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FRATURA DA CABEÇA DO

RÁDIO

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Biomecânica
• 2 funções

– Transmissão de forças do membro superior


• Ao empurrar, força é mais efetivamente transferida
com antebraço em pronação

– Fornecer estabilidade a o cotovelo


• Principalmente no estresse em valgo (como
estabilizador secundário) em conjunto com o
complexo ligamentar medial
• Conclusão: não ressecar cabeça do rádio se
luxação cotovelo (ruptura ligamentar medial)
Epidemiologia

• 15-20% das frats cotovelo

• Mais entre 20-50a (80%) e 20% em


crianças

• 2:1 para sexo feminino (?)


Mecanismo
• Queda com mão espalmada, cotovelo em
discreta flexão e antebraço pronado
(freqüente fragmento anterior e lateral)

• Se antebraço em supinação, haveria


luxação pura do cotovelo

• Se cotovelo em extensão total, pode haver


fratura também do coronóide

• Por trauma direto é raro


Classificação

• Mason

I. Sem desvio
II. Marginal ou colo desviada
III. Cominutiva
IV. Associada com luxação do cotovelo
• Hotchkiss (1997): orienta mais a conduta

I. Sem desvio ou minimamente desviada da cabeça ou


colo. Prono-supinação limitada apenas pela dor e
edema. Desvio < 2mm

I. Desvio > 2mm. Mobilidade com limitação mecânica


ou incongruente. Sem cominução grave, passível de
redução aberta e fixação

I. Cominução grave. Reconstituição impossível.


Utilização cabeça avascular como espassador
biológico. Substituição por prótese
• Clínica Mayo
Exame físico e avaliação inicial

• Dor região lateral do cotovelo, piora


com prono-supinação passiva

• Edema hematoma e crepitação


podem estar presentes

• Procurar edema e dor em antebraço


e punho: pode indicar dissociação
radioulnar distal
• No tipo IV, redução incruenta do cotovelo
deve ser o mais precoce
– Exame neuro-vascular e radiográfico
– Manobra de Parvin: decúbito ventral, apoio na
porção volar do úmiro distal, tração suave e
contínua no antebraço supinado
– Tala axilopalmar

• Se associação da luxação com fratura


cabeça do rádio, coronóide e epicôndilo
medial, pode ser difícil manter redução
– Ao bloco comtodo o material: microfragmento,
parafusos herbert e prótese de cabeça do rádio
RX
• Ap + P do cotovelo

• Incidência da cabeça radial (Greenspan e


Norman): perfil com angulação 45° em
direção ao ombro (tira a sobreposição da
ulna)

• Se dor em punho: Rx dos dois e comparar

• Tc para estudo da fratura


Anatomia cirúrgica
• Margem da cabeça é 230° articular
(cavidade sigmóidea -70°- e ulna -160°)

• Demais 130° não se articulam e material


de síntese não causará impacto na prono-
supinação

• Com antebraço em supinação total,


margem não articular na parte lateral e
posterior
Vias de acesso

• Ântero-lateral (Kaplan): entre extensor


comum dos dedos e extensor radial curto
do carpo

• Boyd (lateral): levanta suberiostealmente


o ancôneo
• Kocher (lateral): entre ancôneo e extensor
ulnar do carpo

– Mais segura (sem lesão neurovascular)


– Ampla exposição (fratura e lig colatteral ulnar)
– Fibras ancôneo são mais oblíquas (p/
identificar divisão)
Tratamento
• Tipo I: tala axilopalmar 3 semanas

• Cirúrgico

– (Tipos II ou IV) se fragmento >1/3 e


apresentar desvio >2mm ou 20°
• Fixar fragmento com parafuso 2,0 ou 1,5mm ou
Herbert (escarificar e sepultar p/ evitar impacto)
– Nas cominutas (III e IV): montar superfície
articular com parafusos ou fios Kirschner 1,0
(como síntese perdida) e depois fixar cabeça
ao colo com Herbert (fixando cortical oposta)
ou placa na margem não articular

• Estabilidade deve permitir mobilização suave


precoce
• Se aderência da placa ao lig anular: retirar
– Na impossibilidade de redução e fixação
estável, ressecção somente se não houver
lesão de Essex-Lopresti ou luxação do
cotvelo (instabilidade)

• Prótese metálica
• Fixador externo quer bloqueie varo e valfo e
permita flexo-extensão e prono-supinação

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