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Epidemiologia
– 10 a 12% das fraturas (fx)
– comum em mulheres no climatério
– mais comum é a fratura de Colles
EPIDEMIOLOGIA
Mecanismo de trauma
– Mais comum queda sob a mão com o punho em extensão (60-90%)
– até 70% têm Fx estilóide ulna (devendo se fixada, se for na base)
Classificações
Classificações se baseiam em:
1. aspecto radiográficos ou direção do deslocamento das fraturas
2. mecanismo da lesão
3. envolvimento da superfície articular
4. grau de cominuição
5. calcificação e resistência óssea
→ As classificações mais recentes tendem a dar opções terapêuticas e
prognosticas para prevenir desvios e más uniões.
Classificação Universal
Classificaçã
o universal
– de Cooney
I- Fx extra-articular sem desvio
II- Fx extra-articular c/ desvio
a) redutível estável
b) redutível instável
c) irredutível
III- Fx intra-articular s/ desvio
IV- Fx intra-articular c/ desvio
a) redutível estável
b) redutível instável
c) irredutível
d) complexa
Frykman
Classifica
ção de Frykman
OTA
Classifica
ção OTA
– 2.3
A:
1- Fratura ulna traço simples
2- Fratura rádio extra-articular sem cominução e impacção
3- Fratura extra-articular com cominução e impacção
B:
1- Fratura sagital radial
2- Fratura frontal marginal dorsal
3- Fratura marginal volar
C:
1- Fratura articular cominuída
2- fratura articular não cominuída + fx metafisária cominuída
3- cominuição articular e metafisária
Melone
– 4 fragmentos:
1- diáfise
2- estilóide radial
3- fragmento dorsal medial
4- fragmento palmar medial
Fernandez
Classificação de Fernandez
Mayo
1) Extra-articular radiocarpal
Intra articular radioulnar
2) Intra-articular na fossa do escafóide
3) Intra-articular na fossa do semilunare fossa sigmoidea
4) Intra-articular ne fossa do escafóide, do semilunar e sigmoidea
Parâmetros radiográficos
Para se determinar o perfil radiográfico das fraturas do rádio distal são
necessárias radiografias de boa qualidade nas incidências ântero-posterior e
lateral. Três medidas relacionadas ao eixo longitudinal do rádio podem ser
avaliadas e servem de parâmetros para a redução. A inclinação volar da
superfície articular do rádio varia de 11º a 12º, sendo observada na incidência
em perfil. A inclinação radial tem, em média, de 22º a 23º, e, juntamente com
altura radial, que mede de 11 a 12 mm, são avaliadas na incidência ântero-
posterior.
Parâmetros radiográficos
Critérios de Instabilidade
– cominuição metafisária volar
– Idade > 60a
– Cominuição dorsal > 25º ou 30%
– Desvio dorsal > 20º
– Encurtamento radial > 10mm
– Fx articular
– Desvio fragmentos articulares > 2mm
– Perda da redução
– Fx bilaterais da rádio têm indicação cirúrgica
– Fx estilóidea da ulna associada
Critérios de irredutibilidade
– Desvio dos fragmentos > 2mm
– Fx volar no compartimento flexor
– Fx articular com desvio rotacional
– Die punch
Tratamento
30 anos atrás: consideradas benignas e tto conservador era a regra
redução exata não era obrigatória, bons resultados não estavam relacionados
com redução → consolidação viciosa e estética ruim.
– resultado: dor e incapacidade
Conservador
Tipos de imobilização gessada→ neutro, flexão e desvio ulnar, extensão, gesso
longo ou curto, pronação ou supinação.A perda da redução não está
relacionado com o tipo de imobilização mas apenas com a cominuição dorsal e
desvio inicial.
Pinos percutâneos
Objetivo→ fixar o fragmento móvel à cortical oposta proximal à fratura. Dá
uma maior estabilidade, mas não previne o desvio. O ponto de entrada e a
direção dos fios é variável.
Técnica:
a) Manobras de redução;
b) O fio K é então passado dorsalmente através do sítio da fratura para
penetrar na cortical oposta em um ângulo de 45º. A redução é persistente e
previne desvios. São inseridos 2 ou 3 fios através de abordagens curtas
separadas;
c) Pinos entram através do fragmento epifisial distal e são direcionados através
do canal medular para o rádio proximal, para tomar apoio cortical sem
penetrá-lo.
Fixação externa
Proposto para fraturas cominutivas. O objetivo é realinhar e não tracionar.
Enxerto ósseo
Cominuição excessiva e perda óssea
Enxerto corticoesponjoso e esponjoso:
– previne migração proximal do fragmento
– acelera a cicatrização
Cimento ósseo → raramente recomendados
Artroscopia de punho
Permitem uma perfeita redução (probe detecta desníveis de 1 a 2 mm).
Fratura de Colles
• Redução incruenta com anestesia no foco da fratura
• Se instável: escolha de método cirúrgico: FE, FK ou placa
• Se estável: tala axilopalmar por 4 semanas e 2-3 semanas tala
antibraquioplamar
Fratura marginal
• Mecanismo de Trauma: extensão do punho com angulação da mão
• Tratamento: cirúrgico com placas de angula fixo em T
– via volar para fx volar
• Gesso 5 semanas
• Para Barton dorsal: RAFi com FK
Complicações
– Distrofia simpática reflexa (Sudeck)
– Pseudoartrose (rara)
– Consolidação viciosa (+ comum)
– Artrose pós-traumática
– Lesão ARUD pós-traumática
– Instabilidade da ARUD
– Lesão ELP: por atrito no local da fx.
Sumário
1. A perfeita redução de fraturas inta articulares previne osteoartrite pós
traumática
2. Nem sempre o tratamento cirúrgico é obrigatório
3. Fratura rádio distal em idosos = tratamento conservador
4. Mínima intervenção é a regra
5. Fratura intra articular em jovens = cirurgia + redução anatômica obrigatória
6. Freqüente a associação com lesão lig. carpal. Ruptura nem sempre significa
instabilidade carpal
– ruptura = cicatrizam com boa
– instabilidade (dinâmica) = mobilização
– dissociação (estática) = persistente