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MATERIAL DO CURSO
AVALIAÇÃO FÍSICA

APOSTILA
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA
AVALIAÇÃO POSTURAL

“Na avaliação postural estática observamos somente os pontos anatômicos de


forma estática. Só depois juntamos todos nossos achados à avaliação
dinâmica, entrevista, testes específicos, dentre outros.

CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO POSTURAL

A avaliação postural estática deve seguir alguns critérios importantes:

Posição do indivíduo: posicionaremos o indivíduo de forma que


consigamos dar a volta por seu corpo. Não devemos mexê-lo durante a
avaliação para não alterarmos suas influencias tônicas.

Posição do profissional: devemos nos posicionar exatamente na linha


média do avaliado para que não haja nenhum tipo de interferência visual.

Início: começamos com o indivíduo em pé, da maneira mais confortável


possível e sempre começamos nossa análise de baixo para cima.

Duração: devemos ser o mais rápido possível em nossa análise. Também


é preciso explicar ao avaliado que todos temos assimetrias, nosso objetivo
é tentar deixar o avaliado o menos constrangido possível.

Vestimenta: a vestimenta ideal para a avaliação para as mulheres é um


biquíni, já para os homens sunga. É impossível se realizar uma boa
avaliação de top (que esconde parte dos processos espinhosos) ou de
bermudas, no caso dos homens (a observação dos joelhos é imprescindível
para nossa análise).

Mãos: a apresentação das nossas mãos ao avaliado é muito importante,


portanto, elas devem estar aquecidas e serem firmes, para gerar
segurança. Sobretudo, quando formos toca-lo devemos pedir sua
permissão.

Maneira de falar: fale tranquilamente com o avaliado, mas com firmeza,


explicando a necessidade de cada manobra da avaliação que será
realizada.
UNIDADES CORPORAIS IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO

Antes de começarmos nossa avaliação estática fazem-se necessários


alguns conhecimentos anatômicos de cada unidade corporal.

O membro inferior é formado por três unidades de coordenação segundo


Bézieres e Piret:

O pé, que dirige o movimento;

A unidade ilíaca, que se divide entre o papel de apoio ligado ao tronco e o


papel dinâmico do membro. Ou seja, faz o membro inferior participar do
tronco. É a perna, que transmite a tensão e movimento ao pé.

Estas três unidades citadas acima caracterizam na realidade a única


Unidade de Membro Inferior.

A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do


quadril, sendo os ilíacos (direito e o esquerdo) que são unidos então pela
sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro formam
juntos a Pelve Óssea.

Os ossos do membro inferior podem ser divididos em quatro segmentos:

Cintura pélvica: ilíacos direito e esquerdo;

Coxa: fêmur e patela;

Perna: tíbia e fíbula;

Pé: ossos do pé;

Funções do membro inferior;

funções do membro inferior na avaliação postural estáticaO membro inferior


tem função de sustentação do peso corporal, da locomoção e a
manutenção do equilíbrio. Também tem a função de transferência estável
de peso durante a marcha ou corrida por exemplo.

Mais precisamente falando dos joelhos, esta é considerada a mais


complexa articulação do corpo humano do ponto de vista anatômico e
funcional. É formada pela articulação Tibiofemoral e Patelofemoral.

Na articulação Tibiofemoral em sua extremidade distal do fêmur encontram-


se os côndilos, que se articulam com:

Tíbia;

Grandes;

Convexos.

São divididos por um sulco central que forma a superfície articular da


patela. Os côndilos são cobertos por cartilagem hialina espessa. Assim eles
são capazes de suportar as forças extremas sobre as superfícies articulares
durante a descarga de peso.

Na porção proximal da tíbia, conhecida como “platô tibial”, encontram-se


duas conchas achatadas que são niveladas anteriormente pela diáfise da
tíbia. Esta superfície está alinhada com cartilagem hialina onde se
acomodam os côndilos femorais. Na divisão entre os platôs medial e lateral,
encontra-se a região intercondilar.

Já a articulação patelofemoral é formada pela cavidade troclear e as facetas


posteriores da patela (o maior osso sesamóide ), onde se interpõem o
quadríceps. Do vértice inferior da patela até a tuberosidade anterior da tíbia,
encontra-se o tendão patelar.

Por sustentar altas forças e estar situada entre os dois braços de alavanca
mais longos do corpo, sendo estes, fêmur e tíbia, torna esta articulação
particularmente mais suscetível a agravos.
Em flexão de joelho, sendo esta a posição de movimento de maior
instabilidade, esta articulação está sujeita a lesões ligamentares e
meniscais.

Em extensão de joelho, sendo esta a posição de movimento onde há maior


estabilidade, torna esta articulação mais sujeita, mais vulnerável a fraturas e
rupturas ligamentares.

Relação do joelho com exercícios.

avaliação postural estática para determinar a relação entre joelhos e


exercíciosTratando-se de joelhos e sua relação com exercícios, alguns
estudos mostram que em um agachamento, por exemplo, existe a
cocontração dos músculos isquiotibiais e quadríceps. Em pequenos ângulos
de flexão, essa cocontração diminui a translação anterior da tíbia e a
rotação interna causada pelo quadríceps.

Contudo, em ângulos acima de 60º essa cocontração faz com que a tíbia se
desloque posteriormente e rode externamente. Esse deslocamento
posterior e a rotação externa aumentam a pressão na patela. Também
aumentam a força de contato articular é maior acima de 50º e a
cocontração dos isquiotibiais aumenta a pressão a partir de 60º.

Powers et al analisou exercícios de agachamento para análise de onde


haveria maior estresse da articulação femoropatelar. Mostrou que as
angulações que produziram maior força de estresse desta articulação acima
citada significativamente foram nas seguintes angulações de flexão de
joelho:

90º;

75º;

60º.
Sendo assim concluíram pela pesquisa realizada que para minimizar o
estresse femoropatelar ,os dados sugerem que o exercício de agachamento
deve ser realizado de 45 ° a 0 ° de flexão do joelho e não chegando a flexão
de 90º onde há grande compressão articular.

Desequilíbrios nos membros inferiores.

avaliação postural estática determina desequilíbrios de membros


inferioresO membro inferior pode ser considerado como uma cadeia
cinética. Como tal, pressupõe-se que uma alteração biomecânica em um
dos complexos articulares dessa cadeia pode influenciar negativamente a
biomecânica e função dos demais complexos.

O alinhamento do joelho no plano frontal tem sido alvo de pesquisas,


principalmente por conta de sua importância clínica. A incongruência dos
membros inferiores, em especial a do joelho, pode estar relacionada com
instabilidades e dores articulares.

Desordens nessas estruturas podem trazer, ainda, problemas na:

Sustentação muscular;

Tendões;

Ligamentos;

Retináculos.

Assim ocorrem alternações do joelho em varo ou valgo. Portanto, altera a


função dos joelhos e sobrecarga compressiva em algum ponto da
articulação dependente de qual desalinhamento apresentar.

A literatura tem demonstrado que um moderado desalinhamento frontal do


joelho piora o prognóstico de doenças degenerativas, como a osteoartrite
por exemplo. Dependendo da orientação do desvio do joelho, se em valgo
ou em varo, mesmo que de apenas 10 (dez) graus, as forças articulares
tanto estática quanto dinâmica não mais homogeneamente distribuídas
favoreceriam o surgimento de processos disfuncionais e até mesmo
patológicos desta articulação. Articulações próximas também seriam
afetadas.

Sabemos que o corpo tem unidades de cadeias musculares separadas


didaticamente. Na verdade, elas se complementam na realidade corporal
perante um desarranjo, seja articular, seja fascial, muscular e/ou outros
tecidos moles.

Os pés

influência dos pés na avaliação postural estáticaA frente de nosso avaliado


iniciamos a nossa busca por:

Artelhos em flexão;

Cravados ao solo;

Indicativo de uma cadeia de flexão;

Artelhos em extensão.

Ao contrário:

Indicativo de uma cadeia de extensão;

Indicativo de halux valgos (cadeia de abertura dos membros inferiores);

Indicativos de possíveis doenças reumatológicas.

Além, de calosidades que nos guiarão por pontos de maior apoio desses
pés ao solo. Porém, nesse caso, devemos ficar bem atentos por conta da
má ergonomia proporcionada pelos sapatos. Em geral, são de bicos finos
gerando uma força externa capaz de gerar essa alteração. Isso é
especialmente comum em mulheres com o advento do salto alto que
diminui o polígono de sustentação consideravelmente.
papel dos membros inferiores na avaliação postural estáticaMembros
inferiores.

Analisamos as tíbias, se são varas ou ligeiramente valgas. Ande


avaliaremos: possíveis questões racionais, indicativas de uma tíbia mais
vara, no caso dos orientais, patelas, se estão em rotação externa, cadeia de
abertura dos membros inferiores, ou se elas se encontram em rotação
interna.

Esse sinal nos dá indícios de uma cadeia de fechamento dos membros


inferiores. Seguimos nossa busca por uma possível tensão excessiva do
quadríceps, indicativo de uma patela trabalhando em alta, sendo uma das
possíveis causas de dores fêmuro-patelares.

Pelve;

pelve na avaliação postural estática;

Na pelve buscaremos os seus pontos ósseos através da palpação.


Identificaremos qual lado da crista ilíaca e da Espinha ilíaca Antero superior
se encontram mais altos comparativamente ao lado oposto. A crista ilíaca é
subcutânea, sendo ponto de origem e de inserção de vários músculos.
Nenhum músculo a cruza o que torna a crista facilmente palpável.

Devemos nos posicionar agachados a frente do avaliado onde


repousaremos nossas mãos paralelamente ao solo, na altura da cintura do
avaliado. Caso o paciente seja obeso e tenhamos dificuldade de encontra-
las solicitamos que o indivíduo tussa acionando o músculo transverso.
Seguidamente penetramos com nossas mãos por sobre a crista ilíaca, no
momento do relaxamento muscular. Apoiamos firmemente nossas mãos
sobre as cristas onde buscaremos encontrar qual dos lados encontra-se
mais alto.

Para um exame normal as cristas devem estar na mesma altura. A partir


desse ponto ósseo deslizamos nossos polegares ao redor da crista onde
encontraremos uma discreta depressão óssea. Encaixamos nossos
polegares nessa depressão aí estaremos nas espinhas ilíacas Antero
superiores (EIAS) que para um exame normal devem estar alinhadas. Caso
não estejam anotaremos qual EIAS encontra-se mais alta em comparação
ao lado oposto.

como usar a pelve na avaliação postural estática;

Unidade Tronco;

Pela vista frontal buscaremos em nossa análise por:

Pregas cutâneas abdominais, indicativas de uma possível tensão dos retos


abdominais, pertencentes a cadeia muscular de flexão do tronco.

Subindo nosso olhar analisaremos o ângulo de Tales. Buscaremos num


exame normal a simetria dos ângulos, caso um deles encontre-se mais
agudo (menor que 90 graus). Pode nos suscitar a pensar numa possível
escoliose de concavidade para esse lado. Essa análise deverá ser
confirmada na vista posterior.

Devemos também observar a articulação dos ombros, buscando por


possíveis enrolamentos internos. Eles nos apontam encurtamento dos
músculos acessórios (peitorais maior e menor, e rotadores internos).
Devemos analisar na altura dos ombros qual das articulações acrômio-
claviculares encontra-se mais alta. Nesse momento faz-se necessário
seguirmos uma boa metodologia. Esse ponto articular é fundamental para
definirmos se estamos diante de uma lesão que ascende ou descende.

Para palpar a articulação acrômio-clavicular posicionamos nossos dedos na


porção média da clavícula e caminhamos cerca de 2 cm lateralmente.
Nesse ponto encontraremos a articulação acrômio clavicular, para
confirmarmos se estamos no lugar exato do ponto articular buscado.

Solicitamos que o indivíduo flexione e estenda seu membro superior


algumas vezes. Certificando-nos de estarmos corretos em nossa análise
com a movimentação desse ponto, pois o mesmo é articular. A partir de
então, também de forma comparativa anotaremos qual das articulações
encontra-se mais alta, indícios de escolioses ou translações de tronco.

Seguimos nosso olhar em busca de rotações de pelve e tronco (indícios de


cadeias cruzadas na unidade pelve e tronco respectivamente).

Unidade Cervical.

avaliação postural estática da unidade troncoNa unidade cervical,


observamos se existem desvios laterais na cervical. Eles nos indicam
possíveis compensações compensatórias na busca do equilíbrio corporal
em função de escolioses, além do posicionamento da cabeça.

Pés;

avaliação postural estática dos pés;

Começaremos nossa análise pela avaliação dos arcos plantares que são
dois:

Arco longitudinal;

Arco transversal, que devem estar preservados para um exame normal.

Na flexão plantar: a combinação da flexão plantar do tornozelo se dá em


conjunto pela supinação da borda interna do pé e pela supinação do arco
plantar. Isso acontece porque grande parte dos músculos que realizam a
flexão plantar são também supinadores.

A organização dos pés é fundamental para nosso equilíbrio estático, nossa


marcha, e para toda a construção da nossa postura. A tíbia leva sozinha o
peso do corpo ao pé e é desprovida de músculos. A fíbula conduz a maior
parte dos músculos que seguem até o pé. Os fibulares passam por detrás
dos maléolos, e realizam por direcionamento trações para trás e para fora,
para que essas trações musculares não gerem o deslocamento
gravitacional para fora o retropé se basculará em direção ao halux
contribuindo para a formação do arco anterior do pé.

unidade pés na avaliação postural estáticaEm contrapartida todas as


trações sobre a cabeça femoral acionam o polígono de sustentação e
asseguram ao mesmo tempo:

Flexão e extensão;

Tração de inversão de rotação externa dada pelos glúteos.

O Sartório será responsável por girar a tíbia em rotação interna colocando


os tibiais em ação, levando o pé para a adução. O quadril girará para fora e
essa sincronia mecânica muscular:

Sartório;

Tibiais;

Fibulares.

Esses são condutores do movimento gera um tensionamento de todo


membro inferior, mantendo sua forma, organizando a flexão e extensão do
quadril, joelho e tornozelo. Sendo os responsáveis pela formação do arco
longitudinal do pé.

Em resumo, o mecanismo de enrolamento das metas do primeiro ao quinto


constitui a formação do arco anterior do pé. Já o arco longitudinal (arco
plantar) é formado pela mecânica de tensionamento do arco anterior e pelo
sistema de flexão-extensão-torção que reduz a ação do arco anterior,
alinhando e organizando os pés.

A partir de então avaliaremos a angulação tíbia társica que para um exame


normal deverá estar próxima a 90 graus. Caso esteja diminuída, indicativo
de uma possível propulsão corporal, que pode ser gerado pelo
encurtamento dos músculos isquiotibiais. Caso esteja acima de 90 graus já
pensaremos em uma retro pulsão corporal indicativo de um possível
encurtamento do tríceps sural.

Membros inferiores.

avaliação postural estática dos membros inferioresSeguimos analisando o


posicionamento dos membros inferiores, se estão em extensão (cadeia de
extensão dos membros inferiores) gerando falsos varos ou falsos valgos.

Caso estejam em flexão fator preponderante para a indicação de que os


membros inferiores funcionam em solidariedade a cadeia muscular de
flexão originando verdadeiros varos ou valgos. Lembrando que podemos
encontrar então 4 tipos de joelhos:

Verdadeiro Varo: uma cadeia de flexão + uma cadeia de abertura, ou seja,


um flexo de joelho associado a uma rotação externa do fêmur e demais
conformações ao longo do membro inferior.

Verdadeiro Valgo: uma cadeia de flexão + uma cadeia de fechamento, ou


seja, um flexo de joelho associado a uma rotação interna do fêmur e demais
conformações ao longo do membro inferior.

Falso Varo: uma cadeia de extensão + uma cadeia de fechamento, ou seja,


uma hiperextensão de joelho associada a uma rotação interna de fêmur e
demais conformações ao longo do membro inferior.

Falso Valgo: uma cadeia de extensão + uma cadeia de abertura, ou seja,


uma hiperextensão de joelho associada a uma rotação externa do fêmur e
demais conformações ao longo do membro inferior.

Unidade Pelve

Precisaremos observar o posicionamento da unidade pélvica, que deve


apresentar a conservação da curvatura lordótica na vista lateral. Caso ela
esteja ausente, excesso de tensão dos isquiotibiais e abdominais geram
uma retroversão. No caso da curvatura aumentada, excesso de tensão dos
quadrados lombares e quadríceps gerando a hiperlordose lombar.
É preciso observar o posicionamento do sacro. Se estivermos diante de um
aumento da curvatura lordótica encontrar-se-á horizontalizado. Esse é o
indicativo de uma tensão em toda cadeia de extensão unidade tronco que
se insere no sacro.

Unidade Tronco.

Seguiremos nossa observação em busca da preservação ou não das


curvaturas vertebrais esperadas: cifose torácica, lordose lombar, e cifose
craniana.

Unidade Cabeça.

Analisaremos aqui o posicionamento da cabeça, se a mesma se encontra


em protrusão, indicativo de uma cadeia muscular de flexão na unidade
cervical.

Vista posterior:

Unidade Pé;

unidade pé na avaliação postural estática;

Começamos nossa análise pelo posicionamento do retro pé do indivíduo, e


pela busca de possíveis varos ou valgos de tornozelo que podem ser
compensatórios ou não.

Unidade membros inferiores;

Somente confirmaremos as conformações já destacadas anteriormente, de


possíveis varos ou valgos de joelhos.

Unidade Pelve
Subimos nossa visão até a prega glútea, que em caso de desalinhamentos
poderão estar ligadas a diferenças reais de comprimentos dos membros
inferiores ou fraqueza muscular, gerada pelo desequilíbrio pélvico. Além da
palpação do posicionamento da espinha ilíaca póstero superior (EIPS),
onde o profissional se posicionara atrás do avaliado, as EIPS são facilmente
palpáveis, pois repousam imediatamente abaixo das depressões circulares
encontradas logo acima das nadegas. Palparemos comparativamente a
direita e a esquerda, em seguida anotaremos qual dos lados encontra-se as
EIPS mais altas.

Unidade Cervical;

O exame se conclui pelo posicionamento da coluna cervical, se a mesma se


encontra translada, ou inclinada para alguns dos lados.

Cicatrizes no corpo;

Ainda na avaliação estática nossos olhos atentos percorrerão pelo corpo do


avaliado buscando por cicatrizes. Barral foi o primeiro a afirmar em suas
pesquisas que uma cicatriz de má formação em sua teia de matriz cicatricial
poderá alterar o funcionamento mecânico de um corpo. Logo se faz de
extrema necessidade que em nossa avaliação busquemos por essas
cicatrizes que podem estar intoxicando o sistema musculoesquelético.

As cicatrizes tóxicas, estas que são capazes de alterar o funcionamento


mecânico corporal, são formadas depois de um ferimento ou intervenção
cirúrgica. Elas ficam em constante reação com estímulos internos e
externos.

Identificando cicatrizes tóxicas;

Uma cicatriz tóxica pode induzir uma contratura muscular do músculo em


questão, pode também por vez, modificar o tecido conjuntivo e o líquido
extracelular que o circunda, comportando-se como uma área reativa,
denominada “campo perturbador”.
As cicatrizes da face, as laterais de tronco e as medianas da parede
anterior do abdômen são as mais reativas. As cicatrizes horizontais são as
mais nocivas para o desarranjo biomecânico.

Podemos ter uma cicatriz grande em sua extensão e não representar


nenhuma disfunção corporal, bem como podemos ter uma pequena cicatriz
e ser esta a desencadear modificações teciduais no conjuntivo, causar
também uma desregulação exteroceptiva, implicando um obstáculo na
correção postural.

A pele é o maior órgão do corpo humano, esta dotada de muitas


terminações nervosas livres, dentre elas encontramos grande quantidade
de exteroceptores como por exemplo, os órgãos de Ruffini e Discos de
Merkel atuando também como mecanorreceptores, eles são extremamente
sensíveis. Por exemplo em uma cicatriz anterior de tronco provoca uma
projeção anterior do corpo buscando relaxar o estiramento do exteroceptor,
a fim de que haja um ajustamento no tônus muscular.

A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano exposto ao meio


ambiente, está sujeita a uma troca continua de informações. Quanto este
sistema de entrada é perturbado por uma cicatriz, sua função e capacidade
de interação com o ambiente interno e externo ficam prejudicadas.

Algumas dicas podem ser importantes no momento de avaliar se a cicatriz é


tóxica (patologica) ou não.

Aspectos de uma cicatriz normotrófica:

Coloração: próxima ao tom da pele.

Textura fina.Aspectos de uma cicatriz tóxica:

Coloração: tons de vermelho, variando entre tons claros e escuros – e


acastanhado;
Retrações;

Quelóides;

Alto relevo;

Trofismo: atrófica, hipertrófica.

Mas esta avaliação ainda não se faz o suficiente para obtermos a


assertividade se estamos diante de uma cicatriz capaz de se tornar um
bloqueio à correção postural ou não; assim seguem duas técnicas a fim de
assegurarmos sobre sua toxicidade.”

BONS ESTUDOS E FELIZ PROVA-PE


Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto:
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