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Resumo Cinesiologia do joelho Prof.

ª Kelly Berni

Thainá Souza Lourenço RA: 20230850

A movimentação do joelho ocorre em 2 planos, permitindo flexão e extensão, rotação lateral e


medial. Esses movimentos envolvem uma interação com o quadril e tornozelo. O joelho é
estabilizado principalmente por seus tecidos moles. O sulco intercondilar (que formam as facetas)
articula-se com a face posterior da patela e forma a articulação patelofemoral.

A cápsula articular se estende por toda a articulação tibiofemoral e patelofemoral. O alinhamento da


tíbia é garantido pelo auxilio da fíbula, que a estabiliza lateralmente, sendo sua função a
transferência do peso vindo do joelho para o tornozelo. Os tubérculos medial e lateral formam a
eminência intercondilar, que separa as superfícies articulares.

A patela, considerada o maior osso sesamoide do corpo humano, está envolvida dentro do tendão do
músculo quadríceps. A cartilagem presente em sua superfície articular auxilia na distribuição de
forças que cruzam a articulação. O joelho apresenta um alinhamento conhecido como genu valgum,
uma angulação de 170 a 175 graus no plano frontal, sendo que, um ângulo menor é denominado
genu valgo excessivo e um ângulo que exceda cerca de 180 graus é denominado genu varo.

Cápsula e ligamentos de reforço

A cápsula do joelho estende-se em espessuras, do tendão patelar à cápsula posterior e recebe


reforços do músculo quadríceps e pelos retináculos (extensões do tecido conectivo). O complexo
arcado é formado pelos ligamentos poplíteo, colateral lateral e tendão do músculo poplíteo.

Membrana sinovial, bursa e coxins adiposos

O joelho possui até 14 bursas, sendo que algumas bursas são extensões da membrana sinovial e
outras são formadas na parte de fora da cápsula. Associados às bursas, são encontrados os panículos
adiposos.

Meniscos

São estruturas fibrocartilaginosas inseridos na região intercondilar da tíbia. Alguns músculos


auxiliam a estabilizar a posição dessas estruturas, como o quadríceps. Nos meniscos, a
vascularização é maior na zona periférica, e sua zona central é considerada avascular. Muitas são
suas funções, como reduzir o estresse de compressão, estabilizar a articulação, lubrificar a
cartilagem e auxiliar a artrocinemática do joelho. O menisco medial é lesionado com muito mais
frequência que o lateral, lesão que geralmente envolve uma rotação ou uma força em valgo.

Osteocinemáticas das articulações

A articulação tibiofemoral possui dois graus de liberdade. A ADM de flexão é entre 130 e 150
graus, e com o joelho flexionado a 90 graus, realiza de 40 a 45 graus de rotação.
Artrocinemática da articulação tibiofemoral

Durante a extensão, a superfície articular da tíbia rola e desliza anteriormente sobre os côndilos do
fêmur. A rotação ocorre com o joelho fletido e envolve um giro entre os meniscos e as superfícies
articulares da tíbia e do fêmur.

Ligamentos

Sua função principal é limitar o movimento em excesso do joelho, assim também como produzir
uma estabilidade. A parte superficial do ligamento colateral medial consiste em um conjunto de
fibras bem definido, e sua parte profunda, fibras curtas e oblíquas. Podemos encontrar no ligamento
colateral lateral um cordão forte e arredondado, que na região distal se cruza com o tendão do
bíceps femoral. O LCM proporciona resistência contra uma força em varo e o LCL em varo. Os
ligamentos cruzados, se localizam dentro da cápsula (intracapsulares), cobertos por um
revestimento sinovial., proporcionando estabilidade para o joelho e a maior parte de resistência para
as forças de cisalhamento que ocorrem entre a tíbia e o fêmur. O LCA é o ligamento que sofre
ruptura total com mais frequência, uma lesão nessa estrutura pode desencadear uma instabilidade do
joelho. A maioria das lesões do LCP, ligamento mais espesso que o LCA, estão relacionadas à
traumas de alta energia.

Inervação

O quadríceps é inervado pelo nervo femoral, portanto, uma lesão total no nervo pode levar a uma
paralisia dos músculos extensores de joelho. Os músculos flexores e rotadores são inervados
principalmente pela porção tibial do nervo isquiático; são eles: isquiossurais, sartório, grácil,
gastrocnêmio e o poplíteo.

Papel funcional da patela

A patela aumenta o braço de força do quadríceps, o mecanismo extensor do joelho. A articulação


patelofemoral é exposta a forças de compressão de alta magnitude, no entanto, essas forças são
toleradas quando dispersadas de maneira regular pela maior área possível da superfície articular.

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