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Universidade de São Paulo

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto


FMRP- USP

Análise da Marcha Humana


MARCHA NORMAL
O ciclo da marcha Período desde o contato de um pé no
solo até ao contato seguinte desse
mesmo pé

Apoio = 60% Balanço = 40%

Duplo apoio

Passo - step

Passada - stride
Fases do apoio

FASE 1 – Contato inicial


– O calcanhar entra em contato com o solo
– O membro inferior contralateral está no final da fase de
balanço

Posições estáticas:
– Ombro: extensão
– Pelve: rodada para esquerda
– Quadril: flexão e rotação externa
– Joelho: extensão
– Tornozelo: dorsiflexão
– Pé: supinação
– Dedos: extensão ligeira

Extensores do joelho

Dorsiflexores
Lesão do nervo fibular
Órtese Suropodálica

Bloqueia a
flexãoplantar
Músculos Antigravitacionais
Fases do apoio

FASE 2 – Resposta à carga


– Final do período de duplo apoio
– Transferência do peso corporal para o membro apoiado
– Absorção do choque, suporte do peso, progressão para
diante
– MI contralateral em fase de pré- balanço

Glúteos

Extensores do joelho
Fases do apoio

FASE 3 – Apoio médio


– Apoio unipodal
– Inicia-se com a elevação do pé contralateral
– Termina quando o peso corporal está alinhado com
o pé de apoio

Glúteos

Extensores do joelho
Marcha agachada
Órtese de Reação ao Solo

Bloqueia a
dorsiflexão
Órtese Cruropodálica

Bloqueia a
flexão do
joelho
Sinal de Trendemburg
• Perda ou
redução da
atividade
abdutora do
gluteo médio
– Lesão muscular
ou tendínea
– Artropatia
coxofemoral
Marcha de Trendelmburg
Fases do apoio

FASE 4 – Apoio Terminal


– Inicia-se quando o calcanhar se eleva
– Suporte de peso transfere-se para o antepé

Flexores plantares
Fases do apoio

FASE 5 – Retirada dos dedos (pré-balanço) - Toe-off


– 2º período de duplo apoio no ciclo da marcha
– Transferência do peso corporal para o membro
inferior contralateral que iniciará o apoio

Flexão plantar e dos artelhos


Fases do balanço

FASE DE BALANÇO
– ausência de contacto do pé com o solo
– ocorre o avanço do membro
– 3 FASES
• Balanço Inicial
• Balanço Médio
• Balanço terminal
Fases do balanço

FASE DE BALANÇO
•Princípios da fase de balanço
•Movimentar o membro a frente do contralateral
•Encurtar o membro para não tocar no chão
Fases do balanço

FASE 6 – Balanço Inicial


– Inicia-se quando se eleva o pé do solo
– MI contralateral em apoio

Flexão do quadril

Bíceps femoral – flexão joelho


Fases do balanço

FASE 7 – Balanço Médio


– Termina quando MI em balanço está adiante do corpo
– MI avança
– MI contralateral na fase final do apoio médio

Pouca ação muscular


• flexores do quadril
• quadríceps
Fases do apoio

FASE 8 – Balanço Terminal


– Termina quando pé entra em contato com o solo
– Avanço completo do membro inferior ao final

Extensão do joelho
Músculos da fase de balanço
Músculos da fase de balanço
Pré requisitos da marcha normal
Pré requisitos da marcha normal

• Pré posicionamento adequado do pé no contato


inicial
• com o calcâneo possibilita o primeiro rolamento
• absorção do choque
• recepção da carga
Pré requisitos da marcha normal

• Liberação adequada do pé para a fase de balanço


• transição entre o apoio e o balanço sem
arrastar os pés e sem realizar mecanismos
compensatórios
Pré requisitos da marcha normal

• Comprimento adequado do passo


• intervalo entre o contato inicial de cada pé
• manutenção da velocidade sem aumento dos
gasto energético
Pré requisitos da marcha normal

• Conservação de energia
• controle do centro de gravidade
Avaliação da Marcha

• Exame físico

– ADM

– Força muscular

– Controle motor

– Antropometria

– Alinhamentos
Avaliação
Avaliação da Marcha Video observacional

– Video biplanar para análise observacional

– Verificação da cinemática

– Informações adicionais para além das sujeitas a medição

• Membros superiores
• Coluna
• Pé
Avaliação da Marcha Video observacional
Avaliação da Marcha Video observacional
Avaliação da Marcha Medições temporais

– Comprimento do ciclo de marcha

– Comprimento do passo

– Largura do passo

– Cadência (passos/ min)

– Velocidade (cadência x comprimento do


passo)

– Tempo de apoio (unipodal – bipodal)


Avaliação da Marcha Registro cinemático

– Registro por câmeras de infravermelho de alta frequência


• >100hz 100 quadros por segundo
Avaliação da Marcha Registro cinemático

Construção do modelo biomecânico em computador


Avaliação da Marcha Registro cinemático

Avaliação nos 3 planos do espaço

• Plano X: Anteroposterior
• Plano Y: Mediolateral
• Plano Z: Transversal

X Y Z
Avaliação da Marcha Gasto energético

• Economia energética
– Consumo O2 -- Custo O2
Estabilidade articular conseguida por adequada colocação
no espaço + direção da força de reação do solo, em
conjunto com ligamentos, para economia energética muscular

Alongamento muscular 3x + eficiente que


seu encurtamento
Musculos biarticulares funcionam c/o
bandas de
transferência energética

Certas condições patológicas geram


aumento do gasto energético durante a
marcha Marcha em agachamento

Center of Gait and Motion Analysis –


Gillete Children’s Hospital
St. Paul - USA

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