepta linha troclear.
Bump troclear: linha troclear se estende anterior ao córtex femoral.
Tratamento conservador: Jones compressivo, muletas 3-5 dias; depois brace patelar para
movimento controlado por 6 a 8 semanas e iniciar concomitantemente reabilitação com
exercícios de cadeia fechada e depois de cadeia aberta.
Reluxação: 15-50% em 2 a 5 anos.
Tratamento cirúrgico:
Fratura osteocondral, corpo livre ou incongruência indicam tratamento agudo.
Reparo do LPFM: primoluxação com fragmento ósseo  não há estudos que indiquem
superioridade ao tratamento conservador!
Reparo do LPFM com enxerto: instabilidade recorrente, sem desalinhamento significante.
Gracil ou semitendíneo.
Osteotomia de Fulkerson: anteromedialização da TAT: indicado isoladamente ou associado ao
reparo de LPFM para desalinhamento significativo (TAGT > 20). Corrigir TAGT para 10-15
(nunca menos que 10!!!)
Elmslie-Trillat: release lateral, plicação medial, transferência medial da TAT.
Distalização da TAT: patela alta.
Release lateral: isoladamente não é indicado; usado se tilt lateral excessivo ou encurtamento
após medialização. Feito artroscopicamente.
Resposta: C

194. Sobre a ruptura do tendão patelar, é correto afirmar que:


a) a ruptura do TP geralmente ocorre junto às inserções ósseas, tanto proximal quanto distal
b) doenças inflamatórias e metabólicas são fatores predisponentes para as rupturas do tendão
do quadríceps e patelar
c) a maioria das rupturas ocorre na extremidade proximal do tendão patelar e na substância
do tendão
d) a ruptura do tendão patelar é mais frequente que a ruptura do tendão quadricipital

Discussão:
Na lesão do mecanismo extensor, as causas mais comuns são fraturas da patela, seguidas por
lesões do tendão patelar (menores de 40 anos) e lesões do tendão quadricipital (maiores de 40
anos, geralmente com doenças sistêmicas e alterações degenerativas).
Lesões do tendão patelar são majoritariamente unilaterais, durante participação atlética.
Lesões incompletas ou com mecanismo extensor preservado são tratadas conservadoramente,
em extensão por 4-6 semanas; lesões completas são cirúrgicas. A maioria ocorre como avulsão
do polo distal. Nestes casos deve ser feito debridamento e sutura osso-tendão.
Lesões intrassubstanciais são tratadas com reparo terminoterminal. Avulsão da TAT são raras e
tratadas através de sutura por túneis ósseos com aumento com semitendíneo/grácil.

Resposta: D

196. A fratura por insuficiência do osso subcondral no joelho tem maior possibilidade de
ocorrer após
a) osteotomia
b) meniscectomia
c) condrectomia
d) sinovectomia

Discussão: a meniscectomia medial diminui a área de contato de 50 a 60%, mas aumenta o


estresse em apenas 100%, enquanto a meniscetomia lateral diminui a área de contato em
apenas 40%, causando aumento do estresse em 200-300%. Lesões radiais em meniscos podem
ser equivalentes mecanicamente a meniscectomias totais. Em meniscectomias parciais, apenas
a parte descoberta do osso subcondral apresentará degeneração mais precoce; desta forma, a
meniscectomia parcial só é indicada para pacientes com sistemas constantes e travamento do
joelho, situação na qual os benefícios da cirurgia superam o risco de desenvolvimento de
artose.
Alguns trabalhos indicam osteonecrose espontânea do osso subcondral após meniscetomia
artroscópica, provavelmente associada a fratura por insuficiência.
Osteotomias são feitas geralmente para corrigir o eixo do joelho, assim tirando carga das áreas
mais acometidas e consequentemente diminuindo a probabilidade de fraturas por estresse ou
insuficiência. Condrectomia provocaria desenvolvimento mais precoce de artrose; e
sinovectomia não afeta o osso subcondral.

Resposta: B

197. No tratamento da ruptura do tendão do quadríceps, a técnica de Scuderi utiliza


a) reforço com tendão do semitendíneo
b) reforço com tendão do grácil
c) retalho proximal invertido do tendão do quadríceps
d) alongamento em Z do tendão do quadríceps

Discussão:

Existem quatro técnicas principais de reparo de lesão do tendão quadricipital:


Lesão Aguda: Avulsão do polo: debridamento, reinserção e ancoragem através de três furos
longitudinais através da patela.
Lesão aguda: intrassubstancial: Reparo terminoterminal e, se o tendão ficou fino, retalho em V
invertido de espessura parcial para reforçar o reparo (Scuderi agudo).
Lesão crônica: intrassubstancial: pode ocorrer encurtamento de até 5 cm. Técnica de Codivilla:
retalho em V invertido de espessura total para alongamento e reparo.
Modificação por Scuderi (crônico): o retalho em V é parcial, sendo metade usada para
alongamento, e metade para reforço distal.
Resposta: C

202. Na fratura do planalto tibial, a lesão associada mais frequentemente é a


a) dos meniscos
b) do LCM
c) do LCL
d) do LCA

Discussão:
Um estudo de RNM mostrou que mesmo fraturas minimamente desviadas de platô tibial
apresentavam alta porcentagem de lesões de partes moles (80% menisco, 40% ligamentos).
Outro estudo clássico com 103 pacientes encontrou lesões em 102, sendo: ML 91%, LCA 77%,
CPL 68%, MM 44%. Em um estudo artroscópico com 98 pacientes, 57% tinham lesão meniscal,
25% LCA, 5% LCP, 3% LCM e 3% LCL (Rockwood 8).

Resposta: A

207. A ruptura do ligamento patelar é mais frequentemente localizada na sua porção


a) proximal, com desinserção
b) proximal, com avulsão óssea
c) distal, como desinserção
d) distal, com avulsão óssea

Discussão:
A maioria das lesões do tendão patelar ocorre como avulsão do polo distal da patela. Ao
contrário do tendão quadricipital, geralmente ocorre em jovens (<40 anos), atléticos.
Resposta: B

213. Na lesão do ligamento patelar, o mecanismo de trauma mais comum é dado por uma
contração muscular
a) excêntrica com o joelho estendido
b) excêntrica com o joelho fletido
c) isométrica com o joelho estendido
d) isométrica com o joelho fletido

Discussão:
A contração excêntrica desenvolve até 6 vezes mais força que a concêntrica, e o tendão está
mais tensionado em flexão do que em extensão. Segundo Campbell, a forma de lesão do
mecanismo extensor é mais comumente uma sobrecarga excêntrica com o pé plantado e o
joelho parcialmente fletido.
Resposta: B

215. Na fratura proximal da tíbia na criança, o mecanismo mais comum é trauma


a) lateral, com o joelho em flexão
b) lateral com o joelho em extensão
c) medial com o joelho em flexão
d) medial com o joelho em extensão

Discussão:
O mecanismo mais comum das lesões proximais da tíbia na criança é o movimento em valgo
(trauma lateral, joelho em extensão ou hiperextensão). Ele pode provocar tanto fraturas
epifisárias e metafisárias, quanto lesão do LCA. No geral, como o LCA é mais resistente nesta
idade do que a espinha tibial, ocorre avulsão da espinhal através do osso esponjoso.
Resposta: B

01 (Prova Joelho R2 2015) Qual a classificação AO da fratura abaixo?


a) 33B1
b) 33B2
c) 33B3
d) 33C1

Discussão:
Fraturas do fêmur distal são causadas por carga axial com varo, valgo ou rotação. Tem pico
bimodal, sendo mais comum por acidentes automotivos em jovens e quedas em idosos. No
desvio dos fragmentos, quadríceps e jarrete provocam encurtamento; adutores, varo;
gastrocnêmios, angulação com Apex posterior e desvio do fragmento distal.
50% apresentam extensão diafisária da fratura. Lesões ipsilaterais de tíbia, tornozelo e pé
também podem ocorrer. 5-10% apresentam lesões do quadríceps e mecanismo extensor.
Classificação AO: 33
A: Extra-articular.
A1: simples
A2: cunha metafisária
A3: metafisária complexa

B: Articular parcial (segue ordem alfabética, ou quase)


B1: côndilo lateral, sagital.
B2: côndilo medial, sagital
B3: Coronal (frontal) – Hoffa.

C: articular completa.
C1: Articular e MF simples.
C2: MF complexa
C3: Articular complexa
Resposta: B

02. (Prova de Joelho R2 2015) São indicações cirúrgicas para fratura de patela, exceto:
a) desvio dos fragmentos de 2mm
b) incongruência articular de 3mm
c) lesão do mecanismo extensor com perda de função
d) fragmento osteocondral intra-articular

Discussão:
São indicativos de tratamento cirúrgico de fratura da patela: lesão do mecanismo extensor
com perda de função; fragmento osteocondral intra-articular; desvio de fragmentos maior do
que 3mm; incongruência articular maior do que 2mm.
Resposta: A

03. (Prova de Joelho R2 2015) Nas fraturas da espinha tibial do tipo II de Meyers e McKeever, é
correto afirmar que
a) ocorre desvio da porção posterior com porção anterior íntegra
b) o tratamento padrão é conservador
c) ocorre interposição do menisco medial
d) geralmente acomete adultos acima de 18 anos

Discussão:
A fratura da espinha tibial ocorre por avulsão epifisária do LCA. Relativamente incomum,
causada principalmente por acidentes de bicicleta e atividades esportivas. Ocorre por valgo
forçado e rotação externa da tíbia (forma de lesão do LCA), assim como hiperflexão,
hiperextensão, ou rotação interna da tíbia. Rupturas intrassubtanciais do LCA ocorrem em
lesões com carga rápida, enquanto avulsões ocorrem em lesões com carga mais lenta.
Clínica: Dor, edema, incapaz de apoiar peso, hemartrose grande, lassidão no plano sagital.
Fratura mais bem vista nas incidências lateral e túnel.
Classificação: Meyers e McKeever
1) Mínimo desvio do fragmento do resto da epífise proximal da tíbia.
2) Desvio do 1/3-1/2 anterior do fragmento avulsionado, que é levantado, mas
permanece preso como dobradiça na borda posterior em contato com a epífise.
3) Separação completa, com desvio para cima e rotação.
4) (Modificado por Zaricznyj): cominuição do fragmento da eminência tibial.
Tipos 1 a 3 que reduzem fechado podem ser tratados conservadoramente com imobilização
em extensão completa ou 20-30 graus de flexão.
Os que não reduzem (geralmente 2 e 3) devem ser operados (aberto ou artroscópico) pelo
risco de aprisionamento meniscal, potencial para instabilidade e perda da extensão associada.
Fixação pode ser feita com parafusos, fios ou suturas.
Prognóstico: bom, excelente resultado funcional. Frouxidão persistente é associada a
deformidade plástica do LCA. Material de implante através da fise pode resultar em distúrbio
do crescimento ou encurtamento.
Resposta: B

04. (Prova de Joelho R2 2015) Qual a complicação mais comum em fraturas do fêmur distal?
a) rigidez de joelho
b) lesão do LCA
c) não união
d) artrite pós traumática

Discussão:
Antigamente, as principais complicações de fraturas do fêmur distal eram não união, que
podia atingir até 38% dos casos, e infecção, até 20%. Entretanto, com o desenvolvimento de
técnicas cirúrgicas e materiais, união ocorre em 93 a 100%, e infecção, em apenas 2%. Com
isso, a principal complicação passou a ser rigidez, que pode se dever a lesão quadricipital pelo
trauma inicial, por fixação externa, pela exposição para fixação, ou todos em conjunto.
Ademais, a imobilização prolongada promove rigidez, e imobilização por mais de 3 semanas
leva invariavelmente a uma perda definitiva em algum grau de movimentação.
Complicações com o implante são incomuns e geralmente apenas locais; a artrose pós
traumática é indefinida em sua incidência.
Fratura da diáfise do fêmur pode ocorrer em até 50% durante o trauma; lesões ligamentar são
incomuns. O ligamento mais lesado é o LCA, sendo que pode estar preso a um fragmento
ósseo em fraturas supracondilares cominutas. Nestes casos, sempre que possível o fragmento
deve ser fixado durante a fixação da fratura. Na presença de lesões ligamentares, advoga-se o
reparo tardio, para que se possa permitir recuperação da fratura e a confecção segura de
túneis para reconstrução ligamentar.
Resposta: A
05. (Prova de Joelho R2 2015) Nos casos de luxação aguda de patela
a) no tipo intra-articular não existe ruptura do mecanismo extensor
b) raramente há concomitância de mal alinhamento do mecanismo extensor
c) é mais comum em mulheres e superomedial
d) frequentemente ocorre destacamento de fragmentos osteocondrais

Discussão:
A luxação aguda de patela é mais comum entre a segunda e terceira décadas de vida, em
mulheres. O principal fator de risco é a fraqueza do LPFM, porém todos os fatores que
provoquem aumento do ângulo Q e consequentemente mal alinhamento do mecanismo
extensor podem causá-la. A luxação é quase exclusivamente lateral. Destacamento de
fragmentos osteocondrais é comum, especialmente na face medial da patela, ao colidir com o
côndilo lateral, sendo que pode ser observado edema em ambos à RNM.
O item a não faz o menor sentido.
Resposta: D

08. (Prova de Joelho R2 2015) A respeito da classificação das luxações de joelho:


a) a anterior é a mais comum
b) a posterior tem baixa associação com lesão do mecanismo extensor
c) a posteromedial é irredutível
d) a posterior causa lesão arterial por tração

Discussão:
Luxação traumática de joelho é rara. Mecanismos de trauma: Alta energia – principalmente
acidentes automotivos (trauma contra painel), queda de altura. Baixa energia: esportivo
(rotacional). Muito baixa energia: queda da própria altura, descer escada (obesos).
Epidemiologia: tendência a mulheres, gordos, jovens.
Classificação:
Anterior (mais comum)
Posterior (segunda mais comum)
Medial, lateral, rotatória (mais comum posterolateral).
Classificação de Schenck:
KDI: LCP intacto e envolvimento colateral variável (geralmente LCL).
KDII: Cruzados lesados, colaterais intactos (incomum).
KDIII (Mais comum): Ambos os cruzados + um colateral, medial (M) ou lateral (L) (mais comum
L).
KDIV: Ambs os cruzados e ambos os colaterais.
KD V: luxação com fratura periarticular.

Classificação de FANELLI de instabilidade posterolateral em luxação de joelho.


PLI-A: RE tibial aumentada apenas; lesão do ligamento popliteofibular e tendão poplíteo
PLI-B: RE tibial aumentada + frouxidão em varo (abertura de 5mm); lesão do LPF, TP, LCL
(parcial).
PLI-C: RE tibial aumentada + frouxidão severa em varo; Lesão LPF, TP, LCL, avulsão capsular
lateral, ruptura dos cruzados.

Classificação de BOYD de lesões do canto posterolateral em luxações do joelho.


Tipo I: Lesão do CPL, incluindo LCL, poplíteo ou LPF.
Tipo IIa: Lesão combinada do CPL incluindo lesão distal do LCL e bíceps femoral, com avulsão
ou fratura da cabeça da fíbula.
Tipo IIb: lesão ligamentar combinada do CPL incluindo lesão do LCL e poplíteo, ocorrendo na
origem femoral.
Tipo IIIa: lesão do CPL com alguma combinação de LCL, poplíteo, bíceps femoral, cápsula
lateral e banda iliotibial.
Tipo IIIb: IIIa + lesão de cruzado(s).

Lesões associadas:
Lesão vascular ocorre em 5-15% dos casos, e em 40-50% das luxações anteriores ou
posteriores. Mais comum nas anteriores. Principalmente em dois locais: hiato dos adutores ou
túnel fibroso no sóleo.
Lesão nervosa: geralmente fibular (25%), menos comum tibial.
Fratura: presente em 60%, tíbia e fêmur mais comumente.
LCA (intrassubstancial > avulsão femoral > avulsão tibial)
LCP (avulsão femoral > intrasubstancial > avulsão tibial)

Luxação anterior: mais comum (30-50%), geralmente a lesão por hiperextensão, geralmente
envolve lesão do LCP. Lesão vascular geralmente é um rompimento da íntima por tração.
Posterior: 25%, carga axial ao joelho fletido; maior risco de lesão completa da artéria poplítea.
Lateral: 13%; força em varo ou valgo; geralmente rompimento de LCA e LCP; maior taxa de
lesão do nervo fibular.
Medial: força em varo/valgo, geralmente rompimento do LCP e CPL.

Após redução, mesmo que pulso e perfusão presentes, não há garantia de que não houve
lesão arterial, de forma que o paciente deve ser examinado seriadamente. Se ITB >0.9, seguir
com monitorização seriada; se <0.9, USG duplex arterial ou Angiotc.
Após redução, se estável varo/valgo, manter em observação por 48-72 horas. Manter em tala,
na posição mais estável, se possível entre 30 e 45 graus para aproximar a cápsula posterior e
os cantos e retirar tensão dos vasos.
Se instável, reconstrução ligamentar precoce assim que condições do paciente permitirem (10-
14 dias).

Complicações: Rigidez – mais comum, 38%. Mais comum com mobilização retardada.
Frouxidão e instabilidade: 37%.
Lesão do nervo fibular: 25% - mais comum em luxação posterolateral. Maus resultados com
qualquer forma de intervenção.

A anterior é a mais comum.


A posterior tem alta associação com lesão do mecanismo extensor.
A posterolateral é irredutível.
A anterior causa lesão arterial por tração.

Resposta: A

09. (Prova de Joelho R2 2015) A causa mais frequente de maus resultados funcionais após
lesões do mecanismo extensor são:
a) complicações da ferida operatória
b) re-ruptura e refratura
c) perda da flexão do joelho e fraqueza do quadríceps
d) dor e artrite pós trauma

Discussão: A causa mais comum para resultado subótimo depois de lesão do mecanismo
extensor são perda de flexão do joelho e fraqueza do quadríceps. (Rockwood 8, pag 2298). Em
geral, estas complicações são mais associadas à lesão em si do que a aspectos técnicos do
procedimento cirúrgico. Um programa pós-operatório agressivo enfatizando movimentação
precoce e fortalecimento do quadríceps é recomendado.

Resposta: C

10. (Prova de Joelho R2 2015) O acesso posterolateral em fraturas o planalto tibial ocorre:
a) entre o gastrocnêmio lateral e o trato iliotibial
b) raramente, e não coloca em risco o nervo fibular
c) em casos de cominuição do planalto medial
d) entre o gastrocnêmio lateral e o bíceps

Discussão:
Existem dois principais acessos para o platô tibial: posteromedial (para o côndilo medial) e
anterolateral (para o lateral).
No acesso anterolateral, a incisão é baseada no tubérculo de Gerdy e estendida distalmente
sobre o compartimento anterior. Acessa predominantemente a face anterolateral da tíbia.
Deve-se tomar cuidado com a borda posterolateral da tíbia, pois a artéria tibial anterior passa
através da membrana interóssea de posterior para anterior. Podem ser feitos dois acessos
diferentes à articulação: dissecção profunda posteriormente, com incisão do ligamento
coronoide (artrotomia submeniscal); ou dissecção superficial proximalmente, com artrotomia
anterolateral acima do menisco.
O acesso posteromedial é feito sobre a borda posteromedial da tíbia. Se paciente em posição
supina, a perna é rodada externo; se posição prona, é mais fácil de colocar o material de
síntese e facilita a redução através da extensão do joelho. A incisão tem de ser posterior o
suficiente para permitir a colocação de material de síntese posteriormente sem o flap de pele
obstruir; a dissecção subcutânea deve evitar a veia e o nervo safenos.
Acesso anteromedial: é uma extensão do posteromedial; aproveita a mesma via, porém a
dissecção profunda vai anterior ao tendões da pata de ganso.
O acesso posterolateral, por fim, é indicado para cominuições muito laterais que não podem
ser acessadas de outra forma. É feito entre a cabeça lateral do gastrocnêmio e o bíceps femora
com mobilização do fibular.
Resposta: D

11. (Prova de Joelho R2 2015) São possíveis desvantagens da fixação de fraturas de fêmur
distal com haste retrógrada, exceto:
a) rigidez do joelho
b) dor patelofemoral
c) pioartrite do joelho
d) lesão meniscal

Discussão:
Importante relembrar indicações e contraindicações (todas são relativas pelo Rockwood 8):
Indicações relativas: politrauma; fratura de fêmur bilateral; obesidade mórbida; fraturas
metafisárias distais; gestação; lesão vascular associada; fratura da coluna vertebral associada;
fratura ipsilateral do colo do fêmur, acetábulo, patela, tíbia; amputação prévia ipsilateral do
joelho.
Contraindicações relativas: fratura subtrocantérica; mobilidade limitada do joelho; patela
baixa.
Em um estudo comparativo, a taxa de consolidação através de hastes anterógradas foi igual à
de hastes retrógradas (88-89%). Entretanto, a haste retrógrada apresentou 36% de dor no
joelho, contra 9% na anterógrada; e a anterógrada, 10% de dor no quadril, contra 4% da
retrógrada.
O acesso é feito medial ou através do tendão patelar. O ponto de entrada é anterior ao LCP e
sobre ou levemente medial ao sulco intercondilar. Desta forma, não há como lesar os
meniscos. Entretanto, por ser um acesso intraarticular, podem acontecer rigidez do joelho e
pioartrite.
Resposta: D

14. (Prova de Joelho R2 2015) Qual a classificação para a fratura abaixo?

a) Schatzker 3/AO 41B3


b) Schatzker 3/AO 41B2
c) Schatzker 4/AO 41B2
d) Schatzker 2/AO 41B3

Discussão:
A classificação AO considera fratura do platô tibial a partir do B. Fraturas 41A são consideradas
extra-articulares, sendo: A1 avulsão, A2 metafisária simples, A3 metafisária complexa.
A divisão B (articular parcial) segue uma lógica melhor do que a Schatzker, sendo invertidos o 2
e 3. Entretanto, não diferencia o lateral do medial (a diferenciação é feita após o ponto).
B1: Split (.1 lateral, .2. medial, .3 oblíqua)
B2: Depressão (.1 lateral total, .2 lateral limitada, .3 medial)
B3: Split depressão (.1 lateral, .2 medial, .3 oblíqua)
Por fim, a C segue a tradição: C1 articular e metafisária simples, C2 metafisária complexa, C3
articular e metafisária complexa.
A classificação de Schatzker começa pelo platô lateral, sendo: 1. Split; 2: Split depressão; 3.
Depressão. Depois, medial: 4. Medial (qualquer traço). Ambos: 5. Bicondilar com preservação
da espinha tibial (seria um C1); 6. Extensão metafisária (seria um C2 ou C3)
Resposta: B

50. (Prova de Joelho R2 2015) Com relação à tendinopatia patelar no esporte, é correto
afirmar que:
a) é mais frequente em homens acima de 25 anos de idade
b) pode estar associada a uma maior incidência de joelho varo
c) em 80% das vezes apresenta-se como um quadro inflamatório agudo
d) pode ser tratada de forma cirúrgica por meio da remoção de parte do tecido degenerado
(cirurgia de Blazina)

Discussão:
Tendinopatia patelar no esporte também é conhecida como joelho do saltador. Dor anterior
no joelho + sensibilidade focal à palpação do tendão patelar. Atinge até 20% dos atletas
saltadores; mais comum em adolescetes/adultos jovens. Tendinopatia do quadríceps é mais
comum em adultos mais velhos. Fatores de risco são flexibilidade ruim do quadríceps e jarrete.
É mais degenerativo do que inflamatório.
Classificação de Blazina:
I: dor após atividade apenas
II: dor durante e após atividade
III: dor persistente com ou sem atividades, deterioração da performance.
Sintomas: dor anterior, associada às atividades; sinal do cinema na fase tardia (dor com flexão
prolongada). Pode haver edema sobre tendão. Sinal de Basset: sensibilidade à palpação do
polo distal da patela em extensão máxima; sem sensibilidade à palpação do polo distal em
flexão total.
RNM é indicada apenas em casos crônicos e para planejamento cirúrgico. Apresenta:
engrossamento do tendão (mais diagnóstico que edema); perda da borda posterior do fat pad
em casos crônicos.
Tratamento:
Conservador – gelo, repouso, modificação de atividade, fisioterapia. A fisioterapia deve
alongar o quadríceps e o jarrete e fazer fortalecimento excêntrico.
Cirúrgico:
Excisão + reparo com sutura conforme necessário. Indicado para Blazina III, com dor crônica e
disfunção que não respondem ao tratamento conservador; também para rupturas parciais.
Pode ser aberta ou artroscópica. Reabilitação pos op com imobilização inicial em extensão,
mobilização e adm progressivas conforme tolerado, carga conforme tolerado. Pode
permanecer alguma dor por 4-6 meses após a cirurgia.
Resposta: D

29. Prova R3 2016 A ruptura do tendão do quadríceps é mais comumente associada a:


a) uremia, diabetes, hiperparatireoidismo
b) uremia, diabetes, hipocalciúria
c) uremia, hiperparatireoidismo, hipocalciúria
d) diabetes, hiperparatireoidismo, hipocalciúria

Discussão:
Ruptura do tendão quadricipital
Mais comum em pacientes mais velhos que 40 anos, com doenças sistêmicas associadas: LES,
diabetes, gota, hiperparatireoidismo, uremia, obesidade. Há relação com injeção de
esteroides, uso de corticoides e quinolonas.
Geralmente rompe treansversamente na junção osteotendínea em pacientes mais velhos, e no
meio do tendão ou junção musculotendínea em mais jovens.
A ruptura tem de ser corrigida o mais rápido possível, pois após 72 horas a retração do tendão
pode tornar a aposição das extremidades difícil e aumentar tensão na linha de sutura.

Resposta: A

35. Prova R3 2016 Qual a técnica mostrada?


a) COdvilla
b) Scuderi
c) Almstaden
d) Juan

Discussão:
Existem duas técnicas de reparo em V invertido: Scuderi e Codvilla. A diferença é que Codvilla
é de espessura total, e Scuderi, de espessura parcial. Pode-se perceber a diferença, porque
Codvilla tem uma sutura proximal para fechar o espaço do tendão que foi rebatido, enquanto
no caso de Scuderi não tem.

Resposta: B

44. Prova R3 2016 A ruptura do mecanismo extensor do joelho é mais frequentemente


associada à luxação traumática:
a) anterior
b) posterior
c) psoteromedial
d) posterolateral

Discussão:
A ruptura do mecanismo extensor do joelho é mais frequente na luxação traumática posterior
(não consegui achar a fonte).
Resposta: B

46. Prova R3 2016 No tratamento cirúrgico da fratura do planalto tibial, o controle radiográfico
preoperatorio na incidência em perfil deve mostrar:
a) A linha do planalto lateral convexa e a do medial concava
b) a linha do planalto lateral côncava e medial convexa
c) ambas as linhas convexas
d) ambas as linhas concavas

Discussão:
Vale lembrar que o planalto lateral é convexo, e o medial, côncavo. Bizu: a fíbula “empurra” o
planalto lateral para cima, de forma que ele é convexo, mais proximal, e o côndilo lateral é
mais proximal também.
Resposta: A

48. Prova R3 2016 Nas fraturas do fêmur distal, uma placa posterior resultaria em um desvio
do fragmento distal:
a) medial e anterior
b) lateral e anterior
c) medial e posterior
d) lateral e posterior

Discussão:
Não consegui encontrar ninguém que me explique satisfatoriamente esta resposta.
Resposta: A

49. Prova R3 2016 A fratura de Segond Reversa apresenta:


a) Avulsão lateral da tíbia proximal + lesão do LCA e MM
b) Avulsão lateral da tíbia proximal + lesão do LCP e ML
c) Avulsão medial da tíbia proximal + lesão do LCP e MM
d) Avulsão Medial da tíbia proximal + lesão do LCA e MM

Discussão:
Enquanto a fratura luxação de Segond ocorre na face lateral do planalto tibial, causado pelo
LCL, representa lesão do LCA e ML; o Segond reverso, na face medial do planalto tibial, é
causada pelo LCMM e representa lesão do LCP e MM.
A fratura de Pellegrini Stieda é uma avulsão do côndilo femoral medial e indica lesão crônica
do LCM.
Resposta: C

50. Prova R3 2016 São indicações de tratamento cirúrgico em fraturas da patela, exceto:
a) desvio maior que 3mm
b) desvio articular maior que 1mm
c) fraturas condrais com migração intra-articular
d) fraturas longitudinais com desvio

Discussão:
Indicações de cirurgia para fraturas de patela: desvio maior que 3mm; desvio articular maior
que 2mm; fratura condral com migração intra-articular; lesão do mecanismo extensor.
Resposta: B

11. Prova Anual R2 2016 Qual é o padrão de fratura de patela mais comum?
a) COminuta
b) Vertical
c) Transversa
d) Oblíqua

Discussão:
O padrão mais comum e fratura é transversa. 35% sem desvio, 80% do meio para distal,
normalmente sem lesão do mecanismo extensor. Lesão por contração excêntrica.
O padrão estrelado é por trauma direto.
Das fraturas com desvio, 52% são de traço transverso; geralmente existe lesão do retimáculo
ou do mecanismo extensor.
Resposta: C

12. Prova Anual R2 2016 São critérios para o tratamento cirúrgico das fraturas da patela:
a) Fratura de traço vertical
b) Incongruência articular de >2mm
c) Desvio de >2mm entre os fragmentos
d) Fratura cominuta com mecanismo extensor íntegro

Discussão:
Critérios cirúrgicos de fratura são: incongruência articular >2mm; desvio dos fragmentos
>3mm; lesão do mecanismo extensor; fragmento intra-articular.
Resposta: B

13. Prova R2 2016 Qual é a lesão ligamentar mais comumente encontrada em associação à
fratura da diáfise do fêmur?
a) Lesão parcial do LCA
b) Lesão total do LCA
c) Lesão parcial do LCP
d) Lesão total do LCP

Discussão:
Fraturas da diáfise do fêmur
Epidemiologia: pico bimodal. Exposição lateral é mais comum.
Lesões associadas: outras fraturas do fêmur bilateral, patela, acetábulo; lesão
ligamentar e meniscal do joelho (52%): LCA parcial 48% (total 5%); menisco lateral 20%;
menicos medial 12%; LCP parcial 5%; total 2,5%.
Classificação de Winquist e Hansen para cominuição:
Grau 0: sem cominuição.
Grau 1: pequeno fragmento cominuto (>75% contato cortical)
Grau 2: fragmento em asa de borboleta com mais de 50% de contato cortical
Grau 3: Menos de 50% de cortical intacta
Grau 4: sem contato entre as corticais
Classificação AO de fraturas diafisárias:
32A: traço simples. A1: espiral, A2: oblíquo, A3: transverso.
B: cunha. B1: cunha espiral; B2: cunha em flexão; B3: cunha fragmentada.
C: complexa. C1: complexa espiral; C2: complexa segmentar; C3: complexa
multifragmentária.
A diferença entre B e C é que nas C já não há mais contato entre os dois fragmentos
principais.
Desvios da fratura:
Traços mais proximais: fragmento proximal fletido, abduzido, rodado externo;
fragmento distal está aduzido, estendido.
Traços distais à inserção dos adutores: fragmento proximal está fletido e aduzido, e o
distal está estendido.
Desvios aceitáveis: <5 graus coronal e sagital; <15 graus rotacional.
Síntese interna: o tamanho da placa é mais importante do que o número de parafusos
a serem colocados! Rockwood recomenda no mínimo 3; dr. Kodi recomenda no mínimo 4, mas
pode considerar 3 se for placa ponte e bem longa.
HIM anterógrada: de acesso na fossa piriforme pode levar a lesão do nervo glúteo
superior e do glúteo médio, levando a dor no quadril no pós op.
De acesso no trocanter maior: pode levar a lesão do tendão do piriforme e do
músculo obturador interno.
HIM retrógrada: indicações relativas: politraumas (mais rápido); fratura bilateral;
obesidade mórbida (eu acho que todo gordo merece retrógrada, mas enfim), fraturas distais,
gravidez, lesão vascular associada, lesão da coluna vertebral, fraturas ipsilaterais do colo do
fêmur, tíbia, patela, acetábulo, amputação ao nível do joelho ipsilateral.
Contraindicações relativas: fratura subtrocantérica, limitação na ADM do
joelho, patela baixa.

Resposta: A
15. Prova R2 2016 Qual é o ligamento mais lesado nas fraturas do planalto tibial?
a) LCA
b) LCP
c) CPL
d) LCM

Discussão:
AS lesões de partes moles estão presentes em 80% das fraturas do planalto tibial.
Em um estudo clássico, foi observado: lesão do ML em 91%, LCA em 77%, CPL em 68%, MM
em 44%.
Resposta: A

17. Prova R2 2016 Qual é a alternativa incorreta sobre as lesões do mecanismo extensor do
joelho?
a) As lesões do tendão quadricipital são mais frequentes em pacientes acima de 40 anos de
idade
b) O local mais frequente de lesão do tendão patelar é na sua origem no polo inferior da patela
c) roturas bilaterais do tendão patelar são mais frequentes que do quadriciptal
d) patela baixa é um sinal radiográfico sugestivo de lesão do tendão quadricipital

Discussão:
As roturas bilaterais do quadricipital são mais comuns que do patelar, uma vez que a sua causa
é predominantemente sistêmica. Lembrando dos fatores de risco: LES, DM, Gota, Uremia,
Obesidade, Hiperparatireoidismo.
Resposta: C

20. Prova R2 2016 Uma luxação de joelho com lesão dos dois cruzados e com os dois colaterais
íntegros é classificada como:
a) KD I
b) KDII
c) KDIII
d) KDIV

Discussão:
KDI: lesão de um dos cruzados
KDII: lesão de dois cruzados, colaterais íntegros
KDIII: lesão dos dois cruzados e um dos colaterais, sendo dividida em: M e L.
KDIV: lesão dos quatro ligamentos
KDV: luxação com fratura periarticular.
Resposta: B

58. (TARO 2016) A ruptura do lligamento patelar é mais comum em pacientes:


a) acima dos 40 anos, na tuberoisdade da tíbia
b) abaixo de 40 anos, na TAT
c) acima de 40 anos, no polo inferior da patela
d) abaixo de 40 anos, no polo inferior da patela

Discussão:
Mais comum em pacientes com menos de 40 anos, na inserção do tendão patelar no polo
inferior da patela.
Resposta: D
59. (TARO 2016) No joelho flutuante, a incidência de fratura exposta associada é de
aproximadamente:
a) 20%
b) 40%
c) 60%
d) 80%

Discussão:
Localmente, lesão vascular, nervosa e fraturas expostas são comuns, a incidência desta última
atingindo cerca de 50 a 70%. A combinação mais comum é uma fratura fechada de fêmur com
uma exposta de tíbia.
Resposta: C

88. (TARO 2016) Nas rupturas crônicas do tendão do quadríceps, a técnica de reparo com
alongamento do tendão e retalho em V invertido é descrita por:
a) ecker
b) scuderi
c) codvilla
d) mandelbaum

Discussão:
Se há encurtamento do tendão, pode-se alonga-lo. V invertido de profundidade total do
segmento proximal do tendão do quadríceps, com as pontas da base terminando a 1,5-2cm
proximal à ruptura. O flap triangular é tendão separado em uma parte anterior de 1/3 de
grossura, e outra de 2/3.
As pontas do tendão são aposicionadas com sutura interrupta, e a parte anterior do flap é
virada distalmente e suturada, A parte da incisão do V é fechada com suturas interruptas.
Resposta: C

97. (TARO 2016) A luxação aguda do joelho com ruptura dos ligamentos cruzados e integridade
dos colaterais é classificada, segundo Schenck, como:
a) KD1
b) KD 2
c) KD3
d) KD4

Discussão:
KDI: Lesão de um ligamento cruzado
KDII: Lesão de dois ligamentos cruzados, mas colaterais preservados
KDIII: Ligamentos cruzados, um colateral lesado (M ou L)
KDIV: Todos lesados
KDV: luxação com fratura periarticular
Resposta: B

06. (TEOT 2016) Qual a classificação de Schatzker e AO para a fratura a seguir? (foto de fratura
de planalto lateral com depressão e cisalhamento)
a) 41 B3 e 2
b) 41 B3 e 3
c) 41 B2 e 3
d) 41 B2 e 2

Discussão:
Lembrar sempre que a classificação de Schatzker não segue uma lógica de progressão: 1 –
cisalhamento; 2 – depressão e cisalhamento; 3 – depressão; 4 – medial (alta incidência de
lesão do LCA com padrões de fratura posteromedial); 5 – lesão bicondilar preservando
espinhas; 6 – perda total de contato da articulação com metáfise.
Quanto à classificação AO, segue mais a lógica, sendo: B1 – cisalhamento; B2 – depressão; B3 –
depressão cisalhamento.
E só um comparativo, na fratura de pilão, ela segue o Schatzker...
Resposta: C

47. (TARO 2015) Na fratura da diáfise da tíbia, a lesão neurológica mais comum após
osteossíntese intramedular é a do nervo:
a) tibial
b) sural
c) safeno
d) fibular comum

Discussão:
A lesão mais comum é do nervo fibular. Ocorre em 30% dos casos, mas 89% foram praxias com
resolução em 3 a 6 meses.
Resposta: D

08. (TARO 2014) A fratura da patela mais bem visualizada na incidência em perfil é a:
a) vertical
b) transversa
c) cominuta
d) osteocondral

Discussão:
As fraturas transversas são mais bem vistas na incidência em perfil, enquanto as fraturas
verticais, osteocondrais e incongruência articular são mais bem vistas nas axiais.
Resposta: B

30. (TARO 2014) Na consolidação viciosa da fratura da eminência tibial com bloqueio da
extensão do joelho sem instabilidade, o tratamento recomendado é:
a) intercondiloplastia
b) osteotomia tibial extensora
c) osteotomia femoral extensora
d) reconstrução do LCA em um único tempo

Discussão:
Consolidação viciosa de fraturas desviadas da emin~encia intercondilar da tíbia pode restringir
gravemente a extensão do joelho devido ao impacto do fragmento com a crista intercondilar.
Remoção artroscópica ou aberta do fragmento, desbridamento e redução anatômica e fixação
foram recomendados para tratamento desta consolidação viciosa. Em pacientes com LCA
funcionalmente estável, intercondiloplastia artorscópica (alargamento do intercondilo) para
comportar a eminência aumentada. Deve-se fazê-la tão pequena quanto necessário para
permitir extensão completa.
Resposta: A
65. (TARO 2014) A rotura do tendão do quadríceps femoral é mais comum na contração:
a) excêntrica com apoio do pé
b) excêntrica sem apoio do pé
c) concêntrica com apoio do pé
d) concêntrica sem apoio do pé

Discussão:
Mesma questão de sempre: excêntrica, joelho fletido, pé apoiado, carga súbita.
Resposta: A

67. (TARO 2014) O mecanismo mais comum da fratura da eminência intercondilar da tíbia é:
a) a hiperflexão do joelho
b) a hiperextensão do joelho
c) o varismo e rotação medial da tíbia
d) valgismo e rotação lateral da tíbia

Discussão:
O mecanismo de trauma para fratura da eminência intercondilar é o mesmo que para lesão do
LCA: valgismo e rotação lateral da tíbia.
Resposta: D

74. (TARO 2014) A principal causa de luxação do joelho é:


a) queda de altura
b) trauma esportivo
c) entorse em obesos
d) acidente automotivo

Discussão:
Luxações de joelho requerem trauma de alta energia. É mais comum em acidente automotivo.
Resposta: D

35. (ER 2017) Nas fraturas do platô tibial, é mais comum haver lesão associada do:
a) menisco medial
b) menisco lateral
c) LCA
d) LCM

Discussão:
Menisco lateral – 91%
LCA – 77%
CPL – 68%
MM – 44%
Resposta: B

36. (ER 2017) No tratamento cirúrgico das fraturas da patela, o posicionamento correto dos
fios de Kirchner em relação à cortical anterior é de:
a) 3mm
b) 5mm
c) 10mm
d) 12mm

Discussão:
São passados dois fios de 1.6mm perpendicularmente através da fratura, 5mm abaixo da
cortical anterior.
Resposta: B
01. (TEOT 2014) Qual a porcentagem de tratamento cirúrgico em fratura de patela:
a) 90%
b) 70%
c) 50%
d) 30%

Discussão:
Em uma série de 422 fraturas de patela, 219 fraturas minimamente desviadas foram tratadas
conservadoramente.
Resposta: C

06. (TEOT 2014) A fratura de platô medial se relaciona a lesão vascular porque:
a) há grande desvio em varo
b) há associação com luxação
c) há compressão da cabeça medial do gastrocnêmio
d) há lesão do LCP

Discussão:
Nas fraturas com fragmento medial grande, o côndilo lateral intacto desvia lateralmente do
fêmur, levando a um padrão de fratura luxação. Estas lesões graves t~em risco de lesões
associadas, incluindo SCA, lesão do nervo fibular e lesão vascular. Quanto mais lateralizado o
traço de fratura, maior o risco.
Há também grande associação de lesões do LCA com padrões de fratura posteromedial.
Resposta: B

40. (TEOT 2014) Qual o desvio rotatório mais comum na luxação do joelho?
a) posteromedial
b) posterolateral
c) anteromedial
d) anterolateral

Discussão:
A posterolateral foi descrita como a mais frequente.
Resposta: B

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