Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Luxação de
Cotovelo
Hospital Ortopédico
Passo Fundo/RS
Dedicação à Pesquisa e Tratamento do
Quadril desde 1977.
hoquadril.med.br
ABRIR
Anatomia
Ligamento colateral
medial (LCM) :
componente mais
importante é a banda
anterior (tensa em
Flexão e Extensão) /
Estabilidade em Valgo
na Extensão: 1/3 LCM,
1/3 suporte ósseo, 1/3
cápsula / Valgo na
Flexão: 55% LCM (mais
importante).
Ligamento colateral
lateral (LCL):
componente mais
importante é a banda
ulnar (tensa em Flexão
e Extensão) /
Estabilidade em Varo
na Extensão: 55%
suporte ósseo (mais
importante), 31%
cápsula, 14% LCL /
Varo na Flexão: 75%
suporte ósseo (mais
importante), 16%
cápsula, 9% LCL.
Cabeça do rádio é
responsável por 30%
da estabilidade em
valgo.
Epidemiologia
segunda articulação
mais luxada em
adultos e a primeira
em crianças
– 20% estão associados
a fratura
– luxação posterior é a
mais comum
Mecanismo de
trauma
– Carga axial + supinação +
estresse em valgo + semi – Rexão.
Estágios da luxação de O´Driscoll:
I: Rotura do ligamento ulno-umeral
lateral e possível da cápsula
póstero-lateral + ligamento
colateral radial = subluxação
póstero-lateral.
II: ruptura cápsula anterior +
ruptura cápsula posterior
III: luxação completa
– III A: LCM anterior integro
— Luxação por mecanismo
rotatório póstero-lateral
— Estável ao estresse em valgo
após redução
– III B: LCM anterior lesado
— Presença de instabilidade varo /
valgo após redução
— Necessita de Rexão para manter
redução
– III C: Instabilidade grave
– Ruptura de todas as partes
moles
– Instabilidade, mesmo imobilizado
– Geralmente necessita de > 90º de
Rexão
•EstágioI
LUCLlesado
•EstágioII
Incompleta
•EstágioIII
Completa(luxação)
A-LCM(bandaanterior
integra)
B-lesãototal
Stage3C-instávelnatala
Avaliação inicial
O diagnóstico é fácil, com dor,
deformidade evidente e
incapacidade funcional.
Classi?cação
– Posição do antebraço: posterior
(mais comum), anterior, divergente
(existe a ântero-posterior mais
comum e a médio-lateral )
– Complexidade: Simples, sem
associação com fratura, e
complexa, quanto tem associação
com fratura
– Tempo: aguda (< 3 semanas) ou
crônica ( > 3 semanas)
– Associada com fratura da Cabeça
do Rádio (Mason):
I – sem desvio (< 2 mm ou 20º), II-
fratura marginal ou colo com
desvio, III – cominutiva e IV –
luxação (modi?cada por
Johnston)
Tratamento
Redução articular: Parvin
(paciente em decúbito ventral, com
o membro pendente, tração e
contratração + direcionamento do
olecrano) / Quigley e Meyn (mesmo
procedimento, porém só o
antebraço gca pendente).
Observação: redução com
antebraço pronado pode ter
encarceramento do nervo
mediano.
Manobras de redução
da luxação do cotovelo
As principais causas de
incongruência são: presença de
fragmento ósseo intra-articular,
sendo mais freqüente o epicôndilo
medial (mais comum em crianças,
sendo indicada redução aberta e
gxação interna – RAFI). Em casos
mais raros também pode haver
interposição de partes moles.
Vias de acesso:
Avaliação da
estabilidade pós-
redução
Após conseguida a redução, o
cotovelo é submetido a
mobilização passiva para
determinar o arco de movimento
em que o cotovelo permanece
estável.
Instabilidade
ligamentar
Existindo instabilidade, indica-se o
reparo ligamentar cirúrgico.
Reconstrução lateral
Reconstrução medial
Instabilidade póstero-
lateral rotatória:
Lesões associadas
1. Fx da cabeça do rádio:
a possibilidade de
instabilidade crônica
aumenta, pois a perda
da congruência entre a
cabeça do rádio e
capítulo, não permite
que os ligamentos
cicatrizem. Torna-se
necessário
restabelecer essa
congruência seja por
RAFI ou prótese. Nos
traumas de alta
energia, até mesmo a
membrana interóssea
poderá estar lesada,
caracterizando a lesão
de Essex-Lopresti, com
comprometimento da
radioulnar distal. O
princípio teórico da
prótese da cabeça do
rádio é manter a
estabilidade do
cotovelo,
principalmente ao
estresse em valgo e
evitar a migração
proximal do rádio.
2. Fx associada do
coronóide e olecrano:
Morrey demonstrou
que a articulação
úmero-ulnar
permanece estável
com perda de até 50%
da substância do
coronóide porém,
quando associada com
a lx do cotovelo e fx da
cabeça do rádio, a
instabilidade pode
ocorrer mesmo em
fragmentos menores.
Qualquer fx do
olecrano associada a lx
do cotovelo determina
aumento da
instabilidade, devido à
perda da atuação
dinâmica do tríceps e
comprometimento da
incisura troclear,
portanto necessitando
de reparo cirúrgico.
Tríade terrível do
cotovelo:
Fx da cabeça do rádio + Lx do
cotovelo + Fx do coronóide
Luxação posterior
do cotovelo
– Posterior: maioria das luxações
agudas
– Póstero-medial ou póstero-lateral
– Incidência 10-20 anos: esporte –
homens (70%)
– Mais comum a esquerda
Mecanismo de trauma:
geralmente alta energia
– Mais comum: hiperextensão e
valgo – cotovelo em valgo é fator
facilitador da luxação
Lesões associadas:
Ruptura do músculo
braquial
lesão do nervo
mediano
lesão da artéria
braquial
Lesão do ligamento
orbicular do rádio,
ligamento colateral
medial e cápsula
anterior
60% tem fraturas
associadas: 41% do
epicôndilo medial,
seguido por rádio
proximal e coronóide
Quadro clínico:
– Perda do triângulo do cotovelo
– cabeça do rádio palpável no
subcutâneo
Avaliação radiológica:
– RX AP: sobreposição de imagens
do úmero distal com a ulna e
olecrano
– RX Pergl: processo coronóide
posterior aos côndilos
Tratamento:
Redução:
– Supinação para desbloquear a
cabeça do rádio
– Tração no eixo do úmero e do
antebraço
– Flexão do cotovelo quando
coronóide anteriorizar-se
Aguda completa:
– Estável ou instável após redução
– Se instável: órtese para evitar
extensão
– 45º na 1ª semana; 30º na 2ª
semana, total na 3ª semana
– se Rexo > 30º após 6 semanas:
órtese de extensão
Incompleta:
– Lado medial: antebraço em
supinação
– Lado lateral: antebraço em
pronação
Tratamento cirúrgico:
Complicações:
– Lesão neurológica:
— nervo ulnar: mais comum
associado a fratura do epicôndilo
medial
— nervo mediano: mais grave –
nervo radial: rara
– lesão arterial: mais associada a
fratura exposta
– Miosite ossigcante
– Luxação recidivante (rara)
– Sinostose radioulnar
– Cúbito recurvato
– Redução da amplitude de
movimento
– Fratura osteocondral
Luxação posterior
crônica do cotovelo
(> 3 semanas)
O tratamento, pela contratura
incipiente, irá exigir redução
cirúrgica e liberação da contratura.