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Anatomia

C1 e C2 - mecânica articular, tipos de fratura, fisiologia muito distinta do segmento subaxial


(mais de 50% da mobilidade da coluna cervical só nestas 2 vértebras - rotação entre C1 e C2;
flexão e extensão C0 e C1)

ligamento transverso une as massas laterais de C1


aí se coloca a apófise odontóide do áxis e é esta o eixo de rotação entre C1 e C2

uncovertebrais permite articulação entre as vértebras cervicais


compõem a região ant-int dos buracos de conjugação

segmentos móveis (cervical, lombar) intercalam com segmentos pouco móveis (dorsal, sagrado)
e é na transição que se localiza a maioria da patologia
vértebras - corpos vão crescendo ao longo da coluna
a região dorsal tem muitos reforços ligamentares a reforçar os ligamentos longitudinais anterior
e posterior - maciço muito estável

disco IV - em camadas, região periférica fibrosa, resiste a forças de compressão centrífugas


exercendo um efeito centrípeto de contenção do núcleo pulposo, zona central gelatinosa
canal vertebral é mais reduzido a nível dorsal - mais raro haver lesão neurológica por patologia
osteoarticular cervical ou lombar vs a nível torácico (é mais resistente mas também é mais
provável quando há lesão de haver repercussão neurológica)

HC e EO
jovem - instabilidade → pode evoluir a longo prazo para espondilartrose
idoso - espondilartrose

dor localizada → trauma, infeção, tumor, sobrecarga de faceta articular, contratura muscular
dor radicular → irradiar perifericamente ao longo do nervo afetado - hérnia discal, estenose
cervical
dor mecânica → instabilidade, discopatia

mecanismo de lesão/ como os sintomas iniciaram

red flags - trauma, febre, dor noturna (tumor, infeção), CS, PP, AP de neoplasia, perda de controlo
de esfíncteres, alterações neurológicas em progressão

Síndrome da Cauda equina → por hérnia discal há compressão da coluna lombar com
parestesias, anestesia em sela (região perineal), dor irradiada ao MI, perda de controlo de
esfíncteres, avaliação psicossomática, atenção ao início dos sintomas
exceção à regra de 4-6 semanas de Tx de suporte (é uma red flag)

observar - manchas café au lait - neurofibromatose; palpar; mobilizar; sensibilidade; ROT (bic C5,
branquial C6, tric C7); força muscular (delt/bic C5; ext punho C6; flexão punho)

exame
C5 - deltóide
C6 - bicípite e extensores do punho
C7 - tricípite e flexores do punho
C8 - flexores dos dedos
T1 - intrínsecos dos dedos
ROT
C5/6 - bicipital
C6 - braquiorradial (longo supinador)
C7 - tricipital

dermátomos
C5 - face lateral do ombro
C6 - face lateral braço, antebraço e mão
C7 - porção média e 3º dedo da mão
C8 - bordo cubital da mão
T1 - região interna do MS

Miótomos (restantes)
C3 e C4 - diafragma
C5 - deltóide, flexores do cotovelo, diafragma
C6 - flexores do cotovelo e extensores do punho
C7 - extensores do cotovelo e flexores do punho
C8 - flexores dos dedos
T1 - intrínsecos da mão

Testes para compressão de nervos cervicais:


Valsalva - aumento da pressão intratecal
Deglutição - dor ou disfagia por patologia do compartimento anterior - osteofitose, hiperostose
difusa

escoliose postural: dismetria dos membros, posições antiálgica - contratura muscular, abrir
buraco de conjugação (movimento contrário ao buraco afetado)
vs escoliose estruturada
Teste Schober - > 6 cm

a - curva harmoniosa, mobilidade normal


b - curva alterada, movimentos patológicos

Força Hamstrings - isquiotibiais, flexores da coxa


Femoral stretch test - criar tensão, estender coxa → tensionar nervo femoral → radiculopatia
Laségue - dor com irradiação (qualquer doente com contratura tem dor lombar, tem de ser dor
irradiada)

modificações:
- quando chegamos ao sítio de dor, reduzimos +- 5º e depois fazemos dorsiflexão do pé
(desencadeamos dor)
- quando chegamos perto do sítio de dor fazemos flexão do joelho e à palpação do nervo
popliteu desencadeamos dor

seta: art uncovertebrais = Luschka


centralidade apófise odontóide

a - alinhamento b - bone c - contour of soft tissues


Rx dinâmicos - instabilidade da charneira (AR)
oblíquas a 45º - pilares articulares
Swimmers View - região cervicodorsal - um braço ao longo do corpo e um em extensão, desnível
dos ombros
1 - estenose do canal vertebral
2 - estenose, procidências dos discos intervertebrais, hiperintensidade por contusão medular
3 - estenose

HÉRNIA DISCAL (cervical)


- Entorse da coluna cervical - dor intensa que acompanha o trauma do anel fibroso mas vai
reduzindo
- Trauma em flexão/ extensão
- Alterações estruturais prévias predisponentes - tensão nuclear aumentada
- ligamento longitudinal posterior condiciona região de compressão - dor cervical e rigidez
- dor e parestesias MS C6-C7

++ herniação paramediana a comprimir emergência raiz


se for mediana pode comprimir toda a medula
pode ser agravado por osteofitose ao nível da articulação zigo-apofisária

dor aguda, rigidez, região cervical, interescapular, occipital


dor vai aliviando e tornam-se mais evidentes défices neurológicos (parestesias MS, cotovelo,
punho, dedos); podem haver períodos de alívio da dor mas em que se mantém rigidez

DDx: nevralgia amiotrófica, infeção, tumores


Tx
1º conservador: repouso, colar cervical, AINE, CS, gabapentina, pregabalina, fisioterapia
2º cirurgia - discectomia, substituição por prótese com placa anterior para estabilização, se dor
intratável, défice neurológico que não melhora

CERVICOESPONDILARTROSE
- degenerescência discal crónica com sobrecarga e eventual artropatia facetária e
compressão radicular por núcleo polposo ou osteófito
- dor radicular
- mielopatia - lesão 1º neurónio, défice de força nos MI
- Hoffman: extensão rápida IFD 3º dedo → contração dos 2 primeiros dedos
- reflexos cutâneos plantares em extensão
- marcha base alargada
- urgência miccional
- perda dos movimentos finos dos MS

Tx
conservador (calor, frio agudamente), AINEs, colar cervical na dor aguda, fisioterapia
cirurgia - descomprimir pela região anterior para evitar lesão vascular

DDx: síndrome do desfiladeiro torácico, lesões da coifa, S. TC, tumores cervicais, infeção

AR

30% dos doentes com AR


instabilidade (pannus e hipertrofia da sinovial destrói as estruturas ligamentares circundantes
levando a instabilidade articular)
Pedir o Rx antes de cirurgia
dor e rigidez, sinais neurológicos de 1º e 2º neurónios
Tx conservadora ou cirúrgica (C1-C2 > 10 mm) → artrodese
LOMBALGIA
dor lombar sem irradiação, 70-80% da população
entorse, contratura muscular, rutura anel fibroso na fase inicial de hérnia discal
pode dar dor fora dos dermátomos
laségue dá dor lombar mas não com irradiação
conservador gelo, AINE, ginástica, fisioterapia, até 4-6 sem desde que não haja red flags

HÉRNIA DISCAL (lombar)


Mais comum entre L4 e L5 com compressão da raiz de L5, défice de força:
L4 - tibial anterior
L5 - extensores do hálux
S1 - peroneais

reflexos assimétricos: (nenhum para L5)


L4 - rotuliano
S1 - aquiliano

clínica:
doença do adulto jovem, história de esforço
postura escoliótica antiálgica
dor lombar com progressão para MI, agrava com Valsalva
mobilização dolorosa, sinais de tensão radicular (Laségue) - patologia da anca pode irradiar mas
não ultrapassa o joelho

excluir síndrome da cauda equina: TC/ RMN


se não melhora com Tx conservador - TC/ RMN

ddx: doenças inflamatórias; tumores vertebrais (dor noturna, alterações Rx); tumores radiculares
(dor constante)

requisitos cirurgia: dor na perna predominante, concordância entre EO e RM, sinais de tensão
positivos, imagiologia, x patologia psicossomática
ESTENOSE DO CANAL LOMBAR
diminuição do calibre, compromete vascularização e comprime as estruturas
- congénito
- adquirido - hipertrofia dos maciços articulares, hipertrofia dos ligamentos amarelos,
procidência discal, espondilolistese (deslocamento da vértebra)
claudicação neurológica ++ levante ou marcha, alivia ao sentar

mielografia - rara, zonas de compressão, contraste no ESA

podem haver sintomas mistos de radiculopatia tipo hérnia discal e sintomas de claudicação por
estenose do canal - dor difusa nas coxas, dificuldade na marcha

bicicleta e a subir estamos com flexão do tronco pelo que a dor alivia

Tx
conservador - bicicleta, Gbp, PGB, CS epidurais
cirurgia quando já está a prejudicar a qualidade de vida - descompressão lombar posterior e
fusão associada com instrumentação pedicular (parafusos e barras para resolver instabilidade,
espondilolistese)
ESPONDILÓLISE
defeito na pares interarticular
adolescente
atividades com stress em hiperextensão
dor mecânica relacionada com atividade
Rx coluna lombar (oblíqua)
TC para confirmar
cintigrafia - atividade metabólica - caráter agudo

dor agravada por movimentos de hiperextensão que sobrecarregam o maciço posterior


espondilólise cria instabilidade tal que pode haver espondilolistese
imagem em Scott Terrier

Tx
repouso, alongamentos, ortótese que impede hiperextensão, cirurgia se refratário

ESPONDILOLISTESE
patologia crónica, congénito, espondilólise

I e II - suporte
cirurgia se dor persistir
III a V - descompressão e cirurgia
ESPONDILODISCITE
crianças têm vascularização dos discos IV → como a disseminação é hematogénea pode começar
por discite < 10 anos

ATB + cirurgia com desbridamento e estabilização se abcesso

ESCOLIOSE
escoliose idiopática nos adolescentes (+ frequente), convexidade direita, sexo feminino
escoliose congénita (alteração da formação ou segmentação das vértebras)
escoliose neuromuscular
escoliose sindromática

mediação do ângulo Cobb


10-15 anos px depende do potencial de crescimento, depende da curvatura
regra dos 20: 0-20º observar, 20-40º ortótese, > 40º cirurgia
ângulo de Cobb e estadio de Risser (ossificação da crista ilíaca, 5 graus) - se já está ossificada é
pq a curva não vai progredir muito mais e provavelmente não vai precisar de cirurgia; se grau
baixo significa que provavelmente vamos ter de intervir, seguimento apertado!

infantil - < 3
juvenil - 4 aos 9
adolescente - > 10
CIFOSE

Doença de Sheurmann ++ jovens sexo masculino

Etiologia
cartilagem de crescimento anterior dos corpos vertebrais (zona anterior é onde se exerce mais
carga) fica danificada, cresce menos e mantém-se crescimento posterior → aspeto em cunha e
cifose; ++puberdade, sexo masculino; progride e torna-se fixa; dor e fadgia

Tx
ginástica postural
ortótese
cirurgia > 75º

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