Você está na página 1de 28

Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

Os ossos do corpo humano podem ser divididos em dois grupos, sendo


eles o esqueleto axial: consiste nos ossos da cabeça, pescoço (vértebras
cervicais) e do tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro); e o esqueleto
apendicular: consiste nos ossos dos membros. A união do esqueleto axial
com o esqueleto apendicular se dá por meio da cinturas escapular
(clavícula + escápula) e cintura pélvica (ossos do quadril).

Há 8 ossos compondo o crânio humano, são eles: osso frontal,


parietal (2), temporal (2), esfenóide (2), occipital e etmoidal. Tais
ossos são unidos pelas fissuras que possuem brechas ou
fontanelas.
★ Fontanela anterior ou bregmática: fecha com 8 a 18 meses.
O tamanho varia entre 1 e 3 cm.
★ Fontanela posterior ou lambdóide: fecha logo após o
nascimento, cerca de 1 mês. Tem em média 1 cm.

Entre o osso frontal e parietal, há a sutura coronal. Entre os ossos parietais, há a sutura sagital. Entre os
ossos parietais e osso occipital, há a sutura lambóide.

As fontanelas permitem crescimento e modulação dos ossos do crânio. Assim como as fissuras, que
também permitem o crescimento do crânio. Entretanto, há situações em que ocorre o fechamento
precoce de suturas, é o que chamamos de cranioestenose, ocasionando redução do crânio. A
depender da sutura atingida, teremos uma nomenclatura diferente exposta na tabela abaixo.

ESCAFOCEFALIA Fechamento precoce da sutura sagital, fazendo o crânio


crescer no diâmetro ântero posterior.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

TRIGONOCEFALIA Fechamento precoce da sutura metópica (entre o osso


frontal), o crânio adquire formato triangular.

PLAGIOCEFALIA Fechamento precoce da sutura coronal, o crânio forma uma


espécie de paralelogramo.

São solicitadas para avaliar alteração óssea, devido a trauma, fratura. REVISANDO:

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

Na imagem: linha hiperdensa, passando pelo osso


parietal. Há uma fratura parietal. Como é um caso
de trauma, é necessário evoluir com tomografia, para
saber se há lesão encefálica ou não.

Na imagem da esquerda: lesão lítica, única, com limites bem definidos → provavelmente é uma lesão
benigna, bem característico de granuloma eosinofílico. Às vezes o paciente não tem clínica nenhuma,
sendo um achado do exame; E quando pensar em um granuloma eosinófilo ? localização da lesão na
calvária em crianças. Na imagem da direita: Múltiplas lesões líticas, limites imprecisos, mal delimitados
→ acometimento secundário, metástase de seminoma.

É uma doença crônica do osso que acomete frequentemente homens idosos. É caracterizada por vários
graus de aumento de reabsorção óssea e de formação óssea. Em suma: doença em que há
remodelamento ósseo anormal. O resultado final é um osso mais denso, mas mecanicamente inferior ao
osso normal, sendo suscetível a fraturas patológicas ou a deformidades, como o arqueamento. A pelve é

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
mais frequentemente acometida, mas pode acometer qualquer lesão do osso adulto, como a calota
craniana. Característico: Lesões líticas entremeadas por lesões blásticas.

Neste caso, sempre fazer na janela de osso, pois também há a


janela de partes moles. Em caso de dúvidas, é importante variar
as formas de TC: axial, sagital, coronal. Visualize se a lesão vem
ou não de cortical, se tem reação periosteal.

É composta por 7 vértebras. Em uma radiografia, em vista anterior, você não consegue visualizar atlas e
axis. Em perfil, você consegue visualizar todas. Características importantes:

ATLAS (C1) AXIS (C2)


★ Não tem corpo vertebral; ★ Possui o dente do áxis;
★ Não tem processo espinhoso; ★ Grande processo espinhoso bífido;
★ Entre as massas laterais e côndilos ★ Possui pequeno processo transverso em

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

occipitais estão as articulações que há o forame transverso → é o local de


atlanto-occipitais → movimento de “sim”; passagem da artéria cerebral.
★ Entre C1 e C2: articulações atlanto-axiais →
movimento de “não”.

Principais achados em caso de fratura nas vértebras da coluna: redução de altura e encunhamento.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

As vértebras torácicas possuem como característica: presença de


fóveas costais (servem para articulação com a costela), corpo
vertebral em formato de coração, forame vertebral circular e
processos espinhosos longos e inclinados póstero inferiormente.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

É possível visualizar aumento da curvatura dorsal, escoliose, os


corpos vertebrais são bem exuberantes, boa visualização dos
espaços intervertebrais. Processos espinhosos posteriores e
pedículos são bem visualizados.

Radiografia específica para arcos costais precisa ser oblíqua para o lado afetado, pois assim os arcos
costais ficam mais visíveis. É importante relembrar:
★ Arcos costais descendentes de medial para lateral → são os posteriores;
★ Arcos costais ascendentes de medial para lateral → anteriores;

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

Radiografia de tórax com inspiração correta - costelas posteriores (observe os números em amarelo).
Radiografia de tórax com inspiração correta - costelas anteriores (observe os números em branco).

Formada pela clavícula e escápula. O que há de alteração mais


comum afetando a cintura escapular, é a disjunção (afastamento
patológico), visível na imagem à direita. Além disso, as fraturas de
clavícula são bem mais comuns que as de escápula.

Ossos longos do braço e antebraço: úmero, rádio e


ulna. Ossos da mão: ossos metacarpos, ossos do
carpo, falanges proximais, médias e distais.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

Na avaliação da cintura pélvica, é válido observar a preservação dos ossos do quadril (ílio, ísquio e
púbis). Além disso, você pode observar:
➔ Cavidade do acetábulo;
➔ Espaço articular (observar se há grau de redução);
➔ Fratura (a mais comum é a fratura de colo de fêmur, sendo comum o paciente evoluir com
artroplastia total de quadril; bem como avaliar o desvio da fratura → em PA e em perfil (evidencia o
deslocamento anterior ou posterior);

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

É importante se atentar ao raio x de tornozelo devido às fraturas comuns, sobretudo de maléolo medial
(tíbia) e maléolo lateral (fíbula). Outras alterações possíveis: esporões,, ossos do tarso, osteófitos
calcâneos, entesófitos.

É caracterizada por uma perda de


massa óssea por desmineralização.
Pode estar associada a não utilização
do membro, alterações no metabolismo
do cálcio ou até mesmo distúrbios
nutricionais. O osso porótico, no raio x, é
visto mais preto - radiotransparente.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

Consiste na elevação da densidade óssea em alguma região.


Costuma estar relacionada à sobrecarga mecânica, processos
neoplásicos, processos infecciosos ou degenerativos. Normalmente,
a superfície atingida fica mais branca no raio x.

São lesões que cursam com destruição óssea, São lesões responsáveis por formar tecido ósseo
podendo se manifestar como uma lesão anômalo, patológico, se apresentando como
destrutiva, reação periosteal ou lesão áreas de maior densidade radiográfica.
radiotransparente circunscrita.

Acontece quando um processo patológico atinge o osso, fazendo ele reagir a essa agressão por uma
elevação e neo-osteogênese do periósteo. Elas podem fornecer indícios importantes sobre o grau de
agressividade da lesão, sendo os principais:
➔ Reação lamelar: apenas uma camada;
➔ Tipo casca de cebola: várias camadas.
➔ Triângulo de Codman: reação incompleta de aspecto triangular;
➔ Espessamento cortical;
➔ Tipo raios de sol: perpendiculares à cortical (são os que formam as espículas) → lesão agressiva, é
o osteossarcoma.

Na primeira imagem à esquerda, ocorreu uma fratura com consequente reação periosteal adjacente,
formando um calo ósseo -> é uma reação periosteal esperada!!! As imagens seguintes, são sugestivas de
Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
malignidade, evidenciando lesões mais algodonosas, nodulares. Benigno: circunscrito, regular, em
topografia de lesão já existente. Maligno: mais difuso, mais irregular.

Ao lidarmos com um trauma, devemos se atentar a dois fatores: localização da lesão (proximal, distal) e o
tipo de lesão. São diversas as alterações que um trauma pode causar:
★ Fraturas, luxações e subluxações.
★ Lesões ligamentares, tendíneas e meniscais.
★ Contusão óssea.
★ Comprometimento das cartilagens.
★ Alterações dos espaços articulares.

COMPLETA Atinge as duas corticais (imagem na terceira linha da tabela).

INCOMPLETA Atinge apenas uma cortical. Exemplo: fratura em galho verde.

COMINUTIVA Fratura completa com mais de 2 fragmentos. É um tipo de fratura completa.

EM GALHO VERDE Ocorre em crianças, em virtude da grande elasticidade óssea, à fratura não

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

rompe completamente as corticais e simula a fratura de um galho verde.

COMPRESSIVA Redução da altura nos corpos vertebrais (por isso é importante avaliar em
perfil).

AFUNDAMENTO Principalmente no osso do crânio. Exemplo abaixo: fratura do osso frontal.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

É importante:
1. Avaliar alinhamento;
2. Avaliar a formação e resolução do calo ósseo;
3. Avaliar complicações (osteoporose por desuso, pseudoartrose,
derrame articular, infecção).

Se caracteriza pela não fusão dos fragmentos ósseos em uma


fratura completa, geralmente com preenchimento da linha de
fratura por tecido fibroso e formação de uma
pseudoarticulação. Quando uma fratura não consolida, isto é,
não forma o calo ósseo.

O principal agente etiológico das osteomielites é o Stafilococcus Aureus. Podendo o comprometimento


ser fruto de disseminação hematogênica ou por contiguidade por um processo infeccioso nas partes
moles, sendo mais comuns nos membros inferiores.
➔ Os achados radiológicos em radiografia simples geralmente só são vistos 2 semanas após a
evolução do quadro.
➔ Diagnóstico mais precoce e preciso do processo inflamatório por meio de TC e RM.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
Paciente com osteomielite no rádio distal. Observe a lesão lítica associada a um halo esclerótico,
relacionada com um abscesso de Brodie (A). O corte coronal da RM e T1 demonstra a lesão cística com
realce periférico pelo meio de contraste (B).
➔ O "Abscesso de Brodie" é um abscesso intraósseo relacionado a um foco de osteomielite piogênica
subaguda ou crônica. É uma lesão lítica, muitas vezes oval, com orientação ao longo do osso longo,
com borda esclerótica.

★ Infecções ósseas líticas ★ Osteopenia por desuso do membro


★ Redução dos espaços articulares ★
★ Aumento de partes moles periarticulares
★ Mais branco

Inclui tendões, ligamentos, meniscos e bursas. O padrão ouro é a ressonância magnética, mas o
ultrassom também pode ser útil.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

Alterações A sobrecarga mecânica ⇒ induz a formação óssea nas margens


articulares, que são denominadas de osteófitos (também chamado
osteo-hipertróficas:
de bico de papagaio).
★ Osteófito acontece quando osso se junta a osso → ponte de 2
ossos.
★ Entesófito → junção de osso com tendão.

➔ Imagem da esquerda: paciente jovem (espaços preservados);


➔ Imagem da direita: paciente idoso ⇒ se tem porose óssea
difusa e osteófitos marginais nos corpos vertebrais.

➔ Paciente com escoliose lombar com convexidade para a


direita, com significativos osteófitos marginais e esclerose dos
platôs vertebrais (setas).

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

➔ Aspecto radiológico de osteófitos marginais em corpos


vertebrais nos cortes axiais de TC.

Redução do espaço Causada por ⇒ degeneração das estruturas de partes moles


sustentadoras das articulações, como meniscos, cartilagens e discos
articular
vertebrais

➔ Imagem da esquerda radiografia simples): Anterolistese de L4


sobre L5;
➔ Imagem da direita (TC): anterolistese de L5 sobre S1;
➔ Na seta: fratura de linha posterior de L4, compatível com
espondilólise (fratura por estresse).

Esclerose óssea Decorrente de uma maior deposição óssea em determinadas estruturas


em virtude da sobrecarga mecânica ⇒ o osso fica mais branco. É mais
Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

frequente nas articulações dos quadris, dos joelhos, dos tornozelos e da coluna
vertebral.

Anquilose óssea Fusão de elementos ósseos distintos decorrentes do processo


degenerativo. Muito comum na artrite reumatoide ⇒ comum em idosos.

Cistos O processo degenerativo que ocasiona a


destruição da cartilagem de
subcondrais revestimento deixa exposto o periósteo,
que costuma afilar, e ocorre a formação
de pequenas lesões císticas.
➔ Parecem “bolas pretas” no osso.
➔ Também são chamados de
geodos;
➔ Alterações clássicas de
osteoartrites;

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

DISCO INTERVERTEBRAL: O disco está dentro dos limites do


espaço discal, cranial e caudal: pelas placas terminais do
corpo vertebral e perifericamente pelos planos das bordas
externas das apófises vertebrais.

A hérnia de disco é o abaulamento ou protrusão posterior do


disco intervertebral para o canal medular. A protrusão pode
ser :
➔ difusa ou focal: abaulamento é menor que 25% da
circunferência do disco (menos que 90º).
➔ central ou lateralizada.

Abaulamento difuso: A presença de tecido discal estendendo-se além das bordas das apófises
do anel, por toda a circunferência do disco, é chamada de “abaulamento” e não é considerada uma
forma de hérnia. É o resultado de lágrimas no anel fibroso.

ETAPAS
1. Abaulamento: pode ocorrer abaulamento do disco ⇒ seria o abaulamento difuso ⇒ podendo ser
simétrico ou assimétrico ⇒ são menos propensos a ser dolorosos quando comparado ao
abaulamento da hérnia de disco. A hérnia surge quando o abaulamento é menor que 25% da
circunferência do disco. Para ser o abaulamento da hérnia, ele tem que ser FOCAL!
2. Protrusão: A saliência indica que a distância entre as bordas da hérnia de disco é menor que a
distância entre as bordas da base (ou se o colo é mais largo que a base) .
3. Extrusão: o colo é mais estreito que a base. Está presente quando a distância entre as bordas do
material do disco é maior que a distância na base. A extrusão está associada a um defeito no anel
fibroso e geralmente não é contida.
4. Sequestro

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

RM DA COLUNA LOMBAR: PROTRUSÃO

RM DA COLUNA LOMBAR: EXTRUSÃO

MIGRAÇÃO E SEQUESTRO
Migração: indica o deslocamento do material do disco para longe
do local de extrusão, independentemente de ser sequestrado ou
não. Sequestro: é usado para indicar que o material do disco
deslocado perdeu a continuidade com o disco original.

HÉRNIA INTERVERTEBRAL OU NÓ DE SCHMORL


É a hérnia do material do disco na direção vertical através de uma lacuna na
placa terminal vertebral.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

REVISANDO
Abaulamento é menor que 25% da circunferência do disco? é
hérnia! Se liga na imagem para entender melhor:
1. Temos a divisão em quadrantes;
2. Extrusão: deslocamento do conteúdo discal foi além da
margem ⇒ se tem uma pequena conexão com o disco;
3. Protrusão: deslocamento do conteúdo discal foi além
da margem ⇒ menor que 25% do perímetro;
4. Abaulamento: o deslocamento do conteúdo discal
além da margem ⇒ MAIOR que 25% do perímetro.

É uma doença inflamatória crônica que afeta mulheres e homens (3:1) de todas as idades, iniciando-se
comumente entre 35-50 anos. Apresenta componente hereditário, com acometimento insidioso das
articulações sinoviais do esqueleto apendicular e axial (n
otadamente da coluna cervical) podendo evoluir para deformidades.

Fisiopatogenia: inflamação da membrana sinovial, bursas e tendões das articulações do tipo


diartrose/sinoviais (articulações que apresentam grandes mobilidades), notadamente as articulações
dos punhos, metacarpofalangianas e interfalangianas das mãos, joelhos,ombros, cotovelos, quadris e
articulações metatarsofalangianas e interfalangianas dos pés.

Lesão histológica da AR:


1. Hipervascularização devido ao processo inflamatório;
2. Vasos são atraídos para essa topografia→ angiogênese;
3. Proliferação inflamatória da membrana sinovial → há a formação do pannus → visto na artrite
reumatóide inflamatória já estabelecida;
4. Como toda essa reação está em contiguidade com a cartilagem articular e o osso subcondral,
teremos uma destruição das estruturas periarticulares, por meio de enzimas proteolíticas e
citocinas, o que poderá evoluir para deformidade articular.

Em consequência das etapas seguintes, nota-se o surgimento de espessamento capsular +


espessamento sinovial. E, esse quadro de espessamento associado ao pannus, permite que as enzimas
do pannus façam osteólise nos ossos adjacentes e nas enteses adjacentes. O pannus fica próximo as
superficies ósseas, as inserções de tendões, possibilitando a erosão óssea. Todo esse processo de
deterioração culmina em:
★ Frouxidão de partes moles;
Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
★ Edema de partes moles;
★ Erosão articular.

QUADRO CLÍNICO: é variável, mas costuma se iniciar com dor articular e rigidez matinal por mais de 1
hora, acometendo comumente pequenas articulações de mãos e punhos simetricamente, intercalando
períodos de remissão e atividade.
★ Alterações sistêmicas podem estar presentes: mal estar, fadiga → é um dos marcadores da
doença;
★ Fator reumatoide positivo em 70-80% dos casos ⇒ quanto maior o FR, maior a gravidade da
doença;
★ Anticorpo anti-CCP ⇒ está presente em fases iniciais.
ACHADOS DE IMAGEM - ARTRITE REUMATOIDE

➔ Imagem 1: Rarefação óssea reacional a hiperemia sinovial (é a parte mais escura) sendo
proporcional a intensidade e duração da doença;
➔ Imagem 2: Erosões ósseas marginais;
➔ Imagem 3: Redução da interlinha articular -e o espaço articular (secundária a degradação da
cartilagem por enzimas proteolíticas liberadas pela sinovite);

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
➔ Imagem 4: Deformidade crônica pela artrite reumatóide. Há intensa rarefação óssea + erosões
marginais + destruição da articulação metacarpofalangeana com subluxações e desvio ulnar, é
a deformidade chamada de “coup de vent/soprar do vento”. Há também aumento de partes moles
junto ao carpo, associado a erosões ósseas marginais e redução das interlinhas articulares do
carpo.

Na doença inicial, ocorre o


acometimento simétrico e
bilateral das articulações
metacarpofalangianas e
interfalangianas proximais. Já
as articulações interfalangianas
distais são raramente
acometidas nesta afecção.
Entretanto, com o progresso da
doença, teremos o surgimento
das deformidades típicas.

ACOMETIMENTO DE GRANDES ARTICULAÇÕES: geralmente após 6 anos da patologia em 50% dos


pacientes, em que há como características: erosões marginais, rarefação óssea periarticular e evolução
para destruição da articulação.
★ Grandes articulações = ombro, cotovelo, quadril e joelho.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
NOS PÉS: devemos procurar inicialmente alterações erosivas na face
lateral da cabeça do 5º metatarso.

NO ESQUELETO AXIAL: pode ocorrer diástase (afastamento) de C1C2


ou a subluxação lateral rotatória de C1C2, secundária a rotura do ligamento
transverso.

EROSÕES NO PROCESSO ODONTÓIDE: também podem ser vistos.

Visualiza-se um aumento do espaço entre o odontoide e o arco anterior de C1 na flexão. Além disso, são
vistas erosões na ponta do processo odontóide.

USG: serve como uma ferramenta diagnóstica considerada, inclusive, por alguns autores, como padrão
outro para a AR ⇒ você visualiza melhor a atividade da doença!!! É possível identificar a sinovite, podendo
estar associado ou não ao derrame articular.
★ Inflamação aguda ⇒ aparecem sinais de hipervascularização ao doppler;
★ Componente mais hipoecogênico no centro da articulação/intra-articular →tecido inflamatório →
sinovite.
RM: possui alta sensibilidade para detecção de sinovite.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.

★ Incluem as seguintes afecções: espondilite anquilosante, artrite psoriática e artrites reativas.


★ Pode ser identificável a presença do HLA-B27;
★ Há certo predomínio em homens jovens;

A entesopatia, que é a inflamação das enteses em sítios de inserção óssea de tendões, fáscias, cápsulas
e ligamentos, é considerado o marco da doença. A inflamação dessas estruturas é seguida de uma
osteite reacional (edema ósseo e consequente erosão óssea, associada a um processo de reparação
tecidual durante o qual pode haver neoformação óssea e anquilose).
★ As articulações acometidas → sacroilíacas, sínfise púbica e manúbrio-esternais.

CLINICAMENTE Dor lombar persistente por mais de 3 meses, associado com


rigidez matinal que melhora com atividade física e piora ao
repouso.

MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS As mais comuns são as oftálmicas, pulmonares, cardíacas e


renais.

MÉTODOS DE IMAGEM Avaliação de alterações inflamatórias para ver a atividade da


doença ⇒ RESSONÂNCIA MAGNÉTICA.

Avaliação de alterações das estruturas crônicas (destrutivas,


proliferativas ou anquilosantes) ⇒ RX E TC.

SACROILEÍTE
Há esclerose subcondral precoce e simétrica das articulações sacroilíacas, neoformação óssea (fica
mais branco), ocorre anquilose. Posteriormente, ocorre comprometimento da coluna dorsal e lombar de
forma ascendente.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
ESPONDILITE DE ROMANUS
Consiste na erosão da face anterior e superior dos
cantos vertebrais. A causa corresponde à entesite das
fibras de Sharpey.
★ É muito frequente na espondilite anquilosante.
★ As fibras de sharpey causam uma adesão das
fibras periféricas do ânulo fibroso. As fibras mais
externas formam uma entesite no canto anterior e
superior do corpo vertebral.

SINDESMÓFITOS
Corresponde a uma
ossificação do ligamento
longitudinal anterior, sendo
secundária a entesite.

RM: evidenciando edemas ósseos. Lembrando que: edema é água → água você vê em T2, ela brilha.

Luiz Henrique
Kawanny Arruda, Medicina - FITS.
RM: na imagem seguinte, há edemas de cantos na espondiloartrite. Trata-se de uma ressonância
magnética da coluna lombar – imagens sagitais ponderadas em T1, T2 e STIR (é o T2 com saturação de
gordura) .

Afecção que ocorre em 10% dos pacientes que são portadores de psoríase. Predomina em mãos e pés,
além de possuir um comprometimento assimétrico. Costuma evoluir com sacroileíte, geralmente
assintomática, uni ou bilateral. Além disso, são observados acometimentos das articulações
metatarsofalangeanas e do calcâneo.

REFERÊNCIAS
https://www.youtube.com/watch?v=W62VeHEoS1o

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.imaios.com%2Fbr%2Fe-anatomy%2Fcoluna-vertebral%2Fradiografias-da-coluna&psig=AOvVaw0_-nY2XkYVIbhlhf6rLSMG&ust=1677156889436000&source=images&cd=vfe&ved=
0CBEQjhxqFwoTCPiz1buWqf0CFQAAAAAdAAAAABAH

https://sbr-reader.manoleeducacao.com.br/epub_2ed/9786555763379.epub_FILES/OEBPS/Text/chapter011.xhtml

JUNIOR, Carlos Fernando de M. Radiologia Básica . [Digite o Local da Editora]: Thieme Brasil, 2016. E-book. ISBN 9788567661469. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788567661469/. Acesso em: 28 fev. 2023.

Luiz Henrique

Você também pode gostar