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ATIVIDADE AVII DE BIOMECÂNICA 2023.

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VALOR: 2,0 PONTOS
DISCENTE: KAYLANE SANTOS DO NASCIMENTO
SEMESTRE: 3°

1. O que é marcha?
É um processo complexo e coordenado que envolve movimentos cíclicos
e repetitivos dos membros inferiores para deslocar o corpo para frente.

2. Descreva as fases da marcha?


Na fase de apoio:
Toque do calcanhar: o ciclo começa assim que o calcanhar do membro
referido toca o solo;
Fase de contacto: fase onde o pé estará plano e em contacto com o solo.
Nesta fase, o peso corporal está distribuído por toda a superfície plantar;
Apoio médio: o pé ainda estará em total contacto com o solo, porém o
peso corporal será transferido para a região anterior do pé;
Saída do calcanhar: fase em que o calcanhar se desprende do solo. Nesta
fase, a tíbia é deslocada anteriormente;
Propulsão: o pé perde o contacto com o solo e começa a fase de balanço.
Neste momento, o corpo do indivíduo é impulsionado para frente.
Na fase de balanço:
Aceleração: fase em que o pé se eleva do solo e acelera para frente e
para cima;
Oscilação média: ápice da aceleração do segmento. Neste momento
alcança a maior elevação em relação ao solo;
Desaceleração: período em que o segmento desacelera o movimento e
segue até que o calcanhar toque o solo e comece outro ciclo da marcha

3. Quais grupos musculares são usados em cada item das fases da


marcha?
Quadríceps; Isquiotibiais; Gastrocnêmio; Soleo; Tibial anterior; Glúteos
máximo; Glúteos Médio; Iliopsoas; Tensor da fáscia lata.

4. Pesquise e descreva 5 marchas patológicas?


MARCHA PARKINSONIANA (Marcha festiva, marcha propulsiva)
Nessa marcha patológica, o paciente apresentará rigidez e bradicinesia.
Ele ou ela ficará inclinado com a cabeça e o pescoço para a frente, com
flexão nos joelhos. Toda a extremidade superior também está em flexão,
com os dedos geralmente estendidos. O individuo caminha com
pequenos passos lentos conhecidos em marche a petits pas (caminhada
de pequenos passos). O paciente também pode ter dificuldade para iniciar
as etapas e pode apresentar uma inclinação involuntária para dar passos
acelerados, conhecida como festinação. Essa marcha é observada na
doença de Parkinson ou em qualquer outra condição que causa
parkinsonismo, como efeitos colaterais de drogas.
MARCHA ESPÁSTICA
Pacientes com esse tipo de marcha patológica apresentam envolvimento
de ambos os lados com espasticidade pior nas extremidades inferiores
do que nas extremidades superiores. O paciente caminha com uma base
anormalmente estreita, arrastando ambas as pernas e raspando os dedos
do pé. Essa marcha é observada em lesões periventriculares bilaterais,
como as observadas na paralisia cerebral. Há também uma rigidez
extrema característica dos adutores do quadril, que pode fazer com que
as pernas cruzem a linha média, conhecido como marcha em tesoura.
Pacientes com paralisia cerebral podem ser submetidos à cirurgia de
liberação dos adutores do quadril para minimizar a tesoura.
MARCHA NEUROPÁTICA
Visto em pacientes com pé caído (fraqueza na dorsiflexão do pé), a causa
dessa marcha patológica se deve à tentativa de levantar a perna
suficientemente alto durante a caminhada para que o pé não arraste no
chão. Se unilateral, as causas incluem paralisia do nervo fibular e
radiculopatia L5. Se bilateral, as causas incluem esclerose lateral
amiotrófica, doença de Charcot-Marie-Tooth e outras neuropatias
periféricas, incluindo aquelas associadas ao diabetes não controlado.
MARCHA MIOPÁTICA (Marcha bamboleante)
Os músculos do quadril são responsáveis por manter o nível da pelve ao
caminhar. Se você tiver fraqueza em um lado, isso levará a uma queda na
pelve no lado contralateral da pelve durante a caminhada (sinal de
Trendelenburg). Com fraqueza bilateral, você terá queda da pelve em
ambos os lados durante a caminhada, levando a gingar. Essa marcha é
observada em pacientes com miopatias, como distrofia muscular.
MARCHA COREIFORME (Marcha hipercinética)
Neste tipo de marcha patológica podemos observar certos distúrbios dos
gânglios da base, incluindo coreia de Sydenham, doença de Huntington e
outras formas de coreia, atetose ou distonia. O paciente apresentará
movimentos irregulares, espasmódicos e involuntários em todas as
extremidades. Caminhar pode acentuar seu distúrbio de movimento
basal.

5. Quais os principais ligamentos que compõe e estabiliza o joelho?


Ligamento cruzado anterior, Ligamento cruzado posterior, Ligamento
colateral medial, Ligamento colateral lateral, Ligamento patelar.

6. Quais as repercussões em pessoas genovaras e genovalgas?


Joelhos varos (para fora), tendem a sobrecarregar mais a parte interna
(compartimento medial). Já joelhos valgos (para dentro), tendem a
sobrecarregar a parte externa (compartimento lateral) e frontal
(compartimento anterior ou patelofemoral).

7. Quais as diferenças entre o menisco medial e lateral, descreva-os?


O menisco medial está localizado na parte de dentro (ou interna) do
joelho, fixado ao ligamento colateral medial (LCM). Quando o
comparamos ao menisco lateral, o menisco medial é bem menos móvel e
mais propenso a lesões.
O menisco lateral já fica localizado na parte de fora (ou externa) do joelho.
Em relação ao menisco medial, o menisco lateral tem um formato mais
circular. O ligamento colateral lateral (LCL) passa em sua porção média e
o tendão poplíteo passa em sua porção posterior.

8. Pesquise e explique a influencia da patela sobre o joelho?


A patela é um osso pequeno e plano, em forma de triângulo, que se
encaixa na frente da articulação do joelho, protegendo-a e auxiliando no
movimento. A principal função da patela é agir como uma alavanca para
aumentar a eficiência dos músculos do quadríceps (um grupo de quatro
músculos na coxa) ao endireitar o joelho. Quando você dobra ou estende
o joelho, a patela desliza na ranhura do fêmur (osso da coxa) e ajuda a
transmitir a força gerada pelos músculos para mover a articulação do
joelho de maneira suave e estável.

9. Pesquise e resuma a condropatia patelar?


Condropatia Patelar ou Condromalácia são nomenclaturas utilizadas para
definir a doença da cartilagem articular. Também conhecida como
síndrome da dor femoropatelar ou popularmente conhecida por “dor
anterior no joelho”. O que ocorre é um “amolecimento” anormal da
cartilagem articular da patela que pode evoluir para a quebra na sua
integridade (rachaduras/fissuras) e perda de substância (falhas) até
mesmo com erosões. É uma patologia bastante comum na população
jovem, sobretudo em mulheres que se queixam de dor no joelho e
procuram um ortopedista especialista em joelho.
10. Clinicamente, quais as divisões em porções do pé?
Antepé
Constituído pelos metatarsos e falanges. A articulação entre o mediopé e
antepé, articulação tarsometatarsal, também é conhecida como
articulação de Lisfranc.
Mediopé
Formado pelos ossos navicular, cubóide e cuneiformes medial,
intermédio e lateral. A principal articulação é entre os ossos navicular (do
mediopé) com o tálus e calcâneo (retropé), denominada de articulação
taluscalcâneonavicular (local onde tem grande mobilidade para os
movimentos de inversão e eversão do pé).
Retropé
O retropé: formado pelos ossos tálus e calcâneo. A articulação entre o
tálus e calcâneo é denominada de articulação subtalar (articulação
de Choupart).

11. Biomecanicamente qual a importância dos arcos plantares, pé lateral e


pé medial?

Arcos Plantares: Os arcos do pé são estruturas anatômicas responsáveis


por proporcionar estabilidade, absorção de impacto e distribuição
adequada do peso do corpo enquanto andamos, corremos, pulamos e
nos movimentamos.
Pé Lateral: É o arco localizado ao longo da borda lateral do pé. Ele se
estende desde o calcanhar até a base do quinto metatarso. Embora seja
menos visível do que o ALM, ele também desempenha um papel
importante na estabilidade e função do pé, ajudando a distribuir o peso
do corpo de forma equilibrada durante a caminhada, corrida e outras
atividades.
Pé Medial: É o arco mais proeminente e visível do pé. Ele se estende ao
longo da parte interna do pé, desde o calcanhar até a base do dedão. A
sua principal função é absorver e distribuir os impactos durante a
caminhada e a corrida. Ele também facilita a adaptação dos pés sobre
superfícies irregulares, sendo fundamental na estabilidade do pé e
contribuindo para o equilíbrio do nosso corpo como um todo.
12. Pesquise sobre pé pronado, pé supinado, pé plano e pé cavo, quais as
repercussões biomecanicamente?

PISADA PRONADA: “Pisar para dentro”. Apresenta queda medial do arco


transversal, o tendão calcâneo se entorta para a medial. Pessoas que têm
pisada pronada costumam desgastar a parte medial/interna do calçado.
Pode estar associado ao pé plano e/ou a um joelho valgo. Cerca de 50%
da população mundial tem esse tipo de pisada, ocorre quando o apoio do
pé no chão é feito primeiro com a parte interna do pé.
PISADA SUPINADA: “Pisar para Fora”. Apresenta a queda lateral do arco
transversal, o tendão calcâneo se entorta para lateral devido a uma
sobrecarga desigual do peso nesta região do pé. Pode estar associado ao
pé cavo e/ou a um joelho varo. De forma oposta à pisada pronada, a
pisada supinada ocorre quando o pé faz contato com o chão primeiro
com a parte externa da planta do pé. Devemos restabelecer equilíbrio dos
músculos dos pés com exercícios específicos. Os problemas não surgem
de imediato. Inicialmente, é comum ter bolhas, rachaduras e tendinites; e,
posteriormente, lesões mais graves como joanete e artrose. Ocorre um
desgaste maior da região lateral/externa do tênis. Em torno de 5% da
população apresenta essa alteração.
PÉ PLANO/PÉ CHATO: É a diminuição do arco plantar. Geralmente está
associado ao desabamento do tornozelo para dentro (pisada pronada). O
pé como um todo se encosta-se ao chão. Este desequilíbrio provoca
rotação da perna e consequentemente a tendência a um joelho valgo. A
estrutura óssea, os ligamentos, os músculos e tendões se apresentam
alterados, seguindo a deformidade.
PÉ CAVO: Caracteriza-se pelo aumento do arco longitudinal, sua origem
ainda não é definida, pode ser proveniente de uma doença paralítica,
desequilíbrios posturais e musculares durante o período de crescimento,
doenças neurológicas ou deformidades da coluna.

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