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Interpretação Radiográfica óssea III

Articular

O que é uma articulação: região com dois osso se articulando


- Cartilagem articular - cartilagem não da para identificar
- Líquido sinovial (cavidade capsular) - não identificamos.
- Cápsula articular - o líquido está dentro.
- Periósteo - ao redor do osso, não identificamos na região articular.

Articulação do joelho:
- Um paciente jovem, dá impressão que a região articular é muito maior, áreas de
tecido ósseo ainda não estão completamente mineralizadas.
- Com o passar da idade, esse espaço articular diminui, o ligamento patelar fica um
pouco mais radiopaco.

Projeções médio lateral:


- ligamento patelar.
- região de formato triangular mais radiotransparente - coxim gorduroso infrapatelar,
se houver aumento de radiopacidade significa que houve aumento de volume do
líquido sinovial. Pode ser traumático ou infeccioso.

Alteração na espessura do espaço articular:


- em pequenos animais, os exames radiográfico de joelho devem ser feito em
estação, pois a compressão é mais real.
- Normal: espaço radiotransparente bem delimitado.
- Alterada: aproximação dos ossos, praticamente não existe mais o espaço.
Diminuição da espessura do espaço articular.

Alteração na radiopacidade do osso subcondral


- pode ser tanto para o osso mais proximal quanto o mais distal
- está logo abaixo da cartilagem (osso subcondral), confirma alteração na cartilagem.

Sinais radiográficos

Osteófito: pequenas proliferações ósseas, com característica irregular, periarticulares.


Entesófito: aumento de radiopacidade, proliferação de tecido ósseo em região de tecidos
moles (ligamentos, tendões ou cápsula).
Exostose: proliferações ósseas, lesões maiores, benignas, com aspecto mais regular
comparado ao osteófito.

Sinais radiográficos
- aumento da radiopacidade (mineralização) de tecidos moles articular.
- fragmentos mineralizados na cartilagem.
- lesões císticas.
- gás intra-articular.
- aumento de tecidos moles.
- aumento de radiopacidade (mineralização) de tendões e ligamentos.
Luxação: perda da relação articular, pode ocorrer fraturas completas simultaneamente.
Subluxação: perda parcial da relação articular ???
Pode ser de origem traumática ou congênita.

Incongruência articular: articulação não está normal, mas não podemos definir.

Doenças articulares
- Alterações congênitas.
- de desenvolvimento.
- inflamatórias/infecciosas.
- traumáticas.
- processos degenerativos.
- Neoplasias articulares.

Congênitas:

Luxação de patela: deslocamos a patela medialmente.


Causas: má formações nas regiões dos conflitos, ou troca do fêmur, rotação na região
proximal da tíbia.
Sinais: depende do grau, se for inicial não há dor nem no exame físico, se for avançado
pode apresentar claudicação intermitente. Pode ser bilateral (normalmente).
Diagnóstico: não é feito pelo exame radiográfico, é clínico.
- é mais comum o deslocamento medial.
- o normal é a patela estar bem no meio do fêmur.
Skyline: vista do horizonte - cranioproximal-craniodistal oblíqua em flexão.

Alterações do desenvolvimento

Osteocondrose (OC)/ Osteocondrite dissecante (OCD): primeiro desenvolve uma e depois a


outra, acomete raças grandes, existem relatos em equinos. A avaliação é mais fácil na
região médio lateral.
Não se sabe a causa do início.
Na OC começa com alteração na cartilagem (não detecta no raio x), depois invade o osso
sub condral (pode ser avaliada).
Em cães o mais comum é na articulação do ombro, em equinos na região da articulação
fêmuro-tíbio-patelar, boleto…
Osteocondrite dissecante: descontinuidade do osso.
Fragmento cartilaginoso:

Necrose asséptica da cabeça do fêmur: cães de pequeno porte, etiologia incerta (falta de
vascularização), geralmente unilateral, mas pode ser bilateral.
Depende da fase da doença, acomete mais animais jovens. Radiograficamente pode-se
observar o aumento da radiopacidade do fêmur. Perda da incongruência articular (não está
normal).
Sinais clínicos: claudicação.
Em uma fase mais avançada: a incongruência se mantém, há alterações no formato da
cabeça do fêmur, pode-se ver áreas de esclerose (comido de mosca). Pode se ter
alterações morfológicas da região do acetábulo.
Displasia do cotovelo: desenvolvimento anormal da articulação, termo genético, má
formação ou disfunção da articulação, acomete cães jovens, raças grandes e gigantes,
etiopatogenia desconhecida (hereditária, taxa de crescimento assíncrona e dieta).
alterações: não união do processo ancôneo, fragmentação do processo coronoide medial
da ulna. O paciente precisa estar anestesiado, fazer dos dois membros

Não união do processo ancôneo: pacientes jovens.


A ossificação secundária da ulna leva de 10-16 semanas, por algum motivos a região não
se funde, gerando instabilidade articular, o paciente pode desenvolver uma osteoartrose.

Fragmentação do processo coronoide medial da ulna: é a mais comum, mas é mais difícil
de ser visualizada. Relatada em torno de 4-6 meses de idade, aumento da articulação,
crepitação no exame físico, relatada mais em machos.
Projeção especial: oblíqua craniolateral-caudomedial.

Displasia coxofemoral: desenvolvimento anormal das articulações coxofemorais em cães e


gatos, bilateral normalmente, de característica hereditária.
Fatores ambientais: hipernutrição, rápido ganho de peso, alterações hormonais e excesso
de carga.
Doença de pacientes jovens, alterações radiográficas progressiva.
Exame radiográfico: projeção ventrodorsal, vai da asa do íleo até a patela sobre a tróclea
femoral.

Alterações
- Arrasamento acetabular.
- Alterações morfológicas da cabeça, colo femoral e acetábulo.
- Incongruência entre cabeças femorais e acetábulos.
- Luxação.
- Linha e Morgan (entesófito - inserção cápsula articular; linha radiopaca - esclerose;
colo femoral).
- Sinais de doença degenerativa articular (osteófito, esclerose subcondral, margem
acetabular cranial).

Ângulo de Norberg:
- 1ª linha: une os centros das cabeças femorais.
- 2ª linha: centro da cabeça do fêmur borda acetabular.
- Ângulo >- 105º

Displasia grau grave: ângulo < 90º

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