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■■ INTRODUÇÃO
Nos primeiros anos após o advento da psicologia como disciplina científica distinta, no último
quarto do século XIX, sua direção foi profundamente influenciada por Wilhelm Wundt. Entretanto,
já na virada daquele século, várias posições e definições diferentes coexistiam acerca da natureza
da psicologia. O surgimento de escolas de pensamento diferentes, e por vezes simultâneas, e
o seu subsequente declínio e substituição por outras são, na realidade, uma das características
mais marcantes da história da psicologia.1
■■ Esquema conceitual
Terapia racional-emotivo-
comportamental
O surgimento da segunda onda:
Terapia cognitiva
modelo cognitivo
Terapia cognitivo-construtivista
Terapia de aceitação
e compromisso
O surgimento da terceira onda: Terapia focada na compaixão
abordagens integrativas
Algumas das principais Terapia do esquema
abordagens da terceira onda Terapia do esquema emocional
Terapia metacognitiva
Terapia de modificação
do viés de atencional
Considerações finais
O que costumamos chamar de “primeira onda” das TCCs são verdadeiramente os modelos
comportamentais e de análise do comportamento que existiam antes da revolução cognitiva dos
anos 1950 e 1960, bem como seus desdobramentos posteriores.2
Os modelos integrativos da terceira onda são todos aqueles que se valem dos pressupostos
das TCCs. Tais pressupostos dão conta de que a atividade cognitiva afeta a emoção e o
comportamento. Além disso, esses modelos pregam que a cognição é passível de ser
monitorada e alterada. Por fim, pressupõem que, alterando as estruturas cognitivas, é
possível modificarem-se também as emoções e o comportamento subjacentes. São chamadas
terapias de terceira onda porque compartilham de tal entendimento e avançaram em conceitos
e entendimentos, além de integrar técnicas de diferentes abordagens.13 Muitas dessas teorias
utilizam práticas meditacionais como ferramentas complementares na sua prática clínica, e o
mindfulness é uma das mais estudadas e aplicadas.
modelo comportamental
É possível distinguir a terapia comportamental clássica, tal como formulada pelos
seus primeiros representantes no início do século XX, com base, principalmente nos
conceitos de condicionamento clássico e operante, das TCCs, também chamadas de
“segunda onda”, posto que as abordagens cognitivo-comportamentais buscam integrar
os modelos comportamentais com o modelo cognitivo.
Vários teóricos que considera-se fazerem parte da “primeira onda”, em função da sua afinidade
teórica com o behaviorismo, produziram seus principais trabalhos depois da revolução cognitiva.
Dessa forma, tanto autores como Watson,14 com o behaviorismo metodológico, e Skinner,15 com
o behaviorismo radical, quanto Wolpe16 e outros estariam na chamada “primeira onda”, dado que
seus trabalhos estão calcados nos fundamentos comportamentais.
Bandura pode ser considerado um teórico de grande importância para a transição do modelo
comportamentalista para o modelo cognitivista, o que facilita a aceitação do segundo, visto que ele
introduz, no modelo comportamental, a ideia de mediação cognitiva, presente na aprendizagem
por observação (condicionamento vicário), destacando o papel dos aspectos simbólicos na
determinação do comportamento, no autorreforçamento, no reforçamento vicário e na modelação.
Aqueles que permaneceram trabalhando com os modelos comportamentais após a revolução
cognitiva são conhecidos como analistas do comportamento.
LEMBRAR
O termo terapia comportamental atualmente é utilizado para designar uma série
de abordagens psicoterapêuticas que se baseiam no conhecimento teórico do
behaviorismo, podendo ser aplicado de forma mais ou menos abrangente.
Para Watson, a psicologia é um ramo da ciência natural cujo objetivo teórico é prever e controlar o
comportamento. Portanto, ela não deveria considerar nenhum tipo de preocupação introspectiva,
filosófica ou motivacional, apenas os comportamentos objetivos, concretos e observáveis.14
O mais famoso filósofo comportamental, entretanto, foi Burrhus Frederick Skinner (1904-1990),
cujo trabalho foi declaradamente influenciado pelas pesquisas anteriores do próprio Watson,
como pelas de Charles Darwin (1809-1882) e de Ivan Pavlov (1849-1936). O trabalho que deu a
Pavlov o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia sobre o mecanismo de salivação favoreceu suas
investigações sobre os mecanismos de condicionamento.
LEMBRAR
De acordo com Pavlov, os indivíduos apresentam uma série de reflexos
incondicionados que são automaticamente eliciados na presença dos chamados
estímulos incondicionados. O reflexo inicialmente estudado por Pavlov – e que pode
ser usado como exemplo – é a reação de salivação dos cães (e também dos seres
humanos), ao detectar a presença de comida.
se como modelo uma situação corriqueira do dia a dia, na qual imagina-se um cão que saliva
(resposta incondicionada) ao sentir o cheiro da ração (estímulo incondicionado) que o seu dono lhe
oferece. Sempre que vai alimentar o cão, o dono faz movimentos que produzem barulhos, como
abrir a porta do armário no qual a ração fica armazenada. Com o passar do tempo, o dono observa
que o cão passa a salivar ao lhe ouvir abrindo a porta do armário que guarda a ração. Assim, por
meio do condicionamento clássico, temos a ocorrência da resposta de salivação condicionada a
um estímulo anteriormente neutro (o barulho), em função da sua ocorrência concomitante com o
estímulo incondicionado (o cheiro do alimento), conforme mostra a Figura 1.
Estímulo
incondicionado
Cheiro da ração
+ Resposta
incondicionada
Saliva ao sentir
o cheiro da ração
Reflexo
ico
inato
ss
clá
Salivação
to
en
am
on
ici
nd
Co
Salivação
Estímulo ao ouvir o barulho
neutro do armário
Barulho do armário
Segundo Skinner, se uma resposta do indivíduo, um comportamento, gera uma consequência que
tem valor de sobrevivência para ele, tal consequência aumentará a probabilidade de que essa
resposta volte a ocorrer em um contexto semelhante no futuro. Por outro lado, as consequências
que trazem prejuízos aos organismos têm as respostas que as geraram punidas, o que reduz a
probabilidade de que elas voltem a ocorrer em um contexto semelhante. A esse fenômeno, ele
chamou de lei da aquisição, segundo a qual a força de um comportamento operante aumenta
quando ele é seguido pela apresentação de um estímulo reforçador.18
RESPOSTA CONSEQUÊNCIA
FREQUÊNCIA
REFORÇO (positivo
ou negativo)
COMPORTAMENTO
PUNIÇÃO (positiva
ou negativa)
O primeiro nível de seleção, a seleção filogenética, refere-se aos repertórios compartilhados por
uma mesma espécie, o qual é determinado pela história evolutiva dessa espécie, evidenciando a
influência da Teoria da Seleção Natural de Darwin, sobre o behaviorismo.
O terceiro nível de seleção, por sua vez, refere-se à seleção cultural, ou seja, ao repertório
compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura, sendo este de maior importância para
compreender o comportamento humano e o de outros animais que apresentam algum tipo de
comportamento social.20 Esse conceito foi posteriormente melhor desenvolvido e explicado por
meio dos estudos de Albert Bandura (1925-).
é que este atua no ambiente do organismo, ao passo que, naquele, o organismo apenas reage
automaticamente à presença de um estímulo condicionado ou incondicionado. Por isso, Skinner
acreditava que o comportamento operante é muito mais representativo da situação de
aprendizagem humana na vida real. Assim, como o comportamento humano seria, principalmente
do tipo operante, a mais eficaz abordagem da psicologia deveria consistir em estudar seus
mecanismos de condicionamento e extinção.15
Tomando-se como exemplo um caso de fobia específica de cobra, muitas vezes o paciente acaba
emitindo reações fóbicas como resposta não apenas à presença de uma cobra, mas também
a outros estímulos a ela condicionados, como o gramado onde a cobra foi vista, por exemplo.
Entretanto, se o paciente passa a ter contato com o gramado repetidas vezes sem que nele
apareça nenhuma cobra, a resposta de ansiedade anteriormente condicionada ao gramado
tenderá a se enfraquecer e, eventualmente, deixar de ocorrer (Figura 3).
Estímulo
incondicionado ESTÍMULO RESPOSTA CONSEQUÊNCIA
Cobra
+ Resposta
incondicionada
Medo ao ver cobra
ESTÍMULO RESPOSTA CONSEQUÊNCIA
Reflexo
ico
inato
ss
clá
Medo
to
en
am
on
ici
nd
Co
Outra referência importante na origem da terapia comportamental foi Joseph Wolpe (1915-1997),
um psiquiatra sul-africano. A principal contribuição de Wolpe foi a introdução do princípio da
inibição recíproca, com base no paradigma do condicionamento clássico. Segundo tal princípio,
uma emoção não pode ocorrer na presença de outra oposta à primeira, já que uma reação se
sobreporia à outra, produzindo um contracondicionamento. Assim, a resposta emocional de
medo, por exemplo, seria inibida na presença de outra resposta emocional incompatível, como
o relaxamento. A partir disso, nos anos 1960, Wolpe introduziu a técnica da dessensibilização
sistemática para o tratamento para fobias.22
Nos anos posteriores, contudo, o princípio da inibição recíproca não encontrou respaldo empírico,
tendo sido, por isso, atualmente descartado como fundamentação teórica das intervenções
clínicas.23 Entretanto, a dessensibilização sistemática continua a ser utilizada como base para a
principal contribuição behaviorista para o tratamento da ansiedade: a exposição.
porém, possível de ser modulada pelo paciente.24 Dessa forma, se o terapeuta planeja uma
exposição a uma situação que desencadeie muita ansiedade sem que o paciente tenha, ainda, as
habilidades necessárias para modular suas emoções, é possível que o paciente utilize estratégias
de redução da ansiedade pela esquiva ou que experimente um nível de desconforto tal, que
reforce as crenças acerca da dificuldade de lidar com o medo. Por esse motivo, na maior parte dos
casos, é indicado planejar uma hierarquia de exposições, de acordo com a qual o paciente fará
enfrentamentos graduais das situações, da mais fácil para a mais difícil (Figura 4).
Estímulo
ansiogênico
Ansiedade alta
Permanência na exposição
Redução da ansiedade
O conceito de exposição continua sendo amplamente utilizado, tanto em seu formato original
quanto sob a forma de derivações, visando a tratar situações específicas, como:
LEMBRAR
A orientação de permanecer diante do estímulo ansiogênico ou desagradável,
sem emitir comportamentos de segurança ou esquiva, foi recentemente retomada
pelos movimentos da terceira onda das TCCs, relacionados à aceitação e à
regulação emocional.8
O mais recente dos grandes teóricos da primeira onda é Albert Bandura (1925-). Seus estudos
sobre aprendizagem social enfatizam a modificação do comportamento do indivíduo durante a sua
interação com o ambiente e também com outros indivíduos, em um determinismo recíproco,
no qual os indivíduos causam efeitos uns nos outros, afastando-se das tradições behavioristas.
Para ele, a aprendizagem também pode ocorrer sem que o indivíduo tenha sido diretamente
exposto às situações – ou seja, indiretamente, por meio da observação das contingências dos
comportamentos de outros indivíduos e de suas próprias contingências.
Segundo Bandura, a maior parte do comportamento humano seria aprendida pela observação de
outros, em um processo chamado modelação. Pela observação dos outros, uma pessoa forma
uma ideia de como novos comportamentos são executados e, em ocasiões posteriores, essa
informação codificada serve como um guia para a ação. Tal processo ocorreria em quatro fases:
Além disso, por meio da observação dos reforçadores obtidos por terceiros, o organismo estaria
também indiretamente exposto ao reforçamento, e a aprendizagem se daria por meio do que
Bandura chamou de reforço vicário.27 Além da aprendizagem vicária, outro conceito do autor
ainda bastante utilizado na prática clínica cognitivo-comportamental é o da autoeficácia.
Bandura acreditava que, na prática clínica, o terapeuta deveria trabalhar de modo a promover
autoeficácia em seus pacientes, como forma de motivá-los a se engajarem no tratamento e,
assim, obterem melhores resultados.
ATIVIDADE
A) Skinner.
B) Bandura.
C) Wolpe.
D) Watson.
Resposta no final do artigo
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A) V–V–V–F
B) V–F–V–F
C) F–V–F–V
D) F–F–F–V
Resposta no final do artigo
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A) modelagem.
B) reprodução.
C) modelação.
D) feedback.
Resposta no final do artigo
Uma das abordagens da segunda onda que conceitua de maneira muito interessante essa mútua
influência da razão sobre a emoção e vice-versa é a terapia cognitiva processual.9 Nela, o
brasileiro Irismar Reis de Oliveira propõe um diagrama de conceitualização cognitiva em que
é possível observar a atividade cognitiva e emocional interagindo e influenciando a resposta
comportamental do paciente.
Além disso, é proposta uma técnica denominada role-play racional emotivo consensual,
na qual dilemas relacionados à tomada de decisões – quando razão e emoção parecem
se chocar – são abordados de modo bastante pragmático e efetivo. Essa característica
integrativa acompanha praticamente todas as abordagens atualmente conhecidas como
terceira onda nas TCCs.
LEMBRAR
As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas racionalistas, pois visam
à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por
alterações no estado de humor e comportamentos.29 O modelo desenvolvido por
Mahoney é uma abordagem construtivista, pois utiliza as emoções como ponto
central do entendimento do funcionamento mental (Abreu e colaboradores).
Terapia Racional-Emotivo-Comportamental
A TREC, além de uma abordagem psicoterápica, é um modelo filosófico humanista, com base
na ideia de que as pessoas devem se aceitar e se livrar de crenças a respeito da necessidade de
estarem além ou de se apresentarem aquém do que verdadeiramente são.32
(A, do inglês Activation), crenças sobre o acontecimento (B, do inglês Beliefs) e consequências
emocionais e comportamentais (C, do inglês Consequences). A próxima etapa, ou seja, a D,
caracteriza-se pelo debate, ou desafio das crenças irracionais a partir do modelo lógico-empírico
que será utilizado na psicoterapia.32,33 Ellis4 também identificou onze crenças irracionais, bem
comuns aos seres humanos, associadas à tirania dos “deveria” (Quadro 1).
Quadro 1
Na prática clínica, a TREC é uma abordagem diretiva e confrontadora, porém, ao mesmo tempo
empática e com aceitação incondicional do paciente por parte do terapeuta.
Outra forma de debate cognitivo bastante utilizada na abordagem é o uso do humor, a fim de
proporcionar um entendimento alternativo para a interpretação original.32
Terapia Cognitiva
Dentre os pressupostos básicos da terapia cognitiva (TC) estão os de que
Beck trouxe o conceito de crenças mais profundas, chamadas crenças centrais ou nucleares,
desenvolvidas em experiências da infância e adolescência, que dizem respeito a pensamentos
arraigados e absolutos sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre o mundo ou até sobre mesmo
o futuro. Essas crenças centrais seriam o núcleo dos esquemas mentais.
Posteriormente, Jeffrey Young desenvolveu a terapia do esquema,6 uma das mais conhecidas
abordagens da terceira onda. Tal abordagem utiliza o conceito de esquema com uma conotação
diferente da inicialmente proposta por Beck, uma vez que Young considera os esquemas,
sobretudo, quando caracterizados por um conteúdo emocional.
Aaron Beck também trouxe no seu modelo conceitual o que foi denominado de crenças
intermediárias, que são o segundo nível de pensamento e estão sob a forma de suposições
ou regras, como pensamentos do tipo “se..., então...”. Os pensamentos automáticos
constituem o nível mais facilmente acessado do sistema de crenças e surgem em situações
específicas em que o indivíduo, em geral, percebe uma mudança no seu estado de humor ou
comportamento35 (Figura 5).
Crenças centrais
Sou incompetente
Sou um fracassado
Crenças intermediárias
“Se sou um fracasso, então nenhuma mulher nunca irá querer nada comigo”
“Devo me esforçar ao máximo para superar minhas dificuldades”
Uma das características que diferenciam o modelo proposto por Albert Ellis (TREC) da
TC desenvolvida por Aaron T. Beck é o de que, na primeira, existe uma confrontação
mais explícita acerca da irracionalidade das crenças (técnica da disputa racional),
enquanto que, no modelo da TC, existe um convite a que o paciente desafie o seu
modo de pensar (técnica do Diálogo Socrático). Na TC, os terapeutas tendem a ser
mais colaborativos no processo de descoberta guiada das crenças distorcidas, e,
na TREC, o terapeuta tende a ser mais confrontador, atuando como o árbitro dos
pensamentos adaptativos.37
Terapia Cognitivo-Construtivista
A terapia cognitivo-construtivista enfatiza o trabalho sobre as emoções como entendimento e
ferramenta de modificação do funcionamento psicológico disfuncional. Na prática clínica,
realiza-se o trabalho dos três “P”:
■■ enfoque no problema;
■■ análise dos padrões gerais;
■■ análise aprofundada dos processos nos quais se manifestam os padrões e problemas.
LEMBRAR
Quando presentes no setting terapêutico, os elementos emocionais trabalhados
produzirão reações de transformação, uma vez que a relação terapêutica também é
um elemento presente nesse processo.31,42
LEMBRAR
As abordagens da terceira onda integram conceitos oriundos de outras abordagens
anteriores, e uma das mais importantes teorias, a terapia da aceitação e
compromisso,43 é um bom exemplo desse fenômeno epistemológico.
O que “sentimos” das situações é o resultado de como nosso corpo reage às mudanças imediatas
do mundo circundante. É como se fôssemos guiados por um barômetro emocional (corporal)
direto e vulnerável às flutuações emocionais dos acontecimentos.44
ATIVIDADE
9. A segunda onda das TCCs surgiu com os modelos cognitivos, propondo uma
relação entre
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A) Albert Ellis.
B) Aaron Beck.
C) Michael Mahoney.
D) Skinner.
Resposta no final do artigo
A) Além de uma modalidade de psicoterapia, é uma filosofia sobre a vida, que se utiliza
de confrontamento mais direto com o paciente. Baseia-se na correção de crenças
distorcidas comuns aos indivíduos.
B) É uma modalidade psicoterápica da segunda onda que visa a atuar mais diretamente
nas emoções dos pacientes por meio de técnicas de exposição imaginária e de
relaxamento.
C) Surgiu após a terapia cognitiva e tem como base o modelo ABC, no qual eventos
proporcionariam o desenvolvimento de crenças e, consequentemente, emoções e
comportamentos negativos.
D) Apresenta princípios de busca pela felicidade e racionalidade. Além disso, baseia-se
na descoberta guiada com o terapeuta, que enfatiza o questionamento socrático e o
registro de pensamentos disfuncionais.
Resposta no final do artigo
A) V–V–F–V
B) V–V–F–F
C) F–V–V–F
D) F–F–V–V
Resposta no final do artigo
16. Cite cinco crenças irracionais comuns aos seres humanos associadas à tirania
do “deveria”.
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A) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck, seu fundador, como uma prática de
psicoterapia baseada em evidências, inicialmente direcionada à depressão.
B) Para Beck, os pensamentos automáticos expressam aquela atividade mental que
influenciaria indiretamente na resposta emocional.
C) Beck trouxe o conceito de crenças mais profundas, chamadas crenças centrais ou
nucleares, desenvolvidas em experiências da infância e adolescência, que dizem
respeito a pensamentos arraigados e absolutos sobre nós mesmos, os outros, o
mundo ou até mesmo o futuro.
D) Na prática clínica, a TC enfatiza o estilo terapêutico colaborativo e psicoeducativo.
Resposta no final do artigo
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Além disso, muitas das abordagens da terceira onda fundamentam seu entendimento, além
das ciências cognitivas, neurociências e de análise do comportamento, em teorias como teoria
evolucionista e até mesmo teoria do apego e psicanálise.13
Em relação à inserção de mindfulness nas TCCs, pode-se atribuir a força dessa influência a dois
aspectos fundamentais e complementares:
Os dois aspectos têm o entendimento de que a relação que o indivíduo estabelece com a sua
atividade mental – ou seja, com a sua percepção e interpretação dos eventos – é mais determinante
na forma como ele irá se sentir e se comportar do que o evento propriamente dito.49
Dessa forma, a prática de mindfulness se tornou hoje uma estratégia psicoterápica que não substitui
as demais intervenções das TCCs, mas, antes, serve como uma ferramenta complementar que
vai ao encontro das práticas integrativas e baseadas em evidências da terceira onda.
Conforme já era de se esperar, os terapeutas que se diziam da terceira onda relataram maior uso
de estratégias do tipo mindfulness e de aceitação. Eles também relataram mais uso de técnicas de
exposição, enquanto os terapeutas que se diziam da segunda onda utilizavam-se mais de técnicas
de reestruturação cognitiva e de relaxamento em sua prática clínica.
O objetivo central é levar o indivíduo a aceitar acontecimentos pessoais negativos (e, aqui, se
incluem pensamentos, emoções, memórias e vivências) sem a utilização de qualquer tipo de
esquiva. Essa abordagem tem apresentado resultados favoráveis em diversos quadros clínicos,
em especial, pelo foco que propicia na aceitação de emoções em detrimento da evitação ou
extinção de sintomas.
Terapia do esquema
A terapia do esquema6 é hoje uma das abordagens da terceira onda com maior projeção.
Desenvolvida inicialmente como uma modalidade de tratamento para transtornos da personalidade,
ela expandiu suas fronteiras para tratar diferentes problemáticas.
Tal abordagem diferencia-se da TCC por utilizar um modelo de desenvolvimento que ajuda a
conscientizar o paciente sobre as origens dos seus problemas a partir de suas relações
parentais, de seu temperamento e de seus estilos de enfrentamento desenvolvidos ao longo da
vida. Ademais, existe uma maior ênfase nas estratégias emocionais vivenciais. A relação
terapêutica é vista como um recurso de mudança, com um papel maior do que apenas o de
favorecer a adesão ao tratamento.
Mais do que a maioria das outras abordagens em TCC, esse modelo de intervenção acredita
que é necessário que os pacientes compreendam o papel que as emoções cumprem em
sua vida. Ela instrumentaliza terapeutas cognitivos para ajudar seus pacientes a usarem suas
emoções para a construção de uma vida saudável, desenvolvendo estratégias de enfrentamento
mais adequadas.
Terapia metacognitiva
A TMC11 é um tipo de terapia cognitiva com aplicabilidade, principalmente no TAG, no TOC, no
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e no transtorno depressivo maior. Ela foca nos
processos mentais e busca treinar os indivíduos a controlar e manejar suas cognições de modo
mais adaptativo.
A principal diferença observada entre a TCC e esse modelo de intervenção é que a ênfase
dada ao conteúdo das crenças centrais, característicos do modelo de Beck, é substituída pelo
entendimento dos processos envolvidos na atividade cognitiva, o que influenciará nas
emoções e nos comportamentos subjacentes.
A TMC é a principal indicação clínica para TAG, TOC, TEPT e transtornos depressivos.
Com base no romance de Franz Kafka “O processo”, a técnica faz uma analogia com um processo
jurídico, em que o paciente se acusa de algo como, por exemplo, “sou inaceitável” (crença central).
Atualmente, essa abordagem é conhecida e respeitada mundialmente como uma modalidade
independente de psicoterapia.
LEMBRAR
Diversas outras teorias também são consideradas abordagens de terceira onda e
não há, aqui, a pretensão de apresentar todas elas nem de aprofundar as teorias
ora apresentadas. O objetivo deste artigo foi o de contextualizar o surgimento e
desenvolvimento do movimento das abordagens integrativas nas TCCs.
Öst53 afirma que o tamanho de efeito médio foi moderado para ambas as abordagens, terapia de
aceitação e compromisso e terapia comportamental dialética. Além disso, afirmou que nenhuma
das abordagens de terceira onda preencheu os critérios para tratamentos empiricamente validados.
O artigo termina com sugestões sobre como melhorar a metodologia no futuro para aumentar a
possibilidade de que eles possam se tornar tratamentos empiricamente validados.
As críticas à publicação de Öst53 não demoraram a surgir. Embora tenha concordado com a
observação de várias limitações importantes, que devem ser cuidadosamente consideradas,
Gaudiano54 considerou problemática a tentativa de Öst53 de elaborar uma correspondência
empírica por meio da criação de uma amostra de comparação. As amostras foram claramente
incompatíveis no que diz respeito às populações tratadas, o que resultou em diferenças de
concepção e de metodologia de estudo.
Além disso, a reanálise mostrou diferenças claras em favor da TCC, quando comparada com
aceitação e compromisso, que não foram relatados no artigo original. Dada a incompatibilidade
real entre as amostras, as avaliações metodológicas de Öst53 foram consideradas difíceis de
serem interpretadas. Gaudiano54 afirma que tais limitações são características dos ensaios clínicos
randomizados controlados de qualquer abordagem psicoterapêutica emergente. Öst, por sua vez,
não deixou Gaudiano sem resposta e retrucou as críticas sofridas pela sua publicação de 2008
com um novo artigo.55
ATIVIDADE
A) São abordagens desenvolvidas a partir da década de 1990 e 2000, por isso são
chamadas de nova onda.
B) Possuem uma característica de integração entre modelos teóricos e técnicas de
intervenção.
C) São abordagens que comprovam que a primeira e a segunda onda estão ultrapassadas.
D) São abordagens que se estabeleceram como tratamento para determinados tipos de
transtornos para os quais não havia interesse das TCCs em desenvolver técnicas efetivas.
Resposta no final do artigo
20. Uma das estratégias terapêuticas mais utilizadas pelas abordagens de terceira onda
é o mindfulness. No que ele consiste?
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■■ Considerações finais
Graças ao trabalho dos autores da primeira e da segunda onda, as TCCs ganharam o status
de abordagem baseada em evidências.13 Talvez a maior contribuição dos teóricos da primeira
onda, especialmente, tenha sido implementar uma tradição cientificista para a psicologia, cujos
estudos funcionaram como gatilho para a moderna psicoterapia baseada em evidências. A partir
do behaviorismo, não só a ciência psicológica era realizada de forma científica e objetiva, mas
também as intervenções psicoterápicas dela decorrentes.
A segunda onda, por meio dos primeiros modelos cognitivos, levou a TCC ao posto de principal
abordagem psicoterápica do final do século XX.30 Autores como Aaron Beck e seus
colaboradores sistematizaram a psicoterapia, criando uma abordagem em que tanto o tratamento
quanto as consultas apresentam uma estrutura que visa à eficiência e à otimização do tempo.
Atividade 2
Resposta: B
Comentário: Bandura pode ser considerado um teórico de grande importância para a transição
do modelo comportamentalista para o modelo cognitivista, o que facilita a aceitação do segundo,
visto que ele introduz, no modelo comportamental, a ideia de mediação cognitiva, presente na
aprendizagem por observação (condicionamento vicário), destacando o papel dos aspectos
simbólicos na determinação do comportamento, no autorreforçamento, no reforçamento vicário e
na modelação. Aqueles que permaneceram trabalhando com os modelos comportamentais após
a revolução cognitiva são conhecidos como analistas do comportamento.
Atividade 4
Resposta: A
Comentário: Segundo Skinner, se uma resposta do indivíduo, um comportamento, gera uma
consequência que tem valor de sobrevivência para ele, tal consequência aumentará a probabilidade
de que a mesma resposta possa ocorrer em um contexto semelhante no futuro.
Atividade 6
Resposta: A
Comentário: A extinção é um conceito introduzido por Skinne,r que consiste no enfraquecimento
da resposta condicionada à medida que o reforço associado a ela deixa de ocorrer. A habituação
tem sido mais precisamente definida como “uma diminuição de uma resposta como resultado de
estimulações repetidas, não seguidas de qualquer tipo de reforço, sendo específica ao estímulo”.
A habituação é a atenuação espontânea e progressiva das respostas a um estímulo não nocivo,
quando se permanece em contato o tempo necessário ou quando ele é repetidamente apresentado.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: A exposição deve gerar um nível de moderado a intenso de ansiedade e durar tempo
suficiente para que o paciente experimente o pico de ansiedade e também sua redução. Dessa
forma, a exposição só deve ser encerrada quando a ansiedade decrescer significativamente em
relação ao nível máximo atingido naquela sessão de exposição.
Atividade 8
Resposta: C
Comentário: Segundo Bandura, a maior parte do comportamento humano seria aprendida pela
observação de outros, em um processo chamado modelação.
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: A segunda onda das TCC surgiu com os modelos cognitivos, propondo uma relação
entre crenças, emoções e comportamentos.
Resposta: B
Comentário: As abordagens comportamentais baseiam-se nos princípios da ciência da análise
do comportamento, como os diferentes tipos de condicionamentos. Já os modelos cognitivistas
trouxeram o conceito de crenças disfuncionais e métodos de questionamento da validade dessas
premissas. Assim, são consideradas abordagens argumentativas, ao contrário das abordagens
comportamentalistas.
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: O autor da terapia cognitivo-construtivista é Michael Mahoney.
Atividade 14
Resposta: A
Comentário: A TREC busca a correção de crenças irracionais com base na tirania dos “deveria”, em
que o terapeuta conduz à melhora de padrões emocionais negativos por meio desse confrontamento.
As outras alternativas referem-se a técnicas da TC, portanto, não caracterizam a TREC.
Atividade 15
Resposta: A
Comentário: A TREC tem como indicação transtornos depressivos e de ansiedade.
Atividade 17
Resposta: B
Comentário: Beck introduziu o conceito de pensamentos automáticos para expressar aquela
atividade mental que influenciaria diretamente na resposta emocional. Para o modelo cognitivo, os
pensamentos automáticos são os processos cognitivos mais superficiais e coexistem com nosso
fluxo normal de pensamentos.
Atividade 19
Resposta: B
Comentário: As abordagens consideradas de terceira onda integram modelos de intervenção,
técnicas e conceitos oriundos de outras abordagens, além de desenvolverem novos paradigmas
de entendimento.
Atividade 21
Resposta: D
Comentário: A terapia cognitiva processual reúne muitos dos conceitos da terapia cognitiva,
apesar de ter seu próprio conjunto de técnicas e instrumentos de avaliação. As técnicas integram
intervenções da Gestalt terapia e terapia cognitiva, e a origem do modelo se deve à inspiração na
obra literária “O processo”, de Franz Kafka.
Atividade 23
Resposta: C
Comentário: A terapia de aceitação e compromisso7 é uma modalidade de tratamento que surgiu
a partir da Teoria do Quadro Relacional (RFT, do inglês Relational Frame Theory), que coloca a
habilidade em relacionar eventos arbitrariamente como núcleo da linguagem e cognição humana.
O objetivo central é levar o indivíduo a aceitar acontecimentos pessoais negativos (e, aqui, se incluem
pensamentos, emoções, memórias e vivências) sem a utilização de qualquer tipo de esquiva. Essa
abordagem tem apresentado resultados favoráveis em diversos quadros clínicos, em especial, pelo
foco que propicia na aceitação de emoções em detrimento da evitação ou extinção de sintomas.
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