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Fisioterapia na

fraturas de cotovelo
PROFº Maitê Amaral e Renan Monteiro
ÍNDICE

1.1
Fratura distal de úmero

1.2 Fratura proximal de ulna

1.3 Fratura de cabeça do rádio

Fraturas combinadas
1.4

ÍNDICE
ÍNDICE

Fratura distal de úmero


1.1.1
2 Fratura proximal de ulna

Fratura de cabeça do rádio


1.3
Fraturas combinadas
1.4

ÍNDICE
ÍNDICE

Fratura distal de úmero


1.1
1.2 Fratura proximal de ulna

1.3 Fratura de cabeça do rádio

1.4 Fraturas combinadas

ÍNDICE
ÍNDICE

Fratura distal de úmero


1.1
1.2 Fratura proximal de ulna

Fratura de cabeça do rádio

1. 1.3

4 Fraturas combinadas

ÍNDICE
ÍNDICE

1.1
Fratura distal de úmero

1.2 Fratura proximal de ulna

1.3 Fratura de cabeça do rádio

Fraturas combinadas
1.4

ÍNDICE
ANATOMIA
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Raras: 2-3% de todas as fraturas

Severas:
A maioria é tratada cirurgicamente

Causa:
Trauma de alta energia (jovens)
Osso osteoporótico (idosos)*

Necessidade de adequação cirúrgica:


• Hemiartroplastia (total ou parcial)
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero


FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Objetivo do tratamento:

• Devolver ADM e Quadro livre de dor


FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Classificação A.O.:

• Tipo A: Extra-articular, envolve


apófise ou metáfise

• Tipo B: Intra-articular, parcialmete


intra-articular envolvendo uma
coluna (rádio ou ulna)

• Tipo C: Intra-articular, envolvendo


as duas colunas (rádio e ulna)
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Classificação A.O.:

• Tipo A: Extra-articular, envolve


apófise ou metáfise

• Tipo B: Intra-articular, parcialmete


intra-articular envolvendo uma
coluna (rádio ou ulna)

• Tipo C: Intra-articular, envolvendo


as duas colunas (rádio e ulna)
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Classificação A.O.:

• Tipo A: Extra-articular, envolve


apófise ou metáfise

• Tipo B: Intra-articular, parcialmete


intra-articular envolvendo uma
coluna (rádio ou ulna)

• Tipo C: Intra-articular, envolvendo


as duas colunas (rádio e ulna)
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Classificação A.O.:

• Tipo B3:

• Fratura do capítulo
podendo ser combinada a
da tróclea (lateral)

• Fratura do capítulo + tróclea

• Cominuta do capítulo +
tróclea
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Sinais e sintomas:

• Dor
• Bloqueio do movimento

Diagnóstico:

• RX (AP e lateral)
• Tomografia
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Radiographs of an 88-year-old man with a transcolumn fracture


(AO/OTA A2) deemed medically unfit for surgery because of
severe congestive heart failure and inoperable coronary artery
disease (A, B)
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

A 73-year-old woman with a comminuted intra-articular


fracture of the medial column (AO/OTA type B1.3
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Tratamento conservador:

• Raramente indicado

• Ft estáveis e sem deslocamento


• Pacientes que tem comorbidades

Tratamento cirúrgico:

• Mais indicado
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero


Osteossíntese:

• Nail:
• Indicação: Fraturas do tipo A2 e A3

• Placas:
• Indicação: Gold Standard para fraturas intra-articulares
• Geram maior estabilidade
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Osteossíntese:

• Fixação externa:
• Indicação: politraumatizados (instabilidade residual)

• Fios de K:
• Indicação: Pediatria

• Parafusos:
• Indicação: Fraturas parcialmente intra-articulares ou lesão por
avulsão dos epicondilos
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Via de
acesso
Posterior RAFI (Ft Evita complicações da Limita a visualização da
intra-articular) osteotomia do olecrano; superfície articular anterior;
ruptura do mecanismo risco de insuficiência
extensor* e permite melhor tricipital
visualização para redução e
fixação
Lateral Ft da coluna lateral, Bom acesso a articulação e LCL Difícil acesso a coluna
epicôndilos capítulo medial
ou tróclea
Medial Ft epicondilo medial Bom acesso a LCM; boa Difícil acesso ao LCL
e tróclea visualização da tróclea
Anterior Reparo de lesão Bom acesso a artéria braquial e Acesso limitado as colunas
vascular e do N. N. mediano medial e lateral
mediano
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Reabilitação:

“O retorno total da função é dependente da reconstrução anatômica e da


estabilidade ligamentar da articulação”
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Para cada tipo de fratura, temos abordagens diferentes indicadas:

Supracondilar: abordagem paratricipital com preservação do Sistema


extensor. Estabiiza com placa angular

Epicondilo: Fixação com parafuso + Fios de K ( para melhorar a


estabilidade)

Parcialmente articular: Fios de K + Osteossíntese

Articular: Osteossíntese de compressão (placa + parafuso)


FRATURA DISTAL DE ÚMERO
FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Reabilitação:

“ A mobilização precoce par prevenir a rigidez está ligada a estabilidade


adquirida na cirurgia”

• 2º dia P.O.: liberado movimento ativo e passivo

• 7º semana: liberada carga progressiva


FRATURA DISTAL DE ÚMERO

Fratura distal de úmero

Complicações:

• Ossificação heterotópica: redução da ADM

• Dano neural: N. radial e N. ulnar

• Rigidez do cotovelo: Decorrente de fatores intrínsecos e extrínsecos

• Infecções: Dependente do dano tecidual inicial e o tempo decorrido até a


abordagem

• Pseudoartrose: Atraso ou não união


ÍNDICE

Fratura distal de úmero


1.1.1
2 Fratura proximal de ulna

Fratura de cabeça do rádio


1.3
Fraturas combinadas
1.4

ÍNDICE
FRATURA PROXIMAL DE ULNA

Fratura proximal de ulna

FRATURA DO OLÉCRANO FRATURA DO PROCESSO


CORONÓIDE

FRATURAS COMBINADAS
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRNO)

Epidemiologia:

Comum em adultos (10-20% das fraturas


de cotovelo)

Intensidade:

Alta: gera insuficiência do mecanismo


extensor

Causa:

Impacto direto
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

Classificação:

MAYO Característica Incidência


Tipo I Não deslocadas 5%
Tipo II Deslocadas, mas 85%
cotovelo estável

Tipo III Deslocadas e cotovelo 10%


instável
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRNO)

Classificação:
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

Diagnóstico:

• Através da palpação (muitas vezes, é exposta)

• Falha do mecanismo extensor

• Descartar lesão vascular ou nervosa


FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

Padrões de fratura

• Simples: envolve a incisura semilunar e sigmóide (formado pelo


processo coronóide e olécrano)

• Complexas (Mayo III):

• Transolecranianas com deslocamento


• Fraturas de Monteggia
• Monteggia Like.
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

Complexas
Transolecranianas Ft proximal da ulna + deslocamento anterior da articulação
com deslocamento ulnoumeral. Articulação radioulnar proximal, intacta
Monteggia Ft proximal da ulna + deslocamento da articulação
radioulnar proximal

Monteggia Like Monteggia + ft da cabeça do rádio

“Lesões associadas ocorrem concomitantemente, dificultando o


reestabelecimento da congruência articular”
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

• Olécrano: Limita o movimento de extensão e estabilidade

• Tubérculo sublime: inserção para o ligamento


collateral medial
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

• Tratamento conservador:

• Sem desvio (até 2mm)

• Imobilização a 80º por 2 semanas


• Até 6 semanas limitação da extensão ativa (tração no triceps)

• Tratamento cirúrgico:

• Placa
• Parafuso
• Banda de tensão
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (OLÉCRANO)

Pós operatório:

• Mobilização precoce
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE)

• Mecanismo de trauma:

• Associada a luxação

• Trauma de alta energia


• Rotação + flexão
• Hiperextensão

Wells at al, 2008


FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE)

oClassificação Regan e Morrey

•Tipo I: Fratura da ponta do processo coronóide. Está acompanhada de luxação

de
ría
posterior do cotovelo em 28% dos casos

t
da
ica
íst
r
te
•Tipo II: Menos de 50% do processo coronóide. Está acompanhada de luxação poster

c
ra
Ca
em 37% dos casos

•Tipo III: Mais de 50%. Está acompanhada de luxação posterior em 80% dos casos

Regan , W e Morrey, B, 1989; Afiffiet al, 2020


FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE)

Nº de fragmentos e localização

https://core.ac.uk/reader/81108582
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE)

Fratura do processo coronóide- fratura isolada

%
- 61
%
23
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE)

Fratura do processo coronóide- fratura isolada

- Reparo do ligamento
- Abordagem do coronóide se
61
% ≥ tipo 2
-
23%

Melhores resultados

Chen et al, 2018;


FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE)
FRATURA PROXIMAL DE ULNA (CORONÓIDE E OLÉCRANO)

• Complicações
• Lesão do nervo ulnar
• Rigidez do cotovelo
• Instabilidade residual
• Artrose

• Prognóstico:
• Bom a excelente
ÍNDICE

Fratura distal de úmero


1.1
1.2 Fratura proximal de ulna

1.3 Fratura de cabeça do rádio

1.4 Fraturas combinadas

ÍNDICE
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Epidemiologia:
A mais comum de cotovelo ( 1/3)

Média de idade: 48 anos

Intensidade:
Sozinha ou combinada a outras fraturas

Associada a lesão ligamentar

Causa:
Queda com o braço estendido
Fraturas de cotovelo, punho e mão

Fratura da cabeça do rádio

• Trauma axial
• Fratura na região ântero lateral

Schatzker, 2002; SBOT,2011; Lacheta et al, 2019


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Classificação:

Mason Classificação
Tipo I Sem deslocamento ou fissura
Tipo II Minimamente deslocada > 2mm, associada ou não
a bloqueio de movimento
Tipo III Fratura cominuta
Tipo IV Deslocamento + Ft da cabeça do rádio
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

• Classificação

oMason, modificada por Johnston (1962)

Tipo I: fratura marginal ou do colo sem desvio

Tipo II: fratura marginal ou do colo com desvio

Tipo III: fratura cominutiva Mais


co mum
rádio nas FT
Tipo IV: tipo III + luxação
Cara
cterí
stica
d a tría
de

Gao et al, 2008; Lacheta et al, 2019


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Martin et al, 2017


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Tratamento conservador:

• Indicação: Fratura não deslocada (Mason 1) ou deslocadas sem


bloqueio do movimento (Mason II)

Tratamento cirúrgico:
• Retirada do fragmento da cabeça do radio
• Excisão da cabeça do radio
• Redução aberta +fixação interna
• Artroplastia
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Tipóia 2-3 semanas

Pike et al, 2009


Fraturas de cotovelo, punho e mão

Fratura da cabeça do rádio

• Tratamento
o Conservador (tipo I)
•Imobilização (por 1 semana ou mais)

o Cirúrgico
•RAFI Indicações: Ft instáveis ou com
•Prótese deslocamento significativo, cominutivas
•Excisão da cabeça do rádio ou que gerem bloqueio articular

Obs. Preservação da cabeça, sempre que possível

Lott et al, 2018; SBOT, 2011


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

• Excisão da cabeça do rádio

o Ft cominuta ou ft deslocadas com bloqueio do movimento ou


abordada tardiamente

o Apenas se: não houver instabilidade, danos de tecidos moles ou


luxações.
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

• Redução aberta + fixação interna (RAFI)

• Ft deslocadas com comprometimento >1/3 da cabeça do rádio e ft


com bloqueio articular

• Sugerida a placa angular ao invés da T


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Pós operatório

• O tratamento vai ser baseado no padrão da fratura


• Será ditado pela estabilidade do cotovelo
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

• Artroplastia

o Ft cominutas deslocadas + lesão de tecidos moles

o Detalhes:
o Ft de coronóide deve ser resolvida antes

o Utilização da prótese bipolar ou monopolar


o Desafio: Tamanho da prótese
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

• Tratamento
oCirúrgico
•RAFI
•Prótese
•Excisão da cabeça do rádio

não há evidências suficiente para dizer a melhor intervenção cirúrgica .

◦ Artroplastia pode ser melhor do que RAFI (função e efeitos adversos)


◦ Para Mason tipo III: Artroplastia parece resultar em melhor função e
menores complicações
Gao et al, 2013; Yan et al, 2015
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

- Indicação (resultado bom a excelente): Ft cominuta (aguda) e


artrite reumatóide (crônica)
- Dúvida: RAFI ou prótese ou excisão, nas ft complexas
- Contra indicado: Presença de lesão ligamentar
- Observado: Pós traumática (dor residual); evidência ainda limitada
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Complicações

• Conservador:
• Prognóstico: favorável. Bom a excelente para ft <1/3 sem
deslocamento ou bloqueio articular

• Mobilização precoce: Associada a deslocamentos


• Não união,
• Artrites pós traumática
• Dor associada a má união

Evolui para tatamento cirúrgico


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Pós operatório

• Excisão da cabeça do radio


• Prognóstico: Bom a excelente, com perda pequena do
movimento

• Complicações: Artrite, migração proximal do radio com Sd do


impacto da ulna, instabilidade postero lateral
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Pós operatório:

• Redução aberta:
• Prognóstico: Bom a excelente.
• Superior a excisão.
• Equivalente ao tratamento conservador

• Vantagens quanto a Excisão: > ADM; < instabilidade; > ADM;


melhor funcionalidade

• Complicações: Necrose avascular; rigidez articular; lesão


nervosa
FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Fratura de cabeça do rádio

Pós operatório:

• Artroplastia da cabeça do rádio:


• Prognóstico: Bom a Excelente

• Complicações:
• Osteólise do pescoço do radio; rigidez; Lesão neurológica;
SOBRECARGA RADIOCAPITELAR

• Revisão:0 -28% em um prazo de 6,7 anos


FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO

Fratura da cabeça do rádio


• Complicações:

• Rigidez
• Imobilização prolongada

• Instabilidade
• Associada a lesões ósseas e ligamentares

• Lesões neurovasculares
• Raras (ulnar e mediano)

SBOT, 2011
Fisioterapia na fraturas de
cotovelo
PROFº Maitê Amaral
Fisioterapia na
fraturas de cotovelo
PROFº Maitê Amaral e Renan Monteiro
ÍNDICE

Fratura distal de úmero


1.1
1.2 Fratura proximal de ulna

Fratura de cabeça do rádio

1. 1.3

4 Fraturas combinadas

ÍNDICE
INTRODUÇÃO

1.4 Fraturas combinadas

• Monteggia e Monteggia Like

• Tríade terrível do cotovelo

• Cotovelo flutuante
FRATURA DA MONTEGGIA

Epidemiologia:

• Raras: 2 -7% das fraturas proximais


de antebraço

Definição:
• Ft da ulna + luxação do rádio

Causa:
• Queda com o braço estendido
FRATURA DA MONTEGGIA

MONTEGGIA MONTEGGIA- lIKE


Ft da ulna proximal + MONTEGGIA + Ft do rádio
deslocamento da
articulação radioulnar
proximal
FRATURA DA MONTEGGIA

Fratura de Monteggia

Classificação

Bado
• Mecanismo de lesão e direção do deslocamento da cabeça do radio
FRATURA DA MONTEGGIA

BADO Deslocamento Mecanismo


Tipo I Anterior Hiperextensão +
pronação
Tipo II (mais comum) Ft 1/3 ou proximal da Carga axial + flexão
ulna + Deslocamento
posterior ou póstero
lateral do radio
Tipo III Ft metafisária da ulna +
deslocamento lateral ou
antero lateral
Tipo IV Ft proximal ou do 1/3 Parecido com tipo I
médio + ft do 1/3
proximal do radio
associada deslocamento
anterior
FRATURA DA MONTEGGIA
FRATURA DA MONTEGGIA

Classificação:

Jupiter

Define os subtipos das ft posteriores de Monteggia (Bado tipo II)


FRATURA DA MONTEGGIA

BADO Fratura
TIPO IIA Aspecto proximal da ulna (olécrano) + coronóide
TIPO IIB Junção metadiafisária distal ao processo coronóide
TIPO IIC Ft diafisária
TIPO IID Cominuta e se estende para o olécrano
FRATURA DA MONTEGGIA
FRATURA DA MONTEGGIA

Sinais e sintomas:

Logo após o trauma:


• Dor
• Edema
• Redução da ADM
• Sensibilidade
• Deformidade
FRATURA DA MONTEGGIA

Padrão da lesão e condutas:

• Restaurar comprimento e contorno ulnar, altura do processo


coronóide e integridade da tróclea
FRATURA DA MONTEGGIA

Opções de tratamento:

Conservador ou cirurgico

Depende da idade, tipo de lesão, tempo de redução


SUB-TEMA

Fratura de Monteggia
FRATURA DA MONTEGGIA

Padrão da Fratura ulnar Tratamento


Deformação plástica Redução fechada e tala
Galho verde (incompleta) Redução fechada e tala
Transversa ou fratura curta oblíqua Redução fechada + fixação
intramedular
Transversa ou fratura longa oblíqua Redução aberta + placa
Algoritmo de tratamento para fratura aguda de Monteggia baseada no
padrão ulnar
FRATURA DA MONTEGGIA

Opções de tratamento:

Conservador

Alguns poucos casos em crianças


Emergência (para adultos)
FRATURA DA MONTEGGIA

Opções de tratamento:

Cirúrgico

Placa e parafuso (gold standard)


Banda de tensão (pode ser uma opção)
FRATURA DA MONTEGGIA

Pós operatório

Adultos:

Tem maior risco de desenvolver rigidez (órtese removida pós 2-3


dias PO)

Retirou a tala, liberado movimento

Verificação por imagem, se houve consolidação, descarga de peso


parcial (por volta da 6a semana)

Retorno ao esporte e carga absoluta, após 3 meses


FRATURA DA MONTEGGIA

Resultados e complicações

Prognóstico: Bom a ótimo (RAFI)

Complicações:
Não união
Dor
Rigidez
Ossificação heterotópica
Lesão nervosa
Sd compartimental (quando traumas maiores)
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Epidemiologia:

• 8% de todas as luxações de cotovelo

• Em individuos de media faixa etária (45 anos)

Causa:
• Relacionada a esporte, trauma de alta energia
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

A fratura:
Ft cabeça do radio + ft coronóide + luxação do cotovelo

Classificação:
Rádio: Mason
Coronóide: Regan e Morrey
SUB-TEMA

Tríade Terrível do
cotovelo
Mecanismo de trauma:

Queda com a mão e cotovelo estendido


Lesão do LCL (100% dos casos)
Lesão LCM (56%)
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Tríade Terrível do Cotovelo

Luxação do Cotovelo

Fratura da Coronóide Fratura da Cabeça do Rádio

Lesão de Tecidos Moles

Medial Lateral
LCU LCL

Martin et al. 2010


TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Sintomas:

Edema + sensibilidade
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Conservador

Situações de preferência
Congruência articular
Arco de flexão sem tendência de deslocamento
Ft da cabeça do rádio minimamente deslocada (Mason I)
Pequena ft do coronóide sem comprometimento anteromedial (<30% do
processo coronóide)
Sem bloqueio de movimento
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• A recomendação do tratamento
depende de cada caso, uma vez
que cada estrutura pode ser
acometida em um grau diferente

www2.aofoundation.org
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• Distância úmero ulnar <4mm na vista


lateral

• Cabeça do rádio não limita a prono-supino

• Fratura do coronóide (tipo I ou II)

• Cotovelo estável ao menos até 30° nos 10


primeiros dias

• Tratamento:
• Imobilização
Jung et al 2019; Galbiatti et al, 2014
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Conservador

Imobilização a 90º de 7- 10 dias

Por 4 semanas extensão limitada a 20º

Carga liberada após 7 semanas


TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• Rádio: • Coronóide:
• Osteossíntese • ORIF (fios de K)
• Prótese
• Retirada

Cirúrgico
• Tecidos moles:
• Reinserção
muscular
• Refazer ligamento

Jung et al 2019; Galbiatti et al, 2014


TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO
Para onde
devemos
voltar a
nossa
atenção?
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Tríade terrível do cotovelo


TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• Complicações:

• Instabilidade (tipo I e II)


• Falha da fixação interna (cabeça de rádio)
• Rigidez
• Ossificação heterotópica
• Artrite pós traumática
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• Complicações:

• Instabilidade (tipo I e II)


• Falha da fixação interna (cabeça de rádio)
• Rigidez
• Ossificação heterotópica
• Artrite pós traumática

https://www.orthobullets.com/trauma/1021/t
errible-triad-injury-of-elbow
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• Prognóstico:

• Resultados ruins quando:


• Instabilidade
• Rigidez
• Artrose

https://www.orthobullets.com/trauma/1021/t
errible-triad-injury-of-elbow
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

• Rigidez, instabilidade e osteoartrite dolorosa são as mais


causas freqüentemente encontradas de revisão após fraturas
da cabeça radial

• Quando falamos em associação com luxação: instabilidade e


rigidez
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Conclusão:
• Metade dos pacientes retornaram ao
esporte após artroplastia da cabeça do
rádio.

• Uma prótese secundária da cabeça do


rádio gera pior resultado clínico (MEPS
<85 pontos) aumentando
significativamente o risco de não voltar
ao esporte.

• O cirurgião deve estar ciente de esse


fato, e os pacientes devem ser
informados sobre a baixa taxa de retorno
ao esporte após a substituição da cabeça
do rádio.
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Pós operatório

Limitação da extensão a 20º e da flexão a 90º na primeira semana

Órtese removida após 6 semanas


SUB-TEMA

Tríade Terrível do
cotovelo
Conservador:

Usar MAYO e DASH


TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Complicações:

Rigidez (10,3%)
Falha na osteossíntese (6,7%)
Neuropatia Ulnar (6,2%)
COTOVELO FLUTUANTE

• Lesão traumática em criança envolvendo concomitantemente fratura do


antebraço e supracondiliana do úmero ipsilateral

• Ocorrência simultânea entre fratura do úmero com fratura ipsilateral do


antebraço
COTOVELO FLUTUANTE

Epidemiologia

•2% - 13% de todas as fraturas

•Infância

•Trauma de alta energia


COTOVELO FLUTUANTE

Diagnóstico Clínico: Diagnóstico por imagem

• Identificar o mecanismo de trauma • Raio X

• Presença de deformidades • TC

• Exame vascular e neurológico da • RNM


região

• Avaliar Ombro, cotovelo e punho


SUB-TEMA

Classificação

• FRASE E HUNTER
COTOVELO FLUUANTE

É a combinação ft que envolve a diáfise umeral e a parte


media a proximal do radio e ulna com ou sem lesão
associada de tecidos moles.

Classifica-se separadamente as fraturas

SUB-TEMA
SUB-TEMA

Cotovelo flutuante

oGustillo e Anderson

Tipo I: Ferimento cutâneo menor que 1 cm


Limpa (contaminação mínima)
Sem cominuição na fratura
Mínima lesão de partes moles

Tipo II: Ferimento cutâneo maior que 1 cm

SUB-TEMA
A lesão de partes moles não é extensa
Esmagamento mínimo a moderado
Contaminação moderada
Cominuição moderada da fratura
.
SUB-TEMA

Cotovelo flutuante
oGustillo e Anderson

Tipo IIIA: Ferimento cutâneo normalmente > 10 cm


Nível de contaminação elevado
Graves lesões de partes moles
Fraturas cominuídas
Possível cobertura do osso pelos tecidos moles

Tipo IIIB: Perda muito grave da cobertura


Normalmente exigirá cirurgia reconstrutiva de tecidos

SUB-TEMA
moles
Fratura cominuída moderada ou grave

Tipo IIIC: Associada à lesão vascular que exige reparo


COTOVELO FLUTUANTE

Tratamento

• Fixação externa - controle de danos


locais

• Tratamento definitivo após


melhora das comorbidades
sistêmicas

SUB-TEMA
SBOT
COTOVELO FLUTUANTE

Tratamento

SUB-TEMA
SBOT
COTOVELO FLUTUANTE

Tratamento

Reabilitação:

• Gesso – 7 dias no P.O

• Mobilização passiva e ativa


flexo-extensão: precoce (após 7 dias)

• Movimentos rotacionais: 8-14

SUB-TEMA
semanas (formação do calo ósseo
visível)

SBOT
COTOVELO FLUTUANTE

Complicações:
• Síndrome
compartimental

• Síndrome de Volkmann

• Sinostose radioulnar
(ossificação da
membrana interóssea)

SUB-TEMA
• Instabilidade radioulnar.

SBOT
Cotovelo Flutuante
Complicações:
o Síndrome
compartimental

o Síndrome de
Volkmann

o Sinostose radioulnar
(ossificação da
membrana
interóssea)

o Instabilidade
radioulnar.

Judas.F; Matos.P
Fisioterapia na
fraturas de cotovelo
PROFº Maitê Amaral
Fisioterapia na fraturas de
cotovelo
PROFº Maitê Amaral
LUXAÇÃO DO COTOVELO

Luxação do cotovelo

• = Separação das superfícies Inc


idê
ncia
articulares 90%

• Parcial
• Total

• Mecanismo: Rara em crianças

• Queda com o braço estendido

• Incidência:
• 6-8% a cada 100.000
• Esportes
Taylor F et al 2012; Netter, 2010; I Schubert et al, 2019
LUXAÇÃO DO COTOVELO

• Consequências:

• Lesão dos ligamentos laterais


• Lesão da cápsula articular anterior e posterior
• Lesão do ligamento colateral medial
• Lesão Nervo
• Mediano
• Ulnar
• Artéria braquial

Rockwood 2001; Netter, 2010


LUXAÇÃO DO COTOVELO

Rockwood 2001; Netter, 2010


LUXAÇÃO DO COTOVELO

Classificando a lesão
Hoori circle:

Estágio I: ruptura parcial ou total do LCU gerando


a subluxação posterolateral

Estágio II: Ruptura anterior e posterior da


cápsula levando ao deslocamento posterolateral

Estágio IIIa: Ruptura de todos os tecidos exceto a


banda anterior do LCM

Estágio IIIb: ruptura completa do LCM

Estágio IIIc: Parte distal do úmero sem cobertura


de tecido mole

Rockwood 2001; Netter, 2010


LUXAÇÃO DO COTOVELO

io
o rád ação
b e ça d obiliz
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o da Sem
açã
Lux •
• Tratamento
Redução fechada:
Estável: 7-14 dias de imobilização (90º)
Instável: 2-3 semanas de imobilização

Tratamento aberto:
Raras as vezes

Taylor F et al 2012; Netter, 2010


LUXAÇÃO DO COTOVELO

• Complicações a longo prazo:


• Dor
• Instabilidade
• Ossificação heterotópica
• Perda da ADM
• Luxação recorrente

Taylor F et al 2012; Netter, 2010


INSTABILIDADE DO COTOVELO

Instabilidade do cotovelo

ESTABILIDADE DO COTOVELO

Estabilizadores ativos Estabilizadores passivos


INSTABILIDADE DO COTOVELO

Instabilidade do cotovelo

ESTABILIDADE DO COTOVELO

Estabilizadores ativos Estabilizadores passivos

• Fortalecimento muscular
• Treino sensório motor
INSTABILIDADE DO COTOVELO

Instabilidade do cotovelo

ESTABILIDADE DO COTOVELO

Estabilizadores ativos Estabilizadores passivos

Cirurgia
OSSIFICAÇÃO HETEROTÓPICA

• É a presença de tecido ósseo em locais onde normalmente não existe


osso

• No caso das fraturas, chamamos de adquirida

• Sintomas: dor, limitação da movimentação articular, calor, edema e


hiperemia local, e, em alguns casos, até febre moderada e
espasticidade grave
OSSIFICAÇÃO HETEROTÓPICA

• Diagnóstico: Imagem
REDUÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO

INTRA ARTICULAR PERI ARTICULAR EXTRA ARTICULAR


REDUÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO

INTRA ARTICULAR
• Incongruência articular

• Corpos livres

• Alterações da superficie

• Fibrose articular

• Líquido sinovial
REDUÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO

PERI ARTICULAR
• Falta de elasticidade da cápsula articular

• Edema dos tecidos peri-articulares

• Fibrose
REDUÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO

EXTRA ARTICULAR
• Foco distante da articulação
DANO NEURAL

NEUROPRAXIA AXONOTMESE NEUROTMESE


(classe I) (classe II) (classse III, IV e V)

- Compressão do fluxo de - Degeneração Walleriana - Degeneração Walleriana


axoplasma distal a lesão
- + lesão do endoneuro
- Anóxia nos axônios + - Bloqueio do fluxo de (classe III)
desmielinização focal nutrientes provindo do
axoplasma (compressão - + lesão endo e perineuro
- Tirou a compressão, por > tempo) (classe IV)
inicia a remielinização
- Há preservação do - + lesão do epi, endo e
Retorno em semanas endoneuro perineuro (classe V)

Retorno em semanas ou Retorno incerto, devido ao


meses (Idade, local da possível desacerto entre
lesão) fibras e cotos
OBRIGADO!

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