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REABILITAÇÃO DO QUADRIL
ESTABILIZADORES ESTÁTICOS
Arquitetura articular: orientação do acetábulo e do fêmur.
Sistema cápsulo-ligamentar
Labrum acetabular
Na posição ereta – apenas estáticos
ESTABILIZADORES DINÂMICOS
Flexores:
Reto femoral, Sartório, Tensor da Fáscia Lata, Iliopsoas, Pectíneo
Extensores:
Glúteo Máximo, Glúteo Médio, Ísquiotibiais
Abdutores:
Glúteo Médio, Glúteo Mínimo, Tensor fáscia Lata, Piriforme
Adutores:
Adutor longo, curto, magno, Pectíneo, Grácil
Rotadores laterais:
Piriforme, Gêmeo Superior, Obturador Externo, Gêmeo Inferior, Obturador
Interno, Quadrado Femoral
Rotadores Mediais:
Sartório, Pectínio, Glúteo Médio, Tensor da Fáscia Lata
FORÇAS NO QUADRIL
Em pé 0,3 X o peso corporal
ALGIAS DO QUADRIL
1- BURSITES
Bursa trocantérica: entre a superfície póstero-lateral do trocânter maior (inserção glúteo médio) e
o tensor da fáscia lata e o tendão do glúteo máximo.
Bursa Iliopectínea: profunda ao tendão do iliopsoas
Bursa Isquioglútea: entre a tuberosidade do ísquio e o glúteo máximo
2- SINDROME DO PIRIFORME
A síndrome do piriforme é caracterizada pela compressão do nervo
isquiático quando o mesmo emerge da pelve. O nervo isquiático é uma
continuação do plexo sacral, e passa por meio da incisura isquiática maior,
descendo profundamente pela região posterior da coxa. A irritação do nervo
isquiático pode ocorrer em função de algum problema na região lombar, episódio
de trauma agudo ou tensão repetitiva nos músculos da região glútea.
Em virtude da semelhança da síndrome do piriforme com afecções da
região lombar, não existe um consenso em relação ao diagnóstico. Geralmente,
a síndrome do piriforme, não costuma ser incapacitante em razão da presença
da grande massa muscular participante, mas quando o nervo isquiático é
comprometido, o indivíduo experimenta dor na região glútea, podendo descer
para a porção lateral e posterior da coxa e da perna e se estender até o pé, ou
seja, ao longo do trajeto do nervo isquiático. Além disso, pode ocorrer sensação
de queimação, dormência e formigamento, além de dor na rotação lateral
resistida e na medial passiva, bem como tensão e dor à palpação dos rotadores
laterais.
Como tratamento, na fase inicial é indicado o repouso e modalidades
terapêuticas para analgesia, além de alongamento dos rotadores externos e
isquiotibiais e fricção transversa profunda no piriforme.
3- PUBALGIA
Pubalgia = osteíte púbica ou pubeíte, hérnia do esportista, síndrome do goleiro
de hóquei, disfunção dos adutores
- Síndrome inflamatória dolorosa da sínfise púbica de origem variada, com
desequilíbrio das forças que atuam na pelve (instabilidade).
- Processo inflamatório que acomete os ligamentos, cartilagem, periósteo
e ossos do púbis= periostite com alterações ósseas na origem púbica dos
músculos reto abdominal e adutores
- Pubalgia do atleta é um termo que se refere a dor inguinal crônica ou
na área do púbis, bi ou unilateral, não desencadeada por cirurgia anterior ou
hérnia inguinal
FRATURA DE COLO DO FÊMUR
2- DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES
A Doença de Legg-Calvé-Perthes, começou a ser escrita em 1910. Porém
até os dias de hoje, não há uma única teoria que explique a causa que leva à
obstrução transitória da circulação da cabeça femoral, caracterizando uma
necrose isquêmica ou avascular de um dos núcleos de ossificação da cabeça
femoral.
A incidência varia de acordo com a localização, variando entre 1:1200 à
1:12500, sendo maior no sexo masculino do que no feminino numa proporção de
4:1.
O quadro clínico é manifestado por dor no quadril irradiada para a região
ântero-medial do joelho ipsiliateral, claudicação e limitação da amplitude articular
de movimento. Entretanto, estes sintomas são variáveis em intensidades para
cada paciente; a dor pode ser descrita no quadril, porém normalmente é referida
na região medial da coxa ou no joelho. Ocorre diminuição da abdução, da flexão
e da rotação interna do quadril e o diagnóstico é feito pelo quadro clínico, e
confirmado com o exame radiográfico e/ou outros exames complementares.
Considerando-se a história natural, está comprovado que 57% dos casos
têm boa evolução sem nenhuma forma de tratamento(Catterall apud Bertol,
2004). Em torno de 20% dos resultados não são bons, independentemente de
tratamento ou não. Cabe então ao ortopedista identificar os restantes 20% que
se beneficiarão com o tratamento.
Historicamente, as formas de tratamento mais utilizadas envolvem a
eliminação da carga, uso de várias modalidades de órteses ou aparelhos
gessados em abdução. A eliminação da carga por meio de repouso no leito ou
aparelho não reduz efetivamente o estresse através da articulação. A não ser na
fase de irritação inicial, a retirada do apoio, na prática, não afeta o resultado
final. Na comparação com casos não tratados, constatou-se não existir diferença
nos resultados em pacientes tratados por meio da centralização com ou sem
apoio.
Para que ocorra o crescimento normal e a forma da cabeça seja
preservada, a articulação do quadril deve manter o arco de movimento normal. A
limitação da mobilidade provocada pela sinovite e pela irritação do quadril na
fase inicial leva ao espasmo dos adutores, o que provoca a subluxação.
3- OSTEOARTRITE DO QUADRIL
A osteoartrite (AO), doença articular degenerativa, artrose ou
osteoartrose, como ainda é conhecida no nosso meio, é a doença reumática
mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. Estudos
americanos apontam que mais de 50 milhões de pessoas apresentam hoje esta
enfermidade. No Brasil, não existem dados precisos sobre esta prevalência. Os
conhecimentos adquiridos recentemente no conhecimento da fisiopatogenia
levaram a uma alteração no conceito desta doença. Antes se acreditava tratar-
se de uma doença progressiva, de evolução arrastada, sem perspectivas de
tratamento, encarada por muitos como natural do processo de envelhecimento.
Hoje, no entanto, é vista como uma enfermidade em que é possível modificar o
seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento sintomático imediato,
quanto ao seu prognóstico. É uma das causas mais freqüentes de dor do
sistema músculo-esquelético e de incapacidade para o trabalho no Brasil e no
mundo. É uma afecção dolorosa das articulações que ocorre por insuficiência da
cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos
seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como:
sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana
sinovial e fatores genéticos. A denominação mais aceita internacionalmente da
doença é osteoartrite. O termo artrose ainda é muito utilizado, conhecido e
associado aos aspectos mecânicos.
Referências Bibliográficas: