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ORTOPEDIA E

TRAUMATOLOGIA

TEOT
TEMA: EXAME FÍSICO

Autor: Bessa R3 HC-FMRPUSP


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EXAME FÍSICO DA MARCHA ———————————————————————-———- 3 - 6


EXAME FÍSICO DA COLUNA VERTEBRAL ————————————————-———— 7 - 19
EXAME FÍSICO TRAUMA RAQUIMEDULAR ——————————————————— 20 - 22
EXAME FÍSICO OMBRO E COTOVELO ——————————————————-——— 23 - 34
EXAME FÍSICO DO PUNHO E DA MÃO —————————————————-————- 35 - 45
EXAME FÍSICO QUADRIL ADULTO ———————————————————-—-———46 - 52
EXAME FÍSICO DO QUADRIL INFANTIL ————————————————-—-———- 53 - 56
EXAME FÍSICO DO JOELHO ——————————————————————-—-———57 - 62
EXAME FÍSICO DO TORNOZELO E PÉ —————————————————-————- 63 - 71
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EXAME FÍSICO DA MARCHA

Conceito: “O ato de caminhar é uma atividade dinâmica e repetitiva; ela ocorre em uma
sequência rítmica definida por eventos que acontecem durante o ciclo da marcha e que, se dentro
dos parâmetros da normalidade, são processados de maneira relativamente fácil, com um gasto
mínimo de energia.”
- Comprimento de passo: distância entre os dois pés durante os apoios bipodálicos
- Passada: distância que o membro percorre entre o apoio e o balaço
- Duração do passo: tempo gasto para percorrer um comprimento de passo
- Cadência: número de passos por minuto
- Velocidade da marcha: distância percorrida por tempo

Ciclo da marcha: APOIO E BALANÇO.


Durante o apoio o membro está em contato com o solo suportando o peso corpóreo.
No balanço o membro está avançando longe do solo.
A fase de apoio é responsável por 60% do ciclo e o balanço por 40%.

FASE DE APOIO:
Começa quando o pé entra em contato
com o solo (joelho extendido). Pode ser dividida
em apoio mono (75%) e bipodálico (25%). Há
dois períodos de apoio duplo, o período inicial e
outro logo antes da fase de balanço. Corrida: o
apoio duplo desaparece dando lugar à flutuação
dupla.
1- Apoio calcanhar 15% 2- Aplainamento do pé
15% 3- Médio apoio +
Desprend do Calcanhar 25% 4- Desprend do
Hálux 5% (impulso).
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FASE DE BALANÇO OU OSCILAÇÃO:
Compreendido por 3 fases.
Balanço inicial ou aceleração
(10%): começa com o desprendimento do hálux e
continua até o desprendimento do pé do solo.
Onde ocorre a flexão máxima do joelho (65º).
Balanço intermediário (80%): inicia
quando o membro passa pelo contralateral, o
joelho se estende e o pé realiza o arco de
movimento anterior.
Balanço terminal ou desaceleração
(10%): há desaceleração e a musculatura contrai
para o contato inicial do membro com o solo
(calcâneo).

CENTRO DE GRAVIDADE:
5 cm anterior a S2. 55% da altura sendo que quanto mais jovem, mais alto e menos estável.
Dentro da pelve verdadeira.
Varia 4,5cm ou 2 polegadas (VERTICAL). Mais baixo: toque calcanhar e mais alto na
acomodação intermediária.
Varia 4,37 cm ou 2 polegadas (HORIZONTAL). Em direção ao membro em apoio e Máx:
acomodação intermediária.
CURVA SINUSOIDAL DUPLA.

Controle neurológico da marcha:


Os tratos extrapiramidais são responsáveis pelas variações de velocidade e mudança de
direção. O cerebelo atua no equilíbrio.
As crianças inicialmente apresentam a base alargada, quadris e joelhos flexionados (abaixa
CG). O sistema nervoso continua a se desenvolver no sentido cefalocaudal melhorando a eficiência
da marcha.

Energia na marcha:
Tende a mover-se com MENOR GASTO ENEGÉTICO.
Largura da base de 5-10cm;
90-120 passos/min;
Comprimento do passo de 40cm;
Gasto de 100 calorias para percorrer 1,5km.
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Fases do desenvolvimento:
- 12-18m: Inicio – apresenta-se alargada, mantendo quadris e joelhos fletidos, braços
em extensão e abdução, cotovelos fletidos e menor dorsiflexão dos pés, onde o impacto ocorre sem
o devido toque inicial do calcâneo. Apresenta excessiva rotação externa da pelve, do fêmur, da tíbia
e do pé nas fases de apoio e balanço, quando a cadência está aumentada e os passos apresentam-se
curtos
• Pé plantígrado → calcanhar

-1-3 anos: padrão inconsistente, tempo de apoio simples é menor nos bebês e vai
aumentando à medida que a força e a coordenação evoluem, assim como há um aumento linear da
velocidade. A cadência vai diminuindo e o comprimento do passo aumentando conforme a
progressão do crescimento. Joelhos discretamente fletidos.
- 3-5 anos: padrão semelhante a do adulto a medida em que vai desenvolvendo
neurologicamente.
-Envelhecimento: Diminuição do parâmetro da cinemática, com perda da
capacidade adaptativa. Degeneração da musculatura e controle neurológico diminuição do
comprimento do passo, aumento do tempo de duplo apoio e redução da potência no momento do
impulso.

Determinantes da marcha:
1- Rotação pélvica: 4º p/ frente (RI) no balaço e contrário no apoio. Alonga passada
sem comprometer CG.
2- Inclinação pélvica: 5º p/ cima no apoio e contrário no balanço. Junto com flexão
do joelho, reduz pêndulo do membro reduz deslocamento do CG.
3- Posições do joelho: inicia extendido, flete 15º após apoio do calcanhar, extende
novamente (período de bloqueio duplo). Destrava e flete cerca de 40º no impulso em resposta a
flexão plantar, mudando pouco o CG e poupando energia.
4- Movimentos combinado TNZ e joelho: Atuam em equipe!.
5- Deslocamento lateral da pelve: Fêmures desviados medialmente, estreita base de
suporte. Desvio de 2-2,5cm (1 polegada) no plano horizontal. Menos que dist. quadris.
Os membros superiores: 20º para frente e 10º para trás. Na corrida, flete o cotovelo
para reduzir alavanca.

Tipos de contrações musculares durante a marcha:


Concêntricas: encurta distância origem-inserção e produz força motora . Iliopsoas
durante o balanço e tríceps sural no fim do apoio.
Excêntrica: alongamento muscular sem movimento ou contração muscular, produz
desaceleração. Musculatura abdutora no meio do apoio e tibial anterior no balanço.
Isométrica: Mantém comprimento, função de estabilização
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Ação muscular:
*Aceleradores: Psoas (fim do apoio), sartório e tensor da fáscia lata, adutores longo e magno (início
do balanço).
*Desaceleradores: Grácil, semimembranáceo, semitendíneo e bíceps (fim da oscilação) – contração
excêntrica durante o fimal da fase de oscilação para desacelerar o membro.

MARCHAS PATOLÓGICAS:
Glúteo médio: 1° Abd do quadril. Sinal de Trendelenburg.

Glúteo máximo: 1° Extensor do quadril Hiperextende o tronco


quando põe peso no lado acometido.

Quadríceps: 1° extensor joelho. Dependendo do


acometimento o paciente necessitará apoiar a mão na coxa e pender o tronco
para frente para auxiliar a deficiência do músculo.

Dorsiflexores: Pé caído (precisa elevar o membro + RE).


Marcha escarvante.

Tríceps sural: propulsão final/flexão plantar. Marcha em


calcâneo ou marcha do pé plano.
• Espástica: hipertônica (variante);
• Atáxica: não mantém linha reta;
• Parética: arrasta membro;
• Distrófica: tipo pinguim (miopatias);
• Escarvante: pé caído;
• Parkinson: passos pequenos;
• Atetóica/Coréica: movimentos desordenados;
• Vestibular: de um lado para outro;
• Miopática: hiperlordose;
• Tabética: passos pesados (perda de sensibilidade);
• Artrogênica: rigidez articular;
• Ceifante: em tesoura
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EXAME FISICO DA COLUNA VERTEBRAL


Sempre sistematizar o exame físico para que não haja erros e esquecimentos.
Introdução:
Inspeção; Palpação; Manobras e Mensuração.
Sempre avaliar marcha, quadris, bacia, MMII, ombros e sinais sindrômicos.
Notar espressões faciais do paciente referente a dor e avaliar se é compativel com a quiexa
apresentada.

COLUNA CERVICAL
INSPECAO
- INSPECAO ESTÁTICA

-INIO: protuberância occiptal externa


-Pendência para algum lado.
-Lordose fisiológica (PEA=posição do farejador)
-Tumor de Pancoast: assimetria da fossa
supraclavicular.
-Torcicolo congênito: tumoração do ECM.
-C7 = Vértebra proeminente

- INSPECAO DINAMICA

-Na inspeção cervical, estabilizar torácica


(apoio de cadeira)
-Torcicolo: redutível ou irredutível. Se
redutível: passivo ou ativo.
-Flexão: queixo no tórax.
-Extensão: fronte e nariz alinhado na horizontal
ADM flexo-ext: 135o.
Rot lateral: 80o. 50% em C1-C2
(faloppa)
Inclinacao lateral: 45o.
-Assimetrias podem ser por deformidades ou bloqueios antálgicos.

PALPAÇÃO

PALPAÇÃO DE PARTES MOLES:


PALPACAO ANTERIOR
- Trígono anterior: borda anterior do esternocleidomastóideo, mandíbula e incisura supra-
esternal → palpar músculo, cadeia linfática, glândulas e pulsos carotídeos
- Músculo ECM
- Pulso carotídeo: um de cada vez para não estimular reflexo carotídeo. Melhor lugar para
palpar: tubérculo de C6 (tubérculo de Chassaignac)
- Osso hióide (C3): acima da cart tiróide
- Cart tiroideana (polmo de adão, C4),
- 1o anel cricoide (C6)
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- tubérculo carotídeo, (ant ao proc transv C6, onde palpa-se pulso carotideo), fica lateralmente
ao 1o anel cricóide. (=tubérculo de Chassaignac)

PALPAÇÃO POSTERIOR
- Trígono posterior: trapézio, ligamento nucal, nervos e cadeia linfática
- Trapézio (origem triângular do occipício, do ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a
T12)
- Protuberância occiptal, onde também palpa os nervos occiptal maiores
- Ligamento nucal superior: prot occiptal ate proc espinhoso C7.
- Repetir ADM, passivamente.
- Occipício
- Processo mastóide
- Processos espinhosos de C2 e C7

TESTES ESPECIAIS

1) COMPRESSAO AXIAL: não deve ser realizado se houver suspeita ou presença de déficit
motor. Força leve e gradual. Para compressão radicular.

2) DISTRAÇÃO: quando abre os forames intervertebrais, melhora a dor de compressões


medulares a este nível. Melhora a dor causada pela compressão. Paciente deve estar sentado.

3) SPURLING: flexão lateral com compressão cervical (diminui espaço do


forame, comprime ainda mais nervos) no topo da cabeça. Positivo quando há
reprodução da radiculopatia. Dor inespecífica pode ser ocipicio, escapula e
ombros. Dor radicular irradia-se geralmente abaixo do cotovelo, num
dermátomo especifico. No jovem, geralmente por hérnia discal. No idoso
degeneração do disco e hipertrofia facetária.

4) LHERMITTE: paciente sentado, realizar flexão máxima coluna


cervical e torácica. Positivo se parestesia ou dor distal em vários
membros ou no tronco. Indicador de compressão medular por estenose
vertebral, ou irritação meníngea e esclerose múltipla. Sensibilizado
com a flexão dos quadris. Se não houver estenose cervical, ocorrerá
apenas sensação de repuxo.
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5) VALSALVA: prender respiração e fazer força. Aumenta pressão intra-tecal que podem
comprimir o canal.

6) DEGLUTIÇÃO: doenças na região anterior da coluna cervical. Dor e dificuldade de deglutição


podem ser devido a doenças na coluna cervical (hematomas, osteófitos, infecções, tumores ...)

7) TESTE DA ARTÉRIA VERTEBRAL: testa patência das aa vertebrais, que atravessam forames
vertebrais. Posição supina, 30 seg em varias posições: extensão cervical, rotação (esq e dir), rotação
bilateral com pescoço em extensão. Rot dir: afeta a vertebral da esq. Os sintomas de estenose são:
tonturas, nistagmo e sensação de cabeça vazia.

8) ADDISON: permeabilidade da artéria subclávia, comprimida pela costela cervical ou contratura


dos escalenos (ant e médio). Pulso radial some, abdução (30o ) e rotação externa ms, com o paciente
prendendo respiração e olhando par o mesmo lado. Ocorrerá diminuição ou ausência do pulso
radial.

9) MANOBRA DE WRIGHT – abduz ombro e flete cotovelo 90o (variação do teste de Addison)

10) TESTE DE ROOS – abduz ombro 90o, flete cotovelo 90o e abre e fecha mão 15x.O paciente
fala se sente sensação diferente. Se insensibilidade, cãibra ou fraqueza ou não conseguir terminar é
positivo.

11) TESTE DE HALSTED – só flexiona cotovelo 90o e pede para paciente virar cabeça para lado
oposto e estenda o pescoço, com examinador tracionando braço para baixo. Positivo vai parar o
pulso, ou audição de ruído.
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12) TESTE DE HIPERABDUÇÃO – por trás, os dois braços, palpando os pulsos. (radial?)

EXAME NEUROLOGICO

NIVEL MOTOR (KEY) REFLEXO SENSIBILIDADE


C4 Face lat ombro
C5 Bíceps Bíceps Face lat braço
Deltóide
C6 Extensão punho Braquioestilorradial 1º Quirodactilo
C7 Extensão cotovelo Tríceps 3o quirodáctilo
Flexão punho
Extensão dedos
C8 Flexor profundo 3o - 5o quirodáctilo
dedo
Interósseos
T1 Adutor do 5o - Face Medial
cotovelo
T2 Medial braço
T4 Linha mamilar
T10 Flexão tronco Cutâneo abdominal Umbigo
(sinal de Beevor)

COLUNA TORÁCICA
FAZER TUDO EM PE, SENTADO E DEITADO (3 DECUBITOS)

INSPEÇÃOO ESTATICA
POST
• Assimetria escapular (escápula alta congênita ou
Sprengel)
• Linha média vertebral tem que ser retilínea ocipício- linha
interglutea
• Triângulo do talhe.
LAT
• Lordose cervical e lombar tem que ser compensada pela
cifose torácica (normal de 21o a 33o )
• Cifoses de raio longo:
-Cifose do adolescente: scheuerman ou dorso curvo
-Cifose senil: por osteoporese
-Cifose por PEA
• Cifoses de raio curto:
-Mal de Pott
-neurofibromatose

ANT
• Mm peitorais
• Defeitos parede (pectus carinatus e escavatum)
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NÍVEL REFERÊNCIA DERMÁTOMOS

T3 Insicura esternal
Espinha da escápula
T7 ou T8 Ângulo inferior da Apófise xifóide
escápula
T4 Mamilos

T10 Umbigo
T12 Virilha

INSPECCAO DINÂMICA
• Pesquisa da costela proeminente = reflexo do componente rotacional da escoliose:
rotação posterior das vértebras do lado da escoliose, consequência: costelas deste lado
ficam mais proeminentes
• Cifose torácica: 25o. (se maior = posição com ombros caídos; etiologias: doença de
Scheuermann, PEA, alt vertebrais congênitas, fx previa por compressão. Se diminuído =
dorso curvo, que pode ser causado por PO correção escoliose)
• Se necessário, compensar obliqüidade pélvica com compensações abaixo dos pés.

MANOBRAS ESPECIAIS
POSTERIOR
• Fio de prumo (C7 a interglúteo) diferença compensada ou descompensada
• Grau de nivelamento pélvico (régua nas cristas ilíacas)
• Flex, ext e incl lateral, tudo mede 45o.
• Manobra da fita métrica: entre C7 e T12 (diferença entre normal
e flexão é de 2,5cm)
• Teste de Adams: Inclinação anterior: mais sensível para
detecção de escoliose. Costelas e apófises transversas
empurradas para convexidade formando giba.
• Giba pode ser medida por goniômetro e régua.

• Teste mm serrátil anterior = empurra parede, positivo quando


escápula afasta-se do gradeado costal. N. torácico longo.

LATERAL
• Flexão quadril,tenta tocar solo, com joelho extensão. Se cifose presente,acentua. Músculos
isquiotibiais encurtados impedem finalização.
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PALPACAO
SENTADA
• Escápula vai da 2a a 8a costela
• T9 e T11 local de muitas inserções musculares, e fonte de dor, pode piorar com palpação
• Mm robóides: origem C7 a T5, se inserem na margem medial escápula. Palpados com mmss
em rotação interna máxima e adução.

MANOBRAS – SENTADO
POST
• Percussão loja renal: GIORDANO
• Amplitude de 3cm entre inspiração e expiração profunda (fita
métrica)

POSICAO DEITADA
VENTRAL
• Testar flexibilidade da curva
• Hiperextensão coluna (paciente eleva mmss e tronco e examinador segura mmii) normal e
retificar cifose.

DORSAL
• Palpação arcabouço costo esternal
• Sd de Tietze: inflamações condrocostais (dor na palpação das artic costais).

COLUNA LOMBAR
• INSPEÇÃO ESTÁTICA
o Abaulamento/retrações
o Anormalidades pele, TCSC
▪ Lipoma lombar, tufo piloso ou mancha em vinho do porto: espinha bífida ou
mielomeningocele.
▪ Mancha café com leite ou tumefações cutâneas: neurofibromatose
* Hiperlordose: deficiência postural flexível, também chamada dorso escavado, geralmente
associado com contratura em flexão dos quadris.
* Hipolordose: frequentemente temporária e reversível, se origina de dor e espasmo muscular.
Espondilólise e PEA pode levar a diminuição mais rígida da lordose lombar.
* Sd dorso-plano-lombar: coluna lombar rígida com perda completa da lordose normal. Causas: fx
por compressão, degeneração dos discos intervertebrais, PO correção escoliose.

MUSCULOS PARAVERTEBRAIS
• Bilateralmente aos processos espinhosos
• Pilar mais superficial = ERETOR DA COLUNA, ou sacro-espinhal. Dividem-se três grupos,
longitudinalmente. De medial para lateral: mm multífido, dorsal longo e iliodorsal.

ADM LOMBAR
Flexão: 40-60o, com plano vertical. Outra: ponta dos dedos fica a 10cm do chão.
Isolar quadril: quando tenta tocar o chão a lordose inverte.
Teste de Shober modificado
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EXTENSÃO: tronco e vertical. Nl=20o – 35o .(30o )
LATERAL: estabiliza pelve e paciente faz lateralização. O movimento é associado com rotação.
Nl=15o
ROTAÇÃO: estabilizar pelve. Nl=3o –18o. Mede plano dos ombros e plano coronal da pelve.
(10o)
PALPAÇÃO
• Linha entre cristas ilíacas passa pela transição L4-L5, e a
partir daí identifica os outros processos.
• Pode-se palpar degrau no caso de espondilolistese. Para
isso, tem que ter pelo menos 50% de escorregamento.
• Facetas articulares posteriores: profundamente aos mm
paravertebrais e lateralmente aos processos espinhosos.
• Articulação sacro-ilíaca
• Musculatura abdominal - assimetria ou fraqueza. Porção
superior recebe inervação de T7 a T10 e a inferior de T11
a L1;
• Mm paravertebrais (não distinguíveis na palpação)

GRUPOS MUSCULARES
FLEXÃO: reto abdominal
EXTENSÃO: eretor da coluna

EXAME NEURÓLGICO

Dermátom Teste sensitivo Teste motor Reflexo


o
L1 Face anterior proximal coxa Iliopsoas -
Próximo ao lig inguinal
L2 Face ant medial terço médio Iliopsoas -
coxa
L3 Proximal ou medial a patela Quadríceps Tendinoso patelar (secund)
L4 Face medial perna e tornozelo Tibial anterior Tendinoso patelar
L5 Lateral e ant-lat perna e dorso pe ELH Tibial posterior e
ECD Semitendinoso
Glúteo médio
S1 Posterior panturrilha, Tríceps Aquileo
Planta pé Fibulares
Face lateral dedos Glúteo
Máximo
S2 Posterior coxa Toque retal
Proximal panturrilha
S3,S4,S5 Sensibilidade perianal Toque retal
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Raízes:
Caminhar na pontas dos pés S1-S2; Caminhar nos calcanhares L4-L5;

- Reflexo adutor: coxa em rotação externa e joelhos fletidos. Percussão tendão dos adutores,
contração. Nervo obturador L3;
- Reflexo isquiotibial: percussão tendão medial e lateral. Raiz de S1;
- Reflexo cutâneo abdominal: A ausência bilateral do reflexo indica lesão do neurônio motor
superior e a ausência unilateral , lesão do motor inferior de T7 a L2;
- Reflexo cremastérico: Neurônio Motor Superior; T12 eferente; L1 aferente; Elevação unilateral
saco escrotal = reflexo normal.

- Sinais de Mielopatia: Hiperreflexia, clônus, Babinski e Oppenheim.

obs: Lesão neurônio motor inferior: Perda e fraqueza muscular/ reflexos locais.
Lesão neurônio motor superior: Trato corticoespinhal: enrijecimento súbito perna,
tropeção pequenas ondulações, dificuldade andar terreno irregular, clônus. Lesão piramidal:
exacerbação reflexos abaixo lesão, ausência reflexos abdominal superficial, cremastérico e plantar;
alteração tônus e fraqueza muscular

MANOBRAS ESPECIAIS

1) LASEGUE: elevação o membro em extensão, e ver quando o paciente tem dor (grau de flexão
do quadril). Faz dorsiflexão passiva do pé. A tensão do nervo ciático ocorre entre 35o e 70o de
flexão do quadril. A partir de 70o há estresse na coluna lombar. Em pessoas com hipermobilidade
sintomas podem aparecer apenas aos 110-120°. Fazer bilateral – se ao elevar a perna não
sintomática surgir sintoma no membro acometido indicativo de grande hérnia ou fragmento
livres de disco em geral medial a raiz.

2)SINAL DA CORDA DE ARCO (BOWSTRING): Mantendo a


posição do quadril que provocou sintomas no Lasegue e flexoa o
joelho a 20° e faz pressão sobre o nervo tibial na fossa poplítea
provocando os sintomas.
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3) TESTE DA POSTURA ENCURVADA: variante do lasegue na posição sentada:
1.paciente senta na borda da mesa, curva-se p/ frente, fletindo coluna torácica e lombar continuando
a olhar para frente.
2.flexionar totalmente coluna cervical.
3.extender joelhos , com elevação do mi extendido.
4.dorsoflexão do pé; em cada etapa fala o que sente e se altera a dor.

4) TESTE DE ESTIRAMENTO DO NERVO FEMORAL- TESTE DE NACHLAS


Objetivo: avaliar compressão L2,3,4. Decúbito ventral com joelho 90o, faz extensão passiva o
quadril. Se nl, so sente tensão. Se compressão radicular vai ter dor radicular irradiada para face
anterior da coxa.

5) TESTE DE HIPEREXTENSAO COM A PERNA A FRENTE


E o mais especifico para espondilólise. Em pé, faz hiperext da lombar com uma perna a frente. Vê
ate quanto consegue extender. Faz com os dois lados, e vê em qual lado tem mais dor. A que esta
atrás e que vai determinar o lado.

6) ELEVACAO MI: Elevação passiva mi com joelho extensão, nota-se grau de flexão quadril que
aparece dor. Tensão n ciático ocorre entre 35 e 50o. a partir de 70o o stress localiza-se na coluna
lombar. Os mm isquiotibiais podem ser origem dos sintomas. Para diferenciar, o mi e abaixado ate
desaparecer a dor, ai faz dorsoflexao passiva do tornozelo, o que fará a dor voltar a aparecer se for
do nervo. Outra maneira: flexão ativa coluna cervical vai fazer voltar a dor.

7) BRUDZINSKI: Dec dorsal, flexão ativa coluna cervical. Positivo: dor e paciente faz flexão do
quadril e joelho para melhorar. Faloppa chama esse teste de Kerning e fala que a felxão cervical é
passiva.

8) KERNING: Posição supina, joelhos e quadris a 90°, extende o


joelho e é + se houver dor a extensão e melhora a flexão do joelho.

9) TESTE DE NAFFZIGER: Veias jugulares são comprimidas


simultâneo por 10 seg; a face fica ruborizada; pede para tossir; do
lombar representa aumento da pressão itnratecal. É em decúbito dorsal.
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10) TESTE DE SIMULACAO (HOOVER): Eleva
mmii, posição supina sustentando calcanhar
inicialmente pelo examinador. Este pede para
elevar um dos lados. Normal e fazer forca para
baixo em um membro para levantar o outro. Se
paciente não fizer nada e pq não esta colaborando.

11) TESTE DE BURN: Ajoelhado em cadeira, pede para pegar objeto


no solo. Mesmo com patologia da coluna e possível por flexão do
quadril.

12) Teste de schober modificado: ponto 10 cm acima e 5cm


abaixo da junção lombossacral. Paciente faz flexão máxima e
mede de novo. Comprimento tem que aumentar pelo menos
6cm. Se menor: sugestivo de PEA.

13) TESTE DE MILGRAM: Elaborado para determinar compressão


dural. Posição supina, paciente deve erguer ativamente os membros
inferiores a cerca de 5 cm da maca, forçando o iliopsoas e a musculatura
anterior do abdome e aumentando a pressão intratecal. Positivo se dor e
não conseguir manter a posição.

14) Movimentos inclinação lateral: Inclinação lateral pode levar a dor


radicular que depende da posição do fragmento em relação à raiz nervosa. Quando à protusão do
disco for lateral à raiz nervosa, os sintomas são exacerbados com a inclinação para o mesmo lado
dos sintomas, ocorrendo alívio da dor quando à protusão está localizada medialmente à raiz.
MESMO LADO = LATERAL.
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15) TESTE DE GAENLSEN: Posição supina, flete joelhos e quadris até
tronco. Apoiar uma nádega na mesa, o lado não apoiado será estendido
e solto até o solo e aparecerá dor na sacro-ilíaca - teste positivo para
aquele lado.

SINAIS FÍSICOS NÃO ORGÂNICOS: Waddell - 3 ou mais destes


sinais merecem avaliação psicossocial adicional.
1 - Sensibilidade não orgânica;Sensibilidade superficial na região lombar
aumentada ao toque leve, localizada ou ampla, ou sensibilidade profunda disseminada em
localização não correspondente com o padrão anatômico.
2 - Teste de simulação positivo (dor lombar a compressão axial ou rotação do ombro).
3 - Teste de distração - testes especiais com paciente distraído. Teste de elevação do MI com o
paciente sentado como se estivesse examinando o joelho.
4 - Distúrbios regionais – Anormalidades motoras ou sensitivas em múltiplas regiões sem base
anatômica;
5 - Hiperreação ao exame - Maior valor estatístico. Verbalização desproporcional, expressão facial
inadequada, tremores, desmaios, sudorese

AVALIAÇÃO MOTORA:
Graduação (ASIA):0 – ausência contração;
1 – contração visível ou palpável;
2 – contração muscular com movimento, não vence gravidade;
3 – contração muscular vence gravidade;
4 – contração vence alguma resistência;
5 – normal

Músculos:
– C5 – flexão cotovelo (bíceps e braquial)
– C6 – extensão do punho (extensor radial longo e curto)
– C7 – extensão do cotovelo (tríceps)
– C8 – flexão dos dedos ( flexor profundo dedos)
– T1 – abdução dedo mínimo (abdutor 5° dedo)
– L2 – flexão coxa (iliopsoas)
– L3 – extensão joelho (quadríceps)
– L4 – dorsiflexão pé (tibial anterior)
– L5 – extensão hálux (extensor longo hálux, )
– S1 – flexão plantar pé (gastrocnêmio e sóleo)
• Músculos (Faloppa):

– Iliopsoas – flexão do quadril - T12 – L3

– Quadríceps – extensão do joelho – n femoral - L2, L3 e L4


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– Adutores – adução do quadril – n obturatório - L2, L3 e L4

– Gluteo médio – abdução e rotação interna do quadril – n glúteo superior – L5

– Tibial anterior – dorsoflexão do pé – n fibular profundo – L4

– Extensor longo do halux – extensão do halux – n fibular profundo – L5

– Extensor dos dedos – extensão dos dedos – n fibular profundo – L5

– Fibulares longo e curto – flexão plantar e eversão – n fibular superficial – S1

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- Classificação de Frankel:
A. Motricidade ausente – sensibilidade ausente
B. Motricidade ausente – sensibilidade presente
C. Motricidade não útil presente – sensibilidade presente
D. Motricidade útil presente – sensibilidade presente
E. Motricidade normal – sensibilidade normal

Manobras deficitárias:
Avaliação déficit discreto. MMSS: posição ereta braços paralelos ao solo por 2 min → se
déficit haverá queda de um dos segmentos.
MMII: manobra de Mingazzini – posição supina, flexão ativa coxa sobre tronco e flexão
joelho 90°. Déficit haverá queda lenta de um segmento.

COLUNA NA MARCHA:

MARCHA COM PES ARRASTADOS OU COM BATIDA DOS PES.


Na lesão posterior da medula, com perda da propriocepção abaixo da lesão. Não tem consciência da
posição do pe no espaço na fase de balanço, logo, incapaz de prever o momento do choque do
calcâneo. Isso pode fazer com que tenha MARCHA COM OS PES ARRASTADOS (também pode
ocorrer no Parkinson) ou MARCHA COM BATIDA DOS PES.

MARCHA DE BASE LARGA OU VACILANTE.


Na estenose da coluna cervical, e complicada por compressao da medula espinhal, causado por
programacao incorreta na sequencia dos movimentos, base de apoio e alargada para menter
equilibrio. Marcha torna-se espasmódica, devido alteração da programação central. Patogenia não
esclarecida. Dificuldadde de andar em solo irregular e tem queixas de perda do equilíbrio.

Associação dos movimentos:


A piora da dor durante o movimento de flexão e extensão da coluna lombar ocorre em
fraturas, distensão muscular, tumores e processos infecciosos;
A piora da dor na flexão é observada nos pacientes com hérnia de disco;
A piora da dor durante a extensão da coluna lombar está presente na espondilolistese e
artrose facetária;
19
Nas doenças relacionadas a problemas orgânicos ou viscerais, a dor é indiferente à
realização dos movimentos (aneurisma de aorta, cálculo renal, pancreatite, etc.).
Especial atenção deve ser dirigida ao paciente que refere que “tudo piora a sua dor”;
O aparecimento da dor noturna espontânea, que não melhora e se torna constante, deve ser
investigada para a procura de problemas orgânicos como tumores, infecção e doenças abdominais
ou pélvicas; Quando essas doenças são excluídas, é muito provável que os problemas
psicossomáticos sejam sua causa principal;
O aparecimento de sintomas de claudicação intermitente que se manifestam durante a
deambulação, mas que não aparecem ao pedalar uma bicicleta, corresponde ao teste Van Gelderen
realizado na bicicleta para diferenciar a claudicação neurogênica da vascular;
A posição prona estende a coluna lombar e aumenta a tensão nos seus elementos
posteriores, do mesmo modo que a rotação, enquanto a posição supina tende a aplanar a lordose;
A radiculopatia (diminuição da sensibilidade, parestesia e diminuição da força muscular do
dermátomo correspondente) pode aparecer isolada ou com sinais de fraqueza nos MMII e MMSS,
acompanhados de distúrbio da marcha ou disfunção vesical, que são sugestivos de mielopatia;
Causa principal de mielopatia em pacientes com mais de 60 anos é a espondiloartrose
cervical;
O aparecimento de distúrbios da função vesical e intestinal exige avaliação imediata para
excluir o diagnóstico de síndrome da cauda eqüina (por tumor, hérnia, …). Alívio súbito da dor
lombar (causada pela distensão do ligamento longitudinal posterior), pode acontecer no início dos
sintomas paréticos dessa síndrome;

Dor:
As artrites inflamatórias - acometem o esqueleto axial, e as queixas de dor são
acompanhadas de rigidez matinal; Nas espondiloartropatias, a dor e a rigidez são mais intensas pela
manhã e melhoram durante o dia e com a atividade;
A dor de início agudo está relacionada a distensão, fraturas, infecções, tumores e doenças
orgânicas. A dor da hérnia de disco também pode ser aguda, mas é freqüente o relato de episódios
álgicos anteriores;
Na espondiloartrose, estenose do canal e espondilolistese , a dor é de início insidioso;
A dor noturna é característica de infecção ou tumor;
A dor de fratura, como nos demais segmentos corporais, melhora com o repouso e piora aos
movimentos;
A escoliose não provoca dor e, especialmente nas crianças, a presença desse sintoma
associado à escoliose deve motivar a pesquisa de lesões tumorais ou infecção;
A doença de Scheuermann é menos freqüente na região lombar, porém a queixa de dor é
mais freqüente nessa localização, tendo sido observada em 78% dos portadores de cifose na região
toracolombar. A dor é localizada geralmente sobre a área da cifose, geralmente intermitente e
profunda, não sendo incapacitante.
20

EXAME FÍSICO TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR


1) MOTRICIDADE
• A avaliação da motricidade é realizada por meio de manobras de oposição, nas quais são
examinados determinados grupos musculares em que o examinador fará resistência aos
movimentos solicitados ao examinando;
• A força muscular é classificada de 0 a 5, de acordo com os seguintes critérios:
0: Ausência de contração;
1: Contração visível palpável;
2: Contração muscular com movimento, porém sem vencer a ação da gravidade;
3: Contração muscular com movimento vencendo a ação da gravidade;
4: Contração muscular vencendo alguma resistência;
5: Normal;
• Os músculos a serem examinados foram escolhidos porque são inervados preferencialmente por
determinados dermátomos e de fácil avaliação:
C5: Flexão do cotovelo (bíceps e braquial);
C6: Extensão do punho (extensor radial longo e curto do carpo);
C7: Extensão do cotovelo (tríceps);
C8: Flexão dos dedos (flexor profundo dos dedos);
T1: Abdução do dedo mínimo (abdutor do dedo mínimo);
L2: Flexão da coxa (íliopsoas);
L3: Extensão do joelho (quadríceps);
L4: Dorsoflexão do pé (tibial anterior);
L5: Extensão do hálux (extensor longo do hálux);
S1: Flexão plantar do pé (gastrocnêmio, sóleo);
• Manobras deficitárias:
- Para avaliar os membros superiores utiliza-se a manobra dos braços estendidos, em que o paciente,
na posição ereta ou sentada, deverá estender os membros superiores, deixando-os paralelos ao solo,
permanecendo assim por 2 minutos. Caso apresente déficit motor, este se manifestará por queda de
um dos segmentos;
- Para avaliar os membros inferiores utiliza-se a manobra de Mingazzini, colocando o paciente em
posição supina e pedindo que flexione a coxa sobre o tronco e flexione o joelho, ficando cada
segmento do membro inferior em 90° em relação ao outro. Caso apresente déficit motor, este se
manifestará por queda lenta de um dos segmentos;
• A pesquisa dos reflexos bulbocavernoso e anal é importante para analisar se o paciente ainda se
encontra ou não na fase do choque medular, que em cerca de 99% dos casos se encerra nas
primeiras 24 a 48 hs após o traumatismo raquimedular;
- O reflexo anal é pesquisado estimulando a região perianal com agulha, sendo observada contração
reflexa do esfíncter anal;
- O reflexo bulbocavernoso é pesquisado pressionando a glande do paciente, sendo observada
contração reflexa do esfíncter anal. Outro modo prático de pesquisá-lo, especialmente em pacientes
do sexo feminino, é efetuar uma leve tração da sonda vesical, sendo observada contração reflexa do
esfíncter anal;
- A presença desses reflexos caracteriza o fim da fase de choque medular;
• Classificação de Frankel:
- estabelecida após o final da fase de choque medular;
- Baseia-se na presença ou ausência de motricidade e sensibilidade abaixo do nível da lesão;
21
A: Motricidade ausente – sensibilidade ausente;
B: Motricidade ausente – sensibilidade presente;
C: Motricidade presente não útil – sensibilidade presente;
D: Motricidade presente útil – sensibilidade presente;
E: Motricidade normal – sensibilidade normal;

2) SENSIBILIDADE
• Devem ser avaliadas a sensibilidade superficial (dolorosa, térmica e táctil), a sensibilidade
profunda (artrestesia) e a sensibilidade vibratória;
• Sensibilidade superficial dolorosa: utilizando-se um instrumento pontiagudo, com leves
estímulos exercidos no sentido craniocaudal, e comparando um lado com o outro;
• Sensibilidade superficial térmica: é pesquisada utilizando-se recipiente de vidro com água fria e
outro com água quente;
• Sensibilidade superficial táctil: utilizando-se algodão, ou pincel, estimulando a superfície
corpórea do examinado;
• Sensibilidade profunda artrestésica: é pesquisado com o paciente de olhos fechados, o
examinador movimento um determinado dedo e, depois, o artelho do examinado, e este deverá
dizer a sua posição. Também pode ser pesquisada com o paciente com os olhos fechados,
solicitando-lhe que faça a manobra índex-nariz e depois calcanhar-joelho;
• Sensibilidade profunda vibratória: é pesquisada com o auxilio de um diapazão sobre as saliências
ósseas;

3) REFLEXOS
• O normal é formado por uma via aferente (sistema periférico), centro de associação (sistema
central) e uma via eferente (sistema periférico); para se obter um reflexo, é necessária a
integridade de todos os seus componentes;
• Durante a pesquisa dos reflexos osteotendíneos, eles poderão estar abolidos, presentes, vivos ou
exaltados;
• Principais reflexos osteotendíneos:
Bicipital (C5);
Estilorradial (C6);
Tricipital (C7);
Patelar (L4);
Aquileu (S1);
• Os reflexos cutâneos são avaliados com o uso de um estilete aplicado em determinadas áreas da
pele. Os reflexos cutaneoabdominais são pesquisados pela estimulação rápida da parede
abdominal no sentido látero-medial das regiões epigástrica (T6-T8), umbilical (T9-T11) e
hipogástrica (T11-T12). Os reflexos cremastéricos são examinados pela estimulação cutânea da
parte medial e superior das coxas, sendo o nível medular do arco em L1-L2. O reflexo
cutaneoplantar é pesquisado pela estimulação da margem interna do pé, cujo nível medular do
arco se faz em L5-S2, e a resposta esperada é a flexão dos artelhos; nos pacientes com
comprometimento do tracto corticospinal (piramidal), tem-se como resposta a extensão do hálux,
recebendo o nome de Sinal de Babinski;
22
4) PRINCIPAIS SÍNDROMES
• COMPRESSÃO MEDULAR
- Motricidade diminuída;
- Reflexos exaltados;
- Sensibilidade: nível sensitivo;
• LESÃO DE HEMIMEDULA (SÍNDROME DE BROW-SEQUARD)
- Motricidade diminuída de um lado;
- Reflexos exaltados do mesmo lado;
- Sensibilidade dolorosa comprometida do lado oposto;
• LESÃO CENTROMEDULAR
- Motricidade diminuída na região comprometida, normal nos demais segmentos;
- Reflexos exaltados abaixo da lesão, abolidos na região da lesão;
- Sensibilidade: hipoestesia ou anestesia dolorosa na região comprometida e normal nod demais
segmentos (anestesia suspensa);
• LESÃO DA ARTÉRIA ESPINAL ANTERIOR
- Motricidade diminuída;
- Reflexos exaltados;
- Sensibilidade dolorosa e térmica abolida, táctil preservada;
• CHOQUE MEDULAR
- Motricidade ausente;
- Reflexos ausentes;
- Sensibilidade ausente;
• LESÃO RADICULAR
- Motricidade pode estar comprometida (determinado grupo muscular);
- Reflexos: possível comprometimento de um único reflexo;
- Sensibilidade: pode haver alteração na área correspondente à inervação dessa raiz;
• LESÃO DO PLEXO
- Motricidade: comprometimento de mais de uma raiz (grupos musculares) que formam o plexo;
- Reflexos: comprometimento de mais de uma raiz que forma o plexo;
- Sensibilidade: comprometimento de mais de uma raiz que formam o plexo;
23

EXAME FISICO DO OMBRO


ASPECTOS IMPORTANTES DA ANAMNESE:
- Início: Insidioso: dçs inflamatórias e degenerativas; Repentino: trauma, tendinites aguda,
crônicas agudizadas (ex: tendinite calcárea).
- Tipo de dor: Surda: MR; Aguda, latejante ou “em agulhada”: tendinites agudas, capsulite
adesiva.
- Localização da dor: Localizada: distúrbios locais; Referida: patologias cervicais, cardiacas
ou abdominais podem dar sintomatologia apenas no ombro; Irradiada: a dor no ombro quase sempre
se irradia para face lateral do braço, ao nível da inserção do deltóide. Pode irradiar p/ cotovelo ou
cervical. Dor que irradia para mão quase sempre é cervical.
- Idade, sexo, movimentos, frequência e intensidade, medicamento, repouso, gelo,
trabalhista e doença psiquiátrica.

INSPEÇÃO ESTÁTICA:
- Paciente deve ser examinado desnudo da cintura para cima.
- 1 – vestígios de lesão traumática, edema, equimose, cicatrizes,
deformidades características – sinal da dragona, da tecla.
- 2 – Deformidades da coluna cervical com repercussão no formato,
posição, simetria (escoliose e cifose) e mobilidade da escápula (Sprengel).
- 3- Atrofias musculares – supra e infra-espinhal, deltóide e redondo
menor (lesão dos nervos supraescapular e axilar)
- 4 – escápula alada – lesão do músculo serrátil anterior devido a lesões
traumáticas ou inflamatórias do nervo torácico longo.
- 5 – miopatias – comprometimento de toda a cintura escapular (distrofia
fascioescapuloumeral).
- 6 – posição anormal do membro superior em relação à escápula, como na
Paralisia Obstétrica (rotação interna e adução do braço)
- 7- Deformidade do ventre muscular do bíceps- rotura do tendão da cabeça
longa ou lesão do nervo musculocutâneo.

PALPAÇÃO:
- Relevo osteoarticular, ventres musculares e tendões.
1) Articulação esternoclavicular (dor, edema e mobilidade)
2) Clavícula (deformidade palpável, dor, edema, sinais de trauma
recente)
3) Articulação acromioclavicular (dor, edema, crepitação, sinal da tecla)
4) Massa muscular (supra-espinhal, infra-espinhal e deltóidea) -> consistência elástica, sem
espessamentos endurecidos (fibrose)

INSPEÇÃO DINÂMICA

Plano coronal: Abdução T:0-90 F: 0-180°.


Plano da escápula: Elevação T/F:0-180º.
Direção à linha mediana: Adução (só T): 0-75º Em flexão de 30°.

Abdução (plano coronal – eixo biacromial 0 a 90º) - F: cotovelo estendido e


o braço em RL, eleva MS no plano coronal até acima da cabeça. Dor entre 60 - 120° → região
24
subacromial (“arco doloroso”), de 120 - 180° → articulação acromioclavicular. O movimento varia
de 0 a 180° .
Adução – oposta à abdução – em direção à linha mediana do corpo (braço fletido 30º) e
vai de 0 a 75º (Faloppa não avalia adução).
Elevação (plano da escápula - 45º anterior ao plano coronal – vai de 0 a 180º). F: O
examinador se posiciona atrás do paciente e solicita que o braço estendido seja elevado no mesmo
plano da escápula. Avalia o movimento de elevação do braço junto com o ritmo escapulotorácico,
que deve ser harmônico e simétrico (Relação 2:1). O examinador poderá fazê-lo passivamente, se
houver condições. O movimento varia de 0 a 180°.
Flexão – anterior no plano coronal 0-180º.
Extensão – posterior no plano coronal 0-60º.
Rotação interna – dorso da mão nas costas (varia a avaliação de chegar ao trocanter até T7
{ Faloppa T1})
Rotação externa - cotovelo fletido – 0 a até 75-90°.
Braço em abdução de 90°. Rotação interna - 90º de flexão, rodando o antebraço para
baixo (plano transversal) 0 a 90º; Rotação externa – mesma posição, roda antebraço pra cima
(plano transversal) 0 a 90° (F: 120º).
A partir da abdução em 90° (só Tarcísio): Flexão horizontal – para frente , cotovelo
extendido, 0 a 135°. Extensão horizontal – igual anterior, para trás, 0 a 40°.
Ritmo ESCAPULOTORÁCICO e ESCAPULOUMERAL: 2° úmero para cada 1° na
escápula – total 180°. EXAME COMPARATIVO, vista posterior, com o paciente elevando
ativamente o braço. FAZER MOVIMENTO ATIVO E PASSIVO (DIFERENCIAR DEFICIÊNCIA
POR FALTA DE FORÇA DOS BLOQUEIOS ANTALGICOS OU MECÂNICOS.
Lembra que o exame do ombro deve começar pela cervical.

PROVAS FUNCIONAIS- Avaliação, que é comparativa com o lado oposto, classificada em 3


graus – Consegue realizar sem dor; Consegue realizar com dor e ou dificuldade; Não consegue
realizar.
• mão nádega oposta
• mão costas
• mão ombro oposto
• mão nuca

Avaliação da força em 3 regiões do deltóide:


Soco – braço posicionado ao lado do corpo, cotovelo fletido em 90º, solicita a flexão do
braço, empurrando a mão do examinador, que lhe impõe resistência (testa o deltóide anterior).
Abrir o braço – abduzir o braço, empurrando com o cotovelo a mão do examinador, que lhe
impõe resistência (testa o deltóide lateral).
Cotovelada – pcte estende o braço, forçando a mão do examinador, contra a resistência
(testa o deltóide posterior).
25
TENDAO CONJUNTO: BICEPS, CORACO BRAQUIAL E REDONDO MENOR

A) IMPACTO (com estes 3 juntos, se faz de 90% casos de impacto

1. NEER: (tubérculo maior na região antero-inferior do acrômio) cotovelo em


extensão. Membro superior em extensão e rotação neutra. Elevação passiva no
plano da escápula pelo examinador com uma mão, que estabiliza a escápula
com a outra mão. Dor pela irritação da bolsa serosa e do tendão supra-
espinhal, no choque do tubérculo maior do úmero contra o acrômio
a. ARCO DOLOROSO DE NEER

2. HAWKINS-KENEDY: (tubérculo maior no lig coraco-acromial e a


tubérculo menor no coracoide – começa de neutro e faz ri). MS em 90º de
elevação, em rotação neutra e com o cotovelo fletido em 90º. Examinador:
RI passivamente o cotovelo. Tubérculo maior – ligamento coracoacromial.
Tubérculo menor -> aproxima-se da ponta do proc coracoide (impacto
Ântero-interno de Gerber). Só tem no Tarcísio.

3. YOKUM (ativo, tubérculo maior na art acromio-clav). Pcte coloca a mão


no ombro oposto. Pcte tenta fletir o braço elevando ativamente o
cotovelo, sem elevar a escápula. Pode ocorrer dor na articulação
acrômioclavicular, na presença de osteófitos.

B)TESTES MUSCULARES (11)


• o supra so e avaliado na elevação, o infra só na rotação externa
• 2 para supra
• 4 para infra (2 destes testam também redondo menor)
• 2 para subescapular
• 2 para biceps
• 2 para acromio-clavicular (1 comum com biceps)

TESTES MUSCULARES
JOBE: Teste do supra-espinhal – elevação ativa do MS (plano da
escápula) em extensão e rotação neutra, contra resistência (Tarcisio). MS
em rotação interna, sensibilizando a tensão exercida no tendão do supra-
espinhal- Faloppa.

SPEED-PALM UP TEST: T: flexão ativa do MS em extensão e rotação


externa, contra resistência. F: elevar o braço em supinação e no plano da
escápula, com o cotovelo estendido, contra resistência . Dor no sulco
intertubercular do úmero → alteração cabeça longa do bíceps.

SINAL YERGASON: Cotovelo F 90° + antebraço pronado -> realizar


supinação contra resistência. Tendinite cabeça longa do bíceps irá causar dor.
26
INFRAESPINHAL: MS ao lado do tórax e o cotovelo em 90º de flexão. Pcte
deve fezer ativamente a rotação externa do braço contra a resistência oposta pelo
examinador. -> tendinites, rupturas. F: Tb testa redondo menor.

PATTE: Semelhante ao do infra-espinhal. MS em abdução de 90º com o


cotovelo em 90º de flexão e o paciente força a rotação externa contra a
resistência do examinador.

TESTE DA CANCELA: MS na mesma


posição do teste do infra-espinhal, braço é
rodado passivamente pelo examinador, em
sentido lateral, posição q deve ser mantida
pelo pcte (força do infra-espinhal e do
redondo menor). Não sustentação (braço
rode em sentido medial) – lesão grave do
infraespinhal.

DROP ARM SIGN (QUEDA DO BRAÇO): MS na posição do teste do infra-espinhal de Patte, é


feita rotação externa passiva do braço, que deve ser mantida ativamente pelo infra-espinhal e
redondo menor. Não sustentação – braço cai para baixo e para frente, lesão grave do infra-espinhal.
Só tem no T.

GERBER ou Lift off test (Tarcísio): Pcte de pé, coloca dorso da


mão em L5, procura afastar ativamente das costas rodando interno o
braço. Positivo se incapacidade de afastar ou manter– lesão do
subescapular. Faloppa diferencia os dois testes. Mesma posição
inicial (dorso da mão na altura de L5). Gerber: paciente com o dorso
as mão tocando as costas, tenta afastar com ou sem resistência do
examinador. É importante diferenciar se o movimento está sendo
feito pelo músculo tríceps braquial, quando ocorre a extensão do
cotovelo. Esse movimento com o cotovelo invalida o teste. Lift-off
test: mão do paciente é colocada afastada do dorso. Se após o
examinador soltar o membro do paciente a mão for de encontro a suas
costas, o teste é +.

TESTE DO SUBESCAPULAR ABDOMINAL PRESS TEST


(NAPOLEÃO): T: Pcte força a mão contra o abdômen, com o examinador
mantendo o cotovelo alinhado com o plano coronal. Cotovelo desloca-se
posteriormente se o subescapular estiver lesado.
27
ACROMIOCLAVICULAR (Só tem no Faloppa): Teste de flexão em
adução forçada (Cross arm) O paciente deve elevar o braço até
aproximadamente 90° e aduzi-lo. Nesse momento, o examinador deve
forçar gentilmente a adução do braço. Pcte acusará dor na articulação
acromioclavicular.

TESTE DA COMPRESSÃO ATIVA DE O’BRIEN:


Primeiro tempo: MS, com o cotovelo extendido, ombro
com 90º de flexão, 10º-20º de adução e em rotação
interna e pronação máximas, polegar para o solo.
Examinador , POR TRÁS DO PACIENTE– força o MS
para baixo. Segundo tempo – mesma posição, pcte faz
rotação externa e supinação máxima. Teste + para lesão
do complexo bíceps-labioglenoidal (slap). Se DOR
MAIOR NO PRIMEIRO TEMPO ALIVIADA ou AUSENTE NO SEGUNDO, podendo gerar um
estalido na 1ª fase. Dor na articulação acromioclavicular ou ápice do ombro indica lesão associada
da articulação acromio-clavicular. A dor geralmente NÃO SE ALTERA nas 2 fases do teste.

TESTES DE ESTABILIDADE:

APREENSÃO: T: Examinador, atrás do pcte, faz abdução, rotação


externa e extensão passivas forçadas do braço do pcte, ao mesmo tempo
que pressiona com o polegar da outra mão a face posterior da cabeça do
úmero. Instabilidade anterior – sensação de luxação iminente provoca
temor e apreensão do pcte. F: # fala apenas que pode ser sentado ou em
pé.

FUKUDA- INSTABILIDADE POSTERIOR: T:


Examinador faz adução, flexão e rotação interna passivas do
braço do pcte, procurando deslocar posteriormente a cabeça
do úmero. F: Sentado ou em pé, apoiar a escápula com uma
das mãos e tentar subluxar a cabeça do úmero para
posterior.

GAVETAS: só tem no Tarcísio. Examinador , por trás do paciente em pé ou


sentado, fixa com uma das mãos, espalmada sobre o ombro, a escápula do pcte
e com a outra segura firmemente cabeça do úmero, que procura deslocar em
sentido antero-posterior. Até 25% de deslocamento, sem dor – hiper-
elasticidade articular.

TESTE DO SULCO: T: Teste do sulco – braço do pcte ao lado do corpo,


puxado pelo examinador em sentido caudal. Braço do pcte é forçado para baixo
pelo examinador. Aparecimento de um sulco de 1cm ou mais, entre o acrômio e
a cabeça do úmero indica frouxidão capsuloligamentar.
28
RECOLOCAÇÃO: T: Primeira fase: Pcte decúbito
dorsal, cotovelo fletido 90º, braço abduzido 90º e
colocado em rotação externa máxima, por uma das mãos
do examinador, que com a outra mão traciona o úmero
para cima, procurando subluxá-la, provocando DOR
( não é instabilidade ou apreensão!!!). Segunda fase:
realizar o movimento contrário, procurando reduzir. Dor
– melhora na segunda manobra nos portadores de instabilidade. Dor – piora na segunda manobra
nos portadores de síndrome do impacto. F: Só fala que a dor ou desconforto ocorrem na primeira
fase e melhoram na segunda, no portadores de instabilidade.

ANATOMIA - LEMBRANDO…
29

EXAME FÍSICO DO COTOVELO

INSPEÇÃO: Articulação subcutânea – alterações facilmente visíveis;


Dividir em regiões:
Porção lateral: avaliar Alterações volumétricas: artrite séptica
ou reumatóide. Atrofias musculares: lesões neurológicas.
Preenchimento do recesso infracondilar: derrame, proliferação
sinovial ou doença na cabeça do rádio.
Porção anterior: Ângulo de carregamento: Variável c/ etnia,
sexo e idade; Alteração mais comum devido seqüela de trauma nas
placas de crescimento. Cotovelo em extensão e antebraço supinado; nl
Masculino 10º e Feminino 13º. Aumento ângulo = cúbito valgo e
diminuição varo.
Porção posterior: Referência: proeminência do olécrano. Dicas
quanto a incongruências articulares, articulação de Charcot, perda de
massa óssea, etc. Aumento volume: edema bursa olecraneana, nódulos
reumatóides, tofos gotosos, etc
Porção medial: Avaliar proeminências: subluxação, luxação,
fraturas, etc. Avaliar túnel do n. ulnar.

PALPAÇÃO: Referências anatômicas- Epicôndilo medial, lateral e


olécrano (Formam triângulo equilátero. (Tarcísio)). Com o cotovelo em
90°, em uma visão posterior, essas estruturas formam um triângulo
isósceles de base proximal, e, em extensão, estão alinhadas formando
uma linha reta.
Porção lateral: Epicôndilo lateral, cabeça do rádio e complexo
ligamentar lateral (colateral radial e ligamento anular)
Anterior: fossa cubital- Limites- M. braquial e M. pronador
redondo. Estruturas de lateral para medial—- N. cutâneo lateral
antebraço; Tendão bíceps braquial → expande medialmente formando
o lacertus fibrosus, Art. braquial e N. mediano.
Posterior: Bursa olecraneana e Proeminências ósseas.
Medial: Sulco do n. ulnar: formado pelo epicôndilo medial e o
processo olecraneano. Grupo muscular (lateral→medial): Pronador
redondo; Flexor radial do carpo; Palmar longo e flexor ulnar do carpo.
Ligamento colateral medial:Principal estabilizador em valgo do cotovelo. Origem epicôndilo
medial e inserção fossa sigmóide. Palpar c/ cotovelo entre 30 e 60º.
30

AMPLITUDE DE MOVIMENTO:
Flexão (T 140º / F 146º),
Extensão (0º)
Pronação (75º)
Supinação (T 80º / F 85º)

ADM necessária p/ atividades da vida diária: 30° extensão, 130°


flexão E 50° prono-supinação.

FLEXÃO

Músculo Inervação
Braquial (1º) Musculocutâneo (C5-6)
Bíceps(1º) Musculocutâneo
Braquiorradial (2º) Radial (C7)
Pronador redondo (2º) Mediano (C6)
Flexor ulnar do carpo (2º) Ulnar (C8)

EXTENSÃO

Músculo Nervo
Tríceps (1º) Radial

Ancôneo (2º) Radial

PRONAÇÃO

Músculo Nervo

Pronador redondo (1º) Mediano


Pronador quadrado (1º) Mediano
Flexor radial do carpo (2º) Mediano
31
SUPINAÇÃO

Músculo Nervo
Supinador (1º) Radial
Bíceps (1º) Musculocutâneo

Braquior-radial Radial

Força muscular e neurológico:


- Extensão corresponde a 70% da Flexão.
- Supinação é 15% maior que a pronação.
- Força muscular: a partir de uma flexão do cotovelo em 90°, avaliar flexão, extensão,
supinação e pronação.
- Comparar com outro lado

TESTES ESPECÍFICOS:
INSTABILIDADE-
-Ligamento colateral medial:2 fascículos: anterior e posterior. Tensão aumenta de
anterior p/ posterior conforme flexão.
- Ligamento colateral lateral: Porção ULNAR e porção
radial. O mais importante p/ estabilização em varo. Pesquisa de
instabilidades: cotovelo em flexo de 15° (T) / 30º (F).

Instabilidade em varo: úmero em rotação interna completa. F:


rotação medial máxima, para que, ao forçar o varo, a rotação não simule
uma instabilidade .

Instabilidade em valgo: úmero em rotação externa completa. F: O


braço deve estar em rotação lateral máxima para que, ao forçar o valgo,
a rotação não simule uma instabilidade medial com o antebraço
supinado. Sugerimos realizar a manobra com o antebraço pronado
também, pois, nessa posição, há uma migração proximal do rádio e o
apoio de sua cabeça no capítulo umeral, o que previne um falso-positivo
na presença de lesão do ligamento colateral ulnar lateral, pelo risco da
subluxação póstero-lateral do cotovelo. Comparar a estabilidade com o
membro contralateral.

Instabilidade ântero-posterior: cotovelo em 90° e pistonagem ântero-posterior.


32
TESTE DO PIVÔ (T) Pivot-shift de O’Driscoll (F): Teste do
Pivô: Insuficiência do ligamento colateral lateral; Instabilidade
póstero-lateral. T: Antebraço em supinação total, examinador segura
o punho em posição de semiflexão e inicia lenta extensão, mantendo
a supinação e aplicando stress em valgo e carga de compressão.
Outra mão estabiliza o úmero distal. Teste + quando a cabeça do
rádio subluxa posteriormente.
F: paciente em DDH, com o úmero em rotação externa e elevação.
Aplica-se valgo partindo da EXTENSÃO ATÉ A FLEXÃO do
cotovelo, com compressão axial e supinação do antebraço). Com
aproximadamente 40°, ocorre um ressalto e uma proeminência
posterior, que corresponde à subluxação da cabeça radial, reduz
continuando a flexão. Difícil realizar no paciente acordado (O ideal
é anestesia geral ou bloqueio de plexo). Pode ser considerado
positivo na presença da apreensão do paciente com a manobra ou
dor.

TESTE DE COZEN: T: Cotovelo em 90° de flexão, antebraço em


pronação , pcte extende o punho contra resistência imposta pelo
examinador. Utilizado p/ epicondilite lateral. F: cotovelo a 90° de
flexão e antebraço em pronação, o paciente faz extensão ativa do
punho contra a resistência a partir de flexão máxima.

TESTE DE MILL: T: Cotovelo em extensão (?), mão fechada (?),


punho dorsifletido (?). Examinador força o punho em flexão e o
paciente é orientado a resistir o movimento. Utilizado p/ epicondilite
lateral. Na figura o cotovelo está em flexão, a mão está aberta e o
punho em flexão!!!
F: paciente se posiciona com a mão fechada (?), o punho em flexão e o
cotovelo em extensão; O examinador deve resistir ao movimento de
extensão de punho e dedos .
33
TESTE DE GARDNER: F - Gardner (ou teste da cadeira): paciente
com o antebraço em pronação, o punho em flexão palmar e o cotovelo
em extensão levanta cadeira. F - Extensão de punho e dedos contra
resistência.

Sizínio: Coffee cup test: dor no epicôndilo lateral ao elevar uma xícara
de café;

TESTE PARA EPICONDILITE MEDIAL: T: Cotovelo fletido (90º),


antebraço supinado e punho em extensão. Realiza-se extensão vagarosa
(passiva??) do cotovelo em busca de dor região medial OU FAZER pela
flexão do punho CR.

NEUROPATIAS ( SÓ NO FALOPPA)

NERVO ULNAR: Pesquisar Tinel no túnel cubital ou no trajeto do


nervo (testar desde a arcada de Struthers).
Flexão contra resistência em desvio ulnar do punho: tensiona a
arcada de Osbourne, entre as cabeças umeral e ulnar do músculo flexor
ulnar do carpo, por onde o nervo entra ao final do túnel cubital.
Flexão máxima do cotovelo com o punho em extensão:
tensiona a aponeurose posterior do tríceps e o ligamento epicôndilo-
olecraneano, comprimindo o túnel cubital. Tal posição causa também
alongamento no nervo ulnar de até 4,7 mm e o tensiona no assoalho da
fossa cubital, formado pela porção posterior do ligamento colateral medial.

NERVO MEDIANO:
Tinel também pode ser pesquisado em toda a ex tensão do
mediano.
Compressão pela aponeurose do músculo bíceps braquial
(ABB): é pesquisada pela flexão contra a resistência, em supinação,
o que tensiona a ABB e pode comprimir o nervo mediano nessa
região.
Compressão entre as cabeças do músculo pronador
redondo: faz-se a pronação contra a resistência como cotovelo em
extensão, estabilizando o úmero distal. Aplica-se uma força de resistência contra a pronação com a
outra mão, o que tensiona as duas cabeças do pronador redondo, comprimindo o nerv0 mediano
nessa localização.
Compressão na aponeurose dos músculos flexores superficiais dos dedos: a flexão da
interfalangeana proximal do dedo médio tensiona essa estrutura e comprime o nervo mediano.
34

NERVO INTERÓSSEO ANTERIOR:


Teste de Kiloh-Nevin (outras referências é Benediction): visa a
formar um círculo com o contato do polegar com o dedo indicador. Flexão da
interfalangeana do polegar (FLP) e da articulação interfalângica distal do
dedo indicador (FPD), inervados pelo interósseo anterior.
Pronador quadrado: Pronação do antebraço com o cotovelo fletido a
90°, o que elimina a ação da cabeça umeral do pronador redondo, causando
diminuição da força de pronação.

NERVO RADIAL:
Compressão do nervo interósseo posterior (síndrome do
interósseo posterior): ocorre na arcada de Frohse, (borda fibrosa do
músculo supinador do antebraço.) Pesquisa-se realizando uma
supinação contra a resistência do antebraço.
Dor à extensão do terceiro quirodáctilo com cotovelo em
extensão total e punho em posição neutra: é usada para
diferenciar compressão do interósseo posterior da epicondilite
lateral. Há presença de dor na compressão do nervo (só pelo
Faloppa, no Sizínio é usado para DX de epicondilite).
Sinal da queda dos dedos: pode ocorrer impossibilidade da extensão dos dedos,
dependendo do grau de acometimento da compressão nervosa.
Dor na região anterior do antebraço proximal à flexão total passiva do cotovelo com
antebraço em supinação e punho em posição neutra: sugere com pressão na aponeurose anterior do
rádio como ponto de compressão nervosa
35
EXAME FÍSICO DO PUNHO E DA MÃO

• Dedos indicador e médio representam uma coluna central e estável


• Dedos anular e mínimo são mediais e moveis
• Polegar e lateral e extremamente móvel
• Art trapézio-metacarpica permite flexão e extensão em dois planos.
• Anatomicamente a mão começa só na segunda fileira do carpo.

• RELAÇÃO DAS PREGAS COM ARTIC


o distal ou inferior: AMTCF flexão
o media: AMTCF também na flexão (esta a 2cm distal ao arco palmar superficial e a
1,5cm do profundo.
o proximal ou superior: art trapezio-metacarpica, na oponência

• Na região palmar da mão há muitas glândulas sudoríparas e não há


sebáceas ou pelos

• CANAL DE GYON: delimitado pelo: Teto: lig. Piso-hamato Limite


lateral: hamato Limite medial: pisiforme Conteúdo: nervo e artéria
ulnar.

• TÚNEL DO CARPO: túnel


osteofibroso revestido por sinovial.
Delimitado por 4 proeminências ósseas:
Proximal: pisiforme e tubérculo do
escafóide Distal: hámulo do hamato e
pelo tubérculo do trapézio. Teto:
ligamento transverso do carpo
(retináculo dos flexores). Assoalho:
ossos do carpo, cápsula e ligamentos
volares. Conteúdo: nervo mediano, tendões flexores superficiais e profundos dos dedos e
flexor longo do polegar.

• PANARICIO: proc inflamatorio do TCSC


• PARONÍQUIO OU EPONÍQUIO: infecção no vale da unha
• SINAIS DE KANAVEL (tenossinovite purulenta)
▪ posição em flexão
▪ dor a flexão passiva
▪ tumefação fusiforme
▪ bainha dos musculos flexores sensível

• POLIAS DAS BAINHAS DOS FLEXORES


▪ 5 arciformes
▪ 3 cruciformes
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• TENDAO FLEXOR SUPERFICIAL: se divide no terco medio da falange proximal e
volta a se unir no quiasma de campbell. Por esse orificio, passa o tendao do flexor
profundo dos dedos

A mão é inervada por 3 nervos:


- Nervo radial: inerva uma pequena área sobre a tabaqueira anatômica e a região
dorsal da extremidade proximal do polegar.
- Nervo Mediano: inerva o restante do dorso do polegar, dedos indicador e médio, e a região
volar e a metade radial do dedo anular.
- Nervo ulnar: inerva a metade ulnar da superfície volar do dedo anular, todo o dedo
mínimo, e a superfície dorsal do anular e o dedo mínimo.

• ZONAS FLEXORAS DA MÃO


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• ZONAS DOS TENDOES EXTENSORES
Túneis e bainhas sinoviais dos tendões: Os tendões extensores passam pelo punho sob o
retináculo dos extensores, dividos em 6 compartimentos.
38

• APARELHO EXTENSOR: os extensores extrinsecos recebem na regiao da AMTCF a


insercao dos musculos intrinsecos, e a partir dai se dividem em duas porcoes, uma central
(base da FM) e as laterais unem-se distalmente para se inserir na base da FD.
• ARTICULACOES: AMTCF: e condilar (flexoextensao). quando em ext permitem
movimentos de aducao e abducao. AI: tipo ginglimo, permitem apenas flexao e extensao.
• PLACA VOLAR: reforco volar. Os ligamentos colaterais funcionam como reforco lateral.

• TUMORES DA MAO: os mais frequentes tumores sao os de partes moles. Os primarios


mais frequentes sao os CISTOS SINOVIAIS. O tumor osseo mais frequente e o
ENCONDROMA
• A fixacao da pele e feita pelos ligamento de CLELAND e GRAYSON (estabiliza o feixe
vasculo nervoso em sua posicao anatomica). Ambos se originam da fascia palmar.
• ERCC e ERLC sao mais viziveis se fletir os dedos e extender o punho
• O ELP rompe-se com frequencia pelo atrito no tuberculo de Lister principalmente em
fraturas e na AR.
• tendao do EUC e medial a articulacao RUD e posterior a cabeca da ulna. E mais palpavel
com extensao e desvio ulnar do punho.
• FUC: anterior ao feixe vasculo-nervoso
• PALMAR LONGO: ausente em 5 a 15% da pop.
• A radial esta lateralmente a FRC

• NODULOS DE HEBERDEN (distal, OA), e DE BOUCHARD (proximal,


AR), sao proeminencias osseas irregulares

MOVIMENTAÇÃO PASSIVA DO PUNHO: Na extensão a mediocárpica


contribui com 66% do movimento. Na flexão a radiocárpica é responsável por 60%
do movimento.

Movimentação passiva

Polegar
39
INSPEÇÃO ESTÁTICA:
Mão normal: região palmar forma uma concha, cujos limites seriam as eminências tênar e
hipotênar. Essa forma é dada pela presença dos arcos transverso palmar proximal, transverso palmar
distal e longitudinal palmar. Tais arcos são mantidos pelos músculos intrínsecos da mão, de tal
forma que, na sua paralisia, a “concha” desaparece.
Observar deformidades rotacionais nos dedos.
Dorso mão = observar saliências formadas pelas cabeças dos metacarpos, sendo a do
terceiro dedo a mais saliente, trofismo dos interósseos.

TESTES ESPECIAIS

TESTE DE TINEL: Percussão suave de um trajeto


nervoso. Positivo se choque no trajeto distal.

TESTE DE PHALEN: “avalia síndrome do túnel do carpo. Flexão máxima dos


punhos por 1 minuto. Positivo se dormência no território do mediano
(principalmente 3o dedo)”. Phalem invertido: extensão máxima.

TESTE DE FINKENSTEIN: Segura-se a mão do paciente com o


antebraço em posição neutra e flexão da metacarpofalângica do
polegar. Realiza--se, então, o desvio ulnar do punho. Se positiva, o
paciente apresentará dor intensa ao nível da primeira polia dos
extensores.

TESTE DE ALLEN: Cotovelo fletido


em 90°. Palpamos as artérias ulnar e
radial ao nível do punho. Realizamos
compressão com o polegar e o
indicador, pedimos que o paciente abra
e feche a mão várias vezes, para
promover o esvaziamento venoso.
Então, soltamos uma das artérias que
estão sendo comprimidas e verificamos se há enchimento arterial da mão. Repetimos a manobra
para pesquisar a outra artéria.
40
TESTE DE ALLEN DIGITAL: usando-se o mesmo princípio, as duas
artérias digitais do mesmo dedo podem ser avaliadas.

TENDÕES FLEXORES E EXTENSORES:


41

Extensor próprio do 2 e 5 dedos. Fletir flexor comum e extender 2 e 5


completos.

MÚSCULOS INTRÍNSECOS:

INTERÓSSEOS DORSAIS - EGAWA (ULNAR)

LUMBRICAIS: Mediano 2 e 3 E Ulnar 4 e 5

Bunnell-Little ou Finochietto-Bunnell: Retração dos Lumbricais


42
TESTE DOS LIGAMENTOS RETINACULARES: Mede o
tônus dos ligamentos retinaculares. Mantém-se a IFP em extensão
e realiza-se a flexão da IFD. A resistência ao movimento é
proporcionado pelos ligamentos retinaculares oblíquos. Com a IFP
em flexão, os ligamentos retinaculares relaxam-se e permitem a
flexão da IFD com maior facilidade.

Síndromes compressivas:

- Mediano: Inervação de toda a massa flexora exceto FPD 4 e


5 e FUC. Na mão inerva musculatura tenar e 2 e 3 lumbrical. Lesao +
frequente: Mão em Benção, Atrofia tenar, atrofia das popas dos dedos
inervados por mediano, incapacidade de fzer oponencia.

- Lesão do N. interósseo anterior: Sinal do Benediction


(Incapacidade de fletir IFD do 2 dedo e IF do polegar).

- Ulnar: Inerva FUC e FPD 4 e 5, Na mão: interosseos palmares


e dorsais, lumbricais 4 e 5, abdutor do 5 e adutor do polegar. Lesão
Tipica: Garra ulnar, incapacidade de extender 4 e 5 dedos.

- Teste de Froment:
43
- Sinal de Jeanne: Hiperextensao da MT-F + flexao IF
(mediano) do polegar para compernsar a deficiencia do
adutor.

- Sinal de Duchenne (garra ulnar):

- Sinal de Wartenberg: Abertura do 5 dedo por lesao do adutor.

- Manobra de Bouvier: Corrigir passivamente a hiperextensao da


MTC-F, ocorre redução da flexao das IF.

- Sinal de Pitres-Testut: Não consegue fazer um cone com a mão devido a lesao do hipotenar e do
adutor tenar.

- Sinal dos dedos cruzados.

- Lesão N. Radial: Inerva extensores do punho e dos dedos e o abdutor


longo do polegar. Lesão tipica: Paralisia dos extensores dos dedos,
incapacidade de extender MTC-F. Se lesão acima do do cotovelo estará
lesado o extensor radial do carpo = mão caida tipica.
44
Teste de Watson: Pesquisa instabilidade do escafóide. Pressiona
tuberosidade anterior do escafóide com o polegar e movimenta o
punho de ulnar para radial: subluxação escafóide gera estalido
doloroso.. Lascidão pode dar falso positivo (comparação
contralateral).

Teste de Cisalhamento: “Pressão em direções opostas entre ossos


adjacentes. (Reagan ou Kleinman): estabiliza semilunar com uma mão
(indicador e polegar) e pressiona piramidal e pisiforme dorsalmente; positivo
se crepitação, dor ou frouxidão”.

Degeneração do Trapézio- MTC:


-Grind Test (teste do pilão).

Lesão Colateral Ulnar Polegar: Dor lado ulnar da articulação. Fixa-se


lateralmente o MTC e a FP com flexao e realiza o stress. Avaliar
contralateral.
45
• DEFORMIDADES ESPECIFICAS

o DEDO EM MARTELO: ocorre por lesão do tendão


extensor terminal em sua inserção na falange distal,
levando a incapacidade de extender a IFD.

o DEDO EM BOTOEIRA (lesão do extensor central).


ocorre por lesão do tendão extensor central em sua
inserção na base da falange média. A incapacidade de
extensão da IFP provoca a flexão dessa articulação. As
bandas laterias, por perderem seus elementos de
contensão deslocam-se ventralmente, como se fosse a
casa de um botão – o botão seria a articulação IFP.

o DEDO EM PESCOCO DE CISNE (na AR ou como


consequencia de um dedo em martelo) deformidade
em hiperextensão da IFP com flexão da IFD.
Associada a artrite reumatóide, por lesão dos
elementos contensores do aparelho extensor.

o DEDO EM GATILHO: Dedo em gatilho: quando a primeira


polia arciforme (A1) torna-se estreita para passagem dos tendões
flexores. Pela dificuldade do tendão em entrar no túnel
osteofibroso, forma-se um pseudonódulo no tendão.
46
EXAME FÍSICO QUADRIL

1- INSPEÇÃO:
• Observação do paciente caminhando, descalço e desnudo;
• Observam-se desvios posturais, contraturas, tipo de marcha, cicatrizes e hipotrofias;

2- PALPAÇÃO
2.1 – FACE ANTERIOR:
• ESPINHA ILÍACA ÂNTERO-SUPERIOR (EIAS):
- Estrutura subcutânea e ponto de referência usado na mensuração dos MMII;
- Forma a estrutura lateral do ligamento inguinal;
- O tubérculo púbico forma a parede medial do ligamento inguinal;
- À meia distancia entre as estruturas ósseas palpadas anteriormente (EIAS e tubérculo púbico),
por debaixo do ligamento inguinal, palpa-se a artéria femoral, que é escoltada medialmente pela
veia femoral e lateralmente pelo nervo femoral (NAV);
- Abaixo dessas estruturas encontra-se a articulação do quadril, recoberta pelo espesso ligamento
iliofemoral.
2.2 – FACE LATERAL:
• TROCANTER MAIOR:
- Local de inserção do glúteo médio;
- A ponta do trocanter maior está na mesma linha do tubérculo púbico e orientada lateralmente;

A ascensão superior do grande trocanter é encontrada em certas doenças da infância,


como a seqüela de Perthes e a coxa vara. Sua posteriorização pode ser observada em
doenças como a epifisiólise.

2.3 – FACE POSTERIOR:


• ESPINHA ILÍACA PÓSTERO-SUPERIOR (EIPS):
- Localiza-se logo abaixo da depressão cutânea, na região superior da nádega;
• ARTICULAÇÃO SACROILÍACA POSTERIOR:
- Seu ponto médio localiza-se em uma linha imaginária transversa, unindo as duas espinhas
ilíacas póstero-superiores;
• TUBEROSIDADE ISQUIÁTICA:
- Palpável no meio da nádega, ao nível da prega glútea, mais facilmente com o quadril em
flexão;
- À meia distância entre a tuberosidade e a borda superior do trocanter maior situa-se o nervo
ciático, ponto de referencia importante para acessos cirúrgicos posteriores do quadril;
• CRISTAS ILÍACAS:
- Com o examinador sentado atrás do paciente, que se encontra em pé, com apoio bipodal,
palpam-se as duas cristas ilíacas posteriores, na intenção de detectar uma inclinação pélvica,
tendo o cuidado de verificar se o paciente se apresenta com os calcanhares no solo e os joelhos
estendidos.

3- MOBILIDADE ARTICULAR:
• Movimentos do quadril: FLEXÃO, EXTENSÃO, ROTAÇÃO INTERNA, ROTAÇÃO
EXTERNA, ABDUÇÃO, ADUÇÃO E CIRCUNDAÇÃO.
• FLEXÃO (0/120°):
47
- Realizada com o paciente em decúbito dorsal, compara-se um quadril com o outro e mede-se o
valor em graus desde a extensão até ao ângulo mais próximo possível do tronco.
• EXTENSÃO (0/30°):
- Paciente em decúbito ventral, com o joelho do lado a ser examinado levemente fletido para
relaxar a musculatura anterior do quadril, repousa-se uma das mãos sobre a pelve do paciente, e
a outra, por debaixo da coxa a ser examinada, eleva-se a coxa, e o ângulo formado entre a coxa e
a mesa é medido.
• ROTAÇÃO INTERNA (0/40°):
- Deve ser executada com o quadril em extensão, e o paciente em decúbito dorsal ou ventral. O
examinador segura o tornozelo, rodando internamente o membro.
- Deve-se levar em conta a integridade ligamentar do joelho que poderia falsamente aumentar a
amplitude do grau de movimento;

O aumento fisiológico da rotação interna pode ser encontrado na anteversão do colo


femoral. A coxartrose limita progressivamente todos os movimentos do quadril,

• ROTAÇÃO EXTERNA (0/50°):


- Pode ser realizada em decúbito dorsal ou ventral, com o quadril em flexão ou extensão. O
examinador segura o tornozelo, rodando internamente o membro.
- O aumento fisiológico sugere retroversão;
• ABDUÇÃO (0/50°):
- Deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal;
- Estabiliza-se a pelve com uma das mãos e, com a outra, segura-se o tornozelo do membro a ser
examinado;
- O ângulo obtido pelo afastamento do membro em relação a linha média até que a pelve comece
a se mover é medido como grau de abdução;
• ADUÇÃO (0/30°):
- Com o paciente em decúbito dorsal e o membro inferior a ser examinado em extensão,
segurando o tornozelo inicia-se o movimento de adução cruzando a linha média do corpo por
sobre o membro oposto. O examinador sentirá a pelve mover-se quando alcançar o grau de
fechamento máximo;
- Existe ainda o teste de adução com flexão do quadril, sendo que a perda desse segmento de
movimento é o sinal mais precoce de um espasmo devido à sinovite ou a alguma alteração
mecânica. O teste de flexo-adução pode ser graduado e serve para a monitorização no
seguimento de doenças, principalmente as da infância, como a de Perthes, a sinovite transitória e
as doenças inflamatórias;

4- TESTES DE CONTRATURAS MUSCULARES


• Teste de contratura do músculo reto femoral (Teste de Ely)
- Com o paciente em decúbito ventral sobre a mesa de exame,
segura-se o tornozelo do membro a ser examinado e flexiona-se
o joelho passivamente;
- Em caso de contratura do reto da coxa, ocorrerá também
flexão do quadril que eleva a pelve, na tentativa de reduzir a
tração sobre o músculo reto femoral pela flexão passiva do
joelho;
48
• Teste para contratura do trato iliotibial (Teste de Ober)
- (F)Quadril oposto em flexão máxima . (T)Extensão de joelho e quadril. (F) Com o quadril
examinado em posição neutra e o joelho fletido a 90°, o membro é abduzido e, no caso de
contratura do trato iliotibial. Positivo se o membro permanecer com algum grau de abdução após
o examinador soltá-lo.

• Teste de contratura dos músculos posteriores da coxa


- com o paciente em decúbito dorsal, eleva-se o membro pelo tornozelo
com o joelho em extensão, o paciente sentirá dor na musculatura
posterior antes de alcançar 90° de flexão do quadril;

• Teste de Thomas:
- Avalia o grau de contratura em flexão do quadril.
- Com o paciente em decúbito dorsal e ambos os quadris fletidos até
o tronco, pede-se para ele abraçar os membros inferiores, mantendo-
os junto ao tronco. Segura-se pelo tornozelo um dos membros
tentando estendê-lo ao máximo em direção à mesa de exame, até
que a pelve começa a se movimentar;
- Mede-se o ângulo formado entre o membro e a mesa de exame,
determinando assim o grau de contratura em flexão do quadril

5- TESTES ESPECIAIS
• Teste de Trendelemburg (avalia a glúteo médio):
- O examinador posiciona-se atrás do paciente, que permanece em
pé ou sentado, e palpa as cristas ilíacas posteriores. Solicita ao
paciente que flexione um dos joelhos, mantendo o quadril em
extensão (eliminando assim a força do psoas). Quando a
musculatura glútea contralateral for suficiente, a crista ilíaca
ipsilateral à do joelho fletido se elevará. Se houver insuficiência do
músculo glúteo médio, observa-se a queda da crista ilíaca desse
mesmo lado por incompetência do glúteo contralateral em se
contrair e elevar a pelve;
- É desejável que esta manobra seja sustentada durante certo tempo
para que se possa observar a resistência real do glúteo médio pois,
a partir de 30 segundos, a pelve pode apresentar queda gradual (sinal tardio). Nesse caso,
doenças prévias, não-específicas, tais como tendinites e displasias sintomáticas, podem estar
presentes;

• Sinal de Trendelemburg:
- Durante a marcha, o glúteo médio funciona como uma alavanca
impedindo que o membro que está na fase de balanço penda,
evitando assim um desequilíbrio na marcha; caso esteja
enfraquecido, não irá impedir a queda do membro, o que resulta
em uma marcha característica, a fim de contrabalancear a queda;
49
• Teste da flexo-adução:
- Com o paciente em decúbito dorsal, flexiona-se o quadril e o joelho a 90°.
Normalmente, ao se fazer a adução do membro nessa posição, o joelho
consegue atravessar a linha média do corpo, alcançando a linha axilar do
outro lado. Caso haja alguma doença, tal como espasmo ou alteração
mecânica precoce, esse movimento estará restrito;

• Síndrome do músculo piriforme:


- o nervo ciático corre superficialmente sobre os rotadores externos, e profundamente sob o
piriforme. Caso haja espasmo deste, o paciente relatará dor localizada na região glútea. Os
sintomas serão exacerbados por abdução e rotação interna,
movimentos que aumentam a tensão sobre o músculo piriforme;

- Sinal do piriforme: Postura em rotação externa do membro por


aumento do tônus do piriforme.

- FAIR: Flexão, adução e rotação interna.

- Sinal de Freiberg: Paciente em posicao supina, realiza-se rotacao


interna passiva do quadril reproduz a dor.

- Sinal de PACE: Paciente sentado, dor e fraqueza na abdução e


rotação externa contra resistência.

- Manobra de Beatty: Decúbito lateral sobre membro não


acometido, flexão do quadril 90º, abdução contra resistência com
dor.

• Teste do câmbio:(Gearstick sign)


- Paciente em decúbito lateral com o membro inferior em extensão,
faz-se a abdução do quadril, podendo haver um bloqueio à abertura do quadril em virtude de o
trocanter maior chocar-se contra o ílio. Realiza-se, então, a flexão do quadril e tenta-se
novamente abduzi-lo, sendo então possível aumentar o grau de abdução;
50
• Teste de Patrick FABERE:
- Com o paciente em decúbito dorsal, pede-se para ele fazer um
quatro com o membro inferior sobre o outro, apoiando o tornozelo
sobre o joelho oposto. O examinador, com a mão apoiada sobre a
face medial do joelho fletido e a outra apoiada no quadril oposto,
exerce pressão com ambas as mãos contra mesa de exame,
verificando o desencadeamento de dor;
- Se ela for referida na virilha, a doença pode ser derivada do
quadril;
- Se for referida na região posterior, sobre a sacroilíaca contralateral, indica doença da
articulação sacroilíaca contralateral;

• Teste de Gaenslen:
- Paciente em decúbito dorsal. O membro a ser examinado deve
ficar apoiado bem rente à borda lateral da mesa de exame. Ao
mesmo tempo, o examinador solicita ao paciente que flexione o
quadril contralateral e que segure o membro com as duas mãos
contra o peito. Nesse momento, o examinador segura pelo
tornozelo o membro a ser avaliado e o deixa descer rente à mesa,
estressando a articulação sacroilíaca desse lado. O paciente refere
dor caso haja doença na região sacroilíaca;

. Teste de Scour: Avalia ruptura do lábrum acetabular. Decúbito dorsal;


Quadril em flexão de 90°; Realiza-se rotação interna e externa do quadril
e compressão axial sobre o fêmur. Teste + quando: dor, estalido,
crepitação.

. Teste do impacto anterior FADURI: Útil no diagnóstico de síndrome do


impacto femoro-acetabular. DDH, Flexão 90°, rotação interna e adução passiva
do quadrilv até passar linha média. Teste positivo quando dor.

. Teste do impacto porterior: Utilizado para impacto femoro-acetabular


posterior. DDH, Membro pendente na mesa. Rotação externa e extensão do
quadril. Positivo quando dor.

. Teste de Ludloff: Para tendinite do psoas, lesão do iliopsoas ou fratura por


avulsão do trocanter menor:Sentado e as pernas pendentes, realiza-se o
movimento de flexão do quadril contra a resistência. Dor na raiz da coxa.
51
. Sinal de Ludloff: equimose na região interna da raiz da coxa, que pode indicar avulsão do
trocânter menor.

. Teste de Volkmann: Avalia o comprometimento do anel pélvico. DDH,


o examinador força a abertura da pelve, apoiando as mãos sobre as
espinhas ilíacas anteroinferiores. A presença de dor significa que o
teste é positivo.

. Teste de Lewin: Decúbito lateral sobre o lado normal. Para avaliar a


articulação sacroilíaca: Dor é indicativa de patologia sacroilíaca.

. Teste de Anvil: para verificar integridade do acetábulo. DDH.


Examinador abduz o membro do lado a ser testado em cerca de 45°,
mantendo o joelho em extensão, e executa a punhopercussão do
calcâneo. Dor no quadril é positivo.

Testes para sínfise


. Teste para sinfisite púbica: flexão e adução de ambos os membros e
contração da musculatura abdominal. A palpação da sínfise
sensibiliza o exame.

. Squeeze teste: Quadril 45º, joelhos 90º, punho posicionado entre joelhos, paciente realizada força
de adução. Positivo se manobra reproduz queixa do paciente. Para
pubalgia.

. Adução contra resistência: Flexao do quadril de 30º, mão na porcao


medial da coxa, paciente faz adução contra resistencia. Positivo se dor.

. Manobra de Gava: Decúbito dorsal, com um dos membros em


extensão e o outro em abdução, rotação externa, flexão do quadril a 70o e
flexão do joelho. O examinador com uma das mãos força a abdução,
solicitando ao paciente flexões repetidas do abdômen. A manobra é
considerada como positiva quando o paciente não consegue completar o
movimento devido à dor no adutor ou na região púbica.
52
6- EXAME NEUROLÓGICO
• Testes motores:
- Grupo flexor: iliopsoas e reto femoral;
- Grupo extensor: glúteo máximo e posterior da coxa;
- Grupo abdutor: glúteo médio e mínimo;
- Grupo adutor: adutores longo, curto e magno, pectíneo e grácil;
- Grupo rotador externo: piriforme, obturador interno, gêmeo superior e inferior e quadrado
femoral;
- Grupo rotador interno: obturador externo;

• Exame dos principais músculos da região:

- Iliopsoas: paciente sentado, com as pernas pendentes para fora da


mesa, irá flexionar o quadril enquanto o examinador oferece
resistência no terço distal da coxa;

- Glúteo Máximo: paciente em decúbito ventral, tentará estender o quadril


com o joelho fletido, para evitar que a musculatura posterior da coxa auxilie
no movimento, enquanto o examinador oferece resistência na região
posterior da coxa;

- Glúteo Médio: paciente em decúbito lateral é solicitado a abduzir o


membro, o examinador oferece resistência pressionando para baixo a face
lateral da coxa ou joelho;

- Adutores: paciente em decúbito dorsal, com os membros


amplamente abduzidos. O examinador solicita que faça o movimento
de adução, opondo resistência pelos tornozelos;
53

EXAME FÍSICO QUADRIL PEDIÁTRICO


Peculiaridades diferentes do quadril adulto:
- Para testar a flexão o autor diz que o lado oposto tem que permanecer fletido até sumir a
lordose lombar.
- Testa “perda da extensão” com Thomas, faz também o Staheli. ( “todos os recem-nascidos
são portadores de contratura em flexão do quadril média de 28° (F: 15-46º ATÉ 3º MÊS DE VIDA).
Com 6 meses cai para 19° e mais 3 a 6 meses para 7°”)
- No Tarcísio as rotações são com o quadril estendido!! (F: FAZER EM DORSAL E
VENTRAL).
- Abdução – tem que fazer com quadril estendido e fletido (RN melhor fazer fletido).

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO:
• Mantendo o paciente em pé, verificar o nível das cristas ilíacas. Se for observado desnível, este
pode ser um sinal de escoliose, assimetria dos membros inferiores ou contratura em abdução ou
adução do quadril;
• O triângulo femoral é limitado superiormente pelo ligamento inguinal, medialmente pelo
músculo adutor longo e lateralmente pelo músculo sartório. Pelo triângulo passam a veia e a
artéria femorais, os gânglios linfáticos e o nervo femoral. O interior do triângulo pode ser
palpado na busca de gânglios linfáticos aumentados que podem indicar processo infeccioso no
membro inferior;

EXAME DA MOBILIDADE
• Flexão: valores normais na criança: entre 110° e 130°;
• Extensão:
- Teste de Thomas;

- Teste de Staheli- Thomas reverso. Examina a extensão do quadril:


Decúbito ventral c/ membro contra-lateral apoiado e o outro membro
pendente; Estende o quadril, Déficit de extensão é determinado pela
extensão OBTIDA E A linha horizontal (20° normal).

• Rotação interna:
- A maneira mais fisiológica para avaliar a rotação interna é com o quadril em extensão. O paciente
é posicionado em decúbito dorsal com a bacia nivelada, os joelhos fletidos na borda da mesa e o
quadril em extensão. A partir daí promove-se a rotação interna do quadril abduzindo-se o tornozelo
da criança. O ângulo formado entre a vertical e o eixo da tíbia é a medida da rotação interna do
quadril, cujos valores normais variam entre 35° e 50°;
• Rotação externa:
- De maneira similar à medida da rotação interna, a medida da rotação externa é feita na mesma
posição, porém o tornozelo da criança é aduzido. Os valores normais variam de 40° a 50°
• Abdução: os valores normais na criança variam de 30° a 45°;
• Adução: os valores normais variam de 30° a 40°;
54
SINAIS CLÍNICOS E MEDIDAS
• Sinal de Ortolani: redutibilidade
- Os quadris devem ser mantidos em flexão de 90° e examinados
um de cada vez;
- Ao fazer a abdução da coxa fletida e simultaneamente exercer
pressão com o indicador e o dedo médio sobre o trocanter maior,
produz-se um ressalto provocado pela cabeça femoral sobre o
rebordo posterior ao retornar ao acetábulo;
- Ao final dos primeiros meses de vida (3 a 6 meses), o sinal de
Ortolani torna-se negativo na maioria dos casos;
- Teste + na presença de ressalto provocado pela acomodação da
cabeça femoral ao acetábulo.
- Avalia a doença displásica do quadril.

• Sinal de Barlow: instabilidade


- É uma manobra provocativa para o diagnóstico da displasia do
desenvolvimento do quadril no recém-nascido. Visa avaliar se o
quadril é luxável. Ambos os quadris são fletidos a 90° e um quadril de
cada vez é testado;
- Na primeira etapa, ao pressionar a coxa aduzida no lado medial com
o polegar e no sentido longitudinal, a cabeça femoral instável desloca-
se do acetábulo alojando-se posterior ao rebordo;
- A segunda etapa promove o retorno da cabeça ao acetábulo ao fazer
a abdução da coxa e pressionar simultaneamente a região do
trocanter maior com o indicador e o dedo médio da mão do
examinador (semelhante à manobra de Ortolani);

• Teste da Telescopagem:
- É utilizado para avaliar a instabilidade do quadril;
- Com o paciente em posição supina, manter o quadril a ser
examinado em 90° de flexão. Ao exercer pressão no sentido
longitudinal sobre a coxa, a cabeça femoral desloca-se no sentido
ântero-posterior;

• Sinal de Trendelemburg:
- É realizado com o paciente em pé e o quadril oposto àquele a ser examinado mantido em extensão
com o joelho fletido. O sinal é utilizado para avaliar a função dos abdutores do quadril;
- Quando esse sinal é positivo, a bacia inclina-se para o lado que não está apoiado, revelando a
fraqueza da musculatura abdutora;
- Em condições normais, a bacia é mantida nivelada pela contração dos abdutores que a apóia;
- Na Displasia do Desenvolvimento do Quadril, após o início da marcha, é o sinal clínico mais
importante para o diagnóstico;
55
• Teste de Ober:
- Utilizado para diagnóstico de contratura em abdução do quadril;
- A criança é mantida em decúbito lateral com o quadril oposto apoiado em flexão máxima. Com o
joelho fletido, o quadril a ser testado é fletido 90° e abduzido. A seguir, o mesmo quadril é
extendido, e o ângulo formado pela coxa com o eixo do corpo no ponto de resistência revela a
magnitude da contratura em abdução;

• Assimetria das pregas:


- Eventualmente, as pregas inguinais mostram-se assimétricas e podem
representar manifestação de displasia do desenvolvimento do quadril;
- esse sinal é particularmente importante nas crianças portadoras de displasia
do desenvolvimento, entre as idades de 3 e 4 meses, que não mais mostram
os sinais de Barlow e Ortolani positivos;

• Contratura em Abdução
- Pode ser detectada pelo exame em decúbito ventral;
- O examinador estabiliza a bacia com uma de suas mãos e com a mão oposta tenta realizar a
adução do quadril a ser testado. O ângulo formado pela coxa com o eixo do corpo no ponto de
resistência revela a magnitude da contratura em abdução;

• Teste de Ely:
- Utilizado para evidenciar espasticidade do reto femoral na paralisia cerebral;
- Posiciona-se o paciente em decúbito ventral com o joelho fletido 90° no lado a ser examinado.
Flexão rápida do joelho além dos 90° causa elevação da nádega se existir espasticidade do reto
femoral. A estimativa da contratura é fornecida pelo grau de afastamento do quadril em relação ao
plano da mesa;

• Teste da Adução-flexão;
- A adução em flexão é geralmente o primeiro movimento a sofrer limitação quando existe doença
do quadril na criança, como na sinovite transitória, na moléstia de Legg-Calvè-Perthes e na
displasia acetabular residual;
- Deve ser pesquisado com o paciente deitado em superfície firme e plana, com o quadril a ser
pesquisado em flexão de 90°. Na medida em que a coxa vai sendo aduzida, o
paciente passa a referir dor;

• Assimetria dos Membros Inferiores:


- A diferença no comprimento dos membros inferiores pode ser evidenciada
clinicamente pela medida com fita ou com calços colocados sob a extremidade
mais curta;
- A medida do comprimento real é feita com fita métrica desde a espinha ilíaca
ântero-superior e o maléolo interno ou a superfície plantar do calcanhar.

. Sinal de Galeazzi: Utilizado para patologias que cursam com discrepância


de MMII. Posicionamento simétrico dos membros revelam membro mais curto
seja por doença displásica do quadril ou seja por encurtamento congênito do
membro.
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. Sinal de Drehman: Utilizado no diagnóstico de epifisiólise proximal
do fêmur. Realiza-se a flexão passiva do quadril que vai assumindo
gradualmente a posição de rotação externa.

. Sinal de Hart: Em uma criança com LCQ unilateral, haverá


limitação da abdução em relação ao lado normal, associada a
contratura do adutor longo (sinal de Hart).
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EXAME FÍSICO DO JOELHO

Deve-se iniciar pela avaliação da marcha ao chegar ao consultório. Não esquecer de avaliar
vista anterior e posterior.
Avaliar Alinhamento dos MMII, desvios angulares e rotacionais.
Alinhamento patelar(baioneta)- Ângulo Q - 30º (H 8-10/ M10-20).
Sinal do “J” invertido – subluxação lateral súbita da patela.
Edema, derrame, equimoses, cicatrizes, tumorações.
Trofismo muscular. Deformidades.
Alterações dinâmicas durante a marcha (Sinal de Wilson – RE do membro inferior da
osteocondrite dissecante).

PALPAÇÃO:
- Creptação, Pata de ganso (dor à flexão resistida, pior se RE), Região posterior (cistos,
cabeças gastrocnêmio); Interlinhas articulares (dor, estalidos, cistos, sinal de Pisani – cisto
meniscal); Palpar tudo que você lembrar q existe!!!

- Sinal da tecla (derrame articular).

- Teste de Ober- retração da banda Ilio tibial.

- Ângulo poplíteo: retração isquiotibiais.

- Ely Duncan: (contratura quadríceps).


58
Testes Patelares:

Compressão patelar 0° e 30º/Rabot (condromalácia, artrose).

Tilt test/inclinação patelar 0 e 30º (tensão retináculos).

Apreensão Smille-

Zohlen (dor femoropatelar) – falsos +

Testes Meniscais:
Mc Murray (Faloppa): supino, quadris
90°, joelhos flexão máxima, palpa linhas
articulares com uma mão e faz rotações com a
outra e passivamente extende o joelho. Dor
com ou sem estalido é positivo.
RI → ML.
RE → MM
Mc Murray (Tarcisio): Supino, quadris 90°, joelhos flexão máxima, palpa linhas articulares
com uma mão e faz rotações com a outra. Dor com ou sem estalido é positivo
RI → ML.
RE → MM

Teste de Apley/Grinding test: pronado, flexão do joelho,


quadril em neutro, rotações com compressão e distração. Dor
piora na compressão e melhora com distração.
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Teste de Steinman: sentado, joelho em 90°, faz RE e RI - dor ou estalido positivo.

Teste de Thessaly: Paciente em´pé, apoio monopodálico, flexão do joelho de


5°, examinador apóia as mãos do paciente e este realiza rotação interna e
externa. Repete com 20° de flexão. Dor indica lesão.

Sinal de Smillie: dor à palpação da linha interarticular.

Marcha de pato: passo com paciente agachado (lesão no corno posterior).

Teste de Steinmann II: mostra que a sensibilidade na interlinha articular move-se posteriormente
com o joelho em flexão e anteriormente com o joelho em extensão. Esse achado é compatível com
uma lesão meniscal que se move com o arco de movimento do joelho. Palpando a interlinha
articular com o joelho em flexão e rotação externa, o ponto da sensibilidade é posterior; fazendo-se
a extensão passiva, o ponto de sensibilidade anterioriza-se.

Teste de Bragard: mostra aumento da sensibilidade à palpação da


interlinha articular; é demonstrado por meio da movimentação passiva,
partindo da flexão e da rotação interna à posição de extensão e rotação
externa.

Teste de Moragas: A manobra de Moragas tem a finalidade de


diagnosticar as LESÕES DO MENISCO LATERAL. É realizada com
o paciente em decúbito dorsal, com o joelho em 90° de flexão, o
quadril em abdução e rotação externa, colocando-se a perna sobre a
perna contralateral, como se as estivesse cruzando. Força-se o
varismo para tencionar o ligamento colateral lateral e abrir a
interlinha lateral, podendo-se palpar com facilidade o menisco
lateral. Qualquer ponto doloroso sobre o menisco lateral torna a
manobra positiva.
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Sinal de Payr: Sentado com as pernas cruzadas, forçando o varismo do joelho,
para diminuir o espaço da interlinha medial. Com isso, ocorre o pinçamento do
menisco medial e, no aparecimento de dor, o teste será positivo.

Bado e Cagnoli: É uma limitação da flexão do joelho além de 90°, devido ao


quadro doloroso, o que sugere lesão do corno posterior de algum dos meniscos.

Mão de Cabot: Com o paciente em decúbito dorsal, pede-se para que deixe o joelho na posição de
extensão máxima. Nessa posição, se o examinador conseguir colocar a mão debaixo da fossa
poplítea, o teste será positivo. Isso é possível devido ao déficit de extensão do joelho. Em geral,
esse teste tem a sua maior incidência de positividade na fase aguda da lesão

meniscal.

Böhler: Decúbito dorsal, com os joelhos em extensão completa, e realiza-se estresse em varo ou
valgo para diminuir, respectivamente, o espaço medial e o espaço lateral, tentando-se causar o
pinçamento da lesão. Se houver dor, o teste será positivo.

Agachamento: O paciente realizará o movimento de agachamento, o qual provocará dor na


interlinha, sendo indicativo de uma lesão meniscal.

TESTES LIGAMENTARES:

Teste de Lachman/“Richey test”: supinado, joelho 30°segura fêmur com uma


mão e tíbia com a outra, faz movimentos antagônicos anteroposterior (LCA ou
LCP).

Teste da gaveta anterior: lesão de LCA e possível associação componente


periférico, quadril 45°, joelho 90°, mão no 1/3 superior posterior tíbia para
avaliar posição inicial (LCA). 



Slocum: gaveta com rotações – C12
RE 30º ➔ inst. Anteromedial
RI 15º ➔ se anteriorizar, provável lesão do LCA + LCP, inst.
pósterolateral

Teste da gaveta posterior: mesma posição da gaveta anterior, translação tibial posterior (LCP).
Sentir translação dos dois lados (CPL/LCP).
Com RI ou posteriorização espontânea - LCP.
Se apenas RE - CPL.

Contração ativa quadríceps: Joelho a 90° como no teste da gaveta .


Estabiliza a coxa e pede ao paciente contrair o quadríceps mas sem
estender o joelho .
Se LCP lesado a tíbia se anteriorizará com anteriorização do ligamento
patelar com translação anterior da tíbia em 2mm.
61
Teste de Godfrey/Sag: Quadril e joelho 90º, apoiados pelo TNZ
(lesão LCP)

Dial test/RE tíbia:


Decúbito ventral, faz RE da perna em 30 e 90º
30° (+) e 90º (-) => lesão CPL isolada.
30 e 90° (+) => lesão CPL + LCP

Jerk test (Teste do Ressalto, Hughston): provoca a subluxação


anterolateral da tibia em relação ao fêmur, provocado pela passagem
do côndilo tibial lateral sob o trato iliotibial(LCA):.
Supinado, quadril 45°, joelho 90°(T)/45°(F) flexão no início, RI, valgo
e move-se de flexão para extensão do joelho.

Teste do pivot-shift (McIntoch): Da posição final do Jerk, tibia


subluxada anteriormente em relação ao fêmur, inicia-se flexão, 30° a
50° redução com ressalto.

Teste do pivot-shift reverso (Jakob): DDH, joelho flexionado, valgo,


RE tíbia. Extensão do joelho reduz a subluxação (inst. Pósterolateral,
LCP).

Teste Rot Ext-recurvato: (inst. Pósterolateral)


Paciente supino, elevação de ambos pés pelo hálux com joelho
extendido.
RE perna, recurvato e varo da tíbia.

Hiperextensão ou recurvato: elevação do membro extendido com


paciente supino, mede em graus comparativamente o recurvato.
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Teste da adução e abdução/Stress varo e valgo:
Sempre comparativo. Quadril 0º, teste com stress em 0 e 30º no joelho.
Hiperextensão ➔ LCP
0º➔ Pivô central ajuda

Testes funcionais são citados no Faloppa.


1. Teste da desaceleração: o paciente corre em alta velocidade e faz parada brusca. O teste é
positivo

quando ocorre uma subluxação entre 10 e 20° associada a contração quadricipital e abdução do
quadril.

2. Teste do crossover de Arnold: com o paciente em posição ortostática, o examinador pisa no pé
ipsilateral à lesão e pede para o paciente rodar sobre seu próprio corpo. Apenas a apreensão ou o
refugo já é considerado positivo.




63

EXAME FISÍCO DO PÉ e TORNOZELO


✓ O exame físico do pé deve ser feito de forma sistematizada para não esquecer nenhuma
parte do exame
✓ Começa com a entrada do paciente na sala de exame observar alteração da marcha, posição
antálgica. O exame deve ser feito com ambos os membros inferiores desnudos p/ avaliação
global do paciente
✓ Uma peculiaridade do exame físico do pé é que ele deve ser feito em 2 etapas: COM
CARGA E SEM CARGA

ROLAMENTOS OU INTERVALOS DO PÉ NA MARCHA

PRIMEIRO ROLAMENTO: 15% - do contato do calcaneo ate quando o pe se acomoda contra o


chão. Contração excêntrica dos dorsoflexores do pe. Propósito e a absorção do impacto.
SEGUNDO ROLAMENTO: 15-40% - ate a elevação do calcâneo. E o rolamento da tíbia sobre o
talus, para passar o centro de massa para frente. Passa de pronado flexível maleaval, para supinado,
portanto rígido. Tem contração excentrica do tríceps sural
TERCEIRO ROLAMENTO: 40-60% - do desprendimento do calcâneo ate saída dos dedos.
Rolamento do corpo sobre a região metatarsal visando a aceleração. Pe como barra rígida bloqueada
em supinacao. Contração concentrica do tríceps sural

EXAME DO PÉ COM CARGA


A) Inspeção estática
-Mancha -desvios angulares do joelho (varo/valgo)
-Cicatriz -desvios torcionais
-Abaulamento -posição relativa dos maléolos (torções tibiais)
-Retrações -varismo e valgismo do retropé
-Alt. pilificação -relação retropé/antepé/mediopé (pé plano valgo, pé
-Cor da pele pé serpentiforme, pé metatarsovarocongênito)
-verificar se existe alguma deformidade dos dedos menores
-fórmulas digitais (egípsio, grego)

PODOSCOPIA (VALENTI)
Classificação de Valenti: pé
neutro, plano ou cavo (1º, 2º,
ou 3º grau)
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B) Inspeção dinâmica
✓ verificar se o paciente apresenta alguma alteração no padrão de marcha, devendo-se
observar 4 parâmetros básicos: 1- eixo da marcha, 2- ângulo do passo, 3- amplitude
do passo, 4- apoio
✓ Ângulo de Fick = 10°, verificar se existe alguma alteração da marcha

AVALIAÇÃO DA PLANT DO PÉ SOB CARGA:


Inspeção não quantitativa- Classifica o pé como cavo, neutro ou plano.
Avaliação por valores antropométricos- Altura tuberosidade navicular em
relação ao solo: Valores baixos – pé plano e Valores altos – pé cavo. 0,15 – 0,19: neutro >0,20 :
cavo.
Impressão plantar: (podoscópio).

Índice oval: Linha eixo coxim calcâneo deve passar entre 2 e 3 dedos. Valgo: desvio
medial Varo: desvio lateral. `
Índice Chippaux-Smirak Normal 30-42% No pé cavo sem istmo iguala a zero

“MANOBRAS ESPECIAIS COM O PACIENTE EM PÉ (SÃO 7)”


1) Teste das pontas dos pés:
Avalia a integridade do tendão calcâneo, tibial posterior e mobilidade subtalar.
Com apoio bipodálico é solicitado a ficar nas pontas dos dedos. Resposta normal
é elevação do calcâneo acompanhado de varização do retropé além do arco longitudinal
medial.

2) Teste de Jack (hiperextensão passiva do hálux): Extensão


passiva da 1ª MTT-F . Eleva abóbada, inverte e faz RE da
perna. Avalia- Fáscia plantar: tirante tensionado, FLH: auxilia
inversão e Articulações transversas do tarso e subtalar. Avalia
mobilidade articular no pé plano
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3) Blocos de Coleman
Usado no diferencial de pé cavo varo flexível. Ë um teste realizado em 3
tempos:

1° Pé apoiado em um bloco de madeira, fica para fora o 1°raio e hálux.


Se houver normalização do retropé, 1° raio é a causa. Se permancer
pode ser antepé como um todo ou mediopé.

2° Apoiando apenas o calcâneo- se valgiza ou normaliza, o antepé


como um todo é responsável. Se persistir, o retropé é responsável

3°Combinação das 2 anteriores: se valgiza, afata-se o retropé como


causa, se persistir = combinação antepé com retropé.

3)Prova da redutibilidade do valgismo do hálux (Mc Bride)


Avaliação do grau de retração lateral dos tecidos moles no hálux valgo
(cápsula, ligamentos, e adutor do hálux). Ortostase hepodálica faz-se força
varizante na borda lateral do hálux. Considera-se normal quando alinhar com o
eixo do 1° metatarso. Quando esse limite não é atingido é necessário
liberação.

4) “Too many toos” (sinal dos muitos dedos)


Significa deformidade em abdução do antepé em relação aos outros
segmentos (insuficiência do tibial posterior). Observando por trás aparece
imagem de apenas 1 artelho, com abdução exagerada surgem mais dedos.
66
5)Teste da rotação externa passiva da perna
Útil na determinação da liberdade de movimento da subtalar e na integração da subtalar com demais
articulações do pé. Segura na parte média da perna e força a rotação externa do conjunto. A pinça
bimaleolar roda o tálus que por sua vez variza o calcâneo aparece o arco longitudinal medial
(indica o perfeito funcionamento de todas as estruturas envolvidas)

6) Força p/ tríceps sural no apoio unipodálico

EXAME SEM CARGA


✓ Paciente sentado na mesa de exame com as pernas pendentes e o examinador sentado em um
banco de frente para o paciente

INSPEÇÃO: continua a inspeção agora no pé sem carga. Verificando que sem carga o pé assume
um discreto EQUINISMO e ligeira INVERSÃO.
Inspeção da planta do pé a procura de calosidades, ulceração e outras alterações.

PALPAÇÃO
✓ Posteriormente: tendão calcâneo, inserção tendão calcâneo e calcâneo
✓ Lateralmente: tendões dos fibulares, maléolo lateral, seio do tarso, base do V meta e
articulação MF do V dedo
✓ Medialmente: túnel do tarso e suas estruturas (TP, FLD,FLH), calcâneo/ maléolo medial,
tendão tibial anterior, tuberosidade do navicular e MF do hálux.
✓ Anteriormente: maléolo medial, lateral e interlinha articular
✓ Dorso do pé :região tarsometatársica, cabeça do 1°metat., cabeça dos metat. E articul.
Metatarsofalângicas earticul. Interfalângicas dos dedos
✓ Face plantar: calcâneo (principal. tub medial), fascia (sensibiliza a palpação da fáscia
plantar, a dorsiflexão do tnz e dedos) ecabeça dos metatarsos

GRAU DE MOBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES


1) complexo subtalar: movimento no sentido de inversão e eversão (20° de inversão e
10° de eversão). Diminuição da amplitude pode significar AR, transt
neuromusculares ou coalisões tarsais. A dor manifesta-se no seio do tarso.
2) Complexo articular de Chopart (talo navicular e calcâneocubóidea): deve-se
pesquisar as manobras de abdução e adução (10° / 10°)
3) Tibiotársica: 25° dorsiflexão e 45° de flexão plantar
4) Lisfranc (tarsometatarsica): 15° supinação e 25° de pronação do antepé em relação
ao médio e retropé.
5) Articulação metatarsofalângicas: 80° dorsiflexão e 30° de flexão plantar
6) Articulação interfalângicas: 10° de extensão e 45° de flexão
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EXAME NEUROLÓGICO
✓ Deve se testar força muscular, sensibilidade e reflexos.
✓ FORÇA MUSCULAR
VARIAÇÀO DE 0 A 5
A) Tibial anterior: fixando a perna com uma da mãos e o pé com outra
solicita dorsiflexão contra resistência. Verifica impressão do tendão
na pele. Fibular profundo (L4, L5 E S1)
B) Tibial posterior: inversão e adução do pé contra resistência. N. Tibial
(L5, S1)
C) Fibular longo e curto: abdução se eversão contra resistência (S1)
D) Extensor longo do hálux: extensão hálux contra resistência. Fibular
profundo (L4,L5,S1)
E) Flexor longo do hálux: flexão da IF do hálux contra resistência. N.
tibial (L5, S1, S2)
F) Flexor curto do hálux: flexão MF contra resistência. N Tibial
(L4,L5,S1)
G) Extensor longo dos dedos: extensão IIFD contra resistência. Fibular
profundo (L4,L5,S1)
H) Ext curto dos dedos: ext metatarsofalângica contra resistência. Fibular
superficial (L4,L5,S1)
I) Flexor longo dos dedos: com uma mão estabiliza as MF e c/ a outra
oferece resistência à flexão das IF nas polpas digitais
J) Flexor curto dos dedos: estabiliza cabeça dos meta e oferece
resitência contra flexão das MF
K) Lumbricais: estabiliza as cabeças e solicita flexão das MF (durante
esta manobra os lumbricais estendem as IF)
L) Interósseos: após estabilizar MF pede p/ pcte estender IF (não é
comum a ?)
M)
✓ Sensibilidade
L4 (safeno): parte anterior joelho, medial perna e pé
L5 (fibular superficial): dorso pé/ânterolateral da perna
L5 (fibular profundo): 1a comissura
S1: lateral do pé
✓ Reflexo:
Aquileu: S1
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SÍNDROMES COMPRESSIVAS:
Percussão ao longo do curso do n. tibial, positivo se
desencadear parestesia e disestesia irradiada para região plantar. Pode
ser desencadeado também por compressão do túnel do tarso durante 30
segundos.
Parestesia terço lateral distal da perna e dorsolateral pé:
disfunção do nervo fibular superficial. Testes de Stiff: 1º: aplica-se
pressão onde o nervo emerge da fáscia da perna (entre 10,5 e 12,5 cm
acima do maléolo lateral), e o paciente estende e everte ativamente
contra resistência; 2º: realiza-se flexão plantar e inversão sem pressão
sobre o nervo; 3º: enquanto o pé se mantiver nessa posição, o
examinador percute toda a extensão do nervo.
Parestesia 1º interdigito: nervo fibular profundo.

Compressão do antepé: estabilização das cabeças dos MTTs, pressão plantar


+ Compressão latero-lateral dos MTT. Reprodução de dor e estalido associado
(sinal de Mulder positivo Neuroma de Morton). Estalido sem dor não
significa neuroma.

“MANOBRAS ESPECIAIS COM O PACIENTE SENTADO”


1) GAVETA ANTERIOR: testa o ligamento FTA e integridade da cápsula
ântero-lateral. Estabiliza a perna anterior acima do tnz e a outra mão no
calcanhar. Provoca anteriorização da perna. O deslocamento anterior do talo
na pinça representa lesão. Pode aparecer sinal do vácuo. (exame
comparativo)

2) Teste do stress em varo: testa o Fibulocalcâneo e cápsula


lateral. Estabiliza perna distal e imprime força varizante no
calcâneo. Surge exagero no varismo (também é comparativo)
3) Stress em valgo: exagero na excursão em valgo na pesquisa
de lesão do deltóide

4) Teste de rotação do talo: imobiliza 1/3 médio da perna p/ evitar rotação externa, com a
outra mão envolve o calcanhar de forma que a borda medial do pé fique em contato c/
medial do antebraço. Promove rot ext. este movimento tende a afastar a pinça produzindo
dor.

5) Gaveta posterior da fíbula: teste da sindesmose. Segura firme o tnz e com


o polegar força posteriorização da fíbula
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6) Compressão Lateral da perna (Philling): compressão da tíbia contra a
fíbula no 1/3 médio da perna provocando dor na sindesmose. Indica
processo inflamatório caso ocorra dor na articulação TFD.

7) Gaveta metatarsofalângica: útil na identificação de instabilidade traumática ou


inflamatória da região. Com movimentos suaves mobiliza o colo do meta e falange
proximal (provoca deslocamento plantar e dorsal0

8) Prova de redutibilidade das garras (e martelo) dos artelhos (Kelikian


Ducroquet)Prensão com polegares na região central do antepé, no sentido de acentuar o
arqueamento transverso. Nos flexíveis a
manobra produz redução. Ao alcançar
tal posição, potencializa ação lumbrical
e do extensor longo sobre as falanges,
corrigindo a garra. Se garra rígida, não
ocorrerá correção, devido a retrações
ligamentares, capsulares e tendíneas.

9) Silverskiold: testa extensão TNZ


inicialmente com joelho em
extensão. Se essa estiver
diminuída (<5º) repetir com
joelho a 90º. Se houver aumento
da extensão (>10º) !
gastrocnêmio como fator causal
primário do equino. Se não
houver alteração -> pode ser
devido ao tríceps sural como um todo, ou bloqueio articular/capsular.

10) Impacto anterior: dor na extensão passiva. Deve haver ao menos 5 critérios: Dor
anterolateral tnz; Dor a extensão e eversão passiva; Dor à ortostase;
Dor com atividades; Ausência de instabilidade e Edema ântero-
lateral.

11) Impacto posterior: dor posterior na flexão passiva Impacto


posterior crônico pode causar assimetria na flexão planta.
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12) Avaliação do tríceps sural: Avaliação geral – nodulações,
gap, dor e crepitação.
TESTE DE THOMPSON: Decubito ventral, joelho a 90º,
compressão musculatura posterior perna. Se tendão íntegro,
tornozelo flete (teste negativo). Se lesado, assimetria na flexão
(teste positivo).

TESTE DE MATLES: Assimetria no posicionamento passivo tnz em


decúbito ventral e flexão joelho (pela gravidade).

Sinal do Arco Doloroso: Diferenciar


paratendinite, tendinose do Aquiles. Realizar
mobilização do tornozelo: observa-se se há
movimento do ponto de maior nodularidade e
dor. Tendinose: movimento da nodulação .
Paratendinite: permanecer fixo.
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A) Exame com carga


1. inspeção estática
-inspeção
-podoscopia
2. inspeção dinâmica
B) Exame sem carga
1. continuação da inspeção - planta
- tendência equinismo e supinação
2. palpação
3. grau de mobilidade
4. exame neurológico
5. manobras especiais com paciente sentado
• Ligamentar: 1) gaveta anterior
2)stress varo
3)stress valgo
4)rot talus
5)Pilling
6)gaveta post fíbula
• Hipermobilidade do 1°raio
• Compressão latero-lateral (Mulder)
• Kellikian Ducroquet
• Gaveta MF
6. Manobras com paciente em pé
✓ Pontas
✓ Jack
✓ Mc Bride
✓ Colleman
✓ Too many toos
✓ Rot ext passiva da perna
✓ Força tríceps

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