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a)? Anatomia
Conjunto de 33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares e 9 sacrococígeas.
Composta também de disco intervertebral, ligamentos longitudinais e interespinhosos e
a musculatura paravertebral
b)? Função
Equilíbrio, movimentação e proteção da medula espinhal(porção posterior). Atua
também na sustentação de peso(porção anterior)
c)? Semiologia
- Anamnese: idade(osteoporose, artrose), sexo(espondilite anquilosante, osteoporose),
profissão(dona-de-casa, trabalhador braçal)
Local: cervical(cervicalgia), lombar(lombalgia), torácica(dorsalgia),
sacrococígea(sacralgia)
Irradiação: vai depender da zona radicular comprometida:
Região cervical(cervicobraquialgia): mais comum C5, C6 e C7 + transição
C7 e T1
Região lombar(lombociatalgia): mais comum processos degenerativos em
L4 e L5
Região torácica: dor em faixa conforme o trajeto anatômico da raiz
acometida(dermátomos)
As algias relacionadas às compressões nervosas muitas vezes apresentam
sintomas neurológicos como parestesias, fraqueza, falta de movimentação e
sensibilidade ou sensibilidade alterada. Em outros casos de compressão neurológica
radicular, as dores se acompanham de irradiação segundo a projeção de determinada
raiz nervosa
Intensidade: Forte ± neoplasias, hérnia de disco
Fraca ± processos degenerativos
Fatores agravantes e de alívio: melhora com a movimentação e piora à
noite(espondilite anquilosante); dor em repouso que piora com o movimento(hérnia de
disco); dor que melhora no repouso e piora no início do movimento, melhorando no
decorrer desde(espondiloartrose e osteoporose)
Duração: Aguda(<3 meses): fatores compressivos(estenose de canal), infecção ou
idiopática
Crônica(>3 meses): processos degenerativos e inflamatórios
Dor referida: é denominada de dor visceral pior são dores oriundas de outros órgãos e
referidas na região da coluna vertebral. Ex.: dor renal, UP, pneumonias, cistos de ovário
rotos, pancreatite aguda
d)? Exame físico
Deve ser realizado em local amplo e com boa luz, recomenda-se deixar o mínimo de
roupas possível. Antes de tudo verificar parâmetros de pulso, TA, peso corpóreo e
altura
- Inspeção: começa a se realizar à medida que o paciente chega para a consulta.
Observa-se marcha, simetria, amplitude e movimento da coluna vertebral. Pode-se aqui
verificar determinadas deformidades, se o indivíduo é genovaro(distanciamento) ou
genovalgo(aproximação dos joelhos). Pesquisa-se, além da relação dos segmentos
corporais entre si, se há presença de lesões cutâneas(manchas café com leite, por ex),
nódulos subcutâneos. Procurar também alterações na musculatura, tais como
contraturas, tumefações, etc.
A coluna vertebral apresenta quatro curvaturas fisiológicas no sentido antero-posterior.
Duas delas possuem convexidade posterior e recebem o nome de cifose(dorsal e sacral)
e duas possuem convexidade anterior e recebem o nome de lordose(cervical e lombar).
Desvios antero-posteriores: se ocorrer um aumento na convexidade posterior(cifose), é
denominada hipercifose. Já o aumento da convexidade anterior(lordose) é chamado de
hiperlordose. A inversão destas curvaturas normais chama-se retificação.
Na inspeção frontal avalia-se a simetria escapular e pélvica.
Em relação à postura normal:
â? Perfil: linha que passa no lóbulo da orelha, um terço anterior do ombro,
região trocantérica, centro da articulação do joelho e anterior do maléolo
lateral
â? Frontal: linha que passa na protuberância occipital, C7, sulco interglúteo,
entre os joelhos e entre os pés
Obs: Deve-se cuidas a implantação dos cabelos, altura das mamas, encurtamento
de membros
- Palpação: palpar massas musculares, apófises espinhosos e espaços intervertebrais. O
roteiro do exame da coluna vertebral é realizado no sentido crânio-caudal

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- Inspeção:
Avalia-se a posição da cabeça em relação ao pescoço estaticamente durante a marcha, bem
como inclinações laterais provocadas por torcicolos, cervicalgias ou cervicobraquialgias.
- Palpação:
Realiza-se palpação da região cervical com o paciente sentado, orientado a relaxar a
musculatura do pescoço e cintura escapular, colocando-se o examinador por detrás do
paciente. Pesquisa-se alterações na musculatura, pontos gatilho, etc
- Movimentação:
Flexão: o alcance normal permite que o paciente encoste o queixo na face anterior do tórax
Extensão: o movimento normal permite que o paciente olhe diretamente para o teto
Rotação lateral D e E: permite que o queixo do paciente quase se alinhe ao ombro
Inclinação lateral D e E: a lateralização normal é até 45º
- Exame neurológico:
Feito a partir do plexo braquial(C5-T1) avaliando alteração da força, sensibilidade e
reflexos
â? C5: motor: exclusivo do musculo deltóide e parcial do bíceps
Reflexo: bicipital
Sensibilidade ± face lateral do braço
â? C6: motor: bíceps
Reflexo: braquiorradial
Sensibilidade: face lateral do antebraço, polegar e indicador
â? C7: motor: tríceps, flexores do punho e extensores dos dedos
Reflexo: tricipital
Sensibilidade: dedo médio(3º dedo)
â? C8: Motor: músculos interósseos e flexor dos dedos
Reflexo: não há
Sensibilidade: dedo anular e mínimo(4º e 5º dedos)
â? T1: motor: músculos interósseos
Reflexo: não há
Sensibilidade: face medial do braço
- Manobras especiais:
Manobra da tração: manobra que alivia o espasmo muscular pelo relaxamento da
musculatura contraída e conseqüente alívio da dor, que pode ser originada por compressão
radicular por estreitamento dos forames de conjugação. O examinador deve se colocar por
detrás do paciente, o qual deve estar sentado, faz-se a tração cervical com os dedos
apoiados no ângulo mandibular; é positiva se ocorrer alívio da dor
Manobra da compressão: pode ajudar a reproduzir a dor irradiada para os membros
superiores originadas na compressão radicular. A compressão deve ser realizada por um
minuto, estando a coluna cervical em posição neutra, e posteriormente em inclinação lateral

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- Avaliação da escoliose
Para avaliar a presença de escoliose(desvios laterais da coluna) deve-se observar se há
presença de desnível entre os ombros, cintura pélvica e pregas da cintura. Deve-se ainda
realizar manobra específica(flexão do tronco a 90º com os joelhos estendidos e braços
pendentes com as palmas das mãos voltadas uma para a outra)
O examinador deve observar frontalmente e dorsalmente o paciente, comparando ambos os
lados da região torácica e lombo-sacra. Quando existe algum desvio lateral, um lado estará
mais elevado que o outro

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- Inspeção:
Avalia-se a presença de desvios das curvas fisiológicas(lombar e sacral), bem como a
presença de anormalidades na coloração da pele, lipomas, presença de sinais inflamatórios
superficiais
- Palpação:
Com o examinador sentado, atrás do paciente em pé, palpam-se os processos espinhosos,
crista ilíaca, espinha ilíaca póstero-superior e musculatura paravertebral
- Movimentação:
Não há restrição causada pelas costelas, tendo a coluna lombar o alcance de flexão e
extensão que a coluna torácica não possui
Flexão: o paciente deve curvar-se para frente o máximo possível com os joelhos retos e
tentando alcançar os pés. Mede-se a distância alcançada
Extensão: o paciente curva-se para trás o máximo que puder, podendo haver um apoio
sobre a espinha ilíaca póstero-superior, realizado pelo examinador
Inclinação lateral: o examinador fixa a crista ilíaca do paciente e este se inclina para a
direita e esquerda seqüencialmente, comparando os lados
Rotação: fixar a pelve com uma das mãos, tomando o ombro oposto da outra, ordenando os
movimentos e comparando-os
- Exame neurológico:
L4: motor: tibial anterior
Reflexo: patelar
Sensibilidade: face medial da perna e maléolo medial
L5: motor: extensor longo do hálux
Reflexo: não há
Sensibilidade: dorso do pé
S1: motor: fibular longo e curto
Reflexo: aquileu
Sensibilidade: face lateral do pé
S2, S3, S4: motor: bexiga e intrínseco dos dedos do pé
Reflexo: não há
Sensibilidade: região do períneo
- Manobras especiais:
Manobra de Adson: com o examinador posicionado atrás do paciente palpa-se o pulso
radial. Com o cotovelo estendido, faz-se a elevação e extensão do membro superior em leve
rotaçõ externa. Em seguida solicita-se ao paciente que inspire profundamente e rode a
cabeça. É positiva quando houver diminuição ou ausência do pulso e isto significa a
presença de processo expansivo no ápice pulmonar que esteja comprimindo a artéria
subclávia
Manobra de Lasègue: com o paciente em decúbito dorsal eleve a perna segurando o pé em
torno do calcanhar com o joelho estendido. Ocorrendo dor lombar a manobra é positiva
Manobra de Patrick: esta manobra detecta patologias do quadril, bem como da articulação
sacro-ilíaca. Com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o pé ao lado acometido sobre o
joelho oposto. A articulação coxo-femoral estará fletida, abduzida e rodada externamente.
O examinador, com uma das mãos, estabiliza o quadril e com a outra aplica força sobre o
joelho. Se houver exacerbação da dor lombar haverá patologia da articulação sacro-ilíaca

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