Você está na página 1de 11

Ombro

dor no ombro que vai até ao cotovelo (não é normal ir além do cotovelo - vs cervicalgia),
agravamento noturno; difusa - articular, localizada - tendão
dor referida: VB, coração, mediastino, diafragma
rigidez: progressiva, ligeira, total (ombro congelado - fisioterapia); pesquisar nos
movimentos tanto ativos como passivos (ambos - frozen shoulder, só ativa - tendão ou
neurológico)
deformidade: escápula alada, proeminência ACC
posição em rotação interna - pensar em luxação posterior
coloca mão atrás das costas e tocar na outra - rotação interna
no ombro congelado os movimentos estão igualmente comprometidos quer na
mobilidade ativa quer na passiva

Rx AP e passiva, TC, eco para roturas da coifa, RM músculos, tendões, labrum

Calcificações

coifa
no supra-espinhoso, cristais de hidroxiapatite; quando reabsorvidos para bolsa
subacromial cria crises hiperdolorosas, muitas vezes a meio da noite); tendão não
saudável com défice de vascularização (zona crítica de Codman) e calcinose
Numa tendinite crónica: pode ter relação com conflito subacromial

Rotura da coifa
impede subida do braço mas quando levantamos o braço além dos 120º consegue
levantar o resto pela ação do deltoide

sinal do Popeye

Coifa
Degenerescência - zona crítica de Codman
Trauma agudo ou insidioso
Reação reparadora - cicatrização (com calcinose) ou revascularização
Teste de Neer: colocar 10 cc de lidocaína no espaço subacromial → elimina a dor,
consegue fazer a mobilização e coloca em evidência uma tendinite ou conflito
subacromial vs rotura.

Joelho

derrame imediato - #, rotura de ligamentos, hemartrose, sinovite, artrite séptica


derrame diferido - sinovite traumática, sinovite meniscal, OA, tuberculose
rigidez - alterações da cápsula, podendo causar claudicação
bloqueio - (não faz extensão do joelho) - rotura meniscal em asa de cesto
falência - rotura de ligamento, alteração femoropatelar, défice de força (atrofia de
quadricípete), rotura de menisco

E.O. de qualidade diagnostica em 60% dos casos a patologia

instabilidade femoropatelar - teste de apreensão


cruzados - Lachman (rotura do cruzado anterior) - cuidado! colocar o joelho em posição
anatómica porque se houver rotura do cruzado posterior a tíbia “cai” para trás
naturalmente e quando fazemos a excursão anterior parece que há movimento a mais
(FP)

RM é sobretudo para excluir outros Dx e planear cirurgia; cada vez mais se opta por
tratamento das roturas dos cruzados porque a rotura dos cruzados predispõe a lesões
meniscais e OA

escavado popliteu - aumento simétrico no derrame, aumento assimétrico na bursite do


semimembranoso, quisto de Baker ddx com aneurisma da popliteia

Rx AP e perfil; RM para intra-articular - artroscopia diagnóstica não é 1ª linha e já não se


faz

RM normal; seta esq: cruzado anterior

varismo só é normal até aos 2 anos; se > 2 anos com varismo mas simétrico e
crescimento normal = assegurar

varismo patológico: raquitismo, doença de Blount (atraso no crescimento da cartilagem


interna da tíbia), trauma, OA → epifisiodese, osteotomia, artroplastia
varismo fisiológico 2-6 anos +- 15º → para a vida adulta ficamos com +- 5º
valgismo patológico: osteodistrofia renal (bilateral), trauma, infeção, tumores, > 10 anos,
> 15-20º, > 10 cm

desvascularização do osso subcondral com destaque de fragmento cartilagíneo do


côndilo interno; episódios de giving away quando o fragmento fica intra-articular

Rotura meniscal:
potencial de cicatrização é baixo → artroscopia com regularização dos segmentos
meniscais (muitas vezes ficam segmentos livres e ao serem pinçados entre os ossos a
nível mais externo causa dor - zona externa é a vascularizada e inervada) ; se for no ⅓
externo podemos suturar e evitar resseção
lesão de desportista
atrofia do quadricípete é o grande sinalizador da patologia intra-articular do joelho!

Cruzados
posterior: mais disfunção do que instabilidade, menos sintomático - nos atletas é
facilmente compensado pelo fortalecimento muscular
anterior: não compensado
disfunção dos cruzados vulnerabiliza as outras estruturas intra-articulares a lesão

mulheres jovens; dor agrava a subir escadas e quando o joelho tem de ficar fletido muito
tempo (sentado); Dx por HC + ângulo Q aumentado (entre o quadricípide e a inserção da
rótula) + teste apreensão
Tx conservador com fortalecimento muscular; cirurgia se conservador falhar - reparar a
asa interna e medializar a inserção do reto interno
Este quadro faz com que as superfícies da rótula e fémur estejam em contacto mais
continuado o que leva a condromalácia da rótula:

HC semelhante

Tumefações à volta do joelho:

a- bursite suprapatelar
b- bursite pré-rotuliana
c- Osgood-Schlatter
d- quistos meniscais (rotura do menisco)
f- osteocondroma
quisto de Baker - pode traduzir rotura do menisco que depois tem dificuldade em
regressar à cavidade articular
- bursite semimembranoso

Osgood-Schlatter
saltar, basket, futebol

OA
joelho varo sobrecarrega o compartimento interno (eixo mecânico vai passar por
dentro), valgo o compartimento externo (eixo mecânico passa por fora) → OA
assimétrica
A OA idiopática é mais simétrica (tanto da cabeça do fémur como do acetábulo porque o
primum movens é a patologia da cartilagem e no caso da necrose avascular é
assimétrica e começa pela cabeça do fémur; hoje em dia a artroplastia tem resultados
quase sobreponíveis

Anca

Dor patologia articular da anca - virilha, face anterior coxa, joelho vs face posterior -
coluna vs face lateral - trocanterite
Rigidez - OA ++ subir e descer escadas, calçar, agachar; durante muito tempo passa
despercebido porque mobilizam mais a coluna lombar e a anca contralateral para os
movimentos
Claudicação - dor, atrofia muscular (Trendelenburg), dismetria MI
Encurtamento dos membros
Falência dos abdutores - teste de trendelenburg = luxação ou subluxação, défice de força
dos abdutores (pelvitrocantéricos - especialmente o glúteo médio), colo do fémur curto
(falha na alavanca), dor na anca (mecanismo de defesa); quando a bacia descai significa
que a patologia está do lado apoiado

+ dor irradiada dos discos IV


tendinite do Psoas, bursite trocantérica (pode simular ciatalgia, “chateia” durante a
noite)

Antes de medir o membro avaliar se a bacia se está nivelada - se não estiver temos de
compensar a medição com a esquadria da bacia

Teste de Thomas - fazendo a flexão máxima do MID


vemos que o MIE está em flexão - flexo fixo de 20º
não percebi o que ele disse sobre a dismetria

Rx
linha de Shenton - luxações

ângulo acetabular - displasia da anca


Cartilagem da cabeça do fémur deve estar no ângulo ínfero-interno do cruzamento
entre a linha de hilgenreiner e perkins
localização da epífise do fémur - luxações

Luxação congénita
etiologia/ FR: HF, laxidão ligamentar, displasia acetabular, posição intrauterina, postura
pósnatal, sexo feminino;
patologia: acetábulo deformado, cabeça deslocada posterior e superiormente, distúrbio
na maturação e desenvolvimento acetábulo e fémur
Ortolani: coloca em evidência uma anca luxada → quando fazemos abdução e flexão
conseguimos colocar a anca no sítio - luxação
Barlow: coloca em evidência anca que nasce reduzida mas que por instabilidade, com a
adução, conseguimos luxar - displasia com instabilidade

confirmar por eco; fazer eco também sempre que temos FR (AF luxação da anca, outras
malformações - pé boto ou metatarsus varus, oligoamnios, apresentação pélvica)

Dx tardio - assimetria das pregas (posteriores!), défice de abdução!!, dismetria, rotação


externa, trendelemburg +; difícil diagnosticar quando é bilateral; hiperlordose e atraso
na marcha

< 6m - arnês; 6-18m redução incruenta e contenção; > 18 m - redução cirúrgica

se não há redução a tempo o


acetábulo começa a modificar-se tal que impede depois a correta coaptação

Só falamos de sinovite transitória após excluirmos uma artrite séptica

Perthes - rapazes; défice proteínas C e S; 4-8 anos; Px nefasto se Dx > 6 anos →


intervenção muito mais proativa para impedir a luxação
ddx com sinovite transitória da anca e artrite séptica → Rx e esperar para ver a evolução
jovens obesos com atraso do desenvolvimento dos caracteres sexuais 2ários - sem
hormonas a cartilagem não calcifica e matura o que leva a que fique maior e frágil a
fraturas
epífise “escorrega” para baixo e trás

aguda - risco de necrose toda a


epífise, não conseguem tolerar qualquer carga; condrólise, coxa vara, OA, epifisiólise
contralateral - complicações

sinal de Trethowan
é suposto a linha de Klein (ao longo do colo) cruzar a epífise do fémur
cirurgia - fixação da epífise

necrose avascular no adulto - dislipidemia, alcoolismo crónico, QTx, CS


Coluna

idiopática é a mais f mas pode ser também sindromática (síndrome de Rett,


mielomeningocelo) ou neuromuscular (paralisia cerebral)
escolioses que progridem são mais frequentes no sexo feminino
90% - convexidade para direita; se for convexidade para esquerda - excluir patologia do
neuroeixo (siringomielia, síndrome de chiari, astrocitoma) → pedir RM
ângulo de Com
o Px é diferente se o crescimento já terminou ou não - se ainda não terminou a curva
pode agravar; avaliar a ossificação da crista ilíaca (índice de risser)
0 - 0%
1 - 25%
2 - 50%
3 - 75%
4 - 100%
5 - união núcleo epifisário = crescimento parou

> 10º é escoliose


Para além do desvio vertical há um desvio horizontal - as vértebras rodam e surge a
bossa no teste de Adams - são as costelas

0-20º = observar
20-40º = colete (apenas se estiver a crescer - impede o agravamento da curva)
> 40º = cirurgia (nas raparigas operar depois da menstruação ou pelo menos após 10
anos, altura após a qual praticamente não há grande crescimento da coluna, mas até lá
promover alongamento para evitar que a coluna torácica fique muito curta)
raparigas só crescem
cifose postural - ex físico e fortalecimento muscular praticamente até aos 14 anos,
cifose estruturada - causa + f é a doença de Scheuermann se operarmos aos 12 perdemos
tipo 1 cm e pouco de
crescimento

SEXO MASCULINO
corpos vertebrais crescem em forma de cunha
dx se 3 corpos vertebrais consecutivos, superior a 5º
Tx: colete; se > 75º → cirurgia
Dúvida acerca da #bacia e colapso hemodinâmico:

1º estabilização HD (prioridade) com soros; enquanto o fazemos avaliar se há


instabilidade da bacia (pressão sobre EIAS) - se houver então temos de imobilizar com
um lençol ou pelvic binder

2º se o doente não melhorar ir para o bloco e colocar fixador externo

3º se mesmo assim não melhora, voltar ao bloco e fazer packing pélvico ou angiografia
para embolização arterial (10% das hemorragias são arteriais, 90% são dos plexos
venosos pélvicos; se com a contenção externa e transfusão não conseguimos conter a
hemorragia é porque provavelmente será arterial)

#OP
Coluna: toracolombar e dorsais; lombar baixa (L5) sugere uma OP muito avançada
porque não é assim tão comum

Você também pode gostar