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INTRODUÇÃO:

O joelho é uma das articulações com uma grandiosa amplitude de movimento, localizada na
porção central do membro inferior e sustentada por estabilizadores estáticos, que são
ligamentos, meniscos e cápsulas. Suas dimensões articulares são formadas pelos côndilos do
fêmur, planalto tibial e patela, que possibilitam locomoções de rotação externa e interna,
rolamento e deslizamento.

A junção patelofemoral se caracteriza por uma articulação plana sinovial, que tem como
superfícies articulares a face patelar presente no fêmur e a face posterior da patela, que é o
maior osso sesamóide e tem como função aumentar o braço de alavanca do músculo
quadríceps, além de proteção articular da tróclea. Apresenta uma base superior e um ápice
inferior. O compartimento lateral da patela é maior que o medial, sendo mais côncavo, o que
possibilita perfeito encaixe com a face patelar do fêmur e um perfeito deslizamento da patela
sobre o fêmur durante o movimento de flexão e extensão do joelho. A presença de forças
anormais pode modificar o alinhamento da patela, podendo gerar sérias consequências, ou
patologias (SACCO, 2015).

A articulação do joelho é uma das articulações mais afetadas pela condropatia, devido
à função mecânica que esta dessempenha no membro inferior. Por ser a articulação central
dos membros inferiores e ser estabilizada especificamente por ligamentos, a articulação do
joelho está susceptível a lesões e a sobrecarga articular devido à obesidade, atividades
ocupacionais repetitivas, períodos prolongados em posição agachada e ajoelhada,
lesões de meniscos e ligamentos, atividades esportivas de alto impacto, fatores endócrinos,
genéticos e idade (RODRIGUES e CAMARGO, 2017).

O complexo posterolateral (CLP), também conhecido como canto posterolateral ou estrutura


posterolateral, desempenha um papel indispensável na manutenção da estabilidade da
articulação do joelho. Pesquisas anteriores mostraram que o PLC compreende vários
ligamentos e tendões, sendo as principais estruturas o tendão poplíteo (PT), o ligamento
popliteofibular (LPF) e o ligamento colateral lateral (LCL). (CONG et al.2022).
As definições dos acomentimentos do CPL é muitas vezes desafiante e se consiste em modos
indiretos, como testes clínicos de rotação externa passiva e teste de gaveta póstero-lateral.

A estabilidade do joelho é relativamente complexa, pois a estabilidade é alcançada por


diversas estruturas. O ligamento anterolateral e o ligamento cruzado anterior ajudam a manter
a estabilidade anterolateral do joelho. Mas na parte posterolateral do joelho, o PLC
desempenha um papel significativo na manutenção da estabilidade. (CONG et al.2022).

A Condromalácia Patelar é caracterizada pela presença de fissuras e do amolecimento


superior da superfície cartilaginosa patelar, gerando dores e disfunções na articulação
patelofemoral, sua incidência é grande, podendo derivar de idade é gênero, sendo o grupo
feminino o mais afetado perante essa disfunção (TAVARES et al. 2011).

Sua etiologia é desconhecida apresentando diversos fatores nos quais podem acarretar a
mesma, incluindo-se o mau alinhamento patelar, traumas diretos, luxação e subluxação
patelar, fraturas ósseas, síndromes e tendinites relacionadas aos ligamentos dos joelhos e
tendões musculares, ineficiência do vasto medial, lesões ligamentares e aumento do ângulo Q
(ROQUE et al. 2012).

Muitas vezes associada a síndrome da dor patelo femoral, a condromalácia se difere


em relação as características morfológicas anatômicas de seu acometimento, sendo relativa
em distintos pacientes (ARAUJO et al. 2017). Incomum porém existente, quando pacientes
com fissuras e amolecimento patelar não dispõem de quadro álgico, assim como aqueles que
dispõem de quadro álgico sem ter nenhum tipo de alteração tecidual, o que irá definir a
condromalácia patelar é a particularidade de traços onde demonstraram lesão tecidual diante
a cartilagem patelar (SCHUEDA et al. 2021).

O papel da fisioterapia é fundamental para o tratamento da condropatia, através de uma


junção de exercícios, tendo em vista alívio de sintomas e lesões decorrentes da patologia.
O tratamento por sua vez é de meio conservador, tendo o objetivo de maximizar a
biomecânica e funcionalidade da articulação de joelho, e influenciando na saúde dos demais
tecidos adjacentes que compõem e fazem parte ativamente da realização dos movimentos
articulares promovendo melhora do quadro clínico (CAMPOS, SILVA, 2008).

A fisioterapia dentro do tratamento de lesões nas quais envolvem a região patelofemoral é


recomendada para a redução do quadro álgico e minimizar as limitações na qual o
acometimento impõe alongamentos, exercícios cinéticos funcionais, recursos para
diminuição do quadro álgico, e são manobras nas quais o fisioterapeuta poderá intervir
(ARAUJO, 2021).

Diante disto, o fortalecimento do CPL por meio da fisioterapia tem a finalidade de reduzir os
sintomas da condropatia e prevenir novas lesões, juntamente com toda musculatura envolvida
do joelho, proporcionando redução de quadros álgicos, melhora da funcionalidade e sendo
assim promovendo qualidade de vida.

1.1 Problema da pesquisa

Quais são os benefícios do fortalecimento do complexo póstero lateral a frente do tratamento de


pacientes com Condromalácia patelar?

1.2 Hipóteses

Quais são os benefícios do fortalecimento do complexo póstero lateral a frente do tratamento de


pacientes com Condromalácia patelar?

1.3 Justificativa

A condromalácia ou condropatia patelar é uma lesão que danifica a cartilagem


articular da patela. É um problema bem comum que acomete milhares de pessoas, trazendo
limitações no dia a dia. É essencial entender a especificidade e a importância do tratamento
diante desse quadro para que assim não ocorra progresso de cenários álgicos que
influenciam nas ocupações habituais.

O complexo póstero lateral, que compõe-se por tendão poplíteo, ligamento colateral
lateral e ligamento popliteofibular, é um arranjo fundamental da articulação
do joelho, o fortalecimento do CPL tem a finalidade de reduzir os sintomas da condropatia e
prevenir novas lesões, proporcionando redução de dores e melhora da funcionalidade.

A fisioterapia fornece uma ampla gama de exercícios terapêuticos, com destaque para a
cinesioterapia. Essa abordagem terapêutica favorece o alongamento, o alívio das dores, o
aumento da amplitude de movimento e a maximização da flexibilidade. Além disso, promove
a penetração e o estímulo entre as fibras, tendões e ligamentos musculoesqueléticos,
resultando na melhoria da propriocepção, aperfeiçoamento da mecânica dos movimentos
articulares e correção da má postura e mau alinhamento patelar. Essas disciplinas beneficiam
significativamente os sistemas fisiológicos e mecânicos do corpo humano.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral

-Descrever o impacto do complexo lateral no tratamento da condromalácia patelar.

1.4.2 Objetivos específicos

· Apresentar a importância do complexo póstero lateral de joelho

· Destacar os beneficios da fisioterapia na condropatia

· Enfatizar a eficacia da hidroterapia na condromalácia patelar

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Biomecânica do joelho e suas estruturas
2.1.1 Anatomia do joelho
A articulação do joelho é a maior e uma das mais complexas articulações do corpo. Ela é
uma articulação em dobradiça sinovial, que satisfaz os requisitos de uma articulação de
sustentação de peso, permitindo livre movimento em um plano somente combinado com
considerável estabilidade, particularmente em extensão (MULLER, 2006; CIRIMBELLI,
2005).
Qualquer alteração que possa acometer essa região do organismo, pode acarretar problemas
em seu desempenho e funcionalidade, atrapalhando suas atividades realizadas ao decorrer
do dia (BORGES; SOUZA, 2022).
Diante a articulação do joelho encontramos 3 ossos nos quais fazem parte desse complexo
anatômico, sendo eles: o fêmur no qual auxilia na sustentação óssea e muscular, a tíbia a
qual exerce um papel de ajuda no sistema de alavanca diante as fases da marcha, e a patela
uma facilitadora ao movimento de extensão de membro inferior, gerando um auxílio na
força do membro (NETTER, 2019).
O fêmur, osso mais longo do corpo, está localizado na coxa, esse osso é inclinado no
sentido anterior e diagonal, partindo de lateral para medial, desde o quadril até o joelho.
Proximal ao fêmur articula-se com a pelve e distal ao mesmo está articulado com a tíbia e a
patela, que é o maior osso sesamóide do corpo (HANSEN; LAMBERT, 2007).
Situada na região abaixo da articulação de joelho, e acima da articulação de tornozelo se
encontra a tíbia, a qual desempenha o papel de aguentar o peso no qual é descarregado
durante a marcha corporal, ao seu lado lateralmente ao plano anatômico humano encontra-
se a fíbula onde sua principal função é a fixação de músculos, tendões e ligamentos
(LUCIANO, 2013).
Dentre os espaços situados aos ossos se encontram bolsas sinoviais sendo elas subcutâneas,
subfaciais e subtendíneas as quais se conectam e interligam aos tendões, ligamentos, e
meniscos facilitando o deslizamento patelar e o amortecimento da sobrecarga corporal,
tendo grande relevância perante o bom funcionamento articular (GUIMARÃES et al. 2006).
A Patela por sua vez é um osso no qual se enquadra dentre as classificações de ossos
sesamóides, nos quais a sua maioria se encontra inseridos tendões musculares, a mesma é
articulada ao fêmur e desempenha a função de proteção anterior ao joelho e a movimentação
articular, auxiliando ativamente no movimento de extensão (HAUPENTHAL; SANTOS,
2006). O ligamento patelar por sua vez contém fibras resistentes e com grande poder de
força, sendo capaz de suportar pressões e energias cinéticas acima do peso corporal de sua
anatomia humana completa (PACCOLA; PICADO, 1996).
A porção dos ossos nos quais integram a articulação do joelho é revestida por uma cápsula
articular na qual dispõe de uma membrana sinovial, dentre o espaço fisiológico situado
entre os ossos fêmur e tíbia é encontrado discos de fibra cartilaginosa denominados
meniscos tendo a fixação de seus cornos na região de epífise tibial (SOUZA et al. 2020).
Os meniscos executam o posto de amortecedores fisiológicos, os mesmos absorvem grande
parte da energia vinda a articulação sendo resistentes a grandes cargas e impactos,
contribuindo na funcionalidade anatômica do joelho (D’ELIA et al. 2005).

2.1.2 Ligamentos da articulação do joelho


Os ligamentos desempenham a função de fixação a dois pontos distintos realizando uma
ligação entre ossos que compõem determinada região articular, promovendo estabilidade e
auxiliando no deslocamento, feitos de tecido com uma determinada complexidade visco
elástica, tendo sua rigidez variada conforme a idade corporal (GÓRIOS, 2001).
Considerado um dos mais importantes ligamentos do plexo de joelho o Ligamento cruzado
anterior, dispõe da função de desempenhar o impedimento de uma locomoção abrupta entre
os ossos fêmur e tíbia, auxiliando também na estabilidade da articulação seja ela em
movimento ou estática (TOOKUNI et al. 2005). O ligamento cruzado anterior ou LCA pode
ser dividido em duas faixas de atividade, a Antero-medial e a Póstero-lateral, a faixa
anterior do ligamento tem uma tensão maior ao movimento de flexão de joelho, já a faixa
posterior do ligamento se encontra tensionado quando há uma extensão de joelho (ROCHA
et al. 2007).
O ligamento cruzado posterior ou LCP tem a atribuição de estabilização da articulação,
sendo considerado o ligamento mais resistente da articulação, extensões excessivas aos
ligamentos, lesões em suas faixas são consideradas comuns, acometimentos ao mesmo
podem gerar fatores de instabilidade proprioceptiva (MOORE et al. 2014).
O ligamento colateral medial do joelho tem a função de impedir uma abertura súbita
medialmente, evitando o movimento valgo de suas estruturas entre os ossos Fêmur e Tíbia,
sua banda elástica possui a característica de ser larga e espessa (LUCIANO et al. 2010).
Com sua inserção localizada em região de fíbula e baixa incidência de lesões o ligamento
colateral lateral desempenha o cargo de evitar a abertura lateral ao corpo da região
distal do fêmur a proximal da tíbia impedindo com que o bocejo em varo aconteça
(MASCARENHAS et al. 2021).

2.1.3 Músculos do joelho


Os quatro músculos extensores do joelho, compreendendo o reto da coxa, vasto
intermediário, vasto lateral e vasto medial, são conjuntamente referidos como quadríceps
femoral. O ligamento da patela é uma extensão do complexo muscular do quadríceps,
estendendo-se do polo inferior da patela até a tuberosidade da tíbia, na orientação ântero-
posterior (Guaitanele et al., 2007).
Os principais músculos flexores do joelho são compostos por três grandes músculos
femorais, coletivamente referidos como músculos isquiotibiais da coxa: bíceps femoral,
semitendíneo e semimembranáceo. Esses músculos atravessam tanto a articulação do joelho
quanto o quadril, desempenhando, assim, uma função essencial não apenas como flexores
do joelho, mas também como extensores do quadril (Dangelo e Fattini, 2004 apud Lima,
2007).
Também com influência na articulação do joelho a região fibular e tibial dispõe do
complexo de músculos do Tríceps sural, no qual é composto pelo sóleo e gastrocnêmio,
ambos responsáveis pela maioria dos movimentos gerados na região de tornozelo e pé
impulsionando o corpo para cima e para frente durante a marcha, sendo esses músculos
essenciais para execução do movimento articular (SOUZA, 2010).
Considerando a anatomia do joelho, sua estrutura segue um padrão no qual as forças são
provenientes de complexidades específicas. Esses complexos causam carga e energia nos
músculos dos membros inferiores, o que resulta em maior desgaste na região do joelho. Isso
o torna mais suscetível a lesões, que podem ocorrer devido a impactos, desgaste ou
alterações posturais (SANTOS et al., 2007).

2.1.4 Biomecânica do joelho


Nesta articulação, três funções distintas são identificadas: extensão, flexão de membro e
rotação, que desempenham papéis cruciais na mudança de posições durante a marcha. A
mobilidade desta articulação está diretamente associada à flexão, sendo esse movimento o
momento em que os ligamentos e tendões entram em ação. A integridade ligamentar e
muscular é essencial para garantir o bom desempenho do retorno à flexão (TRILHA et al.,
2009).
Para a realização de qualquer movimento da articulação é essencial estabilidade ligamentar,
durante a realização do movimento de flexão articular os ligamentos
cruzados se polarizam no intuito de impedir que as estruturas ósseas anatômicas pendam
para frente ou para trás (MARCO et al. 2008).
No decorrer da flexão os ligamentos, colateral lateral e colateral medial situam se com uma
menor tensão, a rotação de joelho por sua vez é impedida devido a esses ligamentos fazendo
com que haja estabilidade e segurança para a realização do movimento (MOORE et al.
2014).
Dentro da avaliação de um joelho saudável ou acometido por alguma lesão ou patologia é
necessário se verificar o alinhamento do mesmo, que tem o embasamento na forma com que
a característica anatômica esquelética se desenvolveu, variações como joelho varo e valgo
podem acarretar um joelho suscetível a lesões (ABREU et al. 1996).
O joelho possui ângulos que derivam e mudam conforme as cargas impostas sobre ele e o
tipo anatômico de alinhamento que o mesmo possui, a frente do conteúdo proposto é
importante enfatizar o Ângulo Q, ângulo qual dá ao alinhamento da articulação fêmoro
patelar com relação ao ângulo do quadríceps (VIANA et al. 2017). O mau alinhamento das
articulações pode resultar em um aumento do ângulo Q, esse aumento acarreta uma
ampliação na pressão fêmoro patelar, gerando uma força compressiva superior do que a
capacidade articular levando o organismo a desenvolver alterações teciduais que
prejudicaram o desempenho funcional do membro (PAULA et al. 2004).

2.1.5 Complexo póstero lateral e suas características

O complexo posterolateral (CPL), denominado também como canto posterolateral ou


estrutura posterolateral, desempenha uma função crucial na preservação do complexo de
estabilidade da articulação do joelho. Estudos recentes evidenciaram que o CPL é composto
por diversos ligamentos e tendões, sendo as estruturas primordiais o tendão poplíteo (TP), o
ligamento poplíteofibular (LPF) e o ligamento colateral lateral (Hughston et al., 2022),
desempenhando papéis significativos na integridade e funcionamento adequado da
articulação do joelho.
As evidências de lesões no Complexo Posterolateral (CPL) frequentemente apresentam
desafios clínicos, sendo fundamentadas principalmente em avaliações indiretas. Isso inclui
testes clínicos, tais como os de rotação externa passiva e gaveta posterolateral, que são
métodos comumente usados na identificação dessas lesões (Laprade RF, 2022).
A ressonância magnética tem sido utilizada para identificar com precisão a lesão do CLP e
revelar muitas de suas características, permitindo assim um melhor planejamento cirúrgico
(Ross G et al., 1997). A falha em diagnosticar a lesão do CLP imediata ou diretamente
pode levar a dor crônica nas articulações, degeneração da cartilagem ou falha na
reconstrução do ligamento cruzado ( Connell D, 2005).
A estabilidade da articulação do joelho é uma questão relativamente complexa, uma vez que
é sustentada por diversas estruturas. Enquanto o ligamento anterolateral e o ligamento
cruzado anterior indicados para a estabilidade anterolateral, é na região posterolateral do
joelho que o Complexo Posterolateral (CPL) desempenha um papel crucial na preservação da
estabilidade, conforme destacado por Zappia et al. (2019).

As pesquisas demonstraram que a articulação femoropatelar pode ser influenciada por


movimentos anormais do plano frontal e transverso femoral (Mascal CL et, al, 2003).
O valgo dinâmico, caracterizado pela rotação medial do quadril, adução e flexão, emerge
como um fator possível para a geração de desconforto no joelho. Estudos evidenciaram que o
excesso de rotação femoral medial resultou na redução da área de contato femoropatelar,
culminando em um aumento do estresse na articulação femoropatelar (Poderes CM et al.,
2003).
Foi constatado que, em mulheres sedentárias que apresentam dores patelofemorais, a inclusão
de exercícios de fortalecimento do complexo posterolateral de quadril em um programa
abrangente de alongamento e fortalecimento para os joelhos demonstrados será mais eficaz
na melhoria da função e redução da dor quando comparado apenas aos exercícios
direcionados para os joelhos (Fukuda et al., 2010).

2.2 Condromalacia patelar e aspectos patológicos


2.2.1 Etiologia da condropatia

A Condromalácia Patelar (CMP), como sugere a etimologia do seu termo, é caracterizada


pelo amolecimento anormal da cartilagem hialina que reveste as superfícies articulares da
patela. Essa condição, conhecida como condropatia, tem a capacidade de afetar diversas
articulações, sendo notável sua incidência em áreas sujeitas a desgastes e traumas,
especialmente no joelho (KRIEGER et al., 2020; HABUSTA et al., 2021).
Frequentemente correlacionada à síndrome da dor patelofemoral, a condromalácia apresenta
variações nas características morfológicas anatômicas de seu impacto, demonstrando ser
relativa e variável entre diferentes pacientes (ARAUJO et al., 2017). O que irá definir a
Condromalácia patelar é a particularidade de traços onde demonstraram lesão tecidual diante
a cartilagem patelar (SCHUEDA et al. 2021).
As mulheres são o grupo mais frequentemente afetado por essa lesão devido a uma
combinação de fatores musculares, esqueléticos e hormonais que podem influenciar o
alinhamento adequado da patela em sua articulação, resultando em um desalinhamento dos
membros inferiores. Além disso, hábitos cotidianos, como o uso de salto alto, também podem
interferir na articulação (SILVA et al., 2020).
Atletas de alto rendimento também estão entre o grupo de risco mais suscetível a essa
patologia devido às cargas recorrentes aplicadas à articulação, à realização de exercícios de
alto impacto e ao movimento que envolve uma amplitude máxima mecânica da articulação
(SOUZA et al., 2017) .

2.2.2 Sinais e sintomatologia

As particularidades e a sintomatologia da patologia variam conforme o grau e o estágio em


que se encontra. A classificação em quatro graus proporciona uma progressão desde
manifestações mais simples até estados mais avançados. No grau 1, observa-se um
amolecimento da cartilagem, podendo surgir dor e inchaço no membro afetado, sem impacto
significativo nas atividades diárias. No grau 2, ocorrem pequenas fissuras na faixa do tecido
cartilaginoso da patela, as quais, mesmo sendo pequenas, já causam desconforto durante
atividades físicas. O grau 3 é caracterizado por lesões de maior diâmetro, resultando em
rachaduras significativas no tecido fibroso (POMPEO et al., 2012). No grau 4, estágio mais
avançado da patologia, a articulação envolve um nível de limitação funcional e intensificação
do quadro álgico. Nesse ponto, o tecido fibrocartilaginoso encontra-se em um estado
degenerativo, resultando na exposição e falta de suporte adequado à patela, podendo
ocasionar um aumento no diâmetro ósseo (SILVA et al., 2020).
De acordo com Ramos (2011), os sintomas primários incluem dor na região anterior do
joelho (atrás da patela) ao subir e descer escadas, durante atividades físicas, ao levantar de
uma cadeira, ao agachar-se e mesmo ao manter o joelho flexionado por períodos
prolongados. Também são considerados sintomas como crepitação e estalidos atrás da patela
durante a flexão e extensão do joelho, às vezes audíveis, além de edema e derrame articular,
consequências do acúmulo excessivo de líquido sinovial gerado pelo processo inflamatório.

2.2.3 Princípios determinantes

Para compreender as origens desse problema, é essencial uma análise minuciosa e abrangente
para explicar o surgimento dessa patologia comumente observada. Entre os possíveis fatores
causais, destaca-se o elevado nível de carga exercido durante a realização de atividades
físicas e movimentos (DUARTE; HIRATA, 2007).
Alterações em músculos de sustentação bípede corroboram a essa situação de lesão, como os
músculos do quadril, a fraqueza do mesmo pode aumentar a carga de impacto exercida
durante exercícios, sobrecarregando assim a articulação e
podendo gerar um mau alinhamento patelar durante os movimentos realizados do membro
(SILVA, 2008).
Desequilíbrios de força ou encurtamento de tendões acarretaram dificuldades a realizações de
exercícios como o agachamento, fazendo com que outras articulações compensem a
limitação que o membro dispõe, aumentando assim o torque do exercício proposto e
sobrecarregando a articulação (PRADO, 2004).
Quando há falta de força nos músculos do quadríceps durante a execução do agachamento, o
membro tenta compensar essa deficiência inclinando o joelho para a frente. Nesse contexto,
há uma propensão a aliviar a carga após ultrapassar uma determinada amplitude, o que pode
resultar em lesões no joelho (OLIVEIRA, 2012).
O excesso de peso contribui para esse tipo de lesão, da mesma forma que cargas elevadas e
má execução de exercícios específicos sobre o joelho. O sobrepeso é um fator significativo
que pode levar ao desenvolvimento da condromalácia patelar, especialmente quando a
capacidade excede o índice de massa corporal recomendado para altura e peso, podendo
impactar o padrão natural e morfológico da articulação do joelho (BRANDALIZE, 2010).
O Ângulo Q, também conhecido como ângulo do quadríceps, destaca-se como um dos
ângulos fundamentais na avaliação do alinhamento entre a espinha ilíaca superior e o ponto
médio da patela, sendo identificado traçando uma linha entre essas estruturas (PIAZZA et al.,
2014) .
Na maioria das vezes, o ângulo Q exerce influência direta sobre o joelho, especialmente na
posição patelar. Um alinhamento inadequado ou um aumento nessa angulação tende a
intensificar a pressão na região anterior da patela, aumentando a probabilidade de danos ao
tendão durante movimentos de esforço (MELO DE PAULA et al., 2004).
A angulação considerada dentre os padrões da normalidade para homens se encontra na faixa
abaixo de 15° e de mulheres abaixo de 20°, porém as mesmas podem variar diante fatores e
condições fisiológicas (BELCHIOR et al. 2006).
Embora haja vários fatores associados ao desenvolvimento da condromalácia patelar, isso
não implica que seja uma condição universal para todos os praticantes das atividades
mencionadas acima. No entanto, é importante destacar que grupos cujas atividades diárias se
enquadram nessas possíveis causas tendem a apresentar uma maior suscetibilidade a essa
patologia (SILVA, 2021).

2.2.4 Diagnóstico da condropatia


Em relação à avaliação da Condromalácia Patelar (CMP), com base nos dados obtidos na
investigação clínica e nos resultados durante o exame físico, torna-se possível iniciar o
tratamento em caso de suspeita da condição, especialmente para aliviar os sintomas agudos.
No entanto, os exames de imagem desempenham um papel crucial na confirmação do
diagnóstico, contribuindo para a continuidade do plano terapêutico e, consequentemente, para
a resolução do quadro clínico (KRIEGER et al., 2020). A ressonância magnética, com seu
excelente contraste de
partes moles, é a melhor técnica de imagem disponível para estudo das lesões de cartilagem
(FREIRE et al, 2006).
Durante a avaliação física, é essencial analisar a força e a aparência do quadríceps, a
mobilidade patelar, a presença de dor à palpação e durante a movimentação, a existência de
crepitações articulares, bem como a disposição dos pés e tornozelos. Nesse contexto, destaca-
se o Teste de Clarke, um procedimento realizado quando há suspeita de Condromalácia
Patelar (CMP). Esse teste consiste na aplicação de uma leve pressão sobre a porção superior
da patela contra a tróclea, enquanto se solicita ao paciente que contraia o quadríceps. Um
resultado positivo é indicado quando o paciente manifesta dor e incapacidade de manter a
contração muscular. Contudo, é importante ressaltar que esse teste não é específico para a
doença, mas sugere a possibilidade de acometimento articular (HABUSTA et al., 2021).
A avaliação por artroscopia é considerada o método padrão-ouro, embora seja um
procedimento invasivo que envolve a visualização da articulação por meio da introdução de
uma sonda equipada com uma câmera na extremidade, conhecida como artroscópio. Além de
permitir a observação direta da articulação, a artroscopia pode apresentar efeitos resolutivos
em algumas patologias. Por meio desse procedimento, é possível realizar uma classificação
precisa do comprometimento da cartilagem, utilizando a Classificação de Outerbridge
(KRIEGER et al., 2020; HABUSTA et al., 2021).

2.3 Intervenção fisioterapêutica na condromalácia patelar

2.3.1 Benefícios da fisioterapia


A articulação do joelho é frequentemente alvo de lesões no corpo humano, e em casos de
acometimento nessa região, a intervenção do fisioterapeuta é essencial. Como profissional
qualificado, o fisioterapeuta possui um amplo repertório de conhecimentos, permitindo-lhe
contribuir para o diagnóstico e exigir informações relevantes nesse contexto (ARAUJO,
2021).
O tratamento para condromalácia é conservador e, no entanto, ocorrerá melhora nos sintomas
dolorosos e funcionais do joelho (MONNERAT et al, 2010).
A fisioterapia visa melhorar a biomecânica e a funcionalidade da articulação do joelho,
exercendo influência positiva na saúde das tecidos adjacentes que desempenham um papel
ativo na realização dos movimentos articulares. Isso resulta em melhorias no quadro clínico
do paciente (CAMPOS, SILVA, 2008).
No tratamento de lesões que envolvem a patelofemoral, é aconselhável incorporar
alongamentos, exercícios cinéticos específicos e estratégias para redução da dor, com o
objetivo de reduzir o desconforto da região e minimizar as limitações impostas pela
condição. Essas intervenções, que podem ser realizadas pelo fisioterapeuta, são relevantes
para o manejo eficaz do acometimento (ARAUJO, 2021).
2.3.2 Cinesioterapia e exercícios terapêuticos
A cinesioterapia é uma das áreas mais extensamente empregadas na fisioterapia, baseando-se
na terapia por meio do movimento. Essa prática engloba um conjunto de exercícios
direcionados para melhorias nas condições afetadas por lesões, buscando a melhoria dos
resultados (SILVA, 2007).
A cinesioterapia envolve uma gama de atividades, como alongamentos, aquecimentos e
fortalecimento dos membros afetados. Por meio de um conjunto diversificado de exercícios,
ela atua de forma conservadora, evitando as restrições do quadro clínico. Isso permite que o
paciente acometido participe de exercícios sem agravar as lesões já apresentadas nos tecidos
do tendão e da cartilagem (SILVA, 2007).
Os exercícios cinesioterapêuticos contribuem de maneira significativa para o aumento da
força muscular, sendo um dos principais benefícios dessa abordagem. Isso é um progresso
por meio de exercícios diversificados que incluem contrações excêntricas, concêntricas e
isométricas. A cinesioterapia promove frequentemente a ativação adequada dos feixes e
fibras musculares, resultando no fortalecimento eficaz dos músculos estabilizadores e
mobilizadores (WIBELINGER, 2019).
No tratamento de lesões ortopédicas, como a condromalácia patelar, é essencial preservar a
amplitude de movimento, o que pode ser realizado por meio de exercícios tanto passivos
quanto ativos. O foco dessas disciplinas é na promoção da amplitude de movimento e na
melhoria da qualidade tecidual (DOBERSTEIN, 2008).
Frequentemente, uma abordagem terapêutica para a condromalácia patelar concentra-se no
fortalecimento dos músculos quadríceps, com o objetivo de promover um realinhamento na
penetração da patela em seu tendão (NAGAMINE et al., 2021).
Exercícios de cadeia cinética fechada são recomendados para lesões no joelho como um todo.
Essa categoria de exercícios é caracterizada por uma redução da pressão anterior na patela, o
que facilita a ativação das musculaturas envolvidas sem impacto direto sobre a articulação
(DANTAS et al., 2016).
Em comparação com os exercícios de cadeia cinética aberta, os pacientes geralmente
apresentam maior conforto ao realizar exercícios de cadeia cinética fechada. Contudo, diante
das fissuras que a lesão pode ocasionar, ambos os tipos de exercícios mostram-se ineficazes
para o processo regenerativo, porém eficazes no fortalecimento das estruturas musculares
locais (CABRAL et al., 2008).
Os exercícios de cadeia cinética fechada, embora não favoreçam o processo regenerativo do
tendão e de suas lesões, desempenham um papel significativo na melhoria da capacidade de
movimento utilizada nas atividades diárias. Isso permite que o paciente atinja uma amplitude
de movimento compatível com os padrões normais, viabilizando a execução de atividades
simples do cotidiano (CABRAL et al., 2008).
Além dos exercícios, é possível empregar dispositivos de suporte como elásticos, órteses e
bandagens funcionais. Esses recursos são destinados à otimização da realização dos
exercícios terapêuticos, proporcionando assistência no alinhamento corporal do paciente. Isso
resulta em maior efetividade nas atividades propostas (AZEVEDO; MEJIA, 2009).
Quando inserida no tratamento de lesões ortopédicas, a cinesioterapia exerce um impacto
positivo na reabilitação do paciente, promovendo o aumento da amplitude de movimento,
flexibilidade, elasticidade tecidual, ganho de força muscular, aprimoramento da
propriocepção, correção de desequilíbrios posturais e redução de fraqueza ou fraqueza
aderências teciduais (FEHR, 2007).

2.3.3 Terapia manual e mobilização articular


De acordo com Ladeira (2007), a terapia manual teve sua origem na Grécia Antiga e, embora
tenha sido negligenciado pelos médicos nos séculos XVIII e XIX, sua prática ressurgiu
vigorosamente nas últimas décadas, tornando-se um recurso fundamental na medicina moderna.
Souza (2013) destaca que a terapia manual envolve técnicas como a mobilização articular da
patela, quando necessária, e o alongamento passivo dos músculos articulares do joelho e do
quadril (gastrocnêmio, isquiotibiais, retofemoral).
Considerando as terapias manuais, é possível abranger um conjunto diversificado de técnicas
específicas especializadas em fisioterapia. Estas incluem mobilizações, liberações
miofasciais, compressões e descompressões, manipulações e osteopatia, essas abordagens
visam contribuir para o aprimoramento da elasticidade, complacência musculoesquelética e
visceral (Carvalho et al. 2012).
Em relação às disfunções musculoesqueléticas e condições que desencadeiam dor, a terapia
manual tem evidenciado eficácia na redução do quadro álgico e na melhoria da capacidade
funcional de pacientes com patologias ortopédicas. Frequentemente empregado em
abordagens terapêuticas conservadoras, essa prática proporciona intervalo, relaxamento
muscular, aumento da elasticidade tecidual, redução de aderências e descompressão de
estruturas, sejam elas musculares, articulares, neurais ou viscerais, conforme apresentado por
Esteves et al. (2020).
No contexto das terapias manuais, há uma ampla variedade de manobras e técnicas
disponíveis para serem aplicadas em situações de quadros clínicos dolorosos. Uma dessas
técnicas é a liberação miofascial ou a mobilização miofascial (Oliveira et al., 2019).
A aplicação da mobilização miofascial ou sua liberação demonstrará uma efetiva redução do
quadro inflamatório no paciente, acompanhada pela diminuição dos sintomas dolorosos. Essa
prática promove um aprimoramento no funcionamento das estruturas envolvidas, diminuindo
potenciais complicações, tensões, desequilíbrios de forças e edemas (Bienfait, 2000).
Mesmo diante de comprometimentos ou lesões articulares, é crucial movimentar as
articulações. Quando uma articulação permanece imobilizada, a flexibilidade, a complacência
e a saúde dos tendões ou ligamentos associados podem ser comprometidos. Isso pode resultar
em rigidez articular ou até mesmo em um congelamento, prejudicando a saúde da mecânica
funcional dos membros, conforme observado por Chaitow (2017).
A mobilidade articular passiva demonstra uma eficácia significativa na redução dos efeitos
adversos que certos acometimentos exercem sobre a funcionalidade das articulações. Isso
resulta em melhorias na eficiência mecânica do membro ou do tecido afetado, prevenindo ou
diminuindo as articulações, contraturas e possíveis aderências. Isso resulta na manutenção e
aprimoramento da amplitude de movimento, conforme destacado por Da Silva e De Barros
(2012).

2.3.4 Eletroestimulação

A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS), desde sua introdução em 1967, tem
sido amplamente empregada como terapia para o rompimento da dor na condromalácia
patelar. No entanto, o mecanismo exato de neuromodulação da dor ainda não está
completamente esclarecido, conforme proposto por Morgan e Santos (2017).
Esse método é recomendado para aliviar dores agudas ou crônicas que podem limitar a
progressão do programa de reabilitação para lesões no joelho, fundamentado na teoria das
comportas. Um dispositivo específico transmite impulsos elétricos de baixa tensão por meio
de eletrodos colocados sobre a pele na área afetada do corpo. Foi constatada uma diminuição
na sensação de dor e uma melhoria na capacidade funcional em indivíduos investigados com
condropatia de joelho, de acordo com as observações de Rodrigues e Camargo (2017).
A Laserterapia de Baixa Intensidade (LBI) é um recurso terapêutico que também vem sendo
utilizado, relativamente novo, mas seus efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes
têm sido extensivamente pesquisados e referenciados na literatura. Esta modalidade
terapêutica não demonstra efeitos colaterais e possui poucas contraindicações. A Laserterapia
apresenta efeitos bioestimuladores, notadamente associados à rápida absorção da energia
pulsada por organelas celulares específicas e membranas em tecidos subcutâneos. Esses
efeitos têm o potencial de beneficiar pacientes com condromalácia, resultando em uma
possível ampliação do alívio da dor ou facilitação do processo de reparo tecidual. Isso se
deve à rápida resolução do processo inflamatório e do edema, à síntese acelerada de colágeno
e ao aumento da atividade dos condrócitos (Alfredo, 2011).

2.3.5 Efeitos da hidroterapia na condromalácia


A hidroterapia é uma prática terapêutica que envolve a imersão parcial ou total do corpo em
água. Seu diferencial reside nos princípios físicos da água, os quais desempenham um papel
crucial para fins terapêuticos. Esses efeitos variam conforme a temperatura da água, a
duração do tratamento e a intensidade dos exercícios, conforme planejado por Biasoli e
Machado (2006).
A utilização das propriedades da água como método terapêutico e a redução do impacto da
gravidade no corpo durante a experiência oferece um ambiente propício para a reabilitação de
pessoas que exigem uma menor carga nas articulações ou confrontos restrições durante a
terapia na superfície terrestre (Cunha et al., 2010).
No estudo conduzido por Gomes (2007), o tratamento proposto não visava apenas aprimorar
a flexibilidade e a força muscular, mas também foi observada uma melhoria significativa na
dor e na funcionalidade em pacientes idosos com osteoartrite no joelho. A hidroterapia, ao
reduzir a carga sobre as articulações afetadas pela dor, proporciona melhorias no desempenho
dos exercícios que não seriam viáveis no solo. A turbulência da água pode ser usada como
um recurso para aumentar a resistência, e a porcentagem de descarga do peso corporal pode
ser ajustada, tanto para mais quanto para menos, dependendo da profundidade de
particularidade do corpo na água.

4 RESULTADOS ESPERADOS
O tratamento fisioterapêutico para a condromalácia patelar visa alcançar uma série de
resultados benéficos para os pacientes. Em primeiro lugar, espera-se uma redução
significativa da dor associada à condição, conforto e melhor qualidade de vida. Além disso,
pretende-se promover o fortalecimento adequado dos músculos envolvidos nas articulações
do joelho, especialmente os quadríceps, estabilizar a patela e melhorar a biomecânica das
articulações.
Aumentar a amplitude de movimento, a flexibilidade e a propriocepção são metas
importantes para restaurar a função normal da articulação. A correção de desequilíbrios
posturais e a promoção de padrões de movimento são objetivos adicionais que podem
contribuir para prevenir recorrências de condromalácia patelar.
Em última instância, espera-se que o tratamento fisioterapêutico resulte na melhoria global da
funcionalidade e na retomada das atividades diárias sem as limitações causadas pela
condição.
A abordagem fisioterapêutica focada no fortalecimento do complexo póstero lateral apresenta
uma série de resultados esperados significativos no contexto da condromalácia patelar.
Antecipa-se uma redução substancial da dor associada à condição, resultando do reforço dos
músculos responsáveis pela estabilização da patela. Espera-se, igualmente, que o
fortalecimento direcionado contribua para melhorar a biomecânica da articulação do joelho,
promovendo um alinhamento mais adequado. Aumentar a resistência e a força dos músculos
do complexo póstero lateral visa não apenas diminuir a pressão na patela, mas também
prevenir futuras
lesões. Isso pode resultar na diminuição da dor associada à condição, permitindo uma melhor
função e mobilidade do joelho.
O impacto positivo no equilíbrio muscular e na estabilidade articular é esperado,
proporcionando aos pacientes uma melhoria global na qualidade de vida e a capacidade de
retomar suas atividades diárias sem as restrições impostas pela condromalácia patelar.

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