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PÉ E TORNOZELO

34 art., 26 ossos e mais de 100 mm., tendões e ligamentos.


Tem funções de suporte de peso, estabilidade, ajuste à superfícies irregulares,
elevação do corpo, amortecimento de choque, operaç~ia de controle de
máquinas, substituiçãi do MI, adaptador frouxo, braço de alavanca rígido e
absorvedor de rotações dos MMII.
Ligamentos
Laterais: LTFA, LTFP, LCF.
Mediais: Deltoide.
Sublaterais: Talocalcanear interósseo (+tenso durante pronação), Cervical
(+tenso durante supinação).
Plantares: Plantar longo e curto, elástico.
Subdivisões
Ante pé: metatarsos e falanges.
Médio pé: cuneiformes, navicular e cuboide.
Retro pé: talus e calcâneo.

ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO

ARTICULAÇÃO TALOCRURAL
É a art. entre o tálus, a tíbia e a fíbula, ela é uniaxial. Esta, possui uma fina
cápsula que a recobre, e essa cápsula possui dobras anteriores e posteriores
para permitir os movimentos no plano sagital. O ligamento colateral medial tem
função de restringir o movimento de eversão. Os ligamentos colaterais laterais
não são tão fortes, e são: o ligamento talofibular anterior e posterior, e o
ligamento calcâneofibular.
Seus movimentos são triplanares (um eixo cria movimentos multiplanar), a
dorsoflexão acontece em torno de 30° e sofre influência da art. do joelho,
quando o joelho está fletido ela é maior, pois o gastrocnêmio não está
alongado (insuficiência passiva). A flexão plantar ocorre aproximadamente me
torno de 55° e não sofre influência do joelho, porque o tibial anterior não tem
fixação no joelho. Nesta art. termos parada firme de alongamento tecidual. Na
dorsoflexão o talus desliza para baixo e para trás, e na flexão plantar, para
cima e para frente, esses movimentos são de 2 a 3 mm, se os movimentos
forem maior, temos uma lesão pigamentar. A gaveta anterior e posterior são
testes, com mov. excessivos.

ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR
Há duas art. que mantêm a tíbia e a fíbula unidas: a art. tibiofibular proximal e a
art. tibiofubular distal. A membrana interóssea situada entre os dois ossos
ajuda a manter o alinhamento entre eles. A art. tibiofibular superior (proximal) é
uma art. sinovial, a art. tibiofibular inferior (distal) é uma sindesmose (faixa ou
ligamento), ela é uma art. fibrosa, e por isso, o que a mantém unida é o
ligamento interósseo. Os ligamentos tibiofibulares anterior e posterior
proporcionam suporte à art. tibiofibular distal. Se a fíbula e a tíbia estiverem
com abertura entre elas amior que 5 mm é considerado uma lesão na
sindesmose.
O movimento nessa art. ocorre com a dorsoflexão e a flexão plantar do
tornozelo enquanto a fíbula se movimenta em relação a tíbia. Os movimentos
são poucos, mas muito importantes para a dorsoflexão e a flexão plantar.
Durante a dorsoflexão ocorre uma abertura (abdução) e deslizamento superior
da fíbula, afastando-se da tíbia, esse movimento é considerado uma abertura
da pinça da tíbia e da fíbula. Na flexão plantar, ocorre o fechamento (adução) e
deslizamento inferior da fíbula, esse movimento é considerado fechamento da
pinça, se este mov. estiver restrito, não será possível a ADM completa do
tornozelo.

ARTICULAÇÕES DO PÉ

ARTICULAÇÃO SUBTALAR
As art. do tarso e do metatarso devem passar por mudanças instantâneas para
permitir que os arcos do permaneçam flexíveis a fim de absorver forças durante
o recebimento de peso na marcha, e também conferir rigidez ao pé durante a
propulsão (impulso). As forças absorvidas por essas art. devem ser transferidas
ao longo da cadeia cinética para produzir uma hipermobilidade compensatória
no joelho e em outras art. do pé.
A superfície sup. Do calcâneo possui 3 facetas (posterior, media e anterior). A
faceta posterior é convexa e as facetas media e anterior são concâvas. Essa
configuração impede o deslocamento ant. ou post. Do talus sobre o calcâneo.
A art. subtalar possui 2 cápsulas. Uma encerra as facetas art. do tálus e do
calcâneo, a outra encerra as facetas art. média e anterior.
Um sulco se situa entre as superfícies art. posterior e média do tálus, formando
o seio do tarso. Esse sulco viaja do seio do tarso, na parte lateral do tornozalo,
para o lado medial do tornozelo. Os fortes, curtos e grossos ligamentos
talocâlcaneos, interósseos e o ligamento cervical correm ao longo do seio do
tarso e unem fortemente o tálus e o calcâneo, esses ligamentos também são
ricamente inervados por receptores neurais e fibras nervosas que vão até o
cerebelo. Os ligamentos interósseos são considerados o “centro proprioceptivo
subtalar”, responsável pela rápida resposta reflexa.
Seus movimentos são triplanares, por causa de um eixo que proporciona esses
mov. multiplanares. Esta art. tem 30° de inversão e 18° de eversão. Em cadeia
aberta a eversão e a inversão são utilizadas como sinônimos para pronaçao e
supinação.
O movimento de pronação combina movimentos de eversão, adução é flexão
plantar, e o movimentos de supinação combina movimentos de inversão,
abdução e dorsoflexão. A supinação tem o dobro de mov. de pronação.
No pé não ocorre movimentos de rotação, esses mov, acontecem no joelho ou
no quadril.

TRANSVERSA DO TARSO
Também conhecido como art. de Chopart, possui uma forma de S e é formada
por duas superfícies articulares: as art. talonavicular e calcaneocuboidea.
Esta art. participa no movimento do antepé em relação ao retropé, ela abaixa o
arco longitudinal do pé durante a pronação e o eleva durante a supinação. Na
pronação, ela destrava o pé (torna-o flexível) permitindo que ele se acomode
às superfícies com que entra em contato, absorvendo também as forças de
impacto e sustentação de peso. Na supinação, ela trava o pé (torna-o rígido),
convertendo-o em uma alavanca rígida para a transferência de forças
necessárias para propelir o corpo para frente ou para cima.
TARSOMETATARSIANAS
São o elo entre o retropé e o antepé. Formam o arco transverso do metatarso e
fornecem uma pequena contribuição para o arco longitudinal. Essas art. são
quase planas, sua mobilidade, porém, são limitadas por causa da grande
aproximação dos metatarsos adjacentes. O 2º metatarso tem mov. apenas de
flexão e extensão, os demais tem mov. de rotação flexo/extensão e
prono/supinação com maiores mov. do 4º e 5º.

METATARSOFALÂNGIANAS E INTERFALÂNGICAS
Seus movimentos são importantes na marcha.
Movimentos de hiperextensão 90° e de flexão de 30° a 45°.
Os mov. de abdução e adução menores que os equivalentes na mão.

MUSCULATURA

Músculos principais
Flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux são do grupo posterior, auxiliam
na flexão pantar.
Extensor longo do hálux e dos dedor, auxiliam na dorsoflexão.
Fibular 3º auxilia na eversão.

MUSCULATURA INTRÍNSECA
Os mm. intrínsecos do pé além de grandes estabilizadores são também
importantíssimos na marcha, pois ajudam o pé a se tornarem uma estrutura
rígida para impulsionar o corpo. A musculatura intrínseca são os extensores
curtos dos dedos.

ARCOS DO PÉ
Possibilitam importantes funções: adaptação a várias superfícies, absorção de
forças de impacto durante atividades em cadeia fechada, sustentação do peso
corporal e transformação do pé em uma alavanca para a propulsão do corpo.
A capacidade do pé em tornar sua estrutura flexível para rígida em um simples
passo é devido as estruturas ósseas dos três arcos do pé, do suporte estático
ligamento-fascial (fáscia plantar) e da contração muscular dinâmica.
O peso corporal é distribuído do talo à tuberosidade do calcâneo, cabeça dos
metatarsianos e dedos.
O arco medial é o mais longo e mais alto, é composto pelo calcâneo, talo,
navicular, cuneiforme medial e 1º metatarso.
O arco lateral é mais baixo e é composto pelo calcâneo, cuboide e 5º
metatarso.
O arco transverso é concêxo de medial para lateral e é composto pelo tarso e
metarsiano.
A aponeurose plantar ou fáscia plantar, é uma série de fortes tiras fasciais que
sustentam a sola do pé da tuberosidade do calcâneo até os dedos, ela é
importante para a integridade de todos os arcos do pé.
A hiperextensão dos dedos aumenta a tensão da aponeurose mantendo o pé
numa estrutura rígida. Ex: ficar na ponta dos dedos.

FORÇAS MUSCULARES DINÂMICAS E DESCARGA DE PESO


As forças intrínsecas (peq. mm. do pé) e extrínsecas (tendões longos) “apertam
os arcos do pé.
A distribuição se dá no calcâneo e cabeça dos metatarsianos com maior
pressão sobre a cabeça do 1º metatarso.
O peso corporal é dividido 60% no calcanhar, 8% no médio pé, 28%
metatarsianos e 4% nos dedos. Essa distribuição muda com o uso de calãdos
e oscilações no centro de gravidade.
Em postura relaxada de pé não há uso de mm. intrínsecos sendo somente
solicitada com a sobrecarga.

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